UNITED STATES SECURITIES AND EXCHANGE COMMISSION WASHINGTON, D.C FORMULÁRIO 20-F

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1 UNITED STATES SECURITIES AND EXCHANGE COMMISSION WASHINGTON, D.C FORMULÁRIO 20-F X RELATÓRIO ANUAL DE ACORDO COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DO SECURITIES EXCHANGE ACT DE 1934 REFERENTE AO EXERCÍCIO FISCAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 Número de registro na Comissão Fibria Celulose S.A. (Razão social exata da Companhia Declarante, conforme especificada em seu Estatuto Social) N/A (Tradução da razão social da Companhia Declarante para o inglês) República Federativa do Brasil (Foro de incorporação ou de constituição) Rua Fidêncio Ramos, 302, 3º andar , São Paulo, SP, Brasil (Endereço da sede social) Guilherme Perboyre Cavalcanti Diretor Financeiro e Diretor de Relações com Investidores Telefone: (55 11) Fax: (55 11) ir@fibria.com.br (Nome, Telefone, e/ou número de Fax e Endereço da Pessoa de Contato da Companhia) Valores Mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com o Artigo 12(b) da Lei. Designação de cada classe: Ações Ordinárias, sem valor nominal American Depositary Shares (conforme comprovadas por American Depositary Receipts), cada uma representa uma Ação Ordinária Nome de cada bolsa de valores em que estão registradas: Bolsa de Valores de Nova York* Bolsa de Valores de Nova York * Não destinadas para negociação, porém apenas com relação ao registro na Bolsa de Valores de Nova York de American Depositary Shares que representam essas ações ordinárias. Valores Mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com o Artigo 12(g) da Lei: Não há Valores Mobiliários com relação aos quais há obrigação de divulgação de acordo com o Artigo 15(d) da Lei: Não há O número de ações em circulação de cada classe de ações da Fibria Celulose S.A. em 31 de dezembro de 2014:

2 Ações Ordinárias Indique com um X se a companhia declarante é uma emissora conhecida e experiente, conforme definido na Regra 405 do Securities Act. X Sim Não Se este for um relatório anual ou intermediário, indique com um X se a companhia declarante não é obrigada a entregar relatórios de acordo com o Artigo 13 ou 15(d) do Securities Exchange Act de Sim X Não Observação A indicação do X acima não isentará nenhuma companhia declarante que deve registrar relatórios de acordo com o Artigo 13 ou 15(d) do Securities Exchange Act de 1934 de cumprir suas obrigações nos termos desses Artigos. Indique com um X se a companhia declarante (1) registrou todos os relatórios exigidos pelo Artigo 13 ou 15(d) do Securities Exchange Act de 1934 durante os últimos 12 meses (ou em um período mais curto em que a companhia declarante teve de registrar tais relatórios), e (2) esteve sujeita a essas exigências de registro nos últimos 90 dias. x Sim Não Indique com um X se a companhia declarante apresentou eletronicamente e publicou em seu website corporativo, se houver, todos os Arquivos de Dados Interativos que devem ser apresentados e publicados de acordo com a Regra 405 do Regulamento S-T ( 232,405 deste capítulo) durante os últimos 12 meses (ou em um período mais curto em que a companhia declarante teve de apresentar e publicar tais relatórios). Sim X Não Indique com um X se a companhia declarante é uma large accelerated filer, uma accelerated filer, ou uma non-accelerated filer. Vide definição de accelerated filer e large accelerated filer na Regra 12b-2 do Exchange Act. (Marque um): Large accelerated filer X Accelerated filer Non-accelerated filer Indique com um X qual método contábil a companhia declarante utilizou para preparar as demonstrações financeiras incluídas neste relatório: U.S. GAAP [] Normas Internacionais de Contabilidade, conforme emitidas pelo International Accounting Standards Board (Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade).X Outro [] Se este for um relatório anual, indique com um X se a declarante é uma companhia shell (companhia sem ativos ou operações registrados) (conforme definido na Regra 12b-2 do Exchange Act). Sim X Não

3 ÍNDICE Página ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DOS CONSELHEIROS, DIRETORES EXECUTIVOS E ASSESSORES 5 ITEM 2. ESTATÍSTICAS DA OFERTA E CRONOGRAMA ESPERADO 5 ITEM 3. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES 5 ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A FIBRIA 30 ITEM 4A. COMENTÁRIOS NÃO ESCLAREICDOS DA EQUIPE 74 ITEM 5. REVISÃO E PROSPECTOS OPERACIONAIS E FINANCEIROS 74 ITEM 6. CONSELHEIROS, DIRETORES EXECUTIVOS E FUNCIONÁRIOS 110 ITEM 7. ACIONISTAS MAJORITÁRIOS E OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS 120 ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS 123 ITEM 9. A OFERTA E LISTAGEM 130 ITEM 10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS 132 ITEM 11. DIVULGAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE RISCO DE MERCADO 146 ITEM 12. DESCRIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS E OUTROS ALÉM DE TÍTULOS PATRIMONIAIS 151 ITEM 13. INADIMPLEMENTO, DIVIDENDO EM ATRASO E MORA 151 ITEM 14. MODIFICAÇÕES SIGNIFICATIVAS NOS DIREITOS DOS DETENTORES DE VALORES MOBILIÁRIOS E DESTINAÇÃO DOS RECURSOS 151 ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS 151 ITEM 16A. ESPECIALISTA FINANCEIRO DO COMITÊ DE AUDITORIA 152 ITEM 16B. CÓDIGO DE ÉTICA 152 ITEM 16C. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DO PRINCIPAL AUDITOR 153 ITEM 16D. ISENÇÕES DAS NORMAS DE LISTAGEM PARA OS COMITÊS DE AUDITORIA 154 ITEM 16E. COMPRAS DE AÇÕES PELA EMISSORA E PELAS COMPRADORAS AFILIADAS 154 ITEM 16F. MUDANÇAS NA CERTIFICAÇÃO DE REGISTRO DO AUDITOR 154 ITEM 16G. GOVERNANÇA CORPORATIVA 154 ITEM 16H. DIVULGAÇÃO DE SEGURANÇA DAS MINAS 156 ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 156 ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 156 ITEM 19. ANEXOS 157

4 INTRODUÇÃO Todas as referências neste relatório anual: à Fibria, nós, nosso, nos e à Companhia correspondem à Fibria Celulose S.A. (antiga Votorantim Celulose e Papel S.A.) e às suas subsidiárias consolidadas (exceto se de outra forma exigido pelo contexto); ao Grupo Votorantim refere-se ao grupo de empresas controladas pela família Ermírio de Moraes; à Votorantim Participações S.A. ou VPar, referem-se à holding que controla duas áreas dos negócios do Grupo: Votorantim Industrial e Votorantim Finanças, cada uma delas contendo uma ou mais unidades de negócios; à Votorantim Industrial S.A., ou VID, correspondem a uma de nossas acionistas controladoras, subsidiária da VPar; à Aracruz referem-se à Aracruz Celulose S.A. e às suas subsidiárias; à Aquisição da Aracruz correspondem à nossa aquisição de 100% da participação acionária na Aracruz em decorrência (1) da aquisição, pela Fibria, no primeiro semestre de 2009, (a) da Arapar S.A., ou Arapar, e da São Teófilo Representações e Participações S.A., ou São Teófilo, cujos únicos ativos consistiam de 12,35% do capital social total, incluindo 28,0% do capital social com direito a voto da Aracruz, e (b) de 12,35% do capital social total, incluindo 28,0% do capital social com direito a voto da Aracruz dos Srs. Joseph Yacoub Safra e Moises Yacoub Safra, ou a Família Safra, (2) da aquisição de ações ordinárias da Aracruz, representando 3,04% das ações ordinárias em circulação da Aracruz e 1,34% do capital social total da Aracruz, na oferta pública obrigatória lançada pela Fibria em 1º de julho de 2009, (3) da aquisição de ações ordinárias da Aracruz do BNDES em 27 de maio de 2009, e (4) da Incorporação por meio de Permuta de Ações, conforme descrito no Item 4. Informações sobre a Fibria A. História e Desenvolvimento da Fibria; ao BNDES correspondem ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social controlado pelo governo federal; à BNDESPar correspondem à BNDES Participações S.A., subsidiária integral do BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social controlado pelo governo federal; à família Ermírio de Moraes correspondem às famílias de Antônio Ermírio de Moraes, Ermírio Pereira de Moraes, Maria Helena de Moraes Scripilliti e José Ermírio de Moraes (em memória); ao governo brasileiro correspondem ao governo federal da República Federativa do Brasil e seus órgãos; a Real, Reais ou R$ correspondem a reais brasileiros, a moeda oficial do Brasil; a US$, Dólares ou Dólares norte-americanos referem-se a dólares norte-americanos; a tonelada e TM correspondem a uma tonelada métrica (1.000 quilogramas). Um quilograma equivale a aproximadamente 2,2 libras; a quiloton referem-se a mil toneladas métricas (1.000 toneladas); à BEKP correspondem à celulose branqueada de eucalipto; às ADSs referem-se às American Depositary Shares da Companhia, cada uma representando uma de nossas ações ordinárias; à CVM correspondem à Comissão de Valores Mobiliários do Brasil; ao Banco Central correspondem ao Banco Central do Brasil, a autoridade monetária do país; ii

5 à VCP correspondem à Votorantim Celulose e Papel S.A. ou à Fibria antes da incorporação da Aracruz; à Fibria Trading correspondem à Fibria Trading International Ltd.; à Fibria - MS correspondem à Fibria - MS Celulose Sul Matogrossense; à Portocel correspondem à uma instalação portuária no estado do Espírito Santo, que é operada pela Portocel - Terminal Especializado de Barra do Riacho S.A., uma joint venture entre a Fibria e a Celulose Nipo-Brasileira S.A.- CENIBRA; - à Parkia correspondem a Parkia Participações S.A. à Comissão referem-se à Comissão de Valores Mobiliários; aos US GAAP referem-se aos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos; às IFRS referem-se às Normas Internacionais de Contabilidade, conforme expedidas pelo International Accounting Standards Board (Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB); à NYSE referem-se à Bolsa de Valores de Nova York; e à BM&FBOVESPA referem-se à Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros S.A., a bolsa de valores brasileira. Conforme utilizado neste relatório anual, um hectare corresponde a aproximadamente 2,471 acres e um quilômetro corresponde a aproximadamente 0,621 milha. As referências neste relatório anual a capacidade de produção nominal ou capacidade de produção significam a capacidade projetada anual para qual a instalação foi projetada, operando em condições ideias, 24 horas por dia, 365 dias por ano, e sujeita a reduções nas taxas de produção para manutenção programada apenas. A capacidade de produção efetiva poderá variar dependendo das condições operacionais, dos tipos de celulose produzidos e de outros fatores. APRESENTAÇÃO DE DADOS FINANCEIROS E OUTROS DADOS Preparamos nossas demonstrações financeiras consolidadas em e referente aos exercícios findos em 31 de dezembro de e 2012 incluídas neste relatório de acordo com as normas internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards IFRS) do Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade (International Accounting Standards Board IASB). As informações financeiras selecionadas devem ser lidas juntamente com nossas demonstrações financeiras consolidadas, incluindo as notas explicativas correspondentes, incluídas neste relatório anual. O Real é a nossa moeda funcional e de todas as nossas subsidiárias, e também é a moeda utilizada para preparar e apresentar as demonstrações financeiras consolidadas. Fazemos declarações neste relatório anual sobre nossa posição competitiva e participação de mercado, e sobre o tamanho do mercado do setor de celulose. Fizemos essas declarações com base em estatísticas e outras informações de terceiras fontes que acreditamos serem confiáveis. Extraímos essas informações de terceiros principalmente de relatórios mensais publicados pela Bracelpa - Associação Brasileira de Celulose e Papel, pela RISI (Resource Information Systems Inc.), pela PPPC (Conselho de Produto de Celulose e Papel), pela Brian McClay, Poyry e pela Hawkins Wright, todas empresas de consultoria especializadas no mercado de celulose. Embora não tenhamos motivos para acreditar que quaisquer dessas informações ou desses relatórios sejam imprecisos em qualquer aspecto relevante, não verificamos de modo independente os dados sobre a posição competitiva, a participação no mercado, o tamanho ou crescimento do mercado fornecidos por terceiros, pelo setor ou por publicações gerais. CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTIMATIVAS E PROJEÇÕES Este relatório anual inclui considerações sobre estimativas e projeções, principalmente no "Item 3. Principais Informações D. Fatores de Risco, Item 4. Informações sobre a Fibria B. Visão Geral do Negócio e Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras. Baseamos essas considerações sobre estimativas e projeções principalmente em nossas expectativas atuais sobre eventos futuros e tendências financeiras que afetam nosso negócio. Essas considerações sobre estimativas e projeções estão sujeitas a riscos, incertezas e premissas, incluindo, dentre outros: iii

6 nossa direção e operação futura; a implementação de nossas principais estratégias operacionais; incluindo nossa possível participação em operações de aquisição ou de joint venture ou outras oportunidades de investimentos; condições econômicas, políticas e de negócios gerais, no Brasil e em nossos principais mercados de exportação; tendências da indústria, nível geral de demanda e mudança nos preços de mercado dos nossos produtos; regulamentações governamentais existentes e futuras, incluindo leis e regulamentos tributários, trabalhistas, previdenciários e ambientais, e tarifas de importação no Brasil e em outros mercados em que operamos ou para o qual exportamos nossos produtos; a natureza competitiva dos setores em que operamos; nosso nível de capitalização, incluindo os níveis de nosso endividamento e alavancagem geral; o custo e a disponibilidade de financiamento; nosso cumprimento das avenças contidas nos instrumentos que regem nosso endividamento; a implementação de nossa estratégia de financiamento e de planos de investimentos em bens de capital; inflação e flutuações nas taxas de câmbio, incluindo o real e o Dólar; processos judiciais e administrativos do qual somos ou nos tornarmos uma parte; a volatilidade dos preços das matérias-primas que vendemos ou compramos para utilizar em nosso negócio; outras declarações contidas neste relatório anual que não sejam históricas; e outros fatores ou tendências que afetam nossa condição financeira ou os resultados operacionais, incluindo os fatores identificados ou discutidos no Item 3. Principais Informações D. Fatores de Risco As palavras prever, acreditar, continuar, poder, estimar, esperar, desejar, pretender, poderá dever, seria, será entender e similares têm por objetivo identificar considerações sobre estimativas e projeções. Não assumimos nenhuma obrigação de atualizar publicamente ou de revisar quaisquer considerações sobre estimativas e projeções em função de novas informações, de eventos futuros ou de qualquer outra forma. À luz desses riscos e incertezas, as informações, eventos e circunstâncias sobre o futuro discutidos neste relatório anual podem não ocorrer e não são garantia de desempenho futuro. Nossos resultados e desempenho reais podem ser substancialmente diferentes. iv

7 PARTE I ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DOS CONSELHEIROS, DIRETORES EXECUTIVOS E ASSESSORES Não aplicável. ITEM 2. ESTATÍSTICAS DA OFERTA E CRONOGRAMA ESPERADO Não aplicável. ITEM 3. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES A. Dados Financeiros Selecionados Resumo de Dados Operacionais e Financeiros segundo as IFRS A tabela a seguir apresenta um resumo de nossos dados operacionais e financeiros selecionados nas datas e referentes a cada um dos períodos indicados. As informações a seguir devem ser lidas juntamente com nossas demonstrações financeiras consolidadas, incluindo as respectivas notas explicativas, incluídas neste relatório anual, Apresentação dos Dados Financeiros e Outros Dados e Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras. 5

8 DEMONSTRAÇÃO DE LUCRO OU PREJUÍZO CONSOLIDADO (em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma) Ano findo em 31 dezembro 2014 Ano findo em 31 dezembro 2013 Ano findo em 31 dezembro 2012 Ano findo em 31 dezembro 2011 Ano findo em 31 dezembro 2010 Receitas Custo de vendas... ( ) ( ) ( )( ) ( ) Lucro bruto Receitas (despesas): Venda, geral e administrativa... ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Perdas patrimoniais do associado... (622) (592) (414) (7.328) Outras receitas (despesas), líquida (7.499) ( ) ( ) ( ) Lucro antes do resultado financeiro e despesas Resultado financeiro Despesas financeiras... ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Resultado dos instrumentos de derivativo financeiro, líquido... (6.236) ( ) ( ) ( ) Ganho (prejuízo) de taxa de câmbio, líquido... ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) Receita (Prejuízo) de transações contínuas antes de imposto de renda ( ) ( )( ) Imposto de renda (despesa) circulante... (46.280) ( ) (42.167) Imposto de renda (despesa) diferido ( ) Resultado (Prejuízo) líquido de operações contínuas ( ) ( )( ) Transações descontinuadas... Imposto de operações descontinuadas Despesa de imposto de renda, líquido... ( ) (38.385) Receita líquida de operações descontinuadas Receita (prejuízos) líquida ( ) ( ) (868,114) Receita (prejuízo) líquido atribuível aos acionistas da Companhia operações contínuas ( ) ( )( ) Receita líquida atribuível aos acionistas da Companhia operações descontinuadas Receita líquida atribuível à participação não controladora Receita (prejuízo) líquida ( ) ( ) ( ) Remuneração (prejuízo) básica por ação ou ADSs (em Reais brasileiros) (1): Operações contínuas... 0,28 (1,28) (1,34) (2,38) 1,12 Operações descontinuadas... 0,51 0,15 Remuneração (prejuízo) diluída por ação ou ADSs (em Reais brasileiros) (1): Operações contínuas... 0,28 (1,28) (1,34) (2,38) 1,12 Operações descontinuadas... 0,51 0,15 Média ponderada do número de ações em circulação (em milhares): Dividendos e juros atribuíveis ao capital por ação (em Reais brasileiros) ,30 6

9 Dividendos e juros atribuíveis ao capital por ação (em dólares norte americanos) (2): ,17 (1) Baseado no valor médio ponderado do número de ações em circulação para cada ano. (2) Valor convertido a uma taxa media por ano em Dólares Norte Americanos para a sua conveniência. Você não deve interpretar essa conversão como declarações de que o valor do Real, na verdade, representa esses valores em Dólares Norte Americanos ou poderiam ser convertidos em Dólares Norte Americanos às taxas indicadas ou a qualquer outra taxa. 7

10 BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO (em milhares de Reais) Em 31 de dezembro Em 31 de dezembro Em 31 de dezembro Em 31 de dezembro Em 31 de dezembro Ativos Circulantes Caixa e equivalentes de caixa Valores mobiliários Instrumentos derivativos financeiros Contas a receber de clientes, líquida Contas a receber terra e prédios vendidos Estoque Impostos a recuperar Ativos detidos para venda Outros ativos Não circulante Valores mobiliários Instrumentos derivativos financeiros Recebíveis de partes relacionadas Impostos diferidos Impostos a recuperar Adiantamento para fornecedores Depósitos judiciais Ativos detidos para venda Outros ativos Investimentos Ativos biológicos Ativo imobilizado Intangíveis Total ativos Passivos e patrimônio líquido Circulantes Em 31 de Em 31 de Em 31 de Em 31 de Em 31 de dezembro dezembro dezembro dezembro dezembro Empréstimos e financiamento Contas a pagar Salário, participação de lucro e encargos relacionados Impostos a pagar Instrumentos derivativos financeiros A pagar aquisição da Aracruz Passivos relacionados aos ativos detidos para venda Dividendos a pagar Outros a pagar

11 Em 31 de Em 31 de Em 31 de Em 31 de Em 31 de dezembro dezembro dezembro dezembro dezembro Não circulante Empréstimos e financiamento Instrumentos derivativos financeiros Impostos a pagar Impostos diferidos Partes relacionadas a pagar... Provisão para contingências A pagar aquisição da Aracruz... Passivos relacionados ao ativos detidos para venda Outros a pagar Total passivos Patrimônio líquido Capital social Reserva de capital social Ações em tesouraria... (10.346) (10.346) (10.346) (10.346) (10.346) Reservas estatutárias Outras reservas Participação atribuível aos acionistas da Companhia Participação atribuível à participação dos não controladores Total de passivos e patrimônio líquido Nota: O Balanço Patrimonial Consolidado em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 foi atualizado devido ao impacto de retrospectiva da adopção do IAS 19 (R), conforme mencionado na Nota 2.26 para nossas demonstrações financeiras consolidadas de

12 OUTROS DADOS FINANCEIROS Ano findo em 31 dezembro Ano findo em 31 dezembro Ano findo em 31 dezembro Ano findo em 31 dezembro Ano findo em 31 dezembro (em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma) Margem bruta... 21,7% 22,2% 15,2% 12,5% 25,3% Margem operacional... 23,4% 24,7% 11,4% 6,5% 15,6% Despesas de capital (3) Depreciação, amortização e desgaste Fluxo de caixa fornecido por (usado por): Atividades operacionais Atividades de investimento... ( ) ( ) ( ) ( ) Atividades de financiamento... ( ) ( ) ( ) ( ) (60.561) (3) Exclui os desembolsos de capital relacionados à Conpacel em 2010, visto que a Conpacel foi vendida em 2011 e suas operações foram classificadas como operações descontinuadas. DADOS OPERACIONAIS Em e para o ano findo em 31 de dezembro de 2014 Em e para o ano findo em 31 de dezembro de 2013 Em e para o ano findo em 31 de dezembro de 2012 Em e para o ano findo em 31 de dezembro de 2011 Em e para o ano findo em 31 de dezembro de 2010 Número de funcionários (4) Capacidade nominal de produção (mil toneladas métricas)... Celulose Papel (5) Volumes de vendas (mil toneladas métricas): Mercado doméstico de celulose Mercado de exportação de celulose Mercado total de celulose Mercado doméstico de papel Mercado de exportação de papel Total papel (5) (4) A queda no número de funcionários de 2010 a 2011 reflete a venda da Piracicaba em setembro de 2011 visto que em 2010 os funcionários da Piracicaba foram incluídos no total. (5) A queda na produção de papel e no volume de vendas reflete a venda da Piracicaba em Vide Item 4. Informações sobre a Fibria A. Histórico e Desenvolvimento da Fibria Strategic Business Agreement (SBA) com a Oji Paper. As informações sobre capacidade produtiva são medidas em 31 de dezembro de cada ano. Taxas de Câmbio Desde 1999, o Banco Central permite a livre flutuação da taxa de câmbio Dólar/Real e, desde então, essa taxa de câmbio tem flutuado consideravelmente. O Banco Central já interveio no mercado para controlar movimentos instáveis nas taxas de câmbio. Não podemos prever o comportamento do Banco Central com respeito ao mercado cambial. O Real poderá apresentar desvalorização ou valorização significativa em relação ao Dólar no futuro. As tabelas a seguir demonstram a taxa de câmbio, expressa em Reais, por Dólar (R$/US$) para os períodos indicados, conforme divulgadas pelo Banco Central. Taxa de câmbio de Reais por U.S.$ 1,00 Fim do Ano findo em 31 de dezembro de Baixa Alta Média (1) Período 10

13 ,6554 1,8811 1,7593 1, ,5345 1,9016 1,6746 1, ,7024 2,1121 1,9550 2, ,9528 2,4457 2,1605 2, ,7403 2,3547 2,6562 Mês findo em Baixa Alta Média (1) Fim do Período 30 de setembro de ,2319 2,4522 2,3329 2, de outubro de ,3914 2,5341 2,4483 2, de novembro de ,4839 2,6136 2,5484 2, de dezembro de ,5607 2,7403 2,6394 2, de janeiro de ,5754 2,7107 2,6348 2, de fevereiro de ,6623 2,8625 2,7663 2,8392 Fonte: Banco Central do Brasil. (1) Representa a média diária da taxa de câmbio durante cada um dos períodos relevantes. B. Capitalização e Endividamento Não aplicável. C. Motivos da Oferta e Destinação de Recursos Não aplicável. D. Fatores de Risco Estamos sujeitos a diversos riscos resultantes de alterações nas condições competitivas, econômicas, políticas e sociais que podem prejudicar nossos negócios, nossos resultados operacionais ou nossa situação financeira. Os riscos descritos abaixo, apesar de não serem os únicos que enfrentamos, são os mais importantes. Riscos Relacionados ao nosso Negócio Os preços de mercado de nossos produtos de celulose são cíclicos. Os preços que conseguimos obter para nossos produtos dependem dos preços mundiais praticados no mercado de celulose. Os preços mundiais de celulose têm sido historicamente cíclicos e sujeitos a variações significativas em curtos períodos de tempo, dependendo de vários fatores, incluindo: demanda global por produtos de celulose; capacidade de produção e estoques de celulose globais; estratégias adotadas pelos principais produtores de celulose; e disponibilidade de substitutos para nossos produtos de celulose. Todos esses fatores estão fora do nosso controle. As variações nos preços ocorrem não só em termos anuais, mas também dentro de um determinado ano em decorrência de condições econômicas globais e regionais, restrições de capacidade, aberturas e fechamentos de fábricas, fornecimento e demanda de matérias-primas e de produtos acabados, entre outros fatores. Ao longo de 2010, a economia global continuou em recuperação propiciou melhores condições para os mercados de papel e celulose, levando os preços médios de tabela da BEKP a alcançar US$ 879 por tonelada na América do Norte, US$ 844 por tonelada na Europa e US$ 777 por tonelada na Ásia. Ao longo de 2011, a economia global impactou o mercado de celulose, que demonstrou uma tendência de alta na primeira metade do ano, mas terminou- 11

