Levantamento da Situação dos Laboratórios de Informática nas Escolas Estaduais de Rondonópolis - Uma Contribuição para Implantação da Disciplina de Informática na Grade Curricular das Escolas Estaduais Ronaldo Machado da silva, Keila de Deus ICEM Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) MT 0 JD. Atlântico Rondonópolis MT Brasil rs_machado85@yahoo.com.br, keila_deus@hotmail.com Abstract. This summary is intended to show the state of computer laboratories in schools state of Rondonópolis through a survey where we can see the reasons for not having a discipline of computing grade curriculum in the schools. Resumo. Este resumo tem como objetivo mostrar a situação dos laboratórios de informática nas escolas estaduais de Rondonópolis através de uma pesquisa realizada, onde podemos verificar o porquê de não ter uma disciplina de informática na grade curricular das escolas. 1. Introdução Na atualidade e inquestionável a necessidade de conhecer o básico de informática para que o uma pessoa possa ter acesso a tudo que o meio digital oferece e estar apto para o mercado de trabalho e acima de tudo saber lidar com este novo mundo total mente informatizado em que vivemos, pois só assim o cidadão exercerá plenamente sua cidadania. A importância do computador é ressaltada por HARNARD (1991) quando diz que vivemos hoje uma revolução na história do pensamento e do conhecimento humano. A primeira revolução foi pela aquisição da linguagem, pois os seres humanos passaram a se comunicar oralmente; a segunda foi decorrente do advento da escrita e a terceira com a invenção da imprensa. Somente agora, passados alguns séculos, é que nos deparamos com um advento realmente revolucionário: a possibilidade de interação pelo computador. Com o auxílio desta tecnologia o usuário não tem mais a posição passiva frente às informações que são apresentadas na mídia convencional. Ao contrário, ele toma uma posição ativa, dirigindo o fluxo da exposição de acordo com seus interesses. Frente a esta nova realidade as escolas públicas entram com fundamental papel de meio de inclusão digital visto que muitos dos jovens egressos nas escolas estaduais têm a mesma como única fonte de formação. Um estudo divulgado pelo Ministério da Educação e pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, que integra a Organização das Nações Unidas (ONU), mostrou que o Brasil e outros países da América Latina estão muito atrasados na oferta de computadores e de acesso à internet nas escolas. Em 2005, ano de referência da pesquisa, só 11,6% dos estudantes brasileiros do ensino fundamental, de escolas públicas e privadas, tinham acesso à internet nas escolas. Nos estabelecimentos
públicos, a situação era ainda pior: só 8,5% dos alunos tinham acesso a computadores ligados à internet. Em Rondonópolis esta situação não é diferente, de acordo com pesquisa realizada nas escolas estaduais entre os dias 25/06/2007 e 29/06/2007 podemos constatar que apenas 32% das escolas possuem laboratório de informática. Escolas Estaduais que Possuem Laboratório de Informática 32% 68% Possuem Laboratório Não Possuem Laboratório Figura 1: Gráfico com percentual de escolas que possuem laboratório de informática 2. Levantamento de dados Foi realizada uma pesquisa de campo nas escolas estaduais de Rondonópolis fazendo onze perguntas de caráter objetivo com o intuito de saber qual a real situação em que se encontram os laboratórios de acordo com o modelo abaixo
Figura 2: Modelo do questionário utilizado na pesquisa Durante as entrevistas podemos notar o grande interesse que a maioria das escolas tem com relação à informatização da escola, eles acreditam que com a implantação de um laboratório de informática as aulas se tornam mais dinâmicas e produtivas uma vez que o aluno tem grande interesse em aprender a utilizar o computador. Cláudio de Moura CASTRO (1988) argumenta que a relação do jovem que via de regra é mais livre,
mutável e criativo com os microcomputadores, é natural, pois, o dinamismo da máquina se assemelha às características deste usuário. As escolas, muitas vezes tendem a domesticar o microcomputador, como, muitas vezes, pretendem domesticar o jovem; desta maneira o uso da máquina poderá ser tão deficiente e ineficaz quanto a atuação do jovem domesticado na sociedade em que se insere. Porém, este tipo de escola está com os dias contados, pois, a sociedade moderna tende ao dinamismo e à participação, sendo o computador a ferramenta que propicia a interação e que leva à quebra de barreiras, diminuindo as distâncias sociais. 3. Analisa dos dados Nas escolas que já possuíam laboratórios 32% do total, podemos notar a baixa qualidade das máquinas, e a pequena quantidade com relação ao tamanho das turmas que é em média 30 alunos, enquanto que a média de máquinas é de 16 por laboratório, ficando assim comprometido o aprendizado dos alunos que tem que dividir o uso do computador com os demais colegas. Quantas Máquinas O laboratório Possui X Quantas Funcionam Quantas Máquinas o Laboratório possui Quantas Funcionam 40 30 20 25 25 40 8 8 11 11 20 9 9 0 D aniel André M agg i R enild a Do ming os Pindo rama A d olf o EEM OP D.W unibald o D ut ra Sagrad o Figura 3: Relação da quantidade de máquinas que as escolas possuem Analisando o gráfico da figura 3 podemos notar com clareza o pequeno número de computadores que os laboratórios possuem. Referente ao acesso a internet em 0% dos estabelecimentos foi respondido que há acesso banda larga no laboratório, que é utilizado quase que em 0% dos casos para pesquisas. Quanto a utilização de software educativo 58% das escolas responderam que utilizam algum tipo de software para apoio ao aprendizado dos alunos.
Para que o Laboratório é Utilizado 18% 46% 36% Pesquisa Aulas Outros Figura 4: Para que o laboratório é utilizado Analisando o gráfico da figura 4 podemos observar que o laboratório é utilizado principalmente para pesquisas 46%, enquanto que apenas em 36% dos casos a finalidade e ministrar aulas. Nas escolas que possuíam laboratório podemos constatar nos relatos a falta de organização das instituições de ensino quanto a utilização do laboratório pelas turmas, esta situação é justificada pelo reduzido número de terminais que os laboratórios possuem, e a falta de professores da área impedindo que seje colocado na grade curricular uma matéria específica de informática. 4. Conclusão Com a pesquisa realizada podemos constatar a real situação dos laboratórios de informática nas escolas estaduais, apontando quais os pontos críticos que precisam ser melhorados para que a disciplina de informática possa ser colocada na grade curricular das escolas estaduais atendendo aos anseios da comunidade escolar. Os estudos dos dados coletados mostraram que da forma como foram implantados os laboratórios sem um devido apoio pedagógico aos professores, e sem a contratação de profissionais da área os laboratórios continuarão a ser utilizados em sua maioria apenas para pesquisas deixando a comunidade escolar pública a margens da inclusão digital. 5. Referências Lévy Pierre. As Tecnologias da Inteligência O futuro do pensamento na era da Informática. Trad. Carlos Irineu da Costa, Rio de Janeiro : Ed. 34, 1994. Celepar informática do Paraná, http:// www.celepar.pr.gov.br, Julho de 2007.