UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS - PB CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA MONOGRAFIA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS - PB CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA MONOGRAFIA SEMIOLOGIA DOS EQUÍDEOS ACOMETIDOS POR ENFERMIDADES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR NO SEMIÁRIDO PARAIBANO CONSIDERAÇÕES GERAIS ARTHUR GOMES 2017

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS - PB CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA MONOGRAFIA Semiologia dos equídeos acometidos por enfermidades do trato respiratório inferior no semiárido paraibano considerações gerais Arthur Gomes Graduando Prof. Dr. Eldinê Gomes de Miranda Neto Orientador Dezembro de 2017

3 FICHA CATALOGRÁFICA FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSRT DA UFCG M672s Gomes, Arthur Semiologia dos equídeos acometidos por enfermidades do trato respiratório inferior no semiárido paraibano: considerações gerais / Arthur Gomes. Patos, f. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina Veterinária) Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Orientação: Prof. Dr. Eldinê Gomes de Miranda Neto. Referências. 1. Tosse. 2. Secreção. 3. Desempenho. I. Título. CDU 619:636.1

4 4 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS PB CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA ARTHUR GOMES Graduando Monografia submetida ao Curso de Medicina Veterinária como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário. ENTREGUE EM.../.../... MÉDIA: BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Eldinê Gomes de Miranda Neto Orientador Nota Méd. Vet. MSc. Josemar Marinho de Medeiros Examinador I Nota Prof. MSc. Thiago Arcoverde Maciel Examinador II Nota

5 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS PB CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA ARTHUR GOMES Graduando Monografia submetida ao Curso de Medicina Veterinária como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário. APROVADO EM.../.../... EXAMINADORES: Prof. Dr. Eldinê Gomes de Miranda Neto Orientador Méd. Vet. MSc. Josemar Marinho de Medeiros Examinador I Prof. MSc. Thiago Arcoverde Maciel Examinador II

6 RESUMO GOMES, ARTHUR. Semiologia dos equídeos acometidos por enfermidades do trato respiratório inferior no semiárido paraibano considerações gerais. Patos, UFCG. 2017, 32p (Trabalho de conclusão de curso de Medicina Veterinária, Clínica Veterinária) Os equinos podem ser acometidos por diversas enfermidades no trato respiratório, quando isso acontece, surgirão sinais clínicos, levando a uma redução em seu desempenho, necessitando de diagnóstico para que seja instituído um tratamento, com propósito de cura para haver retorno a suas atividades normais e resguardar a vida do animal. O sistema respiratório desempenha importantes funções como troca gasosa, que consiste na oxigenação sanguínea e eliminação de gás carbônico, como também, manutenção do equilíbrio ácidobase, metabolização e excreção de substâncias e termorregulação. Com isso, o desempenho dos equinos atletas fica condicionado ao bom funcionamento do trato respiratório. Este trabalho objetivou enfatizar as técnicas semiológicas empregadas na clínica médica dos equídeos que são acometidos por enfermidades do trato respiratório inferior, como também a etiologia e os principais sinais clínicos. Os principais meios de diagnóstico empregados na clínica médica equina são a semiologia, principalmente, através da auscultação e percussão, endoscopia, lavado broncoalveolar que permite a realização de cultura bacteriológica, citologia, antibiograma da amostra obtida, radiografias e ultrassonografias. As enfermidades abordadas no trabalho foram Hemorragia pulmonar induzida por esforço, Doença pulmonar obstrutiva crônica, Doença inflamatória das vias aéreas, Pneumonia, Broncopneumonia, Pleuropneumonia. Quando as enfermidades são diagnosticadas de forma rápida e eficiente, um tratamento mais específico e eficaz poderá ser instituído com propósito da cura dos equídeos para que possam voltar de forma mais rápida a desempenharem as suas atividades normais. Palavras-chave: tosse, secreção, desempenho.

7 ABSTRACT GOMES, ARTHUR. Semiology of equines affected by diseases of the lower respiratory tract without semiarid paraiban general considerations. Patos, UFCG. 2017, 32p (Work of conclusion of course of Veterinary Medicine, Veterinary Clinic) Horses can be affected by several diseases in the respiratory tract, when it happens, clinical signs will appear, leading to a reduction in its performance, requiring diagnosis for a treatment to be instituted, with purpose of cure to return to their normal activities and protect the life of the animal. The respiratory system plays important roles such as gas exchange, which consists of blood oxygenation and elimination of carbon dioxide, as also, maintaining the acid-base balance, metabolism and excretion of substances and thermoregulation. Thereby, the performance of the equine athletes is conditioned by the proper functioning of the respiratory tract. This work aimed to emphasize the semiological techniques employed in the medical clinic of equidae that are affected by diseases of the lower respiratory tract, as well as the etiology and the main clinical signs. The main means of diagnosis employed in equine medical practice are semiology, mainly, through auscultation and percussion, endoscopy, bronchoalveolar lavage that allows bacteriological culture, cytology, antibiogram of the sample obtained, radiography and ultrasonography. The diseases addressed in the study were effort-induced pulmonary hemorrhage, Chronic obstructive pulmonary disease, Inflammatory disease of the airways, Pneumonia, Bronchopneumonia, Pleuropneumonia. When diseases are diagnosed quickly and efficiently, a more specific and effective treatment may be instituted for the purpose of curing equidae so that they can return more quickly to performing their normal activities. Keywords: cough, secretion, performance.