14 o em um patamar ainda menor, com os preços médios de tabela da BEKP em US$ 865 por tonelada na América do Norte, US$ 810 por tonelada na Europa e US$ 699 por tonelada na Ásia. Em 2012, as incertezas acerca da recessão econômica na Europa levaram a um ambiente instável para os preços da tabela da BEKP. Após uma tendência de alta no primeiro semestre de 2012, os preços apresentaram quedas semanais consecutivas durante o terceiro trimestre, mas recuperaram a força nos últimos três meses do ano, levando os preços da tabela da BEKP a uma média anual de US$815 por tonelada na América do Norte, US$751 por tonelada na Europa e US$635 por tonelada na Ásia. Em 2013 os preços continuaram a subir durante a maior parte da primeira metade do ano, devido a níveis de suprimento relativamente estáveis e à forte demanda. No entanto, conforme o verão no Hemisfério Norte se aproximou, uma demanda sazonal menor levou os preços a um novo ciclo de declínio que durou até novembro, quando os preços começaram a mostrar sinais de recuperação, terminando o ano a uma média anual de US$870 por tonelada na América do Norte, US$791 por tonelada na Europa e US$673 por tonelada na Ásia. No início de 2004, porém, os preços foram pressionados pelas novas capacidades de celulose esperadas para serem disponibilizadas durante o primeiro semestre do ano. Os preços em todas as regiões caíram até setembro, quando a combinação de demanda mais robusta e baixos níveis de estoques levou os produtores a implementar um aumento de preço a partir do quarto trimestre. Em 2014, os preços BEKP médios anuais foram de U.S.$846 por tonelada na América do Norte, U.S.$745 por tonelada na Europa e U.S.$609 por tonelada na Ásia. Descontos sobre os preços de tabela são concedidos com frequência por vendedores a compradores importantes. Apesar de termos relacionamentos de longo prazo com muitos de nossos clientes, não há nenhuma garantia de que os preços de celulose se estabilizarão ou não continuaram a cairão no futuro, ou de que a demanda por nossos produtos não apresentará redução no futuro. Consequentemente, não pode ser fornecida nenhuma garantia de que conseguiremos operar nossas instalações de produção de uma forma lucrativa no futuro. Uma redução significativa no preço de um ou mais de nossos produtos pode ter um efeito negativo substancial sobre nossa receita operacional líquida, nosso lucro operacional e nosso lucro líquido. A importância da China nos mercados globais de celulose aumentou nos últimos anos. Qualquer acontecimento econômico negativo nesse país pode ter um rápido impacto sobre as exportações, afetando de maneira adversa nossas receitas, nosso fluxo de caixa e nossos lucros. De acordo com as estatísticas do mercado (PCCC), a demanda chinesa representou 29% da demanda mundial do mercado de celulose em 2014, e esse consumo aumentou a uma taxa média anual de crescimento de 10% desde 2004, acima da média global de 2%. Os recentes investimentos em máquinas para produção de papel e papelão na China têm impulsionado a demanda por celulose nesse país; entretanto, a volatilidade da demanda chinesa em razão da movimentação de compra especulativa é um fator de risco chave para qualquer previsão da demanda no curto prazo. Crises globais e arrefecimentos econômicos subsequentes como os que ocorreram durante 2008 e 2009 podem ter efeitos adversos sobre a demanda global de celulose. Como resultado, nossa condição financeira e os resultados operacionais podem ser afetados adversamente. A demanda por nossos produtos de celulose está atrelada diretamente à atividade econômica geral nos mercados internacionais em que vendemos nossos produtos. Após um período estável de crescimento entre 2003 e 2007, a queda acentuada na demanda resultante da crise econômica mundial de novamente demonstrou a vulnerabilidade do mercado de celulose em relação à volatilidade internacional. Desde meados de 2009 e ao longo de 2010, a economia mundial se recuperou e propiciou melhores condições para o mercado de celulose. Em 2011, o mercado da indústria de celulose teve duas fases distintas. Durante a primeira metade do ano, a demanda de celulose do mercado global aumentou 7,7% em 2010, principalmente devido à alta demanda chinesa. A partir de Julho, a crise europeia e seus efeitos na economia global tiveram impacto negativo na demanda mundial de celulose. Em 2012, o ambiente econômico instável continuou a pressionar a demanda por celulose; entretanto, resultados positivos em mercados emergentes compensam as perdas nos mercados maduros, levando a uma maior demanda por celulose em comparação ao ano anterior. Em 2013, no entanto, apesar do clima econômico morno que persistiu, a demanda por celulose cresceu 3,2%, com melhorias vistas em quase todas as principais regiões do planeta, especialmente devido a maiores investimentos na nova capacidade do setor do papel. De acordo com PPPC, 39 novas máquinas de papel higiênico foram instaladas em 2013 e outras 59 novas máquinas de papel higiênico estavam previstas para entrar no mercado em O fraco ambiente econômico persistiu até 2014, 12

15 porém, o impacto das expansões de capacidade feitas em 2013 em todas as regiões, principalmente com foco no mercado de papel higiênico, combinado com a instalação de novas capacidades principalmente na China durante o ano, resultou de novo em resultados positivos para demanda de celulose, que apresentou um aumento de 1,5%. Uma redução contínua no nível de atividade nos mercados doméstico ou internacional em que operamos pode afetar negativamente a demanda e o preço de nossos produtos e ter um efeito negativo substancial sobre nós. A deterioração das condições econômicas globais pode, entre outras coisas: afetar negativamente, ainda mais, a demanda global por papel, reduzindo investimentos em nova capacidade de produção de papel e/ou levando ao fechamento de fábricas de papel, o que afetaria diretamente o consumo de celulose, ou reduzir ainda mais os preços de mercado de nossos produtos, o que pode resultar em uma redução contínua de nossa receita, nossos lucros operacionais e nossos fluxos de caixa; dificultar ou encarecer para nós a obtenção de financiamento para nossas operações ou investimentos ou o refinanciamento de nossa dívida no futuro; prejudicar a situação financeira de alguns de nossos clientes, fornecedores ou contrapartes de nossos instrumentos derivativos, aumentando, dessa forma, a inadimplência de clientes ou o não cumprimento por parte de fornecedores ou contrapartes; reduzir o valor de alguns de nossos investimentos; e prejudicar a viabilidade financeira de nossas seguradoras. Novos projetos que já foram iniciados e outros que devem chegar ao mercado nos próximos anos podem ter efeitos adversos sobre nossa competitividade Existe uma extensa lista de participantes da indústria que possuem planos para instalar nova capacidade de produção de celulose na América do Sul e Ásia. Esta nova capacidade, quando completa, pode resultar em uma possível perda de participação de mercado, redução de preços e escassez de matéria-prima com o subsequente aumento dos preços. Portanto, os resultados de nossas operações e condição financeira podem sofrer efeitos adversos. Podemos não ser capazes de ajustar o volume de produção em tempo hábil ou de modo economicamente viável em resposta a mudanças na demanda. Se precisarmos operar com capacidade ociosa significativa durante períodos de baixa demanda, poderíamos nos expor a maiores custos unitários de produção já que boa parte de nossa estrutura de custo está fixada no curto prazo devido à intensidade de capital envolvida no negócio de celulose. Adicionalmente, os esforços para reduzir custos durante períodos de baixa demanda poderiam ser limitados por convenções coletivas ou acordos governamentais. Por outro lado, durante períodos de alta demanda, nossa habilidade de aumentar a capacidade de produção rapidamente é limitada, o que poderia nos impedir de satisfazer a demanda por nossos produtos. Se não pudermos satisfazer a demanda em excesso dos clientes, podemos perder participação de mercado. Nosso endividamento consolidado exigirá que uma parte de nosso fluxo de caixa seja utilizada para pagar o principal e os juros desse endividamento. Em 31 de dezembro de 2014, nosso endividamento consolidado total atingiu R$8.327 milhões, dos quais 88,4% representaram endividamento de longo prazo. O nível de nosso endividamento pode ter consequências importantes aos detentores de nossas ADSs, incluindo as seguintes: 13

16 as exigências do serviço da dívida de nosso endividamento podem dificultar para nós o pagamento de dividendos e de outras distribuições aos nossos acionistas, incluindo os detentores de nossas ADSs; Investimentos na produção de celulose requerem uma quantidade significativa de fundo para a formação de florestas, expansão da capacidade produtiva, a construção de infraestrutura e preservação do meio ambiente. Essa necessidade de capital significativo é uma fonte importante de riscos financeiros para a indústria de celulose. Nossa capacidade de obter qualquer financiamento necessário no futuro para capital de giro, investimento em bens de capital, exigências do serviço da dívida ou para outros fins pode ser limitada; uma parte de nosso fluxo de caixa decorrente das operações deve ser dedicada ao pagamento do principal e dos juros de nosso endividamento e poderá não estar disponível para outros fins; nosso nível de endividamento pode limitar nossa flexibilidade para planejar ou reagir a mudanças em nossos negócios; e nosso nível de endividamento pode nos tornar mais vulneráveis na hipótese de desaceleração em nossos negócios. Nossas exportações nos expõem a riscos políticos e econômicos em países estrangeiros. Nossas vendas ao exterior representaram 91% e 92% e 91% de nossa receita líquida consolidada total durante os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012, respectivamente. Nossas exportações, principalmente para a Europa, América do Norte e Ásia, nos expõem a riscos não enfrentados por empresas que operam exclusivamente no Brasil ou em um único outro país. Por exemplo, nossas exportações poderão ser afetadas por restrições e tarifas de importação, outras medidas de protecionismo comercial e exigências de licenciamento de importação ou de exportação. Adicionalmente, o setor internacional de celulose é altamente competitivo. Alguns de nossos concorrentes podem ter maior força financeira e acesso a fontes de capital mais baratas, e, consequentemente, a capacidade de sustentar despesas de investimento estratégicas destinados a aumentar sua participação de mercado. Nosso desempenho financeiro futuro dependerá significativamente das condições econômicas em nossos principais mercados de exportação. Outros riscos associados às nossas atividades internacionais incluem: flutuações significativas na demanda global por produtos de celulose, o que pode impactar nossa receita, nossos lucros operacionais e nossos fluxos de caixa; a entrada de novos produtores de celulose ou fusões e aquisições entre produtores existentes, que poderiam limitar nossa competitividade no mercado; a incapacidade de continuar a expandir com sucesso nossa capacidade de produção no mesmo ritmo do de nossos concorrentes poderia afetar negativamente nossa participação de mercado; a deterioração das condições econômicas globais poderia prejudicar a situação financeira de alguns de nossos clientes, fornecedores ou contrapartes de nossos instrumentos derivativos, aumentando, dessa forma, a inadimplência de clientes ou o não cumprimento por parte de fornecedores ou contrapartes; a pressão sobre os preços da celulose pode afetar nossa lucratividade; variações nas taxas de câmbio (envolvendo Dólar) e inflação nos países estrangeiros em que operamos; controles de câmbio e comércio internacional; 14

17 alterações nas condições econômicas de um país ou regiões específicas; uma crise nos mercados financeiros e a ameaça de uma desaceleração econômica global; diferenças culturais, resultando em práticas comerciais distintas; consequências adversas derivadas de alterações em exigências regulatórias, incluindo leis e regulamentos ambientais e exigências de Certificações; dificuldades e custos associados ao cumprimento e à execução de recursos em uma ampla variedade de leis, tratados e regulamentos internacionais complexos; consequências adversas decorrentes de alterações em leis tributárias; e custos de logística, interrupções em embarques ou disponibilidade reduzida de transporte fretado. Apesar de tentarmos administrar alguns desses riscos por meio da utilização de programas de gestão de riscos, estes não podem ser totalmente eliminados. A ocorrência de qualquer um desses eventos poderá afetar negativamente nossa capacidade de realizar negócios em certos mercados existentes ou em desenvolvimento e poderá ter um efeito negativo substancial sobre nossos negócios. Estamos sujeitos a riscos regulatórios associados às nossas operações internacionais. A Fibria está sujeita a leis e regulamentações locais, regionais e globais em áreas tão distintas como segurança de produtos, afirmações acerca de produtos, marcas registradas, concorrência, saúde e segurança de funcionários, o meio ambiente, governança corporativa, listagem e divulgações, emprego e impostos. O descumprimento dessas leis e regulamentações poderia expor a Fibria a ações cíveis e/ou criminais, levando a indenizações, multas e sanções criminais contra nós e/ou nossos funcionários, com possíveis consequências à nossa reputação corporativa. A instabilidade cambial pode afetar de modo adverso nossa condição financeira, nossos resultados operacionais e o preço de mercado de nossas ações e ADSs. Nossos custos de produção e despesas operacionais são na grande maioria denominados em Reais e a maior parte de nossa receita e alguns ativos são denominados em Dólares. Como resultado da instabilidade cambial, nossa condição financeira e os resultados operacionais podem ser afetados adversamente. Ela também pode afetar a quantidade de dividendos que podem ser distribuídos aos acionistas, incluindo os detentores das nossas ADSs e o preço de mercado das nossas ações e ADSs. Em 2010, o Real valorizou-se 4,3% frente ao Dólar, como resultado de um aumento nos investimentos estrangeiros diretos no Brasil. Até agosto de 2011, o Real manteve essa tendência de valorização. Porém, em setembro de 2011, a piora da crise na zona do Euro causou uma súbita valorização do Dólar frente ao Real. Como resultado, o Dólar valorizou-se 12,6% frente ao Real em Em 2012, o Banco Central do Brasil interveio várias vezes para proteger o Real da supervalorização. Consequentemente, em 2012 o Dólar valorizou-se 8,9% frente ao Real. Em 2013 o panorama positivo de uma economia em recuperação nos EUA e na Zona do Euro causaram uma rápida desvalorização de diversas moedas dos Mercados Emergentes, inclusive o Real. Consequentemente, em 2013 o Dólar valorizou-se 14,6% frente ao Real. Em 2014, principalmente em decorrência do cenário macroeconômico brasileiro e das incertezas globais em geral, o Dólar valorizou-se 13,4% frente ao Real. Vide item 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas Sobre os Riscos de Mercado. Nosso negócio pode sofrer impactos negativos relacionados a atividades de hedge. Contratamos regularmente transações de hedge utilizando instrumentos derivativos financeiros, de acordo com nossa Política de Gerenciamento de Riscos de Mercado. Transações de 15

18 hedge buscam (1) proteger nossa receita (principalmente denominada em Dólares) quando convertida para Reais (nossa moeda funcional), (2) converter parte de nossa dívida, denominada em Reais, para Dólares e (3) fixar um fluxo de pagamento de nossas dívidas associado a uma taxa pós-fixada. Nós contabilizamos nossos instrumentos derivativos segundo a base de valor justo, de acordo com o IFRS. O valor justo destes instrumentos pode aumentar ou diminuir devido a flutuações em taxas cambiais prévias à liquidação. Como resultado, podemos incorrer perdas não realizadas devido a esses fatores de risco de mercado. Estas variações podem também resultar de mudanças nas condições econômicas, o sentimento dos investidores, políticas monetárias e fiscais, a liquidez de mercados globais, eventos políticos internacionais e regionais, e atos de guerra e terrorismo. Podemos ser negativamente impactados pela imposição de regulamentações ambientais mais rigorosas que podem exigir recursos adicionais. Os requisitos e regulamentações ambientais brasileiros aplicáveis à florestas são complexos e podem variar entre regulamentações federais, estaduais e locais. Requisitos e restrições variam entre entidades governamentais. Além disso, o descumprimento destas leis, regulamentos e autorizações podem resultar em sanções criminais para a empresa e seus funcionários. Nós também podemos ser responsabilizados por custos relacionados a recuperação ambientais, que podem ser substanciais. Adicionalmente, as leis e regulamentos ambientais em certos países poderão ser mais rígidos que aqueles aos quais estamos sujeitos no Brasil, o que poderá levar tais países a impor sanções comerciais contra o Brasil ou nosso setor. Além disso, nossa capacidade limitada de cumprir leis e regulamentos ambientais internacionais mais rigorosos poderá nos impedir de obter financiamento com menores custos de organizações de desenvolvimento governamentais estrangeiras ou multilaterais, que poderão condicionar a concessão de futuros financiamentos ao nosso cumprimento de leis e regulamentos ambientais mais rigorosos. As ações do poder legislativo estadual ou federal ou de autoridades de segurança pública poderão afetar negativamente nossas operações. No passado, o estado do Espírito Santo, onde está localizada nossa fábrica da Aracruz, promulgou leis para restringir a plantação de florestas de eucalipto para a produção de celulose. Apesar de ter sido obtido medida cautelar contra essas leis estaduais e de nova legislação estadual as terem revogado, não há garantia de que leis similares não serão promulgadas no futuro, o que imporia limitações ou restrições à plantação de eucalipto na região onde operamos. Poderemos ser afetados de forma negativa e substancial caso as operações das instalações de transporte, armazenamento, distribuição e portuárias que possuímos ou utilizamos passem por interrupções significativas. Nossas operações dependem da operação ininterrupta das instalações de transporte, armazenamento, distribuição e porto que possuímos ou utilizamos, as quais podem ser parcialmente ou totalmente interrompidas, temporária ou permanentemente, em decorrência de diversas circunstâncias que não estão sob nosso controle, como: eventos catastróficos; greves ou outras dificuldades trabalhistas; outras interrupções nos meios de transporte; e suspensão ou cancelamento de concessões feitas a nós, a nossos parceiros comerciais ou contratados independentes com relação ao direito de prestar um serviço específico. Qualquer interrupção significativa nessas instalações ou incapacidade de transportar produtos para ou a partir delas (inclusive por meio de exportação) ou para ou a partir de nossos clientes por qualquer razão poderá nos afetar de forma negativa e substancial. Nossa cobertura de seguro poderá ser insuficiente para cobrir nossas perdas. 16

19 Nosso seguro poderá ser insuficiente para cobrir as perdas em que poderemos incorrer. Temos seguros abrangentes com as principais seguradoras para cobrir danos em nossas instalações causados por incêndio, responsabilidade geral de terceiros por acidentes e riscos operacionais e transporte internacional e doméstico. Não mantemos cobertura de seguro contra nenhum risco relacionado às nossas florestas. A ocorrência de perdas ou outros danos não cobertos pelo seguro ou que excedam nossos limites de seguro podem resultar em custos adicionais inesperados. Vide o Item 4. Informações sobre a Fibria B. Visão Geral do Negócio Seguro. Enfrentamos concorrência significativa em algumas de nossas linhas de negócio, o que poderá afetar negativamente nossa participação no mercado e lucratividade. O setor de celulose é altamente competitivo. No mercado de celulose internacional, alguns de nossos concorrentes poderão ter maior poder financeiro, acesso a fontes de capital mais baratas e, consequentemente, capacidade para sustentar investimentos estratégicos direcionados ao aumento de sua participação no mercado. Nossa participação de mercado poderá ser afetada negativamente caso não consigamos continuar a expandir nossa capacidade de produção no mesmo ritmo que nossos concorrentes. Além disso, grande parte dos mercados de celulose é atendida por diversos fornecedores, frequentemente de países diferentes. Muitos fatores influenciam nossa posição competitiva, incluindo a eficiência da fábrica, os índices operacionais e a disponibilidade, qualidade e o custo de madeira, energia, água, produtos químicos, logística e mão de obra, e flutuações da taxa de câmbio. Alguns de nossos concorrentes poderão ter maiores recursos financeiros e de marketing e maior abrangência de ofertas de produtos que os que temos. Caso não consigamos continuar competitivos com esses produtores no futuro, nossa participação de mercado poderá ser afetada negativamente. Além disso, a pressão para redução dos preços de celulose por parte de nossos concorrentes poderá afetar nossa lucratividade. Atrasos na expansão de nossas instalações ou na construção de novas instalações poderão afetar nossos custos e resultados operacionais. Como parte de nossa estratégia para aumentar nossa participação de mercado internacional e melhorar nossa competitividade por meio de maiores economias de escala, poderemos expandir nossas instalações de produção existentes ou construir outras. A expansão ou construção de uma instalação de produção envolve vários riscos, entre eles de engenharia, construção, regulatórios e outros desafios significativos que poderão atrasar ou impedir a operação bem-sucedida do projeto ou aumentar significativamente nossos custos. Nossa capacidade de concluir com sucesso qualquer projeto de expansão ou nova construção tempestivamente também está sujeita a riscos de financiamento e outros. Poderemos ser afetados negativamente por que: poderemos não conseguir concluir nenhum projeto de expansão ou nova construção tempestivamente ou dentro do orçamento, ou sermos obrigados a, devido às condições do mercado ou outros fatores, atrasar o início da construção ou o cronograma para concluir novos projetos ou expansões; nossas instalações novas ou modificadas poderão não operar na capacidade projetada ou poderão custar mais que esperado para operar; poderemos não conseguir vender nossa produção adicional a preços atrativos; e poderemos não ter os fundos ou conseguir adquirir financiamento para implementar nossos planos de crescimento. Qualquer rebaixamento em nossas classificações de crédito pode afetar negativamente a disponibilidade de novos financiamentos e aumentar nosso custo de capital. No final de 2008 e começo de 2009, a Fitch Ratings Inc., a Moody s e a Standard & Poor s reduziram nossa classificação para BB+/Negativa, Ba1/Negativa e BB/Negativa, respectivamente. No 17

20 dia 13 de outubro de 2009, a Fitch reduziu ainda mais nossa classificação para BB/Estável. Após o anúncio da venda da Conpacel e da KSR em dezembro de 2010 (Vide o Item 4. Informações sobre a Fibria A. História e Desenvolvimento da Fibria), nossa perspectiva de classificação foi alterada de Estável para Positiva pela Fitch e pela Moody s. Em março de 2011, a Fitch elevou nossa classificação para BB+/Estável. Em novembro e dezembro de 2011, respectivamente, a S&P e a Moody s revisaram a classificação, que passou de positiva para estável devido a um processo mais lento de desalavancagem. Em fevereiro de 2012, a Fitch divulgou uma classificação para a Fibria de BB+/Estável com base na expectativa de que reduziríamos dívida e alavancagem em Em fevereiro de 2013 a Fitch alterou o panorama de classificações da Fibria de positivo para estável. Em março de 2013 a S&P aumentou a classificação da Fibria de BB/positiva para BB+/estável. Em setembro de 2013 a Moody s alterou nosso panorama de estável para positivo. Em fevereiro de 2014 as Classificações Fitch aumentaram nossa classificação de crédito para BBB com um panorama estável, atingindo portanto o status de Grau de Investimento na agência. Em fevereiro de 2015, a Fitch reafirmou nossa classificação BBB-/estável. Em março de 2014, a S&P revisou nossa classificação de crédito de estável para positivo. O movimento positivo das três agências deveu-se principalmente à nossa busca pela desalavancagem apesar das condições de mercado, geração de fluxo de caixa livre e nossa abordagem apropriada e conservadora perante liquidez e capacidade perante nossos acordos financeiros. As classificações atribuídas atualmente à nossa dívida em moeda estrangeira de acordo com as leis estrangeiras são BBB-/Estável pela Fitch, Bal/Positiva pela Moody s e BB+/Positiva pela S&P. Caso nossas classificações sejam rebaixadas pelas agências de classificação de risco devido a qualquer fator externo (que poderia incluir um rebaixamento na classificação da soberania brasileira), nosso próprio desempenho operacional e/ou níveis de dívida elevados, nosso custo de capital pode aumentar. Qualquer rebaixamento também pode afetar negativamente nossos resultados operacionais e financeiros e a disponibilidade de financiamentos futuros. Nossos contratos de financiamento incluem avenças importantes. Qualquer inadimplemento decorrente de uma violação de tais avenças pode ter um efeito negativo substancial sobre nós. Somos parte de vários contratos de financiamento que exigem que mantenhamos determinados índices financeiros ou cumpramos outras avenças específicas. Estas avenças e restrições, algumas das quais estão sujeitas a certas exceções importantes, incluem, entre outras: limitações ao fazer certos pagamentos restritos; limitações na execução de certas operações com afiliadas; limitações a incorporações ou fusões com qualquer outra pessoa, ou à venda ou outra forma de alienação de todos ou quase todos os nossos ativos; a manutenção de índices máximos de dívida líquida/ebitda Ajustado; e a manutenção de índices mínimos de cobertura do serviço da dívida. Qualquer inadimplemento nos termos de nossos contratos de financiamento que não for renunciado pelos credores afetados poderá resultar em uma decisão por parte de tais credores de antecipar o saldo devedor da respectiva dívida, o que também poderá resultar na execução de garantias e na antecipação do vencimento de dívidas nos termos de outros contratos de financiamento devido a disposições de aceleração cruzada. Nossos ativos e nosso fluxo de caixa poderão ser insuficientes para pagar o saldo devedor total em tais contratos de financiamento nas suas datas de vencimento programadas ou mediante qualquer antecipação de pagamentos depois de um evento de inadimplemento. Caso tais eventos ocorram, nossa situação financeira seria afetada negativamente. Resultados desfavoráveis em litígios poderão afetar negativamente nossos resultados operacionais, nossos fluxos de caixa e nossa situação financeira. Estamos envolvidos em vários ações fiscais, civis e trabalhistas que envolvem indenizações monetárias significativas. 18

21 Em dezembro de 2012, um auto de infração no valor de R$1,7 bilhão (vide Nota 24 de nossas demonstrações financeiras consolidadas) foi emitido pela Receita Federal do Brasil, ou RFB, contra nós com relação a impostos IRPJ e CSLL resultantes de um contrato assinado entre a Fibria (naquela ocasião, VCP) e a International Paper. O objeto era a troca de ativos industriais e de florestamento entre as duas companhias. Em 9 de janeiro de 2013, nós interpusemos um recurso junto à Receita Federal. Com base nos nossos consultores jurídicos internos e externos, a possibilidade de perda é possível e, como tal, não foi constituída nenhuma provisão com relação a esse auto de infração. Em 13 de novembro de 2013 fomos notificados sobre uma decisão que invalidou o auto de infração, aceitando nosso recurso. A Receita Federal do Brasil foi notificada a depositar um recurso de ofício. O pedido espera uma decisão final do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Vide Nota 24 de nossas Demonstrações Financeiras de Em outubro de 2013, um auto de infração no valor de R$271 milhões foi emitido pela Receita Federal do Brasil, ou RFB, contra nós com relação a Imposto de Renda Pessoa Jurídica, ou IRPJ, e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido, ou CSLL durante o período de 2010, entre a Fibria Trading International FTI e a Fibria. Vide Nota 24 de nossas Demonstrações Financeiras de Em junho de 2014, um novo auto de infração no montante de R$272 milhões foi emitido pela RFB contra nós com relação a IRPJ e CSLL, durante o período de 2010, entre a Fibria Trading International FTI, NORMUS e a Fibria. Vide Nota 24 de nossas Demonstrações Financeiras de Em outubro de 2014, um novo auto de infração no montante de R$73 milhões foi emitido pela RFB contra nós com relação a IRPJ e CSLL, sobre o lucro advindo do equity adjustment no investimento em empresas controladas estrangeiras durante o período de 2009, entre a VCP Overseas Holding Kft. e a Normus em Nós interpusemos um recurso junto à Receita Federal. Com base nos nossos consultores jurídicos internos e externos, a possibilidade de perda é possível e, como tal, não foi constituída nenhuma provisão com relação a esse auto de infração. Vide Nota 24 de nossas Demonstrações Financeiras de Adicionalmente, estamos atualmente sendo auditados pelo Fisco com relação a nossa estrutura internacional, nossas operações de fusão e aquisição e nossa utilização de créditos fiscais relativos às nossas matérias-primas. Caso decisões desfavoráveis sejam proferidas em uma ou mais dessas ações judiciais, talvez sejamos obrigados a pagar quantias substanciais, o que poderia afetar de forma negativa e substancial nossos resultados operacionais, nossos fluxos de caixa e nossa condição financeira. A concorrência por terra para utilização como florestas de eucalipto para produção de celulose ou outras culturas, como soja, cana-de-açúcar e outras commodities, pode afetar uma eventual expansão. A maior demanda global por certas commodities, principalmente grãos e biocombustível, poderá causar impactos sobre nossas operações florestais de duas maneiras: o aumento da concorrência por terra pode causar impacto sobre seu preço. Geralmente, a produção de grãos e de biocombustível é economicamente superior às atividades florestais e, consequentemente, os aumentos potenciais dos valores da terra podem inibir a expansão de novas florestas. pela mesma razão, podemos enfrentar dificuldades em convencer terceiros parceiros a começar ou a expandir a produção de eucalipto para utilização no setor de celulose. Realizamos certas operações por meio de joint ventures em que não temos controles exclusivos. Em outubro de 2000, a Aracruz adquiriu uma participação de 45% na Veracel, uma joint venture que opera uma fábrica de celulose e as florestas do sul do estado da Bahia. Em janeiro de 2003, a Aracruz aumentou sua participação acionária na Veracel para 50%. A Stora Enso OYJ, ou Stora 19

