TREDD. Testando Cenários Concorrentes para a Exploração Sustentável da Madeira ao Nível de Operadores de Licença Simples na Província da Zambézia

Documentos relacionados
TREDD. Testando Opções e Arranjos Institucionais Eficientes para a Promoção da Extracção Sustentável da Energia de Biomassa Carvão Vegetal em Sofala

TREDD. Investindo nos Produtos Florestais não Madeireiros para a Conservação de Estoques de Carbono na Reseserva de Moribane

Nos estúdios encontram-se um entrevistador (da rádio ou da televisão) e um representante do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural

Projecto de Testagem de Modelos de Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal (TREDD)

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

Estratégias para evitar o desmatamento na Amazônia brasileira. Antônio Carlos Hummel Diretor Geral Serviço Florestal Brasileiro

A Estrategia de Desenvolvimento Rural e o Programa de Promoção do Uso dos Recursos Naturais para o Desenvolvimento

Perguntas mais frequentes

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA PNMC

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO As Normas da família ISO 9000

::ENQUADRAMENTO ::ENQUADRAMENTO::

Política Estadual de Governança Climática e Gestão da Produção Ecossistêmica

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Oportunidades Iguais. Respeito às Diferenças.

Apresentado por: Miquelina Menezes Maputo, 17 de Novembro de 2011


1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira

ORÉADES NÚCLEO DE GEOPROCESSAMENTO RELATÓRIO DE ATIVIDADES

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO PARA A COORDENAÇÃO DA ACÇÃO AMBIENTAL DIRECÇÃO NACIONAL DE GESTÃO AMBIENTAL

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Instrumentos Econômicos para a Gestão Ambiental Rural na Amazônia: desafios e oportunidades

FrontWave Engenharia e Consultadoria, S.A.

ELEMENTOS PARA ESTRATÉGIA NACIONAL DE REDD+ DO BRASIL

TERMOS DE REFERÊNCIA

OCPLP Organização Cooperativista dos Povos de Língua Portuguesa. Proposta de Plano de Atividades e Orçamento

COMISSÃO DA BACIA DO ZAMBEZE OPORTUNIDADES DE EMPREGO

PRESSUPOSTOS BASE PARA UMA ESTRATÉGIA DE INOVAÇÃO NO ALENTEJO

República de Moçambique. Ministério Das Finanças

Bilene, Manica e Mogovolas

Agroecologia. Agroecossistema

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento.

Enquadramento 02. Justificação 02. Metodologia de implementação 02. Destinatários 02. Sessões formativas 03

Política de Responsabilidade Corporativa. Março 2013

PLANO DE GESTÃO DA TERRA INDIGENA SETE DE SETEMBRO EM CACOAL-RONDÔNIA-BRASIL. PAITER X PROJETO REDD+

nossa vida mundo mais vasto

COMISSAO DISTRITAL DE GESTAO DE RISCO DE CALAMIDADES (CD-GRC)

MINISTÉRIO DO AMBIENTE

Dinâmicas de exportação e de internacionalização

Temas: Recomendações: Observações:

TERMOS DE REFERÊNCIA PARA O POSTO DE CONSELHEIRO EM GESTÃO DE FINANÇAS PUBLICAS

CPLP: Circulação de Pessoas, Bens, Capitais e Serviços. Prof. Doutor Esmeraldo de Azevedo Centro de Estudos Lusófonos

Importância de Moçambique em termos ambientais. Situação de pobreza em que vive a maioria da população moçambicana. Corrida aos recursos naturais

Realizou-se dia 24 de Março, na Maia, nas instalações da Sonae Learning Center, a 6ª sessão da CoP, desta vez presencial.

Como elaborar um Plano de Negócios de Sucesso

O Programa de Desenvolvimento Municipal de Maputo e a ESTÃO MUNICIPAL DO SOLO URBANO

Consultoria Para Mapeamento os Actores e Serviços de Apoio as Mulheres Vitimas de Violência no País 60 dias

A VISÃO do ENERGYIN Motivos da sua criação & Objectivos

Exemplos de políticas de compra responsável para produtos florestais. Exemplo 1

MORATÓRIA DA SOJA: Avanços e Próximos Passos

Regulamentação de REDD+ na RD. CONGO. V.V. dia Massamba Director Jurídico Ministério do Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Tourismo, RD Cngo

Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone 517 Fax:

UNIÃO POSTAL UNIVERSAL

Linhas de Financiamento Setor Florestal. 1º Encontro Paulista de Biodiversidade São Paulo, 18 de novembro de 2009 Eduardo Canepa Raul Andrade

Cursos de Doutoramento

Regulamento de Avaliação da Conformidade para Etanol Combustível

A Experiência da Iniciativa de Transparência da Indústria Extractiva (ITIE) em Moçambique

