Relatório de Sustentabilidade 2011

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Transcrição:

Sobre o Relatório A Klabin Mensagem da Administração Desempenho Econômico-financeiro Desempenho Social Desempenho Ambiental www.klabin.com.br Relatório de Sustentabilidade 2011 01

Índice Sobre o relatório 04. Visão de Sustentabilidade 08. Alinhamento ao Pacto Global 03 40 84 01. A Klabin 05. Desempenho Econômico-financeiro 09. Índice Remissivo GRI 12 45 86 02. Mensagem da Administração 06. Desempenho Social 10. Informações Corporativas 21 55 95 03. Estratégia e Gestão 07. Desempenho Ambiental 25 72 02

Sobre o relatório 03

Sobre o relatório Este é o segundo Relatório Anual de Sustentabilidade da Klabin publicado de acordo com as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), organização internacional sem fins lucrativos que trabalha para uma economia global sustentável e fornece orientações sobre a produção de conteúdo de relatórios de sustentabilidade. As informações apresentadas contemplam as atividades e os resultados alcançados no ano de 2011, bem como as perspectivas para 2012, nas esferas econômica, social e ambiental, e seguem a versão G-3.1 do modelo GRI. GRI 3.1; 3.3 Os indicadores financeiros publicados neste documento abrangem todas as unidades operacionais no Brasil e na Argentina, enquanto as informações sociais e ambientais dizem respeito apenas às operações em território brasileiro. Alguns indicadores de recursos humanos incluem dados da unidade de sacos industriais localizada na Argentina. As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas seguindo os padrões brasileiros e as normas internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards IFRS), conforme determinam as instruções CVM 457/07 e CVM 485/10, sendo auditadas pela Deloitte Touche Tomatsu Auditores Independentes. Já as informações socioambientais seguem padrões determinados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e pelas certificações ISO 14011 e OHSAS 18001. Eventuais modificações nas bases de dados, em razão de ajustes de informações, são justificadas ao longo do documento. GRI 3.6; 3.7; 3.8; 3.9; 3.10 O relacionamento com os auditores externos é pautado pelo princípio da independência e pelas normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entre elas a proibição de esses profissionais auditarem o próprio trabalho, exercerem funções gerenciais na Empresa e promoverem os interesses dela. GRI 3.13 04

O conteúdo do documento reflete preocupações e interesses considerados de maior relevância por públicos de relacionamento consultados durante a elaboração deste relatório. O processo foi iniciado a partir do mapeamento dos principais públicos, levando-se em conta a sua representatividade e a relação com os assuntos relevantes para a sustentabilidade da Klabin. A seleção dos assuntos submetidos à consulta tomou por base o planejamento estratégico da Companhia, questões setoriais de sustentabilidade e aspectos destacados pela imprensa em 2011, em notícias publicadas sobre a Empresa e o setor. GRI 4.15 Dois painéis presenciais, realizados em São Paulo, sede da Companhia, permitiram a discussão conjunta e avaliação de 26 temas que abrangem todos os aspectos do desempenho sustentável. O primeiro reuniu 42 representantes de públicos externos (clientes, investidores e analistas de mercado de capitais, fornecedores, órgãos públicos, comunidade e organizações não governamentais). O segundo teve participação de 20 colaboradores e representantes de sindicatos de trabalhadores. Em ambos os painéis, os participantes discutiram em grupos quais os desafios atuais da sustentabilidade e como a Klabin deve se posicionar nesse contexto. Adicionalmente, foram realizados contatos por correio eletrônico, totalizando 77 pessoas consultadas, incluindo integrantes da Diretoria-Executiva. O processo foi conduzido por consultoria externa (Editora Contadino). GRI 3.5 Os resultados serviram para formar a matriz de materialidade (ou relevância), que representa graficamente o grau de importância atribuído a cada assunto. Públicos internos e externos tiveram suas opiniões ponderadas de forma similar, com exceção de membros da Diretoria, considerados com o dobro no peso na avaliação. As pontuações obtidas são representadas num gráfico de quadrantes: as conferidas pelo público interno são representadas no eixo horizontal e as ponderações do público externo, no eixo vertical. Assim, cada item tem um par de valores (coordenadas), que estabelece a sua posição no gráfico. Foram hierarquizadas as questões submetidas à consulta de temas. Os assuntos posicionados no quadrante superior direito foram considerados de maior relevância para a sustentabilidade da Klabin, levando em conta os dois eixos da matriz (perspectiva dos públicos externos e interno da empresa). Destacaram-se cinco temas de maior relevância: comportamento ético; resultados econômico-financeiros; consumo racional de recursos naturais; conformidade com leis e regulamentos; e direitos humanos. 05

Principais temas e preocupações GRI 4.17 Extremamente Importante 1 Comportamento ético (práticas anticorrupção, respeito aos direitos humanos, relacionamento com concorrentes) 2 Resultados econômico-financeiros (receitas, geração de caixa, resultados) 3 Consumo racional de recursos naturais (reúso e redução de consumo de água, desenvolvimento de fontes renováveis de energia) 4 Conformidade (cumprimento de leis e regulamentos ambientais, sociais, fiscais, sobre produtos e serviços) 5 Direitos humanos (não discriminação, combate ao trabalho escravo, trabalho infantil, liberdade sindical, entre outros) 6 Critérios socioambientais na seleção de fornecedores e em investimentos / Cadeia de valor (direitos humanos e trabalhistas, controles ambientais) 7 Biodiversidade (riqueza e variedade do ambiente natural, manejo florestal, preservação de áreas naturais, de flora e fauna) 8 Saúde e segurança do colaborador próprio e terceiro 9 Atividades de controle ambiental exercidas pela Klabin 10 Certificação/ auditoria de sistemas de gestão (ISO 14001, ISO 9001, ISO 22000, OHSAS 18001, FSC, Isega, entre outros) 11 Qualidade dos produtos e serviços 12 Relacionamento com os clientes (frequência, diálogo, condições) Muito Importante 13 Gestão de resíduos (reciclagem de materiais, transporte e disposição correta de resíduos perigosos) 14 Mudanças climáticas (medidas para reduzir o impacto das operações sobre o clima, a exemplo de controle de emissões de gases de efeito estufa em toda cadeia de produção pegada de carbono) 15 Compromissos com iniciativas externas (ex.: Pacto Global, Diálogo Florestal, Empresas pelo Clima etc.) 16 Inovação na oferta de produtos e serviços 17 Relacionamento e apoio ao desenvolvimento de fornecedores (critérios de seleção, estímulos à melhoria dos sistemas de produção e gestão, diálogo) Importante 18 Marca e reputação da Klabin 19 Treinamento e desenvolvimento dos colaboradores 20 Presença de mercado (relevância para as comunidades / economias locais, liderança em segmentos de atuação) 21 Diversidade e igualdade de oportunidades (inclusão social) 22 Remuneração e benefícios para empregados e terceiros Pouco Importante 23 Governança corporativa (transparência, ampla divulgação de informações, relacionamento entre acionistas majoritários e minoritários) 24 Geração de emprego 25 Investimento em capacidade de produção 26 Investimento na comunidade, em infraestrutura e serviços de benefício público Matriz de materialidade Relevância para os públicos de relacionamento 25 14 17 16 15 23 26 13 24 Relevância para a empresa 3 1 11 9 5 12 10 8 18 21 22 4 6 7 20 19 2 06

