PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 2012-2016



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Transcrição:

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 2012-2016 ITAJAÍ/SC 2014 Versão homologada pela resolução nº 007/CONSUN/2015.

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ Mário Cesar dos Santos Reitor Cássia Ferri Vice-Reitora de Graduação Valdir Cechinel Filho Vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura Carlos Alberto Tomelin Vice-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional Vilson Sandrini Filho Procurador Geral da Fundação Univali Renato Osvaldo Bretzke Diretor Administrativo da Fundação Univali

COMISSÃO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL - PDI Prof. Dr. Mário Cesar dos Santos - Reitor Profa. Dra. Cássia Ferri - Vice-Reitora de Graduação Prof. Dr. Valdir Cechinel Filho - Vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura Prof. Dr. Carlos Alberto Tomelin - Vice-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional Renato Osvaldo Bretzke - Diretor Administrativo Prof. Dr. Mário Uriarte Neto - Diretor do Centro de Ciências da Saúde Prof. Renato Büchele Rodrigues - Diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas Comunicação, Turismo e Lazer Prof. Dr. João Luiz Baptista de Carvalho - Diretor do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar Prof. Dr. José Carlos Machado - Diretor do Centro de Ciências Sociais e Jurídicas Profa. Luciana Merlin Bervian - Diretora do Centro de Ciências Sociais Aplicadas Gestão Prof. Alceu de Oliveira Pinto Junior - Diretor Articulador nos campi Biguaçu e Kobrasol Prof. Dr. José Roberto Provesi - Diretor de Inovação Profa. Márcia Roseli da Costa - Gerente de Atenção ao Estudante Profa. Blaise Keniel da Cruz Duarte - Gerente de Ensino e Avaliação Silvana da Costa Maia - Gerente de Processos Regulatórios Prof. Dr. Rogério Corrêa - Gerente de Pós-Graduação e Pesquisa Pedro Floriano dos Santos - Gerente de Extensão e Cultura Profa. Dra. Regina Célia Linhares Hostins - Gerente de Desenvolvimento Institucional Djeison Siedschlag - Gerente de Planejamento Leandro Oeschsler - Gerente de Recursos Humanos Ruth Broglio Silveira - Gerente de Tecnologia da Informação Cleunice Aparecida Trai - Gerente Administrativa do Campus Balneário Camboriú Pedro Joaquim Cardoso Júnior - Gerente Administrativo nos campi Biguaçu e Kobrasol São José Cristiani Regina Andretti - Coordenadora de Bibliotecas Jeane Cristina de Oliveira - Coordenadora de Educação a Distância Maria Elisabeth da Costa Gama - Coordenadora de Assuntos Internacionais Prof Rodrigo de Carvalho - Coordenador de Filantropia e Responsabilidade Social Gilberto Beno Gnewuch - Coordenador de Investimentos, Infraestrutura e Serviços João Francisco de Borba - Coordenador de Marketing e Comunicação Janaína Lorenzi Tomio - Coordenadora de Projetos e Prestação de Serviços Odirlei Bissoni - Coordenador de Custos e Controladoria Silvane Silva - Coordenadora de Infraestrutura Ana Claudia Reiser de Melo Equipe da Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura

EXPEDIENTE Prof. Dr. Carlos Alberto Tomelin Profa. Dra. Regina Célia Linhares Hostins Organização Andréa Liter Borges Camila Morgana Lourenço Edição de textos Marcos Roberto Ramos Editoração de imagens Camila Morgana Lourenço Revisão

CAPÍTULO 2 PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL

O Projeto Pedagógico Institucional manifesta os princípios filosóficos e as políticas para o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social e a gestão da Univali. Estas buscam responder às políticas educacionais para o ensino superior brasileiro e às demandas da sociedade por meio da excelência na atividade de ensino, compromisso científico e social no desenvolvimento de pesquisas e responsabilidade na gestão de projetos sociais. O documento evidencia as diretrizes políticas institucionais e as ações delas decorrentes, destacando sua inserção nacional e regional nas diferentes esferas de atuação, sua organização didáticopedagógica voltada à inovação do ensino superior e sua contribuição à inclusão social e ao desenvolvimento econômico, científico e tecnológico da região. 2.1 Inserção regional A Univali detém hoje uma estrutura composta por nove campi e uma unidade educacional, abrangendo, geograficamente, as comunidades localizadas ao longo do litoral centro-norte catarinense conforme é possível verificar na Figura 09, sobretudo nas cidades de Balneário Camboriú (Campus Balneário Camboriú), Balneário Piçarras (Campus Balneário Piçarras), Biguaçu (Campus Jardim Carandaí Biguaçu e Campus Centro Biguaçu), Itajaí (Campus Itajaí sede), Florianópolis (Campus Florianópolis), Penha (Unidade Penha), São José (Campus Kobrasol São José e Campus Sertão do Maruim São José) e Tijucas (Campus Tijucas). Figura 09 Distribuição Física da Univali e Panorama Econômico nas Regiões de Abrangência da Instituição em Santa Catarina Fonte: Adaptado da publicação SC em Dados 2013 pela Gerência de Desenvolvimento Institucional, 2014, com inserção de dados da Resolução nº 115/Consun/2013 (30 de agosto de 2013). Tal organização física favorece seu trabalho de forte inserção regional, que se desenvolve sistemática e progressivamente desde a origem da Instituição em 1964, e é consequência direta do seu perfil institucional de natureza comunitária e regido por valores como o compromisso

