Pesquisa de Opinião. Grupo Focal com as diretoras das escolas municipais de Canoas

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1 Pesquisa de Opinião Grupo Focal com as diretoras das escolas municipais de Canoas Realizado no dia 06 de julho de 2010 Duração: 1 hora e 30 minutos Mediador: Aline Kerber Assistentes de mediação: Janine Prandini Rafael Dal Santo Apoio operacional: gravador digital Canoas, 18 de agosto de

2 COORDENAÇÃO TÉCNICA DO ESTUDO Aline de Oliveira Kerber Socióloga Rafael Dal Santo Sociólogo, coordenador executivo EQUIPE TÉCNICA DO OBSERVATÓRIO Rafael Dal Santo Sociólogo, coordenador executivo Aline de Oliveira Kerber Socióloga Janine Prandini Silveira Licenciada em Ciências Sociais Luciana de Mello Geógrafa COORDENADOR INSTITUCIONAL Eduardo Pazinato Mestre em Direito PARCERIAS Ministério da Justiça Prefeitura de Canoas Fórum Brasileiro de Segurança Pública Universidade Federal do Rio Grande do Sul Grupo de Pesquisa Violência e Cidadania Rua Humaitá, nº Bairro Marechal Rondon, Canoas/RS CEP: Fone: (51) observatoriocanoas@forumseguranca.org.br

3 Apresentação e metodologia O presente relatório busca elucidar e analisar as percepções das diretoras sobre as violências nas escolas, as suas maneiras de resolver conflitos, e seus entendimentos e avaliações sobre a Ronda Escolar. Por meio da técnica de grupo focal objetivamos compreender os sentidos atribuídos pelas diretoras às suas atividades, bem como seus olhares sobre a produção das violências circunscritas no ambiente escolar e seu entorno. Um Grupo Focal tem por finalidade reunir um grupo homogêneo e que possa discutir, a partir de vivências e experiências semelhantes, uma problemática definida pelos pesquisadores que estarão mediando a discussão. Essa técnica é preferencialmente adotada em pesquisas explorativas ou avaliativas - podendo ser a principal fonte de dados - ou como uma técnica complementar em pesquisas quantitativas. Morgan (1997) define grupos focais como uma técnica de pesquisa qualitativa, derivada das entrevistas grupais, que coleta informações por meio das interações grupais, baseada na comunicação e na interação. Uma vez definidos o perfil do grupo e os critérios de inclusão, passa-se ao processo de seleção dos participantes. Tratase de uma seleção intencional em conformidade com os objetivos da pesquisa. Os participantes de um grupo focal devem apresentar certas características em comum que estão associadas à temática central em estudo. Para a condução dessa técnica, faz-se essencial um moderador do grupo que introduz a discussão, enfatiza para o grupo que não há respostas certas ou erradas, observa os participantes encorajando-os a falar e constrói relações com os informantes para aprofundar, individualmente, respostas e comentários relevantes pelo grupo e pelo pesquisador. Além disso, faz-se necessário observadores externos que não se manifestam durante a discussão a fim de observar as comunicações nãoverbais. Participaram deste grupo focal 6 diretores e 2 vice-diretores. Eles foram sorteados a partir dos seguintes critérios: escolas com pelo menos 100 alunos nas séries finais do ensino fundamental; e proporcionalidade entre as AISPs, ou seja, AISPs com maior número de escolas tiveram maior número de representantes. A princípio tínhamos sorteado 10 diretoras; no entanto, 2 faltaram, o que deixou a proporcionalidade por AISP um pouco diferente da planejada. Desse modo, a AISP 1

