TÍTULO: ALUNOS DE MEDICINA CAPACITAM AGENTES COMUNITÁRIOS NO OBAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO AUTOR(ES): THAIS RUIZ MARTINS BRITES DA SILVA ORIENTADOR(ES): FABIANA NEMAN
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO TRABALHO: Alunos de medicina capacitam agentes de saúde. LINHA DE PESQUISA: ENSINO MÉDICO São Paulo 2013/2014 1
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO TRABALHO: Alunos de medicina capacitam agentes de saúde: aprendendo o papel do médico em saude publica. LINHA DE PESQUISA: ENSINO MÉDICO PROFESSOR: Profª Dra. Fabiana Neman ALUNO: Thais Ruiz Martins Brites da Silva CURSO: Medicina São Paulo 2013/2014 2
INTRODUÇÃO O processo de ensino-aprendizagem pretendido na atualidade requer ampliar possibilidades de experiências, que devem ser buscados em todos os locais e momentos onde a formação se configura, que inclui a sala de aula, como também as práticas em campo, as discussões do grupo, as palestras, os estudos e trabalhos em equipe e muitos outros. Há uma recomendação curricular genérica de que se renovem cenários de aprendizado, bem como de que o aluno seja inserido precocemente nas atividades práticas. A rede básica de saúde é um campo de práticas potencial e necessário para área da saúde. Valorizar o ensino na rede básica é atender uma demanda emergente e primordial do nosso país. Esse contexto pressupõe aceitar que a pratica é fundamental na formação e que há experiências que nenhum livro pode fornecer. (Marin ET AL, 2010) Campos, quando discute o papel da rede de atenção básica em saúde na formação médica aponta que para operacionalizar as relações ensino-serviço entre outras, seria necessário valorizar contato horizontal para facilitar a formação de vínculos, tanto com usuários quanto equipe e sempre que possível envolver parceiros na construção do conhecimento. As universidades têm buscado se adequar as diretrizes curriculares do curso de medicina, expandido seu ensino para o nível primário de atenção. Nossa universidade tem privilegiado o contato longitudinal do aluno de medicina com as Unidades de saúde da família durante os oito semestres iniciais do curso. Nesse cenário ao aluno é possibilitado o contato com a comunidade atendida e seus problemas de saúde, compreendendo sua realidade, atendendo suas demandas, num processo de aprendizado crescente em complexidade. Nesse processo que permeia a formação do aluno torna-se possível criar vínculos e estabelecer relações mais próximas com a comunidade, bem como com essa equipe que o acolhe nesse cenário. Os alunos de medicina da UNICID desenvolvem atividades de aprendizado em saúde publica no cenário de unidades básicas de saúde (UBS). Ao experienciar a formação profissional neste cenário surgiu a demanda de atender um pedido dos 3
funcionários da UBS quanto a capacitação em temas importantes para o cotidiano de trabalho deles. Os alunos entendem que podem aprender o papel de médico nesta área de atividade ao ajudar os profissionais que atuam na prevenção e promoção da saúde daquela comunidade. Trabalhar para atender essa demanda caracteriza um exercício para o trabalho em equipe e multiprofissional. Tal atividade promove mudanças nos alunos, que se sentem mais responsáveis e comprometidos com aquelas pessoas que participam de sua formação. OBJETIVO Entender, na percepção dos funcionários que atuam na UBS, a efetividade do programa de capacitação OBAS, uma vez que reconhecer sua efetividade vai subsidiar melhorias em seu desenvolvimento. JUSTIFICATIVA Desenvolver atividades de capacitação oferece retorno à equipe que se propõe a acolher os alunos; discutir temas de importância para os profissionais que atuam na UBS é um instrumental interessante para todos os atores desse cenário. Reconhecer como se caracteriza o processo de ensino aprendizagem na graduação em medicina possibilita um aprendizado de maior qualidade, o que gera um profissional com mais credibilidade, mais responsabilidade e em consonância com as diretrizes curriculares atuais e com o mercado de trabalho. METODOLOGIA Este foi um estudo qualitativo com profissionais de saúde de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de São Paulo. Para coleta de dados foi utilizado um questionário com questões abertas buscando conhecer a opinião do profissional que participou de pelo menos 10 das 18 horas de atividade, perguntando a percepção da atividade, pontos positivos e negativos e sugestões para melhorar as atividades (Anexo I). 4