social com o desenvolvimento regional e global 1, devidamente reconhecido pela Lei Federal nº 12.881/2013, que, ao lhe conferir uma identidade jurídica própria, a de Universidade Comunitária 2, conforme a Portaria MEC nº 630/2014 3, legitima o funcionamento das Instituições Comunitárias de Educação Superior fundadas a partir da ambição legítima de comunidades que almejavam à emancipação e ao desenvolvimento efetivos por meio do amplo acesso ao ensino superior. Para tanto, a inserção regional da Univali se apresenta na oferta de cursos de formação superior (graduação e pós-graduação), nas modalidades presencial e a distância, capazes de atender a demandas tradicionais e emergenciais da sociedade e do mundo do trabalho, particularmente nas áreas de alcance institucional. Essas ofertas, além de acompanhar as diretrizes educacionais e do universo das novas profissões, são identificadas pela articulação direta de colaboradores e gestores com entidades representativas de classes e conselhos e órgãos públicos 4 (comitês, grupos de trabalho, núcleos, entidades profissionais, fóruns permanentes etc.), bem como pelo permanente diálogo da comunidade acadêmica com o mercado de trabalho para mapear as necessidades sociais da região. Complementarmente à formação qualificada de recursos humanos para acompanhar os avanços sociais e globais, a inserção regional da Univali se efetiva na implementação de projetos de pesquisa, inovação e extensão e na prestação de serviços, nas diferentes áreas do conhecimento mantidas na Universidade, por meio de parcerias institucionais e interinstitucionais. Afinal, seu perfil comunitário, historicamente construído, revela-se também no enfoque de suas pesquisas e produções técnico-científicas e de suas atividades de extensão e prestação de serviços reafirmando o compromisso e o esforço institucionais na transformação da sociedade local e regional. Para tanto, a caracterização socioeconômica do Vale do Itajaí e da Grande Florianópolis regiões de abrangência imediata da Instituição, destacada na Figura 09 é de fundamental importância na definição do foco das ofertas e das ações, bem como na aplicabilidade de resultados delas decorrentes. Acerca disso, vale lembrar que Santa Catarina possui o menor índice de desigualdade do país, 0,436, enquanto o Brasil apresenta 0,498, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013. 1 Os ordenamentos jurídicos, especialmente o Estatuto e o Regimento Geral, oferecem, no decorrer da sua construção, atualização e aprovação colegiadas, o projeto institucional, político e pedagógico da Univali servindo de subsídio fundamental para a caracterização da Instituição como Universidade Comunitária. 2 O art. 20 da LDB cita a Constituição Federal (art. 213) para apontar as Universidades Comunitárias como aquelas instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de professores e alunos que incluam na sua entidade mantenedora representantes da comunidade. Neste contexto, é importante observar a identidade destas Universidades, que são historicamente comprometidas com a qualidade dos serviços prestados e o meio social, exercendo relevante papel em meio às diversas formas jurídicas de organização dos modelos do atual sistema universitário e da pluralidade do pensamento nacional. Com este perfil, as Instituições de Ensino Superior Comunitárias têm apresentado competência de alto nível na formação de profissionais e cidadãos socialmente responsáveis. 3 Publicada pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior no DOU nº 211, de 31 de outubro de 2014 (seção 1, página 27), com base na Lei nº 12.881, de 12 de novembro de 2013, na Portaria MEC nº 863, de 03 de outubro de 2014, e na Nota Técnica nº 985/2014-DPR/Seres/MEC. 4 Em 2014, a Univali conta com representantes em 34 entidades como: Associação Empresarial de Itajaí, Conselho Regional de Desenvolvimento Regional (Secretaria de Desenvolvimento Regional de Itajaí), Associação Catarinense das Fundações Educacionais, Associação Brasileira das Universidades Comunitárias, Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, Conselho Regional de Engenharia, Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo, Conselho Federal de Contabilidade, Academia Catarinense de Odontologia, Associação Brasileira de Oceanografia e Conselho Regional de Administração de Santa Catarina, entre outros.

No ranking nacional do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Estado é o 3º colocado (0,774), atrás de São Paulo (0,783) e do Distrito Federal (0,824). Além disso, Santa Catarina se destaca pelo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Entre as 50 cidades brasileiras mais bem posicionadas, 11 são catarinenses. Florianópolis é a melhor entre as capitais brasileiras e ocupa o 3º lugar no ranking geral (0,847), segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 2013. Também de acordo com o IBGE, o crescimento demográfico médio anual em Santa Catarina é o maior do Sul do país, estimado em 1,55%, nos últimos dez anos e a previsão é de que a taxa de crescimento da população no Estado se prolongue por mais duas décadas até estacionar ou diminuir. A economia catarinense, por sua vez, apresenta crescimento estimado em 340% nas três décadas mais recentes, com predomínio de agricultura, pecuária, indústria e extrativismo e turismo. No desempenho do PIB dos municípios catarinense, é destaque o crescimento de Itajaí, que figura em primeiro lugar no Estado com R$ 19,7 bilhões, seguido por Joinville com R$ 18,2 bilhões a cidade mais populosa do Estado e por Florianópolis, a capital catarinense, com R$ 12,6 bilhões, segundo dados apresentados pelo IBGE em 2014. O setor secundário participa com 35%, o terciário com 59% e o primário com 6%. No setor secundário, a participação da indústria de transformação é de 22,9% e a da construção civil é de 5,7%, segundo dados do IBGE 2014. Por outro lado, de acordo com o relatório Santa Catarina em Dados 2014, publicado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina, a economia industrial confere ao Estado padrões de desenvolvimento equilibrado entre suas regiões: com têxtil, vestuário, indústria naval, produtos de metal e autopeças no Vale do Itajaí observando que o Estado é o segundo maior polo empregador têxtil e do vestuário do Brasil e o maior exportador do país de tecidos atoalhados de algodão e de camisetas; e tecnologia e informática, calçados, pesca e minerais não metálicos na Capital. Embora exista essa concentração, muitos municípios estão desenvolvendo vocações diferenciadas, fortalecendo vários segmentos de atividade. A indústria de base tecnológica, além de estar presente na Grande Florianópolis, também sobressai em Blumenau, Chapecó, Criciúma e Joinville. Tais segmentos da economia regional fortalecem-se e profissionalizam-se, sobretudo com a atuação de acadêmicos e egressos dos cursos de graduação e pós-graduação da Univali que, mapeados em todas estas áreas e sob a orientação de docentes pesquisadores e supervisores de estágio, desenvolvem pesquisas, projetos de extensão e relatórios apontando melhorias, soluções práticas e alternativas de desenvolvimento econômico e social, sustentabilidade e prospecção para mercados potenciais. No âmbito estadual merecem destaque os projetos de pesquisa atualmente financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e direcionados para o desenvolvimento da região: Unidade de pesquisa e desenvolvimento em métodos inovadores de quantificação química, microbiológica e toxicológica para apoio às indústrias e Órgãos Governamentais de Santa Catarina, Competências para a sustentabilidade no turismo: um estudo em empreendimentos hoteleiros de Florianópolis e Rio de Janeiro ; Prospecção de atividade antioxidante de peptídeos de hidrolisado de pescado ; Ambiente saudável, bem-estar e qualidade de vida: um estudo ambiental e populacional nas Mesorregiões 5 e 6 - Encostas da Serra Geral Catarinense ; Incubadoras Empresariais: inovação e ações empreendedoras dos gestores de firmas em processo de incubação e graduadas e sua relação com o desempenho no ambiente de negócios ; Relacionamento entre capacidades, comportamento estratégico e desempenho empresarial: um estudo nas empresas incubadas em Santa Catarina. O Estado detém forte estrutura logística portuária, com portos em Itajaí, São Francisco do Sul, Imbituba, Navegantes, Laguna e Itapoá. A indústria naval catarinense é a 3ª do país em número de trabalhadores e estabelecimentos e há a estimativa de que esse número se eleve em curto prazo com os investimentos atuais. Navegantes e Itajaí concentram o maior número de empresas construtoras de embarcações e o estaleiro líder na América Latina em construção

