PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS A atuação do TCE-RS. Arq. Andrea Mallmann Couto Eng. Flavia Burmeister Martins
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1 PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS A atuação do TCE-RS Arq. Andrea Mallmann Couto Eng. Flavia Burmeister Martins
2 BASE LEGAL Lei Federal /2007 e Decreto 7.217/2010 Lei Federal /2010 e Decreto 7.404/2010
3 Principais inconformidades relacionadas com a gestão de resíduos sólidos identificadas pelo TCE nos municípios gaúchos: Não implantação da Coleta Seletiva Deficiências na realização dos serviços de triagem Estação de transbordo sem licença ambiental Disposição final inadequada de resíduos sólidos Aterro com licença de operação vencida Manejo de RSSS por empresa sem licença ambiental
4 Principais inconformidades na contratação de serviços de manejo de RSU: Licitação sem projeto básico ou com projeto básico deficiente Ausência ou inconsistências na planilha de composição de preços unitários Sobrepreço no serviço de coleta de RSU Falta de controle da execução do contrato / fiscalização deficiente da prestação dos serviços Inexecução parcial do contrato Execução dos serviços em desacordo com o contrato
5 Ofício GP 67/2011 (20/dez/11) Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Destinação Final Ambientalmente Adequada Coleta Seletiva Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos
6 PNRS x Lei de Saneamento Básico 1 o O plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos pode estar inserido no plano de saneamento básico previsto no art. 19 da Lei nº , de 2007, respeitado o conteúdo mínimo previsto nos incisos do caput e observado o disposto no 2 o, todos deste artigo. 2 o Para Municípios com menos de (vinte mil) habitantes, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos terá conteúdo simplificado, na forma do regulamento. 3 o O disposto no 2 o não se aplica a Municípios: I - integrantes de áreas de especial interesse turístico; II - inseridos na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional; III - cujo território abranja, total ou parcialmente, Unidades de Conservação.
7 Decreto Seção IV Da Relação entre os Planos de Resíduos Sólidos e dos Planos de Saneamento Básico no que Tange ao Componente de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos Art. 54. No caso dos serviços mencionados no art. 53, os planos de resíduos sólidos deverão ser compatíveis com os planos de saneamento básico previstos na Lei nº , de 2007, e no Decreto nº 7.217, de 2010, sendo que: II - o componente de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos dos planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos deverá atender ao conteúdo mínimo previsto no art. 19 da Lei nº , de 2007, e no art. 19 da Lei nº , de o O componente de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos dos planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos poderá estar inserido nos planos de saneamento básico previstos no art. 19 da Lei nº , de 2007, devendo ser respeitado o conteúdo mínimo referido no art. 19 da Lei nº , de 2010, ou o disposto no art. 51, conforme o caso.
8 Conteúdo mínimo dos planos municipais de resíduos sólidos (Art. 19 da Lei /2010) I - diagnóstico II - áreas para disposição final III - soluções consorciadas IV - resíduos sólidos e geradores V - procedimentos operacionais e especificações de serviços VI - indicadores de desempenho VII - transporte e outras etapas do gerenciamento VIII - responsabilidades qto ao gerenciamento RS art. 20 IX - capacitação técnica X - educação ambiental XI - participação dos catadores XII - fontes de negócios, emprego e renda XIII - cálculo dos custos x cobrança XIV - metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem XV - formas e limites da participação do poder público na coleta seletiva e na logística reversa XVI - controle e fiscalização planos gerenciamento e logística reversa XVII - ações preventivas e corretivas XVIII - passivos ambientais XIX periodicidade de revisão
9 Coleta Seletiva XIV - metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada; XV - descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33, e de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
10 Coleta Seletiva Versão Preliminar do PNRS: Redução dos Resíduos Sólidos Urbanos Secos dispostos em aterros sanitários (70%) e Inclusão de Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis (com base na caracterização de 2012) Implantação da coleta seletiva em todos os municípios brasileiros priorizando-se, inicialmente, os municípios de maior porte ou aqueles que integram Regiões Metropolitanas.
11 Custos x Forma de Cobrança XIII - sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, bem como a forma de cobrança desses serviços, observada a Lei nº , de 2007; Versão Preliminar do PNRS: Cobrança pela gestão dos resíduos: em função das características de produção dos resíduos (análise gravimétrica, projeção de evolução da produção de resíduos, entre outros) e das metas estabelecidas, recomenda-se que seja implementada uma combinação de instrumentos econômicos, dentre eles, por exemplo, a taxa de coleta por unidade de resíduo gerado.
