REVISTA DON DOMÊNICO SEGURANÇA NO REAPROVEITAMENTO DE FINOS NO PROCESSO MDF



Documentos relacionados
Ideal Qualificação Profissional

AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA NO TRABALHO DE UMA INDÚSTRIA MADEIREIRA: ESTUDO DE CASO DE UMA SERRARIA NO SUL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.

Elaborado pelos alunos do 8º A da Escola Secundária Infante D. Henrique:

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE E DENSIDADE BÁSICA PARA ESPÉCIES DE PINUS E EUCALIPTO

Indústria. Prof. Dr. Rudinei Toneto Júnior Renata de Lacerda Antunes Borges

Lixo é tudo aquilo que já não tem utilidade e é jogado fora, qualquer material de origem doméstica ou industrial.

CHAPA DE FIBRA. não é tudo igual. PROCURE O RINO.

INDÚSTRIA MOVELEIRA E RESÍDUOS SÓLIDOS: IMPACTOS AMBIENTAIS RESUMO

Banco de Boas Práticas Ambientais. Estudo de Caso. Reaproveitamento de Rejeitos na Mineração - Projeto Areia Industrial

Logística Reversa: destinação dos resíduos de poliestireno expandido (isopor ) pós-consumo de uma indústria i catarinense

APRESENTAÇÃO. Sistema de Gestão Ambiental - SGA & Certificação ISO SGA & ISO UMA VISÃO GERAL

APROVEITAMENTO DA BIOMASSA RESIDUAL DE COLHEITA FLORESTAL

O MATERIAL. O Material. O Uso. Propriedades. Fabricação. Transporte. Produto Final. Distribuição. Reciclagem. Distribuidores

Módulo 1 Questões Básicas da Economia Conceito de Economia

MDF RINO. não é tudo igual. PROCURE O

Conteúdo Específico do curso de Gestão Ambiental

São mais de 80 os serviços que garantem o correcto acondicionamento e encaminhamento do papel/cartão para os respectivos pontos de recolha.

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CURITIBA CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA ELÉTRICA

ESCOLA SENAI CELSO CHARURI CFP 5.12 PROGRAMA DE CONTROLE DA COLETA SELETIVA E DESTINO DOS MATERIAIS DESCARTADOS

DELIMITAÇÃO DO OBJETO Empresa de embalagem em EPS para alimentos, localizada em Arujá/SP, no período compreendido entre agosto e outubro de 2007.

Otimização dos tempos e movimentos em uma fábrica de móveis

Nota Técnica Nº 2 - Fluxo de Caixa de uma UTM

Aula 23.2 Conteúdo Compostagem, reciclagem.

"PANORAMA DA COLETA SELETIVA DE LIXO NO BRASIL"

PRÊMIO STAND SUSTENTÁVEL ABF FRANCHISING EXPO 2012

SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE FULIGEM

CÁLCULO DO RENDIMENTO DE UM GERADOR DE VAPOR

Empresas de diversos setores necessitam de produzir águas quentes no âmbito das suas atividades, como por exemplo:

O FAN Press Screw Separator PSS

Os combustíveis fósseis e as energias alternativas

Conceito de Contabilidade

REFERÊNCIA RÁPIDA PARA MANUTENÇÃO

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

PROGRAMA DE SUSTENTABILIDADE NAS UNIDADES DE SAÚDE

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

Densificação da Madeira

PRÊMIO ESTANDE SUSTENTÁVEL ABF EXPO 2014

DESINFICAÇÃO DE BIOMASSA FLORESTAL

Prova bimestral CIÊNCIAS. 3 o Bimestre 4 o ano

Notas sobre a divulgação do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) JUNHO/2010

ECOLOGIA GERAL FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS

Prêmio por um País s Melhor REAPROVEITAMENTO DE ÁGUA DE PROCESSO

A MAVI Consultoria e projetos mecânicos atual no mercado de projetos e elaboração de equipamentos para as mais variadas necessidades, desde de

SUSTENTABILIDADE? COMO ASSIM?