de rebocadores está em Itajaí. Além disso, é viável considerar que, dos dez principais municípios exportadores de Santa Catarina em 2013, seis pertencem à área de abrangência da Univali: Itajaí, Joinville, São Francisco do Sul, Jaraguá do Sul, Blumenau e São José. Atenta ao potencial dessa atividade econômica, a Univali mantém inúmeras atividades em parceria com setores da área. Exemplo disso é o convênio com a Fundação Estudos do Mar, destinada a contribuir para o conhecimento dos aspectos socioeconômicos e políticos do mar; valorizar o trabalhador da indústria de construção naval, do transporte aquaviário e da pesca, promovendo a maior produtividade dessas atividades comerciais e industriais; procurar os meios para racionalização do trabalho nos portos; buscar soluções para o incremento do transporte aquaviário; promover o conhecimento e a difusão dos problemas do complexo aquaviário, transportes, portos, pesca, navegação, construção naval, ciências do mar e legislação pertinente. Para tanto, é essencial a atuação dos docentes e egressos do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Portuária, a qual se efetua também em sintonia com a Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil. Nesse aspecto, é pertinente considerar que a zona costeira catarinense abriga grande variedade de ecossistemas naturais (terrestres e marinhos) dotados de significativa diversidade biológica. O litoral centro-norte do Estado que reúne os municípios de Balneário Piçarras, Bombinhas, Balneário Camboriú, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luís Alves, Navegantes, Penha e Porto Belo (Figura 09) concentra cerca de 1/3 do total de 300 empresas pesqueiras formadoras do parque industrial pesqueiro do País que compõem a cadeia produtiva local, a exemplo de estaleiros, indústrias de pesca, terminais pesqueiros de embarcações, fábricas de gelo, transporte do pescado, supermercados, trapiches, oficinas mecânicas e outros serviços de logística. Articulada a essa atividade, a Univali apresenta atuação expressiva por meio do Grupo de Estudos Pesqueiros 5, que presta suporte à atividade produtiva, à gestão da pesca marinha e de outras atividades antrópicas, bem como à conservação do meio marinho. As atividades do Grupo de Estudos Pesqueiros se direcionam à pesca industrial e artesanal em níveis local, regional, nacional e internacional, abrangendo a biologia e a dinâmica populacional dos recursos pesqueiros, a avaliação da biomassa explorável, o estudo da dinâmica das frotas, a gestão pesqueira, a tecnologia e o controle de qualidade do pescado, o aproveitamento de subprodutos do pescado, os aspectos socioeconômicos e a minimização do impacto ambiental da atividade. Além disso, o grupo realiza, em parceria com a Marinha do Brasil, estudos sobre a biodiversidade da margem continental do Sudeste e Sul do Brasil e de áreas profundas do Oceano Atlântico Sul para dimensionar os impactos ambientais da pesca e de atividades como a mineração marinha. De modo complementar, o grupo opera sistemas de monitoramento e observação da atividade pesqueira por meio da aplicação de ferramentas de coleta e processamento de dados, do rastreamento por satélite da frota pesqueira, da utilização de tecnologias de observação submarina e de sensores de imagens e acústicos para estudar o desempenho de equipamentos de pesca e o consumo de combustíveis nas operações pesqueiras. Esse trabalho reflete a inserção nacional da Univali no desenvolvimento de produtos tecnológicos de apoio à Secretaria da Pesca e Aquicultura, envolvendo, para tanto, a expertise da Instituição nas áreas das Engenharias, Oceanografia e Ciência da Computação. 5 O Grupo de Estudos Pesqueiros (www.univali.br/gep), pertencente ao curso de Oceanografia, é referência nacional na pesquisa e extensão pesqueiras. O trabalho desenvolvido viabiliza a participação dos pesquisadores do grupo em fóruns de gestão pesqueira do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Pesca e Aquicultura e promovidos pela Comissão Internacional para a Conservação do Atum do Atlântico, Convenção da Diversidade Biológica e Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos.

A Universidade mantém, há 20 anos, o Centro Experimental de Maricultura 6 no município de Penha, contribuindo com o desenvolvimento econômico e social da região por meio de apoio técnico e organizacional à Associação de Maricultores e à Cooperativa de Maricultores de Penha. Como resultado desse trabalho conjunto, Penha é hoje o segundo maior produtor de mexilhões do Brasil e o cultivo de moluscos, uma das alternativas econômicas mais importantes para o setor primário local. Além disso, é importante salientar que as ações de organização, monitoramento ambiental e assessoria técnica realizadas com os produtores de moluscos, bem como os experimentos de cultivo com peixes marinhos, têm reflexo estadual, nacional e internacional, pois a evolução da Maricultura na região está diretamente associada ao sucesso da parceria dos produtores com a Univali, servindo como modelo para 15 municípios, 18 associações, uma federação e cerca de mil produtores do Estado de Santa Catarina. No campo da inovação tecnológica, a inserção da Univali também se visualiza na parceria firmada com o Governo Estadual na execução do Programa Geração TEC Etapas Itajaí e Grande Florianópolis (Figura 09), voltado a suprir a carência de recursos humanos na área da Tecnologia da Informação e Comunicação por intermédio da qualificação profissional, favorecendo o necessário avanço tecnológico nas áreas de absorção dos concluintes jovens a partir de 16 anos com interesse na capacitação referida. A oferta dos cursos ocorre anualmente desde 2012. Também é relevante a representação da Univali no Programa Catarinense de Inovação (PCI) coordenado pela Secretária de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapesc), a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC). O programa está baseado em três eixos: capacitar pessoas e empreendedores para os desafios do futuro, atrair novos investidores de setores estratégicos e criar hábitats de inovação. Outro setor que movimenta significativamente a economia catarinense é o turismo, motivado pela diversidade de paisagens e atrativos naturais e pelas heranças europeias encontradas na arquitetura, na culinária e nas tradições culturais. Graças a essa atividade, o Estado recebeu mais de 6 milhões de turistas no verão 2012/2013, arrecadando US$ 1,4 milhão, segundo a Santur Santa Catarina Turismo 2014. Não à toa, o Estado foi eleito, pela segunda vez consecutiva, o melhor destino turístico brasileiro no Prêmio Viagem e Turismo 2012/2013 e o 5º Estado com maior entrada de turistas internacionais em 2012. A rede hoteleira apresenta capacidade de 109,5 mil leitos, e o setor gera 250 mil empregos diretos e indiretos, com destaque para Florianópolis, Balneário Camboriú, Blumenau e Joinville destinos preferidos dos visitantes. Em atenção à dinâmica referida e à expansão do turismo e da gastronomia na economia catarinense, a Univali oferece cursos (técnicos e superiores de graduação e pós-graduação) nas áreas, investindo na formação de profissionais para atuar nesses segmentos, assim como na gestão de eventos e no desenvolvimento de pesquisas voltadas ao planejamento do espaço turístico, à gestão de destinações e de empresas de turismo, aos estudos do patrimônio ambiental e sua relação com o espaço turístico e aos estudos do patrimônio cultural edificado e imaterial. Um exemplo disso é o projeto multidisciplinar Análise e Avaliação da Sustentabilidade Turístico-Recreativa dos Equipamentos de Lazer na Ilha de Porto Belo (SC), instituído há 17 anos. Com esta atividade, o empreendimento localizado da Ilha de Porto Belo se 6 Com a assistência técnica do Centro Experimental de Maricultura, a Cooperativa de Maricultores de Penha obteve, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, o Selo de Inspeção Federal (SIF 3389), transformando-se na única cooperativa de maricultores do Brasil que pode comercializar mexilhão resfriado para o território nacional. Adicionalmente, os pesquisadores colaboram com o poder público municipal, atuando na elaboração do Plano Diretor Municipal, do Plano de Saneamento Básico, do Plano de Gerenciamento de Resíduos, do Projeto Orla, do Conselho Municipal do Meio Ambiente, do Conselho Municipal da Pesca e do Conselho Municipal da Cidade.