PROGRAMA PETROBRAS SOCIOAMBIENTAL: Desenvolvimento Sustentável e Promoção de Direitos

ISO Estrutura da norma ISO 14001

As Comunidades Locais e a Delimitação no contexto da Estratégia de Desenvolvimento Rural

EXPERIÊNCIA DE MOÇAMBIQUE NA IMPLEMENTAÇÃO DA SEGURANÇA SOCIAL BÁSICA

5 Objetivos Principais

1. INTRODUÇÃO 2. ANÁLISE ESTRATÉGICA

Programa de Desenvolvimento Social

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

Ary Nunda Director Geral. Desafios ao Desenvolvimento da Actividade Económica Produtiva Experiências como Cliente do BDA

GESTÃO AMBIENTAL. Profª: Cristiane M. Zanini

COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR

A sustentabilidade da economia requer em grande medida, a criação duma. capacidade própria de produção e fornecimento de bens e equipamentos,

COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

Utilização Racional de Biomassa Florestal Mitos e Realidades

Relatório. Consulta à Agricultura Familiar para construção da Minuta Estadual de REDD+

RELATÓRIO DE COMUNICAÇÃO E ENGAJAMENTO COE INSTITUTO BRASILEIRO DE PESQUISA E GESTÃO DE CARBONO CO2 ZERO

República de Angola Ministério da Educação

A TDT EM MOÇAMBIQUE. Ponto de Situação. Simão Anguilaze. Comissão Nacional para a Migração Digital MOÇAMBIQUE DIGITAL

Economia de Floresta em Pé

Termos de Referência para Análise das Plataformas das Organizações da Sociedade Civil que trabalham na gestão de recursos naturais em Moçambique

Memória descritiva do projecto Sanjonet Rede de Inovação e Competitividade

EFIÊNCIA DOS RECURSOS E ESTRATÉGIA ENERGIA E CLIMA

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações

Estimulando o investimento sustaintavel na agricultura. Catalysing sustainable Investment in Agriculture

Portugal Inovação da Agricultura, Agroindústria. Pedro Cilínio

7/1/14. Conteúdos da Apresentação

Qual o âmbito deste protocolo e que tipo de projectos pretende apoiar?

Uma Estratégia Produtiva para Defesa da Biodiversidade Amazônica

CONCEITOS CHAVE EM PROJETOS FLORESTAIS DE CARBONO. Celia A. Harvey, Climate Change Initiatives

Sumário das actividades do IPIM em 2009

A Construção Sustentável e o Futuro

Começo por apresentar uma breve definição para projecto e para gestão de projectos respectivamente.

Excelência Sr. Presidente da Associação Angolana de Bancos, Distintos Membros dos Conselhos de Administração dos Bancos

FUNCIONAMENTO DA GESTÃO DA RESERVA FINANCEIRA DA REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU E RESPECTIVOS DADOS

Processo nº2-responsável de Projetos (2 vagas Empresas diferentes)

Estudo Empresas Darwin em Portugal

1. Introdução. 2. Objetivo geral. Av. Acordos de Lusaka, 2115 C.P Maputo Telefone: , , Fax:

Comemorações do 35º Aniversário do Banco de Cabo Verde. Conferência internacional sobre A mobilização de oportunidades no pós-crise

Termo de Referência nº Antecedentes

I Curso sobre Pagamentos por Serviços Ambientais Porto Seguro, 1 de junho de Chris Holvorcem Instituto BioAtlântica

Transcrição:

TREDD Testando Cenários Concorrentes para a Exploração Sustentável da Madeira ao Nível de Operadores de Licença Simples na Província da Zambézia

As causas do desmatamento e degradação florestal são múltiplas, os actores e soluções também. Soluções integradas, compleementares e simultâneas são fundamentais. 1. Contextualização A exploração florestal é feita sob dois regimes: licença simples, para a qual apenas cidadãos nacionais são elegíveis e regime de concessão. O primeiro regime pode ser levado a cabo durante cinco anos, numa área não superior a 10,000 ha e mediante a apresentação de requisitos mínimos, tais como: plano de maneio simplificado e demonstração de capacidade de exploração. Antes da aprovação do Decreto no 30/2012 que trouxe requisitos mais robustos, o regime de licença simples continha até 2012 muitas fragilidades, nomeadamente: concessão de licenças anuais para áreas menores que 5000 ha, falta de obrigatoriedade de reflorestamento, ausência de um instrumento regulador do processo de exploração, entre outros. Por outro lado, tendo em conta que a procura por madeira é orientada para um pequeno grupo de espécies comerciais, a facilidade de mobilidade (mudança de uma área para outra) no regime de licença simples, contribui para a fragmentação da paisagem e deturpação das interacções sistémicas importantes para o equilíbrio ecológico. Portanto, a extracção da madeira em regime de licença simples não só contribui para a degradação florestal que por sua vez impulsiona a mudança de uso e cobertura de terra, como também atenta contra a conservação da biodiversidade. Em contrapartida, o regime de concessão contempla áreas maiores e requisitos mais complexos, tais como planos de maneio mais detalhados e indústria de processamento, entre outros. A concentração de vastas extensões de terra com biodiversidade florística e enorme valor comercial na região centro do país, tornou-a apetecível para a exploração comercial da madeira. A abertura do mercado internacional da madeira, com ênfase para o mercado chinês, iniciou um novo contexto, no qual se assistiu a uma adesão massiva à exploração florestal como actividade económica de realce. Devido a este cenário, a exploração da madeira conheceu um crescimento assinalável, sobretudo na última década, tanto no que tange ao número de operadores envolvidos, como ao volume explorado anualmente. De salientar que o grosso dos operadores provém do regime de exploração de licença simples, apontado como uma das potenciais causas da exploração insustentável dos recursos florestais e que resulta na degradação florestal.