Tratamento e Inertização das Areias de Fundição TECNOLOGIA LIMPA E DIMINUIÇÃO CONTINUA NA GERAÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Gean Carlo Gomes Jéssica Jabczenski Roslindo. Projeto de Conclusão de Curso

AVALIAÇÃO DAS EMISSÕES DE HCFC-22 DOS SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO COMERCIAL EM SUPERMERCADOS

Indicadores de Entrada e Saída com base na Norma NBR ISO Estudo de Caso no Setor de Pintura de uma empresa do APL MMAVRN

1919 siawood + A próxima geração de abrasivos profissionais

Gerenciamento de Impressões

Fábrica de Vassoura. São Domingos do Norte ES

É o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto.

ESCOLA SENAI CELSO CHARURI CFP 5.12 PROGRAMA DE CONTROLE E REDUÇÃO DO CONSUMO DE PAPEL

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações I

Viabilidade Ec E onômic onômic Aquecimen to Solar

A Política Nacional de Resíduos Sólidos e a questão dos Resíduos Sólidos Urbanos no Estado do Rio de Janeiro. Quanto à origem Sujeitos à lei

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

Constituição e Estrutura Accionista

Geração de Energia a partir do lixo urbano. Uma iniciativa iluminada da Plastivida.

Protocolo de comunicação para redes móveis aplicado ao trânsito

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE

VI-089 IMPLANTAÇÃO COMPARTILHADA DA ISO UMA NOVA OPÇÃO PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Apresentação MDF E MDP. Definições, comparativos e informações relativas ao material MDF e MDP.

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog:

Seja dono. da sua ENERGIA

Atividades Impactantes e Impactos Ambientais Oriundos da Indústria de Móveis Pólo Moveleiro de Ubá MG. Celso Coelho de Souza 1, Elias Silva 2

PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL

Relatório de Sustentabilidade

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONHECENDO A COLETA SELETIVA. Categoria do projeto: II Projetos em implantação (projetos que estão em fase inicial)

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil.

ARQUITETURA SUSTENTÁVEL: USO DE ECOPRODUTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL EM MARINGÁ

Já foi o tempo em que podíamos considerar de lixo os resíduos sólidos urbanos

COMO REDUZIR AS PERDAS INDUSTRIAIS ATUANDO SOBRE A LIMPEZA DE CANA. Carlos A. Tambellini

ACONTECENDO? O QUE ESTÁ O QUE PODEMOS FAZER?

Adriana Maria Nolasco, Mariana Cerca, Lis Rodrigues Uliana

Apague velhos. Acenda uma grande. hábitos. idéia.

Indicadores de desempenho.

PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL SEBRAE - SP

OBTENÇÃO DA PASTA CELULÓSICA E PAPEL

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

APLICAÇÃO DO SOFTWARE E3 PARA O CONTROLE DO PROCESSO DE PRODUÇÃO ENZIMÁTICA NA NOVOZYMES

A Engenharia Civil e as Construções Sustentáveis

22/06/2015. Cronograma finalização da disciplina GA I. Instrumentos de Gestão Ambiental. ambiental. Auditoria Ambiental

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Sistemas construtivos à base de cimento. Uma contribuição efetiva para a. sustentabilidade da construção civil

MÓDULO I: Universalização da coleta seletiva

O CONCEITO E OS TIPOS DE LAYOUT

PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL DA PGR PROJETO PARA AQUISIÇÃO DE COLETORES PARA COLETA SELETIVA

RECUPERAÇÃO TÉRMICA DE AREIA DESCARTADA DE FUNDIÇÃO (ADF)

rotulagem de energia eléctrica

Solução em Ar Comprimido: Tubulações em Alumínio

PORTUGUÊS 2 o BIMESTRE

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE

O Manejo de Residuos, a Gestão Ambiental e a Sustentabilidade

14/12/09. Implantação de sistemas de reuso e aproveitamento de água de chuva

PROJETO DAS FACULDADES MAGSUL 2013

Soluções em Gestão Ambiental

- Pisos e revestimentos Industriais (pinturas especiais, autonivelantes, uretânicas, vernizes...);

Aula 19 Conteúdo O homem e o meio ambiente. Principais problemas ambientais do mundo.

