Palestra. Aspectos Relevantes das Retenções na Fonte de PIS/PASEP, COFINS, CSLL e IRRF. agosto 2012. Apoio: Elaborado por:



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Retenção de CSLL, Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS Abordaremos nesta palestra a retenção de CSLL, PIS/PASEP e COFINS incidente nos pagamentos efetuados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas pela prestação de serviços, bem como as diferenças em relação a retenção na fonte do Imposto de Renda. A retenção das CSRF foi instituída por meio da Lei nº 10.833 de 2003, e está sendo exigida desde 1º de fevereiro de 2004. 1. Hipóteses de incidência A partir de 1º de fevereiro de 2004, os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas de direito privado a outras pessoas jurídicas de direito privado, pela prestação dos serviços especificados, estão sujeitos à retenção na fonte da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição para o PIS/Pasep.

1. Hipóteses de incidência (2) Fato gerador é tão somente o pagamento dos serviços; As retenções alcançam também os pagamentos antecipados (adiantamentos); 1. Hipóteses de incidência (3) EXEMPLOS PRÁTICOS 1) Recebimento de uma nota fiscal de serviço, sujeito à retenção para pagamento a vista. Serviço tomado em 1º de março de 20X9; pagamento nessa mesma data. Momento de ocorrência do fato gerador: 1º de março de 20X9. 2) Recebimento de uma nota fiscal de serviço sujeito à retenção para pagamento com prazo de 30 dias. Serviço tomado em 1º de março de 20X9; pagamento em 1º de abril de 20X9. Momento de ocorrência do fato gerador: 1º de abril de 20X9.

1.1. Pessoas jurídicas obrigadas a efetuar a retenção das contribuições Todas as pessoas jurídicas que efetuarem pagamento a outras pessoas jurídicas, pelos serviços listados, estão obrigadas a efetuar a retenção, inclusive: a) as associações, inclusive entidades sindicais, federações, confederações, centrais sindicais e serviços sociais autônomos; b) as sociedades simples (novo Código Civil), inclusive sociedades cooperativas; 1.1. Pessoas jurídicas obrigadas a efetuar a retenção das contribuições (2) c) as fundações de direito privado, e d) os condomínios edilícios (condomínios de moradores). Os Estados, Distrito Federal, Municípios, através de seus órgãos, autarquias e fundações, somente efetuarão a retenção aqui tratada, quando houver convênio firmado com a União (art. 33 da Lei nº 10.833 de 2003).

1.1.1. Dispensa de retenção - Fonte pagadora Entidades da administração pública federal de que trata o art. 34 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, bem como aos órgãos, autarquias e fundações dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (IN 1.234/12), e Fundos de investimento autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários. 1.1.1. Dispensa de retenção - Fonte pagadora (2) As pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional, na qualidade de tomadoras de serviços estão dispensadas de proceder à retenção das CSRF. Abaixo, o 6º do artigo 1º da IN SRF nº 459/2004: 6º Não estão obrigadas a efetuar a retenção a que se refere o caput as pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional). (...)

1.2. Serviços abrangidos Os serviços abrangidos nas hipóteses de incidência são aqueles previstos na Lei nº 10.833 de 2003, com as especificações contidas na IN SRF nº 459 de 2004. Assim, caberá a retenção no caso de pagamentos decorrentes da prestação de serviços de: a) limpeza; b) conservação; c) manutenção; d) segurança, vigilância, transporte de valores; e) locação de mão de obra; 1.2. Serviços abrangidos (2) f) assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, e g) serviços profissionais (art. 647 RIR/99).

1.2.1. Serviços de limpeza Dispõe ainda a IN SRF 459, que também são considerados serviços de limpeza, os serviços de conservação ou zeladoria, varrição, lavagem, enceramento, desinfecção, higienização, desentupimento, dedetização, desinsetização, imunização, desratização ou outros serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou a conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos, edificações, instalações, dependências, logradouros, vias públicas, pátios ou de áreas de uso comum. 1.2.2. Serviços de manutenção Os serviços de manutenção, compreendem todo e qualquer serviço de manutenção ou conservação de edificações, instalações, máquinas, veículos automotores, embarcações, aeronaves, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer bem, quando destinadas a mantê-los em condições eficientes de operação, exceto se a manutenção for feita em caráter isolado, como um mero conserto de um bem defeituoso.

