O PLANEJAMENTO URBANO E SUA APLICABILIDADE EM PEQUENAS CIDADES: O ESTUDO DE CASO DO MUNICÍPIO DE SANTA VITÓRIA MG.



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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 4ª Semana do Servidor e 5ª Semana Acadêmica 2008 UFU 30 anos O PLANEJAMENTO URBANO E SUA APLICABILIDADE EM PEQUENAS CIDADES: O ESTUDO DE CASO DO MUNICÍPIO DE SANTA VITÓRIA MG. Priscilla Alves² Instituto de Geografia-UFU prisc_alves@yahoo.com.br Gessilaine de Almeida Bessa¹ Instituto de Geografia-UFU geissebessa@yahoo.com.br Beatriz Ribeiro Soares³ Instituto de Geografia - UFU brsoares@ufu.br Nágela Aparecida de Melo 1 Instituto de Geografia Campos do Pontal melonagela@yahoo.com.br Resumo: O mundo contemporâneo, eminentemente urbano e integrado pelas redes e fluxos, aponta para uma série de questionamentos acerca do papel desempenhado pelas cidades, o que vem exigindo novas formulações teóricometodológicas que expliquem fenômenos que deixaram de ser apenas locais, regionais ou nacionais para serem também globais. Inúmeros são os estudos sobre esta temática, especialmente aqueles que buscam compreender as diferentes realidades dos centros metropolitanos, entretanto, o que se observa, tendo em vista a intensidade do processo de globalização bem como as mudanças no padrão demográfico no Brasil é a necessidade de se compreender os espaços não metropolitanos. Assim, é importante estudar as pequenas cidades, identificando as possibilidades de circulação de pessoas, mercadorias, informações e valores, pois estes elementos intensificam as relações entre as cidades e suas regiões e, ao mesmo tempo, as fazem diferentes umas das outras. O objetivo desse trabalho é desenvolver uma análise crítica sobre a configuração atual das pequenas cidades sob a ótica do planejamento urbano e a escassez de políticas públicas que incentivem a reorganização desse ambiente. Nesse contexto, utilizou-se como estudo de caso o município de Santa Vitória, situado na microrregião de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro-MG. Palavras-chave: Cidades Pequenas, Planejamento Urbano, Políticas Públicas, Santa Vitória / MG. 1. INTRODUÇÃO O processo de industrialização no Brasil provoca um crescimento acelerado e desorganizado dos centros urbanos. É nesse período que surge uma grande quantidade de novas áreas urbanas, destacando para um crescimento sem considerar medidas de planejamento e organização do território. Diante dessas intensas transformações no meio sócio-econômico e espacial, têm-se o Planejamento Urbano como um importante instrumento de regulação e ordenamento do desenvolvimento urbano. As práticas de ordenamento e planejamento do espaço urbano são um desafio aos órgãos gestores e estudiosos da área, visando o crescimento estruturado das cidades, bem como preservação do meio ambiente, qualidade de infra-estrutura urbana e em qualidade de vida para a população. O planejamento urbano se manifesta em vários instrumentos, apresentado também diferentes características. Uma dessas modalidades é o plano diretor, que consiste num instrumento municipal 1 Acadêmica do curso de Geografia da UFU; ² Acadêmico do curso de Geografia da UFU; ³ Professora Doutora do curso de Geografia da UFU. 4 Professora Doutora do curso de Geografia da UFU Campos Pontal

de regulação do espaço, como o controle de uso e ocupação do solo, e os planejamentos setoriais, como transportes e saneamento. O planejamento urbano é um instrumento público e privado que garante o ordenamento do espaço, sejam eles de grandes centros urbanos (sendo esses centros constituídos de grandes problemas, devido o rápido e intenso processo de urbanização) os médios centros e as pequenas cidades. Mesmo diante da grande importância do planejamento urbano nas pequenas cidades, verifica-se que há uma maior dificuldade em realizar medidas públicas de organização do espaço, isso devido à falta de obrigatoriedade desse mecanismo para municípios com população inferior a 20.000 habitantes. Aliado a isso soma-se ainda a falta de interesse político local e a pouca verba disponível. Diante desses aspectos, esse artigo tem o intuito de analisar a insuficiência de políticas de planejamento urbano nas cidades pequenas, em especial o município de Santa Vitória-MG, localizado no Triângulo Mineiro, identificando as atuais necessidades do município e a atual configuração do espaço urbano nessa região. Santa Vitória é uma cidade mineira localizada na microrregião de Ituiutaba, da qual se emancipou em 1948. Segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2007, Santa