4 4 foi representada por 3 escolas; a AISP 2 por 1, pois a outra não compareceu; a AISP 3 por 2, já que uma não estava presente; e a AISP 4, por fim, foi representada por 2 escolas. Encontramos algumas dificuldades na mediação desse grupo, entre elas, o fato dos participantes falarem juntos em vários momentos, o que dificultou a condução da mediação e também o processo de transcrição das falas. Contudo, o maior problema encontrado foi o não aprofundamento das falas, o não desenvolvimento dos argumentos dos entrevistados, o que está relacionado também com a dificuldade citada acima, já que os participantes falavam juntos o tempo todo, impossibilitando os demais a finalizarem suas falas. Percebemos também que as percepções dos diretores sobre as violências, bem como o modo como agem frente a elas, estão muito ligadas as suas vivências na escola, a somente aquilo que eles já experienciaram ali, impossibilitando-os de fazerem uma leitura mais abrangente sobre o fenômeno e seus agenciamentos. A problemática que guiou a técnica é a seguinte: sendo as diretoras responsáveis pela comunicação com a Ronda Escolar, qual a influência da sensação de insegurança vivenciada no ambiente escolar e seu entorno para a aproximação das escolas às políticas de prevenção às violências do município, operacionalizada pela Ronda Escolar? Bloco 1 Perfil dos participantes O grupo focal foi formado por 7 mulheres e 1 homem. Este homem e mais uma das mulheres são vice-diretores, sendo o restante das participantes diretoras das escolas selecionadas. A idade variou entre 31 e 58 anos sendo a média de idade 43 anos. Em relação a seus cursos de formação, 3 são da área de História/Geografia/Estudos Sociais, 2 da Pedagogia, e 3 da Educação Física. A maioria dos entrevistados é casado e tem um filho apenas 2 deles não os têm. O que chamou a atenção é que 3 diretores moram em Porto Alegre e os demais moram em bairros diferentes dos de suas escolas. A média de tempo nas escolas que administram é de 11 anos, variando entre 5 e 17 anos.

5 5 Bloco 2 Percepções sobre as violências nas escolas e seus agenciamentos Os entrevistados acreditam que a violência está muito latente no ambiente escolar; no entanto, entendem que os agenciamentos destas violências não são produzidos na e/ou pela escola. Nesse sentido, para eles as famílias, as relações familiares são os principais motivos para muitas das brigas que acontecem entre os alunos. Muitas brigas não começam lá dentro, se encontram lá dentro, eles se vêem fora da escola...são famílias antigas que se conhecem, nem tão antigas, tem muitos casos de famílias que são envolvidas com o tráfico, morte, os pais presos, mães presas... As mães se desentendem lá na rua e o filho de uma já faz uma briguinha com a filha da outra. Eles enfatizaram, neste momento, a questão das ausências das famílias na vida escolar dos alunos, o que os impossibilita, inclusive, de tomar algumas medidas, visto que sem o apoio familiar eles acreditam que quase não tenham chance de mudar as situações de violência na escola. As famílias ausentes, a maioria é por causa da ausência da família [...] O que eu vejo mais, as maiores dificuldades, são as medidas que a gente tem que tomar, não tem muito o que fazer, né? Tu depende dos familiares tomarem alguma atitude, porque na verdade, a gente não tem quase nada de poder. Além disso, pensam que a violência tem crescido muito, mencionando os recreios, as entradas e saídas da escola como os momentos mais difíceis. Em relação à saída, citam a presença de pessoas estranhas (não-alunos) e de bondes. Embora alguns diretores falarem que sabem de alunos que participam de bondes, eles parecem ver esse grupos como não fazendo parte da escola. Assim, enquanto dizem não ter receio nenhum de conversar com seus alunos, sobre os quais eles dizem ter controle, seu receio e/ou medo diz respeito aos de fora. Eis o nome de alguns bondes citados pelos diretores: Bonde dos Chapados, Bonde das Padarias, Bonde dos Santiagos, Bonde LDS, Bonde GDS e Gangue das Meninas. Segundo os relatos, o tipo de violência que mais se expressa nesse contexto intramuros é a agressão verbal e o bullying. Parece haver também, de acordo com os