1.2.3. Serviços de segurança Os serviços de segurança e/ou vigilância compõem-se dos serviços que tenham por finalidade a garantia da integridade física de pessoas ou a preservação de valores e de bens patrimoniais, inclusive escolta de veículos de transporte de pessoas ou cargas. 1.2.4. Serviços profissionais Serviços profissionais, por sua vez, são aqueles relacionados no 1º do art. 647 RIR/1999, inclusive quando prestados por cooperativas ou associações profissionais, aplicando-se, para fins da retenção das contribuições, os mesmos critérios de interpretação adotados em atos normativos expedidos pela Secretaria da Receita Federal para a retenção do imposto de renda.

1.2.4. Serviços profissionais (2) Serviços profissionais: 1. administração de bens ou negócios em geral (exceto consórcios ou fundos mútuos para aquisição de bens); 2. advocacia; 3. análise clínica laboratorial; 4. análises técnicas; 5. arquitetura; 6. assessoria e consultoria técnica (exceto o serviço de assistência técnica prestado a terceiros e concernente a ramo de indústria ou comércio explorado pelo prestador do serviço); 1.2.4. Serviços profissionais (3) 7. assistência social; 8. auditoria; 9. avaliação e perícia; 10. biologia e biomedicina; 11. cálculo em geral; 12. consultoria; 13. contabilidade; 14. desenho técnico;

1.2.4. Serviços profissionais (4) 15. economia; 16. elaboração de projetos; 17. engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas); 18. ensino e treinamento; 19. estatística; 20. fisioterapia; 21. fonoaudiologia; 22. geologia; 1.2.4. Serviços profissionais (5) 23. leilão; 24. medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde, casa de recuperação ou repouso sob orientação médica, hospital e pronto-socorro); 25. nutricionismo e dietética; 26. odontologia; 27. organização de feiras de amostras, congressos, seminários, simpósios e congêneres; 28.pesquisa em geral; 29. planejamento; 30. programação;

1.2.4. Serviços profissionais (6) 31. prótese; 32. psicologia e psicanálise; 33. química; 34. radiologia e radioterapia; 35. relações públicas; 36. serviço de despachante; 37. terapêutica ocupacional; 38. tradução ou interpretação comercial; 1.2.4. Serviços profissionais (7) 39. urbanismo; 40. veterinária. NOTA: Em relação a essa lista, cabem as mesmas observações aplicáveis para a retenção na fonte do Imposto de Renda.

2. Base de cálculoc A base de cálculo da retenção de CSLL, PIS/PASEP e COFINS é o total cobrado pelo serviço. Conforme determina a IN SRF nº 459 de 2004, é o valor bruto da nota ou documento fiscal. 3. Alíquotas A alíquota aplicável, regra geral, corresponde ao percentual de 4,65%. Contudo, há que se observar casos específicos onde a retenção será efetuada somente em relação a uma ou duas das contribuições, e nesse caso, devemos aplicar as alíquotas de 0,65% para a contribuição para o PIS/PASEP; 3% para a COFINS; e 1% para a CSLL.

4. Casos de dispensa 4.1. Dispensa pelo valor a ser pago É dispensada a retenção das contribuições para pagamento de valor igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Ocorrendo mais de um pagamento no mesmo mês à mesma pessoa jurídica, a cada pagamento deverá ser: a) efetuada a soma de todos os valores pagos no mês; b) calculado o valor a ser retido sobre o montante já pago no mês, desde que esse montante ultrapasse o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), devendo ser deduzidos os valores retidos anteriormente no mesmo mês. 4.1. Dispensa em decorrência do valor a ser pago (2) Caso a retenção a ser efetuada seja superior ao valor a ser pago, a retenção será efetuada até o limite deste.

4.1.1. Exemplo 1 a) Valor do serviço pago em 2.11.2x09 à empresa Alfa Ltda.: R$ 3.000,00 Nesse pagamento (em 2.11.2x09) não houve retenção de CSLL, PIS e COFINS, em decorrência da dispensa acima tratada. 4.1.1. Exemplo 1 (2) b) Valor do serviço pago em 15.11.2x09 à empresa Alfa Ltda.: R$ 7.000,00 Nesse pagamento (em 15.11.2x09), devemos efetuar a soma de todos os valores já pagos, durante esse mês (novembro), para fins de apuração do limite de R$ 5.000,00. Dessa forma, somando-se 3.000 + 7.000, temos que os pagamentos a essa pessoa jurídica, sofrerão a retenção de CSLL, PIS e COFINS, pois a soma ultrapassou o limite de R$ 5.000,00, chegando ao montante de R$ 10.000,00. Por ocasião do segundo pagamento, devemos efetuar a retenção sobre os R$ 10.000,00 (4,65% de 10.000), de forma que no dia 15.11.2x09, o valor a ser pago ao prestador do serviço será R$ 6.535,00 (7.000 465).