22 Enso, detém a participação acionária restante de 50% na Veracel. Nós, como sucessores legais pela incorporação da Aracruz, e a Stora Enso somos parte de um acordo de acionistas a respeito da Veracel, de acordo com o qual as partes têm o direito de indicar um número igual de membros do conselho. Nos termos desse acordo de acionistas, cada acionista poderá ser obrigada a fazer aportes de capital e, se qualquer uma das partes não cumprir quaisquer de suas obrigações de necessidades de financiamento da Veracel associadas a um plano pré-acordado de aporte de capital e investimento, a outra acionista terá o direito de exigir que a acionista inadimplente transfira toda a sua participação acionária na Veracel à outra acionista pelo valor de mercado descontado. Tendo em vista nosso controle compartilhado da Veracel conforme descrito anteriormente, não podemos tomar decisões unilaterais importantes a respeito dessa entidade. Além disso, as disposições contratuais existentes relacionadas à Veracel podem restringir nossa capacidade de tomar medidas que seriam de nossos melhores interesses e podem nos impedir de evitar que a outra sócia tome medidas que seriam contrárias aos nossos interesses. Caso não consigamos administrar os possíveis problemas e riscos relacionados a aquisições e alianças, nosso negócio e nossas perspectivas de crescimento podem ser afetados. Alguns de nossos concorrentes poderão estar mais bem posicionados para adquirir outros negócios de celulose. Como parte de nossa estratégia comercial, poderemos adquirir outros negócios no Brasil ou em outros países ou fazer alianças. Nossa administração não consegue prever se ou quando ocorrerão quaisquer aquisições ou alianças em potencial, ou a probabilidade de conclusão de uma operação relevante em termos e condições favoráveis. A nossa capacidade de continuar a expandir com êxito por meio de aquisições ou alianças depende de diversos fatores, incluindo nossa capacidade de identificar aquisições e de negociar, financiar e fechar operações. Mesmo se concluirmos as aquisições futuras, talvez não consigamos integrar com êxito as operações, serviços e produtos de qualquer companhia adquirida. Caso tentemos participar de aquisições futuras, estaremos sujeitos a certos riscos, incluindo: não conseguir selecionar os melhores sócios ou planejar e administrar qualquer estratégia de aliança de modo eficaz; as aquisições podem aumentar nossos custos; a atenção de nossa administração pode ser desviada de outras preocupações de negócio; e podemos perder os principais funcionários da companhia adquirida. Nossa incapacidade de integrar novos negócios ou de administrar novas alianças de forma bem-sucedida pode afetar negativamente nosso negócio e nosso desempenho financeiro. Além disso, o setor global de celulose e de papel passa por um período de consolidação, no qual muitas companhias competem por oportunidades de aquisição e de aliança. Alguns de nossos concorrentes possuem maiores recursos financeiros e de outras naturezas que nós, o que pode reduzir a probabilidade concluirmos com êxito as aquisições e alianças necessárias para a expansão do nosso negócio. Além disso, qualquer aquisição importante que considerarmos poderá estar sujeita a aprovação regulatória necessária, que talvez não seja obtida satisfatoriamente em tempo hábil, se conseguirmos. A perda de alguns de nossos clientes pode ter um impacto significativo sobre nossos resultados operacionais, nossos fluxos de caixa e nossa situação financeira. Nossos três maiores clientes representavam 48% da nossa receita líquida em Apesar de essas vendas estarem suportadas por contratos de longo prazo, caso não consigamos substituir o volume de vendas representado por qualquer um deles, a perda de qualquer um desses clientes pode ter efeitos negativos substanciais sobre nossos resultados operacionais, nossos fluxos de caixa e nossa situação financeira. Poderemos estar sujeitos a ações trabalhistas a qualquer momento, o que poderá nos afetar negativamente. 20

23 A maioria de nossos funcionários é representada por sindicatos ou órgãos equivalentes e estão cobertos por acordos coletivos ou similares, que estão sujeitos a renegociação periódica. Além disso, talvez não consigamos concluir com êxito nossas negociações trabalhistas em termos satisfatórios, o que poderá resultar em aumento significativo no custo de mão de obra ou em paralisações ou transtornos de trabalho, atrapalhando nossas operações. Quaisquer referidos aumentos nos custos, paralisações do trabalho ou transtornos podem nos afetar de forma substancial e negativa. Os movimentos sociais e a possibilidade de desapropriação podem afetar a utilização normal, danificar, ter um efeito sobre o valor de mercado ou nos privar da utilização de nossas propriedades. Grupos ativistas no Brasil promovem a reforma agrária e a redistribuição de propriedades por meio de invasão e ocupação de áreas rurais. A Fibria tem trabalhado com o Movimento Sem Terra (MST), com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e com o governo do estado da Bahia, e de termos concordado em idealizar e implementar um projeto modelo de produção agroflorestal e de assentamento em Em 2012 o projeto foi lançado, em benefício de centenas de famílias em áreas ocupadas pelo MST. Não podemos garantir que nossas propriedades não estarão sujeitas a invasão ou ocupação por esses ou outros grupos ativistas. Uma invasão ou ocupação de terra pode prejudicar significativamente a utilização normal de nossas terras, ou ter um efeito negativo substancial sobre nossos resultados operacionais, nossa situação financeira ou o valor de nossas ações ordinárias. Além disso, nossas terras poderão estar sujeitas à desapropriação pelo governo brasileiro. Nos termos das leis brasileiras, o governo federal poderá desapropriar terras que não estiverem cumprindo uma função social, incluindo a exploração racional e adequada da terra, a utilização adequada dos recursos naturais, a preservação do meio ambiente, o cumprimento das leis trabalhistas etc. Caso o governo brasileiro desaproprie quaisquer de nossas propriedades, nossos resultados operacionais poderão ser afetados negativamente na medida em que a indenização governamental seja considerada inadequada. Além disso, poderemos ser forçados a aceitar títulos de dívida pública, que têm liquidez limitada, em vez de dinheiro como indenização por terras desapropriadas. 21

24 Nossos acionistas controladores firmaram um Acordo de Acionistas que regulamenta seus poderes para nos controlar. Somos controlados conjuntamente pela VID e pela BNDESPar. Nossos acionistas controladores assinaram a Primeira Alteração do Acordo de Acionistas em 29 de outubro de 2014 que controla seus poderes, incluindo poderes para: nomear nossos Conselheiros; e decidir o resultado de qualquer medida que exija a aprovação dos acionistas, incluindo operações com partes relacionadas, alienações e reestruturações societárias e os prazos e pagamento de quaisquer dividendos futuros. A VID e a BNDESPar assinaram a Primeira Alteração do Acordo de Acionistas em 29 de outubro de 2014 nos termos do qual a aprovação de certos assuntos dependerá do voto afirmativo da BNDESPar. Vide o Item 10. Informações Adicionais C. Contratos Relevantes Acordo de Acionistas da Fibria. Além disso, o BNDES era o credor de aproximadamente 21% de nosso endividamento consolidado em 31 de dezembro de 2014, e esperamos continuar obtendo empréstimos do BNDES. Como uma de nossos acionistas mais importantes e a subsidiária de um de nossos credores mais importantes, a BNDESPar poderá exercer uma influência significativa sobre nosso negócio e sobre as decisões societárias, e suas medidas poderão ser influenciadas pelas políticas do governo federal brasileiro, o que pode entrar em conflito com os interesses de nossos acionistas e dos detentores de nossas ADSs. Estamos realizando e esperamos realizar no futuro operações comerciais e financeiras, a qualquer momento, com nossos acionistas controladores ou com suas afiliadas. Operações comerciais e financeiras entre nossas afiliadas e nós criam potencial ou podem resultar em conflitos de interesses. Para obter uma discussão a respeito de certas operações com partes relacionadas, vide o Item 7. Acionistas Majoritários e Operações com Partes Relacionadas B. Operações com Partes Relacionadas. Uma redução ao valor recuperável do ágio ou de outros ativos intangíveis pode afetar negativamente nossa situação financeira e nossos resultados operacionais. Como resultado da Aquisição da Aracruz, reconhecemos R$4.231 milhões de ágio e registramos diversos ativos intangíveis do negócio da Aracruz (incluindo base de dados, patentes, relações com fornecedores de produtos químicos e outros fornecedores) com justo valor de R$779 milhões na data da aquisição (R$291 milhões em 31 de dezembro de 2014 e R$ 367 milhões em 31 de dezembro de 2013). De acordo com as IFRS, o ágio e os ativos intangíveis com ciclo de vida indefinido não são amortizados, porém são submetidos anualmente ou com maior frequência ao teste de redução ao valor recuperável, se um evento ou circunstância indicar que pode ter sido incorrido um prejuízo por redução ao valor recuperável. Outros ativos intangíveis com vida limitada são amortizados linearmente durante seus ciclos de vida útil estimados e submetidos ao teste de redução ao valor recuperável sempre que houver qualquer indicação dessa ocorrência. Em 31 de dezembro de 2014, de acordo com a política contábil descrita na Nota 37 de nossas demonstrações financeiras consolidadas para o exercício de 2014, nós executamos nosso teste anual de perda de valor recuperável (impairment) nas Unidades Geradoras de Caixa (CGU) ao qual o ágio é alocado (Aracruz). Além disso, como exigido pela IAS 36, quando o valor contábil dos ativos líquidos da Companhia exceder seu valor de mercado, uma análise de perda de valor recuperável de ativos de longa duração deve ser realizada. Como resultado, nós realizamos uma análise de perda de valor recuperável dos nossos ativos de longa duração. O teste de recuperabilidade não representou uma necessidade de reconhecer qualquer perda de valor recuperável de ágio e ativos fixos. Vide Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras Discussão a respeito das políticas contábeis essenciais e a Nota 37 de nossas demonstrações financeiras consolidadas referentes a Qualquer alteração no valor dos principais pressupostos usados nos testes de perda de valor recuperável poderia resultar em encargos futuros que podem vir a ser significativas e que podem vir a ter efeito negativo substancial sobre nossos resultados operacionais e nossa situação financeira. 22

25 Novas leis e regulamentos relativos a mudanças climáticas e mudanças nos regulamentos existentes, bem como os efeitos físicos das mudanças climáticas, podem resultar no aumento de passivos e aumento das despesas de capital, o que poderia ter um efeito substancial negativo sobre nós. Em 1997, uma conferência internacional sobre aquecimento global foi concluída com um acordo conhecido como Protocolo de Kyoto, que demandou reduções de determinadas emissões que podiam contribuir com os aumentos das concentrações dos gases de efeito estufa na atmosfera. O Brasil assinou o Protocolo de Kyoto, mas outros países não ratificaram o mesmo que expirou em No entanto, ele formou a base para uma variedade de propostas e regulamentos nacionais, subnacionais e internacionais com foco na redução dos gases de efeito estufa. Um novo protocolo está sendo negociado internacionalmente, e o Brasil, entre outros países, indicou sua intenção de participar dessa extensão do Protocolo de Kyoto. O Brasil, por exemplo, comprometeu-se a diminuir suas emissões para níveis abaixo dos projetados para 2010 e estabelecer metas domésticas para controle de desflorestamento nas regiões da Amazônia e do Cerrado. Não podemos prever se as iniciativas reguladoras ou de legislação de controle das condições climáticas do futuro, sejam elas internacionais ou locais, serão adotadas, ou quando. Esperamos, porém, que haja um aumento das leis relacionadas a gases de efeito estufa e mudança climática que possa nos afetar de forma significativa, diretamente por aumento das despesas de capital e investimentos para obedecer a elas, e indiretamente afetando preços de transporte, energia e outros meios de abastecimento. Além disso, os efeitos físicos das mudanças climáticas também podem afetar nossas operações de forma substancial e adversa, por exemplo alterando a temperatura do ar e os níveis da água, e nos sujeitando a riscos climáticos incomuns ou diferentes. Tanto as novas leis e regulamentos relativos a mudança climática, mudanças nos regulamentos existentes e efeitos físicos da mudança climática podem resultar no aumento de passivos e de despesas de capital, e tudo isso pode ter um efeito substancial negativo sobre nossos negócios e sobre os resultados das operações. Diversos outros riscos podem ter um efeito negativo substancial sobre nossos resultados operacionais e financeiros. Nossas operações estão sujeitas a diversos outros riscos que afetam nossas florestas e nossos processos de fabricação, incluindo incêndio, estiagem, doenças, greves, fechamentos de portos, custos de embarque, panes elétricas e explosões em fábricas, as quais teriam um efeito negativo substancial sobre nossos resultados operacionais e financeiros. Riscos Relacionados ao Brasil As condições econômicas e políticas do Brasil e as percepções dessas condições no mercado internacional têm um impacto direto sobre nosso negócio e nosso acesso aos mercados internacionais de capital e de dívida, e podem afetar negativamente nossos resultados operacionais e nossa situação financeira. Nossas operações são conduzidas no Brasil, mas a maior parte de nossa celulose é vendida a clientes internacionais. Dessa forma, nossa situação financeira e nossos resultados operacionais dependem em parte das condições econômicas do Brasil. O produto interno bruto (PIB) do Brasil, em reais, aumentou em 0,9% em 2012 e 2,3% em 2013, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, a agência de estatísticas oficial brasileira. Em 2014, o PIB teve um crescimento de 0,1%, de acordo com as estimativas do Relatório Focus publicado pelo Banco Central. Alguns pontos que causam preocupação são o custo do capital humano, o custo de propriedades (aluguel ou compra) e outras necessidades locais. No entanto, os desdobramentos futuros na economia brasileira poderão afetar as taxas de crescimento do Brasil e, consequentemente, esses produtos. Como resultado, esses desdobramentos podem prejudicar nossas estratégias comerciais, nossos resultados operacionais ou nossa situação financeira. O governo brasileiro busca restringir condições incomuns de mercado, como os preços do fornecimento, especulações anormais e as taxas de câmbio, frequentemente intervindo na economia do país e, ocasionalmente, realiza mudanças significativas em suas políticas e regulamentações. Nossos negócios, nossa situação financeira e nossos resultados operacionais poderão 23

26 ser afetados negativamente por mudanças em políticas governamentais, bem como em fatores econômicos em geral, incluindo: flutuações da moeda; taxas de juros; liquidez dos mercados domésticos de capitais e de empréstimos; disponibilidade de mão de obra qualificada; políticas que afetam a infraestrutura logística do Brasil; política fiscal; políticas de controle cambial; outros desdobramentos políticos, diplomáticos, sociais e econômicos no Brasil ou que afetem o país; e inflação Historicamente, o Brasil vivenciou altas taxas de inflação. A inflação, bem como os esforços do governo para combatê-la, teve efeitos negativos sobre a economia brasileira, principalmente antes de As taxas de inflação ficaram 5,8% em 2012 e 5,9% em 2013 e 6,4% em 2014, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, ou IPCA. Nossos custos de produção de caixa e despesas operacionais são substancialmente denominados em Reais e tendem a aumentar com a inflação brasileira, pois nossos fornecedores e prestadores de serviços geralmente aumentam os preços para refletir a desvalorização da moeda. Caso a taxa de inflação aumente mais rapidamente que qualquer outra taxa de valorização do Dólar, então, como são expressas em Dólares, nossas despesas operacionais poderão aumentar. A inflação, as medidas para combatê-la e a especulação pública sobre possíveis medidas adicionais também poderão contribuir de maneira relevante para a incerteza econômica no Brasil e, dessa forma, enfraquecer a confiança do investidor no país, afetando, portanto, nossa capacidade de acessar os mercados de capitais internacionais. Historicamente, o cenário político do país influenciou o desempenho da economia brasileira e as crises políticas afetaram a confiança dos investidores e do público em geral, o que resultou na desaceleração econômica e elevou a volatilidade de valores mobiliários emitidos no exterior por companhias brasileiras. Os desdobramentos futuros nas políticas do governo brasileiro e/ou a incerteza a respeito de quando e se tais políticas e regulamentações poderão ser implementadas, fatores que estão fora de nosso controle, podem ter um efeito negativo substancial sobre a Companhia. Mudanças nas leis tributárias do Brasil poderão ter impacto negativo sobre os impostos aplicáveis aos nossos negócios. O governo brasileiro implementa com frequência mudanças nos regimes fiscais que poderão nos afetar e a nossos clientes. Essas mudanças incluem alterações nas alíquotas fiscais em vigor e, ocasionalmente, a promulgação de impostos temporários, cujos recursos são direcionados a finalidades designadas pelo governo. Algumas dessas mudanças poderão resultar em aumentos na carga tributária, o que pode afetar negativamente a lucratividade do setor e aumentar os preços de nossos produtos, restringir nossa capacidade de fazer negócios em nossos mercados existentes e nos mercados alvo e prejudicar os nossos resultados financeiros. Não há garantia de que conseguiremos manter nosso fluxo de caixa e lucratividade projetados após quaisquer aumentos nos impostos brasileiros aplicáveis à Companhia e às nossas operações. Poderemos ser afetados por ações governamentais que atingem os mercados e a economia brasileira. 24

27 O governo brasileiro exerceu e continua a exercer influência substancial sobre muitos aspectos do setor privado. Ele pode, por exemplo, impor algumas restrições ao mercado de exportação, criando tributos de exportação sobre qualquer produto, incluindo nossa principal fonte de receita (celulose de mercado), afetando as margens e a lucratividade de empresas de exportação. Além disso, o governo brasileiro, por meio do BNDES, detém ou controla muitas empresas, incluindo algumas das maiores do país. Por exemplo, o BNDES, através de sua subsidiária integral BNDESPar, é uma acionista controladora de nossa Companhia juntamente com a VID, conforme os termos do Acordo de Acionistas, que historicamente tem sido um de nossos credores mais importantes. As variações nas taxas de juros podem aumentar o custo de serviço da nossa dívida e afetar negativamente nosso desempenho financeiro geral. Nossos resultados financeiros são afetados por mudanças nas taxas de juros, como a Taxa Interbancária do Mercado de Londres (LIBOR), o Certificado de Depósito Interbancário do Brasil (CDI) e a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). A taxa CDI apresentou variação significativa no passado em resposta à expansão ou à retração da economia brasileira, ao controle da inflação, às políticas governamentais do país e a outros fatores. A taxa CDI ficou em 11,57% ao ano, 9,77% ao ano e 6,90% ao ano em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012, respectivamente. A TJLP foi reduzida de 5,5% o ano em 27 de junho de 2012 para 5,0% o ano em 31 de dezembro de 2012 até 31 de dezembro de No primeiro trimestre de 2015, a TJLP aumentou para 5,5% ao ano. Um aumento significativo nas taxas de juros, principalmente na TJLP ou na LIBOR, teria um efeito negativo substancial sobre nossas despesas financeiras já que grande parte de nossa dívida (empréstimos do BNDES e Linha de Crédito de Pagamento Antecipado de Exportação) está indexada a estas taxas. Por outro lado, uma redução significativa na taxa CDI pode afetar negativamente a receita financeira gerada com nossas atividades de investimento, já que uma parte relevante de nosso capital vem do mercado monetário Brasileiro, relacionado ao CDI. A fim de mitigar esses riscos e nos beneficiarmos das taxas de juros mais baixas, contratamos vários swaps de LIBOR e TJLP a taxas pré-fixadas. Vide o Item 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas Sobre os Riscos de Mercado. As condições econômicas e de mercado em outros países, incluindo países em desenvolvimento, poderão afetar de maneira substancial e negativa a economia brasileira e, portanto, o preço de mercado de nossas ADSs. O mercado de valores mobiliários emitidos por companhias brasileiras é influenciado por condições econômicas e de mercado no Brasil e, em graus diferentes, pelas condições de mercado em outros países, incluindo países da América Latina e em desenvolvimento. Embora as condições econômicas sejam diferentes em cada um deles, a reação dos investidores aos desdobramentos em um país poderá provocar a variação em mercados de capitais de outros. Os desdobramentos ou as condições em outros países, incluindo países em desenvolvimento, afetaram significativamente a disponibilidade de crédito na economia brasileira e resultaram em saídas consideráveis de recursos e reduções na quantidade da moeda estrangeira investida no Brasil. Eles também limitaram o acesso a mercados de capitais internacionais, tudo o que poderá afetar de forma substancial e negativa nossa capacidade de tomar empréstimos a uma taxa de juros aceitável ou de aumentar o capital acionário quando e se houver a necessidade de fazê-lo. A volatilidade nos preços de mercado dos valores mobiliários brasileiros aumenta periodicamente, e a percepção dos investidores em relação ao aumento no risco devido à crise em outros países, incluindo países em desenvolvimento, também poderá levar a uma redução no preço de mercado de nossas ADSs. Um déficit de eletricidade e consequente racionamento de eletricidade podem afetar negativamente nossos negócios e os resultados das operações. A energia hidroelétrica é a principal fonte de energia do setor brasileiro. Baixos níveis de investimento e chuvas abaixo da média resultaram, no passado, em baixos níveis de reservatório da capacidade hidroelétrica das regiões brasileiras do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Fontes alternativas de geração de energia estão frequentemente atrasadas devido a questões reguladoras ou devido a outros empecilhos. Entre 2000 e 2001, por exemplo, o governo brasileiro instituiu um programa de racionamento e redução do consumo, com o objetivo de reduzir o consumo de eletricidade de meados de 2001 até o começo de Esse programa estabeleceu limites sobre o consumo de energia de usuários industriais, comerciais e residenciais. 25

28 Em 2014 nós geramos internamente aproximadamente 117% das exigências de energia elétrica para o nosso processo de produção de celulose. Da quantidade total de energia térmica e elétrica que geramos, 88% foi a partir de combustíveis renováveis, como biomassa e licor negro, subprodutos do processo de produção de celulose, e 12% de combustíveis não-renováveis comprados por nós, como por exemplo óleo combustível e gás natural. No entanto, se o Brasil apresentar déficits na eletricidade disponível (devido a condições hidrológicas, limitações de infraestrutura ou outros motivos), políticas semelhantes ou outras políticas podem ser colocadas em prática a fim de limitar ou racionar a utilização de energia elétrica. Embora acreditemos que estamos adequadamente preparados em termos de energia, pois somos autossuficientes e até vendemos o excesso de energia elétrica para a grade brasileira, nossas vendas podem ser negativamente afetadas pelo efeito negativo que o déficit de energia pode ter sobre o ambiente macroeconômico. Além disso, também podemos ser afetados de forma adversa pelo impacto do déficit de energia sobre as atividades de nossos principais fornecedores de matérias-primas. Qualquer dito déficit e respectivo racionamento de energia poderia ter um efeito negativo sobre nossos negócios e sobre os resultados das operações. Estiagem no sudeste do Brasil, resultando em falta de água e racionamento, pode afetar negativamente nossos negócios e os resultados das operações. A região sudeste do Brasil está atualmente passando por uma severa estiagem, resultando em uma drástica falta de água e na implementação de racionamento para controlar o uso. Apesar de acreditarmos que a maioria de nossas operações não será afetada por essas condições, nossa Unidade de Jacareí, que possui duas linhas de fibra, está localizada na área afetada e depende do fornecimento de água do rio Paraiba do Sul. Aliás, o consumo de água dessa unidade está abaixo do limite permitido pela licença. Além disso, é a fábrica mais eficiente em termos de uso da água entre todas as nossas operações industriais e 90% da água utilizada por essa unidade é devolvida ao rio Paraiba do Sul após tratamento dos efluentes. Ademais, continuamos a melhorar a eficiência do consumo de água da fábrica e criamos um plano de contingências para a Unidade de Jacareí, se for exigido. No entanto, não podemos garantir que medidas governamentais para tratar das condições de estiagem não terão um impacto sobre as operações da Unidade, podendo afetar negativamente nossos negócios e os resultados das operações. Riscos Relacionados às Nossas Ações e ADSs Os controles e as restrições de câmbio sobre remessas ao exterior poderão afetar negativamente os detentores de nossas ADSs. As companhias poderão ser afetados negativamente se o governo brasileiro impuser restrições sobre as remessas para investidores estrangeiros dos rendimentos de seus investimentos no Brasil e, como fez no passado, sobre a conversão do real em moedas estrangeiras. Essas restrições podem prejudicar ou impedir a conversão de dividendos, distribuições, ou os recursos de qualquer venda de ações ou ADSs, conforme o caso, em Dólares e a remessa de Dólares para o exterior. Não podemos garantir que o governo não tomará esse tipo de medida ou medidas similares no futuro. Os detentores de nossas ADSs podem ser afetados negativamente por atrasos ou pela recusa do governo em conceder qualquer aprovação exigida para a conversão de pagamentos em reais e remessas ao exterior a respeito das ações, incluindo ações subjacentes às ADSs. Neste caso, nosso depositário de ADSs distribuirá ou deterá os reais que não puder converter para a conta dos detentores de ADSs que não foram pagos. Os detentores de nossas ADSs poderão enfrentar dificuldades para entregar citação ou aplicar sentenças contra nós e outras pessoas. Somos constituídos e estamos sujeitos às leis do Brasil e a maior parte de nossos conselheiros, diretores e a nossa empresa de auditoria independente residem ou estão localizados no Brasil. Substancialmente todos os nossos ativos e os ativos dessas outras pessoas estão localizados no Brasil. Consequentemente, poderá não ser possível aos detentores das ADSs fazer entregar citações judiciais a nós ou a essas outras pessoas dentro dos Estados Unidos ou em outras jurisdições fora do Brasil, ou executar contra nós ou essas outras pessoas sentenças proferidas nos Estados Unidos ou em outras jurisdições fora do Brasil. Como as sentenças de tribunais norte-americanos acerca de responsabilidades civis, com base nas leis federais de valores mobiliários dos EUA, somente poderão ser executadas no Brasil se certas condições forem atendidas, os detentores de nossas ADSs poderão enfrentar mais 26