Vitória possui aproximadamente 15.492 habitantes, sendo considerada como uma cidade de pequeno porte. A emancipação Santa Vitória ocorreu no período de auge da cultura de arroz no município de Ituiutaba (MG), que trouxe reflexos na economia de sua microrregião, alterando o estilo de vida e as condições econômicas da população que ali residiam, registrando um significativo aumento nos números sociais e econômicos da região. O arroz foi a principal atividade econômica nessa região até a década de 1970, quando entrou em crise, ameaçando a economia dessa região. Nesse contexto histórico, o município em questão apoiado por diretrizes do II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento - 1974 a 1979), começam a desenvolver os setores agropecuários e a agroindústria, principalmente na produção de milho, mandioca, gergelim, cana-de-açúcar e soja, proporcionando um pequeno crescimento econômico de Santa Vitória e dos outros municípios que compõem a microrregião de Ituiutaba. Mesmo diante de um pequeno indício de crescimento sócio-econômico percebe-se a escassez de políticas públicas induzam medidas de planejamento urbano. O fato de Santa Vitória ser uma cidade com um baixo índice populacional e com estrutura física pouco complexa não a exclui de medidas de ordenamento e planejamento do território, proporcionado atender às reais necessidades da população bem como infra-estrutura urbana e maior qualidade de vida. Como objetivo desse artigo, tendo em vista a carência de pesquisas que identifiquem as dinâmicas sócio-econômicas das pequenas cidades, bem como a insuficiência de medidas de planejamento, percebe-se a importância dos estudos regionais e locais, de forma a elaborar análises quantitativas e qualitativas que possibilitem a contribuição para as futuras análises geográficas, bem como para a compreensão da dinâmica urbana e as diversas relações nela existente. A pesquisa teve como procedimentos metodológicos a pesquisa de materiais bibliográficos em revistas, livros, teses, relatórios de pesquisas, anais de eventos científicos assim como noticias de jornais e artigos disponíveis em meio impresso e na internet. Após a busca foram selecionados e feitas suas leituras. Dentre as pesquisas encontradas e consultadas no que diz respeito a temática de pequenas cidades destaca-se as de: : Endlich (2006), Freitas (2006), Bacelar (2005); Soares e Melo (2005), Oliveira e Soares (2003), Wanderley (2001), Corrêa (2001, 2004) e Santos (1979 e 1993). - Sobre formação socioeconômica e histórica de Goiás: Borges (1990, 2000); Chaul (2001); Estevam (1998); Palacín e Moraes (1994).Sobre a questão do planejamento urbano: Spósito (2001), Villaça (1995). As informações e dados do município de Santa Vitória-MG, foram obtidos por meio de artigos publicados na internet que discorrem sobre aspectos da indústria sucroalcoleira, e os demais dados foram obtidos principalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística);ANVAP (Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Paranaíba);ALMG 2

(Assembléia Legislativa de Minas Gerais); FJP (Fundação João Pinheiro); e o trabalho de FREITAS et al, 2006. Foram também feitas Pesquisas de Campo com em Santa Vitória com o objetivo de melhor compreender a dinâmica espacial, político-econômica e sócio-cultural e quais são os elementos mais importantes das cidades para os seus moradores e os principais problemas existentes. Assim como também foram feitos registros iconográficos. Em seguida houve a sistematização dos dados e sua associação com a bibliografia consultada, e por fim a escrita do presente artigo. 2. PEQUENAS CIDADES: DISCUSSÃO CONCEITUAL O desenvolvimento das cidades e da urbanização, no Brasil, a partir da segunda metade do século XX, ocorreu interligado à metropolização e à ampliação do número e da importância de cidades de médias, conforme Santos (1993). Porém, teve importância, nesse contexto, a formação de muitas pequenas cidades que se multiplicaram pelo território nacional, ora como centros de importância local, dada às condições regionais de interligação com a economia nacional e o desenvolvimento de atividades produtivas específicas, ou mesmo, como localidades em que, a infraestrutura é bastante precária, sendo que, muitas surgiram pelas possibilidades deixadas pelas leis que regem a criação de municípios e cidades, no país. No Brasil cerca de 83 % dos 5.507 municípios existentes no ano de 2000, tinham como sede municipal, núcleos cuja população era inferior a 20 mil habitantes urbanos. Essa proporção é ainda maior nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do