4.1.2 Exemplo 2 Neste segundo exemplo, devemos considerar os seguintes dados: a) Valor do serviço pago em 2.11.2x09 à empresa Beta Ltda.: R$ 4.900,00 Nesta data não há que se falar em retenção, pois o valor pago não alcançou o limite de R$ 5.000,00. 4.1.2 Exemplo 2 (2) b) Valor do serviço pago em 15.11.2x09 à empresa Beta Ltda.: R$ 200,00 Somando-se 4.900 + 200, teremos um montante pago à mesma pessoa jurídica, no valor de R$ 5.100,00, de forma que devemos calcular a retenção sobre essa soma. Assim, 4,65% de 5.100 = 237,15. Ou seja, a retenção que deveria ser efetuada neste segundo pagamento à empresa Beta Ltda. corresponderia ao valor de R$ 237,15. Contudo, em decorrência da disposição que determina que caso a retenção a ser efetuada seja superior ao valor a ser pago, a retenção será efetuada até o limite deste, limitamos a retenção aqui tratada, ao valor de R$ 200,00 (valor do segundo pagamento à empresa Beta Ltda.).

4.1.2 Exemplo 2 (3) Cont. letra b Assim, neste exemplo, o valor total do segundo pagamento à empresa Beta Ltda. deverá ser recolhido aos cofres da União, não restando, dessa forma, nenhum pagamento a ser feito à empresa. 4.2. Empresas estrangeiras de transporte de valores Quando os serviços profissionais forem prestados por empresas estrangeiras de transporte de valores, independentemente do valor pago, não haverá retenção na fonte da CSLL, do PIS e da COFINS.

4.3. Transporte internacional e estaleiros navais A retenção da COFINS e da contribuição para o PIS não será exigida, cabendo, somente, a retenção da CSLL nos pagamentos: a) a título de transporte internacional valores efetuados por empresas nacionais; b) aos estaleiros navais brasileiros nas atividades de conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro - REB, instituído pela Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997. 4.4. Cooperativas A retenção da CSLL não será exigida nos pagamentos efetuados às cooperativas, em relação aos atos cooperados. Essa dispensa não se aplica às sociedades cooperativas de consumo de que trata o art. 69 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997.

4.5. Empresas do Simples Nacional Não haverá retenção quando a prestadora dos serviços for optante pelo Simples Nacional. Art. 3º A retenção de que trata o art. 1º não será exigida na hipótese de pagamentos efetuados a: II - pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata o art. 12 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, em relação às suas receitas próprias. Ou seja, tomador ou prestador de serviço optante pelo Simples Nacional não fazem nem sofre retenção. 4.6. Medidas judiciais No caso de pessoa jurídica amparada pela suspensão da exigibilidade do crédito tributário, nas hipóteses a que se referem os incisos II, IV e V do art. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), ou por sentença judicial transitada em julgado, determinando a suspensão do pagamento de qualquer das contribuições sujeitas à retenção, a pessoa jurídica que efetuar o pagamento deverá calcular, individualmente, os valores das contribuições considerados devidos, havendo portanto dispensa, em relação às contribuições amparadas pela dispensa, judicialmente.

4.6. Medidas judiciais (2) Dispõe o art. 151 do CTN: Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: (...) II - o depósito do seu montante integral; (...) IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;(...) Ocorrendo qualquer dessas situações, o beneficiário do rendimento deverá apresentar à fonte pagadora, a cada pagamento, a comprovação de que a não retenção continua amparada por medida judicial. 4.7. Isenções No caso de pessoa jurídica beneficiária de isenção, na forma da legislação específica, de uma ou mais das contribuições (CSLL, PIS/PASEP e COFINS), a retenção dar-se-á mediante a aplicação da alíquota específica correspondente às contribuições não alcançadas pela isenção.