29 dificuldades para proteger seus interesses devido a medidas tomadas por nós, por nossos conselheiros ou diretores do que enfrentam os acionistas de uma companhia norte-americana. A volatilidade e a iliquidez relativas dos mercados de valores mobiliários do Brasil poderão afetar negativamente os detentores de nossas ADSs. Os investimentos em valores mobiliários, como nossas ações ordinárias ou ADSs, de emissores de países de mercados emergentes, incluindo o Brasil, envolvem um maior grau de risco que os investimentos em valores mobiliários de emissores de países mais desenvolvidos. O mercado de valores mobiliários do Brasil é substancialmente menor, menos líquido, mais concentrado e mais volátil que os grandes mercados de valores mobiliários nos Estados Unidos.Há também uma concentração significativamente maior no mercado de valores mobiliários brasileiro do que nos principais mercados de valores mobiliários nos Estados Unidos. Essas características poderão limitar substancialmente a capacidade de vender as ações ordinárias subjacentes às ADSs pelo preço e no momento em que os detentores desejarem fazê-lo. Em 31 de dezembro de 2014, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) tinha uma capitalização de mercado de US$687 milhões. Em comparação, em 31 de dezembro de 2014, a S&P 500 tinha uma capitalização de mercado de US$18,7 trilhões. É possível que um mercado líquido e ativo jamais se desenvolva para nossas ações ordinárias ou ADSs e, consequentemente, a capacidade dos detentores de nossas ADSs de vendê-las pelo preço ou no momento desejado poderá ser prejudicada de forma significativa. Os detentores de nossas ADSs poderão enfrentar dificuldades para proteger seus interesses, pois como uma companhia brasileira estamos sujeitos a diferentes normas e regulamentos corporativos e nossos acionistas poderão ter menos direitos e não tão bem definidos. Os detentores de ADSs não são acionistas diretos de nossa Companhia e não podem exercer os direitos de acionistas de acordo com nosso Estatuto Social e com as leis brasileiras. Nossos assuntos corporativos são regidos por nosso Estatuto Social e pelas leis brasileiras, que diferem dos princípios legais que seriam aplicáveis caso fôssemos constituídos em uma jurisdição nos Estados Unidos ou em qualquer lugar fora do Brasil. De acordo com as leis brasileiras, os direitos de um detentor de nossas ações ordinárias de proteger seus interesses a respeito das medidas tomadas por nós, por nossos conselheiros ou diretores poderão ser mais reduzidos e não tão bem definidos quanto de acordo com as leis de outras jurisdições. Apesar de a utilização de informações privilegiadas e a manipulação de preços serem crimes de acordo com as leis brasileiras, os mercados de valores mobiliários do país não são tão altamente regulamentados e supervisionados quanto os mercados de valores mobiliários dos EUA ou os mercados em algumas outras jurisdições. Além disso, as normas e as políticas contra negociações para interesse próprio ou para preservar os interesses de acionistas poderão ser menos bem definidas e aplicadas no Brasil que nos Estados Unidos e em alguns outros países, o que poderá colocar os detentores de nossas ações ordinárias ou ADSs em uma possível desvantagem. Adicionalmente, a divulgação exigida das companhias abertas no Brasil poderá ser menos completa ou informativa que a exigida de companhias abertas nos Estados Unidos ou em alguns outros países. Os detentores de nossas ADSs talvez não consigam exercer seus direitos de voto. Os detentores de nossas ADSs somente poderão exercer os direitos de voto de suas ações ordinárias subjacentes de acordo com as disposições do contrato de depósito de nosso programa de ADSs, ou o Contrato de Depósito da Fibria, de acordo com o qual, os detentores de ADSs apenas poderão votar mediante a entrega de instruções de voto a nosso Depositário. Como nosso Depositário aparece em nossos registros de ações e não os detentores de ADSs, tais detentores não podem exercer seus direitos de voto sem a representação de nosso Depositário, exceto se eles devolverem suas ADSs para cancelamento em troca de nossas ações ordinárias. Além disso, de acordo com o Contrato de Depósito da Fibria, nosso Depositário somente notificará os detentores de nossas ADSs de uma votação futura e providenciará o envio de cartões de votação por procuração a esses detentores se solicitarmos nosso Depositário a fazê-lo. De acordo com nosso Estatuto Social, a primeira convocação de assembleia de acionistas deve ser publicada com no mínimo 15 dias de antecedência da respectiva assembleia, e a segunda convocação deve ser publicada com no mínimo 8 dias de antecedência da assembleia, no caso de quórum insuficiente para aprovar os assuntos incluídos na primeira assembleia. 27

30 Consequentemente, poderá não haver tempo suficiente para os detentores de ADSs devolverem suas ADSs e retirarem as ações ordinárias subjacentes, ou receberem um cartão de votação por procuração a tempo de garantir que eles possam fornecer ao nosso Depositário instruções de voto. Nosso Depositário e seus agentes não são responsáveis pelo não envio de cartões de votação por procuração a tempo de os detentores de ADSs votarem as ações ordinárias subjacentes às suas ADSs ou entregarem instruções de voto da forma por nós instruída ou por não tomar nenhuma dessas medidas. Em decorrência disso, os detentores de ADSs talvez não consigam exercer os direitos de voto inerentes às ações ordinárias subjacentes às suas ADSs. Uma permuta de ADSs por ações representa risco de perda de certas vantagens de remessas de moeda estrangeira e de vantagens fiscais brasileiras. As ADSs são beneficiadas pelo certificado de registro de capital estrangeiro, que permite a nosso Depositário converter dividendos e outras distribuições a respeito de ações ordinárias em moeda estrangeira e remeter os recursos para o exterior. Os detentores de ADSs que permutam suas ADSs por ações ordinárias terão direito de tomar como base o certificado de registro de capital estrangeiro do depositário por cinco dias úteis contados da data de permuta. Posteriormente, eles não terão direito de remeter divisas ao exterior, exceto se obtiverem seu próprio certificado de registro de capital estrangeiro, ou exceto se eles estiverem qualificados de acordo com a Resolução nº 2.689/00 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que permite que certos investidores comprem e vendam ações em bolsas de valores do Brasil sem obter certificados de registro separados. Se os detentores de ADSs não estiverem qualificados de acordo com a Resolução nº 2.689/00, eles geralmente estarão sujeitos a menores impostos nas remunerações de nossas ações ordinárias. Não pode haver garantia de que o certificado de registro do nosso Depositário, ou que qualquer certificado de capital estrangeiro obtido pelos detentores das ADSs, não será afetado por futuras alterações legislativas ou regulatórias, ou que restrições adicionais legais brasileiras para o investimento nas ADSs não podem ser impostas no futuro. Os detentores de nossas ações estarão sujeitos e os detentores de nossas ADSs podem estar sujeitos ao imposto de renda brasileiro sobre os ganhos de capital provenientes das vendas de ações ou ADSs. A lei brasileira nº /03 dispõe que ganhos sobre a alienação de ativos localizados no Brasil por pessoas não residentes no país, seja para outras pessoas não residentes ou para residentes no país, estão sujeitos à tributação brasileira. As ações ordinárias devem ser tratadas como ativos localizados no Brasil para fins legais, e os ganhos sobre a alienação de ações ordinárias, mesmo por pessoas não residentes no país, devem estar sujeitos à tributação brasileira. Além disso, as ADSs poderão ser tratadas como ativos localizados no Brasil para fins legais e, portanto, os ganhos sobre a alienação de ADSs por pessoas não residentes no país poderão estar sujeitos à tributação brasileira. Apesar de os detentores de ADSs fora do Brasil poderem ter bases para afirmar que a Lei nº /00 não se aplica a vendas ou a outras alienações de ADSs, não é possível prever se esse entendimento prevalecerá, em última instância, nos tribunais do Brasil, considerando o escopo geral e incerto da Lei nº /03 e a ausência decisões judiciais a esse respeito. Os detentores de nossas ADSs poderão não conseguir exercer os direitos de preferência de nossas ações. Os detentores de nossas ADSs talvez não consigam exercer os direitos de preferência das ações ordinárias subjacentes às suas ADSs, a menos que uma declaração de registro nos termos do Securities Act dos Estados Unidos de 1933, e alterações posteriores (o Securities Act ) esteja em vigor a respeito aos direitos ou a uma isenção das exigências de registro do Securities Act. Não somos obrigados a protocolar uma declaração de registro a respeito das ações ou outros valores mobiliários relacionados a esses direitos de preferência e não podemos garantir aos detentores de nossas ADSs que protocolaremos qualquer referida declaração de registro. Salvo se protocolarmos uma declaração de registro ou se uma isenção de registro se aplicar, os detentores de nossas ADSs poderão receber apenas os recursos líquidos da venda de seus direitos de preferência por parte do depositário ou, caso os direitos de preferência não possam ser vendidos, os direitos prescreverão. Reais. As sentenças dos tribunais brasileiros a respeito de nossas ações serão pagas apenas em 28

31 Caso sejam instaurados processos judiciais nos tribunais do Brasil a fim de executar nossas obrigações a respeito das ações ordinárias, não seremos obrigados a quitar nossas obrigações em outra moeda que não seja o real. De acordo com as limitações de controle de câmbio no Brasil, uma obrigação no Brasil de pagar valores denominados em uma moeda que não o real somente poderá ser quitada em moeda brasileira à taxa de câmbio determinada pelo Banco Central em vigor na data em que a sentença for proferida, e tais valores serão ajustados para refletir as variações da taxa de câmbio na data de pagamento efetiva. A taxa de câmbio vigente talvez não proporcione aos investidores estrangeiros indenização integral por qualquer reivindicação decorrente ou relacionada às nossas obrigações a respeito das ações ordinárias ou das ADSs. 29

32 ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A FIBRIA A. História e Desenvolvimento da Fibria Somos constituídos de acordo com as leis da República Federativa do Brasil com a razão social de Fibria Celulose S.A., sociedade anônima de capital aberto com prazo de duração indeterminado. Somos uma sociedade anônima de capital aberto, operando nos termos da Lei das Sociedades por Ações. Nossa sede e escritório principal estão localizados narua Fidêncio Ramos, 302, Torre B, 3º andar, , São Paulo, SP, Brasil (telefone: ). Nosso site é Entretanto, as informações contidas em nosso site não estão incorporadas por referência e não devem ser consideradas parte deste relatório anual. Nossas operações tiveram início em 1988, quando o Grupo Votorantim, um dos maiores grupos de empresas privadas na América Latina, adquiriu a Celpav Celulose e Papel Ltda., ou Celpav, uma produtora de celulose e papel estabelecida no estado de São Paulo. Iniciamos a produção em 1991, após a expansão e modernização de nossas instalações. Em setembro de 1992, o Grupo Votorantim adquiriu as Indústrias de Papel Simão S.A., ou Papel Simão, que estavam listadas na BM&FBOVESPA. A Celpav e a Papel Simão passaram posteriormente por um processo de incorporação e, em 1999, a razão social da Papel Simão foi alterada para Votorantim Celulose e Papel S.A. No dia 5 de novembro de 2009, adotamos a razão social de Fibria Celulose S.A. e, no dia 31 de dezembro de 2009, nós e a Aracruz fomos fundidas para formar a Fibria (a entidade sucessora). Vide o Item 4 - Informações sobre a Fibria A. História e Desenvolvimento - Aquisição da Aracruz. No dia 19 de abril de 2000, concluímos uma oferta registrada de ADSs, cada uma representando 500 ações preferenciais, e as ADSs foram listadas na NYSE sob o código VCP. Das ADSs oferecidas na época, vendemos e alguns de nossos acionistas venderam as ADSs restantes. Concomitantemente, ações preferenciais foram vendidas no Brasil. Devido à mudança da razão social de VCP para Fibria no dia 5 de novembro de 2009, com a Aquisição da Aracruz, o último dia de negociação das ações da VCP na NYSE sob o código VCP foi o dia 17 de novembro de A partir de 18 de novembro de 2009, o código foi alterado para FBR. Aumentamos, expandimos e modernizamos nossas operações por meio da expansão orgânica de nossas fábricas de celulose e instalações de produção de papel, da alienação de ativos e linhas de negócios que não consideramos parte de nosso negócio principal e da aquisição seletiva de participações acionárias em outras empresas de celulose e papel. Bahia Produtos de Madeira Em 1998, como parte da estratégia de diversificação para outros negócios de produtos florestais, a Aracruz adquiriu a Tecflor Industrial S.A., ou Tecflor, para a produção de produtos de madeira sólida. A Tecflor passou então a se chamar Aracruz Produtos de Madeira ou APM. Em 2001, a APM buscou expandir a presença de sua marca Lyptus de madeira serrada de alta qualidade nos mercados doméstico e internacional e estabeleceu uma parceria comercial com a norte-americana Weyerhaeuser Co., ou Weyco, uma das maiores companhias florestais do mundo, para a distribuição exclusiva do Lyptus nos mercados norte-americanos. Em outubro de 2004, a Aracruz vendeu dois terços das suas ações na APM para a Weyerhaeuser do Brasil Participações Ltda., subsidiária da Weyco, por um valor total de US$18,6 milhões. Após da Aquisição da Aracruz, a APM passou a se chamar Bahia Produtos de Madeira ou BPM. Atualmente somos detentores de 33,33% das ações da BPM e possuímos certos direitos a voto conforme determinado no acordo de acionistas da APM. Em 31 de julho de 2014, adquirimos 100% do capital da WOP- Wood Participações Ltda, anteriormente Weyerhaeuser do Brasil Participações Ltda por R$6.716 milhões, que detinha 66.67% do capital da nossa associada Bahia Produtos de Madeira S.A. A partir dessa data a Companhia detém indiretamente 100% do capital da Bahia Produtos de Madeira S.A. Aquisição de Participação na Ripasa Em 2005, por meio de uma joint venture de 50% com a Suzano Bahia Sul Papel e Celulose S.A., ou Suzano, adquirimos as ações ordinárias e preferenciais da Ripasa S.A. Celulose e Papel, ou 30

33 Ripasa. No dia 31 de março de 2005, finalizamos a aquisição, por meio de uma joint venture de 50%, de uma participação indireta de 77,59% (nossa participação - 38,80%) no capital com direito a voto e de uma participação indireta de 46,06% (nossa participação 23,03%) no capital total da Ripasa por US$275 milhões. Além disso, foi realizada a opção de compra para a aquisição de ações ordinárias e ações preferenciais em até 6 anos, totalizando 22,41% do capital com direito a voto e 13,45% do capital total da Ripasa. Adquirimos nossa participação nessas ações adicionais por R$298 milhões. Na época dessa aquisição, os principais ativos da Ripasa eram a fábrica de celulose e papel de Americana e três outras fábricas de papel localizadas em Embu, Cubatão e Limeira, no estado de São Paulo. Em abril de 2006, a Ripar, uma joint venture entre nós e a Suzano, foi liquidada por dissolução e seus únicos ativos, as ações na Ripasa, foram distribuídos igualmente entre nós e a Suzano. Em maio de 2006, os acionistas da Ripasa aprovaram uma operação de reestruturação societária na qual os acionistas (exceto nós e a Suzano) receberam ações de nossa Companhia, ações da Suzano e dinheiro em permuta de suas ações da Ripasa. Nessa operação, emitimos ações preferenciais aos antigos acionistas da Ripasa. Após essa operação, detínhamos 50% do capital social da Ripasa. Em março de 2007, nós vendemos nossa participação de 50% na fábrica de papel localizada em Embu à Suzano, por R$41,1 milhões. A fábrica de papel de Embu tinha uma capacidade de produção anual de 48 quilotons de papel cartão. Em novembro de 2007, nós e a Suzano vendemos nossas participações nas fábricas de papel detidas pela Ripasa, localizadas em Cubatão e Limeira, à MD Papéis por um total de R$122 milhões. A fábrica de papel de Cubatão tinha uma capacidade de produção de aproximadamente 61 quilotons por ano de papéis gráficos, editoriais e especiais para imprimir e escrever. A fábrica de papel de Limeira tinha capacidade de produção anual de aproximadamente 58 quilotons de papel cartão. O Projeto Losango Em 2005, anunciamos o início do processo de licenciamento ambiental para a implementação de uma fábrica de celulose branqueada de eucalipto com capacidade nominal total de 1,5 milhão de toneladas de celulose ao ano, a ser construída no estado do Rio Grande do Sul (com nome de Projeto Losango ). Em decorrência da Aquisição da Aracruz em 2009, possuíamos uma carteira diferente de possíveis projetos de expansão, incluindo duas antigas Unidades da Aracruz (Veracell II e uma quarta linha de produção na Unidade da Aracruz), e estas, juntamente com a Unidade de Três Lagoas, que teve início em março de 2009, eram todos projetos existentes. Dessa forma, avaliamos várias alternativas para o Projeto Losango, incluindo um desinvestimento total das terras e florestas. Em 30 de junho de 2011, a Administração aprovou o desinvestimento dos ativos do projeto Losango e estabeleceu um programa específico para a identificação de um potencial comprador. A partir de 30 de junho de 2011, passamos a classificar os ativos do Projeto Losango como mantidos para venda. Em 10 de setembro de 2012, recebemos e aceitamos uma oferta vinculante da CMPC Celulose Riograndense S.A. para compra dos ativos florestais e terrenos do Losango, consistindo em aproximadamente 100 mil hectares de áreas próprias, e quase 39 mil hectares de áreas florestais de eucalipto nessas áreas próprias e em áreas arrendadas de terceiros, pelo valor total de R$615 milhões. A transação não incluiu os acordos de programas de parceria desenvolvidos em áreas do Losango, que serão mantidas e honradas pela Fibria. Em 28 de dezembro de 2012, anunciamos o encerramento do Contrato de Compra e Venda e a aprovação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o recebimento da primeira parcela, no valor de R$470 milhões, e o depósito da segunda parcela, no valor de R$140 milhões em uma conta caução a ser desembolsada após a obtenção das aprovações governamentais aplicáveis restantes e o atendimento a outras condições precedentes. Em novembro de 2014, recebemos um adicional de R$7 milhões como adiantamento da CMPC. A parcela remanescente de R$5 milhões será paga a nós mediante transferência efetiva dos contratos existentes relacionados ao ativo e das aprovações governamentais aplicáveis. O contrato de compra e venda determina um período de 48 meses, com opção de renovação pela CPMC por mais 48 meses, para obter as aprovações governamentais exigidas. Se a aprovação não 31

34 for obtida, seremos obrigados a devolver à CMPC o valor de R$477 milhões pago a nós, acrescido de juros, e os depósitos judiciais feitos pela CMPC serão revertidos. Desde a assinatura do Contrato de compra e venda firmado com a CMPC, temos atuado no sentido de obter as aprovações necessárias, tais como o preenchimento de todas as condições precedentes, a renovação parcial da licença operacional das áreas e a documentação a ser apresentada às agências governamentais apropriadas. O consistente progresso na obtenção dessas aprovações durante 2014 indica que será alcançada uma resolução favorável. Concluímos que esses ativos devem continuar sendo classificados como ativos mantidos para venda. Porém, a conclusão da venda não depende apenas de nós, mas de várias aprovações governamentais, o que tem sido mais moroso do que o esperado. Dessa forma, nós reclassificamos o valor total como ativo não circulante em 31 de dezembro de 2014 Permuta de Ativos com a International Paper Em fevereiro de 2007, transferimos nossa fábrica de celulose e papel Luiz Antônio e aproximadamente hectares de florestas localizados no estado de São Paulo para a International Paper Investments (Holland) B.V., uma subsidiária integral da International Paper, em troca da fábrica de celulose em Três Lagoas que, na época, estava em construção, e aproximadamente hectares de florestas no entorno. Na época que recebemos a fábrica de celulose de Três Lagoas, a International Paper financiou integralmente a construção dessa fábrica em um contrato de empreitada. A fábrica Luiz Antônio tinha capacidade anual de produção de 410 quilotons de celulose e 355 quilotons de papel não revestido. Como parte dessa operação, concordamos em adquirir 100 quilotons de BEKP por ano em termos competitivos para utilização em outras instalações, nos termos de um contrato de fornecimento de longo prazo. Em março de 2009, começamos a operar nossa fábrica de Três Lagoas localizada no estado do Mato Grosso do Sul. Essa fábrica atingiu com êxito sua capacidade estimada, aumentando nossa capacidade anual em 1,3 milhão de toneladas de celulose de mercado. O valor total investido neste projeto foi de R$3.991 milhões. O valor inclui os desembolsos feitos diretamente pela Fibria e os ativos que recebemos através do Acordo de Troca de Ativos assinado com a International Paper. Como parte dessa operação, concedemos à International Paper o direito de construir, às suas custas, até duas máquinas de papel adjacentes e integradas à fábrica de celulose de Três Lagoas. A International Paper exerceu essa opção e construiu uma fábrica de papel com capacidade de produção anual de 200 a 250 quilotons de papel para imprimir e escrever adjacente à fábrica de celulose de Três Lagoas. Essa fábrica de papel iniciou sua produção no primeiro trimestre de Com relação ao exercício dessa opção, a International Paper celebrou um contrato de fornecimento de longo prazo nos termos do qual forneceremos à International Paper celulose, serviços públicos e outros serviços a taxas baseadas em nossos atuais custos operacionais. Caso a International Paper exerça seu direito de construir a segunda fábrica de papel adjacente à fábrica de celulose Três Lagoas, as condições contratuais seguirão aquelas estabelecidas para a primeira fábrica de papel: seremos obrigados a transferir à International Paper certos lotes do imóvel nas quais a máquina de papel e as instalações acessórias serão construídas; e a International Paper celebrará um contrato de fornecimento de longo prazo segundo o qual forneceremos a ela celulose, serviços públicos e outros serviços a taxas baseadas em nossos atuais custos operacionais. Em 2012, a Fibria e a International Paper concordaram em estender a opção da International Paper de construir uma nova máquina para produção de papel na unidade de Três Lagoa. O novo contrato dá à International Paper a opção de iniciar a segunda máquina de papel entre 2016 e

35 Alienação da Fábrica de Papel de Mogi das Cruzes Em maio de 2007, vendemos nossa fábrica de papel especial localizada na cidade de Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo, ao acionista controlador da Comércio e Indústria Multiformas Ltda. por R$57 milhões. A fábrica de papel de Mogi da Cruz tinha capacidade de produção anual de 20 quilotons de papel industrial e especial. Joint venture com a Ahlstrom Em maio de 2007, anunciamos a intenção de celebrar um contrato de joint venture com a empresa finlandesa Ahlstrom para a produção de papel em nossa instalação localizada em Jacareí, estado de São Paulo. O contrato foi concluído em setembro de 2007 e a Ahlstrom adquiriu uma participação de 60% dessa nova joint venture para os ativos de papel na fábrica de Jacareí, denominada Ahlstrom VCP Indústria de Papéis Especiais S.A. ( Ahlstrom VCP ), com uma opção de adquirir os 40% restantes em até dois anos. Em setembro de 2008, de acordo com várias opções que faziam parte do contrato com a Ahlstrom, vendemos à Ahlstrom nossa participação remanescente de 40% na joint venture por US$42 milhões. As partes também celebraram um contrato de longo prazo pelo qual a Fibria fornecerá celulose de eucalipto, serviços públicos e outros serviços à Ahlstrom VCP na fábrica de Jacareí a preços competitivos, a fim de parcialmente dar suporte à capacidade de produção anual de aproximadamente de toneladas por ano de papéis livres de madeira não revestidos. Contrato de Negócio Estratégico (SBA) com a Oji Paper Em agosto de 2007, anunciamos a celebração de um SBA de longo prazo com a Oji Paper Co. Ltd. ou Oji Paper. O contrato nos permitiu ampliar ainda mais nossa oferta de tecnologias de papel térmico no Brasil e na região da América Latina, permitindo a expansão, pela Oji Paper, de sua presença mundial como líder de mercado em tecnologia térmica. Com a celebração do SBA, conseguimos usufruir da tecnologia da Oji Paper, bem como de suas subsidiárias globais, incluindo a tecnologia da Kanzaki Specialty Papers, Inc (KSP), da Kanzan Spezialpapiere GmbH (Kanzan) e da Oji Paper Thailand Ltd. (OPT). O SBA, associado à conclusão da expansão de nossa fábrica de Piracicaba em 2008, possibilitou a manutenção de produtos de qualidade aprimorada e melhorou o valor aos nossos clientes. Em 11 de agosto de 2011, assinamos um termo de exclusividade para a Oji Paper negociar a venda dos ativos (planta industrial e prédio), que formam o complexo conhecido como Unidade Piracicaba. A venda foi concluída em 29 de setembro de 2011 pelo valor de US$313 milhões. Após a alienação da Piracicaba, a Fibria agora concentra suas operações na produção de celulose. Devido à alienação da Piracicaba para a Oji Paper em setembro de 2011, o SBA foi extinto e todos os royalties devidos foram pagos pela Fibria à Oji Paper. Constituição da Conpacel Em agosto de 2008, a Ripasa fez um aporte de seus ativos, exceto a fábrica de celulose e papel de Americana, à Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda., companhia recentemente constituída em que nós e Suzano detínhamos individualmente 50% do capital social. Em setembro de 2008, a Ripasa foi transformada em Conpacel, uma unidade de compartilhamento de custo e produção, ou consórcio, em que tínhamos uma participação indivisível de 50% nos ativos, passivos e operações. No dia 21 de dezembro de 2010, celebramos um acordo vinculante com a Suzano a respeito da venda de nossa participação de 50% na Conpacel, que consiste em (1) uma fábrica de celulose e papel localizada na cidade de Americana, no estado de São Paulo, e (2) terras totalizando aproximadamente 76 mil hectares relacionados à fábrica e aproximadamente 71 mil hectares de área florestal (dos quais 33

