A HISTÓRIA ATRAVÉS DE UM



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Transcrição:

A HISTÓRIA ATRAVÉS DE UM NOVO OLHAR: AS PRÁTICAS DE LUDICIDADE UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL JUNTO AO CAIC LUIZINHO DE GRANDI Gláucia da Rosa do Amaral Alves 1 Janaina Souza Teixeira 2 RESUMO: A necessidade de novas práticas pedagógicas nos últimos tempos vem tornando-se cada vez mais presente na realidade escolar, como uma forma de tornar o ensino de História por um viés mais atraente e a tentativa de fomentar o conhecimento critico dos alunos o presente artigo buscará fazer uma reflexão sobre a ludicidade como recurso didático-pedagógico no ensino fundamental. Para isso, foi necessário realizar inicialmente um questionário com os alunos do ensino fundamental na tentativa de rompimento do ensino tradicional e o surgimento de possíveis dinâmicas através da realidade dos alunos assim foram feitas discussões em sala de aula na possível tentativa de fazer um o planejamento de aula e aplicar novas atividades que tornassem o ensino de História instigante fazendo com que os alunos se sentissem parte das atividades e atuantes na História, e não indivíduos à margem do conhecimento. Portanto, será feito um breve relato de experiência das atividades desenvolvidas pela acadêmica do curso de História, bolsista do Projeto PIBID, subprojeto História/UNIFRA, ocorrido na turma de 5ª série 6º laranja, na Escola Municipal de Ensino. Fundamental CAIC Luizinho de Grandi, no primeiro trimestre e 2014. Palavras-chaves: História, Novas metodologias. Ludicidade. INTRODUÇÃO Durante muito tempo as práticas de ensino fundamentaram-se em copiar e decorar sem sentido nenhum ao aluno, o ensino tradicional nos últimos tempos vem 1 Bolsista de Iniciação à Docência PIBID/CAPES/UNIFRA 2 Professora do curso de História UNIFRA, coordenadora do Subprojeto História PIBID/CAPES/UNIFRA orientadora de estágio UNIFRA.

perdendo forças e a necessidade de novas práticas e abordagem vêm ganhando cada vez mais espaço. A ludicidade tem tornando-se uma opção no cenário educacional tanto na Educação Infantil quanto no Ensino Fundamental a qual facilita e possibilita a compreensão e construção do conhecimento. As praticas lúdicas no processo educacional são uma forma privilegiada para uma educação que tenha como foco o desenvolvimento pessoal, a dinâmica em grupo e a atuação cooperativa. Logo se tornam instrumentos fascinantes, motivadores, no processo de ensino e aprendizagem e na construção do conhecimento. Percebe-se que as atividades lúdicas no decorrer dos anos escolares tem tornado o ensino mais dinâmico no qual o aluno torna-se sujeito ativo facilitando a construção do conhecimento. A facilidade de compreensão e fixação dos conteúdos faz com que o ensino se torne algo prazeroso e não mais uma obrigação de decorar para a prova, o aprender torna-se algo possível que instiga os alunos a buscarem pelo conhecimento. Portanto, as atividades lúdicas não conduzem somente à memorização dos conteúdos abordados, mas incitam o aluno à reflexão e compreensão das diversas realidades dos períodos estudados. Essas atividades aumentam a motivação e participação dos alunos perante as aulas de História, pois o lúdico é integrador no universo do aluno. [...] A educação lúdica está distante da concepção ingênua de passatempo, brincadeira vulgar, diversão superficial. Ela é uma ação inerente na criança, no adolescente, no jovem e no adulto e aparece sempre como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações com o pensamento coletivo. (ALMEIDA, 1998, p.13). È importante destacar que é papel do professor e cabe a ele saber conciliar os desejos e vontades de brincar do aluno, o espaço a serem utilizados e os conteúdos a serem trabalhados. Talvez as atividades lúdicas sejam para o professor um grande desafio, pois este é desafiado a sair do tradicional e seguro quadro negro para aplicar novas dinâmicas em sala de aula possibilitando, assim, tornar-se inovador.