6 6 relatos, uma espécie de respeito, da parte dos alunos, ao ambiente escolar, já que eles evitam brigar dentro da escola. De acordo, com uma diretora, E com o tempo se desenvolveu uma consciência ou uma regra que não se briga na frente da escola. Então, eles esperam caminhar três calçadas, dobrar na rua e se desentendem. Depois eles dizem: professora, não foi na frente da escola. Não importa, voltou aqui para dentro. Veio um familiar reclamar ou o outro se sentiu agredido, o problema chegou aqui dentro, a gente vai ter que resolver. Portanto, há uma condicionalidade na resolução dos problemas pelos diretores, pois eles entendem que é principalmente se o problema chegar dentro da escola, que eles terão de resolvê-lo. Assim sendo, há uma divisão entre o que é problema da escola e o que vem de fora, ou seja, é externo a ela. Apesar dessa percepção, se o problema adentrar os muros escolares, eles se sentem co-responsabilizados e se empenham na tentativa de solucioná-los. Em relação à existência de periodicidade nos conflitos, os diretores entraram em consenso de que os dias da semana que mais apresentam esses tipos de situações são as sextas-feiras e as segundas-feiras. [...] um aluno brigou na escola...os pais passam o final de semana todo tentando achar o culpado e na segunda eles vem resolver dentro da escola, inclusive eles vem até armados. Na sexta eles saem da escola...quando a gente nota alguma coisa estranha até a gente conversa antes, mas quando a gente não consegue, acho que eles remoeram o final de semana todo, aí eles segunda tentam resolver. Uma das estratégias utilizadas por algumas escolas para evitar conflitos entre os maiores e os menores é, quando viável, fazer recreios separados. Outra boa e simples prática com esse intuito, relatada por uma das diretoras, é um recreio único para todas as séries, em que há uma organização nas atividades recreativas e nos espaços de lazer, com professores como monitores. A gente criou já faz 5 anos, um recreio diferente, a gente tenta proporcionar a cada dia, uma atividade diferente, uma corda...não sei se vocês notaram mas eles estão bem acostumados, bate, eles vão lá no saco, já se distribuem, sabem que vai para a quadra, tem a escala, a quadra hoje é do 5º ano...e a gente sempre tenta colocar algumas professoras, estrategicamente, no pátio. Tem a pracinha lá no canto, então tem que ficar uma cuidando...recreio não é o nosso problema. Nesta mesma escola, há o projeto Escola Aberta, o que, segundo a diretora, foi muito difícil no início, tendo em vista que algumas pessoas destruíam o patrimônio

7 7 escolar. No entanto, o Escola Aberta pôde se afirmar mantendo-se, conforme a diretora, de forma bastante satisfatória porque a coordenadora do projeto, uma servente da escola, pertence a própria comunidade. Não é por acaso que esta escola, com práticas criativas e vínculos fortes com a comunidade além do fato de não ter o ensino fundamental completo, foi a que menos relatou casos de violência e indisciplina dentro da escola. [...] Eu recebi vários alunos este ano, oriundos de outros lugares, eles tem 15, 16 anos, então eles estão numa idade mais além da 5ª série. E logo no início eles vinham com umas atitudes que eu pensei: vão me dar problema...aí colocamos regras e eles começaram a se ambientar. A gente tem várias realidades aqui. O que chamou bastante atenção nos relatos dos diretores foi, como já foi dito anteriormente, seu entendimento de que a violência está latente na escola, e seus agenciamentos advêm do extramuros. Isso parece estar bastante associado com outra percepção compartilhada com os diretores, qual seja, a de que há um descompasso, uma quebra entre a sensação de insegurança que eles possuem (re- ) produzida pela fala do crime pelo qual os meios de comunicação são grandes difusores e também (re-) produtores, e a realidade do cotidiano escolar. Nesse sentido, a maioria dos diretores que identificam a comunidade da qual a escola faz parte como violentas, surpreendem-se com a não reflexão dessa realidade dentro da escola. Dentro da realidade que a gente vive, no fim da Mathias, na Vila Sapo, a nossa escola, muitas vezes, a gente agradece, porque nós temos alunos muito bons ali. Do jeito que a violência está, progredindo diariamente, qualquer dia nós estamos por nós mesmos...vulneráveis. Dia-a-dia na escola de professor é de vulnerabilidade, a agressividade está muito grande. O que a gente ouve nos noticiários...professor baleado...professor agredido...graças a deus não aconteceu lá na escola... O bairro é violento. No jornal da semana passada, se observares, bárbaros assassinatos, o pai matou o filho, matou a esposa... O bairro é violento, mas até as coisas acontecem lá fora [...] Propomos aos participantes que construíssem um fluxograma em que determinadas categorias, previamente escolhidas por nós, fossem ordenadas de acordo com seu grau de influência para as violências no ambiente escolar. A intenção era a de que eles discutissem e chegassem a um consenso em relação ao seu ordenamento. Abaixo o fluxograma montado pelas diretoras:

