ESTADO DA ARTE DA MINERAÇÃO EM MOÇAMBIQUE: CASO CARVÃO DE MOATIZE, TETE

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1 ESTADO DA ARTE DA MINERAÇÃO EM MOÇAMBIQUE: CASO CARVÃO DE MOATIZE, TETE David Selemane José & Carlos Hoffmann Sampaio Universidade Federal do Rio Grande do Sul- RS, Brasil * 1 jdselemane@gmail.com; 2 sampaio@ufrgs.br RESUMO Na última década tem se produzido um conjunto significativo de pesquisas conhecidas pela denominação Estado da Arte ou Estado do conhecimento, se definem como aspectos de caráter bibliográfico, elas trazem em comum desafios de descrever, mapear e discutir certas produções acadêmicas em diferentes campos de conhecimento, no caso em particular da mineração. Nos últimos anos em Moçambique tem se verificado um crescimento número de investidores na área de mineração, especialmente pelo carvão de Moatize, na província de Tete. No presente trabalho, pretende-se abordar questões gerais sobre a Carvão Mineral e em particular para jazida de Moatize, pela sua importância econômica visando dar uma contribuição acadêmica para futuras consultas e leituras. Por outro lado chamar atenção aos investidores em geral dos impactos negativos que podem representar ao meio ambiente e a saúde humana durante a exploração deste recurso mineral se não forem tomadas as medidas necessárias. PALAVRAS CHAVE : Carvão Mineral ; Jazidas de Moatize ; Bacia carbonífera. 1. INTRODUÇÃO A mineração do carvão joga um papel histórico no desenvolvimento econômico e sustentável dum país dado que traz grandes contribuições do ponto de vista socioeconômico pela sua participação na matriz energética mundial. Apesar dos graves impactos sobre o meio ambiente, o Carvão Mineral é uma fonte de energia, se deduz que as principais razões para isso são consideradas: i) abundância das reservas; ii) distribuição geográfica das reservas; iii) baixos custos e estabilidade nos preços, relativamente a outros combustíveis Segundo Borba, Fontes renováveis, como biomassa, solar e eólica, venham a ocupar maior parcela na matriz energética mundial, o Carvão Mineral deverá continuar sendo, por muitas décadas, o principal insumo para a geração de energia elétrica, especialmente nos países em vias de desenvolvimento como o caso de Moçambique. Entre os recursos energéticos não renováveis, o Carvão Mineral ocupa a primeira colocação em abundância e perspectiva de vida útil, sendo em longo prazo a mais importante reserva energética mundial, seguida do petróleo e do gás natural Borba, As reservas mundiais de carvão estão estimadas em Mtce (Mtce = milhões de toneladas em carvão equivalente) as de Petróleo em Mtce e as de gás natural em Mtce, com vida útil de 219, 41 e 65 anos, respectivamente [Doerell, 2001]. A pesar da intensa pressão ambientalista, a posição desse bem mineral vem se mantendo relativamente inabalável no cenário mundial, isso se deve, em parte, aos progressos tecnológicos ocorridos nas áreas de prevenção e recuperação de danos ambientais durante os processos de extração e queima, mas principalmente à dificuldade

2 tecnológica dos recursos considerados limpos aumentarem sua participação na matriz energética mundial [Borba2001]. Com a gigantesca necessidade global de energia, tanto atual quanto futura, não há perspectiva, mesmo em longo prazo, de dispensar os combustíveis fósseis como base energética da sociedade industrial moderna. O Carvão Mineral não compete com as demais fontes de energia, porém se de repente todas as fontes de energia faltassem, este sozinho daria para a segurar 150 anos de consumo, isso pelos métodos até agora aplicados e as reservas mundiais existentes. Moçambique possui várias jazidas de carvão, sendo a mais conhecida a de Moatize (Bacia Carbonífera de Moatize), na província de Tete, considerada uma das maiores jazidas de carvão do mundo, com reservas estimadas em pouco mais de 2,5 biliões de toneladas. Com o projeto da Vale, prevê-se a exploração da mina de carvão a céu aberto por 35 anos, com produção média anual estimada em 11 milhões do toneladas anuais de produtos de carvão (Carvão metalúrgico e térmico) a serem escoados para mercados como Brasil, Ásia, Médio Oriente e Europa [Jornal Notícias edição da Sexta-Feira, 14 de Novembro de Maputo, Moçambique]. A companhia australiana Riversdale por sua vez, diz pretender produzir cerca de 20 milhões de toneladas de carvão bruto que, quando processados, resultarão em cerca de 6,0 milhões de toneladas de carvão de coque, 2,0 milhões de toneladas de carvão térmico para a exportação e 4,0 de carvão para queima na central térmica a ser construída em Moatize [África today. Disponível no endereço eletronico e acessado em 14/11/2011. < Para o transporte do carvão que será extraído das minas de Moatize está em reconstrução a linha-férrea de Sena, que liga a área de produção e o porto da Beira, na província de Sofala (Centro de Moçambique), numa extensão de 600 quilómetros [Jornal Notícias. Sexta-Feira, 14 de Novembro de Maputo, Moçambique]. Entre os recursos energéticos não renováveis, o carvão ocupa a primeira colocação em abundância e respectiva vida útil, sendo a longo prazo mais importante reserva energética mundial. Em termos ambientais, o carvão é o combustível nãorenovável mais agressivo, já que sua combustão emite grandes quantidades de poluentes na atmosfera. Tratando-se de geração de energia, muito se comenta sobre disponibilidade de recursos energéticos, fontes alternativas de geração e tecnologias inovadoras em termos de rendimento e redução de impactos ambientais. Carvão Mineral como elemento de grande relevância na matriz energética mundial, pois além da atuação na geração de energia, o Carvão Mineral também é aplicado na produção de aço pelas usinas siderúrgicas Mattozo, Dados da agência Internacional de Energia até 1997, o carvão era a segunda principal fonte de energia mundial. Os mesmos dados apontam a China, os Estados Unidos e a Índia como os maiores produtores mundiais de carvão. Motivos econômicos e ambientais, que relacionam a queima desse combustível com a acidificação das chuvas e outros efeitos da poluição atmosférica, contribuíram para a redução de 5% no consumo durante a década de 1990 [AIE, 1997]. Desde o final dos anos 1990, a alta nos preços do petróleo e do gás natural criou uma perspectiva favorável ao mercado carbonífero internacional, visto que o carvão, além da posição que ocupa de forma natural na economia, também atua como um bem