O professor além de passar os conteúdos no quadro que são necessários também deve buscar novas metodologias e atividades diferenciadas especializando e buscando novas teorias e práticas pedagógicas, despertando nos alunos curiosidades fazendo que o aluno torne-se pesquisador de sua história. É na sala de aula que o aluno amplia seus conhecimentos, aprende a trocar ideias e definir conceito, tendo em vista que a atividade lúdica possibilita que o aluno interaja com seus colegas. [...] O lúdico é uma espécie de bolha que se abre no cotidiano e as pessoas lá entram sabendo que irão fazer não tem compromissos futuros e as consequências de seus atos estão limitadas ao espaço de tempo em que as pessoas se relacionam com mais liberdade [...], além disso, as atividades lúdicas são sempre alegres, e desfrutando da alegria, as pessoas se dão melhor. Esses conceitos válidos para adultos aplicam-se melhor ainda para crianças que quase sempre estão dentro das bolhas de ludicidade. (HUIZINGA apud DOHME, 2003, p 90). Segundo Tezani (2004), as atividades lúdicas não são simplesmente um passatempo para entretenimento dos alunos, ao contrário, correspondem ao conhecimento intelectual reflexivo,laços afetivos e novas formas de pensar sobre as realidades. É fundamental a construção do conhecimento através de novas dinâmicas em que os indivíduos sejam capazes de interagir e agir através de novas percepções. Assim devem-se buscar atividades que os alunos consigam estabelecer atividades de coletividade, possibilitando o criar, pois a História está em constante transformação assim com a vida das pessoas. Perrenoud (2002) Sugere que a autonomia e responsabilidades do professor devem estar amparadas no conhecimento e na experiência. [...] O vínculo entre aprender e prazer não é uma novidade, [...], entretanto, reconhecer o prazer como elemento dinamizador do conhecimento, com condição essencial para a aprendizagem supõe entender que aprender é um processo criativo e auto- organizativo, entender que viver é aprender. (LOPES, 2005, p.52) Este trabalho trata de um relato de experiência de intervenção em sala de aula, proporcionado pelo Estágio do curso de História do Centro Universitário Franciscano UNIFRA, na turma de 6ª ano 5ª série Laranja, Escola Municipal de Ensino.

Fundamental CAIC Luizinho de Grandi, no município de Santa Maria RS. Importante ressaltar que a escola situa-se em uma das áreas de significativa vulnerabilidade social com índices altos de violência no entorno. Sem dúvida este dado aponta um dos desafios ao fazer docente. METODOLOGIA Segundo Fortuna (2000), A sala de aula é um lugar de brincar se o professor consegue conciliar o objetivo pedagógico com os desejos do aluno. Para isto é necessário encontrar o equilíbrio sempre móvel entre o cumprimento de suas funções pedagógicas - ensinar conteúdos e habilidades, ensinar a aprender e psicológicas - contribuir para o desenvolvimento da subjetividade, para construção do ser humano autônomo e criativo - na moldura do desempenho das funções sociais - preparar para o exercício da cidadania e da vida coletiva, incentivar a busca da justiça social e da igualdade com respeito à diferença.. No primeiro momento a atividade proposta pela professora (estagiária) foi que os alunos respondessem a um questionário estruturado que serviu como base para a construção do perfil da turma, permitindo que a professora fizesse o planejamento através das preferências de atividades dos alunos. Após o questionário os alunos fizeram um grande círculo e foram dizendo como gostariam que as aulas fossem. Isso possibilitou a professora construir as aulas através da realidade dos educandos. O principal objetivo foi desenvolver uma melhor compreensão do conteúdo trabalhado em sala de aula, promovendo a aprendizagem, de uma maneira simples e dinâmica. Na primeira aula o conteúdo trabalhado foi o que estuda a História? A professora pediu que os alunos trouxessem um objeto de casa que eles tivessem vontade de mostrar para os colegas não havendo a necessidade de ser antigo. A partir disto foi pedido que cada aluno apresentasse para o seus colegas o objeto e falasse a respeito.

Isso possibilitou que os alunos compreendessem que a história não é somente antiguidades e datas e que todos somos sujeitos dela. Em outro momento foi explicado para os alunos à periodização da História através da linha do tempo, nesta aula a professora levou para os alunos cada período em uma folha com uma imagem de referência e pediu que em uma folha eles desenhassem e datassem a sua própria linha do tempo. Assim em um barbante os alunos com a professora foram colocando as folhas dos períodos e da linha da vida deles em ordem cronológica, logo após foi colocado na sala para que pudessem visualizar os períodos, compreendendo e construindo sua própria noção de tempo histórico. Como proposta de fixação dos conteúdos a professora criou um mural colorido em que todos os resumos e esquemas apresentados em sala de aula eram fixados, facilitando assimilação já que todos olhavam o mural todos os dias. Outro recurso utilizado foi a música. A professora, através do questionário e das aulas, percebeu que os alunos tinham grande interesse pelo funk, como forma de chamar atenção levou o funk da pré-história, composição musical cuja letra enfoca as diferenças entre o Paleolítico e o Neolítico, conforme segue: [...] A história do homem eu vou lhe explicar pela préhistória eu vou começar eu sei que a vida era bem diferente isso são os vestígios que contam pra gente... Os nômades viviam mudando de lugar depois os sedentários as cidades vão formar eu sei que a agricultura muita importância tem ela gera hierarquia e comércio também. Outra atividade proposta pela professora utilizou desenho, recorte e colagem de imagem para a construção da teoria da evolução. Os alunos foram divididos em grupos de quatro integrantes, no total de sete grupos. Após uma introdução do conteúdo com textos, foram desenvolvendo o que aprenderam e, ao final, socializaram suas produções.

