Audiência de Custódia: um recorte quantitativo entre a prisão em flagrante e a apresentação do réu

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1 Audiência de Custódia: um recorte quantitativo entre a prisão em flagrante e a apresentação do réu Jessyka Mendes Dias Simões, Raquel Pinheiro Sales, Luana Castro de Almeida, Nestor Eduardo Araruna Santiago Curso de Bacharelado em Direito Universidade de Fortaleza jessykamendes@hotmail.com, raquel_pinheiro96@hotmail.com, luanacastro@edu.unifor.br, nestoresantiago@gamil.com Abstract. The custody hearing set forth in the CADH, ratified by Brazil in 1992, began to be implemented in 2015 through Resolution 213 of the CNJ. According to the International Treaties, the CA should take place within 24 hours after the arrest in flagrante, to guarantee the prisoner's right to be heard by the judicial authority in the shortest time possible. This work, therefore, aims to analyze how the adaptation of this period occurred in the first three months of 2016 in Ceará, and randomly collected the time lag between the arrest in flagrante and the CA in this period. There was an intense delay in the conduct of the hearings and a considerable reduction in the data of the last month of analysis. Keywords: Custody Hearing. Flagrant Prison. Excess of term. Resumo. A audiência de custódia prevista na CADH, ratificada pelo Brasil em 1992, começou a ser implantada em 2015 por meio da Resolução 213 do CNJ. De acordo com os Tratados Internacionais, a AC deveria acontecer em até 24 horas após a prisão em flagrante, para garantir o direito do preso de ser ouvido pela autoridade judiciária no menor tempo possível. Este trabalho, portanto, tem por objetivo analisar como ocorreu a adaptação deste prazo nos 3 primeiros meses de 2016 no Ceará, coletando-se, de forma aleatória, o lapso temporal entre a prisão em flagrante e a AC neste período. Foi verificado uma intensa demora na realização das audiências e uma redução considerável nos dados do último mês de análise. Palavras Chave: Audiência de custódia. Prisão em flagrante. Excesso de prazo. 1. Introdução A audiência de custódia (AC) ou audiência de apresentação trazida pelos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário, representa a garantia do flagranteado, aquele que é preso em flagrante delito, de ser ouvido e ter a legalidade, ou não, da sua prisão analisada pela autoridade judiciária no prazo razoável. O juiz deve decidir se a prisão deve ser relaxada, concedida liberdade provisória, substituída por medida diversa ou ser convertida em prisão preventiva.

2 Como a finalidade da AC é garantir o contraditório e a ampla defesa, além de prevenir e reduzir os maus tratos e as práticas de torturas que podem advir das prisões, a sua realização no menor prazo possível traz importância para a efetivação deste direito. Ademais, a garantia das audiências de custódia tem intima relação com a razoável duração do processo, garantia fundamental descrita pela Emenda Constitucional 45 sensível ao processo penal. Nessa esteia, o Conselho Nacional de Justiça estipulou, mediante a resolução 213/2015 o prazo de 24 horas para a realização das audiências de custódia. Todavia, este prazo não é verificado no dia-a-dia forense. Para analisar em quanto tempo as audiências ocorreram e se esta garantia estava, de fato, consolidada no procedimento, realizou-se uma coleta de dados dos três primeiros meses de Foram escolhidos, aleatoriamente, dois processos por dia da 17ª Vara Criminal do Estado do Ceará, que se tornou Vara Única de Audiência de Custódia, para calcular o lapso temporal decorrido desde o dia da prisão em flagrante até a realização audiência de apresentação. 2. Metodologia A metodologia utilizada foi, inicialmente, bibliográfica, fazendo uso da biblioteca física e digital da Universidade de Fortaleza, bem como da Resolução 213 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Resolução nº 14/2015 do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, que regulamentou a audiência de custódia no estado. Para o cálculo do lapso temporal existente entre a prisão em flagrante e a apresentação do flagranteado à autoridade judiciária, foi realizada uma pesquisa empírica, de caráter quantitativo, analisando dois processos aleatórios por dia de audiência. Através da plataforma e- SAJ, os processos eram escolhidos e deles eram extraídas as seguintes informações: data da prisão e data da realização da AC. Tal amostra permite a precisão com nível de confiança de 90%, com erro amostral de 7,5% (SANTOS, 2017). A fim de quantificar o termo sem demora presente na CADH para a realização das audiências e descobrir em quanto tempo elas estavam acontecendo no estado após sua regulamentação, foram analisados, como dado amostral, os três meses iniciais do ano de Resultados e Discussão O Brasil é signatário de diversos pactos internacionais de direitos humanos, como por exemplo, a Convenção Internacional de Direitos Humanos, criada em 1969 e ratificada pelo Brasil em 6 de novembro de Com isso se compromete a cumprir as orientações constantes na Convenção, e dentre elas o artigo 7.5 traz a garantia de toda pessoa presa em flagrante ser levada imediatamente à presença da autoridade judiciária. (WERMUTH, 2017) Nas audiências são aplicados os artigos 306, 310, 311 e 312 do Código de Processo Penal, tornando a apresentação imediata uma tentativa de reduzir maus tratos e torturas decorrentes das prisões, bem como conferir ao preso o direito de ser ouvido, de exercer o contraditório e a