3 substituto para os demais combustíveis fósseis, tendo um importante papel de moderador de preços no mercado de recursos energéticos Borba, Objetivos Através deste documento procura-se consolidar informações gerais, revisão bibliográfica sobre o estágio atual do Carvão Mineral no mundo e em particular em Moatize-Tete-Moçambique, devido o maior crescimento do setor nos últimos anos deste recurso energético não renovável. Devido ao número crescente de investidores na área de mineração de Carvão Mineral, é necessário chamar atenção na conscienzalização da comunidade em geral e ainda é preciso também ter em conta que a par da atividade mineira, há desenvolvimento e crescimento de outras indústrias que vão surgindo por causa do impacto direto do desenvolvimento das mineradoras. Pretende-se por outro lado dar valor aqueles que desenvolveram e publicaram informações importantes sobre a mineração de carvão, recordemos ainda que não se pode copiar no papel informações geradas por outros autores, sem fazer jus aos mesmos através da referência. 2. CARVÃO DE MOATIZE/ MOÇAMBIQUE 2.1 Localização geográfica de Moçambique Moçambique se localiza na costa sudeste do continente africano, tendo como limites a Leste o oceano índico, a Norte a Tanzânia, o Malawi e a Zâmbia, a Oeste o Zimbabwe e a áfrica do Sul e a Sul a Suazilândia. Tem uma superfície de km 2, que se estende Norte-Sul voltando para o índico com que se confronta ao longo de km de linha da costa. É um país com mais de 20 milhões de habitantes que nos últimos anos está a sair da pobreza absoluta. O território moçambicano está dividido em onze províncias, de Norte a Sul nomeadamente: Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia, Tete, Manica, Sofala, Inhambane, Gaza, Maputo e cidade de Maputo, esta última sendo a capital do país. Cada uma das províncias tem uma capital provincial de Norte a Sul são: Pemba, Lichimga, Nampula, Quelimane, Tete, Chimoio, Beira, Inhambane, Xai-Xai, Matola.

4 Fig. I: Mapa de localização geográfica de Moçambique a (esq.). [Disponível no endereço eletrônico e acessado em 11/03/2011: < Mapa de divisão administrativa a (dir.) Disponível no endereço eletrônico e acessado em 08/02/21011: http: 3. MOATIZE: LOCALIZAÇÃO, SUPERFÍCIE E POPULAÇÃO O distrito de Moatize, que dista sensivelmente a 20 km do Município de Tete situa- se a NE da cidade capital provincial entre os paralelos e latitude Sul e entre os meridianos e de longitude Este. É limitado ao Norte pelos distritos de Chiúta e Tsángano, a Este pela República do Malawi, a Sul pelo distrito de Tambara, Guro, Changara e município de Tete através do rio Zambeze e Mutarara através do rio Mecombedzi e a Oeste pelos distritos de Chiúta e Changara MAE, 2005]. Com uma superfície de km 2 e uma população recenseada em 2007, e habitante e estimada a data de 01 de Janeiro de 2005, em habitantes, o distrito de Moatize tem uma densidade populacional 17 hab./km. A relação de dependência econômica potencial é de aproximadamente 1:1, isto é, por cada dez crianças ou anciões existem dez pessoas em idade ativa. A população é jovem (48% abaixo dos quinze anos de idade), majoritariamente feminina, taxa de masculidanidade de 48% e de matriz rural (taxa de urbanização de 23%). Administrativamente o distrito tem três Postos administrativos: Moatize, Kambulatsitsi e Zóbuè que, por sua vez, estão subdivididos em nove localidades, a saber: Moatize, Benga, Mpanzu, Msungo, Kambulatsitsi, Mecungas, Zóbuè, Capridzanje e Ncodeze [MAE, 2005].

5 Fig. II: Mapa de localização geográfica da província de Tete. [Adapatado: Dinageca, Fevereiro/2003]. Fig. III: Mapa da divisão administrativa do distrito de Moatize. [Disponível no endereço eletrônico e acessado em 11/03/2011: < php/pt.../moatize>] 3.1 Clima, relevo e solos No distrito de Moatize, ocorrem dois tipos de climas nomeadamente o tipo seco de estepe com inverno seco-bsw, na parte sul do distrito e do tipo tropical chuvoso de savana AW no norte do distrito. Os dois tipos de clima observam duas estações distintas, a estação seca e chuvosa, onde a precipitação média anual é cerca de 644 mm, enquanto a evaporatranspiração potencial média anual está na ordem de 1.626mm. A maior queda pluviométrica ocorre, sobretudo nos períodos compreendido entre Dezembro de um ano a Fevereiro do ano seguinte, e a temperatura média está na ordem dos 26.5 ºC, onde as médias anuais máxima e mínima são de 32.5 a 20.5ºC respectivamente. Geomorfologicamente, o distrito ocorre parcialmente no vasto complexo gnaisso-granítico do cinturão de Moçambique (Mozambique belt) onde sobresaiem em forma de inselbergs as rochas intrusivas do pós-karroo [MAE, 2005]. Destas geoformas de terreno resultam vários agrupamentos de solos destacandose os seguintes: solos castanho-acinzentados, castanho-avermelhados pouco profundos sobre rochas calcárias e os derivados de rochas basálticas, estes últimos, podendo ser avermelhados, castanho-avermelhados ou pretos, são ainda de profundidade variável e caracterizados por apresentarem boas capacidades de retenção de nutrientes e água, fendilhados quando secos e plásticos e pegajosos quando molhados. Ocorrem ainda em pequenas manchas solos aluvionares, em particular nos terraços dos rios Révubuè e Zambeze [MAE, 2005]. 3.2 Recursos minerais O distrito de Moatize de forma geral é caracterizado por possuir importantes jazidas, desde filões de quartzo carbonatados constituídos por sílica calcite, jazidas de ferro e chumbo (magnetita, hematita e apatita), jazidas de coríndon, jazida de fluorite, jazida de carvão do tipo hulha e inúmeras jazidas de titanomagnetites vanadíferas