A promoção do uso sustentável do acervo florestal é um assunto que transpõe fronteiras e sobre a qual se promovem debates nacionais e internacionais, no sentido de encontrar soluções eficientes e funcionais para a conservação da biodiversidade, bem como para a preservação das relações de interdependência entre o Homem e a Natureza. As nações estão a esforçar-se na identificação e implementação de medidas que possam estimular a promoção do uso sustentável dos recursos naturais. Exemplo disso é o mecanismo REDD+, adoptado no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas. Além de ser elegível, Moçambique está também a implementar o plano e processo de preparação da prontidão para o REDD+. A iniciativa de Testagem de Modelos de Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal TREDD surge, neste âmbito, com o intuito de providenciar informação comprovada sobre os modelos viáveis e eficientes na redução de emissões do desmatamento e degradação florestal. E, dentre as várias causas de desmatamento, Moçambique está a testar soluções viáveis e eficientes para minimizar a problemática da degradação florestal que muitas vezes antecede o desmatamento decorrente da proliferação da exploração de madeira, sobretudo sob regime de licença simples. Deve-se salientar que a maioria das concessões florestais não implementa cabalmente as suas obrigações em relação ao maneio sustentado da floresta. Contudo, a presente iniciativa decidiu despertar a consciência dos operadores detentores de licença simples sobre a importância do uso duradoiro dos recursos e da necessidade de lhes acrescentar valor a nível nacional, criando emprego e gerando mais riqueza para si próprios e para o país. 2. Situação da Licença Simples e seu Impacto na Conservação das Florestas na Província da Zambézia A província da Zambézia é uma referência em termos de exploração e exportação da madeira, com destaque para o mercado Chinês, dada a ocorrência de espécies comerciais de interesse para aquele mercado, bem como a facilidade de escoamento da madeira através do Porto de Quelimane. Este aumento de procura contribuiu para o crescimento considerável do número de licenças simples e do volume explorado por ano. A aprovação do Decreto no 30/2012 ditou a redução drástica destas, entre 2012 e 2013 (Figura 1). De um modo geral, tal como acontece no resto do país, o número de concessões é menor. Figura 1: Evolução do volume de licenças de acordo com os regimes de exploração florestal Levantamentos realizados na província da Zambézia, no âmbito da iniciativa TREDD, evidenciam que a actualização do quadro legal e a introdução de novos requisitos, anteriormente descritos, contribuiu para a redução temporária do número de operadores de licença simples. Entretanto, tal redução ainda não tem impacto em termos de melhorias na degradação florestal decorrente da exploração da madeira. Dentre as razões para este cenário, destacam-se: a) não uso do plano de maneio como instrumento de trabalho na exploração florestal, tanto nas áreas de licença simples como na maioria das concessões; b) proliferação da exploração ilegal; c) incidência de queimadas descontroladas; d) uso de técnicas de exploração inadequadas, que resultam em cepos altos e na falta de aproveitamento das ramadas para outros usos; e) fraco envolvimento dos operadores em técnicas de enriquecimento das áreas, através do reflorestamento e maneio dos cepos.