Desta forma, buscou-se enfatizar a origem dos primeiros seres vivos passando pela extinção dos dinossauros até os primeiros hominídeos. Como forma de revisar o conteúdo para a avaliação a professora colocou em uma latinha perguntas que cairiam na prova, levou os alunos para o pátio e em um grande circulo a latinha ia passando de mão e mão quando a música parava o aluno tinha que responder caso não soubesse podia passar a vez e a pergunta voltava pra lata na segunda vez teria que responder e se não soubesse poderia pedir a ajuda dos colegas. Em outro momento foram apresentadas as pinturas rupestres para os alunos a professora passou imagens e explicou o conteúdo para melhor fixação foi pedido aos alunos que em um papel pardo eles fizessem que nem os homens das cavernas imaginassem que era cavernas e que deveriam pintar como seus antigos ancestrais. Também foi utilizado em outra aula um cartaz na qual os alunos iam colando palavras que diferenciavam o paleolítico do neolítico. Portanto, percebe-se que é fundamental as atividades lúdicas como complementos dos conteúdos teórico em sala de aula assim como, é imprescindível que o professor busque novas metodologias e sua formação continuada, para especializar-se e trazer ao ambiente escolar novas abordagens adaptando a realidade cultural e social de cada turma transformando o apreender em algo prazeroso e possível para os alunos. RESULTADOS: As aulas ocorreram com o intuito de permitir novas ideias de atividades, o diálogo entre os alunos e construção do conhecimento entre professora e alunos. Podemos destacar como ponto negativo do nosso trabalho que nem todas as atividades foram fotografadas para serem documentadas e a dificuldade para concluir a pintura rupestre já que precisávamos de duas aulas e só tínhamos um período por dia, assim tivemos problemas em conseguir disponibilidade de horário a sala de artes. Também O varal com os períodos da História em folha (A4) deveria ser um papel mais resistente como a cartolina mais indicada por ser mais resistente e colorida.

É possível perceber um maior envolvimento da turma quanto aos questionamentos formulados e o interesse pela disciplina, o que, em geral é menos frequente em aulas tradicionais para o Ensino Fundamental. Assim, percebemos que o lúdico é um instrumento de suma importância para a formação de conhecimento e aprendizagem dos alunos, fugindo das metodologias tradicionais. Os alunos conseguem comparar e compreender o conteúdo trabalhado e exercitaram a convivência em grupo e o trato com o outro. CONCLUSÃO A proposta de aplicar o conteúdo de História com as práticas lúdicas está fundamentada em uma nova ótica para ensinar e apreender, as aulas tornam-se instigantes, criativas, divertidas na qual se tentou fazer com que o aluno percebe que a História não está restrita ao que é antigo e, portanto, distante de sua vida. O educando insere-se na construção do conhecimento e entende-se como sujeito ativo da História. O uso dos recursos lúdicos possibilitou a liberdade reflexiva e renovação das práticas de ensino na sala de aula. Assim os alunos conseguiram construir coletivamente o conhecimento e aproximar-se dos temas trabalhados, mesmo os referentes a tempos históricos muito distantes de sua realidade. Estimulando o aprender através de novas dinâmicas, os conteúdos tornaram-se mais fácies de compreensão de forma divertida sem perder o foco. Os alunos podem, sim, aprender brincando. É primordial que atividades lúdicas estejam mais constantes em todas as disciplinas de Ensino Fundamental, e que se combata o velho preconceito sobre essas atividades acabarem sempre em bagunça. Estas atividades permitem trabalhar o relacionamento interpessoal entre os alunos, ou seja, há uma troca de conhecimentos entre professora e alunos onde os conteúdos não são impostos e sim construídos.

REFERÊNCIAS ANTUNES, C. Como desenvolver as competências em sala de aula. Rio de Janeiro: Vozes, 2001. FORTUNA, T. R. Sala de aula é lugar de brincar? In: XAVIER, M. L. M. e DALLA. MAURÍCIO, Juliana Tavares. Aprender brincando: o lúdico na aprendizagem. Disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/new1_opiniao.asp?entrid=678#.u24l3ifdvfr. Acesso no dia 7 de Abril de 2014. VOLPATO, Gildo. Jogo, brincadeira e brinquedo: usos e significados no contexto escolar e familiar. Florianópolis: Cidade Futura, 2002. p. 87. ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica. São Paulo: Loyola, 1998.LOPES, Rosana Pereira. Um novo professor: novas metáforas. In ASSMANN, Hugo (Org.). Redes digitais e metamorfose do aprender. Petrópolis: vozes, 2005.PERRÈNOUD, Philippe. A prática reflexiva no ofício professor: profissionalização e razão pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2002. DOHEME, Vânia. Atividades lúdicas na educação. Petrópolis: vozes, 2003. MATIELO, Cezar. Funk da pré-história disponível em http://youtu.be/13oaz6bymhg acesso em 15 de abril de 2014.