6 (Ferro, titânio e vanádio). As jazidas de carvão fazem parte de uma extensa área que se estende de Chingodzi ao Mecombedzi situada a região sul montanhosa do distrito localizando-se as jazidas mais importantes na chamada bacia carbonífera de Moatize- Minjova [MAE, 2005]. Os jazigos de carvão fazem parte de uma extensa área que se estende de Chingodzi ao rio Mecombedzi, situada a Sul da região montanhosa do distrito, localizando-se os jazigos mais importantes na chamada Bacia Carbonífera de Moatize- Minjova. O jazigo de Moatize foi objecto de exploração mineira desde princípios do século passado, começando a exploração do carvão em pequena escala e a céu aberto. Os trabalhos subterrâneos principiaram em 1940, com uma produção anual de toneladas. Em meados de 1950, a produção anual atingiu t e em 1975 o pico máximo de toneladas. Em 1977, a Carbomoc E.E., tomou conta do jazigo e caracterizou com mais pormenor os seis complexos carboníferos da Bacia de Moatize [MAE, 2005]. Este carvão tem calorias, com uma percentagem volátil de 22%. O carvão pode dar coque, indispensável à indústria de alta metalurgia. O carvão de Moatize é tão bom como os melhores da Europa e é da mesma formação do de Witbank, da República da África do Sul. O depósito de carvão de Moatize é constituído por rochas de origem sedimentar, tais como, siltitos e arenitos que são as litologias correspondentes a rocha estéril. O minério é composto por três camadas horizontalizadas principais de carvão com a seguinte nomenclatura: a Bananeiras, a Chipanga e a camada Souza Pinto, sendo apresentadas da camada mais rasa, para a mais profunda. É também notável a presença de filos de quartzo-carbona, todos constituídos por sílica e calcite de excelente qualidade. Os filos quartzo-carbonatados, unicamente constituídos por calcite e sílica situam-se nos arredores da Vila de Moatize. As jazidas de ferro e chumbo, essencialmente constituídos por magnetita, hematita e apatita, localizam-se no Monte Muande, situando-se nas proximidades do Rio Zambeze, junto ao limite ocidental do distrito. A jazida de corindo localiza-se na região de Cachoeira, próximo da EN 103 Moatize /Zóbuè [MAE, 2005]. A jazida de fluorite localiza-se no Monte Muambe. Há ocorrências de minerais polimetálicos de cobre, ouro, prata, volfrâmio e chumbo (essencialmente constituídos por calcopirita aurífera e argentífera Shelite e galena), em Capanga nos arredores da Vila de Moatize. Existem, ainda, minerais radioactivos (constituídos por davitite, samarsquite, estibitanlite e pecholenda) e de rutilo na região de Mabvudzi, praticamente no limite entre o distrito de Moatize e Chiúta. No respeitante aos materiais de construção, salienta-se a existência de calcários cristalinos, rochas gabro-dioríticas e especialmente de anortositos (rocha ornamental de beleza rara), bem como de argilas, areias e saibro, o que confere a este distrito a total auto-suficiência em recursos minerais no domínio da construção civil. Os calcários cristalinos fazem parte do Monte Muande, estendendo-se até ao Rio Zambeze. As rochas gabro-dioríticas e os anortositos em geral, abundam praticamente em toda a região montanhosa do distrito. 4. CARVÃO DE MOATIZE, GENERALIDADES Em Moçambique, numa altura em que o mundo está com olhos postos ao território nacional, tendo em conta o bom que se regista nos últimos tempos no que diz

7 respeito à descoberta e exploração dos recursos minerais, particularmente relacionados com Carvão Mineral de Moatize, o país ainda tem muito por ser descoberto e explorado. Assim, o governo moçambicano lança o desafio e convida os investidores, tanto nacionais assim como estrangeiros, a avançarem com propostas concretas para iniciarem investimento no setor mineiro nacional. Moçambique dispõe de uma vasta gama de recursos minerais, grande parte dos quais ainda não explorados, tais como metais básicos, fosfatos, rochas ornamentais, bauxite, minério de ferro, tantalite, pedras preciosas e semipreciosas, grafites e outros. O país possui grandes depósitos de areias pesadas ao longo da costa, tendo um deles, em Moma, entrado em produção em 2007 e prevendo-se para o futuro o desenvolvimentos de outros projetos em outras áreas como a projecção as de Chibuto, na província de Gaza MEDIAFAX. Recursos minerais em Moçambique- Temos ainda por explorar Redação: Quinta feira, 22 de Julho de O país tornou-se, nos últimos tempos, no maior produtor de gás natural na região da África Austral. Foi recentemente feita a descoberta de novas jazidas de hidrocarbonetos, com particular destaque para a descoberta na bacia do Rovuma, fato que é uma razão clara para que os investidores tenham forte apetência por Moçambique. No que diz respeito ao Carvão Mineral, Moçambique é considerado no futuro mais próximo como podendo ser um dos países com maiores reservas deste recurso mineral a nível mundial. Existem diversas bacias carboníferas identificadas em diferentes áreas do país, nas províncias de Tete, Niassa, Cabo Delgado e Manica ; algumas delas presentemente a serem avaliadas através de trabalhos de pesquisa no âmbito de mais de 100 títulos mineiros atribuídos a várias identidades (pessoas singulares e coletivas) [MEDIAFAX. Recursos minerais em Moçambique Temos ainda por explorar Redação: Quinta feira, 22 de Julho de A maior reserva de Carvão Mineral em Moçambique, se encontra localizada no distrito de Moatize, na província de Tete, no centro do país, e pretende integrar a lista dos maiores produtores e exploradores de Carvão Mineral no mundo. Os projetos de exploração de carvão em Moçambique se multiplicam nos últimos tempos promovidos sobre tudo por transnacionais e empresas indianas, brasileira e australiana, permitindo ao país exportador de eletricidade a partir da barragem Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), localizada na província de Tete, reforçar o estatuto de potência energética regional e com o desenvolvimento do projeto de Moatize, espera-se que o país se torne no segundo maior produtor africano de carvão depois da África do Sul. Estima-se que mais de 800 licenças de prospecção e pesquisa de minerais incluindo Carvão Mineral foram autorizadas pelo governo até Fevereiro de 2011, além de o país dispor de recursos naturais, este número crescente de investidores na área mineral se deve também de um ambiente propício para atração de investimentos. 5. GRAU DE ESTUDO DA BACIA DE MOATIZE A bacia carbonífera de Moatize, a mais conhecida de entre as diversas bacias de carvão existentes no país, foram realizados no passado diversos trabalhos de pesquisa geológica detalhada e presentemente existem vários bilhões de toneladas de carvão prontas para ser produzidas. Dentre vários trabalhos publicados sobre a área em referência, importa destacar os trabalhos de descrições, destacando fundamentalmente a descrição de afloramentos do sistema de Karroo e do Complexo Gabro Anortosítico de Tete [Coelho, 1969].

