Diagnóstico Regional Resíduos Sólidos Urbanos 1
Diagnóstico regional Geração média resíduos na região: 1,0 kg/hab/dia Média nacional: 1,1 kg/hab/dia Alta temporada: acréscimo estimado em 54% do total gerado na baixa temporada representa cerca de 35% do total gerado no ano 2
tonelada Resíduos Sólidos Diagnóstico regional 900.000 Total de Resíduos coletados Litoral paulista (ton) 800.000 700.000 600.000 500.000 400.000 812.480 300.000 200.000 100.000 525.212 287.268 - total anual baixa temporada alta temporada 3
Diagnóstico regional Composição Gravimétrica média Litoral paulista 35% úmidos 65% secos 4
Diagnóstico regional Custos: Total: R$ 330 milhões/ano Custo per capita: R$ 170,00/hab/ano (segundo o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, o custo médio no país é de R$ 72,00/hab/ano) 5
R$ Resíduos Sólidos Diagnóstico regional Custos 1.000,00 900,00 Custo por tonelada/município (R$/ton) 800,00 700,00 600,00 500,00 400,00 300,00 200,00 100,00 0,00 6
R$ Resíduos Sólidos Diagnóstico regional Custos 400,00 Custo per capita/município (R$/hab) 350,00 300,00 250,00 200,00 150,00 100,00 50,00 0,00 7
R$ Resíduos Sólidos Diagnóstico regional Custos 300 Custo médio per capita (R$/hab) 250 200 150 100 50 0 Baixada Santista Litoral Norte Média Nacional 8
Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos 9
Gestão de RSU Plano Municipal de Gestão Integrada Resíduos Sólidos PMGIRS: existentes: 05 (Santos, Bertioga, Guarujá, Itanhaém e Caraguatatuba) em elaboração/contratação: 03 (Praia Grande, Peruíbe, Mongaguá) 05 municípios utilizam o PLANSAN (planos de saneamento encomendados pelo Gov. Estado) Prestação de Serviços: Maior parte dos serviços é terceirizada; Alguns municípios mantêm execução direta de serviços de limp. urbana Gestão administrativa: Divisão de atribuições relativas à operação dos serviços e planejamento Canais de participação e controle social: poucos municípios possuem Conselhos Municipais que incluam ou promovam o debate sobre o tema (soluções compartilhadas; construção coletiva) 10
Gestão de RSU: Disposição final fora dos próprios municípios: 11 municípios, com exceção de Santos e Peruíbe => Impactos significativos (custos, acidentes, emissões) Limitação de áreas adequadas para disposição final Passivo ambiental: Todos os municípios têm passivo ambiental, resultado do uso de lixões por períodos longos Remediação/recuperação ambiental: 03 recuperados e demais com implantação de melhorias 11
Gestão de RSU: Presença de catadores em locais de transbordo Em alguns municípios há presença de trabalhadores atuando na coleta de materiais nas áreas de transbordo de resíduos sólidos - situação de alta vulnerabilidade e exclusão social (riscos à saúde). As Prefeituras se declaram com dificuldades de solucionar o problema. (Há experiências bem sucedidas de retirada destas pessoas de forma adequada, garantindo alternativas e condições para sua reinserção em frentes dignas de trabalho). 12
Impactos da destinação de RSU para aterros sanitários: (1)dependência em relação às empresas que operam os aterros e riscos de surgimento de eventuais impedimentos para depositar os resíduos, o que geraria situação crítica para as Prefeituras; (2)altos custos de destinação em local fora do município, longas distâncias dos 13 municípios estudados, 11 dispõem seus resíduos em outro município ex.: os quatro municípios do Litoral Norte dispõem no Vale do Paraíba, percorrendo uma média de 100 km para tal finalidade; (3)circulação de caminhões transportadores de resíduos: geram impactos no tráfego, riscos (tombamentos) e no ambiente (emissão de CO 2 ). 13
Transporte Rota Coleta => Unidades de Disposição Final Litoral Norte 14
Transporte Rota Coleta => Unidades de Disposição Final Baixada Santista 15
Coleta Seletiva 16
Coleta Seletiva Todos municípios têm alguma iniciativa, mais ou menos estruturada, de integração dos catadores; 11 organizações entre cooperativas e associações de catadores; Em dois municípios os trabalhadores atuam com carteira assinada, contratados por uma ONG (Caraguatatuba ) e pela própria Prefeitura (Ubatuba); Dificuldades em comum: Faltam locais e equipamentos adequados para a triagem dos materiais espaços apertados ou sem área coberta (Ubatuba, Praia Grande, Peruíbe, Guarujá), esteira, empilhadeira, balança, prensa incluídos os custos para manutenção dos mesmos; Algumas atuam junto a estações de transbordo: convívio com mau cheiro e com a associação da sociedade ao trabalho com lixo (Praia Grande, Cubatão, Ubatuba) 17