O documento alcançou o nível de aplicação B de aplicação das diretrizes GRI, confirmado por verificação externa realizada pela empresa BSD Consulting, seguindo os parâmetros expostos no quadro a seguir, pelo qual a GRI estipula os requisitos para estabelecer a extensão do relato. Relatório - Níveis de aplicação GRI Perfil da G3.1 RESULTADO C C+ B B+ A A+ Responder aos itens: 1.1; 2.1 a 2.10; 3.1 a 3.8; 3.10 a 3.12; 4.1 a 4.4; 4.14 a 4.15 Responder a todos os critérios elencados para o Nível C mais: 1.2; 3.9, 3.13; 4.5 a 4.13; 4.16 a 4.17 O mesmo exigido para o nível B Para esclarecimentos relativos a este Relatório e seu conteúdo, bem como críticas e sugestões, a Klabin coloca à disposição o e-mail rs@klabin.com.br. GRI 3.4. Informações sobre a forma de gestão da G3.1 Indicadores de Desempenho da G3.1 e Indicadores de Desempenho do Suplemento Setorial RESULTADO RESULTADO Não exigido Responder a um mínimo de 10 Indicadores de Desempenho, incluindo pelo menos um de cada uma das seguintes áreas de desempenho: social, econômico e ambiental. Com verificação externa Informações sobre a Forma de Gestão para cada Categoria de Indicador Responder a um mínimo de 20 Indicadores de Desempenho, incluindo pelo menos um de cada uma das seguintes áreas de desempenho: econômico, ambiental, direitos humanos, práticas trabalhistas, sociedade, responsabilidade pelo produto. Com verificação externa Forma de Gestão divulgada para cada Categoria de Indicador Responder a cada Indicador essencial da G3 e do Suplemento Setorial* com a devida consideração ao Princípio da materialidade de uma das seguintes formas: a) respondendo ao indicador ou b) explicando o motivo da omissão. Com verificação externa * Suplemento setorial em sua versão final 07

Declaração de Garantia A BSD Consulting realizou, pela segunda vez, a verificação independente do processo de elaboração do Relatório de Sustentabilidade da Klabin, desenvolvido de acordo com as diretrizes da GRI G3.1 (Global Reporting Initiative). O processo de verificação tem o objetivo de proporcionar às partes interessadas da Klabin uma opinião independente sobre: a qualidade do relatório; os processos de engajamento com stakeholders; a aderência aos princípios da norma AA1000AS (2008); e a gestão de sustentabilidade da companhia. Independência Trabalhamos de forma independente e asseguramos que nenhum integrante da BSD mantém contratos de consultoria ou outros vínculos comerciais com a Klabin. A BSD Consulting é licenciada pela AccountAbility como provedor de garantia (AA1000 Licensed Assurance Provider), sob o registro 000-33. Nossa Competência A BSD Consulting é uma empresa especializada em sustentabilidade. Os trabalhos foram conduzidos por uma equipe de profissionais experientes e capacitados em processos de verificação externa. Responsabilidades da Klabin e da BSD A elaboração do Relatório de Sustentabilidade, bem como a definição de seu conteúdo são de responsabilidade da Klabin. A avaliação do relatório e a conferência do nível de aplicação das diretrizes GRI G3.1 foram objeto de trabalho da BSD. Escopo e Limitações O escopo de nossos trabalhos inclui as informações da versão completa do Relatório de Sustentabilidade 2011 da Klabin, pelo período coberto pelo relatório. O processo de verificação independente foi conduzido de acordo com o padrão AA1000AS (2008) (AccountAbility1000 Assurance Standard 2008), Tipo 1, proporcionando um nível moderado de assurance. O processo abrange a avaliação da aderência do processo de prestação de contas da Klabin aos três princípios: Inclusão, Materialidade e Capacidade de Resposta. Metodologia A abordagem de verificação do processo AA1000 consistiu em: Avaliação do conteúdo do Relatório de Sustentabilidade 2011; Entendimento do processo de geração de informações para o Relatório de Sustentabilidade, considerando o processo de engajamento e definição da materialidade; Pesquisa de informações públicas sobre o setor e a companhia (imprensa, sites e bases legais) para identificação de temas relevantes do ponto de vista externo; 08

Entrevistas com executivos, gestores e funcionários de áreas-chave para avaliar assuntos relevantes, o contexto da gestão de sustentabilidade e informações disponibilizadas no Relatório; Visita a unidade de sacos industriais de Lages, Santa Catarina; Quando relevante, confirmação de informações sobre o desempenho de sustentabilidade com o corpo diretivo da empresa; Com base em testes amostrais, confirmação de informações do Relatório com documentação de suporte, relatórios gerenciais internos e correspondências oficiais. Principais Conclusões Princípios AA1000AS De acordo com a avaliação da BSD Consulting, houve evolução dos processos para a gestão de sustentabilidade na Klabin. A estruturação do Comitê de Sustentabilidade e a definição de processos para engajamento de stakeholders são os destaques para o ano de 2011. Ainda é necessário consolidar as formas de comunicação das práticas de sustentabilidade da empresa, tanto interna quanto externamente. A expansão de suas atividades, por meio da aquisição de novas áreas florestais e implantação de uma nova unidade industrial, representa um grande desafio para os próximos anos. Seguem as conclusões em relação aos três princípios da AA1000AS. Principais Conclusões sobre a Aderência aos Princípios AA1000AS (2008) 1. Inclusão aborda a participação de stakeholders no desenvolvimento de um processo de gestão de sustentabilidade transparente e estratégico. No início de 2012 foi realizado o primeiro painel de stakeholders da Klabin, que reuniu o público interno, fornecedores, governo, clientes, instituições financeiras e ONGs. Para garantir a continuidade e qualidade deste processo, é importante que a Klabin defina os critérios para identificação e priorização dos stakeholders, bem como sistematização do processo de engajamento. Como o processo foi realizado no início de 2012, é importante que os seus resultados sejam utilizados ao longo deste ano, de forma que possam nortear a definição da estratégia de sustentabilidade da empresa, proporcionando aprendizado e mudanças internas, quando necessário. 09