36 53 mil hectares eram próprios e 18 mil hectares eram arrendados), por um preço de compra total de R$1,450 milhão. Concluímos a venda em 31 de janeiro de A fábrica de celulose e papel da Conpacel consistia em uma fábrica de celulose com capacidade de produção anual de 650 quilotons e em uma fábrica de papel com capacidade de produção anual de 390 mil toneladas. No dia 21 de dezembro de 2010, também celebramos um acordo vinculante com a Suzano para a venda da KSR, nossa unidade de negócios de distribuição de papel, por um preço de compra total de R$50 milhões. O fechamento da venda da KSR ocorreu no dia 28 de fevereiro de Alienação da Unidade Produtora de Guaíba Em 7 de outubro de 2009, celebramos um contrato de compra e venda com a Empresas CMPC S.A. (CMPC) para a venda de (1) nossa fábrica de celulose e papel localizada na cidade de Guaíba, no estado do Rio Grande do Sul, (2) terras totalizando uma área de aproximadamente 212 mil hectares de área florestal relacionada a essa fábrica (dos quais 32 mil hectares foram arrendados por meio de parcerias), (3) licenças e autorizações para um projeto de expansão da capacidade de produção da fábrica de celulose para aproximadamente 1,75 milhão de toneladas por ano, e (4) todo o capital social da Aracruz Riograndense, à qual nos referimos conjuntamente como a Unidade Produtora de Guaíba, por um preço de compra total de R$2.416 milhões, o que gerou um ganho de capital de R$33 milhões. A fábrica de celulose e papel de Guaíba consistia em uma fábrica de celulose com capacidade anual de 450 quilotons e em uma fábrica de papel com capacidade anual de 60 quilotons de papel para imprimir e escrever. Oferta Pública Primária de Ações Ordinárias Em 8 de março de 2012, a Fibria anunciou uma oferta pública primária de ações ordinárias de emissão da Companhia. Em 30 de abril de 2012, ações foram emitidas ao preço unitário de R$15,83/ação (US$8,43/ação), totalizando R$1.361 milhões (sem a colocação de um lote suplementar). A Oferta Pública esteve de acordo com a estratégia de fortalecer a nossa estrutura de capital. Alienação de ativos florestais e terras Em 8 de março de 2012, como parte de nossa estratégia para fortalecer nossa estrutura de capital, firmamos um contrato vinculante com o Fundo Florestas do Brasil (o "Fundo") por meio da subsidiária Caravelas Florestal S.A., para a venda de certas florestas e terras localizadas no sul da Bahia, consistindo em mil hectares de florestas de eucalipto para madeira e celulose, com produção média anual de 660 metros cúbicos de madeira. Em 29 de junho de 2012, a Fibria assinou um contrato de compra e venda relativo a esses ativos no valor total de R$235 milhões. Um pagamento em espécie de R$200 milhões foi recebido como adiantamento na mesma data. Como resultado do processo de due diligence conduzido pelo comprador, o preço de venda foi ajustado para R$200 milhões. Em 7 de dezembro de 2012 a transação foi concluída mediante recebimento de uma notificação de aceitação assinada pelo comprador.vide a Nota 1(d) (iii) de nossas demonstrações financeiras consolidadas referentes a Em 15 de novembro de 2013 celebramos um Contrato de Compra de Ações e Outros Acordos com a Parkia para venda de determinado terreno localizado nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo, somando um total de aproximadamente 210 mil hectares. Em 30 de dezembro de 2013, após obter aprovações mandatórias reguladoras, bem como após a conclusão de uma auditoria pela Parkia, a Primeira Alteração ao Contrato de Compra de Ações e Outros Acordos foi concluída e assinada, na qual a área total sujeita à transação foi ajustada a aproximadamente 206 mil hectares de terras, pelo total de R$ ,00, dos quais R$ ,00 foram recebidos por nós após assinatura do contrato. O saldo restante de R$ foi recebido por nós durante o primeiro trimestre de 2014, após o cumprimento de determinadas obrigações e exigências legais cumpridas por nós. 34

37 Podemos ter direito a um valor extra, limitado a R$ ,00, em três pagamentos separados, cada um de até um terço do valor, na sétima, décima quarta e vigésima primeira data de aniversário do contrato. O direito a essa quantia depende da apreciação do terreno em cada um desses aniversários, medida de acordo com suposições de medição pré-definidas estabelecidas no contrato e ajustadas pela variação do IGP-M nas datas de pagamento reais. Atualmente celebramos contratos de parceria florestal com a Parkia por um período de até 24 anos, durante o qual continuaremos a administrar nossas florestas no terreno vendido. Em troca do direito de usar o terreno para nossas atividades florestais, a parceria florestal concede à Parkia o direito de receber 40% do volume de madeira (em metros cúbicos - m3), produzidos por nós nos terrenos durante cada ciclo de colheita, e com um "teto estabelecido por contrato. A transação está de acordo com nossa estratégia de fortalecer nossa estrutura de capital por meio do pagamento antecipado da dívida. Vide Nota Nº1(e) de nossas demonstrações financeiras consolidadas de Investimento em Capital Ensyn Com um investimento inicial de US$20 milhões, a Fibria adquiriu aproximadamente 6% das ações votantes da Ensyn e concordou em estabelecer uma joint venture (F&E Technologies LLC), com participações iguais, que foi devidamente incorporada em Delaware para futuros investimentos na produção de combustíveis líquidos e químicos provenientes de biomassa no Brasil. Em 2014, firmamos com a Ensyn Corporation, uma Alteração ao Contrato de Compra de Ações 2012, para a compra, pela Companhia, de participação adicional de 3% do capital da Ensyn por US$10 milhões. Isso aumentou nossa participação para cerca de 9% do capital da Ensyn e nos proporcionou certos direitos que, se exercidos, nos permitirão subscrever um adicional de US$15 milhões em seu capital. Aquisição da Aracruz e Operações Relacionadas Visão Geral da Aracruz Antes de sua aquisição, a Aracruz era a maior produtora mundial do mercado de celulose, de acordo com a Hawkins Wright, com capacidade de produção anual de celulose de aproximadamente 2,9 milhões de toneladas em 31 de dezembro de 2008, incluindo 50% da capacidade de produção anual de celulose da Veracel. Naquela data, a base de área florestal da Aracruz consistia de um total de florestas de aproximadamente 403,7 mil hectares localizados em três estados brasileiros, incluindo 50% da área florestal da Veracel, consistindo de aproximadamente 258,5 mil hectares de áreas plantadas e aproximadamente 145,2 mil hectares de áreas preservadas. A Aracruz produzia BEKP em suas fábricas de celulose da Aracruz e de Guaíba, e detinha uma participação de 50% na Veracel, que detém e opera uma fábrica de celulose com capacidade de produção anual de 1,1 milhão de toneladas, bem como ativos de áreas florestais relacionadas. A Aracruz produzia papel não revestido em sua fábrica de papel em Guaíba, que tinha capacidade de produção anual de 60 quilotons. Em 2008, a Aracruz produziu quilotons de celulose de eucalipto, registrando receita líquida consolidada das vendas de celulose de R$3.539 milhões, e produziu 56 quilotons de produtos de papel, registrando uma receita líquida consolidada das vendas de papel de R$115 milhões. Aquisição da Aracruz Em outubro de 2001, adquirimos ações ordinárias da Aracruz, representando 28,0% de seu capital social com direito a voto e 12,35% da então participação total no capital social da Aracruz, a fim de aumentar nossa exposição ao mercado internacional de celulose, e contabilizamos esse investimento pelo método de equivalência patrimonial. Em janeiro de 2009, adquirimos a Arapar e a São Teófilo, cujos ativos exclusivos consistiam de um total de 12,35% do capital social total, incluindo 28,0% do capital social com direito a voto, da Aracruz, por R$2,710 milhões. Nos termos do contrato de compra e venda, o preço de compra pode 35

38 ser pago em seis parcelas semestrais sem juros, como segue: (1) R$500 milhões foram pagos em janeiro de 2009; (2) R$500 milhões foram pagos no período de abril, maio e julho de 2009; (3) R$500 milhões foram pagos em janeiro de 2010; (4) R$500 milhões foram pagos em junho de 2010; (5) R$410 milhões foram pagos em janeiro de 2011; e (6) R$300 milhões foram pagos em julho de Em abril de 2009, adquirimos da Família Safra 12,35% do capital social total, incluindo 28,0% do capital social com direito a voto da Aracruz por R$2,710 milhões. Nos termos do contrato de compra e venda dessas ações, o preço de compra foi pago em seis parcelas semestrais sem juros da seguinte forma, exceto conforme especificado abaixo: (1) R$600 milhões foram pagos em dinheiro em abril de 2009; (2) R$500 milhões foram pagos em janeiro de 2010; (3) R$500 milhões foram pagos em junho de 2010; (4) R$400 milhões foram pagos em outubro de 2010, com juros a partir de julho de 2009 à taxa de 105% do CDI ao ano; (5) R$410 milhões foram pagos em janeiro de 2011; e (6) R$300 milhões foram pagos em julho de Após a Aquisição da Aracruz, detínhamos 37,05% do capital social total, incluindo 84,00% do capital social com direito a voto da Aracruz. Como resultado dessas aquisições, de acordo com as IFRS, consolidamos integralmente os ativos, os passivos e os resultados operacionais da Aracruz e de suas subsidiárias consolidadas em nossas demonstrações financeiras consolidadas de 1º de janeiro de Aumento de Capital Em abril e maio de 2009, emitimos e vendemos (1) 62,1 milhões de ações ordinárias para nosso acionista controlador, VID, através da aplicação de R$1.000 milhões de adiantamentos anteriormente emitidos para aumentos de capital e R$180 milhões em dinheiro, (2) 43,6 milhões de ações preferenciais ao BNDESPar em permuta de 56,9 milhões de ações ordinárias da Aracruz, representando 12,49% do capital social total, inclusive 5,51% do capital social votante, da Aracruz, (3) 95,8 milhões de ações preferenciais ao BNDESPar por R$1.820 milhões em dinheiro, e (4) um valor agregado de 9,3 milhões de ações preferenciais às famílias Lorentzen, Moreira Salles, Almeida Braga e Safra pelo valor agregado de R$180 milhões. Vinculado desse aumento de capital, a BNDESPar subscreveu debêntures emitidas pela VID que eram conversíveis em ações ordinárias de nossa Companhia detidas pela VID. Nos termos dessas debêntures, a VID foi obrigada a investir os recursos líquidos que recebeu da BNDESPar para adquirir ações de nossa Companhia. No dia 3 de setembro de 2009, a BNDESPar exerceu sua opção de converter as Debêntures da VID. Como resultado dessa conversão, a VID transferiu ações ordinárias de nossa Companhia para a BNDESPar, após o que a VID detinha 35,2% e a BNDESPar 41,8% de nosso capital social total em 30 de setembro de Conversão de Ações Preferenciais da VCP em Ações Ordinárias A respeito da Aquisição da Aracruz, começamos a implementar uma reestruturação societária para simplificar nossa estrutura de capital. No dia 30 de maio de 2009, a fim de preparar nossa Companhia para a eventual migração de nossas ações ordinárias ao segmento do Novo Mercado da BMFBOVESPA, nossos acionistas aprovaram a conversão de todas as nossas ações preferenciais em circulação em ações ordinárias pela relação de permuta de 0,91 ação ordinária por uma ação preferencial. Essa conversão entrou em vigor no dia 12 de agosto de 2009, em decorrência da qual passamos a ter uma única classe de ações composta exclusivamente por ações ordinárias. Como resultado dessa conversão, as participações da VID e da BNDESPar no capital social total da nossa Companhia mudaram de 40,7% e 35,4%, respectivamente, para 35,2% e 40,8%, respectivamente. Oferta Pública de Compra Obrigatória No dia 1º de junho de 2009, anunciamos o início de uma oferta pública obrigatória para compra de todas e quaisquer ações ordinárias em circulação da Aracruz. O leilão referente a essa oferta pública ocorreu na BM&FBOVESPA no dia 1 de julho de 2009, quando adquirimos ações ordinárias, representando 3,04% das ações ordinárias em circulação e 1,34% do total do capital social em circulação da Aracruz, por um preço de aquisição total de R$236,6 milhões, pago de acordo com o mesmo cronograma de pagamento acordado pela família Safra com os antigos acionistas da Arapar e da 36

39 São Teófilo a respeito da Aquisição da Aracruz. Após essa operação, detínhamos 43,89% do capital social total, incluindo 99,53% do capital social com direito a voto da Aracruz. Incorporação por Meio de Permuta de Ações Como parte de nossa reestruturação societária, em 24 de agosto de 2009, a Fibria e a Aracruz realizaram assembleias gerais extraordinárias nas quais foi aprovada a Incorporação por Meio de Permuta de Ações, de acordo com a qual (1) cada ação ordinária emitida e em circulação da Aracruz (exceto as ações ordinárias detidas direta ou indiretamente pela Fibria ou a respeito das quais o detentor exerce direitos de recesso) foi permutada por 0,1347 ação ordinária da Fibria; (2) cada ação preferencial emitida e em circulação da Aracruz (exceto as ações preferenciais detidas pela Fibria) foi permutada por 0,1347 ação ordinária da Fibria; e (3) a Aracruz se tornou uma subsidiária integral da Fibria. A realização da Incorporação por Meio de Permuta de Ações ocorreu no dia 17 de novembro de 2009 nas instalações da BM&FBOVESPA. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, os detentores de ações ordinárias e ações preferenciais classe A da Aracruz que não votaram a favor da Incorporação por Meio de Permuta de Ações, incluindo aqueles que se abstiveram de voto ou que não compareceram à Assembleia Geral Extraordinária da Aracruz, tiveram direito de retirar seu capital da Aracruz no período de recesso programado para expirar no dia 28 de setembro de No dia 28 de setembro de 2009, nós e a Aracruz anunciamos que o prazo final para o exercício dos direitos de recesso havia sido prorrogado até 12 de novembro de No dia 28 de outubro de 2009, protocolamos uma declaração de registro F-4 perante a SEC, que foi declarado válido pela SEC no dia 12 de novembro de 2009, para registrar a emissão de nossas ações a detentores das ações preferenciais classe B da Aracruz (incluindo as ações preferenciais classe B da Aracruz que eram representadas por ADRs) residentes nos Estados Unidos. Após a Incorporação por Meio de Permuta de Ações, a VID detinha 29,3% e a BNDESPar detinha 33,6% de nosso capital social total. O último dia de negociações de ADR da Aracruz foi 17 de novembro de 2009, e seu preço final de mercado foi de US$21,25. Em 31 de dezembro de 2008, o preço de mercado de um ADR da Aracruz era de US$11,28. Incorporação da Arapar e da São Teófilo à Fibria Como parte da reestruturação societária, as assembleias gerais extraordinárias da Fibria, da Arapar e da São Teófilo aprovaram, no dia 21 de dezembro de 2009, a incorporação da Arapar e da São Teófilo pela Fibria, sendo a Fibria a sociedade sucessora. Essa incorporação entrou em vigor no dia 31 de dezembro de Incorporação da Aracruz à Fibria Como parte da reestruturação societária e a fim de maximizar as sinergias da Aquisição da Aracruz, em vigor em 31 de dezembro de 2009, a Aracruz foi incorporada pela Fibria, sendo esta a sociedade sucessora. Nossa Estrutura Acionária Somos controladas em conjunto da VID, subsidiária integral da VPar (holding do Grupo Votorantim), e da BNDESPar, subsidiária do BNDES. A VPar é controlada pela Hejoassu Administração S.A., ou Hejoassu, que, por sua vez, é controlada pela família Ermírio de Moraes. Como resultado da compra da participação societária adicional da Aracruz e da reorganização da Fibria, ambas ocorridas no primeiro semestre de 2009, de nossa oferta de permuta de ações em circulação da Aracruz e da incorporação da Aracruz à nossa Companhia, nossa estrutura acionária e nossas principais subsidiárias em 31 de dezembro de 2013 são apresentadas no quadro abaixo. 37

40 Em 31 de dezembro de 2014, a Fibria possuía ações ordinárias. Investimentos em Bens de Capital Nossos investimentos em bens de capital totalizaram R$1.287 milhões em 2013 e R$1.078 milhões em O aumento em 2012 é explicado pelo investimento não recorrente de uma maior renovação florestal na Unidade Aracruz e pelos diversos projetos sustentáveis. A tabela abaixo estabelece a divisão dos nossos investimentos em bens de capital mais significativo para os períodos indicados: (em milhares de Reais) Expansão Industrial Expansão Florestal Subtotal da Expansão Segurança/ Meio Ambiente Renovação Florestal (inclui o adiantamento para compra de madeira programa de parceria) Manutenção, TI, P&D, Modernização Subtotal de Manutenção % Veracel Total Para 2015, a Administração aprovou um orçamento de R$1,7 bilhão para desembolsos de capital no futuro. O aumento em relação a 2014 é principalmente explicado pela inflação, taxa de câmbio e pela segunda fase de investimentos em caminhões a fim de reduzir os custos de transporte de madeira. B. Visão Geral dos Negócios Visão geral da indústria da celulose A indústria mundial de celulose é dividida basicamente em dois grupos de categorias desse produto: a mecânica, que é a celulose produzida apenas com uso de processos baseados na energia mecânica, e a química, que engloba a celulose produzida depois do tratamento químico de lascas e 38

41 cavacos de madeira com soda cáustica. Em todo o mundo são produzidas 168 milhões de toneladas todos os anos, das quais 82% é celulose química segundo estatísticas do mercado. As duas categorias são subdivididas em: celulose integrada, que é aquela produzida na produção cativa da mesma companhia ou grupo, e celulose de mercado, que é a celulose produzida para comercialização. O mercado de celulose soma 56 milhões de toneladas, o que representa 41% de toda a celulose química. O mercado da celulose química pode ser subdividido em diversas categorias diferentes, dependendo da espécie de madeira. Os dois principais grupos são o de madeira lenhosa, que reúne as espécies que dão celulose de fibras curtas, e de madeira macia, cujas espécies dão celulose de fibras longas. As áreas tropicais são mais propensas à produção da celulose de fibras curtas, ao passo que a celulose de fibras longas só é produzida em áreas temperadas. A celulose de fibra curta representa 54% do mercado total de celulose, com 30 milhões de toneladas. A Fibria produz celulose de eucalipto, espécie originária da Austrália mas que se adaptou excepcionalmente bem ao clima brasileiro. Na realidade, é no Brasil onde as árvores de eucalipto desenvolvem a maior produção no mundo inteiro. A celulose de eucalipto é responsável por 67% de todo o mercado de celulose de fibras curtas, com uma demanda de 20 milhões de toneladas em Visão Geral da Indústria (1) Fonte: Papel&Papel Consumo de Cartão, Fibras Fibra Reciclada e Celulose: RISI Celulose de Mercado, Fibra Curta e Eucalipto: PPPC 406 Global milhões 100 t Dezembro de 2014 considera a demanda de Capacidade do mercado de celulose 59% 41% Fibras Recicladas Celulose Somos a maior produtora mundial de celulose de mercado, de acordo com a Hawkins Wright, 238 milhões t 168 milhões t com capacidade total de produção de celulose de aproximadamente 5,3 milhões de toneladas anuais de eucalipto, conforme mostrado no gráfico abaixo. 18% 82% Mecânica Ranking de capacidade Química no mercado de celulose 30 milhões t 138 milhões t (000 toneladas) 59% Plantas Integradas 82 milhões t 41% Celuulose de Mercado 56 milhões t 46% 54% Fibra Longa/Outras 26 million t Fibra Curta 30 milhões t 33% 67% Acácia/Outras 10 milhões t Eucalyptus 20 milhões t 74% Outros Produtores de Celulose de Eucalipto: 15 milhões t 26% 39

42 Tradução da imagem: Verde claro: Celulose branqueada de fibra curta (BKSP) Verde escuro: Celulose branqueada de fibra longa (BHKP) Cinza: Celulose não branqueada (UKP) Laranja: Celulose mecânica (MP) Fonte: Hawkins Wright Dezembro de 2014 A capacidade de produção de celulose de eucalipto cresceu mais do que todas as demais categorias, aumentando 94% entre 2006 e 2014, até totalizar mais de 22 milhões de toneladas métricas, com a maioria desse crescimento ocorrendo na América Latina. Volumes maiores dos produtores latino-americanos, que detêm estoques reguladores e em trânsito (conforme as fábricas na região chegam mais adentro do continente), maior espaço de carga, gerenciamento de estoques próprios por fornecedores onde o faturamento é realizado sobre o consumo de celulose, e não sobre a entrega, e o aumento na distância e alcance da distribuição geográfica da celulose com o recente aumento da importância da China no mercado aumentaram o inventário mínimo necessário para a distribuição de eucalipto. De acordo com a Nota de Pesquisa Especial lançada pelo Pulp and Paper Products Council (PPPC) recentemente, o nível equilibrado global de produtores de celulose de fibra curta nos inventários é atualmente de 39 dias, um aumento de 10 dias desde Porém, para os produtores latino-americanos a média do inventário fica em 43 dias, já que quase 90% da produção de celulose de fibra curta da América Latina é exportada para fora da região, em comparação com somente 38% das regiões da América do Norte e Nórdica. Evolução do estoque de celulose branqueada de fibra curta do produtor (dias de suprimento) 40

43 Fonte: PPPC (World-20) Demanda do mercado de celulose A celulose é usada basicamente na produção de três tipos de papel: imprimir e escrever, para fins sanitários e papeis especiais. Os papeis de imprimir e escrever são usados em jornais, revistas, catálogos, livros, na impressão comercial, formulários, material de escritório, cópias e impressão digital. O papel destinado a fins sanitários é usado basicamente para higiene pessoal. Integram este grupo o lenços e papel higiênico, lenços faciais, toalhas de papel, papeis de embalagem e guardanapos. A seu turno, os papeis especiais são fabricados de acordo com especificações com finalidades bastante específicas. Os tipos de papeis especiais englobam papeis sem carbono, papeis decorativos, papeis de segurança, autoadesivos e papel para cigarros. Em 2008 a demanda do mercado registrou crescimento negativo de 0,9%, ou 470 mil toneladas, ao passo que em 2009 o crescimento foi zero. É importante frisar que a demanda do mercado de celulose foi afetada diretamente pela crise do aperto de crédito ao longo desse período. À medida que a economia mundial começou a se recuperar da crise em 2010 o setor verificou um crescimento de 2,3%, ou 1,0 milhão de toneladas. Em 2011, a despeito de todas as incertezas que pairam sobre as economias europeia e norteamericana, a demanda global do mercado de celulose atingiu um volume total de 52,5 milhões de toneladas, o que representa aumento de 4,7%, ou 2,4 milhões de toneladas, em relação a O ambiente econômico permaneceu instável em 2012, mas a movimentação no sentido de criar estoques, particularmente na China, levou a demanda global por celulose a registrar crescimento de aproximadamente 1,2% durante o ano. A região da Europa era a principal região consumidora do mercado, com demanda total de 17,8 milhões de toneladas, seguida pela China, com demanda de 14,4 milhões de toneladas em A demanda por celulose continuou a crescer em 2013, orientada principalmente pela nova capacidade do papel que entrou no mercado naquele ano. O aumento de 3,2% (ou 1,3 milhão de toneladas extras) teve principalmente o apoio das vendas de celulose de fibra curta para a China (devido a um forte crescimento nos setores de papel sanitário e papel de pasta química) e uma surpreendente repercussão na América do Norte (resultante de novos usos do papel sanitário, do aumento do poder de compra do consumidor e da substituição da celulose integrada pela celulose de mercado). Em 2014, os principais mercados de celulose, quais sejam o norte-americano, europeu e chinês, registraram crescimento na demanda de celulose durante o ano em decorrência da continuidade da onda de investimentos em novas máquinas de papel iniciada em 2013, especialmente na China. O nível favorável do preço da madeira de fibra curta também contribuiu para o crescimento na demanda 41

44 de celulose devido a certo nível de substituição de outras fontes de fibra, tais como papel reciclado e pasta não lenhosa [nonwood pulp]. A demanda por eucalipto ficou estável em 2010, cresceu 7,8% em 2011, 2,3% em 2012, 7,8% em 2013 e 8,7 em As projeções do PPPC para a demanda global de eucalipto apontam para um crescimento médio de 5,4% entre 2014 e 2015, bem superior à média global de 2,9% da demanda por celulose de mercado para o mesmo período. Segundo apontam as previsões, esse aumento será baseado no crescimento das categorias de papeis sanitários e na expansão dos papeis de imprimir e escrever na Ásia. Demanda Total por Celulose de Mercado e Participação de Mercado do Eucalipto Fonte: PPPC Tradução da imagem: Verde: Demanda total do Mercado de Celulose Laranja: Participação Acionária de Eucalipto Dinâmica dos preços da celulose Tratando-se de uma mercadoria mundial, os preços do mercado de celulose são afetados por dinâmicas macroeconômicas, assim como os preços de qualquer outra mercadoria. O gráfico adiante é uma comparação das tendências dos preços do mercado de celulose de fibras longas com o Economist Commodity Index desde

45 Fonte: Hawkins Wright e The Economist, dezembro de 2014 Tradução da imagem: Preço da celulose versus outras mercadorias A principal variável responsável pela formação dos preços do mercado de celulose é o equilíbrio entre a oferta e a procura. Essa relação caracteriza a disponibilidade de celulose para comercialização no mercado em face da real demanda do mercado pela mercadoria. Essa relação pode ser analisada a curto, médio e longo prazo. Na indústria da celulose, normalmente define-se curto prazo como os próximos 12 meses. Nesse período, as variáveis que afetarão o equilíbrio são: a velocidade operacional das unidades produtoras de celulose instaladas, o desempenho do maquinário de celulose instalado (o que resulta em consumo de celulose) e o nível dos estoques em toda a cadeia de suprimento. O evento mais recente que restringiu o suprimento das fábricas de celulose foi o terremoto de 2010 no Chile. Por causa do terremoto, a produção no Chile foi parada, o que limitou o fornecimento e teve impacto direto sobre os preços. Além disso, as máquinas de papel podem afetar a demanda de celulose visto que tais máquinas ajustam sua produtividade às variações do cenário econômico e a sazonalidade do mercado. As demandas por papeis de imprimir e escrever são mais afetadas por mudanças econômicas e sazonalidade do que a demanda por papeis sanitários, pois estes são ligados à higiene das pessoas. Conforme a demanda enfraquece e o suprimento permanece constante, os estoques podem aumentar e caracterizar um impacto negativo sobre os preços. Na indústria da celulose pode-se considerar médio prazo o período de 1 e 5 anos adiante. O resultado entre a oferta e a procura a médio prazo será um reflexo, essencialmente, dos anúncios dos projetos de fábricas de papel e celulose. O cenário a curto prazo e com respeito à taxa de crescimento relativo esperada entre oferta e procura afetarão as projeções de preços da celulose naquele período. Esta expectativa de preços médios é de grande importância pois as companhias utilizam esse valor para decidir sobre novos projetos de unidades fabris. O longo prazo na indústria é definido como o tempo superior a 5 anos. Embora a estrutura de custos de produção deva ser observada a curto e médio prazos, seu maior impacto será na formação dos preços da celulose a longo prazo. A estrutura de custo da indústria da celulose definirá o preço de equilíbrio desse produto, o qual indica o valor mínimo pelo qual o produtor de maior custo ainda terá vantagem se continuar suas atividades. O gráfico abaixo mostra o custo-caixa de produção de acordo com a capacidade de produção por tonelada, o qual tem impacto sobre o preço da celulose: 43