destaca como referência (destinação de excelência) nacional em desenvolvimento sustentável em ambientes insulares. Nessa área, também sobressai a atuação da Univali no processo de regionalização do turismo ferramenta instituída pelo Ministério do Turismo nos Planos Nacionais do Turismo. O Programa, considerado estratégico para a consecução da política nacional, prevê a execução descentralizada, com foco no planejamento coordenado e participativo, com o intuito de estimular a obtenção dos resultados sociais e econômicos no país. Para tanto, a Univali mantém parceria com o Ministério da Integração e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes) na realização do projeto de pesquisa Turismo: estudo dos casos da Costa Verde e Mar, Serra Gaúcha e Litoral de Jijoca de Jericoacoara 7. Atenta a esse cenário socioeconômico e com base nas áreas do conhecimento mantidas na Instituição 8, a Univali presta, a diferentes segmentos da sociedade, serviços 9 técnicos como consultoria jurídica, assessoria em comércio exterior, desenvolvimento de sistemas embarcados, avaliação do teor de flúor da água de abastecimento público e elaboração de planos de desenvolvimento turístico municipais e regionais. Os serviços prestados procuram suprir demandas localizadas, de acordo com o panorama socioeconômico vigente nas áreas de inserção da Universidade, e também se estendem ao território nacional, por meio de parcerias com o Governo Federal. Na área da saúde, esse ajustamento às demandas regionais pode ser observado no ingresso da Univali nos editais do Programa Nacional de Reorientação Profissional da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) e do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) e na manutenção do Centro de Especialidades Odontológicas que é referência para quatro municípios da região. Em parceria com a Secretaria de Saúde de Itajaí, há a Unidade de Saúde Familiar e Comunitária no Campus Itajaí com três equipes de Estratégia de Saúde da Família. Outro destaque é o Serviço de Atenção à Saúde Auditiva, credenciado no Ministério da Saúde como serviço de alta complexidade, que presta atendimento a 53 municípios da Foz, do Médio e do Alto Vale do Itajaí. Em parceria com o Ministério da Saúde e as Secretarias Estadual e Municipal de Itajaí, a Univali teve aprovado o convênio para a implantação do Centro de Especializado em Reabilitação Física e Intelectual que conta com equipe multidisciplinar e compõe a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, com atendimento a 200 pessoas com deficiência intelectual, especialmente crianças com Transtorno do Espectro do Autismo, e a 200 pessoas com deficiência física. O serviço se iniciou em 2014 e recebe pacientes encaminhados pelo Sistema Único de Saúde por meio das Secretarias de Saúde dos municípios da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri), mais Balneário Camboriú. Além disso, professores e acadêmicos da Univali tem ampla inserção regional por meio da pesquisa e da formação dos profissionais de saúde e da participação na Comissão Permanente de Integração Ensino-Serviço instituída pela Portaria do Ministério da Saúde nº 1.996 (20 de agosto de 2007) e com atuação nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Luís Alves, Ilhota, Penha, Porto Belo, Bombinhas, Itapema, Navegantes e Camboriú. Cabe às 7 Univali. Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hotelaria. Desenvolvimento Regional, políticas públicas e competitividade no Turismo: estudo dos casos da Costa Verde e Mar (SC), Serra Gaúcha (RS) e do Litoral de Jijoca de Jericoacoara (CE). Projeto de Pesquisa. Balneário Camboriú: Univali, 2013. 8 Sob a estrutura de Centros, cada qual com infraestrutura física e social condizente com o desenvolvimento qualificado do ensino, da pesquisa e da extensão no seu âmbito: Centro de Ciências da Saúde; Centro de Ciências Sociais Aplicadas Comunicação, Turismo e Lazer; Centro de Ciências Sociais Aplicadas Gestão; Centro de Ciências Sociais e Jurídicas; e Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar. 9 As opções de serviços estão no endereço: www.univali.br/servicos

Comissões a responsabilidade de elaborar um plano de ação regional de educação permanente em saúde coerente com os Planos de Saúde Municipal e Estadual relacionados à educação na saúde. No âmbito da gestão de políticas públicas, a Univali mantém o Programa Observatório de Políticas Públicas, que atua na formação continuada e no assessoramento de lideranças, organizações da sociedade civil e de conselhos municipais. O programa articula a prestação de serviços desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas Sociais, o Núcleo de Estudos Sociais e Políticos e a extensão desenvolvida pela Incubadora Social para ampliar a interação institucional com a comunidade regional. Por outro lado, a Univali investe na construção da cidadania e nas ações de defesa e promoção dos direitos humanos especialmente por meio do atendimento e da orientação da população nas questões jurídicas, nas áreas civil e criminal, sob a orientação de professores advogados. Essa prática é oferecida nos Escritórios Modelos de Advocacia mantidos em Itajaí, Balneário Camboriú, Tijucas, Biguaçu e São José. Essa prática também ocorre por meio de ações de extensão coordenadas pelo Núcleo de Assessoria Jurídica das Organizações da Sociedade Civil que presta assessoria a Organizações Não Governamentais, Associações Comunitárias, Associações de Moradores, Centros de Apoio e Interesse Social, Cooperativas, Empreendimentos Solidários e Conselhos Comunitários. Esse Núcleo oferece também cursos sobre associativismo e cooperativismo e executa a avaliação e o monitoramento de políticas públicas com o acompanhamento dos Conselhos Gestores com representação da Instituição. Na esfera da gestão, a inserção regional da Universidade se efetiva na assessoria prestada a empreendimentos sociais por meio da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, voltada à promoção da economia solidária e ao desenvolvimento do empreendedorismo voltado à autogestão ações que viabilizam a inserção em cadeias produtivas locais e regionais, contribuindo para o desenvolvimento sustentável desses empreendimentos nos aspectos econômico, social e ambiental. Nesta perspectiva, a Instituição promove a capacitação de gestores públicos e lideranças multissetoriais para os desafios das mudanças climáticas e da governança ambiental na região da Foz do Rio Itajaí, atendendo mais de 1,1 mil pessoas e 21 entidades por ano. A capacitação aborda desafios e oportunidades da gestão socioambiental contemporânea, destacando os desafios globais (mudança climática, riscos socioambientais), novas iniciativas e tendências (economia verde e a governança ambiental) e sua adaptação à realidade local em questões como a gestão de uso e ocupação do solo. Na área da educação, a Universidade viabiliza a sua inserção regional empreendendo esforços na formação de professores da Educação Básica notadamente por meio do Programa de Formação Continuada, realizado em parceria com Prefeituras, do Programa Nacional de Incentivo à Leitura 10, vinculado à Fundação Biblioteca Nacional, e do Programa de Iniciação à Docência na Educação Básica (Pibid), subsidiado pela Capes. O Pibid promove a qualificação para a docência de estudantes de licenciatura, desde o início de sua formação acadêmica, professores da Educação Básica e do Ensino Superior, incentivando a atuação colegiada destes em escolas públicas de Educação Básica, com incentivos financeiros. Essas atividades estão articuladas ao projeto pedagógico da escola, mobilizando alunos, professores, pais e a comunidade em geral. Ao todo, em 2014, o Pibid envolveu diretamente 68 Instituições de Ensino da Rede Municipal e oito da Rede Estadual em Itajaí, Tijucas, Balneário Piçarras, Itapema, Balneário Camboriú, Biguaçu e São José além de contar com a participação de 377 acadêmicos, 82 professores supervisores das Escolas de Educação Básica e 33 coordenadores. 10 Univali. Relatório Proler. Coordenação do Programa Proler Univali, Itajaí, 2013.