8 SUMÁRIO RESUMO... 6 ABSTRACT... 7 LISTA DE FIGURAS INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA O sistema respiratório Semiologia do sistema respiratório Principais afecções Hemorragia pulmonar induzida por esforço HPIE Doença pulmonar obstrutiva crônica - DPOC Doença inflamatória das vias aéreas DIVA Pneumonia/ Broncopneumonia/ Pleuropneumonia Bacteriana Rodococose em potros (Rhodococcus equi) Fúngica Virais Parasitárias Dictiocaulose (Dictyocaulus arnfieldi) CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 28

9 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Anatomia topográfica do sistema respiratório dos equinos Figura 2: Anatomia topográfica do pulmão dos equinos Figura 3: Técnica semiológica de percussão com martelo e plexímetro Figura 4: Técnica semiológica de palpação do toráx Figura 5: Técnica semiológica que utiliza saco plástico para exacerbar sons para ausculta Figura 6: Técnica semiológica de ausculta pulmonar... 20

10 10 1 INTRODUÇÃO Os equinos são fisiologicamente atletas, quando acometidos por doenças no seu sistema respiratório irão apresentar redução em sua performance atlética, com isso, prejuízos incalculáveis irão surgir, sejam eles a curto, médio ou longo prazo, pois altas quantias são investidas desde o nascimento até que seja atingida a idade adulta, e seu futuro reprodutivo está diretamente ligado ao seu desempenho atlético, uma vez que, animais com alta performance serão escolhidos para difundir sua genética como garanhões e matrizes, e também, com seu alto desempenho irão ser comercializados por altas somas. Existem inúmeras enfermidades diagnosticadas no trato respiratório inferior dos equinos e durante esse trabalho de revisão de literatura serão abordas as que apresentam maior importância clínica e principalmente vem sendo diagnósticas na rotina clínica do semiárido paraibano, e são elas: hemorragia pulmonar induzida por esforço, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença inflamatória das vias aéreas, pneumonia/broncopneumonia/pleuropneumonia (bacteriana - rodococose em potros; fúngica; virais; parasitárias dictiocaulose). Quando o diagnóstico destas enfermidades é realizado de forma rápida e precisa, poderá ser iniciado o tratamento correto de forma precoce e contribuir para uma melhor e mais rápida recuperação, fazendo com que o animal acometido volte a desempenhar suas atividades. Atualmente os principais meios de diagnóstico empregados na clínica médica equina são: a semiologia através da ausculta e percussão, endoscopia, lavados broncoalveolar (que a partir deles serão realizadas culturas bacteriológicas, citologia, antibiograma), radiografias e ultrassonografias. Este trabalho teve por objetivo descrever as principais afecções do sistema respiratório em equinos, enfatizando a etiologia e os sinais clinicos, apresentando também os principais métodos de diagnóstico, para que haja um melhor entendimento de cada afecção.

11 11 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 O sistema respiratório O sistema respiratório desempenha várias funções dentro do organismo, sendo a principal delas a troca gasosa, que consiste na oxigenação sanguínea e eliminação de gás carbônico, esse processo é chamado de hematose. Outras funções são de manutenção do equilíbrio do ácido-base, metabolização e excreção de substâncias e termorregulação (FEITOSA, 2004). O sistema respiratório apresenta mecanismo de defesa próprio para o combate de partículas inaladas. Os principais mecanismos são o de reflexo da tosse ou do espirro, a presença de cílios, muco, macrófagos alveolares e a própria respiração através da expiração (FEITOSA, 2004). O sistema respiratório (Figura 1) divide-se em trato respiratório superior e inferior; trato respiratório superior compreende o nariz, cavidade nasal, conchas nasais (dorsal, médio e ventral), meato nasais (dorsal, médio e ventral), seios paranasais (maxilar, frontal, palatino, esfenoidal e da concha dorsal) e nasofaringe e o inferior compreende a laringe e suas cartilagens (epiglótica, tireóidea, aritenóidea e cricóiedea), traquéia e pulmão (KÖNIG, 2011).. Figura 1: Anatomia topográfica do sistema respiratório dos equinos Fonte: Casasnovas, Ayuda e Abenia (2014).

12 12 Outra divisão aceita para o trato respiratório, leva em consideração a função desempenhada por cada segmento, sendo assim divido em porção condutora e em porção respiratória. Junqueira e Carneiro (1999) determinaram que a porção condutora compreende do nariz aos bronquíolos terminais e a porção respiratória dos bronquíolos respiratórios até os alvéolos pulmonares. Os pulmões são órgãos pares (Figura 2), dividido em direito e esquerdo, e que está situado na cavidade torácica revestida pela pleura; sua coloração é rosa claro. O pulmão está dividido em lobos, sendo lobos cranial, caudal e acessório, no pulmão direito e lobo cranial e caudal, no pulmão esquerdo (GETTY, 1986). Figura 2: Anatomia topográfica do pulmão dos equinos Fonte: Schwarze e Schröder (1970). Dyce (2004) descreve que o parênquima pulmonar é composto pelo brônquio principal direito e esquerdo (que surgem na bifurcação da traquéia), vasos pulmonares e tecido conjuntivo. Os brônquios principais dividem-se em brônquios lobares, que se dividem em brônquios segmentares, que diminuem o seu tamanho passando a serem chamados de bronquíolos que são divididos em primários, secundários, terminais e respiratórios. Dos bronquíolos respiratórios surgem ductos que irão desembocar em sacos alveolares, que contém os alvéolos envolvidos pelos capilares sanguíneos (GETTY, 1986; KÖNIG, 2011). Externamente o pulmão está delimitado de acordo com Feitosa (2004) da seguinte maneira: o limite anterior se inicia na musculatura da escápula, o superior na musculatura dorsal e o posterior ao se observar o cruzamento de linhas que passam, imaginariamente, nos espaços intercostais (EIC) com linhas imaginárias e horizontais, que passam sobre a

