As Novas Religiões em Portugal. 1. Introdução



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Transcrição:

1. Introdução De entre os possíveis temas disponíveis para o trabalho de avaliação contínua da cadeira de Fontes de Informação Sociológica seleccionei As novas religiões em Portugal. Esta decisão prende se com interesses a nível pessoal, em particular, pela doutrina espírita e a nível sociológico em detrimento dos restantes. A actualidade do tema da religião remete para um importante problema sociológico enquanto área fundamental da vida social, sendo que importa conhecer o que está na origem deste fenómeno religioso dos últimos anos em Portugal. O despoletar de novas formas de religiosidade no nosso país é um fenómeno característico não só da sociedade portuguesa, mas de todas as sociedades em geral. O tema, em si, é bastante vasto e abrangente, envolvendo imensas minorias religiosas que surgiram em Portugal nos últimos anos e, por essa razão, surgiu a necessidade de focalizar o tema numa dessas novas correntes religiosas: a doutrina espírita ou espiritismo, embora esta tenha origens de meados do século XX, seja considerada apenas recente no nosso país, pois só após o 25 de Abril todas as instituições proibidas pelo antigo regime puderam reabrir as suas portas e reiniciar as suas actividades livremente. 1

2.Desenvolvimento 2.1 Estado das artes Pretendo analisar as novas religiões em Portugal a partir da perspectiva de uma das minorias religiosas e para tal começarei por abordar, primeiramente, o conceito de religião e, por outro lado, o conceito de espiritismo enquanto uma doutrina. A palavra religião vem do latim religio usado na Vulgata, que significa "prestar culto a uma divindade", ligar novamente", ou simplesmente "religar". Na língua portuguesa, religião significa a crença na existência de um poder superior, do qual o homem depende. Religião é um sistema estruturado de doutrinas, regras e práticas de uma determinada comunidade de pessoas. A religião define se como um sistema de símbolos que actuam para estabelecer poderosas e duradouras disposições e motivações nos homens através da formulação de conceitos de uma ordem de existência geral e vestindo essas concepções com tal aura de factualidade que as disposições e motivações parecem singularmente realistas Geertz (1973: 62) Allan Kardec no seu livro O Evangelho Segundo o Espiritismo refere se ao espiritismo como uma ciência nova que revela aos homens a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo, sendo a terceira revelação da lei de Deus é fruto do ensino dado pelos espíritos que são as vozes do Céu. Deste modo, a religião resume se a aspectos morais e estéticos que fornecem a visão do mundo de uma comunidade. Assumindo um significado público, a religião é um conjunto de símbolos cujos sentidos credíveis impelem os crentes à acção. O espiritismo sendo uma doutrina (um conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso) insere se no contexto de religião e interessa analisar o seu contexto dentro das novas religiões. 2

O que é o espiritismo? Para entender melhor a dimensão deste conceito é necessário em primeiro lugar apresentar diversas concepções existentes acerca desta doutrina que podem ser encontradas em sítios da internet tais como: Segundo a enciclopédia online, Wikipedia (2010) o espiritismo é: A Doutrina espírita ou espiritismo, segundo a definição de seu codificador, o pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail que adotou o pseudônimo Allan Kardec é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal. O termo mais apropriado para designar esta doutrina é a denominação espiritismo, conforme orientação expressa no primeiro livro da codificação da doutrina, O Livro Dos Espíritos. O espiritismo é uma doutrina filosófica de consequências morais. Historicamente, surge dos estudos de Allan Kardec, conhecido como o seu codificador, isto em meados do séc. XIX. A doutrina espírita baseia se na imortalidade da alma, na comunicabilidade dos espíritos, na reencarnação, na existência de Deus, na lei de causa e efeito, na pluralidade dos mundos habitados. (ADEP, 2010) 3