O Programa Nacional de Incentivo à Leitura visa à formação de uma rede nacional de encontros regionais de incentivo à leitura e à escrita. São parceiros da Univali neste Programa: a Secretaria Municipal de Educação de Itajaí, a Fundação Cultural de Itajaí, o Serviço Social do Comércio (Sesc) de Itajaí, a Secretaria Municipal Educação de Balneário Camboriú, a Fundação Cultural de Balneário Camboriú, a Secretaria Municipal de Educação de Balneário Piçarras, o Instituto Caracol (Navegantes) e a Biblioteca Pública Municipal e Escolar Norberto Cândido Silveira Junior. Na Instituição, o Programa está organizado nos eixos: Produção de arte e bens simbólicos; e Cultura, educação e cidadania. Em 2011, o Programa atingiu 16.790 pessoas. No ano seguinte, 28.285 pessoas. E, em 2013, 37.090 pessoas. Ainda na esfera da Educação Básica, a atuação da Univali se destaca na oferta do Programa de Formação Continuada para professores nas redes de ensino de Itajaí e Navegantes, com ampliação progressiva de participantes, carga horária e temáticas capazes de contemplar todos os segmentos da escola e do currículo. Para melhorar a infraestrutura urbana e local quanto ao desenvolvimento sustentável dos municípios da sua região de abrangência, a Univali presta assessoria a gestores públicos no processo de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial de municípios da região da Amfri que abriga as cidades de Balneário Piçarras, Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luís Alves, Navegantes, Penha e Porto Belo, contemplando as áreas urbana e rural, por meio de princípios metodológicos de planejamento e gestão participativa, visando ao desenvolvimento urbano socialmente inclusivo e sustentável. A Univali também desenvolve ações de apoio à implantação de Unidades de Conservação, em parceria com diferentes segmentos da sociedade, por meio de reuniões com os Conselhos dos Parques Estadual e municipais, saídas a campo para levantamento e mapeamento de recursos hídricos da região, subsídio à implantação, ao planejamento e à gestão dos parques, discussão e recategorização da reserva biológica e indicação de delimitação para os parques. Várias iniciativas expressivas e premiações atestam a inserção referida. No foro da responsabilidade social, a Univali detém, por exemplo, três certificações: - O Certificado de Responsabilidade Social 2013, atribuído em 2014 pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina com base na Lei nº 12.918/2004 que reconhece as empresas e entidades com fins não econômicos em cujas políticas de gestão estejam incluídas ações de responsabilidade socioambiental; - O Certificado de Responsabilidade Social 2012, atribuído em 2013 pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina com base na Lei nº 12.918/2004; - A Certificação Selo Social de Itajaí 2013, atribuída em 2014 pelo Município de Itajaí com base na Lei nº 5.403/2009 que concede o Selo para empresas/instituições que realizam investimentos na área social tendo como parâmetro os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio; - A Certificação Selo Social de Itajaí 2012, atribuída em 2013 pelo Município de Itajaí com base na Lei nº 5.403/2009; - O Título de Embaixadora do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio nº 6 (Combater a Aids, a malária e outras doenças), integrante do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade, criado em 2004 para atender aos Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecidos pela Organização das Nações Unidas em 2000. Nessa esfera, é prudente pontuar que a Instituição empreende, no seu Plano de Desenvolvimento de Responsabilidade Social, elaborado com base nas linhas de inclusão social nas seguintes áreas: Assessoramento (projetos de inclusão cidadã, pesquisas e estudos para conhecimento das comunidades); Atendimentos à proteção social de baixa, média e alta

complexidades; Defesa e garantia de direitos, devidamente registrados no Relatório de Responsabilidade Social 2013 11. Em resumo, a Univali, conforme detalha no Plano de Desenvolvimento Institucional, prospecta a consolidação da sua identidade como Instituição Comunitária, característica esta que acompanha a sua criação, e a reconhecida inserção no desenvolvimento econômico, tecnológico e cultural na sua área de abrangência, assim como o fortalecimento do seu trabalho no contexto do ensino superior brasileiro. 2.1.1 Inserção Educacional Do ponto de vista da inserção educacional, a Univali é considerada a maior Universidade Comunitária Catarinense. Na avaliação do desempenho das Instituições de Ensino Superior do país (2014) realizada pelo Ministério de Educação, a Universidade obteve Índice Geral de Cursos IGC 4. Isso significa dizer que, na média geral de avaliação dos seus cursos de graduação e de pós-graduação (stricto sensu), em uma escala qualitativa de 1 a 5, a Univali obteve conceito 4 ou muito bom. Este conceito representa o movimento da Universidade para consolidar suas políticas e seu projeto pedagógico institucional, pois sintetiza, em somente um indicador, a qualidade de seus cursos de graduação, mestrado e doutorado. No cenário nacional, isso representa um amplo esforço de diferenciação pela qualidade, considerando que, nas últimas décadas, a educação superior no Brasil tem apresentado índices expressivos de crescimento e expansão. Políticas educacionais têm favorecido o acesso de um número significativo de estudantes a este nível de ensino, assim como a expansão das Instituições de Ensino Superior (IES), públicas e privadas, e da consequente oferta de cursos. O Censo do Ensino Superior de 2013 compreendeu 32.049 cursos de graduação presenciais e a distância oferecidos por 2.391 IES. Em relação a esses cursos, registraram-se 7.305.977 matrículas, 991.010 concluintes e 2.742.950 ingressos (Tabela 01). Tabela 01 Instituições, cursos e matrículas de graduação (presencial e a distância) por Categoria Administrativa Brasil 2013 Estatísticas Básicas Categoria Administrativa Total Pública Geral Privada Total Federal Estadual Municipal Graduação Instituições 2.391 301 106 119 76 2.090 Cursos 32.049 10.850 5.968 3.656 1.226 21.199 Matrículas Graduação 7.305.977 1.932.527 1.137.851 604.517 109.159 5.373.450 Fonte: Censo de Educação Superior 2013, MEC/Inep. Conforme dados da Tabela 01, o maior crescimento do ensino superior concentrou-se no âmbito das IES privadas. Do total de 2.391 instituições brasileiras registradas pelo Censo, 2.090 pertencem a esta categoria. Este crescimento também se confirma nas matrículas dos cursos de graduação de instituições privadas que corresponderam a 73% do total de matrículas 5.373.450, número que representa o aumento de 13,5% em relação ao ano de 2010 (MEC/Inep, 2011). De acordo com o Censo de 2013, a tendência de crescimento dos cursos de educação a distância vem sendo contínua. Estes, no entanto, não extrapolam o número de cursos presenciais. As matrículas nos cursos presenciais de bacharelado totalizaram, neste ano, 4.551.108, em licenciaturas, 922.981, e nos cursos de grau tecnológico, 654.569 (MEC/Inep, 2013). As de Educação a Distância, no entanto, expandiram mais suas matrículas nos cursos de licenciatura, com 451.193 matrículas contra 361.202 do bacharelado e 341.177 no nível da formação superior em tecnologia. 11 A versão digital pode ser conferida em: http://www.univali.br/institucional/balanco-social.