13 13 tuberosidade ilíaca (linha ilíaca no 17 EIC), tuberosidade isquiática (linha isquiática, no 14 EIC) e na articulação escapulo-umeral (também chamada de linha do encontro, localizada entre 8 e 10 EIC). 2.2 Semiologia do sistema respiratório As doenças sejam de qualquer sistema, são caracterizados por sinais clínicos. As principais manifestações clínicas em afecções do sistema respiratório são as presenças de sons anormais, redução da capacidade ou tolerância ao exercício, febre, corrimento nasal, epistaxe. Os equinos ao apresentarem dificuldade respiratória tendem a estender a cabeça e pescoço com objetivo de diminuir a resistência para que ocorra o transporte de ar (SPEIRS, 1999). O primeiro passo a ser tomado, é a identificação do sistema afetado. Algumas afecções, se realizado o exame clínico de forma correta, com a utilização das técnicas adequadas e que possam abrangir todas as possíveis enfermidades, reduz-se ao máximo à utilização de meios diagnósticos complementares para a obtenção do diagnóstico, sendo necessário o exame complementar com o intuito de realizar diagnósticos diferenciais ou com o objetivo de instituir um tratamento mais eficaz. (SPEIRS, 1999; FEITOSA, 2004). De acordo com Speirs (1999) e Feitosa (2004) o exame clínico deve ser realizado com o animal em repouso e devem ser considerados: o histórico, que o clínico irá obter através da anamnese, onde o máximo de informações obtidas, tais como a queixa clínica, a alimentação, informações de quando e como começou a queixa clínica, a evolução, se apenas aquele animal está sendo afetado ou outros do rebanho e se há outros (quantos), deve-se também buscar informações de histórico sanitário do animal e do rebanho, os tratamentos realizados, a forma como o animal respira, se tem tosse e em qual frequência, se há presença de corrimento nasal e qual sua forma e quantidade, e também informações do ambiente onde o animal vive. Casasnovas, Ayuda e Abenia (2014) descrevem que durante a anamnese devem ser levados em consideração: idade e raça do animal (existência de defeitos congênitos e as enfermidades que são características por idade), sistema de criação (intensivo, semi-intensivo e extensivo), programas de vacinação e vermifugação e a observação de enfermidades prévias. Feitosa (2004) relata que durante e após a anamnese, deve se realizar a inspeção, que consiste em observar/olhar o animal como um todo, sendo a inspeção direcionada ao sistema respiratório.

14 14 O intuito principal da inspeção é observar a quantidade de movimentos respiratórios por minuto, o tipo de respiração, o ritmo da respiração e as alterações de volume e forma do tórax (FEITOSA, 20004; CASASNOVAS; AYUDA E ABENIA, 2014). Speirs (1999) relata que a frequência respiratória de equinos adultos varia entre 18 a 20 movimentos respiratórios por minuto, sendo que em potro a frequência normal oscila de 20 a 40 movimentos respiratórios por minuto na primeira semana de vida e vai de 60 a 80 movimentos respiratórios por minuto em até uma hora pós-parto. Durante a inspeção as alterações da frequência respiratória que podem ser notadas são: taquipnéia (aumento da frequência respiratória), bradipnéia (diminuição da frequência respiratória) e a apnéia (ausência total de respiração) (FEITOSA, 2004). Fisiologicamente o tipo da respiração é costo-abdominal, no entanto, quando acometidos por alguma enfermidade podem ser manifestados os padrões costal e abdominal (FEITOSA, 2004). A respiração abdominal ocorre em processos dolorosos da cavidade torácica, que resultam em uma redução do movimento de tórax e aumento do movimento abdominal, para que haja o transporte de ar de forma eficiente; já o inverso ocorre em respiração costal, em processos dolorosos da cavidade abdominal, que irão acarretar em uma diminuição dos movimentos abdominais e aumento de movimentação torácica para que possa acontecer a passagem do ar para todo o sistema respiratório. Quando ocorrem movimentos excessivos de abdômen e diafragma, o ânus movimenta-se para crânio-caudalmente (SPEIRS, 1999). O ritmo normal da respiração de um equino é caracterizado por uma inspiração seguido de uma pequena pausa, posteriormente uma expiração e uma pausa maior. O ritmo pode ser caracterizado como normal ou eupnéia e dificultosa ou dispnéia. A dispnéia pode ser do tipo inspiratória, expiratória ou mista (FEITOSA, 2004). Speirs (1999) define que os corrimentos oriundos do sistema respiratório podem ser classificados como: seroso, de aspecto fino e transparente, purulento de aparência viscosa, opaca e amarelada e sanguinolento, sendo possível a união de dois ou mais tipos de corrimento nasal com quantidade variável a depender da extensão e gravidade da lesão.. O odor é variável, indo desde a ausência de cheiro até putrefação, que pode indicar necrose e a presença de bactérias anaeróbicas (SPEIRS, 1999; FEITOSA, 2004). A percussão (Figura 3) deve ser realizada com martelo e plexímetro (forma indireta), com os dedos ou com martelo (forma direta), onde são deferidos de 2 a 4 golpes sequenciados em cada espaço intercostal, em sentido cranial para caudal e dorso para ventral, sempre realizando a comparação entre os dois lados do tórax, objetivando a obtenção de um som que

