Saneamento Básico e Saúde
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- Luís Santarém Castilho
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1 Conferência Nacional de Segurança Hídrica Uberlândia - MG Saneamento Básico e Saúde Aparecido Hojaij Presidente Nacional da Assemae
2 Sobre a Assemae A Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento Assemae é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, criada em Atualmente, reúne quase dois mil associados de municípios brasileiros que operam os serviços de água e esgoto, de resíduos sólidos e drenagem urbana. Participa dos principais fóruns nacionais que debatem o saneamento básico, incluindo o Conselho das Cidades, Conselho Nacional de Recursos Hídricos, conselhos estaduais de saneamento e comitês de bacias hidrográficas.
3 Saneamento Básico: Definição Segundo a Lei nº /2007, considera-se saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de: a) abastecimento de água potável; b) esgotamento sanitário; c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
4 Organização do Setor no Brasil Empresas estaduais detêm aproximadamente 75% dos serviços de saneamento. Empresas privadas: cerca de 70 companhias que obtiveram concessões a partir da década de Serviços públicos municipais, que podem ser autarquias ou sociedades de economia mista, somam cerca de 1,6 mil instituições em todo o país;
5 Política Federal de Saneamento Básico É o instrumento norteador do Governo Federal, nos termos da Lei nº /07. Busca a qualidade dos serviços de saneamento e a universalização do acesso. A Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental é o órgão coordenador e planejador da Política Federal de Saneamento Básico, gestor dos recursos de saneamento no âmbito do Ministério das Cidades e articulador intersetorial no plano federal e nos demais níveis de governo.
6 Atuação do Governo Federal MTE e Outros MCIDADES MS/FUNASA MD Saneamento Básico MI/Codevasf MMA ANA MDS
7 Plansab Uma das grandes lutas da Assemae e de seus associados foi a favor do Plano Nacional de Saneamento Básico Plansab, aprovado durante a 5ª Conferência Nacional das Cidades, em O Plansab define metas e estratégias para o setor no horizonte dos próximos 20 anos; Prevê o investimento de bilhões de reais; Prevê medidas estruturais (obras) e estruturantes (gestão, etc).
8 Planos Municipais Cabe a cada município a elaboração de seu Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB, que deve contemplar os quatro componentes do saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e manejo de resíduos sólidos e manejo de águas pluviais), com a participação social ao longo de todo o processo.
9 Fim do Prazo O Decreto nº 8.211/2014 exige dos municípios a finalização dos planos até dezembro de Após essa data, a apresentação do documento será condição para o acesso a recursos orçamentários geridos ou administrados por órgãos ou entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços de saneamento básico.
10 Controle Social O controle social no saneamento básico está previsto na Lei nº /2007. Desde 1º de janeiro de 2015, os municípios que não instituíram órgãos colegiados de controle social para o saneamento básico estão impossibilitados de obter recursos federais destinados ao setor.
11 Dados Internacionais Uma em cada três pessoas, ou 2,4 bilhões de cidadãos do planeta, não possuem saneamento básico, incluindo 946 milhões de pessoas que defecam ao ar livre. A falta de progresso no saneamento ameaça enfraquecer a sobrevivência infantil e benefícios para a saúde conquistados por meio de um melhor acesso à água potável. Fonte: UNICEF e OMS
12 Dados Nacionais Acesso à água potável: média nacional de 82,5% da população; Atendimento da população com coleta de esgotos: 48,6% Há cerca de 3 milhões de pessoas sem serviço de coleta regular de resíduos; Já somos (Brasil) o 5º maior gerador de resíduos sólidos do mundo. São mais de 76 milhões de toneladas por ano. Fonte: SNIS 2013 e 2011
13 Saneamento e Saúde Segundo a Constituição Federal de 1988, Artigo 196: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
14 Artigo 200 da Constituição Federal: Saneamento e Saúde Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
15 Saneamento e Saúde IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
16 Saneamento e Saúde O direito ao saneamento básico traz o acesso à água tratada, coleta e tratamento de esgoto, destinação final adequada para o lixo e drenagem urbana. E tudo isso reflete-se em saúde, pois estes serviços estão diretamente relacionados à proteção da vida. Sem uma política adequada de saneamento básico não é possível ter uma população saudável.