Transcrição:

SEGURANÇA NO REAPROVEITAMENTO DE FINOS NO PROCESSO MDF Marcos Santos Lima 1 Júnior dos Santos Gomes 2 Mayara Nascimento Fontes 3 Vinícius Roveri 4 Rodrigo Tognotti Zauberas 5 Resumo Os finos são denominados todos os cavacos que atravessam a peneira de seis mm. São usados como combustível para a geração de energia. Por ter dimensões inferiores, podem causar entupimentos, vibrações e riscos de sinistros de incêndios como também oscilações na alimentação do desfibrador, prejudicando a qualidade das fibras (a fibra acaba se rompendo devido as variáveis do desfibramento estarem ajustadas para dimensões de cavacos maiores).com o objetivo de aproveitar os rejeitos de madeira (Finos da Peneira Vibratória, e finos da rosca Plug), reduzir os riscos de acidentes e utilizá-los como insumo no processo para reduzir o custo da madeira na fabricação do painel de MDF (Medium Density Fiberboard ), foi feito um projeto de reaproveitamento de finos em uma indústria de fabricação de painéis de MDF na cidade de Jaguariaíva - Pr. Palavras Chave: Finos, Cavacos, Fabricação de Painéis, Madeira. Introdução As atividades da indústria madeireira, quando não realizadas de maneira correta, criam impacto não só na natureza, mas também na qualidade de vida do homem. Os 1 Bacharel em Engenharia Florestal, especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho. 2 Graduado em Engenharia, especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho. 3 Bacharel em Engenharia, especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho. 4 Mestre em Ecologia, especialista em Gestão Ambiental, Educação Ambiental e Direito Ambiental, graduado em Tecnologia Ambiental. 5 Doutor em Ciência e Engenharia dos Materiais, Mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais, Graduado em Engenharia de Materiais.

agentes ambientais originados por essas atividades englobam todos os grupos de risco: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, e acidentes. A execução destas atividades, desde a extração até o beneficiamento da madeira, está associada os mais variados tipos de acidentes e, desta forma, pode-se observar que se apresenta como atividade de risco (SOBIERAY et al., 2007). Segundo Sobieray et al (2007) é necessário saber as condições de trabalho enfrentadas pelos operários da indústria madeireira e quais as máquinas e instrumentos manuseados pelos trabalhadores que são perigosos, de forma a definir os principais riscos de acidentes que podem ocorrer. É função dos proprietários das madeireiras orientar os trabalhadores quanto às necessidades, quais os cuidados e quais os equipamentos de proteção necessários a serem utilizados neste setor. Lacerda (2007) apresenta, em ordem de maior ocorrência, como as principais causas de acidentes nas indústrias de conversão mecânica da madeira: 1- Falta de atenção ou pressa no trabalho; 2- Procedimento errado no trabalho; 3- Ambiente inseguro; 4- Equipamentos e máquinas com defeito ou inadequados; 5- Falta de EPI ou seu uso incorreto; 6- Manter equipamentos ligados, na manutenção; 7- Uso incorreto de ferramentas; 8- Acidente de trajeto; 9- Outras causas. A principal matéria prima utilizada pela indústria moveleira no Brasil é a madeira, seja na forma maciça e/ou reconstituída (painéis de MDF, aglomerado, compensado), compreendendo cerca de 80% do volume total demandado por este setor (Nahuz, 2005). Diferentemente da madeira maciça, os painéis de madeira reconstituída apresentam substâncias químicas que vão desde os adesivos (colas) utilizados no processo de formação destes, quanto a produtos utilizados para dar maior resistência e