8 Em 1966, F. Real, no seu trabalho intitulado Geologia da bacia do Zambeze, faz referência as características geológicas e mineiras desta bacia, dando muita importância ao Karroo de Tete, onde estão inceridas importantes camadas de carvão. Este autor generaliza todos os dados existentes nesta província, por exemplo afirma que na bacia carbonífera de Moatize-Minjova as séries carboníferas apresentam uma espessura de 340m. [R. S. Afonso, 1978], no seu trabalho denominado Geologia de Moçambique, faz referência a distribuição do Karroo em Moçambique, sua origem e sequência Geológica incluindo a refência da existência de carvão na bacia carbonífera de Moatize. [Lopo Vasconcelos, 1995], na sua tese de doutorado pela Universidade do Porto, Portugal em, estudou os carvões de Moatize com o tema: contribuição para o conhecimento dos carvões da bacia carbonífera de Moatize. A província de Tete em particular foi palco de vários estudos Geológicos, os pioneiros nesses estudos em Tete, datam de 1920, onde estudantes e professores universitários Belgas, estudaram a bacia sedimentar, com parcticular incidência as camadas de carvão de Moatize, tendo concluido que em Moatize haviam diferentes camadas de carvão que jaziam a diferentes profundidades. Em 2007 e 2009 foram assinados dois contratos mineiros, com a Vale (Brasil) e Riversdale (Austrália) para Moatize e Benga respectivamente, que em conjunto contemplam a produção e exportação anual de cerca de vinte milhões de toneladas de carvão, a ocorrer dentro do primeiro semestre de O Governo moçambicano vai atribuir, até nos finais de 2012, três novas concessões de pesquisa e prospecção de carvão, até ao momento, o Ministério dos Recursos Minerais já atribuiu 105 concessões de pesquisa e prospecção de Carvão Mineral; enquanto isso as Minas de Moatize e Benga em Tete, desenvolvidas pela companhia brasileira Vale e pela mineradora australiana Riversdale respectivamente, estão numa fase avançada. [Descobertos novos jazigos de carvão em Moçambique: disponível no endereço eletrônico e acessado em 08/03/2011: htt: // Os resultados já obtidos indicam a existência de Carvão Mineral em toda a província de Tete, no centro de Moçambique. As empresas envolvidas na pesquisa de jazidas de carvão em Moatize, a JFPL, Essar e ETA Star desde 2008, anunciaram a descoberta de novas jazidas de carvão nos distritos de Changara, Cahora Bassa, Mágoè, Mutarara, Marávia e Zumbu. Na bacia de Moatize, é onde se encontram as maiores reservas do país, tendo sido identificadas quantidades exploráveis de Carvão Mineral na região de Samoa, onde já está a trabalhar a empresa Carvoeira de Samoa [Descobertos novos jazigos de carvão em Moçambique: disponível no endereço eletrônico e acessado em 08/03/2011: <htt: // Na província de Tete, cerca de 16 empresas estão licenciadas para a pesquisa de outros minérios, destacando-se ouro aluvional, platina, ferro, pedras preciosas, água mineral e metais básicos [Descobertos novos jazigos de carvão em Moçambique: disponível no endereço eletrônico e acessado em 08/03/2011: htt: //

9 [Fig. IV: Esboço Geológico da Região de Tete-Moatize. Lopo Vaconcelos, Geologia do carvão, 2005] 6. ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO DA BACIA CARBONÍFERA DE MOATIZE A bacia carbonífera de Moatize localiza-se na província de Tete, a cerca de 20 km a nordeste da capital provincial, e a uns escassos 6 km do aeroporto de Chingódzi. A capital distrital de Moatize localiza-se dentro da bacia carbonífera, e situa-se na estrada que liga Tete ao Malawi, através da vila fronteiriça do Zóbuè (cerca de 90 km). Perto de Moatize há ainda a estrada que vai para a Zâmbia, através da fronteira de Cassacatiza. A rede fluvial na Bacia de Moatize é constituída pelo Rio Revúboè, que corta a bacia no sentido NE-SW em direção ao Rio Zambeze, e pelos seus afluentes Rio Moatize, que corre na direção ESE-WNW, e Rio Murongódzi, que corre na direção NS. Em termos de orografia, a Bacia de Moatize apresenta um relevo aplanado algo ondulado, sendo bordejado a NE, NW e SW por zonas de montanhas referentes às formações precâmbricas. A feição mais notória é o Monte M pandi, no limite SW da bacia, junto ao Rio Revúboè, com uma altitude de 321 m [GTK Consortium, 2006]. Esta bacia, pertence ao Supergrupo do Karroo. A seqüência estratigráfica tem seis camadas de carvão principais, designadas de baixo para cima como: Sousa Pinto, Chipanga, Bananeiras, Intermédia, Grande Falésia e André. A camada Chipanga é a