17 Saneamento e Saúde Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 88% das mortes por diarreia no mundo são fruto de saneamento inadequado;
18 Água não tratada é porta aberta para várias doenças Amebíase Cólera Giardíase Hepatite Infecciosa Febre Tifóide
19 Doenças relacionadas com o lixo O lixo tem grande influência na transmissão de doenças em razão dos vetores que nele encontram alimento, abrigo e condições adequadas para a proliferação. São transmissores de doenças: ratos, moscas, baratas, aves, suínos, mosquitos, etc.
20 Saneamento e Saúde Grande parte dos estados brasileiros tem os serviços de abastecimento de água praticamente universalizados em seus centros urbanos. Em 2011, dezenove estados brasileiros tiveram cerca de 90% do seu território abastecido. Entretanto, não há nenhuma regularidade no seu fornecimento, pois a média da intermitência nas economias ativas (domicílios regulares) foi cerca de 40%. Ou seja, quase a metade dos domicílios no país não tem segurança no abastecimento de água. Fonte: SNIS
21 A Agência Nacional de Águas define o abastecimento intermitente como aquele provocado pela produção de água em quantidades inferiores às demandas, em função da precariedade e deterioração dos sistemas de captação, adução e tratamento de água e de elevados índices de perdas. Saneamento e Saúde
22 Saneamento e Saúde Não há regularidade na distribuição de água limpa e tratada, o que ocasiona locais com completa falta de higiene, banhos em águas contaminadas e o uso de água não tratada, ocasionando as mais diversas doenças.
23 Saneamento e Saúde Os principais rios brasileiros ainda recebem a maior parte dos esgotos in natura. De acordo com o SNIS, em 2013, a média nacional de tratamento de esgotos gerados foi de 39%. Isso significa que o país ainda polui as águas que estarão em contato com as pessoas.
24 Saneamento e Saúde Para superar garantir a inclusão social e melhoria da qualidade de vida da população é preciso encarar o saneamento básico como uma ação preventiva de saúde pública.
25 Saneamento e Saúde Para cada R$ 1 investido em saneamento básico, o Produto Interno Bruto (PIB) aumenta R$ 3,13, por causa dos efeitos diretos e indiretos em outros setores, como a construção civil, serviços, comércio, intermediação financeira, seguros e até alimentos e bebidas. Fonte: CNI
26 O investimento no saneamento básico do município melhora a qualidade de vida da população e a proteção ao meio ambiente urbano, ao mesmo tempo em que gera emprego e renda para a cidade. Universalizar o saneamento condiciona resultados positivos a todos os Objetivos do Milênio elaborados pela ONU, em particular os que envolvem o meio ambiente, a redução da pobreza e da mortalidade infantil, a educação e a igualdade de gênero.
27 O que a Assemae defende Ampla mobilização nacional de incentivo à elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico; Instituição dos órgãos colegiados de controle social para o saneamento; Regulação do saneamento básico; Criação de programa nacional de assistência técnica aos municípios;
28 O que a Assemae defende Garantia de recursos públicos para implementação do Plansab; Criação de linha específica de financiamentos para programa de controle de perdas; Instituição de programa de recuperação dos operados públicos de saneamento básico; Garantia da sustentabilidade econômico-financeira dos serviços;
29 O que a Assemae defende Estabelecimento de mecanismos e prazos para a disposição ambientalmente adequada dos rejeitos; Correta participação dos municípios no acordo setorial para implantação da logística reversa de embalagens em geral; Implementação do Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano; Combate à privatização no saneamento básico.
30 Obrigado Aparecido Hojaij Presidente Nacional da Assemae (61)
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