15 15 pode ser alterado fisiologicamente devido a espessura da parede costal, onde em animais mais magros, irão apresentar sonoridade aumentada (hipersonora) e em animais obesos, sonoridade reduzida ou abafada; estas alterações causadas por expessura de parede devem ser conhecidos pelo médico veterinário. O som produzido fisiologicamente centralmente é claro, caudalmente timpânico e ventralmente sub-maciço (SPEIRS, 1999; CASASNOVAS; AYUDA E ABENIA, 2014). As alterações devem se localizar bem próxima a área percutida, pois a penetração dos estímulos percutidos tem alcance de quatro a sete centímetros no pulmão. A percussão deve ser realizada em sentido dorsoventral e craniocaudal, em toda a área torácica, (FEITOSA, 2004). Feitosa (2004) descreve que os sons patológicos diagnosticados são o de ampliação da área de percussão onde o som claro passa para timpânico, o som metálico indicando presença de gás em execesso, o som maciço ou sub-maciço indicando área de condensação, a linha de percussão horizontal quando há mudança do som claro para sub-maciço ou maciço em linha reta que indica presença de líquidos. Figura 3: Técnica semiológica de percussão com martelo e plexímetro Fonte: Casasnovas, Ayuda e Abenia (2014). A palpação deve ser realizada com a mão espalmada e com as pontas dos dedos apoiadas nos espaços intercostais com gradativa pressão dos dedos, sempre observando as reações do animal (Figura 4). Durante a palpação podem ser notadas alterações superficiais

16 como fraturas ou fissuras em costelas e também os sinais clássicos da inflamação (dor, calor, rubor) (SPEIRS, 1999; FEITOSA, 2004; CASASNOVAS; AYUDA E ABENIA, 2014). 16 Figura 4: Técnica semiológica de palpação do tórax Fonte: Casasnovas, Ayuda e Abenia (2014). Feitosa (2004), Casasnovas, Ayuda e Abenia (2014) afirmam que a ausculta é o melhor método para diagnóstico das enfermidades pulmonares, devendo ser realizada de forma ordenada, simétrica e comparativa, em um ambiente silencioso, com pelo menos de 4 a 5 movimentos respiratórios auscultados em cada ponto, no sentido cranial para caudal e de dorsal para ventral. Caso haja dificuldade para a auscultação, pode ser utilizado um saco plástico (Figura 5) para que o equino se esforce mais em respirar, fazendo com que respire de forma mais profunda, intensificando os sons (CASASNOVAS; AYUDA E ABENIA. 2014). Speirs (1999) aponta que ainda com o intuito de estímulo da respiração com saco plástico, podem ser utilizados estimulantes respiratórios (hidrocloreto de doxapram, hidrocloreto de lobelina) e obstrução manual das narinas, com intuito de estimular movimentos respiratórios. Feitosa (2004) expressa que os ruídos podem estar aumentados ou diminuídos fisiologicamente; aumentados em animais de tórax delgado, com frequência respiratória elevada e diminuída em animais de tórax espesso ou com frequência respiratória diminuída.

17 17 Figura 5: Técnica semiológica que utiliza saco plástico para exacerbar sons para ausculta Fonte: Casasnovas, Ayuda e Abenia (2014). Feitosa (2004) descreve que os sons auscultados fisiologicamente são os ruídos traqueobrônquicos e o bronco-bronquiolar, sendo os traqueobrônquicos produzidos pela passagem do ar pelos grandes brônquios e porção final da traquéia, auscultado na parte cranial do tórax, ocorrendo tanto na inspiração como na expiração, já o bronco-bronquiolar produzido pela vibração das paredes de brônquios menores e bronquíolos, podem ser ouvidos nos terços caudais do tórax quando ocorre a inspiração. Os ruídos que diferem dos fisiologicos são de crepitação grossa, onde há a presença de líquido no interior de brônquios em quantidade exagerada, o som produzido assemelha-se ao estourar de bolhas, já o ruído de crepitação fina lembra o roçar de cabelos, próximo à orelha, ou ao estourar pequenas bolhas, o sibilo é considerado uma manifestação sonora aguda, de alta intensidade, lembrando um assobio, o ronco é um ruído grave, de alta intensidade, o roce pleural é um ruído provocado pelo atrito das pleuras visceral e parietal o sopro, roce ou ruído cardio-pleural é um ruído rude, semelhante ao raspar de duas superfícies ásperas, que é auscultado durante a inspiração e coincide com a movimentação cardíaca, sopro ou ruído cardio-pulmonar é um ruído suave, de baixa intensidade, semelhante ao soprar com os lábios apertados, existindo ainda, ruídos do tipo acessório, que são aqueles que perturbam a auscultação, que são os de contrações dos músculos cutâneos, crepitações dos pelos, ruídos de deglutição, ruídos gastro-entéricos e mugidos (SPEIRS, 1999; FEITOSA 2004).