8 8 VIOLÊNCIAS NA ESCOLA 1. FAMÍLIA DESAGREGADA 2. ABORDAGENS SOBRE A VIOLÊCIA NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO & EXCLUSÃO SOCIAL 3. USO DE DROGAS LÍCITAS & DESRESPEITO À CRIANÇA 4. INDISCIPLINA & DESRESPEITO À ALTERIDADE 5. BULLYING & TRANSGRESSÃO ÀS LEIS & USO DE DROGAS ILÍCITAS 6. BONDES & TRÁFICO DE DROGAS & PICHAÇÃO 7. DESIGUALDADE SOCIAL & INVASÃO DA ESCOLA NOS FINAIS DE SEMANA 8. BAIXA ESCOLARIZAÇÃO DOS PAIS& DESRESPEITO À AUTORIDADE 9. DESINFORMAÇÃO & DESONESTIDADE & HOMOFOBIA 10. FALTA DE CONDIÇÕES ADEQUADAS DE HIGIENE & RACISMO 11. POBREZA & MACHISMO Ao construírem o esquema, foi possível identificar dois posicionamentos sobre o ordenamento das categorias. Desigualdade social não ficou entre os primeiros motivos por considerarem que no ambiente escolar a grande maioria está na mesma classe social. Já a questão das drogas ilícitas foi mais relacionada ao período noturno e ao EJA e seu uso não foi visto tanto como gerador de violências. A fim de sabermos o que pensavam os entrevistados sobre questões relativas ao estigma do suspeito, perguntamos a eles se há características que possam identificar aquele aluno/pessoa com potencial a desviar o comportamento. A agressividade e o linguajar foram as primeiras características relatadas. Logo em seguida, uma característica quase que inata foi apontada: a maldade. Tem algumas crianças que são maldosas. Tem algumas que brigam, mas tu faz uma intervenção e são do bem. Agora tem umas que são maldosas, elas fazem por maldade.

9 9 Coincidindo com o relatado por Guardas Municipais em outro estudo, a liderança negativa foi mais uma vez identificada. Tem um liderzinho ali, e os outros [...] é um líder negativo, mas não quer dizer que porque é líder que é ruim, né? Indo ao encontro do fluxograma em que a categoria família desagregada/desestruturada seria, a partir da perspectiva dos participantes, a gênese da violência, foi unânime a concordância com a seguinte afirmação: uma das principais explicações para a indisciplina escolar é a falta de educação em casa. até porque eles não tem parâmetro... A gente colocou aqui em cima a questão da família. A questão dos valores de berço, eles não tem... Pra eles isso ai é um valor normal. Por que tanto auê da escola? Tem uns que tomam pau o tempo inteiro em casa... O reflexo é da-lhe pau também. Segundo os participantes, na família desajustada os pais não impõe limites e não orientam ou não sabem como orientar seus filhos. Eles dizem assim pra nós: eu não sei mais o que fazer, eu não posso consigo com ele. Tem crianças de primeiro ano que mandam no pai e na mãe. Na nossa frente. Igualmente perguntamos se eles concordavam que os educadores e/ou diretores apresentavam práticas violentas na relação com os alunos. Os entrevistados acreditam que até pode haver alguns casos isolados, como em um exemplo relatado, mas não entendem que essa seja uma prática rotineira. No entanto, há o reconhecimento de que, em algumas situações, o modo como se comunicam com os alunos refletem uma prática agressiva. Quando a pessoa não consegue resolver e está pra se alterar, a gente conversa assim: Gurias, quando vocês estão sentindo que não vão dominar a situação, suspirem, retirem o elemento... evitem se alterar com eles pra não fugir do controle.