10 mais espessa de todas e a única que foi explorada. Sobreposta à Formação de Moatize encontra-se a Formação de Matinde. As formações de Moatize e Matinde são respectivamente equivalentes ao Dwyka Superior/Ecca Inferior e ao Ecca Médio/Superior da Bacia. A bacia carbonífera de Moatize está orientada no sentido NW-SE e está rodeada por gabros e anortositos da Suite Tete, de idade Mesoproterozóica ( M.a), o limite NE da bacia é uma falha normal de cerca de 30 km de comprimento, orientada NW-SE. O limite SW é tanto por inconformidade, como também por contacto de falha, como é o caso da Falha do Monte M pandi [Real, 1978]. A idade da série produtiva pode ser determinada devido à presença de numerosos fósseis vegetais, que são: Glossopteris Indica Shimper; Glossopteris Browniana Brongr; Glossopteris Brancae Gothan; Glossopteris Stricta Bunb; Gangamopteris Cf. Obvata Gangamopteris Cyclopteroides; Sphenophyllum Specioum Royle; Sphenophyllum thonnii Mabr; Oblingifolium; Sigillariasp. A bacia carbonífera de Moatize, pertence ao Supergrupo do Karroo. A seqüência estratigráfica tem seis principais camadas de carvão, designadas de baixo para cima como: Souza Pinto, Chipanga, Bananeiras, Intermédia, Grande Falésia e André. A camada Chipanga é a mais espessa de todas e a única que foi explorada. A Bacia Carbonífera de Moatize pertence a uma bacia maior que se extende de Tete a Minjova, na fronteira com o Malawi, que por sua vez se continua por este país adentro para a Bacia de Lengwe. Os limites NE e SW do graben são definidos por falhas de bordadura com direcção NW-SE. O graben de Moatize tem um comprimento aproximado de 35 km e uma largura média de 2 km. O acidente orográfico mais importante é o Monte M pandi, com uma altitude de m, situado na margem SW do graben, representando um braquianticlinal das rochas do embasamento. Sobreposta à Formação de Moatize encontra-se a formação de Matinde. As formações de Moatize e Matinde são respectivamente equivalentes ao Dwyka Superior/Ecca Inferior e ao Ecca Médio/Superior da Bacia. As camadas de carvão de Moatize, estam inceridas no karroo justificando-se assim a importancia desta unidade geologica. Na região de Moatize, superiormente à série produtiva, começa outra série sedimentar constituída por grão grosseiro à médio, grés arcósico e pequenas camadas lenticulares de calhau rolado e estratificação cruzada [F. Real, 1966]. O depósito de carvão de Moatize é constituído por rochas de origem sedimentar, tais como, siltitos e arenitos que são as litologias correspondentes a rocha estéril. O minério é composto por três camadas horizontalizadas principais de carvão com a seguinte nomenclatura: a Bananeiras, a Chipanga e a camada Souza Pinto, sendo apresentadas da camada mais rasa, para a mais profunda.

11 Série Produtiva- esta é de grande interesse por nela estar englobada a importante camada de carvão. Esta série é caracterizada por possuir xistos, grés carbonosos, argilitos negros, por vezes piritosos. A idade desta série é de pérmico Inferior, que, provavelmente se corresponde com o andar Ecca [F. Real, 1978]. [Figura V: Esboço da Série Produtiva em Moatize. Lopo Vasconcelos, 2005] Entre as camadas de carvão existe novamente a presença de material estéril compostos por siltitos e arenitos o chamado interburden. As camadas de carvão apresentam características distintas quanto a sua composição química e aproveitamento econômico. A partir do modelamento realizado foi possível verificar intensa atividade geológica nas camadas de carvão de Moatize. Na série produtiva são conhecidas camadas de diferentes espessuras e designadas a partir da mais recente por: 1. André 2. Grande Falésia 3. Intermédia 4. Bananeira 5. Chipanga 6. Souza Pinto 1.Camada André- topo da série produtiva, constituída por bancadas de carvão inteceptadas apenas por dois leitos finos de xistos carbonosos, piritosos com com 1 à 2 m de carvão. 2. Camada Grande Falésia- constituida por xistos argilosos e carvões com 12 m de espessura. 3. Camada Intermédia- formada por argilito negro e níveis de carvão muito pequeno. 4. Camada Bananeira- a que corresponde a um complexo de xistos e carvão, este com fraca espessura e uma espessura de 9 m superior e 18 m inferior,ambas intercaladas por argilito arenoso. 5. Camada Chipanga- a mais importante da série produtiva com uma camada basal de 2.5 à 3.6 de carvão, ou seja uma espessura de 36 m. 6. Camada Sousa Pinto - constituída por um complexo carbonoso com 14 m de espessura.

12 [Figura VI: Esboço geológico simplificado da provincial de Tete, Moçambique. Lopo Vasconcelos, 2005] De forma geral de acordo com esboço da série produtiva, ela está formada por carvão com uma alternância principalmente com argilito arenoso. Figura VII: Mapa geológico de Moçambique:[Disponível no endereço eletrônico e acessado em 11/03/2011: <htt://

13 7. PRINCIPAIS BACIAS CARBONÍFERAS DE MOÇAMBIQUE A Bacia de Moatize tem sido uma das regiões moçambicanas em que se têm fundado esperanças pela existência de recursos minerais importantes. Como conseqüência desta perspectiva, nesta região tem sido incutida maior número de estudos geológicos, quer sistemático, quer localizado com o objetivo de reconhecimento de determinadas mineralizações, e posteriormente a sua avaliação econômica dessas jazidas. No território moçambicano podem ser mencionadas as principais bacias carboníferas, sendo Chicôa-Mecúcoè, Mucanha Vuzi, Moatize-Muarazi-Minjova, N condedzi-mutarara, Sanângoè-Metídzi, Canxixe, Mpotepote, Maniamba e Lugenda [Vasconcelos & Pedro, 2004]. Fig. VIII: Bacias do Karroo em Moçambique e principais aspectos geográficos da zona de Tete- Moatize [Vasconcelos & Pedro, 2004].

14 Fig. IX. Principais bacias carboníferas de Moçambique. [Disponível no endereço eletrônico e acessado em 08/03/2011: <htt:// As bacias de Moatize, pelos resultados revelados por estudos recentemente apresentados por várias pesquisas realizadas, mostram que a rede de bacias carboníferas não exploradas do Mundo se encontra na província de Tete e a geologia corrente diznos que, para além destes campos de Moatize, estima agora sob enfoque da Vale antiga Companhia do Vale do Rio Doce, um punhado de quilómetros a oeste se estendem os depósitos de Mucanha-Vuzi (reservas > 3 biliões de toneladas) e de Senâgoe (reservas > 1 bilião de toneladas). Com reservas estimadas em cerca de 2.4 biliões de toneladas, em caso de avanço do mega-investimento da Vale em Tete, Moatize poderá produzir mais de 20 milhões de toneladas anuais do carvão bruto r.o.m (run-of-mine), das quais 10 a 12 MTPA ( milhões de tonelada por ano) de carvão metalúrgico para exportação. 8. MODOS DE EXPLORAÇÃO E BENEFICIAMENTO Na extração do carvão geralmente podem ser usados diferentes modos ou métodos, nomeadamente (subterrâneo ou a céu aberto). A opção por uma ou outra modalidade depende, basicamente, da profundidade e do tipo de solo sob o qual o minério se encontra. Se a camada que recobre o carvão é estreita ou o solo não é apropriado à perfuração de túneis (por exemplo, areia ou cascalho), a opção é a mineração a céu aberto. Se, pelo contrário, o mineral está em camadas profundas ou se apresenta como veios de rocha, há a necessidade da construção de túneis.