12 Diagnóstico I - diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território, contendo a origem, o volume, a caracterização dos resíduos e as formas de destinação e disposição final adotadas; Orientação TCE: Geração per capita Caracterização dos Resíduos Cadastramento de Geradores Descrição dos sistemas de manejo de resíduos e de limpeza urbana atuais Identificação de Áreas para Transbordo e para Disposição Final Identificação de possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas com outros municípios
13 Especificações mínimas dos serviços V - procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados nos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos e observada a Lei nº , de 2007; Orientação TCE: Com base no diagnóstico, devem ser elaborados estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para todas as alternativas de gestão dos serviços possíveis. As alternativas devem ser comparadas, indicando a que melhor atende às peculiaridades locais, observando as seguintes diretrizes:
14 Diretrizes Não-geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; Universalização, integralidade, funcionalidade, regularidade, qualidade de continuidade; Priorizar soluções que contemplem mecanismos de sustentabilidade econômico-financeira; Utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento e a adoção de soluções graduais e progressivas.
15 Disposição Final II - identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, observado o plano diretor de que trata o 1 o do art. 182 da Constituição Federal e o zoneamento ambiental, se houver; Lei /2010: Art. 54. A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, observado o disposto no 1 o do art. 9 o, deverá ser implantada em até 4 (quatro) anos após a data de publicação desta Lei.
16 Disposição Final de RSU em municípios gaúchos (FEPAM 2011) Aterro Sanitário 79% Lixão 3% Aterro Controlado 18%
17 Sistemas 37 de Disposição Final de RSU 10 Estado do RS, FEPAM ATERRO CONTROLADO 41 ATERRO CONTROLADO COM CENTRAL DE TRIAGEM 1 ATERRO CONTROLADO COM CENTRAL DE TRIAGEM COM COMPOSTAGEM 89 ATERRO CONTROLADO COM COMPOSTAGEM ATERRO SANITARIO ATERRO SANITARIO COM CENTRAL DE TRIAGEM 390 ATERRO SANITÁRIO COM CENTRAL DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM ATERRO SANITÁRIO COM COMPOSTAGEM LIXÃO 252
18 Disposição Final Orientação TCE: Recepção Controle de acesso, tipo de resíduo, pesagem Aterro Sanitário Impermeabilização de Base, Sistema de drenagem de percolados, Coleta e tratamento de percolados, Cobertura, Drenagem superficial Licença Ambiental
19 Área de disposição final
20 Controle e operação Qualidade e quantidade dos resíduos sólidos recebidos; Equipamentos; Operação; Vida útil do aterro; Conformação física final.
21 Estação de Transbordo
22 Águas de superfície e percolados
23 Controle Tecnológico: plano de monitoramento qualidade das coleções hídricas superficiais e subterrâneas; amostragem, métodos de análise e parâmetros a serem analisados plano de inspeção e manutenção dos sistemas de drenagem, impermeabilização, tratamento e outros;
24 Plano Nacional de Resíduos Sólidos I - diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos; II - proposição de cenários, incluindo tendências internacionais e macroeconômicas; III - metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada; IV - metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades de disposição final de resíduos sólidos; V - metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;
25 Plano Nacional de Resíduos Sólidos VI - programas, projetos e ações para o atendimento das metas previstas; VII - normas e condicionantes técnicas para o acesso a recursos da União, para a obtenção de seu aval ou para o acesso a recursos administrados, direta ou indiretamente, por entidade federal, quando destinados a ações e programas de interesse dos resíduos sólidos; VIII - medidas para incentivar e viabilizar a gestão regionalizada dos resíduos sólidos;
26 Plano Nacional de Resíduos Sólidos IX - diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestão de resíduos sólidos das regiões integradas de desenvolvimento instituídas por lei complementar, bem como para as áreas de especial interesse turístico; X - normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos e, quando couber, de resíduos; XI - meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito nacional, de sua implementação e operacionalização,assegurado o controle social.
27 Plano Nacional de Resíduos Sólidos versão preliminar disponível Capítulo 1 Diagnóstico da Situação dos Resíduos Sólidos no Brasil Capítulo 2 Cenários Macro-Econômicos e Institucionais Capítulo 3 Diretrizes e Estratégias Capítulo 4 Metas
28 Temas interligados a RSU Da logística reversa Da coleta seletiva Da atuação dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, Da compostagem, Da recuperação energética, Do vínculo entre os planos de resíduos sólidos e os planos de saneamento básico, no que tange ao componente de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos
29 Capítulo 1 Diagnóstico da Situação dos Resíduos Sólidos no Brasil 1.1. Resíduos Sólidos Urbanos geração de resíduos coleta regular dos resíduos sólidos - Taxa de cobertura - Quantidade coletada coleta seletiva de materiais recicláveis indicadores econômicos - despesas com o gerenciamento de resíduos per capta Tratamento Disposição final
30 Objetivos: (i) (ii) Capítulo 3 Diretrizes e Estratégias o atendimento aos prazos legais, a implementação da coleta seletiva e logística reversa, o incremento dos percentuais de destinação, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, a inserção social dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, (iii) a melhoria da gestão e do gerenciamento dos resíduos sólidos como um todo, (iv) o fortalecimento do setor de resíduos sólidos per si e as interfaces com os demais setores da economia brasileira.