10 10 Foi unânime a opinião dos participantes no que se refere a sua posição em relação à seguinte afirmação: Os alunos de baixa renda apresentam mais casos de indisciplina na escola. Todos acreditam que a posição social não influencia a violência na escola. Considerando que colégio de rico também dá problema, os participantes apontam novamente a família desestruturada como principal motivo pela indisciplina. Pobre ou rico, se tem uma família ruim, desestruturada, vai dar problema. É o pai que não se preocupa, não está nem ai pro filho, é a mãe que não é presente. Não dá valor pela escola, principalmente. A respeito de outras características dos alunos, tais como sexo, cor, idade, que possam influenciar o comportamento violento, os participantes apontam que atualmente as meninas brigam tanto quanto os meninos. Os principais motivos para a ocorrência de brigas entre meninas, segundo os relatos, são disputas em torno do universo feminino: disputa por namorados, inveja e questões estéticas, tais como roupas, a cor e o tamanho dos cabelos. Quando perguntados sobre o chavão de que trabalho tem, só não trabalha quem não quer e, por isso, só é pobre quem quer, alguns participantes concordaram, mencionando que em muitos casos as pessoas se acomodam aos benefícios de programas governamentais, tais como o bolsa família. Por outro lado, outras condições estruturais foram reconhecidas, (desemprego e os baixos salários), de modo que a pessoa pode trabalhar e continuar pobre. Bloco 3 Relação professor- aluno Eles acreditam que o vínculo professor-aluno se dá quando o professor proporciona atividades diferentes, quando às vezes tira os alunos do ambiente de sala de aula. Além disso, alguns acreditam que com o passar do tempo se vai perdendo o contato com o aluno. Eles dizem que professores de determinadas disciplinas ou com funções de diretoria, por exemplo, tem dificuldade de se colocar ao lado do aluno, porque são vistos como chatos.

11 11 Durante a discussão propomos uma dinâmica chamada de identificação e distância social, na qual pedimos aos participantes para que listassem todos os atores envolvidos no cotidiano das escolas. Depois de obtida essa relação, perguntamos com quais desses atores os alunos tinham mais identificação. Segundo os participantes, as próprias diretoras e os vices apareceram em primeiro lugar. No entanto, foi relatado que as orientadoras pedagógicas também possuíam vínculos com os alunos. A orientadora tem bastante vínculo. Mas a minha porta vive cheia de gente, pode botar a diretora também. O modo como foi interpretada essa identificação dos alunos pelas diretoras está mais relacionado a uma identificação por confiança e procura para resolução de conflitos e menos a uma identificação por características pessoais, condições sociais e trajetórias que os aproximassem dos alunos. Se considerarmos esta última concepção de identificação, fica evidente nos relatos dos participantes sua aproximação aos funcionários da escola, principalmente cozinheiras e serventes. Por outro lado, segundo suas opiniões, a presidente do CPM foi identificada como aquele ator que menos teria a identificação dos alunos, principalmente por não estar tão presente no cotidiano escolar. Quanto à distância social (de classe, de cultura e distância econômica) que esses atores teriam em relação aos alunos, foi unânime o entendimento de que as professoras estariam mais distante socialmente dos alunos. Para justificar sua posição, citam exemplos de problemas simples que as professoras recorrem às diretoras para resolver, ao invés de compreender a natureza do conflito e conversar com os alunos em sala de aula. Também foi unânime a opinião de que as serventes e merendeiras tem a menor distância social em relação aos alunos. Eles adoram as cozinheiras e as serventes. Elas vivem aqui na realidade, elas são da comunidade [ ] elas estão lá desde que a escola existe, elas são vizinhas da escola, então elas conhecem até as famílias dos alunos. Elas sabem a história, antes deles nascer, inclusive.