país (Tabela 1). Tabela 1 - Brasil e grandes regiões: número de municípios com população urbana menor que 20 mil habitantes, 2000. Fonte: PNUD; IPEA; FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2003.Org.: MELO, 2007. Regiões Total Municípios População urbana < 20 mil % de Núcleos < 20 mil hab. Centro-Oeste 446 381 85,43 Nordeste 1787 1552 86,85 Norte 449 381 84,86 Sudeste 1666 1.280 76,83 Sul 1159 985 84,99 Brasil 5.507 4.579 83,15 As pequenas cidades brasileiras são diversas entre si, devido, sobretudo, aos seus processos de formação espacial. Entretanto, ao mesmo tempo podem apresentar características comuns. Conforme Melo (2005, p. 34), há, pois, ocorrência de pequenas cidades inseridas em áreas economicamente dinâmicas, como nas áreas de agricultura moderna, que conseguem atender as demandas básicas da sua população e as da produção agrícola, algumas apresentando considerável crescimento demográfico e outras não. Por outro lado, coexistem pequenas cidades que funcionam apenas como reservatório de mão-de-obra; outras são marcadas pelo esvaziamento gerado por processos migratórios, sobretudo de pessoas em idade ativa, permanecendo os idosos. As rendas nessas ultimas localidades são, geralmente, procedentes de transferências, sobretudo do Estado. Além dessas, há também, entre outras, pequenas cidades turísticas, 3

industriais e algumas que têm as festividades religiosas como elemento que as inserem em um contexto mais amplo. Apesar do expressivo número de pequenas cidades, os estudos e as elaborações conceitual e metodológica sobre essas espacialidades são ainda pouco desenvolvidas, no país. As pesquisas sobre cidades, historicamente, tenderam a privilegiar aquelas que têm mais de 20.000 habitantes, talvez por ser nesses locais onde se identificam ocorrências de maior dinâmica interna e diversidade econômica, social e cultural, possibilitando comparações e aplicações de conceitos clássicos. Vale ressaltar que, a pesar do emprego do termo pequena cidade por pesquisadores e mesmo por alguns órgãos, a sua definição ainda não foi apresentada de forma elaborada, de modo que possibilite certa generalização. O desenvolvimento da noção ou mesmo do conceito de pequena cidade se esbarra em questões que se relacionam por um lado, com dificuldades teóricas mais amplas como a própria problemática da definição de cidade, no contexto contemporâneo. Por outro, diz respeito também ao frágil conhecimento empírico dessas espacialidades. Entretanto, vale destacar a proposição conceitual de Santos (1979, 1993), o qual utiliza-se o termo cidade local para definir o limite inferior da hierarquia urbana. [...] As cidades locais dispõem de uma atividade polarizante e, dadas as funções que elas exercem em primeiro nível, poderíamos quase falar de cidades de subsistência. [...] A cidade local é a dimensão mínima a partir da qual as aglomerações deixam de servir às necessidades da atividade primária para servir as necessidades inadiáveis da população com verdadeira especialização do espaço. [...] Poderíamos então definir a cidade local como a aglomeração capaz de responder às necessidades vitais mínimas, reais ou criadas, de toda uma população, função esta que implica uma vida de relações. (SANTOS, 1979). Apesar das importantes proposições conceituais de Santos (1979, 1993) sobre cidade local, os estudos sobre pequenas cidades no Brasil carecem de avanços conceituais e metodológicos. Mesmo diante do crescimento dos núcleos urbanos com mais de 20.000 habitantes não se deve deixar de lado a dinâmica presente nas pequenas cidades, bem como seus problemas, suas qualidades e especificidades, tendo em vista que compõem o maior número de núcleos reconhecidos oficialmente como urbanos no país 2 e que servem de referência em termos da presença do Estado e de suas estruturas e políticas públicas para milhares de brasileiros 3. As pequenas cidades são bastante diferenciadas entre si. Esse fator ocorre tanto pela própria diversidade da formação espacial do país, bem como pelos processos locais de cada espacialidade, pela atuação dos agentes sociais e do Estado e pelas particularidades sócio-culturais, assim como pelas suas localização geográfica, suas condições de acessibilidade, bem como pela maior ou menor inserção dos lugares na economia globalizada, entre outros. Por outro lado, é em relação aos conteúdos sociais e culturais que as diversas pequenas cidades se assemelham. Tranqüilidade, conhecimento mútuo e manifestações culturais cujas raízes vinculam-se a vida rural, são aspectos marcantes nas pequenas cidades brasileiras. Além disso, esses espaços também compartilham situações marcadas por ausência de equipamentos e serviços urbanos importantes como, hospitais, atendimento médico especializado, escolas de formação técnica e superior e bens, serviços e espaços ligados àcultura e ao lazer em geral. 