O Ensino Superior no Estado de Santa Catarina tem sua situação detalhada para o período 2012-2013 na Tabela 02. Tabela 02 Número de IES, vagas, matrículas e ingressos na Educação Superior na Região Sul e no Estado de Santa Catarina nos anos de 2012 e 2013 Região Sul Estado de Santa Catarina Ano IES Vagas Matrículas Ingressos IES Vagas Matrículas Ingressos 2012 409 466.803 941.738 333.088 99 100.295 282.333 77.894 2013 413 498.187 962.684 277.062 98 100.587 224.210 60.859 Fonte: Adaptado da Sinopse da Educação Superior 2012-2013 - MEC/Inep. Dados do Censo apontaram que, em 2013, 100.587 vagas foram oferecidas no ensino superior no Estado, porém houve somente 60.859 ingressos. Estes dados indicam decréscimo na ocupação de vagas no Estado se comparados os índices de ingressantes em 2012 (77.894). Esta tendência manteve-se na Região Sul, que observou a diminuição do número de ingressantes de 333.738 em 2012 para 277.062 em 2013. Do total de vagas (100.587) oferecidas no ano de 2013, 59.803 (59%) foram oferecidas pelas IES privadas (Tabela 03). Os dados mostram ainda que, do total de 46.269 vagas oferecidas apenas por Universidades, 10.807 vagas foram oferecidas por Universidades privadas, às quais correspondeu o total de 8.716 ingressos nesta categoria administrativa. Tabela 03 Número de vagas, candidatos inscritos e ingressos nos cursos de graduação presencial por vestibular e outros processos seletivos nas IES e Universidades do Estado de Santa Catarina, segundo a dependência administrativa, no ano de 2013 Dependência Administrativa Total Geral (Universidades, Faculdades, Centros Universitários, IF, Cefet) Candidatos Vagas Ingressos Universidade Candidatos Vagas inscritos inscritos Ingressos Pública 40.784 147.741 29.465 35.462 113.859 25.846 Privada 59.803 78.227 31.394 10.807 22.484 8.716 Fonte: Sinopse da Educação Superior 2013 - MEC/Inep. Na Tabela 03, verifica-se ainda que, nas universidades, o número de candidatos inscritos (113.859) e de ingressantes (25.846) nas públicas foi significativo em relação aos inscritos (22.484) e ingressantes (8.716) nas universidades privadas. Esses dados se alteram, caso considere-se que, no total geral, que envolve faculdades e centros universitários, o número de ingressantes nas IES privadas foi superior. No âmbito da Univali, nos anos de 2012 a 2014, o número de cursos de graduação (bacharelado, licenciatura e tecnologia) sofreu ligeiras flutuações, como evidencia a Tabela 04. Tabela 04 Número de cursos de graduação (bacharelado, tecnologia e licenciatura) presenciais e a distância oferecidos pela Univali no período 2012 2014 Cursos de graduação 2012 2013 2014 Presenciais Licenciatura 13 11 6 Bacharelado 36 42 42 Tecnologia 14 13 12 A distância Licenciatura 8 5 4 Total 77 71 64 Fonte: Vice-Reitoria de Graduação, 2014. No período analisado (Tabela 04), verifica-se a regularidade na oferta de cursos de bacharelado e tecnologia, com leve crescimento do primeiro e diminuição de cursos de licenciatura presenciais e a distância, notadamente no ano de 2014. Em relação ao número de matrículas no período 2012-2014, também se observaram ligeiras flutuações (Tabela 05):

Tabela 05 Número de matrículas nos cursos de graduação oferecidos pela Univali nos anos de 2012 a 2014 Anos 2012 2013 2014 Matrículas 20.411 20.570 20.635 Fonte: Univali/Vice-Reitoria de Graduação, 2014. No período analisado, a Instituição demonstrou equilíbrio em relação ao número de alunos matriculados. Observa-se, na Tabela 05, leve crescimento e constância nestes anos. Esses dados guardam relação com o número de cursos de graduação ofertados no período (Tabela 04), os quais também mantiveram o equilíbrio. Esses dados permitem observar a busca de equilíbrio nas políticas da Universidade em relação à oferta de cursos que melhor definem sua identidade e à manutenção de um público de alunos que se manteve equilibrado e constante no período de três anos. Nos próximos dois anos previstos neste Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) (2015 e 2016), a perspectiva de crescimento se mantém nesta trajetória constante de expansão equilibrada. A oferta de cursos de pós-graduação também se manteve equilibrada no período 2012-2014, com progressivo aumento (Tabela 06). Tabela 06 Número de cursos e de matrículas nos cursos de pós-graduação lato e stricto sensu oferecidos pela Univali nos anos de 2012 a 2014 Anos 2012 2013 2014 Lato sensu 30 41 39 Cursos de pós-graduação Stricto sensu 15 15 15 Matrículas 1.366 2.867 3.203 Fonte: Vice-Reitoria de Graduação, 2014. Vale ressaltar que, no âmbito da oferta de cursos pós-graduação stricto sensu, a qual se encontra rigorosamente submetida aos padrões de qualidade estabelecidos pelas políticas da Capes, os indicadores de ampliação de 12 para 15 cursos são testemunho do trabalho da Universidade para se diferenciar por meio da qualidade. Atualmente, no Brasil, a oferta de cursos stricto sensu somente se mantém ou se amplia mediante a avaliação criteriosa da Capes, por meio do Sistema Nacional de Avaliação da Pós- Graduação. Na avaliação trienal dos programas (mestrado e doutorado), são emitidos conceitos de 1 a 7, que demonstram a qualidade dos cursos oferecidos. Os conceitos 6 e 7 são os melhores e atribuídos aos programas com alto padrão internacional; o 5 é atribuído aos programas com nível de excelência; o 4, aos programas com muito bom desempenho; o conceito 3, aos com bom desempenho; e os conceitos 1 e 2 desqualificam o programa para oferta de pós-graduação no país. Os 15 cursos de pós-graduação stricto sensu da Univali são reconhecidos e recomendados pela Capes, podendo-se citar: Mestrado Profissional em Gestão de Políticas Públicas com conceito 3; Mestrado Profissional em Saúde e Gestão do Trabalho conceito 3; Mestrado Acadêmico em Computação Aplicada conceito 4; Mestrado Acadêmico em Administração conceito 5; Doutorado em Administração conceito 5; Mestrado Acadêmico em Educação conceito 4; Doutorado em Educação conceito 4; Mestrado Acadêmico em Ciências Farmacêuticas conceito 4; Doutorado em Ciências Farmacêuticas conceito 4; Mestrado Acadêmico em Ciência Jurídica conceito 5; Doutorado em Ciência Jurídica conceito 5; Mestrado Acadêmico em Ciência e Tecnologia Ambiental conceito 4; Doutorado em Ciência e Tecnologia Ambiental conceito 4; Mestrado Acadêmico em Turismo e Hotelaria conceito 5; Doutorado em Turismo e Hotelaria conceito 5. Além destes, há também a oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu denominados Mestrado Interinstitucional (Minter) em parceria com Universidades que se encontram em regiões distantes dos centros consolidados em ensino e pesquisa. A Univali, em 2014, oferece o