estética aos móveis. Essas substâncias, em determinadas concentrações, podem apresentar riscos ambientais e sanitários, demandando cuidados especiais no gerenciamento dos seus resíduos. Os resíduos de madeira e seus derivados gerados em toda a sua cadeia de transformação, desde o processo de corte das árvores até o processo fabril de móveis, refletem cerca de 60 a 70% de perdas (Galvão e Cunha, 2008), sugerindo assim que estes resíduos constituem na verdade subprodutos, ou desperdício de matéria prima, imputando em aumento nos custos dos produtos finais. Atualmente muitas das indústrias tem uma preocupação constante com o reaproveitamento de seus resíduos que contem na fábrica. Em fábricas cujos seus produtos são compostos pela matéria-prima a madeira, muitos são os seus reaproveitamentos principalmente na matéria-prima da madeira, que são gerados muitos resíduos (casca e cavacos). Esses resíduos da madeira, geralmente são vendidos para outras fábricas, que produzem outros tipos de segmentos de produtos com a madeira, porem muitas Indústrias desperdiçam e queimam seus resíduos utilizando em caldeiras para o aquecimento da fábrica. Justificativas Hoje em dia são descartados do processo de MDF, em média, 1.680 st de madeira por mês na forma de finos, cavaco abaixo de 5 mm descartado na peneira vibratória do lavador de cavaco. Estes finos descartados do processo são encaminhados para o processo de fabricação de Aglomerado em Curitiba. O Processo de fabricação de Aglomerado absorve estes finos, porém representa uma perda da qualidade da partícula da camada interna, ou seja, não é um cavaco desejado para formar partícula. Atualmente são transferidos em média 765 Ton/mês de finos, da planta de Jaguariaíva. Porém estes finos que saem da planta de MDF são reposto por cavaco, num custo de R$ 112,00/Ton (Jun/08), trata-se de uma economia de madeira mensal da ordem de R$ 70.380,00 se os Finos forem reaproveitados.

Levantamento dos Ganhos Analisando os ganhos em uma Planta de MDF, considerando a economia com madeira e os gastos com energia elétrica e maior desgaste de segmentos, vamos ter uma economia média de R$ 37.320,00/mês, onde o ganho anual chegará em R$ 450.000,00. Para uma previsão de produção anual de MDF de 314.021m³ teremos uma estimativa de redução de R$ 1,43 por metro cúbico de MDF produzido. Em anexo planilha de levantamento dos ganhos e perdas nos dois processos produtivos (MDF e Aglomerado), ou seja, balanço coorporativo.