46 Custo Caixa de Produção de Caixa em U.S.$./t em capacidade cumulativa da BHKP (Curva de suprimento da Europa CIF ) Fonte: Hawkins Wright ( Dezembro de 2014) Os preços da celulose são cotados por região e dependem de seus Incoterms. As regiões possuem suas próprias dinâmicas, porém o preço usado como referência na indústria continua sendo o(s) preço(s) europeus, pois este continua sendo a região com o maior mercado consumidor de celulose. O gráfico abaixo mostra o comportamento dos preços da celulose de fibra curta no mercado europeu desde 2006 e a sua volatilidade histórica, resultante dos fatores descritos acima. Celulose de fibra curta FOEX Europa (US$/t) Fonte: FOEX Perfil da Fibria Somos a maior produtora mundial de celulose de mercado, de acordo com a Hawkins Wright e a PPPC, com capacidade total de produção de celulose de eucalipto de aproximadamente 5,3 milhões de toneladas por ano. Acreditamos que somos um dos produtores de BEKP de menor custo do mundo, devido principalmente às nossas economias de escala, instalações produtivas modernas e estrategicamente localizadas, curto ciclo de extração de nossas árvores e nossa utilização de tecnologia de ponta em nossas operações. No primeiro semestre de 2009, adquirimos o controle da Aracruz e incorporamos totalmente os resultados operacionais da Aracruz em nossas demonstrações financeiras 44

47 consolidadas em 1º de janeiro de Em setembro de 2009, adotamos a marca Fibria em nossas operações de celulose e papel. Nossa base florestal é ampla e diversificada. Em 31 de dezembro de 2014, ela era constituída de aproximadamente 968 mil hectares (próprios e arrendados, excluindo as áreas do programa de parceria florestal, a base florestal ligada à venda de ativos florestais no sul do Estado da Bahia e o Losango) localizados em sete estados do Brasil. Aproximadamente 561 mil hectares de nossa área de florestas total consistiam em áreas plantadas e aproximadamente 343 mil hectares de áreas de conservação com vegetação nativa, ou áreas preservadas. Produzimos celulose branqueada de eucalipto nas três plantas de celulose a seguir, controladas 100% por nós: a planta da Aracruz, localizada no estado do Espírito Santo, com capacidade de produção anual de 2,3 milhões de toneladas e que adquirimos como parte da Aquisição da Aracruz; a planta de celulose de Três Lagoas, localizada no estado do Mato Grosso do Sul, com capacidade de produção anual de 1,3 milhão de toneladas e cujas operações começaram em 30 de março de 2009; e a planta de celulose de Jacareí, localizada no estado de São Paulo, com capacidade de produção anual de 1,1 milhão de toneladas. Além disso, temos uma participação de 50,0% na Veracel, que controla e opera uma planta de celulose no município de Eunápolis, estado da Bahia, com capacidade de produção anual de 1,12 milhão de toneladas. De acordo com as IFRS, incluímos nossa participação proporcional dos resultados operacionais da Veracel em nossos resultados operacionais consolidados. Em 2014 produzimos quilotons de celulose (inclusive 50% da produção de celulose da Veracel) e registramos receitas líquidas consolidadas de R$7.084 milhões. Em 2013, produzimos quilotons de celulose (incluindo 50,0% da produção de celulose da Veracel) e registramos receita líquida consolidada de R$6.917 milhões. Em 2014, nossa produção de celulose teve a seguinte destinação: 51% para papeis sanitários, 31% para papeis de imprimir e escrever e 18% para papeis especiais. Nossa composição nos expõe ao segmento de papeis sanitários com baixa dependência do segmento de imprimir e escrever, trazendo mais estabilidade através do ciclo econômico. As exportações representaram 91% de nosso volume de vendas de celulose tanto em 2014 como em Exportamos produtos de celulose de um terminal e depósito que operamos no porto de Santos, no estado de São Paulo, e de Portocel, terminal portuário especializado que é operado por nossa subsidiária Portocel Terminal Especializado de Barra do Riacho S.A., ou Portocel, que está localizado a aproximadamente 3 quilômetros de nossa fábrica da Aracruz, no estado do Espírito Santo. Operamos também um terminal portuário localizado na cidade de Caravelas, no estado da Bahia, a partir do qual transportamos madeira para a nossa planta da Aracruz, e um terminal portuário na cidade de Belmonte, no sul do estado da Bahia, a partir do qual transportamos celulose produzida pela Veracel à Portocell. O mapa a seguir apresenta a localização das instalações de produção e dos terminais portuários que operamos: 45

48 Tradução da imagem: Verde: Terminal portuário Laranja: Unidade de celulose 46

49 Nossos Pontos Fortes Liderança mundial em celulose de mercado Somos a maior produtora de celulose de mercado, de acordo com a Hawkins Wright e a PPPC, com capacidade de produção de celulose total de aproximadamente 5,3 milhões de toneladas em 31 de dezembro de 2014, com vendas anuais de cerca de 90% aos mercados internacionais. Segundo estatísticas de mercado, em 2014 nós atendemos aproximadamente 26% da demanda mundial de BEKP, cerca de 18% da demanda mundial de celulose branqueada de fibra longa de mercado para celulose kraft e aproximadamente 10% da demanda mundial de celulose química de mercado. Nossa liderança tem como base a sustentabilidade de nossas operações florestais (em decorrência do ciclo de extração mais curto no Brasil em comparação a outros países relevantes), nossa tecnologia de ponta (incluindo instalações modernas e métodos avançados de clonagem), nossa alta produtividade, nossa forte base de clientes e nossos relacionamentos de longo prazo com nossos clientes. Baixos custos de produção Nossas operações eficientemente estruturadas no Brasil resultam em custos caixa de produção relativamente baixos. Acreditamos que somos uma das produtoras de BEKP de menor custo no mundo. Nossos baixos custos de produção em relação a muitos de nossos concorrentes devem-se a vários fatores, incluindo: nossas consideráveis economias de escala; nossas técnicas florestais avançadas de manejo do plantio, manutenção e extração de nossas florestas; nossas fábricas modernas; nosso ciclo de colheita de árvores relativamente curto; e custos relativamente baixos de energia e produtos químicos. As condições climáticas e de solo no Brasil nos permitem a extração de nossas árvores de eucalipto entre 6 a 7 anos após o plantio, ao mesmo tempo em que os ciclos de extração de outras espécies de florestas no sul dos Estados Unidos, no Canadá e na Escandinávia podem durar de 25 a 70 anos. Os ciclos de extração de nossos principais concorrentes estrangeiros no mercado de BEKP (Espanha, Portugal e Chile) são de aproximadamente 8 a 10 anos. Em 2014 melhoramos nossa cultura de gestão de custos com a implementação da metodologia Zero Based Budgeting (ZBB), incluindo despesas operacionais e desembolsos de capital como escopo para o ciclo orçamentário de O orçamento anual ZBB é um processo muito detalhado, estruturado e interativo a fim de facilitar um debate financeiro significativo entre os gerentes e executivos. O processo ZBB baseia-se no desenvolvimento de uma profunda visibilidade aos direcionadores de custo e no uso dessa visibilidade para definir metas orçamentárias. Contratamos a firma de consultoria Catalitica Experience para nos auxiliar na implementação do ZBB. Instalações produtivas modernas Nossas fábricas adotaram os projetos, as tecnologias e os processos de produção mais modernos em decorrência de nossos investimentos significativos. A tecnologia e os processos de produção avançados utilizados em nossas fábricas nos permitem utilizar um menor volume de matérias-primas, principalmente substâncias químicas, o que reduz consequentemente nossos custos de produção. Além disso, nossas fábricas têm vantagens sobre aquelas mais antigas, principalmente em termos de redução de emissões e descarte de resíduos sólidos, oferecendo um processo de produção de celulose mais otimizado, eficiente e viável em termos ambientais. As fábricas de Três Lagoas e Veracel têm um dos menores custos de produção de celulose de mercado por tonelada do mundo. Isso é o resultado de tecnologia de ponta, incluindo processos e equipamentos modernos associados à eficiência em florestas e operações industriais, bem como distâncias curtas entre as florestas e as fábricas. 47

50 Pesquisa e tecnologia de ponta A Fibria iniciou os plantios de eucalipto no final da década de 1960, utilizando sementes do Horto Florestal de Rio Claro (SP). Naquela época, quatro espécies foram consideradas adequadas: Eucalyptus grandis, Eucalyptus saligna, Eucalyptus urophylla e Eucalyptus alba. Durante os anos 70 o desempenho específico de E. grandis e E. urophylla comprovou-se o mais adequado às nossas condições ambientais e ao processo de fabricação de celulose. Desde então, muitas árvores de qualidade superior foram desenvolvidas como resultado do programa de criação e da utilização de clonagem comercial. As florestas clonadas apresentaram ganhos significativos em produtividade, uniformidade e qualidade de madeira, nos proporcionando uma posição de destaque no mercado mundial. A Fibria atualmente utiliza um grupo de clones selecionados em suas plantações. Estes clones são frequentemente substituídos por novos para assegurar a evolução da produtividade e variedade genética suficiente na paisagem. Tecnologias de criação de ponta estão sendo usadas para desenvolvimento de gerações avançadas de clones de eucaliptos. Essas técnicas envolvem a seleção de plantas superiores e o cruzamento entre esses indivíduos por sucessivas gerações. Além disso, a Fibria trabalha constantemente em métodos de silvicultura alternativos para aumentar a produtividade dos plantios. A combinação de silvicultura e melhoramento genético é essencial para manter uma produção sustentável e a saúde dos ecossistemas a longo prazo, o que representa um desafio extra devido às incertezas climáticas e econômicas.o desenvolvimento de genótipos adaptados, juntamente com as melhorias obtidas com as práticas de silvicultura, são essenciais para os serviços ambientais disponibilizados pelas florestas para as futuras gerações. Graças ao progresso contínuo, a área utilizada atualmente para atender nossas fábricas de celulose é metade da área necessária há 40 anos, quando os níveis de produtividade florestal eram muito menores. O desenvolvimento de produtos acompanhou o estudo de novos processos que têm como objetivo permitir a criação de novos produtos e incentivar aqueles que já existem, inclusive alternativas para melhorar os processos dos clientes e/ou desempenho dos produtos, especialmente com respeito a força e suavidade. Isso nos permitiu oferecer continuamente produtos diferenciados, apesar de operarmos em um mercado de commodity. Nossas colaborações com outras empresas de renome nos levou a desenvolver diferentes produtos a partir de biomassa e de subprodutos, e isso pode representar novas oportunidades de negócios no futuro. Operações integradas Nossas operações são integradas verticalmente. O processo tem início com a produção de mudas de eucalipto em viveiros, de onde as mudas são depois retiradas e levadas para nossas enormes florestas. Nas florestas, as mudas são plantadas e depois disso cortadas e transportadas para nossas unidades de produção, onde a celulose é produzida. Depois disso, a celulose é levada até terminais portuários pertencentes e operador pela própria empresa, a fim de ser distribuída para nossos clientes. Nossas atividades de transporte e logística são eficientes e diversificadas. A localização estratégica de nossas florestas e unidades de produção nos permite incorrer custos de transporte mais baixos. A distância média de nossas florestas às nossas fábricas é menor que a de muitos de nossos concorrentes nacionais e internacionais, resultando em eficiências em logística (por exemplo, alguns de nossos concorrentes na China atendem suas necessidades de matéria-prima com madeira importada da Rússia). O Portocel, o terminal portuário que operamos no estado do Espírito Santo, está localizado a aproximadamente 3 quilômetros da fábrica da Aracruz. Isso nos dá uma capacidade eficiente para exportar a celulose produzida nessa unidade, e para receber a celulose que vem da Veracel. Além disso, exportamos produtos de celulose a partir de um terminal e depósito que operamos no porto de Santos, no estado de São Paulo. Base de clientes Temos relacionamentos de longo prazo com os líderes mundiais de fabricação de papel, principalmente no segmento de papel higiênico. Temos tradicionalmente como foco os produtores de papel especial que valorizam a qualidade de celulose e o abastecimento confiável, alguns dos quais são nossos clientes há décadas. Condução de nossas operações de modo sustentável 48

51 Estamos comprometidos em conduzir nossos negócios e recursos de forma sustentável, de acordo com padrões mundiais de sustentabilidade. Em 2014, a Fibria foi incluída nas carteiras de 2014/2015 dos índices de sustentabilidade the Dow Jones World e Dow Jones Emerging Markets, que compreende as melhores empresas, em termos de sustentabilidade, no mundo (DJSI World) e nos mercados emergentes (DJSI Emerging Markets), respectivamente. Além disso, a Fibria foi novamente listada no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) uma lista de companhias cujas ações são listadas na BM&FBOVESPA e que demonstram um nível elevado de comprometimento com as melhores práticas nas áreas de sustentabilidade e de governança corporativa. Nós consideramos a sustentabilidade uma dimensão essencial de nossa estratégia e implementamos uma governança corporativa em questões de sustentabilidade para que a sustentabilidade seja considerada durante todo o nosso processo. Temos um Comitê de Sustentabilidade que desempenha um papel consultivo junto ao Conselho de Administração, coordenado pelo nosso presidente. O Comitê de Sustentabilidade reúne-se três vezes por ano para avaliar a nossa estratégia de sustentabilidade e sua implementação e inclui peritos independentes. Vinculada aos diretores, a Comissão Interna de Sustentabilidade, formada por gerentes de nossos diversos departamentos, tem por missão colocar em execução a estratégia definida pelo Comitê de Sustentabilidade e inserir a sustentabilidade na nossa cultura organizacional. Por fim, em cada Unidade, temos Conselhos de Relacionamento Locais que avaliam as demandas junto às partes interessadas locais. Em 2013, nós atualizamos nossa Matriz de Materialidade, que identifica as questões mais relevantes para a companhia e para a sociedade, levando em conta sua estratégia e a visão de suas partes interessadas, sendo essa Matriz ainda considerada relevante. A Matriz de Materialidade foi elaborada com base em entrevistas com 28 pessoas, as quais 10 ocupam posições-chave na Fibria e 18 representam pessoas de organizações, setores ou comunidades com laços próximos à companhia. Esse último grupo de pessoas era formado especificamente por clientes, fornecedores, investidores, funcionários do governo, membros de ONGs, moradores de comunidades próximas, fornecedores de madeira independentes, profissionais de certificação e pesquisadores. O trabalho resultou na definição de 24 temas, divididos em quatro dimensões: econômica, governança e gestão, meio-ambiente e social. Desse total, os dez temas mais importantes foram escolhidos pelas partes interessadas. Certificações, comprometimentos voluntários ao setor e regulamentações Desenvolvimento local e impacto na comunidade Expansão dos negócios Geração de valor por meio de inovação Gestão Financeira Gestão social e ambiental da cadeia de fornecedores Gestão Florestal biodiversidade, uso da terra Relações governamentais Transparência e engajamento das partes interessadas Uso da água Metas de sustentabilidade de longo prazo Em 2011, mediante a recomendação do Comitê de Sustentabilidade, a Fibria reforçou seu comprometimento com a questão ao introduzir um conjunto de Metas de Longo Prazo, que sinaliza a trajetória até A definição dessas metas baseou-se em uma metodologia de pensamento em sistemas, e foi conduzida por meio de uma série de workshops ao longo de três meses, envolvendo 40 executivos de nossos 12 diferentes departamentos com a coordenação de especialistas da Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS). As discussões levaram em consideração as questões prioritárias constantes na Matriz de Materialidade da Fibria e os riscos sociais e ambientais identificados na ferramenta de Gerenciamento de Riscos Corporativos (ERM), e identificou um conjunto de 90 variáveis que afetam, direta ou indiretamente, a gestão florestal e a produção e a venda de celulose. Essas variáveis foram agrupadas e formam seis temas-chave que irão guiar as atividades da Fibria até 2025: mercado e retorno aos 49

52 acionistas; ecoeficiência; modelo de gestão florestal; relacionamento e comunicação com stakeholders; aceitação social e legitimidade; gestão de pessoal e cultura organizacional. A intersecção entre essas questões nos levou a estabelecer as Metas de Longo Prazo para Essas metas não são inteiramente abrangentes nem estáticas e podem envolver ou incluir novos comprometimentos, à medida que o mercado, nós ou a sociedade assim exigirmos. Além disso, as Metas de Longo Prazo não substituem as ferramentas convencionais de gestão, incluindo as Metas de Curto Prazo, que serão alinhadas às de Longo Prazo. As Metas de Longo Prazo para 2025 são as seguintes: Otimizar o uso dos recursos naturais Nossa meta é reduzir em um terço a área necessária para a produção de celulose Como: aumentando a produtividade de 10 toneladas de celulose/hectare/ano, em 2011, para 15 toneladas/hectare/ano, com novos clones plantados em 2025, por meio de: Benefícios: técnicas convencionais de melhoramento genético melhoria da gestão florestal aumento da produtividade industrial menor concentração fundiária maior disponibilidade de terras para outros usos aumento de competitividade e maior retorno aos acionistas Resultados de 2014: 11,3 toneladas de celulose por hectare ao ano (potencial de novos clones plantados em

53 O gráfico abaixo demonstra os ganhos de produtividade esperados até 2025: Tradução da imagem: Evolução Esperada de MAICel Aumento Anual Médio (adt/ha/ano) Ano de plantação Contribuir para a mitigação do efeito estufa Nossa meta é duplicar a absorção de carbono da atmosfera, através do aumento da captação dalíquida de 5,5 milhões tco 2eq/ano, em 2011, para 11,1 milhões tco 2eq/ano, em 2025, por meio de: Benefícios: aumento das áreas florestais (plantios de eucalipto e reservas nativas) restauração de áreas degradadas com espécies nativas redução da concentração na atmosfera de gases causadores de efeito estufa Nota: captação líquida anual de carbono da atmosfera é definida pela diferença entre a captação total pelas florestas plantadas e nativas e as emissões de carbono diretas e indiretas de operações florestais, industriais e de logística, ao longo do ciclo de produção de celulose, desde o viveiro até o cliente. Proteger a biodiversidade Nossa meta é promover a restauração ambiental em 40 mil ha de áreas próprias, entre 2012 e 2025, por meio de: Benefícios: plantios de espécies florestais nativas estimulo à regeneração natural de espécies nativas enriquecimento da fauna e flora, inclusive de espécies ameaçadas, nos biomas Mata Atlântica e Cerrado ampliação dos serviços ambientais - sequestro de carbono e disponibilidade e qualidade da água, entre outros - de áreas cujas características originais foram alteradas devido à atividade humana Nota: meta não considera o apoio da Fibria a projetos de restauração em áreas de terceiros, desenvolvidos em convênios com outras entidades. Resultados de 2014: 10,6 mil hectares em recuperação de 2012 a

54 Aumentar a ecoeficiência Nossa meta é reduzir em 91% a quantidade de resíduos sólidos industriais destinados a aterro, através de: Redução de 60 kg/ tonelada de celulose, em 2011, para 5kg/tonelada de celulose, em 2025 por meio de: Benefícios: diminuição da geração de resíduos nas fábricas reutilização de resíduos no solo Redução dos impactos e riscos causados por aterros industriais Aumento da ecoeficiência nos nossos processos de produção Redução de custos com disposição de resíduos e substituição de insumos Resultados de 2014: redução de 32% nos resíduos sólidos industriais em aterros em relação a 2013 Fortalecer a interação entre empresa e sociedade Nossa meta é atingir 80% de aprovação nas comunidades vizinhas, por meio de: Elevação do índice de aprovação nas comunidades vizinhas, de 50%, em 2011, para 80%, em 2025, por meio de: melhoria da qualidade do relacionamento com as comunidades apoio a projetos de desenvolvimento local inserção da comunidade na nossa cadeia de valor Benefícios: convivência harmoniosa com as comunidades vizinhas ambiente propício ao desenvolvimento local Nota: índice de aprovação medido por pesquisas. Resultados de 2013: 72,56% de aprovação em média (a pesquisa é conduzida duas vezes ao ano e o próximo resultado será divulgado em 2015) Fortalecer a interação entre empresa e sociedade Nossa meta é ajudar a comunidade a tornar autossustentáveis 70% dos projetos de geração de renda, apoiados pela empresa, pela: Evolução de 5% de projetos autossustentáveis, em 2011, para 70%, em 2025, por meio de: ampliação do modelo PDRT Programa de Desenvolvimento Rural e Territorial promoção de capacitação técnica e gerencial, por meio de consultorias e parcerias atração de apoio de outros parceiros Benefícios: inclusão social das comunidades, reduzindo sua vulnerabilidade socioeconômica protagonismo da comunidade em seu processo de desenvolvimento aumento da qualificação gerencial e técnica dos membros das comunidades autonomia das comunidades, em relação ao setor privado ou ao público estímulo à construção de capital social redução dos conflitos e manutenção da boa convivência com comunidades vizinhas 52

55 Resultados de 2014: 7% dos projetos são considerados auto-sustentáveis. Governança Corporativa Possuímos um forte departamento de Governança, Risco e Compliance (GRC), que está diretamente ligado ao CEO e que se reporta ao Comitê de Auditoria Estatutária, que abarca os seguintes processos: aderência às políticas de risco; derivativos, precificação da dívida e investimentos, análises de risco de mercado e crédito; gestão de crise; planejamento de continuidade dos negócios e Enterprise Risk Management (ERM). A meta do ERM é garantir por meio de uma metodologia bem definida que todos os riscos relevantes sejam mapeados e analisados, com o tratamento e controle apropriados, de acordo com as políticas de Gestão de Riscos aprovadas pelo Conselho de Administração. Vide Item 7. Principais Transações de Acionistas e Partes Relacionadas B. Transações de Terceiros e Item 16B Código de Ética. Em 2014, desenvolvemos a Política de Aderência à Legislação sobre Competitividade (Antitrust) e a Política sobre Eucalipto Geneticamente Modificado (GMEucalyptus), e ambos foram aprovados pelo Conselho de Administração, a fim de manter nossos negócios dentro dos níveis mais altos de integridade e transparência. A fim de melhorar de forma contínua as normas de governança e ética nós, entre outras iniciativas de melhoria da governança, revisamos nosso Código de Conduta em A terceira edição do documento inclui novos tópicos específicos, tais como Corrupção e traz importantes atualizações aos tópicos já existentes. O Código de Conduta é a base de nossa identidade. É onde nós expressamos nossos valores fundamentais e não negociáveis que indicam as direções que devemos seguir a fim de manter uma atitude de trabalho honesta e positiva. Em vista dos desafios atuais dos negócios e em linha com nossos Valores e Crenças, nós estruturamos nosso Programa de Compliance em Para a Fibria, compliance significa cumprir e fazer executar leis, regras, regulamentos e compromissos internos e externos, quer tenham sido assumidos de forma voluntária ou imposta sobre a organização. Essa iniciativa representa a maturidade do nosso modelo de governança, uma evolução resultante da cultura de compliance atual. O novo programa assume a adoção de medidas de compliance preventivas, criando evidência positive de proteção para a organização, contribuindo para mitigar possíveis sanções e preservando nossa reputação como um ativo intangível. Nossas Estratégias Aumentar nossa participação no mercado de celulose internacional Pretendemos tirar vantagem de nossos pontos fortes para aumentar ainda mais nossa participação no mercado de celulose internacional. Focamos nossos esforços de marketing na venda de BEKP aos fabricantes de papel higiênico, um segmento de mercado que, além de ser mais estável que outros, passou por um aumento global de consumo a uma taxa de crescimento anual total de aproximadamente 3,41% no período de 2008 a De acordo com uma recente pesquisa feita pela RISI, espera-se que o crescimento do consumo global de papel higiênico se acelere a uma taxa anual de 3,8% de 2014 a 2019, sendo a China a responsável por em torno de 37% do aumento do consumo total de papel higiênico durante esse período. Acreditamos que podemos aumentar ainda mais nossa participação de mercado alavancando nossas relações de longo prazo com clientes e focando em atendimento ao consumidor e customização de produtos. Continuamos nos esforçando para atender as necessidades de nossos clientes, fornecendo produtos de celulose customizados com especificações que facilitam sua fabricação de produtos de papel específicos. Esforçamo-nos para atingir um grau elevado de satisfação de clientes e estamos trabalhando para melhorar ainda mais o gerenciamento de nosso estoque, que acreditamos nos permitirá reduzir o tempo de nossas entregas e oferecer melhores serviços à nossos clientes. 53