3 ampla defesa e de sopesar a (i)legalidade e a real necessidade da prisão, uma vez que ela é a exceção e não a regra. (LOPES JR; PAIVA, 2014). Neste quadro, o CNJ publicou a Resolução n 213 de 2015, com a finalidade de por em prática as orientações dos acordos internacionais, estimulando a criação das audiências de custódia pelo país. Cada Tribunal ficou responsável por organizar este procedimento dentro da sua jurisdição e o TJCE, por meio da Resolução n 14/2015, atribuiu à 17ª Vara Criminal, tornandoa Vara Única e Privativa de Audiência de Custódia, a responsabilidade por praticar este ato. Pois bem, neste trabalho, fruto do Projeto de Pesquisa Quis custodiet ipsos custodes? Sobre os caminhos da audiência de custódia no Estado do Ceará, buscou-se observar quão próximo (ou distante) estamos do prazo de 24 horas estabelecido pelo CNJ e pelos Tratados Internacionais para a realização da AC. O dado amostral utilizado foram os três primeiros meses (janeiro, fevereiro e março) do ano de 2016 e para a base estatística, foram coletados dados de 118 processos, sendo 40 do mês de janeiro, 36 do mês de fevereiro e 42 do mês de março, de um total amostral de 752 autuações em janeiro, 997 autuações em fevereiro e 800 autuações e março. Os processos foram escolhidos aleatoriamente dentre os dias úteis em que ocorreram as audiências. O gráfico abaixo ilustra o lapso temporal decrescente para a audiência de custódia Gráfico 1: Relação dias de prisão ao longo do tempo. FONTE: Coleta de dados - Relatório da 17a Vara Criminal Pode-se constatar pelo gráfico que o prazo para a realização das audiências de custódia reduziu com o passar dos meses. Em janeiro, por exemplo, o prazo médio observado para AC foi de 20,47 dias. Dentre os 40 processos analisados deste mês, a maioria das audiências aconteceram com até 30 dias após a prisão em flagrante. Destaca-se ainda que 4 processos extrapolaram o prazo médio (20,47 dias), tendo como paradigma o processo de nº , cuja AC ocorreu com 57 dias após a prisão em flagrante. Já no mês de fevereiro foram analisados 36 processos e constatada uma média de 18,05 para a realização das audiências de apresentação. Apenas 3 processos, dentre os coletados, chamaram

4 a atenção para o lapso temporal, cujas audiências ocorreram com 45, 52 e até 130 dias após a prisão. Por fim, no mês de março foi possível perceber uma considerável diminuição no lapso temporal da prisão em flagrante até a AC. Dos 46 processos analisados, a sua esmagadora maioria teve a audiência realizada com até 10 dias após a prisão, tendo apenas 8 processos excedido este prazo. O maior tempo observado para a realização foi de 26 dias e a média do mês encontrada foi de 7,8333 dias para a apresentação do custodiado até a autoridade judiciária. Destarte, verifica-se no panorama global uma linha de tendência decrescente, indicando uma redução nos tempos de prisões ao longo do tempo. O Projeto Audiência de Custódia surgiu não só para efetivar o que outrora foi ratificado pelo Brasil nos Tratados Internacionais de Direitos Humanos, mas também pelo fato da prisão ser um problema social, que envolve a liberdade de um indivíduo, a restrição de seus direitos, gastos nos cofres públicos e além de tudo, para garantir os princípios do devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório, tornando este ato indispensável à legalidade da prisão (AZEVEDO JÚNIOR, 2016) Dos manuais extrai-se que a apresentação do acusado à autoridade judiciária deve ser imediata. (WEIS, 2012). Porém, a Resolução do TJCE não especificou o tempo que o estado deveria gastar para realizar as audiências. Desta forma, observou-se que do mês de janeiro até o mês de março de 2016 o prazo para a realização das audiências diminuiu mais da metade, passando de 20 dias a 7 dias para cumprimento do novo procedimento. Logo, o nosso prazo de apresentação imediata, nos meses iniciais de 2016, foi em média de 15 dias, se utilizarmos números inteiros. 4. Conclusão Verificou-se na situação em comento a realização de um total de 2529 audiências de custódia no primeiro trimestre do ano de Destarte, há também a anotação do prazo médio da realização de uma audiência de custódia em 15,23 dias, constando também tendência de decréscimo, mas ainda distantes do período regulamentar de 24h estabelecidos pela resolução 213/2015. Ressalta-se que as audiências analisadas ocorreram todas no Fórum Clóvis Beviláqua, entretanto, a partir do dia 8 de agosto de 2017, as AC foram transferidas para a DECAP (Delegacia de Capturas e Polinter), bem como toda a sua estrutura física e pessoal necessária à realização do ato. Busca-se com a mudança almejar o prazo estabelecido de 24 horas para a apresentação do acusado, o que será analisado em pesquisas futuras. Pode-se concluir que as audiências de custódia constituem meio necessário para o judiciário brasileiro adaptar-se aos pactos convencionais, mas que ainda se está aos poucos adaptando para realizá-las conforme as orientações do CNJ de modo que ainda não é capaz de atingir a expectativa legislativa, nem os aspectos desejados nos objetivos da implementação do instituto.