Recomendamos ampliar o processo de engajamento de stakeholders para as unidades operacionais e também capacitar equipes locais para que as mudanças e demandas de stakeholders locais sejam analisadas apropriadamente. 2. Materialidade (ou Relevância) assuntos necessários para que os stakeholders tomem conclusões sobre o desempenho econômico, social e ambiental da organização. O processo de avaliação de materialidade, por meio de consulta a stakeholders (realização de painel), foi realizado no início de 2012. Portanto, o relatório de 2011 ainda não reflete a análise da materialidade realizada neste ano. Os resultados deste processo devem ser considerados na elaboração do relatório de 2012. Para que o processo de avaliação e definição de materialidade seja contínuo e estruturado, recomenda-se que sejam definidos procedimentos e critérios para esta análise, considerando também questões locais das unidades e resultados de outros processos da empresa, como os Diálogos Operacionais, realizados nas áreas florestais da Klabin. Alguns assuntos inicialmente tratados neste relatório serão temas relevantes futuros, principalmente os relacionados à expansão. Existem preocupações reais da empresa em relação aos impactos socioambientais na comunidade em que irá atuar; não somente em minimizar os impactos negativos, mas também de propiciar desenvolvimento econômico, social e ambiental na região. Os temas críticos foram tratados de forma clara e transparente no relatório de 2011. Questões como as dificuldades do mercado internacional e o fim das operações da unidade de Del Castilho, bem como desafios para melhorar a atuação em saúde e segurança ocupacional foram abordados também na Mensagem da Administração. As metas e objetivos de sustentabilidade (para 2012 e de médio prazo) da Klabin estão alinhados com a estratégia de negócios da companhia. Porém é importante que eles também sejam alinhados aos temas materiais identificados e aos desafios futuros, reforçando ainda mais seus compromissos com a gestão estratégica e de sustentabilidade de seus negócios. 3. Capacidade de Resposta aborda as ações tomadas pela organização em decorrência de demandas específicas de stakeholders. A Klabin avançou para o nível de aplicação B de seu relatório de sustentabilidade e apresentou compromissos importantes em relação aos desafios de crescimento sustentável de seus negócios. 10

Visando o aprimoramento de sua gestão, a Klabin estruturou e implementou ações em áreas importantes, tais como Suprimentos, Planejamento Estratégico e Sustentabilidade, além de formalizar a atuação do Comitê de Sustentabilidade. A comunicação de suas práticas e ações em sustentabilidade é um constante desafio para a companhia. Ressalta-se que, além da comunicação aos seus públicos externos, deve-se comunicar e engajar o público interno, em todas as suas unidades, buscando principalmente a capacitação diante dos temas complexos para o desenvolvimento sustentável. A área de Planejamento Estratégico tem atuado na definição e formalização de seus processos. A área identificou os temas Inovação e Sustentabilidade como assuntos que serão explorados pela companhia nos próximos anos. Visando o desenvolvimento da sua gestão em sustentabilidade, recomenda-se que a Klabin direcione ações para a gestão da cadeia de fornecedores, considerando aspectos relacionados a Direitos Humanos e práticas trabalhistas; e busque participação ativa em discussões setoriais relevantes, de forma que possa influenciar positivamente a definição de políticas públicas e novas regulamentações. Nível de Aplicação GRI G3.1 Seguindo as orientações das diretrizes GRI G3.1, a BSD declara que o relatório de sustentabilidade de 2011 da Klabin S.A. é classificado como Nível de Aplicação B+. O relatório oferece resposta aos itens relacionados ao perfil da empresa e informações relacionadas a todas as categorias, aspectos e indicadores: econômico, ambiental, direitos humanos, práticas trabalhistas, sociedade e responsabilidade pelo produto. São Paulo, 17 de maio de 2012. 11

01. A Klabin 12

01. A Klabin Historicamente comprometida com o desenvolvimento sustentável e com a preservação dos recursos naturais e da biodiversidade, a Klabin é a maior produtora, exportadora e recicladora de papéis para embalagem do Brasil, referência mundial em manejo florestal. Maior produtora, exportadora e recicladora de papéis do Brasil, a Klabin S.A. é líder na produção de papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado e sacos industriais, além de comercializar madeira em toras. Empresa de capital aberto, 100% brasileira, é controlada pela holding Klabin Irmãos e Cia. que detém 59% do capital votante e negocia ações na BM&FBovespa há 32 anos. Sua capacidade produtiva alcança 1,9 milhão de toneladas anuais de papéis destinadas à conversão de embalagens de papel ou exportação para mais de 70 países nos cinco continentes. GRI 2.1; 2.2; 2.6 O tamanho e a importância de seu negócio são expressos também pelo número de clientes ativos, que em 2011 somou aproximadamente 3 mil, entre indústrias de alimentos, higiene e limpeza, eletroeletrônicos, bebidas, cimento, madeira serrada e laminada, conversão de embalagens e outras. GRI 2.5; 2.7 Para atender de forma eficiente às demandas dos clientes nos mercados interno e externo, sua estrutura é integrada por três Unidades de Negócio: Florestal, Papéis (papelcartão e papéis kraft) e Conversão (caixas de papelão ondulado e sacos industriais). As operações compreendem 16 unidades fabris, instaladas em oito Estados brasileiros, além de uma na Argentina. Conta com o suporte de escritórios comerciais em nove Estados do País, uma filial nos Estados Unidos e um distribuidor logístico na Europa, além de representantes e agentes comerciais em vários países. GRI 2.3 Historicamente comprometida com o desenvolvimento sustentável, reserva mais de 40% de suas terras para matas nativas preservadas, que somavam 212 mil hectares no final de 2011. Em um sistema integrado de produção florestal, mantinha 243 mil hectares de áreas próprias plantadas com pinus e eucalipto responsáveis pela oferta 13