31 Disposição Final Ambientalmente Adequada de Rejeitos Diretriz 01 : Eliminação de lixões e aterros controlados até 2014 e Disposição Final Ambientalmente Adequada de Rejeitos Estratégias: obtenção de recursos; capacitação técnica; desenvolvimento de planos de resíduos; obtenção de informações; licenciamento ambiental. Diretriz 02: Recuperação de lixões compreendendo as ações de queima pontual de gases, coleta de chorume, drenagem pluvial, compactação da massa e cobertura vegetal. Estratégias : identificação; diagnóstico; captação de recursos; monitoramento; licenciamento.
32 Metas Eliminação total dos lixões até 2014
33 Redução da Geração de Resíduos Sólidos Urbanos Diretriz 01 : 1. Manter os atuais patamares de geração de resíduos sólidos urbanos, tomando-se por referência o ano de 2008 (equivale a uma taxa média de 1,1 kg/habitante/dia) com posterior redução. Estratégias: educação; reciclagem; engajamento do poder público através de compras sustentáveis; promoção de iniciativas como construção sustentável ; incentivo a iniciativas empresariais voltadas para a implementação de sistemas de gestão ambiental, reaproveitamento de resíduos sólidos; divulgação e capacitação; análise do ciclo de vida.
34 Redução dos Resíduos Sólidos Urbanos Secos dispostos em aterros sanitários e Inclusão de Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis Diretriz 01 : Redução de 70% dos resíduos recicláveis secos dispostos em aterros sanitários, com base na caracterização nacional em Importante a implementação da Logística Reversa, principalmente de embalagens em geral. Neste tocante é de vital importância a atuação dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis no que se refere à coleta seletiva e à Logística Reversa de Embalagens, a triagem do material e sua adequação aos padrões estabelecidos para fins de aproveitamento em unidades recicladoras. Estratégias...
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36 Redução de Resíduos Sólidos Urbanos Úmidos dispostos em aterros sanitários, tratamento e Recuperação de Gases em aterros sanitários Diretriz 01 : Induzir a compostagem da parcela orgânica dos RSU e a geração de energia por meio do aproveitamento dos gases provenientes da biodigestão de composto orgânico e dos gases gerados em aterros sanitários (biogás) Estratégias: 1. Implementar melhorias na segregação dos RSU domiciliares e comerciais, principalmente no que se refere à parcela úmida de forma a propiciar a obtenção de um composto orgânico de alta qualidade, otimizando o seu aproveitamento quer seja para utilização de composto para fins agrícolas e de jardinagem ou para fins de geração de energia....
37 4.2. QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
38 Estimativa da composição gravimétrica dos RSU urbanos coletados no Brasil (2008) Estimativa da composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos coletados no Brasil (2008) Resíduos Participação (%) Quantidade (t/dia) Material reciclável 31, ,40 Metais 1, ,15 Aço 1, ,22 Alumínio 0,40 733,93 Papel, papelão e tetrapak 8, ,72 Plástico total 8, ,84 Plástico filme 5, ,40 Plástico rígido 3, ,44 Vidro 1, ,70 Matéria orgânica 51, ,10 Outros 16, ,90 Total 100, ,40 Fonte: elaborado a partir de IBGE (2010b) e artigos diversos
39 Estimativa da quantidade de resíduos sólidos domiciliares e/ou públicos coletados Tabela 2: Estimativa da quantidade de resíduos sólidos domiciliares e/ou públicos coletados Quantidade de resíduos Quantidade de resíduos Unidade de análise coletados (t/dia) por hab urbano (kg/hab.dia) Brasil , ,50 1,10 1,10 Norte , ,30 1,20 1,30 Nordeste , ,80 1,10 1,20 Sudeste , ,10 1,10 0,90 Sul , ,10 0,90 1,60 Centro-Oeste 8.495, ,20 0,80 1,30 Fonte: Elaborado a partir de Datasus (2011) e IBGE (2002, 2010a)
40 Taxas de Reciclagem de diferentes materiais
41 Valor contratual médio para disposição de resíduos e rejeitos em aterro sanitário Todas as operadoras 19,79 21,83 25,40 30,71 30,63 41,37 Empresa Privada 21,06 21,83 26,34 32,11 29,59 43,60 Prefeitura ou SLU 16,63 8,47 23,04 42,27 20,02 Consórcio 15,85 17,25 37,27 46,16 Outros 37,01 39,60 Fonte: Ministério das Cidades (2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010)
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