15 A produtividade das minas a céu aberto é superior à das lavras subterrâneas. No entanto, de acordo com o World Coal Institute (WCI) ou Instituto Mundial do carvão, em português, 60% da oferta mundial de Carvão Mineral é extraída por meio da mineração subterrânea. Carvão é hoje fonte marginal de energia em tem no uso termoelétrico potencialidade extraordinária, tendendo praticamente todo o grosso de sua produção a este setor que o usa como combustível. Identificar as reservas de carvão de grande porte e, alcançar o patamar de tecnologia que permita o aproveitamento de instalações de economia da escala são os objetivos a culminar para o desenvolvimento e expansão de indústria carbonífera moçambicana. Para a exploração do carvão de Moatize pelas empresas Vale (Brasil) e da Riversdale (Austrália), será efetuada através de mineração a céu aberto, usando usado o strip mining, por ser o método clássico de lavra a céu aberto para carvão e por melhor se adequar à configuração do terreno de Moatize e as condições geológicas o permitem. Com uma capacidade na fase de plena exploração, de cerca de 26 milhões de toneladas de carvão bruto por ano, prevendo-se para 2011 o início da sua produção. A pos o tratamento do carvão, obter-se ao cerca de 85 milhões de toneladas por ano de carvão de coque e dois milhões de toneladas por ano de carvão para a queima, ambos para a exportação. O carvão restante obtido do tratamento do carvão bruto r.o.m (runof-mine), tem teor de cinzas demasiado elevado para poder comercializar, e por isso, prevê-se que uma parte dele venha ser utilizado numa Central térmica de 1.500MW a ser instalada em Moatize. [Carvão mineral em Moçambique, CIP, redação em 09 de Abril de 2009, Maputo]. Tendo em vista todo o relatado, e face às características do carvão de Moatize, e estabelecendo como meta a recuperação máxima com redução de custos, o beneficiamento de carvão, visa à redução de teores de cinzas e enxofre, aumentando os teores da massa carbonosa e poder calorífico. As propriedades químicas e físicas são importantes em todos os aspectos. A modernização técnica de tratamento do carvão mineral, aplicado nas indústrias mineiras, tendo em conta aumentar a capacidade de produção e ampliação do seu mercado consumidor, para os diferentes segmentos industriais, surgiu da necessidade de desenvolver tecnologias, aumentar as capacidades das plantas de beneficiamento, melhorando a sua eficiência, visando a sua adequação para atender a demanda existente; assim o conhecimento das especificações dos produtos desejados é importante para a verificação da viabilidade técnica e econômica do beneficiamento do carvão [Sampaio, 2005]. Sem sombra de dúvidas, para o ano de 2011 será um ano marcado pelo início de exploração e exportação de carvão mineral de Tete para os vários pontos do mundo. Espera-se que, a partir do primeiro semestre do corrente ano, inicie a exportação de pelo menos dois milhões de toneladas de Carvão Mineral, a serem extraídos pelas companhias mineiras Vale e Riversdale. Com a exploração do carvão de Moatize pelas companhias de mineração Vale (Brasil) e Riversdale (Austrália), Moçambique espera produzir, dentro de cinco anos, mais de 20 milhões de toneladas daquele produto [Descoberto outro grande jazigo de carvão em Tete: disponível no endereço eletrônico e acessado em 09/02/2011: < Em Benga, a Riverdale tem uma reserva na ordem de 4,4 bilhões de toneladas das quais se fará uma produção na ordem dos 20 milhões de toneladas e que processados vão resultar em cerca de seis milhões de toneladas por ano para o carvão

16 metalúrgico e 2 milhões de toneladas para o carvão térmico. O carvão doméstico (que não tem qualidade para a exportação) se estima na ordem de quatro milhões de toneladas que poderão ser usadas para as centrais térmicas. Em relação à Vale ela tem a concessão mineira válida por 35 anos e traduz se uma produção anual cerca de 26 milhões de toneladas deste recurso mineral [Descoberto outro grande jazigo de carvão em Tete: disponível no endereço eletrônico e acessado em 09/02/2011: < A empresa Vale Moçambique, assim que é designada a Mega empresa do Brasil em Moçambique, pretende extrair 11 milhões de toneladas de carvão por ano, podendo ao longo prazo aumentar para 22 milhões toneladas/ano sendo 8,5 milhões de toneladas de coque para a indústria metalúrgica e 2,5 milhões de toneladas de carvão térmico para a produção de energia elétrica, projeta-se que a produção do carvão em áfrica em geral cresça em média 3% ao ano de 2011, especificamente graças ao aumento da procura principalmente no continente asiático. O preço da matéria prima tem vindo a escalar ao do petróleo, apresentando-se como uma alternativa mais barata [Descobertos novos jazigos de carvão em Moçambique: disponível no endereço eletrônico e acessado em 08/02/2011: <htt: // Carvão Mineral voltou a estar na mira das atenções dos investidores e consumidores, devido a três vantagens: preços baixos por unidade energética; um rácio mais elevado de reservas/produção e uma diferente distribuição geográfica das reservas. A Índia e a China serão responsáveis por um aumento de 73% da procura mundial de carvão em 2030, para 4994 milhões de toneladas equivalentes de petróleo, quando comparativamente em 2005 consumiam 2892 milhões de toneladas [AIE, 2007]. A disponibilidade de carvão que será produzido em grandes quantidades em Moçambique poderá criar oportunidades para a sua utilização no país em eventuais indústrias de ferro e aço ou para a produção de cimento. Existe atualmente no mercado internacional, com destaque para o mercado indiano, uma grande procura de carvão, tanto de coque como de queima, sendo os preços mais que duplicaram durante os últimos anos. 9. IMPORTÂNCIA DO CARVÃO MINERAL Começou a ser utilizado em larga escala, como fonte de energia, na época da Revolução Industrial (século XVIII). Nesta época era usado para gerar energia para as máquinas e locomotivas. Até hoje é usado como fonte de energia. O carvão não só forneceu a energia que abasteceu toda a Revolução Industrial no século 19 como também impulsionou toda a era da eletricidade no século XX. Atualmente aproximadamente 40% da eletricidade gerada mundialmente é produzida através do carvão. Alguns desses países que dependem da energia elétrica gerada pelo carvão são: América do Sul, Dinamarca, China, Grécia, Alemanha e Estados Unidos. A indústria de ferro e aço mundial também é fortemente dependente do uso do carvão, caso do Brasil. A queima do Carvão Mineral para gerar energia lança no ar partículas sólidas e gases poluentes. Estes gases atuam no processo do efeito estufa e do aquecimento global. Portanto, o carvão mineral não é uma fonte de energia limpa e deveria ser evitada pelo ser humano. Porém, em função de questões econômicas (em algumas regiões do mundo é uma fonte barata), ainda é muito utilizado para gerar energia elétrica em usinas termo-elétricas.