Coleta Seletiva Unidades de Triagem: 14 existentes (sendo 03 com necessidade de melhoria) Postos ou Locais de Entrega Voluntária (PEV/LEV) para coleta de: materiais recicláveis, eletroeletrônicos, óleo vegetal usado, pneus, coco Lixeiras nas praias: existentes na maioria das cidades (nº incrementado na alta temporada, mas faltam soluções mais efetivas de educação ambiental) 18
Coleta Seletiva Mercado de recicláveis: baixos preços praticados pelos atravessadores (cadeia de intermediários); Transporte: gargalo para as cooperativas. Dificuldade de comercializar diretamente com as indústrias recicladoras; A ausência/inexistência de: remuneração pelos serviços prestados sistema de centrais de comercialização e armazenagem dos GERA materiais recicláveis (escala volume de materiais) situação de submissão das organizações de catadoras/es a preços muito baixos, injustos, aviltantes em muitos casos. Portanto, a necessidade de obter remuneração (semanal ou quinzenalmente) faz com que os trabalhadores não consigam aguardar para uma venda em melhores condições de preços. 19
Desafios implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos Resíduos Secos: reestruturação e ampliação da coleta seletiva. PNRS: institui a responsabilização do setor empresarial em relação ao custeio da coleta seletiva dos resíduos secos:. possibilidade de criação de + de 3.500 postos de trabalho (hoje são cerca de 390). possibilidade de criação de novas unidades de triagem, dotadas de equipamentos (prensa, balança, etc.) para funcionamento em condições adequadas => há disponibilidade de recursos da União Resíduos Úmidos: reaproveitamento através de técnicas de biodigestão (geração de energia a partir do gás metano) e/ou compostagem 20
Logística reversa (LR): Foi identificada a dificuldade dos municípios de planejar e estruturar sistemas de gestão de resíduos. Não há clareza por parte da maioria dos gestores entrevistados de que a responsabilidade pela gestão dos resíduos secos domiciliares é dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes (art. 33 da Lei Nº 12.305/2010); Parágrafo primeiro do artigo 33:... os sistemas previstos no caput serão estendidos a produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens,... 21
Logística reversa (LR): Maioria dos gestores associa a LR à coleta e destinação de pneus e eventualmente de pilhas; Não pensam em acionar, por exemplo, instituições que representam o setor empresarial como FIESP/CIESP e/ou CNI, sobre qual o modelo que pensam em adotar e as providências necessárias para a coleta dos resíduos secos domiciliares; Em geral, os gestores mencionam muita preocupação com a coleta de pneus (risco de acúmulo de água/dengue) e atuam com ações corretivas. Itanhaém, por exemplo, declara que vai criar Ecopontos para coleta de pneus e depois dialogar com as empresas para que assumam este custo. Desafio da LR: Integração de cooperativas ou associações de catadores 22
Alternativas de Tratamento: Incineração Alguns gestores consideram uma solução tecnicamente viável, mas muito cara; já outros consideram que existem alternativas ambiental e socialmente mais sustentáveis como a biodigestão/compostagem + reciclagem. Há apoio e interesse expresso do Gov. Estadual em implantar unidades na região (presente nos conteúdos dos PLANSAN elaborados) 23
Outros resíduos Resíduos da Construção Civil - RCC Aspecto comum: descarte irregular de RCC. Segundo a maioria dos gestores, este é um problema de difícil solução. Atuam essencialmente de forma corretiva, como pode ser constatado nas visitas técnicas, quando foram encontrados pontos que se configuram como mini-lixões. Baixada Santista: gestores de 05 municípios informaram que os resíduos da construção civil costumam ser utilizados no aterramento de áreas e correção de vias públicas. 24
Agradecemos a participação, o interesse e as contribuições ao trabalho desenvolvido, e contamos com o envolvimento de todos nas próxima etapas do Projeto Litoral Sustentável. Elisabeth Grimberg beth@polis.org.br (11) 2174.6800 Carlos Henrique carlosh@polis.org.br 25