12 12 Quando perguntados se existe algum tipo de professor que se identifica mais com os alunos, seja pela matéria que leciona, seja pelas características pessoais do professor, os participantes identificaram os professores de educação física especialmente pelas atividades de aula serem mais prazerosas aos alunos e os professores das séries iniciais, em virtude de serem a primeira referência no contato inicial com a escola. No entanto, após um debate, os participantes concluem que depende muito das características pessoais do professor, e que não há uma regra para isso. Bloco 3 Como solucionam os conflitos? As soluções dos conflitos no ambiente escolar se dão de diversas formas, dependendo de sua gravidade ou circunscrição se dentro ou fora da escola. Relacionamos alguns problemas enfrentados no cotidiano escolar e pedimos aos participantes que nos relatassem como agiriam frente a esses problemas. O primeiro problema apresentado foi: aluno agredindo fisicamente outro aluno. Frente a este problema a maior parte dos diretores relataram que a ação depende da gravidade da agressão: nos casos menos graves resolve-se conversando com os alunos e nos casos mais graves principalmente se há ferimentos - chama-se os pais. Em outra escola, segundo a diretora, para os alunos mais velhos, os maiozinhos, a regra básica da escola é chamar os pais sempre que ocorrem agressões físicas. Outro fator para se chamar os pais é a freqüência com que as agressões ocorrem. Tem alguns alunos que se desentendem pela primeira vez, assim, tu acaba vendo que foi por alguma bobagem, tu dá uma oportunidade, vai conversar, vai registrar no caderninho da turma, que não é tão grave pra eles... A gente sempre diz assim: tem que ter crédito de novo na praça. Porque ai ele vai todo dia, toda hora na orientação, supervisora, e aí dá a questão de ele bater no outro ai já é o estopim final. Ai a gente tem que tomar esse tipo de atitude. A gente diz: tu tem que começar a criar crédito de novo com a gente aqui pra depois a gente tomar outro tipo de atitude, sem chamar teu pai e tua mãe. O segundo problema apresentado foi: aluno batendo num professor (a). Segundo os participantes essa situação não havia ocorrido em nenhuma escola. Caso ocorressem, as medidas tomadas seriam o registro de um Boletim de Ocorrência na

13 13 Brigada Militar e a denúncia ao Conselho Tutelar. Outros problemas apresentados foram: menina com medo de sair porque o namorado a está ameaçando e Aluno fumando maconha no banheiro da escola. Frente a estes problemas as diretoras buscam a solução através de conversas com os pais. Outro problema apresentado foi: problema de bonde na frente da escola. Frente a este problema as diretoras chamam a GM para dar uma abafada ou mesmo a Brigada Militar. Frente ao problema: aluno roubou dentro da escola os diretores se utilizam do que chamam efeito psicologia, pressionando para que o material roubado apareça, mesmo que os culpados não assumam. Outro participante relata que frente a essa situação a orientação é revistar os alunos. Segundo este, o pai que não quiser que o material do seu filho seja revistado tem que deixar expresso na ficha de matrícula. Quando ficam sabendo de algo mais sério através de outros alunos, como, por exemplo, um aluno portando arma, eles averiguam, chamam a família, a CIPAVE, a Ronda, para buscar juntos, resolver esses assuntos. O Conselho Tutelar e o Ministério Público também apareceram na fala deles. Eles dizem já ter recorrido ao Ministério Público, fazendo ocorrências policiais, para os alunos perceberem que dá alguma coisa. O mais impressionante é que o motivo relatado para terem ido ao Ministério Púbico se deve ao fato do sentimento de insegurança ter aumentado, não necessariamente casos concretos de violência dentro da escola foram mencionados, como se a violência externa estivesse chegando e atingindo os alunos e, por isso, eles precisassem tomar atitudes para impressionar os alunos de alguma maneira. Quando a agressão física fora da escola começou a aumentar e a vir para dentro da escola, aí a gente já precisou relatar casos para Conselho Tutelar, Secretaria de Educação e até visitar o Ministério Público. A Ronda Escolar só é chamada por eles quando a bomba vai estourar ou já estourou, mas em geral, quando o problema está fora da escola. Problemas menores eles buscam resolver com o diálogo, só que dizem que esses diálogos ocupam boa parte do tempo deles, ora os alunos com os ti-ti-tis, ora os professores buscando solução para questões conflituosas que surgem. Para eles, inclusive, os professores poderiam resolver muitos problemas em sala de aula.