17 Em termos de aplicação, o Carvão Mineral foi usado por um longo tempo no setor de transportes, em veículos como as locomotivas e navios à vapor. Atualmente, o carvão mineral garante o funcionamento de usinas termoelétricas. Há dois mercados distintos para carvão comercializado internacionalmente, o carvão chamado coqueificável e o carvão a vapor para aplicações energéticas. Na siderurgia é utilizado o carvão coqueificável, que se classifica como um carvão nobre com alto poder calorífico e baixo teor de cinzas. No uso energético, o carvão admite, a partir do linhito, toda gama possível de qualidade, sendo uma questão de adaptação dos equipamentos ao carvão disponível [Ekawan et al., 2005]. Destaca-se que os requisitos de qualidade dos clientes da extração de carvão para fins energéticos se diferem de acordo com seus equipamentos não existindo um padrão de qualidade claramente definido para o carvão [Lorenz e Grudzinsk, 2003]. Carvão é a fonte mais utilizada para geração de energia elétrica no mundo, respondendo por 41% da produção total. Sua participação na produção global de energia primária, que considera outros usos além da produção de energia elétrica, é de 26% [Agencia Internacional de Energia (IEA), 2001]. A agência Internacional de Energia também projeta que o minério manterá posição semelhante nos próximos 30 anos. 10. ASPECTOS AMBIENTAIS Um pré-requisito para o desenvolvimento sustentável deve ser a garantia da não contaminação de cursos de água, rios, lagos e mares bem como dos oceanos. As atividades humanas vêm insistentemente, poluindo as fontes naturais de água das quais todos dependemos; a mineração é uma dessas atividades que polui a água. Tem aumentado muito, no presente, a preocupação com o legado ambiental que as atividades de mineração têm deixado, principalmente nos países em vias de desenvolvimento. Em países em vias de desenvolvimento, como é o caso de Moçambique, questões relacionadas à possibilidade e qualidade da água é talvez a interface mais evidente na relação da indústria com as comunidades próximas a um empreendimento mineral e afetam diretamente a percepção e aceitação, pela sociedade, das atividades mineiras. Os processos de mineração (indústria metalúrgica, hidrometalúrgica) são, por natureza, grandes consumidores de água; em locais onde haja riscos potenciais ao patrimônio ambiental, incluindo os recursos hídricos a mineração deve ser vedada, apesar do aprimoramento das práticas mineiras, em termos ambientais, nas últimas décadas ainda são muito significativos os riscos ambientais derivados da atividade de mineração. Os impactos negativos podem variar, desde a geração e transporte de sedimentos causados por estradas mal conservadas durante a fase de exploração até o assoreamento de cursos de água e aumento de partículas sólidas em suspensão nas águas durante a fase de operação da mina. Pretende-se chamar atenção a todas as empresas e todos aqueles que operam nesta área, a partir dos garimpeiros até as empresas tecnológicas, ou seja: a todos que estam envolvidos em diferentes projetos de extração e pesquisas de recursos minerais em Moçambique de forma geral, a tomar as devidas precauções e procedimentos a fim de evitar a contaminação dos fluxos de água.

18 Sabe-se que a maior parte da população moçambicana vive nas zonas rurais, algumas delas onde as empresas se encontram instaladas como o caso de mega-projetos, empresas de extração de carvão mineral, material de construção civil, etc.. Portanto se contaminamos a água, estaríamos a inviabilizar o desenvolvimento sustentável das comunidades e do país em geral. Recordemos ainda que um dos principais efeitos tecnológicos das últimas décadas é que a mineração tem se tornado mais mecanizada e assim tem aumentado enormemente a capacidade de manusear grandes volumes de material, conseqüentemente, à quantidade de estéril e rejeito tem se multiplicado a taxas inimagináveis. O desenvolvimento da tecnologia de mineração tem possibilitado, cada vez mais, o aproveitamento de minérios de baixo teor, o que acaba gerando maior quantidade de estéreis e rejeitos. Os rejeitos podem conter também agentes químicos usados no processamento de minérios, tais como cianeto ou ácido sulfúrico; tais rejeitos são geralmente estocados em barramentos nesses procedimentos, caso, se medidas não adequadas não forem tomadas os contaminantes dos estéreis e rejeitos da mina podem alcançar as águas superficiais e subterrâneas causando problemas sérios de poluição do precioso líquido que todos dependemos para a nossa sobrevivência e para as novas gerações. Este é um dos grandes problemas que a mineração tem deixado e que deve e pode ser mudado com a utilização das melhores práticas de gerenciamento ambiental por parte da indústria extrativa mineral. Após serem removidos, os estéreis, que muitas vezes contém sulfetos que podem gerar águas ácidas, metais pesado, e outros contaminantes, são muitas vezes estocados acima dos terrenos em volumosas pilhas com drenagem livre, estas pilhas de estéril e a superfície expostas das minas já mineradas (bedrock), são a fonte da maioria da poluição por metais pesados. Pretende-se refletir neste trabalho, desde o ponto de vista a importância de uma boa vigilância ás entidades mineiras a fim de cumprirem com rigor a legislação mineira moçambicana em vigor, isso permitirá uma maior sustentabilidade para as gerações vindouras; por outro lado pretende-se incentivar ao governo moçambicano continuar a monitorar, estabelecer rendimentos de exploração mineira ás comunidades para permitir arrecadar mais divisas que possam acelerar o desenvolvimento do país em geral, rumo ao combate da pobreza absoluta. A contribuição das empresas que exploram recursos naturais, em particular os minerais, podem de certa maneira acelerar a indústria extrativa moçambicana. Nas últimas décadas, devido à enorme queima de combustíveis fósseis, a quantidade de gás carbônico na atmosfera tem sofrido um grande aumento, contribuindo para o aquecimento do planeta. Hoje se pretende a redução dos efeitos da emissão de gases à atmosfera gases efeito estufa. Dentro do cenário das teorias de aquecimento global e da redução da camada de ozônio, a pressão ambientalista contra o uso do carvão tem sido intensa, principalmente dentro da reivindicação do controle e da redução das emissões de poluentes para a atmosfera. Os fatores determinantes para a aplicação do carvão como fonte de geração de energia elétrica se fundem na busca pelo desenvolvimento e uso de tecnologias com alta eficiência térmica associadas a baixos níveis de emissão de poluentes [Chen et al. (2006].