Preço Finos + Frete ( Junho-08 ) Fator conversão Ton/st Umidade Densidade Granulometria Preço da Madeira, média ponderada toretes e cavaco terceiros Junho 2008 Conversão Toretes Ton/st Histórico Volume de Finos transferidos para Ctba DADOS DE CUSTO E ECONOMIA DE MADEIRA 9,09 + 26,48 R$/st 2,2 100%- 120% 350 Kg/m³ Menor 5 mm 50,97 R$/st Crédito Jgva Transferencia Finos 0,57 Custo do Cavaco comprado Jgva pela transferência Finos Utilizado preço de cavaco, pois o finos é uma madeira já processada Custo coma Transferência de Finos Jgva - Ctba Custo adicional Cavaco Curitiba sem transferência Preço por St R$ 9,09 R$ 50,97 R$ 35,57 R$ 11,77 Mês St R$/mês R$/mês R$/mês R$/mês jan/07 1.558 R$ 14.162,22 R$ 79.411,26 R$ 55.418,06 R$ 18.337,66 fev/07 1.569 R$ 14.262,21 R$ 79.971,93 R$ 55.809,33 R$ 18.467,13 mar/07 1.742 R$ 15.834,78 R$ 88.789,74 R$ 61.962,94 R$ 20.503,34 abr/07 1.459 R$ 13.262,31 R$ 74.365,23 R$ 51.896,63 R$ 17.172,43 mai/07 2.200 R$ 19.998,00 R$ 112.134,00 R$ 78.254,00 R$ 25.894,00 jun/07 2.098 R$ 19.070,82 R$ 106.935,06 R$ 74.625,86 R$ 24.693,46 jul/07 631 R$ 5.735,79 R$ 32.162,07 R$ 22.444,67 R$ 7.426,87 ago/07 2.442 R$ 22.197,78 R$ 124.468,74 R$ 86.861,94 R$ 28.742,34 set/07 1.640 R$ 14.907,60 R$ 83.590,80 R$ 58.334,80 R$ 19.302,80 out/07 1.179 R$ 10.717,11 R$ 60.093,63 R$ 41.937,03 R$ 13.876,83 nov/07 284 R$ 2.581,56 R$ 14.475,48 R$ 10.101,88 R$ 3.342,68 dez/07 1.232 R$ 11.198,88 R$ 62.795,04 R$ 43.822,24 R$ 14.500,64 jan/08 2.384 R$ 21.670,56 R$ 121.512,48 R$ 84.798,88 R$ 28.059,68 fev/08 2.171 R$ 19.734,39 R$ 110.655,87 R$ 77.222,47 R$ 25.552,67 mar/08 441 R$ 4.008,69 R$ 22.477,77 R$ 15.686,37 R$ 5.190,57 abr/08 2.381 R$ 21.643,29 R$ 121.359,57 R$ 84.692,17 R$ 28.024,37 mai/08 2.257 R$ 20.516,13 R$ 115.039,29 R$ 80.281,49 R$ 26.564,89 jun/08 2.565 R$ 23.315,85 R$ 130.738,05 R$ 91.237,05 R$ 30.190,05 Máximo 2.565 R$ 23.315,85 R$ 130.738,05 R$ 91.237,05 R$ 30.190,05 Média 1.680 R$ 15.267,67 R$ 85.609,78 R$ 59.743,77 R$ 19.769,02 Mínimo 284 R$ 2.581,56 R$ 14.475,48 R$ 10.101,88 R$ 3.342,68 Ganhos / mês ( máximo ) R$ 77.232,15 Ganho médio semenergia e Segmentos Ganhos / mês ( média ) R$ 50.573,09 763,6 toneladas/mês 12 meses R$ 606.877,09 Ganhos / mês ( mínimo ) R$ 8.551,24 24 meses R$ 1.213.754,17 36 meses R$ 1.820.631,26 Ganho médio Corporativo Projeto Finos 12 meses R$ 214.555,21 24 meses R$ 429.110,41 36 meses R$ 643.665,62 Fluxo de Caixa semo Refile Economia R$ 17.879,60 Atual Crédito Finos p/ Jgva Custo Cavaco equiv Finos (R$ 130.085,88) Jaguariaíva R$ 15.267,67 (R$ 85.609,78) (R$ 70.342,11) Custo Finos + Frete Ctba Curitiba (R$ 59.743,77) (R$ 59.743,77) Projetado Energia Elétrica Equipam. Manutenção Equipamentos Desgaste Segmentos Aumento Energia Específica (R$ 112.206,28) Jaguariaíva (R$ 5.477,85) (R$ 10.560,00) (R$ 16.655,64) (R$ 32.693,49) Custo Cavaco subs. Finos Custo Adicional Cavaco Curitiba (R$ 59.743,77) (R$ 19.769,02) (R$ 79.512,79) Processo Trata-se de transportar os finos rejeitados na peneira vibratória, que atualmente são destinados para um Silo e deste transportados para Curitiba, o projeto prevê descarregar os finos do Silo onde são atualmente armazenados, através de uma rosca, para um Silo Dosador, que irá descarregar num TP que transportará os finos para o