Mestrado Interinstitucional em Turismo e Hotelaria no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão e o Mestrado Interinstitucional em Ciência Jurídica na Faculdade Guarapuava no Paraná. A oferta de cursos de pós-graduação lato sensu, por sua vez, a partir de 2012, apresentou crescimento significativo (Tabela 06), revelando a possibilidade de manutenção do equilíbrio em relação ao número de cursos e vagas oferecidas. A Univali também tem se preocupado em consolidar seus padrões de qualidade na oferta de cursos em todos os níveis, assim como no desenvolvimento de pesquisas e de atividades de extensão e cultura, o que fortalece sobremaneira suas possibilidades de inserção regional e nacional. 2.2 Princípios filosóficos e técnico-metodológicos norteadores das práticas acadêmicas A Univali fundamenta seu compromisso com a produção da ciência e com a universalização do saber em todas as áreas do conhecimento tendo como objetivo geral, conforme dispõe o Art. 2º do seu Estatuto, promover o desenvolvimento da filosofia, da cultura, da educação, da ciência, da tecnologia, das letras e das artes, visando ao bem-estar e à valorização do homem. Para alcançar esse objetivo, a Instituição norteia as ações que daí decorrem, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, desenvolvendo um processo educacional que considera a realidade histórico-cultural na formação do acadêmico, possibilitando que este expresse sua criatividade e exerça sistematicamente a crítica da realidade na qual se insere e a autocrítica da sua atuação no mundo. O processo educacional levado a efeito na Univali está sustentado em uma ação pedagógica 12 dinâmica, baseada no diálogo, compartilhada e construída com base na vivência e na interação dos sujeitos da aprendizagem com a cultura. A cultura, na concepção de Mellouki e Gauthier (2014, p. 540), fornece não só o material, os utensílios (conhecimentos, sistemas de símbolos, de gestos e de signos, entre os quais a linguagem) e as finalidades, mas por vezes também os modelos (o que é um bom cidadão, um cientista, um médico, um professor, um homem, uma mulher, um pai ou uma mãe etc.) ou os esquemas de construção da relação. Ela permite definir, elaborar ou modificar a relação consigo mesmo, com os outros e com o mundo. Para que a cultura possibilite a modificação dessas relações, o que se revela significativo neste tipo de ação pedagógica não é somente o estudo desse ou daquele referente cultural, mas o esforço de interpretação que acompanha necessariamente um tal estudo, um olhar crítico, o espírito de análise e de síntese, e as competências disciplinares e gerais que se desenvolvem por meio do contato com tais referentes culturais e com sua contextualização social e histórica (MELLOUKI e GAUTHIER, 2014, p. 542). A formação pessoal e profissional promovida pela Univali, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, nos diversos campos do conhecimento considera a contextualização histórica e as transformações culturais e tecnológicas orientadas às necessidades sociais e aos objetivos de desenvolvimento da sociedade. Todavia, assume que cabe à Universidade o trabalho de orientar seus acadêmicos no esforço de interpretação, no exercício da crítica e contextualização desses referentes culturais em benefício da formação. O modus faciendi dessa mediação cultural, pelo trabalho dos professores e pesquisadores, dá-se por meio do trabalho de provimento aos alunos dos meios de aquisição de 12 A ação pedagógica baseia-se no diálogo e na ética comunicacional, direcionando-se para a tomada de consciência do ato de aprender e de ensinar. Este pressupõe uma postura de investigação e de autorregulação da aprendizagem por parte do aluno e do professor em face do conhecimento e do domínio dos modos de sua produção.

conceitos científicos e de desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas, dois elementos da aprendizagem interligados e indissociáveis (LIBÂNEO, 2004). Neste sentido, construir conhecimentos implica uma ação compartilhada, um processo de interação social pelos sujeitos desse ato prática que sugere o redimensionamento do valor das interações professor-aluno no contexto acadêmico e compreende: O diálogo, a cooperação, a troca de informações, o confronto de pontos de vista divergentes; Atividades que correspondam a aprendizagens relevantes para solucionar os problemas, enfrentar dilemas, tomar decisões, formular estratégias de ação, as quais enfrentarão como profissionais e cidadãos; A troca de repertórios, as diferentes visões de mundo, o desenvolvimento da ajuda mútua e a ampliação de capacidades individuais; Estudos complementares, monitorias, atendimentos adicionais, atividades optativas, instruções escritas que facilitem a apropriação/produção do conhecimento. No ato pedagógico, constituído pelo processo de ensinar e aprender, esse contexto não pode ser negligenciado. Ele requer [...] a realização de estudos voltados para o entendimento dos processos de construção da aprendizagem e de incentivar os estudantes universitários a explicitar os próprios processos de aprendizagem, focando a auto-regulação da atenção, da memória e do planejamento da ação de aprendizagem e a atribuição de sentidos para o conteúdo, processos essenciais na construção de aprendizagens significativas. (OLIVEIRA, 2004, p. 11). O acompanhamento sistemático do processo de aprendizagem implica descrever, notificar e interpretar os erros e os acertos do processo, de modo que seja possível, se necessário, criar situações capazes de reorientar os alunos e redimensionar sua própria prática. Assim, a Instituição, seus docentes e acadêmicos são responsáveis pela implementação de condições apropriadas para a aprendizagem. Este processo compreende que a educação é uma prática constituída e constituinte das relações sociais e, enquanto tal, vai se efetuar de forma contínua ao longo da vida. Transformar a prática docente sob a inspiração de tais concepções é ação coletiva. A compreensão, a sistematização e a assimilação de um conhecimento somente têm valor se promoverem alteração na conduta do educador e do educando. Uma nova forma de pensar deve gerar novas formas de agir e de sentir. Sendo assim, convém compreender a necessidade de organização do trabalho pedagógico como prática concreta. Gestores, professores e acadêmicos realizam essas concepções ao implementá-las nos projetos pedagógicos e efetivá-las no cotidiano da universidade. Os princípios constituem a base de referência para o trabalho educativo, pois orientam as ações em todas as suas etapas de realização da concepção de ensino ao uso dos resultados das avaliações. Neste contexto, o Projeto Pedagógico Institucional norteia-se pelos seguintes princípios: - Excelência na produção técnica e científica; - Excelência no processo de ensino/aprendizagem nos diferentes níveis de ensino; - Interação com a comunidade local e regional; - Integração dos processos de gestão administrativa, acadêmica e pedagógica. 2.3 Organização didático-pedagógica da Instituição A Univali tem sua organização didático-pedagógica estruturada para a oferta de cursos nos níveis da educação básica e superior. A educação básica contempla a oferta das etapas da educação infantil, do ensino fundamental e ensino médio, por meio dos seus três Colégios de Aplicação, além de cursos técnicos profissionalizantes. A educação superior está organizada para oferta de cursos de graduação tecnólogos, licenciaturas e bacharelados, nas modalidades