19 A principal restrição à utilização do carvão é o forte impacto socioambiental provocado em todas as etapas do processo desde a produção, combustão assim como também no consumo. A extração, por exemplo, provoca a degradação das áreas de mineração. Na dessulfuração antes da combustão, na queima para geração de eletricidade (termelétricas) a serem construídas ainda no distrito de Moatize pelas empresas, se medidas não forem tomadas esse processo pode aumentar a emissão de gases poluentes. 11. RESULTADOS ESPERADOS Com a implementação do projeto da Vale, espera-se uma série de impactos positivos como o aumento da renda das pessoas e o desenvolvimento humano, através do papel social prestas às comunidades. Dados estatísticos divulgados em Moatize no dia 08 de Maio de 2011, durante a cerimônia de lançamento da fase inicial de exploração do carvão de Moatize, indicam que o empreendimento irá contribuir significativamente para a economia moçambicana, não apenas através da criação de postos de trabalho, como também porque no pico da exploração irá gerar 2,5 a três milhões de dólares norte americanos para a balança de pagamentos. Espera-se que as oportunidades de emprego subam dos atuais oito mil para cerca de quinze mil postos de trabalho, pelo menos nos próximos cinco anos, além da contribuição nas receitas do estado através de impostos que poderão contribuir na redução/ erradicação da pobreza absoluta no país. 12. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pretende-se refletir neste artigo, dando o nosso ponto de vista a importância de uma boa vigilância ás entidades mineiras a fim de cumprirem com rigor a legislação mineira moçambicana em vigor, isso permitirá uma maior sustentabilidade para as gerações vindouras; por outro lado pretende-se incentivar ao governo moçambicano continuar a monitorar, estabelecer rendimentos de exploração mineira ás comunidades para permitir arrecadar mais divisas que possam acelerar o desenvolvimento do país em geral. A contribuição das empresas que exploram recursos naturais, em particular os minerais, podem de certa maneira acelerar a indústria extrativa moçambicana. Nas últimas décadas, devido à enorme queima de combustíveis fósseis, a quantidade de gás carbônico na atmosfera tem sofrido um grande aumento, contribuindo para o aquecimento do planeta. Dentro do cenário das teorias de aquecimento global e da redução da camada de ozônio, a pressão ambientalista contra o uso do carvão tem sido intensa, principalmente dentro da reivindicação do controle e da redução das emissões de poluentes para a atmosfera. 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Borba, R. F. Carvão Mineral. Balanço mineral brasileiro, 2001.

20 C. H.Sampaio L. M. Tavares. Beneficiamento gravimétrico: uma introdução aos processos de concentração mineral e reciclagem de materiais por densidade. 1ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, RS-Brasil, Coelho A.V. P. Complexo Gabro Anortozítico de Tete-Moçambique. Tipografia globo, Lda, Lisboa, Chen, J. C., Liu, Z. S., Huang, J.S. Emission characteristics of coal combustion in different O 2 /N 2, O 2 /CO 2 and O 2 /RFG atmosphere. Journal of Hazardous Materials, Carvão mineral em Moçambique, CIP, redação em 09 de Abril de 2009, Maputo. Doerell, P.E. Coal Home page- Engineering & Mining Journal, Descobertos novos jazigos de carvão em Moçambique: disponível no endereço eletrônico e acessado em 08/03/2011: htt: // Descoberto outro grande jazigo de carvão em Tete: disponível no endereço eletrônico e acessado em 09/02/2011: F. Real Geologia da bacia do Zambeze - Junta de Investigação Ultramar, Fereira, A. N. As Pesquisas denominadas Estudos da Arte, Educação & Sociedade, ano XXIII, N o 79, Agosto/2002. Informativo da Agência Internacional de Energia (AIE). Energy Technologies for the 21 St Century, Jornal Notícias, Sexta-Feira, 14 de Novembro de 2008, Maputo. L. Vasconcelos, A. Muchangos & E. Siquela. Elementos-traço em cinzas de carvões aflorantes Moçambique, Junho/2009. L. Vaconcelos. Geologia do carvão, Mattozo, V. A. Mídia digital de informação científica e tecnológica sobre energia- Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção-UFSC, Florianópolis, Brasil, MAE. Perfil do Distrito de Moatize. Província de Tete. Ministério da Administração Estatal. Série Perfis Distritais. Maputo, Moçambique, MEDIAFAX. Recursos minerais em Moçambique. Temos ainda por explorar. Quinta feira, 22 de Julho de 2010, Maputo, Moçambique. Real. S. A. Geologia de Moçambique. Notícia Explicativa da Carta geológica de Moçambique. Esc: 1: , 2ª. Edição, 1978.

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