14 14 A Brigada Militar não é bem vista na resolução de conflitos dentro da escola e, fica claro, que eles acham que chamar essa instituição é um atestado de incompetência do diretor. A criatura pode ter feito o que fez, mas se eu tive que chamar a BM é porque os meus argumentos ainda não... Bloco 4 Avaliação da Ronda Escolar A Ronda Escolar, segunda eles, passa pelo menos duas vezes por semana na escola, ora nos recreios, ora nas entradas e saída. Alguns disseram que a Ronda passa mais de 3 vezes ou até mesmo todos os dias nas escolas. Eles encontram facilidade na comunicação com a Ronda Escolar e estão satisfeitos com o tempo de chegada da Ronda quando solicitada por eles. O tempo percebido por eles de atuação da Ronda nas escolas é em média de 10 a 15 minutos. Por estar no início, a Ronda Escolar teve uma boa avaliação, ou melhor, está dentro do esperado. Contudo, os diretores acreditam que a identidade da Ronda precisa estar mais clara para a comunidade escolar. Eu acho que fazendo um trabalho junto com os professores e os alunos, atuando lá, fazendo alguma digamos atuação assim não só de ver questão de briga, entendeu? Outra coisa: um teatro, já teve, tem um teatro da ronda... de bonecos. Tem palestras para serem feitas. Trabalhar junto, junto com a equipe. Por outro lado, a proximidade da Ronda com os alunos é vista de modo paradoxal, visto que, em suas opiniões, isso faria com que as diretoras não tivessem para quem recorrer em casos mais sérios, já que valorizam certa hierarquia de força, porque enxergam que o respeito se constitui assim; ao mesmo tempo, não querem ter que recorrer a Brigada Militar nesses casos. Para grande parte dos participantes, ainda parece confuso o trabalho que a Ronda Escolar vem desempenhando nas escolas. Eles querem uma guarda pró-ativa, junto com eles na escola, mediando conflitos, mas chegam a citar situações que os guardas se recusaram a fazer isso.

15 15 Bem no início teve um problema com um aluno que veio contar que o outro tava ameaçando e era um dia que a Ronda Escolar estava lá e aí eu falei com um dos guarda olha a gente ta com uma situação assim, tão dizendo que vão bater, será que dava para vocês conversarem juntos (a guarda municipal e nós)? O guarda disse para mim que achava melhor que não, porque depois as famílias podiam achar que eles tavam coagindo...eles iam chegar em casa e iam dizer que o guarda conversou comigo ou então vão achar que os outros foram dedo-duro e entregaram. Então é melhor a gente não conversar, a gente fica por aqui hoje no recreio. Aí eu pensei - a guarda não vai se envolver direto com o aluno, embora o discurso antes disso tenha sido a gente vai vir, vai entrar, vai ficar por aqui, vai fazer palestra, vai conversar com os alunos. Mas quando eu pedi pareceu-me assim que foi um passo para trás. No entanto, esta mesma diretora disse que em outro momento os guardas da Ronda vieram lhe pedir para conversar com alunos na sua escola, porque eles estavam envolvidos em problemas com alunos de outra escola, o que de certa forma, foi surpreendente para ela, ao mesmo lhe confundiu sobre a filosofia da guarda. Aí depois, outro guarda, outra situação, veio me dizer que na saída da escola Nelson Paim Terra, teve um problema com alunos e eles descobriram que tinham alunos nossos no meio e que eles gostariam de ir na nossa escola e identificar quem eram e conversar com estes alunos [...] Aí eu fui perguntar para eles vocês identificaram os alunos, já querem chamar, já sabem quem são? Não, a gente já conversou, a gente ficou no recreio, a gente aconselhou, eles explicaram como é que foi...e resolveram a situação. Agora me parece bem mais próximo... No entanto, o papel da guarda de auxiliar em problemas que ocorrem na rua parece unânime entre eles. E nas situações que a gente sabe que vai dar briga e chamou, eles sempre foram e sempre auxiliaram. Porque só ter as viaturas ali, ter os guardas ali na rua, já impõem respeito. Quando questionados se é essa contribuição da ronda que eles esperam, ou seja, uma guarda ostensiva na rua, eles dizem que não querem somente isso querem também o guarda dentro da escola, porque isso facilitaria o trabalho deles também. Eu queria saber, eu queria ouvir deles isso aí...eles são mediadores de conflitos, isso a gente também é, a gente só não tem a farda. Hoje em dia, infelizmente, eu não sei se eu concordo com o que eu mesma vou dizer, mas com drogas, com armas, tem que ter essa postura também (ostensiva) E fizeram a seguinte pergunta: até que ponto eles podem ir?.