da maior parte da madeira necessária à fabricação de seus produtos. No total, as áreas da Companhia (próprias, arrendadas e infraestrutura) somavam 506 mil hectares. Suas práticas contemplam compromissos de preservação dos recursos naturais e da biodiversidade, em um modelo de manejo responsável que a tornou a primeira empresa do setor de papel e celulose do Hemisfério Sul a receber a certificação Forest Stewardship Council (FSC ), o que ocorreu em 1998. Desenvolve ainda um bem-estruturado programa de Fomento Florestal, em parceria com 19 mil produtores rurais, em um processo que alia desenvolvimento econômico, social e ambiental das comunidades próximas. A Klabin encerrou o ano de 2011 com um quadro de 13.831 colaboradores, sendo 8.556 próprios, 5.140 terceiros e 135 estagiários e jovens-aprendizes. Comercializou 1.739 mil toneladas de papéis e embalagens, o que resultou em receita líquida de R$ 3.889 milhões. A geração de caixa, expressa pelo EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), foi de R$ 1.077 milhões, equivalente a uma margem de 28%, e o lucro líquido alcançou R$ 183 milhões. O valor de mercado da Companhia em 31 de dezembro era de R$ 7,3 bilhões. GRI 2.8 14

Map of operations Brasil Brazil Unidades de Negócio / Unit business Sobre o Relatório A Klabin Mensagem da Administração Desempenho Econômico-financeiro Desempenho Social Desempenho Ambiental www.klabin.com.br Florestal / Forestry Alto Paranapanema (SP) Alto Vale do Itajaí (SC) Planalto Catarinense (SC) Campos Gerais (PR) Planalto de Guarapuava (PR) Microrregião de Paranaíba (MS) Papéis ( papelcartão, papel kraft) Paper ( cartonboard, kraft paper) Angatuba (SP) Correia Pinto (SC) Otacílio Costa (SC) Telêmaco Borba (PR) Sacos Industriais / Industrial Sacks Goiana (PE) Lages (SC) Pilar (Argentina) Embalagens de Papelão Ondulado Corrugated paper Goiana (PE) Feira de Santana (BA) Betim (MG) Jundiaí (SP) Piracicaba (SP) Itajaí (SC) São Leopoldo (RS) Papéis Reciclados Recycled Paper Goiana (PE) Guapimirim (RJ) Ponte Nova (MG) Piracicaba (SP) Portos Harbor Suape (PE) Santos (SP) Paranaguá (PR) Itajaí (SC) São Francisco do Sul (SC) Mapa de operações Unidades de negócio Argentina Uruguai Uruguay Florestal Alto Paranapanema (SP) Alto Vale do Itajaí (SC) Planalto Catarinense (SC) Campos Gerais (PR) Planalto de Guarapuava (PR) Vale do Corisco (PR) Papéis para Embalagens Angatuba (SP) Correia Pinto (SC) Otacílio Costa (SC) Telêmaco Borba (PR) Sacos Industriais Goiana (PE) Lages (SC) Pilar (Argentina) Embalagens de Papelão Ondulado Goiana (PE) Feira de Santana (BA) Betim (MG) Del Catilho (RJ) Jundiaí (SP) Piracicaba (SP) Itajaí (SC) São Leopoldo (RS) Papéis Reciclados Goiana (PE) Guapimirim (RJ) Ponte Nova (MG) Piracicaba (SP) Portos Suape (PE) Santos (SP) Paranaguá (PR) Itajaí (SC) São Francisco do Sul (SC) 15

Capacidade de produção Florestas: 506 mil hectares Área plantada: 243 mil hectares Área preservada: 212 mil hectares Outras áreas: 51 mil hectares Celulose - 1,7 milhão de toneladas fibras longas + fibras curtas + CTMP* Madeira em toras 2,8 milhões de toneladas Papel - 1,9 milhão de toneladas Cartões 700 mil t Sacos industriais 167,2 mil t Caixas de papelão ondulado 670 mil t Reciclados 200 mil t Papéis kraftliner 800 mil t Sack kraft 160 mil t Celulose 1,7 milhões t fibras longas + fibras curtas + CTMP* *CTMP - Chemi-thermomechanical Pulp - fibra curta de eucalipto produzida por processo químico, termomecânico 16

presente no dia a dia das pessoas de mais de Mapa de Exportações América do Norte Canadá EUA México América Central Antilhas Holandesas Costa Rica Dominica El Salvador Guatemala Haiti Honduras Ilhas Virgens US Jamaica Nicarágua Panamá Porto Rico República Dominicana Suriname Trinidad e Tobago América do Sul Argentina Bolívia Chile Colômbia Equador Paraguai Peru Uruguai Venezuela Europa Alemanha Bélgica Chipre Espanha Finlândia França Grã-Bretanha Grécia Holanda Irlanda Itália Lituânia Polônia Portugal República Tcheca Rússia 70 países África África do Sul Angola Argélia Benin Congo Costa do Marfim Egito Gana Marrocos Nigéria Quênia Senegal Tanzânia Togo Tunísia Uganda Oriente Médio Arábia Saudita Emirados Árabes Irã Israel Jordânia Kuwait Líbano Síria Turquia Ásia Bangladesh China Filipinas Hong Kong Índia Paquistão Tailândia Taiwan Vietnã Oceania Austrália 17