56 Elevar nossa saúde financeira e governança corporativa Nosso endividamento consolidado total em 31 de dezembro de 2014 e 2013 foi de R$8.327 milhões e R$9.773 milhões, dos quais 88,4% e 69,6% representaram endividamento de longo prazo, respectivamente. Temos implementado uma abordagem consistente e disciplinada com foco na redução de dívidas e custos com o objetivo de melhorar nossa estrutura de capital, recuperar e manter nosso grau de investimento e assegurar o financiamento para nossa estratégia de crescimento em condições de mercado favoráveis. Desde a criação da Fibria, nós seguimos implementando um Plano de Gestão de Passivo que inclui (1) a emissão de notas Fibria para 2019, 2020 e 2021, totalizando US$ 2,5 bilhões; (2) a venda da unidade de Guaíba por US$ 1,430 bilhão em dezembro de 2009; (3) a venda da Conpacel e da KSR por R$1,5 bilhão em dezembro de 2010 (os produtos dessas vendas foram recebidos em janeiro e fevereiro de 2011, respectivamente; (4) a venda da unidade de Piracicaba por US$ 313 milhões em setembro de 2011, (5) uma oferta de títulos que totalizou R$1.361 milhões em abril de 2012, (6) a venda de ativos não estratégicos, tais como terrenos e ativos florestais na Bahia e a alienação do Losango por R$470 milhões em dezembro de 2012, (7) a venda de ativos (terrenos) não estratégicos para a Parkia em 2013 gerando R$1,65 bilhão, (8) o pagamento antecipado da dívida mais cara, por exemplo o resgate total em 2014 de nossos Títulos de 2019, 2020 e 2021 e a liquidação antecipada de pré-pagamentos de exportação e notas de crédito de exportação a custos não atrativos e (9) a emissão de dívida a custos e prazos mais atrativos, por exemplo a emissão de Títulos de 2024 registrados junto à SEC no valor de US$600 milhões em maio de 2014 com vencimento em dez anos e sujeitos a uma taxa de juros fixos de 5,25% ao ano, e também a emissão de um empréstimo de pré-pagamento de exportação sindicalizado no valor de US$500 milhões sujeito a uma taxa de juros média de 1,43% ao ano sobre a LIBOR trimestral e com um prazo médio de 5 anos. Os Títulos de 2024 representaram nossa primeira oferta de dívidas registrada na SEC (em oposição à dívida privada), que em nossa opinião reflete a estabilidade que alcançamos nos últimos anos, nos permitindo obter economias em precificação e um público investidor mais amplo. O ano de 2014 foi marcado por iniciativas de gestão de passivos. A Companhia liquidou antecipadamente mais de US$2 bilhões de sua dívida, incluindo a recompra total de três títulos da dívida Fibria 2019, Fibria 2020 e Fibria 2021 (com cupons de 9,25%, 7,5% e 6,75% a.a., respectivamente) e contratou novas dívidas em condições melhores de custo e prazo. Essas iniciativas irão gerar economias anuais de aproximadamente US$27 milhões a partir de A Fibria alcançou um nível de endividamento que é adequado para seu porte a um custo que está em linha com o que é praticado por outras empresas brasileiras de baixo risco com acesso aos mercados de capitais internacionais. Atualmente é possível dizer que a Companhia está acessando o mercado de capitais a custos competitivos ao grau de investimento. Para obter uma descrição mais detalhada do Plano de Gestão de Passivo, vide o Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras B. Liquidez e Recursos de Capital Plano de Gestão de Passivo. Além disso, a fim de melhorar nosso acesso a fontes de capital, em 2010 elevamos o nível de listagem de nossas ações no Novo Mercado da BM&FBOVESPA. O Novo Mercado impõe normas de governança corporativa mais rigorosas de qualquer segmento de listagem da BM&FBOVESPA. Ao atingir esse objetivo, implementamos todos os ajustes administrativos exigidos para cumprir as normas do segmento de listagem, incluindo a indicação de membros independentes de nosso Conselho de Administração, e fizemos mudanças necessárias em nosso Estatuto SocialAumentar eficiências operacionais Pretendemos manter o foco em nossas operações de baixo custo por meio de maiores eficiências operacionais e economias de escala. Para isto, pretendemos continuar: focando na redução de nossos custos de madeira por meio do aumento da produção de eucalipto, continuando a investir na melhoria genética de nossas árvores; tirando vantagens das condições climáticas e do solo no Brasil e do curto ciclo de extração das árvores de eucalipto; e melhorando a eficiência de nossas operações por meio de mais investimentos em equipamentos de extração, instalações produtivas e tecnologia da informação avançada. 54

57 Continuar a desenvolver tecnologia de ponta na área florestal As atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico tornaram possível a melhoria de nossa produtividade, ao mesmo tempo em que reduziram o impacto de nossas operações sobre o meio ambiente. Na área florestal, um intenso programa de pesquisa e a adoção de práticas florestais modernas aumentaram significativamente nossa competitividade. O melhoramento genético das árvores de eucalipto nos possibilitou plantar clones de árvores selecionadas, resultando em maior produtividade. Realizamos atualmente 100% de nossas operações de plantio com mudas clonadas. Atingimos uma maior eficiência no processo e melhor qualidade das mudas em decorrência de um procedimento pioneiro de multiplicação de clones. Acreditamos que fazemos uso de tecnologia de ponta no plantio e colheita de árvores e no armazenamento e transporte de madeira com um sistema totalmente mecanizado. No final da década de 2010, o valor médio anual de celulose produzida foi de cerca de 11 de toneladas por hectare por ano, em comparação a 6,4 toneladas durante a década de Com relação a isso, uma das metas de longo prazo é reduzir em um terço a área necessária para a produção de celulose, aumentando a produtividade. A meta é alcançar 15 toneladas de celulose por hectare ao ano em plantações estabelecidas até 2025, com base no melhoramento genético, no aprimoramento da gestão florestal e no aumento da produtividade industrial. Ao continuar focando em pesquisa e desenvolvimento tecnológico de última geração, focamos em fortalecer nossa posição como um dos líderes em desenvolvimento de tecnologia na área florestal, manter nosso recorde de produtora de baixo custo, ao mesmo tempo em que atendemos nossos padrões de produção de alta qualidade, aumentar a gama de produtos que oferecemos a nossos clientes e manter nossa reputação como uma fabricante socialmente responsável e amiga do meio ambiente. De modo geral, esse posicionamento nos levou a uma análise profunda sobre como aumentar o valor de nossa biomassa florestal, em que os biocombustíveis são os mais proeminentes. Em 2012, a Fibria e a Ensyn criaram uma aliança estratégica que inclui o estabelecimento de uma joint venture de participações iguais para produção de combustíveis líquidos provenientes de celulose no Brasil, bem como um investimento de US$20 milhões da Fibria na Ensyn Corporation. O objetivo da joint venture entre Ensyn e Fibria é combinar as forças de cada parte para criar uma produtora de combustíveis líquidos renováveis a partir da celulose. Em 2014, a Fibria fez um investimento patrimonial adicional de U.S.$10 milhões na Ensyn, elevando sua participação para cerca de 9%. De forma similar ao movimento com a Ensyn, em 2014 algumas outras tecnologias e/ou negócios alternativos sobre biorrefinaria foram profundamente investigados. Sustentabilidade Para a Fibria, sustentabilidade abrange: a redução de resíduos, desenvolvimento de uma força laboral qualificada e comprometida com projetos de promoção do crescimento e bem-estar das comunidades vizinhas, preservação e recuperação de florestas nativas, controle sustentável de pragas, gestão com transparência e o fortalecimento dos canais de comunicação com a sociedade civil, o governo e os meios de comunicação. Em essência, acreditamos que a prática de ações sustentáveis é parte integrante de nosso negócio. A sustentabilidade engloba o reconhecimento da opinião pública, a lealdade de clientes, o orgulho dos empregados e a confiança de parceiros e vizinhos. Ademais, ela aumenta a lucratividade e nos torna mais fortes para atender as necessidades de um mercado cada vez mais exigente e cioso do delicado equilíbrio ambiental do planeta. Relacionamentos com as Comunidades Nós operamos em sete estados brasileiros, onde detemos fábricas, plantações de eucalipto e áreas de preservação. Ao lado de nossas áreas, há fornecedores de madeira independentes com quem temos contratos a longo prazo para suprimento de matéria-prima para celulose. Mantivemos uma variedade de relações com diversas comunidades (tradicionais ou não) que são atingidas principalmente por suas atividades florestais. Portanto, relações de qualidade com as comunidades adjacentes às nossas operações são essenciais para nosso desempenho. Estamos sempre investindo em processos de contratação da comunidade e em projetos socioambientais criados para aumentar a inclusão social e a qualidade de vida das populações vizinhas. São programas que ajudam a fortalecer seu capital social, gerar trabalhos, 55

58 aumentar a qualidade de vida local e, acima de tudo, estabelecer um diálogo construtivo em busca de soluções comuns. A Fibria busca assegurar a legitimidade social para seus negócios incentivando a integração dessas comunidades às suas atividades florestais, e ao mesmo tempo busca estabelecer mecanismos de planejamento e monitoramento com o objetivo de identificar, impedir e mitigar os impactos de suas atividades. A Estratégia de Relações com a Comunidade e Investimento Social da Fibria inclui cinco níveis: levantamento e diagnóstico de comunidades atingidas, Matriz de Priorização da Relação, aumento do diálogo, métodos e ferramentas de relacionamento e monitoramento. Em 2014, mais de famílias foram beneficiadas de várias maneiras com seu envolvimento nos programas socioambientais da Fibria. Desde 2009, a Fibria tem investido mais de R$100 milhões em seus programas de desenvolvimento social. Em 2014, mais de novas famílias aderiram aos projetos sociais da Fibria, totalizando famílias, gerando renda a partir desses projetos. Em 2014, famílias foram envolvidas no Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT) nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo. O aumento salarial desde o início do projeto corresponde a cerca de 2 a 4 salários mínimos por família. Esses recursos provêm da Fibria e de terceiros, tais como o BNDES, o Instituto Votorantim e membros da Rede Responsável, composta principalmente pelos fornecedores e clientes da companhia Relatório Anual A Fibria adere às diretrizes da Global Reporting Initiative G4 para divulgação do nível Abrangente, assim como à estrutura do International Integrated Reporting Council (IIRC) e submete-se a verificação externa. Por este processo, nós procuramos informar, todos os anos, como estamos enfrentando os desafios e atingindo resultados com respeito a estratégia de sustentabilidade e a visão para o futuro, assim como nosso papel na sociedade. O Relatório Anual abrange detalhes de compromissos e desempenho dos aspectos de governança, econômicos, financeiros, sociais e ambientais do negócio seguindo os princípios de Materialidade, Inclusão de Partes Interessadas, Contexto de Sustentabilidade, Inteireza, Equilíbrio, Comparabilidade, Exatidão, Oportunidade, Clareza e Confiabilidade. O Relatório Anual é amplamente distribuído a todos os grupos interessados na Fibria, de líderes comunitários a ESG, investidores e analistas. Relacionamento com comunidades específicas A Fibria goza de uma relação amigável com a maior parte das comunidades vizinhas. Entretanto, há alguns conflitos em andamento com certas comunidades nas regiões mais carentes do norte do Espírito Santo e do sul da Bahia. Os motivos nem sempre são atribuídos a nós, porém tentamos buscar uma solução, o que até hoje, em muitos casos, não aconteceu. Apesar da complexidade do desafio, lidar com esses conflitos está entre nossas prioridades. Atendemos as comunidades diretamente ou pela contratação de outras partes que também podem contribuir para encontrar soluções, tais como o governo, em seus diversos escalões, ONGs e outras companhias. Algumas comunidades receberam nossa atenção especial, com o desenvolvimento de projetos de inclusão social específicos, muitas vezes com a participação de órgãos governamentais e agências socioambientais independentes. É o caso das comunidades negras, conhecidas como quilombolas (descendentes de escravos fugidos) e comunidades indígenas das etnias Tupiniquim e Guarani. Membros do Movimento Sem Terra (MST) e pescadores são outros casos em questão. Envolvimento com Movimentos Sem-terra Uma área de 11 mil hectares no município de Prado (BA), ocupada por membros do MST desde 2000, deixou de ser um local de tensão e tornou-se uma experiência pioneira na produção rural sustentável. Em uma parceria com o governo da Bahia e a Escola de Agricultura da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). AFibria desenvolveu um projeto que oferece a produção de diversas colheitas de agrofloresta em lotes, maximizando o uso da terra, O Programa Alvorecer representa uma iniciativa sustentável coordenada por 12 engenheiros agrônomos e técnicos contratados pela Fibria e que ali residem. Em 56

59 2013, o projeto ganhou nova força com a construção de uma escola de agricultura com capacidade de atender a 300 alunos por período. A iniciatvia do Projeto Alvorecer começou em 2011 quando a companhia concordou em negociar com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária na Bahia (INCRA/Bahia) e facilitar a expropriação da terra. Desde então, o projeto foi se consolidando como o modelo mais avançado de um sistema de produção agrícola cooperativa no país. Relações com os Governos Fibria contribui para o desenvolvimento de políticas públicas por meio de várias organizações da qual é membro, representando os setores da floresta e da celulose e do papel. Contribuições com partidos políticos Fibria não está ligada a partidos políticos, mas faz contribuições financeiras para as campanhas eleitorais de candidatos que considera que são comprometidos com o desenvolvimento sustentável e com a melhoria da administração pública. Na escolha dos candidatos que merecem esse apoio, os seguintes requisitos são levados em consideração, de acordo com Política Eleitoral Política / Doações Políticas da empresa: estrito cumprimento da legislação existente; registro no Tribunal Eleitortal pelos comitês financeiros dos candidatos e/ou partes beneficiadas; total transparência e rastreabilidade dos processos de doação; compromisso com a melhora da aministração pública nos níveis federais, estaduais e municipais; compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável; compromisso com o fortalecimento da cidadania e da democracia Em 2014, nossas doações nos níveis federais e estaduais totalizaram R$4,4 milhões que podem ser verificados em detalhe no site do Tribunal Superior Eleitoral ( Nós não fazemos doações para partidos politicos ou candidatos for a do período de eleição. Nossos Produtos Celulose Em 2014, produzimos quilotons de celulose, representando 37% da produção brasileira de celulose de fibra curta. Em 2013, produzimos quilotons de celulose, equivalentes a 41% da produção total brasileira de celulose de fibra curta. A tabela a seguir estabelece nosso volume de produção de celulose de eucalipto e um detalhamento de nosso volume de vendas de BEKP por mercado nos períodos indicados (mil toneladas métricas) (mil toneladas métricas) (mil toneladas métricas) Volume de produção Volume de vendas... Europa ,4% ,8 % ,8 % América do Norte ,8% ,9 % ,0 % Ásia ,1% ,7 % ,3 % Brasil/Outros ,7% 447 8,6 % 531 9,9 % 57

60 % % % Processo de Produção de Celulose O esboço a seguir resume o processo de produção de celulose, o qual compreende três atividades principais: Florestal, industrial e logística: Florestal Produzimos celulose branqueada de eucalipto apenas a partir de árvores de eucalipto plantadas. A celulose branqueada de eucalipto é uma variedade de celulose de fibras curtas de alta qualidade. O eucalipto é uma árvore de madeira dura e sua celulose tem fibras curtas, geralmente melhor adequadas à fabricação de papel higiênico, papel revestido e não revestido para imprimir e escrever e papelão revestido para embalagens. As fibras curtas são ótimas para a fabricação de papel sem madeira com boa capacidade para impressão, suavidade, brilho e uniformidade. Nossa produção de celulose é exclusivamente realizada a partir de madeira extraída de árvores de eucalipto cultivadas em plantações sustentáveis. As árvores de eucalipto estão entre as árvores de crescimento mais rápido do mundo, considerando que as condições climáticas e de solo no Brasil possibilitam rotações de extração das árvores a cada 6 anos, em comparação às rotações de extração de aproximadamente 10 a 12 anos no Chile, e de até 25 anos no sul dos Estados Unidos. Nossas operações florestais são compostas por quatro atividades principais: viveiros, silvicultura, colheita e transporte da madeira da floresta até as unidades. O processo começa nos viveiros, onde são plantadas as mudas. Operamos quatro viveiros localizados nos estados de São Paulo (Jacareí e Capão Bonito), Mato Grosso do Sul e Espírito Santo com uma capacidade de produção total anual de aproximadamente 89 milhões de mudas. Nossas mudas são 100% produzidas com tecnologia de clonagem, um dos processos genéticos mais avançados para formação de árvores de eucalipto em todo o mundo. As mudas levam de 70 a 120 dias para concluir seu desenvolvimento e ficar prontas para o plantio nas florestas, quando então tem início o processo de silvicultura. O plantio do eucalipto é feito segundo a mais avançada tecnologia relativa ao cultivo do solo, combinando as melhores práticas de conservação de recursos naturais e plantio de alta produtividade. Via de consequência, é possível implementar nossa base florestal com mínima perturbação do solo, mantendo micro-organismos e a proteção contra a erosão. A silvicultura é responsável pelo plantio e manutenção das florestas até o início do processo de colheita. Depois de aproximadamente 6 a 7 anos, as árvores de eucalipto são cortadas. Usamos avançados equipamentos automatizados de colheita em nossas florestas. Depois de cortadas, as toras de madeira são transportadas por caminhão, trem ou balsas (ou combinação desses modos) de nossos florestas até as unidades de produção. Durante a colheita, todas as cascas, copas e demais fontes de biomassa permanecem no solo para preservar a fertilidade deste. As toras são então transportadas até nossas unidades de produção onde são descarregadas e levadas por correias transportadoras para serem descascadas e picadas conforme descrito abaixo. Nossa base florestal é ampla e diversificada, e em 31 de dezembro de 2014 consistia em uma área florestal total de aproximadamente 968 mil hectares, localizada em 7 estados brasileiros com aproximadamente 561 mil hectares de áreas plantadas e aproximadamente 343 mil hectares de áreas preservadas (excluindo a base florestal associada à venda de ativos florestais no sul do Estado da Bahia e do Losango A tabela a seguir descreve a localização e a área de nossas florestas em 31 de dezembro de 2013: Estado Florestado Conservação Outros Total 58

61 (em hectares) São Paulo Minas Gerais Rio de Janeiro Mato Grosso do Sul Bahia(1) Espírito Santo Rio Grande do Sul Total(2) (1) Includes the forests associated with the production facility of Veracel. Excludes forest base linked to the sale of forest assets in Southern Bahia State and Losango. (2) Excludes forestry partnership program areas (129 thousand hectares with 80 thousand forested hectares). Preservação Florestal e Recursos Naturais Toda a nossa madeira é proveniente de plantações de árvores e não de florestas nativas. Desde a década de 1980, cultivamos eucalipto por meio de mudas uniformes propagadas de árvores cuidadosamente selecionadas, plantadas em terrenos já degradados. As características das mudas selecionadas por nós correspondem às diferentes regiões de cultivo. Esse método nos permite (1) aumentar significativamente a produtividade florestal, reduzindo a demanda por novos terrenos; (2) cumprir os regulamentos ambientais; e (3) contribuir para a redução de carbono na atmosfera. De acordo com o Código Florestal Brasileiro (Lei nº /012), devemos separar 20% de nossas áreas para preservação, conservação e recuperação ambiental. Em 2014, mantivemos o 36%, equivalentes a 346 mil hectares, de nossa base florestal para fins de conservação. Essas áreas consistem de florestas nativas ou zonas ciliares protegidas ou são mantidas a fim de satisfazer interesses ecológicos específicos. Mantemos também um programa de reflorestamento para recuperar áreas degradadas e espécies ameaçadas. Também investimos em estudos ambientais e monitoramento contínuo, em parceria com universidades nacionais e internacionais, centros de pesquisa e consultores, a fim de melhorar as condições ambientais de nossas plantações e garantir a proteção do ecossistema nativo e a disponibilidade de recursos naturais nas áreas em que operamos. Isso é feito por meio da imposição de condições ambientais nos planos para as áreas florestais, antes do início das atividades de transporte e colheita. Em 2014, conduzimos aproximadamente 51 projetos e selecionamos 4 projetos de diferentes institutos de pesquisa relacionados à biodiversidade e a melhorias de gestão florestal. Os projetos incluem diversos tipos de estudos e monitoramento (inclusive da biodiversidade, da água e clima), proteção de espécies ameaçadas, educação ambiental, sequestro de carbono, planejamento paisagístico com foco na biodiversidade e outros. Sistema de Certificação da Floresta Procuramos constantemente alternativas e ferramentas para produção responsável por meio da certificação voluntária e compromissos socioambientais. Os sistemas de certificação são iniciativas para a melhoria contínua de processos, conservação ambiental e práticas de desenvolvimento responsável que beneficiam nosso relacionamento com a sociedade, os órgãos públicos, clientes, fornecedores, empregados e demais partes interessadas. As operações da Fibria são certificadas segundo padrões reconhecidos internacionalmente, tais como ISO 9001, ISO 14001, OHSAS e certificações florestais como o FSC e as práticas sustentáveis de certificação Cerflor/PEFC. As principais certificações da indústria florestal são: o Forest Stewardship Council (FSC ), fornecido por uma organização independente, não governamental e sem fins lucrativos, e o Cerflor, criado pelo programa brasileiro de certificação florestal, reconhecido internacionalmente pelo 59

62 Programa de Endosso de Esquemas de Certificação Florestal - PEFC. O sistema de certificação florestal é dividido em duas categorias: Gerenciamento Florestal, que verifica se a madeira é produzida de acordo com os altos padrões que protegem o meio ambiente, e Cadeia de Tutela, que verifica se a Empresa usa apenas madeira certificada como matéria-prima. abaixo: Todas as nossas áreas possuem ambas as certificações, conforme demonstrado na tabela Unidade FSC Cerflor/PEFC Três Lagoas Certificado Certificado Jacareí Certificado Certificado Aracruz Certificado Certificado Veracel Certificado Certificado Todas as Unidades da Fibria são certificadas pelas FSC e CERFLOR/PERC nas categorias Gestão de Floresta e Cadeia de Custódia. Cada sistema tem seus próprios princípios e critérios. Essas certificações atestam que a celulose da empresa é produzida a partir de florestas plantadas gerenciadas com responsabilidade. Em agosto de 2014, a unidade de Três Lagoas obteve a confirmação de continuidade de certificação CERFLOR/PEFC para outro ciclo de cinco anos pela certificação da Bureau Veritas Certification (BVC). Industrial Destacamos os seguintes aspectos de nossas operações industriais: Eco design e ecoeficiência Programa de pegada hídrica Emissão controlada de dióxido de carbono Foco na estabilidade operacional Na operação industrial, a celulose é extraída da madeira por um processo conhecido como Processo Kraft. Dentre as inúmeras vantagens do ponto de vista ambiental, o processo é autossuficiente em energia elétrica e térmica, pois o principal insumo utilizado para produzi-las é a biomassa. O fluxo principal consiste em um processo de cozimento da madeira, um estágio de descoloração, e um estágio final de extração. Assim que a lenha é transportada às nossas unidades de produção, elas são descarregadas e levadas por uma esteira transportadora para serem descascadas e cortadas. Após esse processo, as lascas de madeira são enviadas para os digestores, onde são misturadas com substâncias químicas e cozidas sob temperatura e pressão. Durante esse processo, a lignina e as resinas são removidas da madeira. Uma vez removida, a lignina é utilizada como combustível para produzir energia elétrica e térmica (a vapor) para as fábricas de celulose. Os produtos químicos utilizados são removidos em diversos estágios do processo de produção e reciclados em nossas fábricas de celulose. A celulose não branqueada, então, passa por um processo de deslignificação por oxigênio e branqueamento químico, geralmente utilizando dióxido de cloro, ozônio e peróxido de hidrogênio (em nossa fábrica de Jacareí) ou dióxido de cloro, oxigênio e peróxido de hidrogênio (em nossas fábricas de Três Lagoas e Aracruz). As fibras da celulose são peneiradas, pressionadas e secas. A celulose seca é cortada em folhas e embrulhada, resultando em celulose de mercado. O processo de produção de celulose kraft geralmente envolve a utilização de cloro elementar no branqueamento. Nos últimos anos, a demanda de celulose que é branqueada utilizando pouco ou nenhum cloro cresceu de forma significativa devido às preocupações com os possíveis efeitos cancerígenos de compostos orgânicos de cloro liberados na água. Só produzimos celulose sem cloro elementar, ou celulose ECF, produzida sem a utilização de cloro elementar em seu processo de branqueamento. 60

63 A tabela a seguir apresenta certas informações a respeito de nossas unidades de produção e sobre a produção nos exercícios indicados: Produção para o Ano Findo em 31 de Capacidade de dezembro de Unidade Local Produção Anual (in thousand tons ao ano) Unidades de Celulose: Aracruz... Espírito Santo Mato Grosso do Sul Três Lagoas... Jacareí... São Paulo Veracel (1)... Bahia Total Eco design e ecoeficiência Como uma empresa ecoeficiente, buscamos o equilíbrio entre os cinco elementos essenciais para a vida de todas as nossas operações (água, ar, energia, terra e pessoas), com o objetivo estratégico de produzir produtos com menor intensidade de carbono. Nossos projetos recentes são baseados no "Eco Design", e todas as nossas operações industriais são gerenciadas de acordo com os princípios "4R" de ecoeficiência (reduzir, reciclar, repensar e reutilizar). Também fazemos parte do programa de produção mais limpa do Programa Ambiental das Nações Unidas. Energia Da quantidade total de energia térmica e elétrica autogerada, 88% vieram de combustíveis renováveis, como biomassa e licor negro, que são derivados do processo de produção de celulose, e 12% de combustíveis não renováveis que adquirimos, como óleo combustível e gás natural. Em 2014, geramos internamente aproximadamente 117% da energia elétrica necessária para o nosso processo de produção de celulose, incluindo o montante de exportação. Substâncias Químicas Utilizamos várias substâncias químicas no processo de branqueamento da celulose. Por possuirmos uma dependência significativa de certas substâncias químicas, celebramos um contrato de longo prazo do tipo take or pay com os fornecedores de substâncias químicas, óleo combustível, diesel e gás natural por períodos que variam de um a dez anos, a fim de minimizar essa dependência. Consulte o "Item 8A. Declarações Consolidadas e Outras Informações Financeiras Compromissos ". Água A água, apesar de não ser um componente de custo significativo de nossas matérias-primas, é essencial à produção de celulose. Em 2014, utilizamos 30,7 metros cúbicos de água por tonelada de celulose (em comparação à taxa de consumo de 25 a 50 metros cúbicos por tonelada, conforme a recomendação do IPPC Controle e Prevenção Integrados de Poluição que determina diretrizes de melhor prática de proteção ambiental para fábricas de papel e de celulose e que é amplamente adotado pelo mundo como um padrão reconhecido de produção). Acreditamos que nossas taxas de utilização de água estejam entre as menores do setor de celulose e de papel, e estamos introduzindo continuamente novas tecnologias e implementando melhorias aos nossos processos e métodos industriais para reduzir ainda mais estas taxas. Acreditamos que nosso fornecimento de água seja adequado no momento. 61