prédio do Desfibrador no Silo Vibratório deste encaminhado para o Digestor junto com o Cavaco pela Rosca Desaguadora Plug. A transferência do Silo Vibratório para o Digestor é realizada pela rosca Plug que possui uma camisa peneirada de furo cônico, sabemos que parte dos finos alimentados no Silo Vibratório serão rejeitados pela Rosca Plug. Assim que foi previsto a instalação de uma peneira para recuperar estes finos e devolvê-los ao Processo. Estimamos uma perda de 10% do total de finos que entram na Rosca Plug pela camisa perfurada. Análise e Especificação Técnica A fim de dimensionar os equipamentos foram realizadas análises dos finos. Umidade e Granulometria Data Descrição Material Umidade (%) >9,5 >4,0 >2,0 >1,0 >0,4 >0,2 Fundo 14/05/08 Finos 106,8 0,82 2,43 47,64 33,20 14,04 1,06 0,81 09/05/08 Finos 116,4 0,63 1,11 46,09 33,24 14,80 3,20 0,93 05/05/08 Finos 117,1 0,39 0,61 45,78 34,86 14,73 2,86 0,76 29/04/08 Finos 118,8 0,02 2,77 44,67 34,23 14,40 3,04 0,87 18/04/08 Finos 113,5 0,48 1,33 47,56 33,45 13,70 2,82 0,65 06/04/08 Finos 107,4 2,81 5,10 8,06 53,23 24,41 5,12 1,26 04/03/08 Finos 97,3 0,00 0,75 45,26 36,05 13,93 2,61 1,41 11/02/08 Finos 120,5 0,00 0,50 38,72 38,78 16,75 4,04 1,21 09/02/08 Finos 117,6 0,00 0,66 38,99 38,21 17,13 3,98 1,02 07/02/08 Finos 115,4 0,04 0,82 44,50 30,92 12,52 10,40 0,78 20/01/08 Finos 123,3 0,00 0,63 40,09 37,59 17,37 3,45 0,88 16/01/08 Finos 98,9 0,00 0,33 35,65 37,49 20,26 5,19 1,08 07/01/08 Finos 111,2 0,00 0,80 40,05 35,87 18,30 3,96 1,02 04/01/08 Finos 100,0 0,35 0,94 44,53 32,97 15,72 3,74 1,75 Média 111,7 0,4 1,3 40,5 36,4 16,3 4,0 1,0 É importante observarmos que aproximadamente 20% dos finos são menores de 1 mm.

Conclusão Ao fim deste trabalho, com o objetivo atingido, pode-se compreender melhor como aproveitar os finos gerados no processo de uma indústria de MDF e os desperdícios que os cavacos fora das especificações podem causar para os equipamentos e ao meio ambiente. A disposição destes resíduos nos pátios das fábricas e/ou depósitos de lixos municipais implicam em potencial risco de contaminação do solo, das águas subterrâneas e superficiais, bem como do ar, dada à alta volatilidade do formaldeído e a queima sem controle destes resíduos. Evidenciou-se, ainda, que o gerenciamento destes resíduos vem sendo efetuado de diferentes formas, através da sua venda ou simples doação. Dentre as formas mais comuns de reaproveitamento verificadas está, a queima em caldeiras de biomassa, e a aplicação como condicionador de solo misturado com cinza e lodo industrial ( compostagem ). Como na natureza nada se perde tudo se transforma, hoje em dia as indústrias madeireiras estão utilizando todos os tipos de resíduos industriais, tanto para venda o terceiro como para o próprio consumo. Evidenciou-se também uma organização na área de reaproveitamento diminuindo fatores de incidência de acidentes e incidentes, principalmente com animais peçonhentos devido ao acúmulo de rejeito de material na utilizado no processo. Para uma indústria de fabricação de MDF, hoje na produção de painéis um dos seus maiores custo de produção é a madeira, e também a exigência do mercado através das certificações ambientais, faz com que grandes empresas façam o melhor aproveitamento de seus resíduos.

Referências AVALIAÇÃO DO POTENCIAL POLUIDOR DOS RESÍDUOS DE MADEIRA NAS INDÚSTRIAS DO SETOR MOVELEIRO - Rogério Machado Pinto Farage Mestrando em Engenharia Ambiental Recursos Hídricos - Universidade Federal de Ouro Preto -Ana Augusta Passos Rezende - Universidade Federal de Ouro Preto - Wiliam Gomes Nunes Universidade Federal de Viçosa - Danielle Biajoli Vieira Universidade Federal de Viçosa -Cláudio Mudado Silva Universidade Federal de Viçosa http://www.documentos.aidis.cl/trabajos%20oral/tema%20vi%20- %20Residuos%20S%F3lidos/VI-Farage-Brasil-1.doc ARAUCO DO BRASIL S.A. Projeto de reaproveitamento dos finos memorial descritivo. Setembro, Jaguariaíva/Pr, 2008. CARNEIRO - TARCIO DA SILVA. Trabalho apresentado na disciplina Monografia (TCC) do Curso de Engenharia Florestal da Faculdade de Jaguariaíva FAJAR Jaguariaíva 2007