5. Prazos para recolhimento A partir de 1º de janeiro de 2006, os valores retidos deverão ser recolhidos ao Tesouro Nacional pela pessoa jurídica que efetuar a retenção, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, até o último dia útil da quinzena subsequente àquela quinzena em que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica prestadora dos serviços. 6. Forma de recolhimento Os valores retidos na forma aqui tratada devem ser recolhidos por meio de DARF - Documento de Arrecadação de Receitas Federais, de forma centralizada pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica (fonte pagadora).

7. Códigos C para recolhimento O código a ser utilizado no preenchimento do campo 04 do DARF é o 5952. Em se tratando de recolhimento em separado, os códigos a serem utilizados são os seguintes: a) 5987 - no caso de CSLL; b) 5960 - no caso de Cofins; c) 5979 - no caso de PIS/Pasep. 8. Aproveitamento da retenção sofrida Os valores retidos serão considerados como antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção, em relação às respectivas contribuições, podendo ser compensados com as contribuições de mesma espécie, devidas relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do mês da retenção. O valor a ser compensado, corresponde a cada espécie de contribuição, nas mesmas alíquotas retidas.

8.1. PIS/PASEP e COFINS - Compensação e Restituição de Valores Retidos - Alteração Promovida pela Lei nº n 11.727 Conforme estabelece o art. 5º da Lei nº 11.727/2008, os valores retidos na fonte a título de PIS e de COFINS, quando não for possível sua dedução dos valores a pagar das respectivas contribuições no mês de apuração, poderão ser restituídos ou compensados com débitos relativos a outros tributos e contribuições administrados pela Receita Federal, observada a legislação específica aplicável à matéria (vide Instrução Normativa RFB nº 900 de 2008). Fica configurada a impossibilidade da dedução quando o montante retido no mês exceder o valor da respectiva contribuição a pagar no mesmo mês. 9. Emissão de notas fiscais e documentos de cobrança a que contenham código c de barras A empresa prestadora do serviço deverá informar no documento fiscal o valor correspondente à retenção das contribuições incidentes sobre a operação. Documentos que contenham código de barras, informar o bruto e as deduções de retenções.

10. Comprovante Anual de Retenção As pessoas jurídicas que efetuarem a retenção das contribuições sociais deverão fornecer à pessoa jurídica beneficiária, o comprovante anual da retenção, até o dia 28 ou 29 de fevereiro do ano subsequente, conforme modelo do Anexo II da Instrução Normativa SRF nº 459/2004. O comprovante anual poderá ser disponibilizado, à pessoa jurídica beneficiária do pagamento, que possua endereço eletrônico, por meio da Internet. 11. Diferenças entre as CSRF e o IRRF 11.1. CSRF X IRRF - Fato gerador e alíquota CSRF IRRF FATO GERADOR Pagamento Pagamento ou Crédito ALÍQUOTA 4,65% 1,0% ou 1,5%

11.2. CSRF X IRRF - Serviços CSRF Serviços profissionais, factoring, manutenção, limpeza, conservação, segurança, vigilância, locação de mão de obra. IRRF Serviços profissionais, factoring, limpeza, conservação, segurança, vigilância, locação de mão de obra, intermediação de negócios, cooperativa de trabalho, propaganda e publicidade. 11.3. CSRF X IRRF - Documento fiscal CSRF IRRF A retenção precisa vir destacada no documento fiscal A retenção não precisa vir destacada no documento fiscal

11.4. CSRF X IRRF - Simples Nacional CSRF Tomador ou prestador de serviço optante pelo Simples Nacional não há retenção. IRRF Prestador de serviço optante pelo Simples Nacional não há retenção. Tomador enquadrado no Simples Nacional efetua retenção 11.5. CSRF X IRRF - Dispensa de retenção CSRF IRRF Valor do serviço pago igual ou inferior a R$5.000,00, não há retenção. Somam-se os valores pagos dentro do mesmo mês. Valor do imposto igual ou inferior a R$ 10,00, não há retenção. Não há somatória no mês.

11.6. CSRF X IRRF - Prazo para recolhimento CSRF Último dia útil da quinzena subsequente à quinzena da retenção (pagamento). IRRF Último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente à retenção (pagamento ou crédito). 12. Legislação aplicável CSRF IRRF art. 30 da Lei nº 10.833/2003; Instrução Normativa nº 459/2004. art. 29 da Lei nº 10.833/2003; arts. 647, 648, 649, 651, 652 e 724 do Decreto nº 3.000/99 (Regulamento do Imposto de Renda).

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