18 18 Figura 6: Técnica semiológica de ausculta pulmonar. Fonte: Casasnovas, Ayuda e Abenia (2014). 2.3 Principais afecções Hemorragia pulmonar induzida por esforço HPIE Conhecida também como síndrome do cavalo sangrador (SMITH, 1993), de caráter cosmopolita, que se observa em aproximadamente 80% dos equinos atletas em graus variados sendo muitos deles assintomáticos e com número de óbitos baixo (DA NOVA, 2000; RADOSTITS et al., 2002). Costa (2004) afirma que o acometimento de equinos por HPIE aumenta com a idade. Radostits et al.(2002) e Thomassian (2005) apontam que é um acometimento raro em pôneis, e que já foi relatado em camelos e cães de corrida. Hinchcliff (2000) cita em sua obra que a HPIE ocorre comumente nos cavalos de esporte, e é uma consequência de exercícios intensos. Não há predileção por sexo, mas a maior incidência de animais acometidos por HPIE são de machos castrados, seguido de fêmeas e por fim os machos inteiros (OTAKA et al., 2014). A patogênese ainda é muito discutida, mas acredita-se que fatores estressantes antes de corridas, inflamações nas vias áreas superiores e/ou inferiores, fatores ambientais (temperatura, umidade do ar, variações de pressão atmosférica), alterações na hemostasia ou alterações sistêmicas que possam modificar a viscosidade sanguínea e a forma das hemácias

19 19 podem desencadear HPIE (ERICKSON, 2002; RADOSTITS et al. 2002; FEITOSA, 2004; BACCARIN, 2005; THOMASSIAN, 2005). Erickson (2000) e Costa (2004) descrevem que são inúmeras as causas e mecanismos que podem desencadear a HPIE, mas não explicam a causa fundamental e dentre elas estão: hiperviscosidade sanguínea após o exercício, impactos nos lobos pulmonares causados por movimentos extremos do aparelho locomotor, hipertensão pulmonar, inflamações nos pulmões e obstruções das vias aéreas. De acordo com Radostits et al. (2002) e Espinoza (2005) para que ocorra o extravasamento de sangue dos vasos, durante atividade física intensa um aumento de pressão a ponto de exceder a resistência dos vasos deve ocorrer. Segundo Thomassian (2005) para que o animal venha desenvolver HPIE sua performance deve se aproximar dos 14 metros por segundo, já Baccarin (2005) afirma que acima de 7 metros por segundo, o animal pode apresentar a HPIE sendo que alguma alteração prévia nos pulmões podem facilitar o surgimento da enfermidade, como a idade, pois acomete em sua grande maioria animais mais velhos. Segundo Doucet e Viel (2002) afirmam que HPIE é caracterizada pela presença de sangue no segmento traqueobrônquico e Costa et al. (2003) o complementa afirmando que HPIE é caracterizada pela presença de sangue livre e oriundo dos pulmões após atividade física intensa, sangue este que pode ser observado por aparelho de endoscópio ou sangramento nasal (epistaxe). Costa (2004) aponta que HPIE não apresenta sinais prévios, e cada indivíduo apresenta uma sintomatologia inicial diferenciada, bem como variação quanto às respostas individuais frente a cada episódio de HPIE, principalmente em relação à performance. Radostits et al.(2002), Baccarin (2005) relatam que sinais clínicos são redução súbita ou parada da performance durante a prova, tosse, deglutição aumentada, respiração dificultosa e anormal e epistaxe. A epistaxe pode ser observada logo após o término da prova ou depois de alguns minutos/horas quando é permitido que o animal baixe a sua cabeça podendo ocorrer bilateralmente, mas nem todos os animais irão apresentar esse sangramento, onde muitas vezes será notado apenas no exame de endoscópio ou aspirado traqueobrônquico. O diagnóstico é baseado na anamnese, sinais clínicos, endoscopia, aspirado traqueobrônquico e lavado broncoalveolar (RADOSTITS et al., 2002). Oseliero e Piotto Junior (2003), Costa (2004), Baccarin (2005) e Thomassian (2005) descrevem que através do aparelho de endoscópio deve ser feito uma avaliação rigorosa das vias aérea superior e inferior observando a presença ou não do sangue. O exame deve ser

20 20 realizado num período de 30 a 90 minutos após o exercício e caso seja encontrado sangue ou coágulo, avalia-se a quantidade e faz a sua classificação numa escala de 0 a 5, onde: grau 0 indica que não há sangue visível; grau 1 são notados traços de sangue e/ou coágulos no terço final da traquéia; grau 2 são observados filetes de sangue e/ou coágulos e na traquéia e brônquios; grau 3 a quantidade de sangue superior ao grau 2, mas não ocorre a formação de poças na traquéia e brônquios; grau 4 é evidenciado grandes quantidades de sangue na traquéia, laringe e faringe; e grau 5 ocorre de maneira similar ao grau 4 com presença de epistaxe. As coletas para aspirado traqueobrônquico e lavado broncoalveolar podem ser realizados durante o exame do endoscópico e neles podem ser encontrados eritrócitos, hemosiderófagos intra-alveolares (habitualmente são macrófagos onde pode ser observada a presença de hemossiderina), neutrófilos e bactérias. (ERICKSON, 2002; RADOSTITS et al. 2002). Deve ser realizado o diagnóstico diferencial de micose de bolsa gutural, hematoma etmoidal, hemangiossarcoma, fibrilação atrial e pleuropneumonia (RADOSTITS et al. 2002) Doença pulmonar obstrutiva crônica - DPOC DPOC é uma síndrome inflamatória obstrutiva das vias aéreas inferiores, por isso, atualmente o termo mais aceito para esta síndrome é Obstrução Recorrente das Vias Aéreas (ORVA), apresentando uma série de sinônimos, tais como: enfisema crônico, bronquite crônica, bronquiolite crônica (ROBINSON et al., 1996; HOFFMAN, 2003; SCHUCH, 2005; THOMASSIAN, 2005), porém, o termo DPOC ainda é o termo mais utilizado mundialmente. Léguillette (2003) descreve que DPOC acomete animais acima dos cinco anos, e Tilley, Luís e Ferreira (2010) complementam afirmando que acomete animais de meia idade a animais mais velhos. Outra enfermidade com sinais bastante semelhantes, porém mais brandos e que afeta os animais jovens de dois a três anos de idade chamada é a doença inflamatória das vias aéreas (DIVA) (LÉGUILLETTE, 2003). Davis e Rush (2002) afirmam que acomete todos os equinos independentemente da sua raça ou sexo. Lavoie (2003) e Robinson et al. (2003) afirma que os animais permanentemente estabulados ou que passam muito tempo reclusos em baias inalam grandes quantidades de partículas da cama das baias que geralmente são de areia, maravalha ou serragem acabam desenvolvendo a DPOC; os autores ainda asseguram que ao alimentar os animais com feno de