2 No Brasil, cidade é definida por critério político-administrativo, sendo considerada como tal toda sede de município. Portanto, a cada novo município criado, origina-se uma nova cidade. Daí provém uma série de questionamentos em torno do número de cidades e se são ou não, urbanas. 3 Os 4.579 núcleos brasileiros com população de até 20 mil habitantes, no ano de 2000, tinham em somaram 25.954.755 pessoas residentes (Cálculos da autora com base nos dados disponibilizados pelo PNUD; IPEA; FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2003). Esse número é ainda maior se considerar a quantidade de residentes rurais. 4

3. PLANEJAMENTO URBANO E POLÍTICAS PÚBLICAS Nas últimas décadas, o ritmo frenético das relações urbanas modifica o espaço numa intensa velocidade. A velocidade com que o ambiente se modifica, a incerteza da economia, dos comportamentos e do próprio futuro da humanidade, demonstra a importância em se planejar. Esse fato implica tanto o planejamento individual quanto o planejamento coletivo exigindo uma nova forma de pensar e agir. Segundo Spósito (2001, p. 315) apud Ferreira (1999, p.4), o planejamento urbano é, [...] uma ferramenta de governo e pode ser entendida como uma técnica para a organização e o gerenciamento de serviços E é considerado essas características (objetivos, metodologia, organização e atores sociais), que o planejamento precisa ser considerado a partir das estratégias que possibilitam o alcance das ações coletivas, vencendo resistências e conquistando apoio e colaboração, em tempos imediatos e mediatos, articulados no presente e com ações futuras e transcendentes. Para elaborar medidas de planejamento os planejadores possuem como instrumento diversas metodologias, e possuem como intuito maior analisar a área, intervir e transformar a realidade (SPÓSITO, 2001, p. 315). O planejamento urbano é uma atividade cíclica, pois após uma intervenção em determinada área é importante o monitoramento e a solução de possíveis modificações na realidade. As medidas de planejamento urbano e as políticas públicas são uma realidade diversa e contraditória se pensada num país onde os índices de desigualdade social são assustadores. Não é apenas a desigualdade sócio-econômica que intimida os atores do planejamento, mas também a grande diversidade geográfica que caracteriza o país. O insucesso na organização do espaço das cidades face ao desenvolvimento social e econômico ocasiona uma série de problemas estruturais, ambientais e de saúde pública. Diante desses aspectos percebe-se a importância em se pensar e planejar o espaço comum público, promovendo o zoneamento urbano e a delimitação de uso e ocupação do solo (orientando a forma e o lugar onde se deve construir, de forma a não provocar grandes impactos no meio ambiente), com um sistema de trânsito e transporte que realmente atenda as necessidades de deslocamento da população, minimizando os impactos gerados pelo excesso veículos particulares nas vias. Cabe destacar o papel desempenhado por lideranças locais, que são responsáveis por solucionar problemas urbanos e ambientais que estejam no limite municipal, bem como saneamento básico, sistemas de água, proteção do meio ambiente, transporte, lixo e habitação, de forma a sustentar o crescimento ordenado das cidades. Cada cidade brasileira, seja ela de grande, médio ou pequeno porte, possuem condições e necessidade especificas de planejamento, sendo indispensável à iniciativa política e o apoio da população. As pequenas cidades mineiras, principalmente, com uma população inferior a 20.000 habitantes e que, portanto, não são obrigadas a elaborar um plano diretor municipal, possuem uma estrutura física pouco condizente com as necessidades reais da população, provocando uma baixa qualidade de vida e sérios problemas ambientais, devido à forma de ocupação despreparada e os baixos investimentos em infra-estrutura e em habitação, como é o caso de Santa Vitória-MG. 4. SANTA VITÓRIA-MG O município de Santa Vitória (MG) é integrante da microrregião geográfica Ituiutaba(MG) juntamente com mais outros quatro município sendo eles: Capinópolis, Gurinhatã, Ipiaçu e Cachoeira Dourada como pode ser observado na figura 1. Esses municípios se formaram por meio de processos de fragmentação territorial do município de Ituiutaba. A primeira fragmentação ocorreu em 1953, com a emancipação de Capinópolis que a tinha como distrito Cachoeira Dourada. 5