Premiações e reconhecimentos GRI 2.10 Prêmio Abre da Embalagem Brasileira 2011 O saco valvulado com alça, produzido pela unidade de sacos industriais em Lages (Santa Catarina) foi vencedor em duas categorias do prêmio concedido pela Associação Brasileira de Embalagens (Abre): Tecnologia em Embalagens de Produtos em Geral e Voto Popular Consumidores. Além disso, ficou entre as três melhores embalagens no quesito Design Estrutural. 18º Prêmio Expressão de Ecologia A Empresa foi campeã na categoria Gestão Ambiental, com o case Biodiversidade na Klabin, tornando-se a maior vencedora da história do prêmio. A premiação aconteceu no Fórum de Gestão Sustentável 2011, realizado na Sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis. Na ocasião, a Companhia recebeu seu 11º troféu Onda Verde. Empresas de Maior Prestígio no Brasil 2011 Prêmio concedido pelo Anuário Época Negócios 100, da revista Época Negócios, na categoria Papel e Celulose. Prêmio Benchmarking Ambiental Brasileiro O case Programa de Fomento Florestal Semeando o Desenvolvimento Sustentável foi premiado na nona edição do Dia Benchmarking. O projeto trata do incentivo e orientação para a plantação de pinus e eucalipto em propriedades rurais próximas às regiões em que a Klabin atua. O prêmio é uma iniciativa da Mais Projetos empresa de gestão e capacitação socioambiental. Melhor Fornecedora Global de Papel para a Tetra Pak Pela sexta vez, a Klabin recebeu o reconhecimento, concedido pela Tetra Pak. Foram avaliados itens como desempenho do produto desde a formação até o envase, disponibilidade de cartão, atendimento às especificações, capacidade técnica, desempenho comercial, relacionamento, emissão de CO 2, sustentabilidade florestal e engajamento com reciclagem. Troféu Fornecedor Destaque do Grupo Gerdau O prêmio foi concedido aos fornecedores que se destacam por qualidade, pontualidade nas entregas e flexibilidade, sempre atendendo às demandas da Gerdau. A premiação aconteceu durante evento realizado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre. Prêmio Qlicar Natura Conferido pela maior empresa de cosméticos do País, visa promover relações de qualidade com fornecedores alinhados à visão da Natura. Em 2011, a Klabin foi campeã na categoria Gráficos. Prêmio Impact Awards Concedido pela Associação de Usuários do SAP (Asug) ao case Potencialização do Faturamento de Madeira na Klabin Venda Direto da Floresta. No total, foram 18 trabalhos inscritos por 14 empresas de todo o País. 18

Prêmio Destaque do Setor 2011 ABTCP Pela sétima vez, a Klabin foi vitoriosa na categoria Fabricante de Papel para Embalagem. O reconhecimento, promovido há dez anos pela Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), valoriza as empresas atuantes no setor de celulose e papel. Empresas que Melhor se Comunicam com Jornalistas Prêmio concedido pela revista Negócios da Comunicação, na categoria Papel e Celulose. Maiores & Melhores da Panificação Brasileira Prêmio da revista Panificação Brasileira, na categoria Especiais Sustentabilidade. Destaque Preferência Pack 2011 A Klabin foi reconhecida entre os melhores fornecedores da indústria da embalagem 2011, nas categorias caixas de papelão ondulado (17% da preferência) e sacos de papel (44% da preferência). Certificações A Klabin foi a primeira empresa do setor de celulose e papel nas Américas a ter suas florestas certificadas pelo Forest Stewardship Council (FSC), o que ocorreu em 1998. O selo é uma importante ferramenta que comprova a adoção de práticas ambientalmente corretas, socialmente justas e economicamente viáveis. Foi pioneira mundial na certificação FSC para o manejo e a cadeia de custódia de produtos não madeireiros (plantas medicinais, fitoterápicos e fitocosméticos). Essa certificação abrange ainda a Cadeia de Custódia da produção de cartões, sacos industriais, embalagens de papelão ondulado e papéis reciclados. Os papéis para embalagens que entram em contato com alimentos são certificados pelo Instituto de Análise de Materiais para Embalagem (Isega), da Alemanha, e pela ISO 22000. Outras certificações são a ISO 14011 (gestão ambiental) e OHSAS 18011 (saúde e segurança do trabalho). Empresa favorita no setor de papel e celulose Relatório do Banco Itaú BBA elegeu a Klabin como a empresa favorita no setor de papel e celulose, durante conferência entre as empresas do setor de commodities, ocorrida no Rio de Janeiro. O FSC na Klabin 1998 Primeira empresa no setor de papel e celulose a ter florestas certificadas pelo orgão. 1999 Primeira empresa no mundo a receber a certificação pelo manejo de plantas medicinais, fitoterápicas e fitocosméticos. 2001 Certificação de Cadeia de Custódia dos produtos florestais não madeireiros. 2005 Certificação da Cadeia de Custódia da produção de papéis e de cartões de fibra virgem em Monte Alegre (PR). 2006 Certificação da Cadeia de Custódia da produção de papéis nas Unidades Otacílio Costa e Correia Pinto (SC). 2007 Certificação dos processos produtivos de papéis reciclados, sacos industriais e embalagens de papelão ondulado. 19

Principais Indicadores GRI 2.8 2009 (1) 2010 2011 2009 2010 2011 Volume de vendas (mil t) Volume total 1.544 1.716 1.739 Financeiro Ativo total (R$ milhões) 11.402 12.261 12.742 Mercado interno 989 1.161 1.151 Patrimônio líquido (R$ milhões) 4.662 4.994 4.958 Mercado externo 555 555 588 Retorno sobre patrimônio líquido 4% 11% 4% Capitalização total (R$ milhões) 7.339 7.122 7.693 Resultados (R$ milhões) Receita bruta 3.591 4.431 4.686 Dívida líquida (R$ milhões) Dívida líquida/ebitda - anualizada (vezes) 2.676 3,6 2.128 2,2 2.735 2,5 Receita líquida 2.960 3.663 3.889 Dívida líquida/capitalização total 36% 30% 36% Mercado interno 2.248 2.850 3.017 Investimentos (R$ milhões) 247 386 883 Mercado externo 712 813 872 Lucro bruto 526 1.371 1.332 Social Resultado operacional (EBIT) 60 821 797 Número de empregados diretos (2) 7.417 7.910 8.556 EBITDA 747 962 1.077 Número de empregados indiretos (2) 4.885 6.122 5.140 Lucro líquido 169 560 183 Investimento social externo (R$ milhões) 8,2 5,4 9,9 Margens Margem bruta 18% 37% 34% Margem EBITDA 25% 26% 28% Margem líquida 6% 15% 5% Ambiental Consumo específico de água (m 3 /t) média (negócio papéis) 42,94 40,89 40,04 Investimento ambiental (R$ milhões) 22,2 39,6 52,6 (1) Ajustados os dados publicados em 2009, em decorrência de efeitos provocados pela adoção dos padrões internacionais de contabilidade (IFRS), com exceção de dados socioambientais (2) Estes números não consideram os empregados diretos e indiretos das empresas Antas Serviços Florestais e Hotel Ikapê Empreendimentos. 20