21 21 má qualidade (que contém grandes quantidades de poeira e fungos) e/ou alimentá-los com concentrado farelado, podem levar ao aparecimento desta síndrome. Tilley, Luís e Ferreira (2010) relatam que a DPOC é caracterizada por um marcado esforço respiratório do animal em repouso e que interfere em seu desempenho, e Amaral et al. (1999) expressa que a DPOC inicialmente pode ser notada apenas como uma queda na performance do animal caracterizando um aspecto sub-clínico da síndrome, onde muitas vezes por falhas no diagnóstico é confundido com um condicionamento físico inadequado para a atividade física desempenhada pelo animal. Durante esse quadro sub-clínico Moore (1996) observou que o animal ocasionalmente pode apresentar tosse durante o início das atividades físicas ou alimentação. Davis e Rush (2002) descrevem que com o evoluir do quadro a intensidade e a frequência da tosse aumentam, sendo ela seca e crônica. Moore (1996) descreve que os animais apresentam dispnéia e intolerância ao exercício mesmo estando em repouso. Também é observada dispnéia expiratória acentuada com formação de linha de esforço como consequência da hipertrofia do músculo abdominal oblíquo e dilatação das narinas, na ausculta notam-se sons crepitantes grossos e sibilos (RUSH, 1997; AINSWORTH E BILLER, 2000; HOFFMAN, 2003). De acordo com Melo (2007) estas alterações podem ser sazonais, e reforça o que Lavoie (2003) e Robinson et al. (2003) afirmaram, dizendo que os animais acometidos por essa síndrome estão dentro de cocheiras se alimentando de feno e ração farelada. Léguillette (2003), Tilley, Luís e Ferreira (2010) afirmam que havendo a retirada dos animais das condições que estavam causando a síndrome irá ocorrer uma reversão dos sinais clínicos. O diagnóstico consiste na história clínica típica e na constatação dos sinais clínicos durante o exame físico. (THOMASSIAN, 2005) Doença inflamatória das vias aéreas DIVA Hoffman (1999) e Léguillette (2003) descrevem que DIVA é uma enfermidade semelhante à DPOC, porém que afeta animais mais jovens e seus sinais são mais brandos. Silva (2009) descreve que é uma enfermidade difícil de ser descrita, mais alguns sinais clinicos podem auxiliar; os sinais são de tosse, secreção nasal, queda na performance atlética, recuperação lenta pós exercício. Léguillette (2003) descreve que afeta animais de dois a três anos de idade.

22 22 A doença é caracterizada por inflamação do parênquima pulmonar, com isso irá apresentar broncoespasmo e presença de muco pelo trato respiratório, levando animais a desenvolverem um quadro clinico de tosse (SILVA, 2009). Hoffman (1995) e Mazam (2003) afirmam que alguns animais que não desempenhem exercícios anaeróbicos de alta performance podem apresentar a DIVA sem que sinais clínicos sejam evidenciados ou tenham queda no desempenho e que só irão demonstrar sinais clínicos quando são expostos a condições extremas de esforço. Ramzam et al.(2008) afirmam que a DIVA pode ser ocasionada por causas infecciosas (vírus e bactérias) e não infecciosas (alérgenos e partículas tóxicas), e de acordo com Holcombe (2005) afirma que a etiologia é desconhecida e multifatorial. O diagnóstico é baseado nos sinais clínicos, endoscopia (observar presença de muco), citologia (presença de células inflamatórias) e bacteriologia (CHRISTLEY, RUSH, 2006; SILVA, 2009). Viel (1997) detectou na ausculta aumento dos sons de ruídos bronquiais, e quando realizado a ausculta com os animais respirando em sacos plásticos os animais apresentavam sons de sibilos Pneumonia/ Broncopneumonia/ Pleuropneumonia De acordo com Smith (1993) e Thomassian (2005) a pneumonia afeta principalmente potros e cavalos adultos; caracterizada por uma inflamação do parênquima pulmonar que em alguns casos pode evoluir em grau e extensão, tornando-se extensa e difusa, afetando os brônquios (broncopneumonia) e da pleura parietal (pleuropneumonia). Os principais agentes causadores são as infecções bacterianas, mas que também pode ser causado por infecções fungicas, virais, ciclo pulmonar de parasitas, reações de hipersensibilidade, traumas, neoplasias, metástases e também acidentes na passagem de sonda nasogastrica que acarrete intubação pulmonar e por consequência uma pneumonia por aspiração, quadro que pode ser desenvolvido no decorrer de anestesias, a presença de corpos estranhos, exercícios esgotantes que causem adinamia, traumas e ferimentos na traquéia ou tórax (RADOSTITS et al., 2002). Smith (1993) descreve que os sinais característicos da pneumonia são aumento na frequência respiratória, intolerância a exercício, corrimento nasal mucoso, muco-hemorrágico ou mucopurulento, tosse podendo ser produtiva, febre intermitente (40 a 41 ºC) e com o avançar do quadro diminuição do peso e anorexia. Com a extensão do quadro pulmonar