2.2. O espiritismo em Portugal O espiritismo enquanto conjunto de crenças e princípios, surge em 1857, com a publicação do livro d O livro dos espíritos, por Allan Kardec, que institucionaliza os termos espírita e espiritismo, relacionando os directamente com a crença na existência dos espíritos. tendo entrado em Portugal na viragem do século, o movimento, trazido de França por portugueses, encontrou fácil adesão dentro de certos círculos científicos, intelectuais e militares e rapidamente proliferou pelos principais centros urbanos do país. À semelhança das Testemunhas de Jeová, realizou o seu primeiro congresso em 1925 e um ano depois foi criada a Federação Espírita Portuguesa (Vilaça, 2006) O espiritismo em Portugal surgiu, portanto, na sequência do contacto de alguns portugueses em França, durante o século XIX, com o movimento espírita que o divulgaram em Portugal. Numa fase inicial, a prática espírita foi apenas desenvolvida em grupos restritos, mas este movimento rapidamente se alargou. O médium Fernando de Lacerda torna se figura de destaque pelas suas capacidades de psicografia (escrita de mensagens ditadas por um espírito), recebendo mensagens de diversas personalidades já desencarnadas que compilou na obra Do paiz da luz (1908). O primeiro congresso espírita nacional, em 1925, foi promovido pela União Espírita do Algarve no qual participaram várias personalidades importantes da época. Esta união anteriormente já tinha realizado mais dois Congressos Espíritos a nível regional. 4

A partir deste congresso surge a ideia de constituir uma Federação, organizando se uma comissão que procederia á elaboração dos estatutos. Em Maio de 1926, surge como órgão oficial a Federação Espírita Portuguesa (Vilaça, 2006) O problema sociológico prende se com o motivo de determinados grupos religiosos emergirem numa determinada temporalidade histórico social e não noutra. A realidade é que os grupos religiosos, na sua maioria, têm as suas origens no último quartel do século XIX, mas o seu impacto social e público remonta apenas às duas últimas décadas. Este facto explica se, no caso específico de Portugal, pela existência de um regime de ditadura conservadora, o Estado Novo, que privilegiava a Igreja Católica e reprimia fortemente qualquer outro tipo de manifestação religiosa. No caso do movimento espírita, o regime salazarista suspendeu a personalidade jurídica da FEP, confiscando o seu património, assim como o de associações espíritas. Após o 25 de Abril, a Federação reorganiza se. Mas ainda muito ficou por fazer, em virtude da forma como o espiritismo foi reprimido em Portugal. A propagação e o avanço do movimento espírita português ficaram fortemente restringidos por essa época sombria, em que as reuniões eram em segredo e com grandes restrições, o que marcou e condicionou os dirigentes que assumiram o trabalho espírita após o 25 de Abril á expansão doutrinária. Todavia, desde 1986, quando existiam apenas duas dezenas de instituições, o movimento associativo vem se ampliando e os grupos aumentam á medida que divulgação se torna mais intensa e aberta. Surgem, deste modo, novos dirigentes e os jovens organizaram se e dinamizaram um movimento de Encontros Nacionais, integram se nas actividades da FEP, contribuindo para uma modificação significativa no panorama nacional e europeu. A realidade é que os movimentos espíritas não superaram completamente as dificuldades sofridas durante o longo período político do salazarismo, durante muitos anos as forças político religiosas fizeram confundir o espiritismo com práticas extravagantes e fetichistas, o que se constata pelo facto de as instituições oficiais continuarem bastante dominadas pela Igreja tradicional, oferecendo resistência à implantação constitucional que impõe a igualdade de todos perante a Lei. 5

A federação portuguesa do espiritismo em Portugal ainda não conseguiu ser reconhecida como herdeira legítima da Fundação fundada em 1926, nem tão pouco conseguiu recuperar o património histórico e cultural que lhe foi retirado ilegitimamente pelo Estado Novo em 1962 (Idem). Em 1994, realiza se o II Congresso Nacional de Espiritismo. Actualmente contam se mais de sessenta casas espíritas em Portugal e pode se dizer que se vive um tempo de grande incremento do espiritismo em Portugal pelo trabalho intensivo de divulgação, aproveitado pela abertura que surge aquando da realização dos Congressos Nacionais.(Ibidem). 6