A coleta de dados foi realizada após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNICID. ANALISE E DISCUSSÃO DOS DADOS O instrumento de coleta de dados foi aplicado com 26 participantes, visto que precisávamos que o profissional tivesse assistido a pelo menos 10 das 18 vezes em que a atividade foi desenvolvida. Após a aplicação do questio0nários os dados foram avaliados em frequência e percentual e as questões abertas tiveram o tratamento de análise de discurso com o uso de convergências para se obter a essência de cada discurso e dos discursos no total. Em relação a segunda questão que buscou saber se Você considera que os assuntos aqui discutidos foram importantes obtivemos 100,0% de repostas afirmativas, pois são assuntos sugeridos pelo próprio grupo, emergido das necessidades do próprio profissional que atua no cenário de pratica. Quando questionados sobre se já conheciam os assuntos, obtivemos 69,4% de afirmativas. Isso é explicado pelo fato de que os assuntos foram sugeridos por ele próprios baseados em querer saber mais profundamente a temática. Em relação a se Você gostaria de discutir outros assuntos? Obtivemos 76,9% de sim, embora alguns (23,1%) quisesse retornar a assuntos já abordados. Na quinta questão, considerada muito importante para o prosseguimento e direcionamento das próximas atividades, Na sua opinião, fale 2 coisas boas que existe ao participar da atividade, as respostas foram analisadas e agrupadas em convergências e podemos entender que o fenômeno se apresentou como: conhecimento e capacitação. Participar das atividades é muito bom, é importante, eu gosto muito, entendendo que é importante obter conhecimento, tirar dúvidas, para solucionar demandas e problemas advindos dos usuários por quem eles são responsáveis. Quanto a sexta questão Na sua opinião, fale 2 coisas ruins que existe ao participar da atividade quase não houve respostas, sendo que 3 respondentes (13,0%) referiram que gostariam de que as atividades fossem repetidas em horários mais diversificados para facilitar a participação de mais pessoas. 5
Quando questionamos se havia interesse em continuar participando das atividades, obtivemos 100,0% de respostas afirmativas. E finalmente, quando perguntamos O que poderia ser feito para que essa atividade ficasse melhor? Tivemos respostas que convergiram para: tá bom assim ; talvez resolver questões que não sabemos como fazer e mais brincadeiras e um cafezinho!!!!. As análises dos dados indicaram que a atividade é positiva, gerando conhecimentos, reflexões e mudanças de atitudes entre seus frequentadores. Entendemos que é uma atividade/espaço de atualização que deve continuar sendo desenvolvido, possibilitando que o trabalho em saúde seja de melhor qualidade, ainda, colaborando para uma formação médica mais efetiva e de acordo com as necessidades da atenção a saúde da comunidade, no geral. CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebemos que desenvolver esta atividade possibilita melhorar a compreensão sobre diversos temas em saúde, fortalecer ações preventivas e de promoção a saúde, divulgando conhecimentos e esclarecendo dúvidas, sem esquecermos do potencial de promoção de integração entre alunos e funcionários. Considerando que a atividade tem uma boa aceitação e percebendo que o funcionário está sensibilizado para atender o novo, seguimos ampliando conhecimentos e otimizando trabalho em saúde. Quanto aos alunos, desenvolvem vínculo, capacidade de trabalhar em equipe, exercitam responsabilidade e comprometimento, além de se comprometerem com aos profissionais que possibilitam seu aprendizado nesse cenário. Certamente, esta prática otimiza a sua formação profissional. Referências Bibliográficas BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação. Portaria n. 3019 de 21/12/2001. Brasília:MEC, 2001. 6
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional MACHADO,, J.L.M., MACHADO, V.M.P., DONINI,L.A.N., Projeto Político Pedagógico do Curso de medicina da UNICID. SECID, São Paulo, 2002. Marin, M.J.S. ET AL.. Aspectos das fortalezas e fragilidades no usop das metodologias ativas de aprendizagem. Revista Brasileira Educação Médica, v.34, n.1, Jan./Mar, 2010. 7
ANEXO I Instrumento de coleta de dados 1.Nossas atividades iniciaram em agosto de 2011.Quantas vezes você frequentou: ( ) todas ( ) quase todas ( ) metade, mais ou menos ( ) poucas ( ) bem poucas ( ) outros 2. Você considera que os assuntos aqui discutidos foram importantes: ( ) sim ( ) não ( ) mais menos Por que? 3.Voce já conhecia os assuntos aqui discutidos: ( ) sim ( ) não ( ) mais menos Por que? 4.Voce gostaria de discutir outros assuntos? ( ) sim ( ) não Quais? 5.Na sua opinião, fale 2 coisas boas que existe ao participar da atividade: 6.Na sua opinião, fale 2 coisas ruins que existe ao participar da atividade: 7.Voce tem interesse em continuar participando deste grupo? ( ) sim ( ) não ( ) mais menos Por que? 8. O que poderia ser feito para que essa atividade ficasse mais proveitosa? 8