02. Mensagem da Administração 21

02. Mensagem da Administração Marcado pela evolução de nossas práticas de gestão e desenvolvimento sustentável, 2011 foi também um ano em que pudemos aperfeiçoar nossos processos, disciplinar gastos e aprofundar o diálogo com diferentes públicos de interesse, melhorando nosso desempenho econômico, social e ambiental. GRI 1.1 O ano de 2011 foi especialmente recompensador para a Klabin. Caminhamos no sentido de evoluir em nossas práticas do desenvolvimento sustentável, buscando aprofundar o diálogo com diferentes públicos de relacionamento, aperfeiçoar nossas práticas e melhorar nosso desempenho nas dimensões social, ambiental e econômica. Iniciamos o ano com os pés no chão, cientes de que precisávamos nos preocupar com custos e produtividade. Esse diagnóstico precoce foi fundamental na preparação da Companhia para enfrentar as incertezas e dificuldades que o mercado global apresentava naquele momento. Assim, pudemos planejar ações que sustentaram, de forma eficiente, nossas operações ao longo do ano. No cenário nacional, a preocupação com estoques acima da média nos levou a rever estratégias de comercialização. Adotamos mudanças que permitiram melhorar o mix de produtos e as margens, o que se refletiu positivamente na receita. Na esfera internacional, optamos por manter o posicionamento de redução de volumes exportados para atender à demanda interna, mas sem perder de vista o atendimento a clientes. Dessa forma, encerramos o exercício com receita líquida de R$ 4 bilhões e geração de caixa EBITDA recorde de R$ 1,1 bilhão, com evoluções importantes sobre o ano anterior. Demos prioridade ao início de um bemestruturado programa de redução de custos fixos e variáveis, efetivado com o empenho e a dedicação de toda a Empresa. Iniciamos as atividades pela Unidade Monte Alegre (PR), por sua abrangência e importância em nossos negócios. Após quatro meses de 22

mapeamento de pontos de melhoria e adoção de novas ferramentas, obtivemos reduções significativas de custos. Em 2012, o programa será desdobrado para a Unidade Florestal, em que há também grande potencial para ganhos de eficiência e, na sequência, para a sede corporativa e demais unidades. Os investimentos em modernização industrial, ampliação de capacidade e melhorias ambientais avançaram de forma significativa. A nova caldeira de biomassa instalada na Unidade Otacílio Costa (SC) trouxe ganhos importantes de eficiência e redução de custos. Estamos finalizando a instalação de equipamento semelhante em Correia Pinto (SC), que estará concluída em meados de 2012. Além disso, concluiremos, no segundo semestre de 2012, as obras de ampliação das Unidades Goiana (PE), que se tornará a maior unidade de papelão ondulado da Klabin, e Jundiaí (SP). Ambas darão novo fôlego às nossas operações de conversão. Comprometidos em crescer de forma sustentável, com criação de valor em toda a cadeia produtiva, adquirimos as terras da Florestal Vale do Corisco, em parceria com a Arauco Forest Brasil. Esse investimento se alinha a um projeto que prevê a construção de moderna fábrica de celulose de pinus e eucalipto no Estado do Paraná. Queremos que essa unidade seja a mais sustentável do mundo em termos de eficiência operacional, relacionamento com o meio ambiente e a comunidade. Além de autossuficiente em energia, o escopo do projeto inclui a criação de um fundo para desenvolvimento da comunidade local, que será gerido inicialmente por nós. Esse é um grande passo rumo ao novo ciclo de expansão que projetamos para os próximos anos. GRI 2.9 Dois investimentos relevantes já foram aprovados para 2012: uma nova máquina de papel em Correia Pinto (SC), com capacidade de 100 mil toneladas, para a fabricação de sack kraft, e a instalação de máquina de reciclados em Angatuba (SP), para melhorar os processos de produção e ampliar a competitividade desse produto. Assim, todas as unidades de produção de papéis e embalagens no estado da arte em termos de tecnologia e de custo, o que é extremamente importante para mantermos a vantagem competitiva nos diversos mercados de atuação. Criamos no ano duas novas diretorias de Suprimentos, Logística e Materiais e de Planejamento, Projeto Celulose e Comunicação e estruturamos um Comitê de Sustentabilidade, responsável por assegurar que boas práticas econômicas, sociais e ambientais integrem nossa estratégia do negócio e permeiem todos os processos gerenciais. São avanços de gestão que se alinham ao nosso compromisso com os dez princípios do Pacto Global, iniciativa das Nações Unidas que encoraja as empresas a adotarem práticas responsáveis de negócios, colocando a 23

agenda social e ambiental no mesmo nível que a econômica. Além disso, mudamos o sistema de compensação da Companhia, com o objetivo de reforçar o alinhamento dos executivos com o dos acionistas, já com resultados em 2011. Nosso compromisso com o crescimento sustentável vai muito além do desempenho econômico e está expresso em um conjunto de ações socioambientais desenvolvido em linha com os princípios do Código de Conduta Klabin. Uma das mais destacadas iniciativas é o Programa Caiubi de educação ambiental, que completou dez anos em 2011. Nesse período, mais de 240 mil alunos, 10 mil professores e 771 escolas foram beneficiadas com atividades de preservação da fauna e da flora. O ano também trouxe algumas decisões difíceis, como o fim das operações da Unidade Del Castilho (RJ), efeito direto do avanço da urbanização do entorno que restringia as atividades fabris e impossibilitava executar qualquer projeto de expansão. Entre os desafios para 2012, estão a melhora da atuação em saúde e segurança ocupacional. Nosso desempenho nesse aspecto ficou aquém dos anos anteriores, o que nos levou a intensificar as ações para ampliar a cultura de segurança em todas as atividades. Além disso, continuaremos com os olhos bem abertos em relação a custos, verificando de perto todo o negócio e aplicando mudanças necessárias para melhorar nossa eficiência. Mais do que sucesso, os resultados alcançados mostram o quanto a Klabin amadureceu em seus processos. Temos muito orgulho de fazer parte dessa importante cadeia, na qual cada um dos nossos públicos de relacionamento desempenha papel fundamental. É certo que as ferramentas corretas ajudam na construção do futuro; mas, sem dúvida, o resultado depende fundamentalmente da mão firme de quem trabalha. Nosso agradecimento a todos os colaboradores, clientes e parceiros de negócios que nos ajudaram a conquistar os resultados deste ano. A Administração 24