A falta de aproveitamento das ramadas, por exemplo, resulta do quadro legal vigente que, na tentativa de regular a exploração de toros de diâmetro apropriado, acaba restringindo o transporte desses toros. A esta situação, alia-se a ausência de um sistema de verificação do tamanho das ramadas. Como consequência, ocorre o desperdício de quantidades enormes de madeira que, por vezes, se converte em combustível que alimenta as queimadas descontroladas. Na sequência destas observações, a iniciativa TREDD encetou consultas com os operadores de licenças simples congregados nas associações AMAZA e APAMAZ no sentido de os mobilizar a transitarem para operadores de concessões florestais. 3. Modelo de Extracção Sustentável da Madeira Concebido para a Testagem, no âmbito do TREDD O conceito deste modelo consiste em promover pequenas e médias empresas do sector florestal, através da congregação de operadores com explorações em regime de licença simples em sociedades com áreas maiores e gestão partilhada, para operarem sob o regime de concessão florestal. De princípio, as congregações deveriam ser compostas por operadores com áreas contíguas entre si, por forma a facilitar a criação de uma área única e o processo de conversão da área total ao regime de exploração de concessões florestais. Entretanto, porque a funcionalidade das sociedades exige também relações de confiança e partilha de interesses, na prática será necessário juntar os interessados, mesmo que as suas áreas sejam descontínuas, desde que sejam relativamente próximas. A ideia é apoiar a estes grupos na aquisição de capacidade técnica para a gestão eficiente das áreas de exploração, acréscimo de valor, melhoria da administração da empresa, incluindo aspectos estruturais e funcionais, bem como na organização da sua contabilidade. Faz parte do processo, a construção de relações de complementaridade entre os vários grupos, no que tange as linhas de investimento de cada um, por forma a promover uma cadeia de produção completa, desde o abate da árvore até ao produto final. O princípio deste modelo inclui, para além da componente de implementação/operacionalização do plano de maneio, o aproveitamento integral da madeira explorada, incluindo ramadas (através do processamento local) e material morto, a exploração dos produtos florestais não madeireiros, adição de valor aos produtos, maneio da floresta, incluindo o plantio de enriquecimento e reflorestamento. O processo de testagem deste modelo contribuirá com informação sobre as intervenções funcionais e eficientes para a redução da degradação florestal, incluindo os arranjos institucionais adequados e a determinação dos custos de transacção associados. Vinte e quatro (24) operadores distribuídos pelos distritos de Morrumbala, Mopeia, Alto Molucué, Namarroi, Mulevala, Lugela, Ile, Milange e Gurué aderiram a este modelo, organizados em grupos de 2 a 5 operadores. O modelo permite a transição individual de um operador de licença simples para o modelo de concessão. O presente desafio é importante uma vez que põe à prova a capacidade de os operadores gerirem as suas actividades segundo princípios e regras de negócio, quer funcionando em regime de sociedade ou individualmente. Para a operacionalização do modelo, foram realizadas as seguintes tarefas: formação dos operadores; verificação dos limites e zoneamento das áreas, por forma a ter-se um entendimento cabal sobre os recursos existentes e identificação de outros interesses nas áreas; actualização dos inventários florestais e dos planos de maneio; desenho de planos de negócio; instalação de indústria e apoio na implementação de novos modelos de gestão das empresas emanadas da congregação.

4. Formação dos operadores Os operadores de licenças simples enfrentam vários desafios na sua organização como empresas. Esta constatação foi confirmada durante os encontros de consulta. Nestes termos, foi decidida de comum acordo, a realização de acções de capacitação dos operadores para o fortalecimento do seu conhecimento sobre gestão empresarial (organização empresarial, gestão financeira, estudos de mercado e plano de negócio) e maneio do recurso florestal. A primeira formação teve lugar na Concessão TCT Dalman em Cheringoma, província de Sofala (Figura 2), para permitir aos operadores, a observação da aplicação prática do plano de maneio e diversas oportunidades de processamento de produtos de alto valor comercial para o mercado doméstico e internacional. Figura 2: Momentos de partilha de conhecimento durante a formação O período de capacitação foi também um momento em que foram partilhadas experiências (Figura 3) e limitações enfrentadas pelos operadores no seu dia-a-dia de trabalho. Os exercícios práticos, referentes aos diferentes módulos, permitiram que fossem expostas as limitações técnicas existentes e dada explicação sobre como as mesmas podem ser colmatadas. Depois que tiver sido concluído todo o processo de preparação dos operadores sobre o seu funcionamento em molde de sociedade e finalizada a tramitação da transição para concessões, será estabelecido um processo de monitoria do impacto que esta acção trará na redução da degradação florestal, medida em termos de acervo de carbono, biodiversidade Figura 3: Momento de partilha de experiência e saberes pelos operadores e área recuperada ou plantada.

Para informações adicionais contacte: Arnela Maússe Baseada no Campus da UEM, Edifício da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal (3O piso, porta 305); ou ainda através do endereço electrónico: arnela.mausse@iied.org Isilda Nhantumbo Instituto Internacional para o Ambiente e Desenvolvimento, 4 Hanover Street, Edinburgh, EH2 2EN, United Kingdom telefone: (+44) 1313000164 email: Isilda.nhantumbo@iied.org Project Materials Forests Keywords: Reducing emissions from deforestation and forest degradation (REDD+), carbon, economic incentives Financiador: Esta Iniciativa é financiada pelo Governo Norueguês através da sua Embaixada em Maputo contudo, as opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade dos autores. Photo credits: Mike Goldwater