23 23 atingindo a pode ser observado dor intensa, relutância ao se movimentar, dor ao urinar ou defecar. O diagnóstico é realizado com base nos sinais clínicos e após exame físico geral e especifico, sendo realizadas auscultação e percussão minuciosa (RADOSTITS et al., 2002) Bacteriana Os principais agentes patogênicos causadores de pneumonias em cavalos adultos (associados principalmente com infecções primárias causadas por vírus) e potros (ocasionadas por imunodeficiência) são os Streptococus zooepidemiccus, Staphylococcus aureus, Pasteurella hemolitica, Klebsiela pneumoniae, Escherichia coli, Rhodococcus equi, Bordetella bronchisepticus, Salmonella spp., Actinobacilus sp., Mycoplasma sp., entre outras (THOMASSIAN, 2005). De acordo com Radostits et al. (2002) estes agentes chegam ao trato respiratório principalmente por meio de inalação e aspiração, como também através da via hematógena, onde irão colonizar o parênquima pulmonar, após o sistema de defesa pulmonar ser transpassado, podendo haver formação de abcessos únicos ou multiplos. Durante o exame físico geral pode ser percebido odor fétido, decorrente da infecção bacteriana e/ou necrose do parênquima pulmonar. Os sons observados a ausculta do pulmão são de aumento dos sons ásperos e intensidade dos sons expiratórios, conforme o quadro evolui nota-se sons crepitantes finos; e na presença de secreções, inflamações ou estenose nos pulmões são auscultados chiados expiratórios (RADOSTITS et al., 2002). Havendo realização de aspirado traqueal são encontrados neutrófilos degenerados com presença de bactérias fagocitadas, material necrosado e células epiteliais danificadas. O material aspirado deve ser encaminhado para cultura, coloração de Gram e citológico, para que o diagnóstico etiológico seja realizado com precisão (SMITH, 1993) Rodococose em potros (Rhodococcus equi) O R. equi além de causar broncopneumonia, causa enterite e linfadenite em potros, com idade de 1 a 5 meses e com menor frequência abcessos subcutâneos, artrites sépticas e uveítes ( PRESCOTT, HOFFMAN, 1993; RADOSTITS et al. 2002). Takai (1997) descreve que o R. equi é uma bactéria Gram positiva, aeróbica estrita, e que é facilmente encontrado no

24 24 trato gastrointestinal de potros. Existem fortes indícios que os potros se infectam devido à baixa imunidade. Prescott e Hoffman (1993), Takai et al.(1994) afirmam que os animais podem se infectar através da ingestão das fezes (coprofagismo), pela ingestão de pastagens contaminadas ou pela inalação dos microrganismos. Smith (1993) relata que as superpopulações de equinos favorecem o aparecimento da enfermidade. Os sinais descritos por Prescott e Hoffman (1993) são de febre (41 C), taquipnéia, tosse, podendo ou não haver descarga nasal, e Radostits et al. (2002) descreve também que há dificuldade respiratória e atraso no crescimento. Smith (1993) e Radostits et al. (2002) apontam que há formação de abcessos, com isso a utilização de ultrassonografia e radiografias são de extrema importância, pois os abcessos irão causar poucas alterações a ausculta, que alguns casos notam-se sons crepitantes e sibilosos; na ultrassonografia pode ser observado consolidação pulmonar e nas radiografias torácicas são detectadas lesões nodulares e cavitárias, e com a cronicidade são observados linfadenopatia traqueobrônquica e mediastínica cranial Fúngica As pneumonias causadas por fungos ocorrem em menor frequência, mas causam processos graves e de quadros agudos. Os principais agentes etiológicos são Aspergillus sp., Alternaria, Riffizopus sp., Candida spp., Cryptococcus neoformans, Histoplasma capsulatum, Coccidioides immitis, entre outros (THOMASSIAN, 2005). Radostits et al. (2002) afirma que fungos afetam cavalos imunossuprimidos ou normais, instalando-se nos pulmões através da inalação de aerossóis que em sua grande maioria estará presente na poeira da cama das baias e no feno. Os sinais são bastante semelhantes à pneumonia do tipo bacteriana, mas o animal pode apresentar hemoptise. O diagnóstico pode ser difícil, pois partículas fúngicas podem ser encontradas nos aspirados ou lavados bronquioalveolares de animais saudáveis, para que seja confirmada a pneumonia fúngica, deve ser comprovado que o fungo está contribuindo para o processo de inflamação do parênquima pulmonar. Radiografias e ultrassonografias podem revelar um padrão miliar onde apareceram múltiplos pontos focais na periferia dos pulmões (SMITH, 1993).