03. Estratégia e Gestão 25

03. Estratégia e Gestão Inovação, competitividade e visão de futuro, bases de um crescimento sustentável e de uma atuação orientada para a criação de valor para todos os públicos com os quais a Klabin se relaciona. Orientação estratégica A atuação orientada para a criação de valor determina a prioridade estratégica da Klabin de ampliar a competitividade em todas as linhas de produtos, aproveitar as diversas oportunidades de crescimento no setor e reforçar sua liderança no mercado de papéis para embalagem e embalagens de papel no Brasil. O alcance desses objetivos é amparado por compromissos com a sustentabilidade empresarial, buscando desempenho superior em aspectos econômicos, ambientais e sociais. Para crescer de forma sustentável, a Companhia baseia sua visão de futuro a partir de uma análise criteriosa das perspectivas da indústria mundial de celulose e papel e de suas vantagens competitivas no setor florestal, como disponibilidade e alta produtividade de madeira. analisar as perspectivas da indústria mundial de base florestal e as oportunidades para crescer de forma sustentável nos próximos anos, repetindo a história de sucesso trilhada desde sua fundação, em 1899. Com o objetivo de aperfeiçoar a gestão da Companhia, foram criadas duas novas diretorias: Planejamento, Projeto de Celulose e Comunicação; e Suprimentos, Logística e Materiais. Foi um período de revisitar detalhes dos negócios atuais e definir seus posicionamentos e objetivos estratégicos: Madeira: Aumentar a competitividade das florestas; Papelcartão: Ampliar a liderança de produção; Em 2011, foi dado início a um processo de reflexão para, a partir 2012, estruturar um novo ciclo de planejamento estratégico. Um fórum de alinhamento reuniu diretores da Companhia para Kraftliner: Dar suporte ao crescimento de papelão ondulado no Brasil; 26

Papelão ondulado: Aumentar a participação no mercado interno, com crescimento orgânico e inorgânico (aquisições); Sacos industriais: Manter a participação de mercado em cimento e crescer em outros segmentos. Aspectos como inovação e sustentabilidade ganharam maior ênfase no negócio e em 2012 serão incorporados, de forma definitiva, à estratégia de crescimento. Para isso, foi criado em 2011 um Comitê de Sustentabilidade, que conta com a participação de representantes de nove diferentes áreas e é responsável por colocar esse tema sob permanente atenção da Companhia. Outra iniciativa envolve a definição de um Plano Diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação de médio e longo prazos, com um fórum para analisar oportunidades nessas áreas, recomendar projetos e analisar resultados. Projeto de crescimento Com foco no crescimento de longo prazo, está em estudo a construção de uma nova fábrica de celulose, com capacidade para 1,5 milhão de toneladas/ano, a ser instalada no Estado do Paraná. O objetivo é que essa seja conhecida como a unidade de celulose mais sustentável do mundo. O local, ainda a ser definido, será um dos 12 municípios vizinhos a Telêmaco Borba (PR), onde já opera a Unidade Monte Alegre, a maior da Companhia. A aquisição da Florestal Vale do Corisco, realizada em parceria com a Arauco Forest Brasil, em novembro de 2011, também é parte da estratégia de crescimento para os próximos anos. (Mais informações sobre esse investimento estão na página 33) GRI 2.9 O projeto recebeu o nome de Puma, em referência às particularidades da espécie animal encontrada nas florestas da Empresa, consideradas semelhantes às da nova fábrica, como flexibilidade, agilidade e capacidade de adaptação ao meio ambiente. O Puma representa o topo da cadeia alimentar e sua existência nas áreas da Empresa demonstra o equilíbrio ambiental mantido na região. A operação está sendo concebida de forma a minimizar os impactos sobre o meio ambiente, com o uso da mais moderna tecnologia disponível no mundo para atingir indicadores de excelência no consumo de recursos naturais, como água e energia. Conta ainda com a vantagem de um reduzido raio médio de abastecimento de madeira (em torno de 80 quilômetros), o que reduz também impactos de emissões do transporte. Além de tornar a Klabin autossuficiente em energia, o projeto permitirá gerar um excedente de 150 MW para comercializar no mercado energia suficiente para suprir uma cidade de 500 mil habitantes. Objetivos e metas GRI 1.2 Para atingir suas ambições de crescimento, a Klabin definiu os seguintes objetivos e metas principais em 2012 e em médio prazo: 27

Objetivos e metas GRI 1.2 Objetivo Meta 2012 Meta médio prazo (3 a 5 anos) Redução de custos fixos e variáveis Ampliar capacidade de produção de papelão ondulado Ampliar capacidade de produção de sacos industriais Ampliar competitividade de papéis reciclados Estudo de viabilidade econômica e aprovação de novo projeto de celulose Reduzir emissões de gases de efeito estufa (1) Reduzir consumo de água (2) Aumentar a participação de fontes renováveis na matriz energética Ampliar a autossuficiência em geração de energia Aumentar eficiência, qualidade na preparação do solo e reduzir custos na área Florestal do PR Aumentar eficiência e reduzir custos na área Florestal do PR Ampliação de capacidade de produção de sack kraft (papel para sacos industriais) em Correia Pinto - MP23 Redução de custos de transporte (1) Klabin Papéis Monte Alegre (2) Consumo específico de água (m 3 /t) negócio papéis Concluir a instalação do projeto de desgargalamento da produção de celulose branqueada na unidade de Monte Alegre (PR) Concluir projetos de expansão em Goiana (PE) e Jundiaí (SP) Instalar nova linha de conversão em Goiana (PE) Iniciar projeto de novas máquinas em Angatuba (SP) e Goiana (PE), com capacidade de 300 e 100 mil toneladas/a Concluir os estudos e obter licenças ambientais 176 kg CO 2 t/papel 40 m 3 t/papel 75% 57% das necessidades Mecanização de 100% do preparo do solo até junho Primarização da colheita em SP e em SC até setembro Aumento de 80 mil t/ano de papel. Início em 2012 Compra de 40 caminhões com implementos em rotas de alta produtividade. Entrada em operação em agosto Instalar novas capacidades para acompanhar crescimento de demanda Instalar novas capacidades para acompanhar crescimento de demanda Concluir o projeto em três anos Concluir o projeto em três anos 165 kg CO 2 t/papel 38 m 3 t/papel 85% 100% das necessidades Projeto em operação até final de 2016 28