Em 1962 houve a emancipação de Gurinhatã. Cachoeira Dourada conseguiu sua emancipação de Capinópolis, em 1962 (PNUD; IPEA; FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2003). Figura 01: Localização da microrregião de Ituiutaba e o município de Santa Vitória-MG. Fonte: OLIVEIRA, B. S. 2003 O município de Santa vitória é o maior em termos populacionais da microrregião de Ituiutaba-MG, lembrando que para essa análise usou se o parâmetro de pequenas cidades com população com até 20.000 habitantes, ficando portanto, fora de nossa análise o município de Ituiutaba-MG já que esse não se enquadra no parâmetro definido nessa pesquisa. A tabela 1 apresenta esses números populacionais da microrregião, com destaque para a população residente em Santa Vitória, que assim como os demais municípios da microrregião de Ituiutaba vem apresentando percas populacionais desde a década de 1970. Tabela 1 - Microrregião de Ituiutaba (MG): evolução da população da 1970-2007. Fonte: IBGE, 2008. Org.: ALVES, P; BESSA, G.A, 2008 Municípios População Total 1970 1980 1991 2000 2007 Cachoeira Dourada 4.305 2.366 2.284 2.305 2.470 Capinópolis 14.280 13.160 15.060 14.403 11.313 Gurinhatã 14.120 8.908 7.640 6.883 6.194 Ipiaçu 6.865 4.254 4.122 4.026 4.191 Santa Vitória 19.635 17.385 16.583 16.365 15.492 Ituiutaba 64.656 74.240 84.577 89.091 92.727 Total 123.861 120.313 130.266 133.073 132.387 6

Esse processo de deslocamento da população para outros municípios pode ser explicado, dentre outros motivos, pela migração da população local para núcleos urbanos maiores, que apresentem e atendam suas necessidades, principalmente as de empregos e oportunidades de estudos em nível superior, não encontrados nessas cidades. O município de Santa Vitória, porém começa a inverter esses dados, pois o mesmo passa por um importante processo de expansão político-econômica resultante da instalação de algumas atividades industriais em sua área de influência, como é o caso da indústria sucroalcoleira do grupo Crystalsev e da futura instalação da indústria multinacional Dow Chemical de plásticos que prevê a confecção de biodegradáveis para a confecção de embalagens. Essas importantes atividades econômicas têm suas instalações no distrito de Santa Vitória denominado de Chaveslândia. Essas indústrias trazem muitas mudanças para o município, mudanças essas que merecem atenção dos gestores. O município começa a sofrer um acréscimo em termos de população tanto de pessoas que retornam a sua cidade natal em busca de empregos e oportunidades nessas atividades, como também os imigrantes de outras regiões do país, principalmente do Nordeste, que são a mãode-obra utilizada na plantação de cana-de-açucar. Embora os proprietários das empresas alegarem que não se utiliza como mão-de-obra bóias frias, sendo essa produção feita totalmente utilizando-se de maquinários. Fato é que essas migrações resultam em alguns problemas urbanos, como: problemas com habitação popular, saúde, educação para os filhos dos trabalhadores, alteração nos padrões culturais, e de toda a dinâmica social e espacial da cidade. E essas mudanças precisam de mecanismos de gestão urbana para que essas expansões ainda que em fase inicial, sejam acompanhadas de uma equipe de planejadores que organizem o espaço urbano o e que planejem a cidade de acordo com as perspectivas futuras de expansão, para que evite a ocorrência de problemas sérios como ocorrem nas cidades médias e grandes cidades em que os problemas já estão alojados, sendo, portanto, mais difícil suas soluções. Diante dos aspectos apresentados acima, percebe-se que o Planejamento Urbano é algo indispensável para as cidades, independente de seu porte, como pode ser observado no estudo de caso do município de Santa Vitória-MG que embora ainda tenha uma incipiente modificação de seu espaço, devido a um processo de expansão urbano-industrial, já se percebe a necessidade de inserção de mecanismos gestores do espaço urbano, como por exemplo, a elaboração de um plano diretor para o município. 