25 Virais Vírus afetam em sua grande maioria o trato respiratório superior, o seu papel fundamental para o desenvolvimento de pneumonias é que irão causar uma lesão inicial no sistema de defesa do trato respiratório, facilitando a infecção por bactérias e fungos. As pneumonias virais são causadas principalmente por influenza equi A1 e A2. (THOMASSIAN, 2005) Parasitárias Conhecida como verminose pulmonar, bronquite parasitária e pneumonia verminótica, Thomassian (2005) e Boyle (2006) descrevem que os principais parasitas causadores de pneumonias são o Parascaris equorum e Dictyocaulus arnfieldi, sendo o P. equorum o maior causador de enfermidade gastrointestinal em potros recém-desmamados, porém, ocorre uma fase do seu ciclo de vida no pulmão e D. arnfieldi está associado a animais mais velhos Dictiocaulose (Dictyocaulus arnfieldi) A dictiocaulose é causada pelo nematoda Dictyocaulus arnfieldi, um parasita de distribuição mundial, que acomete principalmente os animais mais velhos, com idade entre 5 e 8 anos e em períodos em que a temperatura ambiente é mais baixa, pois suas larvas são muito sensíveis a temperaturas elevadas (CORREA et al., 2007). De acordo com Urquhart et al. (2008) o D. arnfield está localizado na traquéia e nos brônquios, em especial nos lobos diafragmáticos. D. arnfieldi é caracterizado morfologicamente como um parasita esbranquiçado, longo e fino, apresentando tamanho médio de 16 centimentros de comprimento, já Smith (1993) e Riet-Correa et al. (2007) relatam que o tamanho médio é de 10 centimetros. Fortes (2004) aponta que as fêmeas são maiores que os machos. O D. arnfieldi é observado com maior frequência em asininos, que são portadores, mas dificilmente apresentam algum sinal clínico, servindo para reprodução do parasita e reservatório/meio de transmissão para equinos (BOYLE, 2006; OLIVEIRA et al., 2014). Radostits et al. (2002) descrevem que as infecções pelo D. arnfield em asininos podem persistir por toda a vida e em equinos acometendo em sua grande maioria os animais adultos.

26 26 Riet-Correa et al. (2007) aponta que os animais desenvolvem resistência a cada infecção, mas condições de estresse, desencadeiem o surgimento dos sinais. Smith (1993) aponta que as infecções por D. arnfield podem acometer apenas um animal ou mais animais de uma só vez no mesmo rebanho, pois a contaminação ocorre através da ingestão das pastagens com a presença dos ovos eclodidos do parasita. Smith (1993) e Radostits et al. (2002) relatam que os sinais em animais adultos podem ser imperceptíveis, e em potros apresentam sinais clínicos de tosse crônica, taquipnéia e dispnéia, esforço ao respirar, presença de exsudato e estertores pulmonares e chiados a auscultação. O diagnóstico é clínico associado ao exame parasitológico. No exame parasitológico serão encontrados ovos do D. arnfield (SMITH, 1993; RADOSTITS et al., 2002).

27 27 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Existem inúmeras patologias que acometem o trato respiratório inferior dos equinos de importancia clínica, tendo algumas delas alta morbidade e moderada letalidade. Com isso, o conhecimento sobre essas patologias é essencial para uma melhor intervenção no sentido de curar os animais. O diagnóstico rápido e preciso das enfermidades do trato respiratório inferior dos equinos se faz necesário, para que haja um tratamento eficaz, tendo em vista que os animais necessitam voltar as suas atividades.

28 28 REFERÊNCIAS AINSWORTH, D.M.; BILLER, D.S. Sistema respiratório. In: REED, S.M.; BAYLY, W. M. Medicina interna equina. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, AMARAL, C.P. Doença pulmonar obstrutiva crônica em equinos da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, v. 6, n. 2, BACCARIN, R. Y.A. Diagnóstico e tratamento das pneumopatias de esforço. II Simpósio Internacional do Cavalo Atleta e IV Semana do Cavalo SIMCAV. 2005, Belo Horizonte, Anais... Simpósio Internacional do Cavalo Atleta. Minas Gerais: Universidade Federal de Minas Gerais, BIAVA, J. S; et al. Hemorragia Pulmonar Induzida por Exercício (EIPH) em cavalos da raça Quarto de Milha de provas de tambor e baliza. Revista da Universidade Rural. v. 26, supl., p. 169, BOYLE, A. G. Parasitic Pneumonitis and Treatment in Horses. Clinical Tecniques in Equine Pratice, v. 5, n. 3, p , CASASNOVAS, A. F. ; AYUDA, T. C.; ABENIA, J. F. A Exploração clínica do Cavalo. São Paulo: Medvet, p. CHRISTLEY, R. M.; RUSH, B. Inflammatory Airway Disease. In: Equine Respiratory Medicine and Surgery, COSTA, M.F.M. et al. Avaliação preliminar do grau de hemorragia pulmonar induzida por esforço (HPIE) em animais apresentados à endoscopia por baixa performance e sua correlações com a presença de secreções traqueais. CONFERENCIA INTERNACIONAL DE CABALLOS DE DEPORTE CIDADE, CONFERENCE ON EQUINE SPORTS MEDICINE AND SCIENCE CESMAS, 2003, Curitiba. Anais... Curitiba: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, p.12. COSTA, M. F. Avaliação da influência do peso do jóquei, distância percorrida, tipo de pista e estação do ano na persistência e na severidade de Hemorragia Pulmonar Induzida por Exercício (HPIE) e sua correlação com a colocação obtida em animais de corrida da raça Puro-Sangue Inglês medicados com Furosemida p. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Universidade Estadual Paulista - Botucatu. COUËTIL, L. L. et al. Clinical signs, evaluation of brochoalveolar lavage fluid, and assessment of pulmonary function in horses with inflammatory respiratory disease. In: American Journal of Veterinary Research. v. 62, n. 4, p , DA NOVA, C. A. B. et al. Ocorrência da hemorragia pulmonar induzida pelo exercício(hpie) no Jockey Clube Brasileiro (Rio de Janeiro). Niterói, Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, 2000.

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