presencial e a distância, e de pós-graduação lato e stricto sensu, por meio de seus cinco Centros e um Núcleo 13. O planejamento destes níveis, etapas e modalidades de ensino é coordenado pela Vice- Reitoria de Graduação, pela Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura e pela Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional. Este toma como referenciais organizadores a LDBEN 9394/96, o Decreto 5773/06 que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de Instituições de Educação Superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino, as Diretrizes Curriculares Nacionais e outras normativas do Ministério da Educação (MEC) e do Conselho Nacional de Educação (CNE), além das diretrizes estabelecidas no Estatuto da Fundação Univali e no Regimento Geral da Universidade. A organização curricular dos Colégios de Aplicação norteia-se pelos princípios da solidariedade; da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar; da divulgação da cultura, do pensamento, da arte e o do saber; do pluralismo de ideias; do apreço à tolerância; da valorização da experiência cotidiana; da vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais; a articulação entre educação básica e ensino superior como fonte de desenvolvimento. A organização didático-pedagógica da educação superior está definida em Centros, distribuídos por grandes áreas do conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas Gestão e Ciências Sociais Aplicadas Comunicação, Turismo e Lazer; Ciências Jurídicas; Ciências da Saúde; Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar; e Licenciaturas. Desta organização, decorrem a criação e a implantação dos cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação, que, no seu desenvolvimento e manutenção, contam com Colegiados específicos por curso, Núcleos Docentes Estruturantes e Colegiados de Centro articulados aos Órgãos superiores da Universidade e da Fundação Univali. As diretrizes que norteiam o projeto pedagógico da Univali e seu PDI orientam os projetos pedagógicos dos cursos de graduação, os quais são avaliados e renovados a cada dois anos e apresentam na sua estrutura: a concepção orientadora do curso, os objetivos, a organização curricular, a sistemática de estágios obrigatórios e não obrigatórios, as atividades de iniciação científica e as complementares, as atividades teórico-práticas, as formas de interação entre ensino-pesquisa-extensão, os processos de avaliação da aprendizagem, autoavaliação e avaliação externa, o perfil do corpo docente, discente e técnico-administrativo, a estrutura física e tecnológica de funcionamento do curso e o planejamento de curso articulado ao PDI e ao Planejamento Estratégico Institucional. A matriz curricular dos cursos está organizada de forma a que todos os créditos (com unidade equivalente a 15 horas cada) possam ser obtidos dentro de um conjunto de períodos letivos (semestrais), previamente estabelecidos de acordo com a legislação em vigor. Esta define o corpo de disciplinas, organizado a partir de um desenho matricial convergente, coerente e ordenado, levando em conta o perfil de formação desejado, os níveis de flexibilização e integralização curricular e a carga horária total e por disciplina. As disciplinas configuram-se como um conjunto de conteúdos selecionados a partir de um campo definido de conhecimento, organizados em ementas correspondentes a um programa a ser desenvolvido num período letivo, com determinado número de créditos e fundamentado em referenciais bibliográficos atualizados. Elas são organizadas conforme as características de seus conteúdos, podendo ser compostas de atividades em sala de aula, em laboratórios ou 13 Como apresentado no Capítulo 1, a Univali tem os Centros e o Núcleo organizados por áreas do conhecimento, sendo eles: Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Gestão (Ceciesa Gestão), Centro de Ciências Sociais Aplicadas Comunicação Turismo e Lazer (Ceciesa CTL), Centro de Ciências Sociais e Jurídicas (Cejurps), Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar), Centro de Ciências da Saúde (CCS) e Núcleo das Licenciaturas.

outros cenários de prática e em visitas técnicas, entre outros. Há a possibilidade, ainda, de serem organizados na modalidade semipresencial, com atividades em campo e ou em projetos específicos de ambientação profissional. Esta organização curricular é construída, avaliada e periodicamente atualizada e/ou reformulada (a partir de um período superior a dois anos de funcionamento) com a participação do corpo docente e discente, de modo a responder às necessidades de cada área de formação em atenção às mudanças no mundo do trabalho, na sociedade e, consequentemente, nos perfis profissionais. Os docentes responsáveis pelas disciplinas constroem seu plano de ensino tendo como referenciais o projeto pedagógico do curso e seu conhecimento sobre as disciplinas que ministram. No plano de ensino, atualizado semestralmente, o professor define seus objetivos de aprendizagem em diálogo com o perfil de formação, detalha as unidades da ementa em conteúdos programáticos, escolhe as estratégias de ensino e os instrumentos e critérios de avaliação do desempenho discente, assim como as bibliografias básica e complementar. A definição dos instrumentos e critérios de avaliação do discente no plano de ensino atende às normativas de avaliação do desempenho acadêmico aprovadas no Regimento Geral da Universidade. Os instrumentos de avaliação, os respectivos critérios e pesos são definidos previamente no plano de ensino e/ou redefinidos no decorrer do semestre, com a ciência dos acadêmicos, devendo resultar em três médias parciais: M1, M2, M3. Os resultados das avaliações são objeto de discussão e análise com os acadêmicos de acordo com as normas em vigor. É facultado ao acadêmico requerer a revisão da avaliação à coordenação do curso, observando-se as normas específicas aprovadas no Conselho Universitário por meio da Câmara de Ensino. As médias parciais são publicadas, aproximadamente, nos períodos que completam um terço, dois terços e ao final da carga horária da disciplina e expressas por notas, graduadas de zero a dez, com duas casas decimais, sem arredondamento. O registro das notas e a frequência são efetuados no diário on-line. No final do semestre, este é impresso, assinado e entregue à coordenação e arquivado na Secretaria Acadêmica e, posteriormente, no acervo acadêmico do Arquivo Central da Instituição. Essa rede convergente de processos que se iniciam nas deliberações do projeto pedagógico institucional e dos projetos pedagógicos de curso e se revela nos planos de ensino de cada disciplina e na prática pedagógica dos professores é orientada, monitorada e avaliada por uma equipe liderada pela Vice-Reitoria de Graduação, Direções de Centro e Coordenações de Curso. Trata-se de uma estrutura de apoio pedagógico e tecnológico que busca assegurar essa convergência e oferecer suporte aos docentes no desenvolvimento de suas atividades. A Vice-Reitoria de Graduação tem estruturada uma equipe de suporte, acompanhamento e avaliação da organização didático-pedagógica institucional coordenada pela Gerência de Ensino e Avaliação. Esta equipe está constituída por professores e técnicos responsáveis pelos Apoios Pedagógicos dos Centros, os quais assumem a função de acompanhar, avaliar e articular o desenvolvimento das políticas de ensino da Instituição, oferecer apoio didático-pedagógico aos docentes, implementar projetos e programas de ação educativa e promover discussões pertinentes à área da educação, no âmbito dos projetos pedagógicos dos cursos e Centros, em busca da qualidade de ensino. Essa equipe de suporte acompanha a elaboração dos planos de ensino pelos docentes, organiza catálogos de cursos, subsidia as coordenações de curso na elaboração do projeto pedagógico do curso, dos regulamentos e processos de reconhecimento dos cursos e dos processos de alteração da matriz curricular. Esta participa também do processo de avaliação dos projetos pedagógicos dos cursos, organiza os processos de avaliação institucional e sua divulgação nos cursos.