2.3.Correntes espiritualistas As expressões espiritismo e espiritualismo, médium e espírita são, por muitas vezes, utilizadas como semelhantes. No entanto, não significam o mesmo, mas consistem todas na crença da existência de algo espiritual. Segundo o livro Sousa Martins: Ciência e Espiritualismo de Sara Repolho(2008): A definição de espiritismo situa se dentro do lato universo do espiritualismo e o espiritualismo pode entender se por espiritualismo, por oposição ao materialismo, uma doutrina filosófica que pressupõe a existência de um princípio espiritual do homem (genericamente designado por alma), princípio este imortal, distinto do corpo e da matéria. Por extensão há a crença em Deus ou entidades espirituais, cuja conceptualização é variável nos diversos sistemas religiosos. Dentro da filosofia espiritualista cabem, pois, desde as religiões às crenças pagãs. O mediunidade é a capacidade de comunicar com espíritos, embora seja comum a toda a humanidade, em algumas pessoas está mais desenvolvida, que é o caso do médium. No entanto um médium não tem de ser necessariamente espírita, pode ser católico, protestante. Assim como, um espírita pode não apresentar as capacidades de um médium. 7

3.Página da Internet avaliada Endereço URL: http://www.adeportugal.org/mambo/ Este site é dirigido a todos os utilizadores que tenham interesse em obter informação acerca do espiritismo em Portugal e tem por objectivo a divulgação desta mesma corrente religiosa. A sigla ADEP significa Associação de Divulgadores de Espiritismo em Portugal, um grupo de pessoas que se une em torno do estudo do espiritismo, sendo uma associação sem fins lucrativos. É uma instituição em que se juntou gente interessada na melhoria qualitativa da divulgação do espiritismo ou doutrina espírita, nas vertentes técnica e de conteúdos. Esta ideia surgiu em 1999 e estende se até aos dias hoje, sempre com vista à difusão desta doutrina. O autor deste site é uma associação, a ADEP, que é composta por um grupo de pessoas voluntárias não explicitamente identificadas. Esta associação é gerida por um conselho directivo eleito pelos sócios de três em três anos. O site é de fácil acesso e a informação encontra se disposta objectivamente. Relativamente à sua apresentação constata se que é bastante simples com cores claras e suaves que transmitem a ideia de serenidade com uma imagem do céu no fundo. As letras são pequenas, o que pode dificultar um pouco a leitura. O url é curto e intuitivo, contém o nome da associação e a designação org que remete para um site que tem origem numa organização sem fins lucrativos O site contém publicidade logo no inicio da página o que dificulta um pouco a navegação pela distracção que provoca no utilizador. No site podemos ter ainda a acesso a um mapa em que apenas temos de clicar no distrito em que pretendemos encontrar um centro espírita que nos remete para uma lista de moradas de centros nesse mesmo distrito. Por exemplo ao clicar no distrito de Coimbra encontrei seis centros. 8

6. Referências bibliográficas Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal( 2010), Perguntas Frequentes. Página consultada em 6 de Dezembro de 2010, acedida em http://adeportugal.org/mambo/ Centro de Estudos Sociais (2007), Repensar a Religião. Página consultada em 8 de Dezembro de 2010, acedida em http://www.ces.uc.pt/opiniao/bss/184pt.php Federação Espírita Brasileira (2004), Trabalho. Página consultada em 6 de Dezembro, acedida em http://www.espirito.com.br/portal/download/pdf/reformador 2004 05.pdf#page=7 Federação Espírita Portuguesa (2010). Página consultada em 7 de Dezembro de 2010, acedida em http://www.feportuguesa.pt./ Geertz, Clifford (1973), A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar Kardec, Allan (2004), O Evangelho Segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: Ediouro Portugal. Afrontamento: Porto Repolho, Sara (2008), Sousa Martins: Ciência e espiritualismo. Coimbra: Imprensa da Universidade Vilaça, Helena (2006), Da Torre de Babel às Terras Prometidas. Pluralismo Religioso em Portugal. Afrontamento: Porto Wikipépia (2010), Espiritismo. Página consultada em 8 de Dezembro de 2010, acedida em http://pt.wikipedia.org/wiki/espiritismo 9