16 16 Bloco 5 As diferenças na resolução dos conflitos pelas diretoras e pela Guarda Municipal. Os Diretores acreditam que o respeito dos alunos com a GM é ainda maior do que têm por eles. Além disso, a resolução de conflitos extramuros é uma ceara que eles não conseguem se envolver, mesmo envolvendo alunos deles, mesmo sabendo que vai dar briga na saída, eles não teriam possibilidades de sair como cão de guarda dos alunos. Aí eles me disseram não, professora, sabe que os guardinhas ficaram rondando a gente, até bem pertinho de casa, até achei que eles fossem falar com a minha mãe. Aí a briga acabou por medo. Na resolução de conflitos dentro da escola, feito pelas diretoras e professoras, foi relatado que, muitas vezes, as diretoras precisam entender e relativizar a situação de alguns alunos mais velhos que estudam, especialmente, à noite. Esses alunos às vezes chegam drogados ou até trazem drogas para dentro da escola e, ao invés de se serem punidos ou elas registrarem uma ocorrência policial, optam pelo diálogo e apostam na readaptação desses alunos. Papel importante exercido por elas, especialmente numa sociedade que tende a ser cada vez mais punitiva. Tem um menino lá que chega de noite e nem ele mesmo consegue se manter sozinho... aí ele chega e diz: professora, hoje não dá...quero ir embora...e a gente manda embora. [...] Se tu vais ficar aqui, tu tens que assistir aula, tu não pode trazer droga pra escola, isso aqui não é um shopping, como é que tu vai trazer droga pra dentro da escola? Não dá. Aí chama a mãe, xinga, conversa, no outro dia tu diz eu vou te dar mais uma chance, se tu estudar tu vai poder ter um futuro melhor, tu vai ter uma chance de sair dessa vida que tu estás tendo...só que daí eles pensam: o tráfico que pode me dar um monte de dinheiro hoje ou o estudo que vai me dar um futuro daqui um tempo...eles mesmos fazem a seleção natural. A resolução dos conflitos com os alunos mais velhos que apresentam casos de indisciplina também não são se dá de modo punitivo preferencialmente, visto que as diretoras não teriam a família do aluno para poderem recorrer e nos pareceu que elas também preferem não optar pela repressão, tolerando certos tipos de violência.

17 17 Essa semana foi muito engraçada, eu tive duas alunas que se pegaram por causa do marido da outra... só sei que veio para dentro da escola e se engalfinharam lá...aí o professor, obviamente, homem, separou...bom, são maiores de idade, 30 anos, se resolvem e vão para casa. Bloco 6 Sobre as CIPAVEs e a prevenção As CIPAVES, apesar de a atuação aparecer em algumas escolas, dos entrevistados no grupo focal, e do I Fórum de Prevenção à Violência Escolar, que mobilizou 19 escolas municipais, ainda não é do conhecimento de todos. Alguns dizem que estão na fila de espera para marcar reuniões ou para iniciar as ações de prevenção junto à CIPAVES. Ao encerrar o grupo focal pedimos aos participantes para que sugerissem algumas ações e valores que, segundo sua opinião, são importantes para a prevenção das violências nas escolas. As ações sugeridas foram: diálogo, tempo, paciência, respeito ao outro, alguém que os ouça e informação.

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