Apoio à gestão A disciplina no uso de recursos financeiros e o respeito aos critérios legais garantem a solidez financeira necessária à sustentabilidade dos negócios. Em 2011, esses valores foram evidenciados com a adoção de um programa de controle de custos fixos e variáveis, que garantirá ganhos expressivos de eficiência em todas as unidades. O trabalho foi desenvolvido com o apoio da consultoria do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), que auxiliou no mapeamento das operações e das oportunidades de melhorias para ganhos de eficiência e redução dos custos. A primeira fase do programa teve início em abril, na Unidade Monte Alegre (PR), preparando para a adoção da ferramenta Gerenciamento Matricial de Despesas (GMD), que trará importantes economias de custo anuais a serem capturadas especialmente a partir de 2012. O programa envolveu a gestão de oito pacotes de custos fixos (como pessoal, manutenção, transportes e locomoção, comunicações, entre outros) e seis de custos variáveis (como madeira, energia e químicos). Cada pacote é um agrupamento de gastos da mesma natureza e seu acompanhamento é feito por dois gestores, para um controle cruzado. Esse gerenciamento complementa iniciativas de melhoria contínua reunidos no Programa Superar, adotado desde 2002 na Unidade Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR). Em 2012, o programa de gestão de custos será estendido à área Florestal e, na sequência, à sede corporativa e a outras unidades industriais. Ao mesmo tempo, a Unidade Monte Alegre incorporará a metodologia Gerenciamento por Diretrizes (GP), que é o alinhamento das metas individuais às metas corporativas. 29

Ferramentas de Gestão Programa Escopo Alcance Redução de custos INDG Realizado em parceria com INDG, tem como meta a redução de custos fixos e variáveis, por meio do monitoramento de operações, identificação de oportunidades de melhoria e propostas de redução. Inicialmente Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR). Deverá se estender a todas as áreas da Companhia. Programa Klabin Superar Programa de Controle de Perdas Inspeção Ambiental SAP/R3 Ferramenta de melhoria contínua que tem como base a metodologia World Class Operation Management (gerenciamento de operações de classe mundial). O objetivo é ampliar a produtividade e motivar os colaboradores a contribuírem com ideias e sugestões. Entre suas vantagens, alinham-se: Melhores condições de segurança Aumento da competência e confiança dos colaboradores Melhor ambiente de trabalho e maior motivação Disseminação da cultura de melhoria contínua Redução do índice de refugo e desperdício de matéria-prima Aumento da eficácia e confiabilidade dos equipamentos, com redução de quebras e paradas operacionais Aumento da produtividade Satisfação dos clientes, com redução no número de reclamações Permite maior eficiência dos processos operacionais da Unidade. Ferramenta de melhoria contínua que visa identificar e propor soluções para possíveis desvios ambientais ocasionados pelas operações da Companhia. Sistema integrado de gestão, conferindo maior confiança e segurança no controle de informações gerenciais, de forma instantânea. Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR). Desde 2002, já contou com a atuação de Times de Melhoria Contínua. O programa iniciou em 2003 nas Unidades Correia Pinto e Otacílio Costa (SC) e em 2006, em Lages (SC). Em Angatuba, foi implantado em 2004 e o retorno é calculado em R$ 8,85 para cada R$ 1,00 investido. O Superar também é mantido nas unidades de embalagens de papelão ondulado. Angatuba (SP) Todas as Unidades. Todas as Unidades Klabin, desde o chão de fábrica. 30

Pesquisa, desenvolvimento e inovação As iniciativas de pesquisa, desenvolvimento e inovação representam um dos pilares que dão sustentação ao crescimento da Klabin de forma ordenada, com foco em melhoria de práticas e processos para assegurar produtos mais competitivos e redução de custos operacionais. O trabalho está sendo orientado a partir da elaboração de um Plano para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, a ser aplicado nas áreas industriais e florestais. Para uma atuação mais eficiente, a Companhia conta com o apoio de institutos de pesquisa e universidades no Brasil e no exterior e mantém parcerias com fornecedores de equipamentos e insumos. A prioridade tem sido o desenvolvimento de papéis e cartões de menor gramatura, que incrementem o padrão de qualidade consagrado pela Empresa. Em embalagens de papelão ondulado, esse processo é amparado por um Centro de Competência instalado em Jundiaí (SP). Para ampliar o alcance desse trabalho, a Companhia vem estudando diferentes oportunidades em biotecnologia e nanotecnologia. Em biotecnologia, a ênfase atual é com relação ao projeto Programa da Qualidade da Madeira, que envolve trabalho conjunto das áreas florestal e industrial e visa à melhoria de clones de eucalipto e sua aplicação também para o pinus. O objetivo é selecionar e melhorar árvores mais produtivas, resistentes a pragas e doenças e ao estresse ambiental (como seca e geada), com madeira tecnologicamente adequada aos diferentes usos aos quais se destina. Por terem maior crescimento e fibras selecionadas, os clones permitem produzir mais celulose, e de melhor qualidade, com menores perdas de produção, redução de custos e maior uniformidade no processo produtivo. Além das aplicações florestais, a Klabin avalia projetos de biotecnologia na área industrial, a exemplo do uso de enzimas para melhorar a eficiência da produção de papel e celulose. Em nanotecnologia, foi assinado compromisso com um fornecedor de produtos químicos para o desenvolvimento de nanofibras partindo da celulose de eucalipto e/ou de pinus. A tecnologia é promissora, pois permitirá desenvolver uma nova geração de produtos, mais leves e resistentes, com menor custo de produção em médio e longo prazos. O modelo de pesquisa, desenvolvimento e inovação busca assegurar qualidade superior do produto, dentro dos mais exigentes padrões de saúde e segurança. Atualmente, 70% dos produtos da Klabin têm os impactos de saúde e segurança avaliados em diferentes etapas de seu ciclo de vida, conforme quadro a seguir. GRI PR1 31

Saúde e Segurança dos produtos Klabin Fases de ciclo de vida dos produtos Desenvolvimento do conceito do produto e/ou serviço Pesquisa e Desenvolvimento Como ocorre Toda a matéria-prima que será utilizada no processo industrial deve atender aos requisitos da Food and Drug Administration (FDA) agência norte-americana que controla alimentos, medicamentos, cosméticos etc. e da legislação brasileira. Certificação Todos os produtos Klabin são certificados pelo Instituto de Análise de Materiais para Embalagem (Isega), da Alemanha, que avalia papéis utilizados na produção de embalagens que entram em contato com alimentos. Fabricação e produção Armazenamento, distribuição e fornecimento Faz parte do escopo de certificação da ISO 22000, norma internacional que define os requisitos de sistemas de gestão de segurança alimentar. 32