5.CONSIDERAÇÕES Diante dos aspectos apresentados acima, e tento como base a atual realidade sócioeconômica espacial de Santa Vitória, percebe-se a carência de se formular e implementar uma política urbana específica para a organização e desenvolvimento das pequenas cidades mineiras, bem como realidade de diversas cidades brasileiras. Percebe-se, portanto, que a carência em políticas públicas de ordenação e planejamento a nível nacional influencia nas políticas de desenvolvimento urbano regional e municipal, sendo as cidades pequenas, devido o contexto econômico e social, intensamente prejudicadas nesse processo. As cidades pequenas, destacando Santa Vitória, não possuem impactos gerados pelas grandes cidades, como grande quantidade de veículos nas ruas provocando congestionamentos, porém possuem grande carências em distribuição de infra-estrutura urbana, como rede de esgoto e água, de infra-estrutura viária, e de habitação, porém outro problema que merece destaque são os problemas ambientais gerados pela estrutura deficiente da cidade Ressalta-se ainda que as políticas urbanas existentes e às atividades de planejamento urbano não conseguem suprir as necessidades geradas pelo processo de globalização da economia, e menos ainda de superar os desafios das disparidades sócio-econômicas e espaciais, decorrentes, dentre outros aspectos, das transformações produtivas das cidades. 7

É importante ressaltar a importância dos atores (políticos, planejadores, empresas privadas e população) para transformar a realidade de Santa Vitória, e implantando uma forma consciente de eficaz de se pensar o espaço. 6.REFERÊNCIAS BACELAR, W. K. de A. Os mitos do sertão e do Triângulo Mineiro, as cidades de Estrela do Sul e de Uberlândia nas teias da modernidade. Uberlândia, 2003. 212 f. Dissertação (Mestrado) Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2003.. BACELAR, W. K. de A. As pequenas cidades no Brasil e no Triângulo Mineiro. Encontro de Geógrafos da América Latina 10. ANAIS EGAL, São Paulo, 2005. 1 CD-rom. BERNARDELLI, Mara Lúcia Falconi da Hora. Pequenas cidades na região de Catanduva-SP: papéis urbanos, reprodução social e produção de moradias. 2004. 348f. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Campus de Presidente Prudente, Presidente Prudente, 2004. CORRÊA, R. L.Globalização e Reestruturação da rede urbana: uma nota sobre pequenas cidades. Território/Lajet, Rio de Jnaeiro, n.6, p.43-53. jan/jun.1999.. Reflexões sobre a dinâmica recente da rede urbana brasileira. In. Encontro da ANPUR, 9, 2001, Rio de Janeiro. ANAIS. 2001, 28 maio/1 jun. p.424-43.. Rede urbana: reflexões, hipóteses e questionamentos sobre um tema negligenciado. Cidades. Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 65-78, 2004.. Estudos sobre a rede urbana. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. 330 p. ENDLICH, A. M. Pensando os papéis e significados das pequenas cidades no noroeste do Paraná. 2006. 505 f. Tese (Doutorado) Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Campus de Presidente Prudente, Presidente Prudente, 2006. FREITAS, M. de P.; MIRANDA, M.; MARQUEZ, L. N.; MELO, N. A.; SOARES, B. R. Pequenas cidades do cerrado mineiro: reflexões sobre suas diversidades e particularidades socioespaciais. In: SOARES, B. R.; OLIVEIRA, H. C. M. de; MARRA, T. B. (Org.) Ensaios geográficos. Uberlândia: UFU/PET Geografia, 2005. p. 45-71. IBGE, 2000. www.ibge.gov.br,2004. < acesso em junho,2008 > MELO, N. A. Rede urbana e pequenas cidades: seus limites e possibilidades no sudeste goiano. Projeto de pesquisa, Uberlândia, 2005. Mimeo.. Pequenas cidades da microrregião geográfica de Catalão (GO): análises de seus conteúdos e considerações teórico-metodológicas. 2008. 527 f. Tese Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, 2008. OLANDA, R. E; SOARES, B. R. Sanclerlândia GO, das indefinições de pequenas cidades à singularidade da cidade local. 2005, Fortaleza. In Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Geografia. VI Encontro Nacional da ANPEGE. OLIVEIRA, B. S. Ituiutaba (MG) na rede urbana tijucana: (re)configurações sócio-espaciais no período de 1950 a 2000. 2003. 208 f. Dissertação Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, 2003. OLIVEIRA, B. S.; SOARES, B. R. O papel das cidades locais do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba no contexto regional. 2000. 30 f. Relatório (Iniciação Científica) Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia. 2000. OLIVEIRA, B. S.; SOARES, B. R. O papel das cidades locais no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (MG) no contexto regional. Revista Horizonte Científico, PROPP/UFU, Uberlândia, 2003. <Disponível em: www.ufu.br/revistahorizontecientifico>. PNUD;IPEA;FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Atlas do desenvolvimento humano no Brasil,2003. SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001. 471p. SANTOS,M. Espaço e Sociedade: ensaios. Petrópolis: Vozes,1979. 8

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