64 A água utilizada nas unidades de Três Lagoas e Jacareí é obtida dos rios Paraná e Paraíba do Sul respectivamente, que são adjacentes às nossas fábricas. Cada sistema de rios se localiza em uma bacia hidrográfica separada, o que reduz o risco geral de indisponibilidade de água em virtude de condições atmosféricas ou hidrológicas negativas. A água utilizada na Unidade Aracruz é fornecida por diversos rios e por um projeto de interesse público desenvolvido por nós e pelos governos municipais de Aracruz e da cidade vizinha Linhares, pelo qual podemos obter água do Rio Doce por meio de um sistema de canais e rios existentes. O projeto fornece água às comunidades locais e aos distritos industriais e químicos do município de Aracruz, bem como irrigação às atividades agrícolas na região Norte do estado do Espírito Santo. A água dessas fontes alimenta um reservatório de 35 milhões de metros cúbicos no local da fábrica. Estimamos que o reservatório da unidade Aracruz tenha água suficiente para atender as necessidades da fábrica por um período de cinco meses na hipótese de estiagem. Na Unidade Aracruz, as águas residuais passam por um processo de tratamento de purificação de duas fases antes de chegarem ao oceano. As fábricas de Jacareí e Três Lagoas utilizam a tecnologia de tratamento de resíduos de fase dupla de borra ativa, o que garante, no mínimo, 95% de remoção da BOD (Demanda Bioquímica de Oxigênio). O governo brasileiro cobra impostos sobre a utilização industrial das águas do rio. Esses impostos não causaram impactos significativos sobre nossos custos. Após a água ter sido utilizada no processo de fabricação, os efluentes resultantes passam por tratamentos mecânicos e biológicos antes de devolvê-los aos rios. Também temos lagoas e reservatórios de emergência que nos permitem evitar liberar efluentes não tratados no meio ambiente natural, no caso de um problema com nosso processo de efluentes, e temos sistemas de controle de liberação para evitar vazamentos de nossas unidades de produção de celulose. Monitoramos constantemente as características de nossos efluentes líquidos por meio de análises químicas, físicas e biológicas para garantir que eles sejam aceitáveis para liberação no meio ambiente. Efluentes Nossas unidades utilizam um processo de duas etapas para tratar os efluentes gerados durante o processo de produção. Durante a primeira etapa, os sólidos, como fibras, argila e carbonatos, são removidos. Na segunda etapa, esses sólidos são tratados biologicamente e separados por microorganismos. Sempre avaliamos a composição dos efluentes líquidos gerados durante o processo de produção e, com os resultados dessas análises, podemos minimizar a geração de efluentes e maximizar a quantidade de efluentes que poderão ser reaproveitados em nossos processos de produção. Resíduos sólidos Temos um programa de manejo de resíduos eficiente para coletar, tratar e descartar os resíduos sólidos, que foi aprimorado recentemente pela adoção das novas técnicas de compostagem adequadas em termos ambientais. Sempre que possível, também identificamos como os resíduos sólidos gerados durante nossos processos de produção de celulose poderão ser utilizados de forma alternativa. O restante dos resíduos sólidos é transformado por sistemas de reciclagem em material orgânico e inorgânico para o uso em nossas florestas ou descartado em aterros sanitários licenciados. Coletamos, tratamos e descartamos a pequena quantidade de substâncias perigosas geradas por nossas instalações de acordo com as leis brasileiras. Emissão controlada de dióxido de carbono A mudança climática pode afetar os resultados de nossos negócios, que têm como base o uso de recursos naturais. Portanto, consideramos riscos físicos e reguladores relacionados à mudança climática, bem como riscos à nossa reputação, em nossa estratégia de negócios. Os riscos físicos estão associados a mudanças nas condições climáticas e disponibilidade de água que puderem prejudicar os serviços ambientais, como por exemplo regulamento climático regional e produção de água, atingindo diretamente nossas atividades e, às vezes, as de nossos fornecedores e 62

65 clientes. Por esse motivo, avaliamos nossa vulnerabilidade à mudança climática do ponto de vista de toda a cadeia de valores, e adotamos uma abordagem preventiva à administração e operação das atividades industriais e florestais. Nossas principais medidas de prevenção de riscos físicos estão listadas abaixo: controle e monitoramento da produção estudos de melhoria genética da produção de eucalipto a fim de identificar as espécies mais adaptáveis a diferentes condições climáticas; - monitoramento de consumo de água em áreas florestais; Projetos relacionados a aumento da eficiência da energia e estabilidade do processo industrial; Exploração de diferentes meios de transporte; Reutilização e redução de resíduos; e Compilação de um inventário de emissões de gases de efeito estufa (GHG) de nossas atividade, com foco na pegada de carbono e na Cadeia de Suprimentos CDP. Monitoramento anual dos fornecedores estratégicos nos temas Sustentabilidade através do projeto de coleta de dados da Cadeia de Valor, que busca identificar as melhores práticas e riscos. Em 2014, concluímos nosso sexto inventário de emissão de GFG, utilizando 2013 como base, e ali foram consideradas as atividades industriais e florestais das unidades de Aracruz (ES), Três Lagoas (MS) e Jacareí (SP), bem como as operações de logística de exportação de celulose. O resultado desses estudos mostrou um saldo positivo de emissões, com 0,95 toneladas de CO2 equivalentes sequestradas por tonelada de celulose produzida. Certificação da Bureau Veritas, de acordo com ISO e Protocolo GHG do Programa Brasileiro, uma adaptação oficial do Protocolo GHG certificou o inventário. Nosso inventário de emissão de GHG de 2014 teve como base principalmente o Protocolo GHG, uma protocolo de cálculo desenvolvido pelo World Resources Institute (WRI) e World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), adaptado pelo International Council of Forest & Paper Associations (ICFPA) para os setores de papel e celulose. Em 2010, a BM&FBOVESPA lançou um novo Índice - Índice Carbono Eficiente (ICO2) - para aprimorar a adoção de práticas ambientais em direção à mudança climática por empresas brasileiras, e desde então somos selecionados como parte do Índice. Em 2012, foi lançado o Exchange- Traded Fund (ETF) com base no índice ICO2. Estabilidade Operacional O desafio deste conceito consiste em envolver as equipes de operações industriais e florestais em uma única Estratégia Operacional em que o ritmo de produção possa ser modulado para cima e para baixo, respeitando os limites imediatos da capacidade de cada setor. Para alcançar maior estabilidade, foi necessário reduzir a frequência e a duração das ocorrências que geraram interrupções e/ou redução no ritmo de produção. Em 2014, a estabilidade operacional foi novamente acima de 90%, evidenciando a excelência operacional como uma das maiores forças competitivas e de criação de valor de nossa empresa. Logística Entrega de Madeira para Nossas Fábricas de Celulose 63

66 Nossas florestas estão localizadas a uma distância média de 181 quilômetros das nossas fábricas de celulose. Transportamos madeira para nossas fábricas por caminhão, trem e navio-barcaça. Os caminhões e navios-barcaça são de propriedade e são operados por empresas autônomas que transportam madeira de nossas florestas para nossas instalações produtivas. Em 2014, transportamos um total de aproximadamente 18,41 milhões de metros cúbicos de madeira para nossas fábricas, aproximadamente 88% por caminhão, 11% por navio-barcaça e 2% por trem. Apesar de a porcentagem de madeira transportada por navios-barcaça e por trem ser relativamente baixa, ao utilizar esses meio de transporte fomos capazes de reduzir os custos de logística de nossas fábricas de Aracruz e Jacareí. O transporte de madeira para as fábricas representa grande parte dos custos da produção de celulose, reduções em nossas logísticas de transporte e em nossos custos são prioridades para nós. No final de 2002, aprimoramos a infraestrutura ferroviária de nossa unidade de Aracruz e lançamos um sistema de transporte multimodal que combinava transporte marítimo, rodoviário e ferroviário para integrar ainda mais o sistema floresta-fábrica-porto nessa unidade. Além disso, em 2003, foi concluída uma linha de acesso ferroviário com quatro quilômetros de extensão para descarregar remessas de madeira diretamente no pátio da fábrica da Aracruz. Essa melhoria foi importante para otimizar o processo de recebimento da madeira que vem da região Norte do estado de Minas Gerais e de outras áreas no interior do estado do Espírito Santo. Nosso projeto integrado de envio de madeira pelo litoral envolve um sistema integrado de rebocador e barcaça e dois terminais portuários. Esse sistema de transporte marítimo conecta o extremo Sul do estado da Bahia às fábricas do estado do Espírito Santo. O complexo portuário de Portocel, adjacente às fábricas da Aracruz, recebe madeira oriunda de plantações no Sul da Bahia via barcaça. Em setembro de 2002, celebramos um acordo com a MRS Logística S.A., ou MRS, para transportar madeira para a fábrica de celulose de Jacareí e também aprovamos um investimento para construir um terminal ferroviário para descarregar a madeira na fábrica de celulose de Jacareí. O novo terminal de madeira está em operação desde outubro de 2005 e resultou em uma redução significativa nos nossos custos do transporte de madeira. Devido à sua localização no estado do Mato Grosso do Sul, rodeado por águas e sem nenhuma infraestrutura ferroviária, a unidade de Três Lagoas confia completamente em nosso transporte por caminhões da madeira para a fábrica. No dia 17 de setembro de 2010, celebramos um acordo com a Wilson & Sons, para o carregamento e descarregamento de madeira na fábrica de Três Lagoas até setembro de Planejamento de Distribuição Como resultado de nossa estratégia comercial de reforçar nossa posição no mercado global de celulose, e focar em um relacionamento duradouro com nossos clientes, investimos em tecnologia e desenvolvemos melhores práticas de logística. Nosso planejamento de distribuição é baseado no conceito de sistemas integrados. Portanto, nossas fábricas de celulose, escritórios comerciais e logísticas de terceiros no mundo todo possuem acesso a informações extremamente precisas em tempo real, permitindo que a equipe de planejamento gerencie a cadeia de suprimentos da Fibria com alto padrão, e forneça serviços de logística confiáveis a nossos clientes, mantendo estoques em diversos centros de distribuição localizados na América do Norte, Europa e Ásia. Entrega de Celulose de Nossas Fábricas para os Portos A celulose produzida em nossas fábricas é manuseada e transportada de acordo com os padrões mais rígidos de qualidade, e armazenada em galpões criados especialmente para a celulose tudo isso operado pelas melhores empresas de logística. A produção de celulose entra em um sistema de rastreamento logo após as linhas de drenagem. O rastreamento é feito por leitura de códigos de barra por toda a cadeia de suprimento, desde o fim da linha de drenagem até o cliente final (produtor de papel). A rastreabilidade da celulose é garantida até o produto chegar à fábrica do cliente, atendendo a todos os requisitos de qualquer sistema de certificação. Fábrica de Três Lagoas 64

67 A maior parte da produção de celulose de Três Lagoas é exportada para outros países. A celulose é transportada da fábrica para o porto de Santos por um sistema multimodal confiável (caminhão e trem) diariamente. Parte da produção é vendida para a International Paper, uma fábrica de papel próxima de Três Lagoas. Nesse caso, a celulose é bombeada diretamente na fábrica de papel. A parte restante da produção é distribuída para o mercado doméstico por caminhões. Fábrica de Aracruz A produção de celulose da Aracruz é principalmente destinada a exportações. Ela possui uma das configurações de logística de celulose entre a fábrica e o porto mais sofisticadas do mundo, já que a fábrica fica a 3 quilômetros de distância do porto de Portocel, proporcionando confiabilidade operacional e custos de logística competitivos. O transporte de celulose entre a fábrica de celulose e o porto é feito por caminhões especiais, a fim de otimizar e garantir a qualidade dos fardos. Fábrica de Jacareí A produção de Jacareí é destinada ao mercado nacional e internacional. A expedição de celulose para o mercado nacional é feita por caminhões, que fornecem o produto regularmente para nossos clientes localizados na região Sul, garantindo uma entrega de qualidade e pontual. A celulose de exportação é transportada da fábrica para o porto de Santos por trem, diariamente, através de um sistema ferroviário confiável. Fábrica de Veracel A produção da Veracel também é exportada. Um sistema de transporte multimodal (caminhão e barca) conecta a fábrica ao porto nacional de Portocel. Primeiro a celulose é levada por caminhão, através de uma estrada específica, da fábrica até o terminal marítimo de Belmonte. Desse terminal, a celulose é levada até o Portocel por uma barca. Operações Portuárias A celulose produzida para exportação é embarcada em embarcações dedicadas ou embarcações de serviço parcial providas por transportadoras com contratos vigentes aos nossos terminais no exterior e em seguida entregue aos nossos clientes. Nós operamos em dois portos, Santos no Estado de São Paulo e Barra do Riacho no Estado do Espírito Santo. Em outubro de 2010, quatro contratos a longo prazo foram assinados com a sul coreana Pan Ocean Co. Ltd., (antiga STX Pan Ocean), válidos por um período de 25 anos para a construção de vinte navios marítimos. Cinco já foram entregues, dos quais o quinto entrou em serviço no primeiro trimestre de Em setembro de 2014, devido ao pedido de recuperação da Pan Ocean em 2013, as partes envolvidas nos contratos de longo prazo (Fibria, bancos e a Pan Ocean), fixaram um acordo para rescindir 3 (três) contratos de longo prazo e consequentemente a obrigação de entrega das embarcações restantes foi extinta. Com as embarcações dedicadas e embarcações de serviço parcial, a Fibra é capaz de atender plenamente a demanda de exportação com qualidade de serviço e eficiência de custo garantidas Porto de Santos O porto de Santos é localizado no litoral do estado de São Paulo. Desse porto exportamos a celulose produzida nas fábricas de Jacareí e Três Lagoas, localizadas a aproximadamente 150 e 750 quilômetros de distância do porto de Santos, respectivamente. Temos uma concessão do governo do estado de São Paulo para operar um terminal e um galpão neste porto. A concessão foi permitida nos termos de um contrato de arrendamento operacional com a Companhia Docas do Estado de São Paulo- CODESP que atinge seu vencimento em setembro de Esse galpão em particular tem uma capacidade de armazenagem de 38 mil toneladas métricas de celulose e suporta exportações da fábrica de Jacareí. A operação do porto facilitou o crescimento de nossas exportações por permitir que carreguemos as embarcações com celulose diretamente de nosso terminal, o que reduz significativamente os custos com frete e manuseio. 65

68 Para facilitar as exportações para nossa fábrica de Três Lagoas, também assinamos um contrato de longo prazo com um operador de terminal em Santos (a Gearbulk Terminals) para uma capacidade de armazenamento adicional de 50 mil toneladas de celulose em um novo terminal especializado em que a conexão ferroviária e a prioridade das embarcações também foram consideradas. A fim de manter nossa capacidade de exportação a longo prazo, pretendemos participar do novo processo de concessão do porto de Santos, e continuaremos a buscar alternativas competitivas para o transporte de nossa celulose. Portocel A celulose produzida para exportação nas fábricas de celulose da Aracruz e da Veracel é transportada do Porto da Barra do Riacho (Portocel), que fica a aproximadamente 3 quilômetros da Aracruz e a 260 milhas náuticas do terminal de barcaças da Veracel. Esse porto é uma instalação moderna com capacidade de manejar aproximadamente 10 milhões de toneladas de celulose por ano. Esse galpão em particular tem uma capacidade de armazenagem de aproximadamente 220 mil toneladas de celulose (armazenagem estática). Detemos 51% da Portocel, a empresa que opera o terminal do porto de Aracruz. Os outros 49% da Portocel são detidos pela Cenibra, outra fabricante de celulose e uma de nossas concorrentes. Entrega de Celulose do Porto aos Nossos Clientes A maior parte de nossas vendas ao cliente final é entregue de nossos terminais marítimos nos Estados Unidos, no Mediterrâneo e no Leste da Ásia. A esta altura, a Fibria está totalmente comprometida a atender às necessidades dos clientes, vantagens de custo e impactos ambientais na escolha da opção correta dentre os diferentes meios de transporte: ferrovias, caminhões, navios-barcaça e navios de cabotagem. Políticas ambientais A Constituição brasileira confere ao governo federal, aos estados e aos municípios o poder de promulgar leis de proteção ambiental e de emitir regulamentos de acordo com tais leis. Apesar de o governo federal ter o poder de promulgar regulamentos ambientais que preveem os padrões mínimos de proteção ambiental, os governos estaduais têm o poder de promulgar regulamentos ambientais mais rígidos. Os municípios apenas poderão emitir regulamentos a respeito de assuntos de interesse local ou para complementar leis federais ou estaduais. A maior parte dos regulamentos ambientais no Brasil está, então, no nível federal e estadual, e não no nível local, com padrões ambientais estabelecidos nos alvarás de funcionamento emitidos para cada fábrica e não por meio de regulamentos de aplicabilidade geral. Os pedidos de renovação de alvarás de funcionamento são revisados periodicamente. O processo de obtenção de uma licença ambiental inclui o seguinte: a licença preliminar ou provisória - concedida durante o estágio preliminar do planejamento da instalação. A licença aprova o local e o conceito da instalação com base em seu impacto ambiental e estabelece as exigências básicas a serem cumpridas durante os estágios subsequentes da implementação do projeto; a licença de instalação autoriza a construção da instalação de acordo com as especificações previstas nos planos, programas e projetos aprovados pelas autoridades; e a licença operacional autoriza a operação da instalação após o recebimento das licenças preliminares e de instalação, e fornece confirmação pelas autoridades de que as medidas e as condições de controle ambiental necessários para a operação da instalação foram satisfeitas. 66

69 As licenças ambientais são válidas por um prazo específico, porém poderão ser canceladas se qualquer das condições ou exigências impostas pela autoridade responsável pela manutenção da respectiva licença não for cumprida. Ocasionalmente, ocorrem conflitos jurisdicionais entre autoridades de licenciamento ambiental quando a atividade exploratória proposta está em um local que é regulamentado por mais de um município ou estado, ou está sob a jurisdição de ambos os governos estadual e federal. Além disso, dependendo do nível do impacto ambiental que é causado pela atividade exploratória, o procedimento de licenciamento ambiental poderá exigir laudos de impacto ambiental e a realização de audiências públicas, o que poderá aumentar consideravelmente a complexidade e a duração do procedimento de licenciamento, e expor a atividade exploratória a possíveis reivindicações judiciais. Todos os estados brasileiros exigem licenças para a instalação e a operação de nossas fábricas. Esses regulamentos foram introduzidos nos últimos dez a doze anos. Estamos sujeitos aos regulamentos de órgãos ambientais dos estados de São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, respectivamente conhecidos como Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Instituto Estadual do Meio Ambiente (IEMA), Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM) e Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (IMASUL). De acordo com esses regulamentos estaduais, as autoridades estaduais têm o poder de regulamentar as operações de uma empresa por meio do estabelecimento de normas ambientais específicas da empresa no alvará de funcionamento de tal empresa. Nossas atividades florestais são regulamentadas pelos órgãos ambientais do governo federal e dos estados de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais (Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM)), Bahia (Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA)) e Rio Grande do Sul. O plantio e a colheita de árvores estão sujeitos à aprovação prévia do respectivo órgão ambiental estadual ou federal. As leis brasileiras exigem que no mínimo 20% das terras possuídas de uma empresa florestal sejam registradas e mantidas com espécies nativas. Além disso, nossas operações estão sujeitas a várias leis e regulamentos ambientais emitidos por autoridades governamentais com relação a emissões de gases, descartes de elementos, resíduos sólidos e odores. De acordo com as leis do Brasil, as pessoas físicas ou jurídicas que violarem as leis ambientais podem ser punidas por sanções criminais e administrativas. As sanções criminais variam de multas à detenção, no caso de pessoas físicas, incluindo conselheiros, diretores e administradores de empresas, ou dissolução, no caso de pessoas jurídicas. As sanções administrativas incluem multas, suspensão parcial ou total de atividades, confisco ou restrição de incentivos ou benefícios fiscais, e cancelamento ou suspensão de financiamentos de órgãos governamentais. Além das sanções criminais e administrativas, de acordo com as leis ambientais brasileiras, o infrator também deve reparação ou indenizar o dano que foi causado ao meio ambiente e a terceiros. Como as leis ambientais do Brasil utilizam um padrão de responsabilidade objetiva na determinação da obrigação de remediar danos causados ao meio ambiente e de indenizar os terceiros afetados, a imposição de qualquer referida obrigação é feita independentemente do fato de o infrator ser considerado negligente ou não. Além disso, a estrutura corporativa de uma empresa poluidora poderá ser desconsiderada se a estrutura for vista como um obstáculo à recuperação completa dos danos ambientais. Realizamos modificações periódicas nas fábricas a respeito de tecnologia e equipamentos ambientais e a implementação de novos procedimentos para minimizar os riscos ambientais associados a vazamentos e possíveis liberações. Embora a exerçamos controle sobre o cumprimento das exigências legais aplicáveis às nossas atividades, não incorremos custos relativos a seu cuidado, em razão da falta de uma política específica relacionada à área ambiental. Seguro Mantemos seguros de responsabilidade compreensiva com as principais seguradoras para cobrir danos patrimoniais e risco de interrupção dos negócios, bem como a respeito do transporte doméstico e internacional. Nossa apólice de seguro patrimonial possui uma cobertura de risco mínimo 67

70 de R$ ,00 que acreditamos oferecer uma cobertura mais que suficiente de nossos ativos atuais. Não mantemos cobertura de seguro contra incêndio, doenças e outros riscos às nossas florestas. Há um risco de incêndio e doença associado a nossas atividades florestais; entretanto, acreditamos que o dano total seria minimizado pelos nossos procedimentos de gestão de risco, e o fato de que nossas florestas individuais não são fechadas, eliminando assim, qualquer risco que um incêndio ou doença teria de se espalhar facilmente a quaisquer outras de nossas florestas. Tomamos várias medidas para prevenir incêndios em nossas florestas, incluindo a manutenção de torres de observação contra incêndio, frota de caminhão de bombeiros e equipes da brigada de incêndio, que acreditamos serem métodos de prevenção seguros e de bom custo-benefício. Em cada um dos últimos três exercícios, os incêndios ocorridos em nossas florestas não resultaram em danos relevantes em nossa área total plantada. Considerando a proteção natural fornecida pelas localizações disseminadas de nossas florestas, não acreditamos que segurar nossas florestas teria um bom custo-benefício. Não fazemos provisões para risco de perda contra incêndio ou doença, e todas as perdas e danos que ocorrerem são contabilizados quando incorridas. Não sofremos nenhuma perda relevante devido a incêndio ou doença em nossas florestas. 68

71 Companhia Controlada Conjuntamente Veracel A Veracel é uma sociedade anônima de capital fechado constituída de acordo com as leis do Brasil, na qual a Fibria e a Stora Enso detêm 50% das participações acionárias (ela era uma joint venture entre a Aracruz e a Stora Enso). A Veracel cultiva e maneja plantações de eucalipto e opera uma planta de celulose na cidade de Eunápolis, no estado da Bahia. A Veracel produz BEKP e tem capacidade de produção anual de 1,12 milhão de toneladas A Fibria e a Stora Enso celebraram um acordo de acionistas que define seus respectivos direitos e obrigações como acionistas da Veracel. Esse acordo de acionistas tem vencimento em janeiro de 2023 e pode ser prorrogado automaticamente por prazos sucessivos de 20 anos, exceto se notificação em contrário for concedida por uma das partes. O acordo de acionistas da Veracel prevê que: a Fibria e a Stora Enso têm o direito de indicar três membros do conselho de administração da Veracel composto por seis membros; sob certas circunstâncias, a Fibria e a Stora Enso poderão ser obrigadas a fazer aportes de capital à Veracel, em termos proporcionais; caso um acionista deixe de cumprir qualquer de suas obrigações a respeito das necessidades de financiamento da Veracel com relação ao plano de investimento e aportes de capital da Veracel, o outro acionista terá direito de exigir que o acionista inadimplente transfira todas (porém não menos que todas) as suas ações para o outro acionista por um valor de mercado descontado, calculado em conformidade com as disposições do acordo de acionistas da Veracel; enquanto a Fibria ou qualquer de suas subsidiárias for acionista da Veracel, a Fibria não adquirirá (ou fará com que seja adquirida) qualquer participação no imóvel na área central da Veracel; e enquanto a Fibria ou qualquer de suas subsidiárias for acionista da Veracel, a Veracel não adquirirá (ou fará com que seja adquirida) qualquer participação no imóvel na área central da Fibria. Em março de 2005, a Aracruz celebrou um Contrato de Fornecimento e Compra de Celulose com a Veracel, de acordo com o qual a Aracruz concordou em comprar 50% da produção anual de celulose da fábrica da Veracel. Esse contrato entrou em vigor em maio de 2005, e permanecerá efetivo enquanto o Acordo de Acionistas da Veracel estiver vigente. C. Estrutura Organizacional O gráfico a seguir mostra nossa estrutura organizacional em 31 de dezembro de 2014 (% do capital total). 69

72 Tradução da imagem: Brasil Exterior: EUA- Delaware; Canadá BC; EUA Delaware; Hungria; Ilhas Cayman; Hungria; Áustria; Ilhas Cayman; Suiça; Áustria; Hong Kong; Holanda Nossas operações são conduzidas pela Fibria Celulose S.A. como controladora e principal companhia operacional. Apesar de ser uma companhia independente, somos uma entidade controlada conjuntamente pelo Grupo Votorantim, que possui outros investimentos no Brasil e no exterior, principalmente nos setores de cimento, metalurgia, agronegócios, produtos químicos e serviços financeiros. Vide Item 4 Informações sobre a Fibria A. História e Desenvolvimento da Fibria Nossa Estrutura Acionária. Entre as subsidiárias apresentadas no gráfico acima destacamos: Fibria-MS Celulose Sul Mato-Grossense Ltda: subsidiária integral estabelecida para as operações da fábrica Três Lagoas Portocel Term. Esp BR S.A.: terminal portuário de onde exportamos a produção da Aracruz e da Veracel. É uma joint venture entre a Fibria (51%) e a Cenibra - Celulose Nipo-Brasileira (49%) Veracel Celulose S.A.: joint venture entre a Fibria Celulose S.A.(50%) e a Stora Enso (50%), na qual temos as operações da Unidade Veracel. - Fibria Overseas Holding KFT (localizada na Hungria) e Fibria International Celulose GmbH (localizada na Áustria), são as empresas estabelecidas para deter a participação em suas subsidiárias Fibria Trading International KFT (Hungria) e Fibria International Trade GmbH (Áustria), respectivamente, conforme descrito abaixo. Fibria Trading International Commercial and Servicing Limited Liability Company, ou Fibria Trading International KFT em sua forma abreviada (localizada na Hungria e sua subsidiária Fibria Europe S.A. localizada na Suíça) e Fibria Celulose (USA) Inc (localizada em Delaware): subsidiárias estabelecidas para a administração, venda, operação, logística, controle e contabilidade dos produtos na Europa, Ásia e América do Norte. - Fibria International Celulose GmbH (localizada na Áustria) e sua subsidiária, Fibria International Trade GmbH (localizada na Áustria e sua filial localizada em Hong Kong sua subsidiária Green Parrot B.V. localizada na Holanda): subsidiárias estabelecidas para a administração, venda, operação, logística, controle e contabilidade de produtos na Europa, Ásia e América do Norte. 70

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