5 5. Agradecimentos: Agradeço ao Laboratório de Ciências Criminais, ao CNPq e à Universidade de Fortaleza pelo apoio e incentivo à pesquisa em direito. 6. Referências: AZEVEDO JUNIOR, Carlos. A obrigatoriedade de realização da audiência de custódia como pressuposto de validade da prisão em flagrante. Revista do Curso de Direito da Uniabeu, Nova Iguaçu, v. 6, n. 1, p.1-14, abr CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ). Audiência de Custódia. Disponível em: < Acesso em: 27 jul CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ). Resolução n 213, de 15 de dezembro de Dispõe sobre a apresentação de toda pessoa presa à autoridade judicial no prazo de 24 horas. Brasília, 15 dez LOPES JR, Aury. Direito Processual Penal. 13. Ed. São Paulo: Saraiva, LOPES JR, Aury; PAIVA, Caio. Audiência de custódia e a imediata apresentação do preso ao juiz: rumo à evolução civilizatória do processo penal. In: Revista Liberdades, n 17. Dezembro, On-line, Disponivel em: < > Acessado em: 03 ago MESSIAS BORGES (Ceará). Repórter (Ed.). Governo quer audiência de custódia em 24h: Delegacia de Capturas reunirá vários órgãos, em um mesmo prédio, para agilizar destino dos presos em flagrante Disponível em: < Acesso em: 08 ago SANTOS, Glauber Eduardo de Oliveira. Cálculo amostral: calculadora on-line. Disponível em: < Acesso em: 10 ago TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ. Resolução n 14, de 05 de agosto de Institui no âmbito da Comarca de Fortaleza a obrigatoriedade da realização das audiências de custódia. Fortaleza, 05 ago WEIS, Carlos. A obrigatoriedade da apresentação imediata da pessoa presa ao juiz. Revista dos Tribunais, vol. 921/2012, p , Jul / Disponível em < ent&src=rl&srguid=i0ad6007a ef2ec c8d&docguid=i5f4e6260c66311 e1ba6a a&hitguid=i5f4e6260c66311e1ba6a a&spos=3&epos= 3&td=9&context=18&startChunk=1&endChunk=1> Acesso em: 27 jul. de WERMUTH, Maiquel Ângelo Dezordi. Audiências de Custódia e proteção/efetivação de Direitos Humanos no Brasil. Revista Direitos Sociais e Políticas Públicas (UNIFAFIBE). Vol. 5. N1.. Online, Disponível em: < Acesso em: 06 ago

6 DECLARAÇÃO DECLARO, para os devidos fins, que os alunos abaixo nominados são alunos que atuam como pesquisadores voluntários ou como Bolsista CNPq no LACRIM Laboratório de Ciências Criminais (NUPESQ CCJ), e colaboram no desenvolvimento do projeto de pesquisa intitulado Quis custodiet ipsos custodes? Sobre os caminhos da audiência de custódia no Estado do Ceará, desde o mês de agosto de 2016 até a presente data: 1. Amanda Furtado Mendes (voluntário) 2. Jessyka Mendes Dias Simões (Bolsista CNPq) 3. Lohana Giafony Freitas de Luna (voluntário) 4. Luana Castro de Almeida (voluntário) 5. Lucas Pereira Mitre (voluntário) 6. Marina Monteiro Silva (voluntário) 7. Raquel Pinheiro Sales (voluntário) Fortaleza, 15 de agosto de Prof. Dr. Nestor Eduardo Araruna Santiago

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