A Diversidade da Floresta



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A Diversidade da Floresta por Rhett Butler, Janeiro 2008 Uroplatus fimbriatus lagarto em Madagascar. (Foto de R. Butler) A Arte da Desilusão: Mimetismo e Camuflagem MIMETISMO Existem três formas de mimetismo utilizadas por ambos os predadores e presas: Batesian mimetismo, Muellerian mimetismo, e auto-mimetismo. Mimetismo se refere às semelhanças entre as espécies animais; camuflagem refere-se a uma espécie de animal semelhante à um objeto. Batesian Mimetismo Batesian mimetismo é nomeado por causa de Henry Walter Bates, um cientista britânico que estudou mimetismo nas borboletas da Amazônia durante

meados do século XIX. Batesian mimetismo refere-se à duas ou mais espécies que são semelhantes na aparência, mas somente um é armado com espinhos, ou químicas tóxicas, enquanto a sua aparente não tem nenhuma dessas características. A segunda espécie não tem defesas como as outras, a não ser as desagradáveis semelhanças que proporcionam proteção de contra certos predadores, no qual os predadores associam com uma certa aparência e uma má experiência. Exemplos de Batesian mimetismo são as várias espécies de borboletas que imitam as tóxicas borboletas Heliconid. Outro mímica fascinante da borboleta é o chamado "Papilio Memmon" não-tóxico da Indonésia. Cada borboleta fêmea (independentemente da sua coloração) pode produzir uma ou mais diferentes formas que imitam qualquer uma das outras cinco espécies de borboletas de chula-degustação. Batesian mimetismo também é encontrado nas venenosas cobras corais e nos inofensivos leites e cobras rei do Novo Mundo. Ambas as cobras são marcadas com listras amarelas, vermelhas e pretas, causando que os possíveis predadores evitem ambos. As cobras podem muitas vezes ser distinguidas pelo velho ditado: "vermelho contra amarelo: mata um colega. Vermelho contra preto: amigo do Jack." A mortal cobra coral tem bandas de vermelho, amarelo, preto, enquanto que a inócuo espécie têm o padrão de vermelho, preto, amarelo (embora a regra não é infalível e existem exceções). Muellerian Mimetismo Borboleta Monarca à esquerda, borboleta viceroy à direita. Ambas tem gosto ruim para os predadores. (Foto de R. Butler) Muellerian mimetismo é nomeado por causa de Fritz Mueller, um zoologista alemão que trabalhou na Amazônia três décadas após o abatimento.

Esta forma de mimetismo refere-se à duas espécies de gosto desagradáveis que imitam um do outro com coloração notáveis advertências (também conhecido como aposemático coloração). Assim, todos os mímicos partilham os benefícios da coloração já que predador irá reconhecer a coloração de um grupo de sabores desagradáveis após algumas más experiências. Dado que várias espécies têm a mesma aparência para o predador, a perda de vidas será distribuída ao longo de várias espécies, reduzindo o impacto sobre cada espécie. Sapos de flecha venenosas da América do Sul e Mantella rãs de Madagascar são exemplos com sua coloração conspícua de cores brilhantes contra pretos e marcações de composições tóxicas. Auto-Mimetismo Owl butterfly (Caligo idomeneus). Note the conspicuous eyespot. (Photo by R. Butler) Mimetismo é um termo enganador para os animais que têm um corpo que imita outra parte para aumentar a sobrevivência durante um ataque. Por exemplo, inúmeras mariposas, borboletas, e espécies de peixes de água doce têm "olhos-manchas"? Grandes marcas escuras que quando bate luz momentaneamente espanta o predador e permite a presa alguns segundos para escapar.

"Manchas de olho" também ajudam presas a escapar dos dando um alvo falso aos predadores. As borboletas têm melhor chance de sobreviver a um ataque na parte exterior da asa do que um ataque à cabeça. Os predadores utilizam menos frequentemente o mimetismo como autoajuda para parecer menos ameaçador ou enganar as presas na hora do ataque. Por exemplo, várias espécies de tartarugas e peixes bagres (Chaca sp.), do Sudeste da Ásia têm língua extendidas que são utilizados como uma espécie de atração para atrair presas para uma posição em que elas se tornem uma captura fácil. Um dos exemplos mais interessantes de auto-mimetismo é o chamado "duas cabeças" uma tipo de serpente da África Central, que tem um rabo que lembra uma cabeça e uma cabeça que lembra um rabo. A cobra ainda mexe sua cauda como as outras cobras mexem cabeças. Esta adaptação funciona como um truque para que as presas acreditem que o ataque, vem de onde elas menos esperam. CAMUFLAGEM Uma abordagem completamente diferente para enganar as presas/predadores é a camuflagem, em que os animais procuram parecer objetos não comíveis para evitar a detecção de predadores e presas. Existem muitos exemplos de espécies da floresta que são ocultamente coloridos para combinar com os seus arredores. Por exemplo, o Uroplatus lagarto de Madagascar são incríveis mestres em disfarces e são praticamente imperceptível para qualquer pessoa. Um grupo ainda mais surpreendente são os katydis, uma espécie de gafanhotos, um grupo de insetos encontrados em todo o mundo. Katydids são insetos noturnos, que utilizam sua coloração oculta para permanecer despercebido durante o dia quando estão inativos. Eles são capazes de manter a uma posição perfeita, no qual os ajudam a se misturar com os arredores ainda melhor. Katydids têm evoluído ao ponto onde a coloração de seu corpo e a forma se parecem com folhas incluindo folhas semimordidas, folhas quase secas, folhas com excrementos das aves, varas, galhos, árvores e cascas. Outros artistas bem conhecidos por camuflagem incluem besouros, louva-a-deus, lagartas, mariposas, cobras, lagartos e rãs Algumas espécies parecem ter conspícuas coloração quando elas não estão na boa vizinhança. Por exemplo, entre a brilhante borboletas da floresta, o magnífico azul marinho morfo, tem iridescente asas superiores azuis e uma asa de sete polegadas. No entanto, devido às asas inferiores serem escuras, quando as moscas Morfo voam através da iluminação da floresta ou mesmo

fora em pleno dia, elas parecem desaparecer. Outras espécies florestais, especialmente mamíferos, tem manchas ou listras para ajudar o animal no esquema. Na sombra criada pelo dossel, grandes mamíferos como leopardo, onças, panteras, e okapi são surpreendentemente difícéis ver com toda a coloração perturbadora. Você pode encontrar esse texto completo aqui: http://pt.mongabay.com/rainforests/0306.htm