O QUE É IMPORTANTE PARA A SATISFAÇÃO ROFISSIONAL DOS DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL? Rui Brites, ISEG/Universidade Técnica de Lisboa e CIES Maria de Lourdes Machado, A3ES, CIPES e Instituto Politécnico de Bragança Virgílio Meira Soares, Faculdade de Ciências/Universidade de Lisboa José Brites Ferreira, Instituto Politécnico de Leiria Minoo Farhangmehr, Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho Odília Maria Rocha Gouveia, CIPES
APRESENTAÇÃO 1. Um estudo sobre a satisfação profissional dos docentes no ensino superior português: uma breve introdução 2. Retrato estatístico dos docentes do Ensino Superior Português 3. Desenho metodológico 4. Alguns resultados e análise preliminar 5. Considerações finais
1. Um estudo sobre a satisfação profissional dos docentes no ensino superior português: uma breve introdução OBJECTIVO: Conhecer as dimensões que interferem e influenciam a satisfação e a insatisfação profissional dos docentes do ensino superior Aplicações práticas de relevância para os processos de tomada de decisão em gestão de recursos humanos Implicações na qualidade do ensino e das instituições de ensino superior
Pessoal docente Recurso fundamental nas instituições de ensino superior Papel importante na prossecução dos objectivos da instituição QUALIDADE das instituições de ensino superior IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA SATISFAÇÃO PROFISSIONAL DOS DOCENTES
Globalmente os académicos: LITERATURA possuem níveis relativamente elevados de satisfação global no trabalho (Clark, 1987; Clery, 2002; Finkelstein, Seal e Schuster, 1998; Sax et al., 1996; Willie e Stecklein, 1982; todos citados em Fontes, 2002). expressam níveis inferiores de satisfação relativamente a aspectos contextuais do trabalho (Olsen, 1993; Olsen, Maple e Stage, 1995; Tack e Patitu, 1992, todos citados em Fontes, 2002). A SATISFAÇÃO NO TRABALHO NÃO DEVE SER IGNORADA, MAS MUITO POUCAS ORGANIZAÇÕES PENSAM E ABORDAM SERIAMENTE A SATISFAÇÃO PROFISSIONAL
2. Retrato estatístico dos docentes do Ensino Superior Português A maioria dos docentes do ensino superior, no período compreendido entre 2001 e 2009: lecciona em instituições do ensino superior público são homens (embora essa supremacia estatística esteja a diminuir no tempo) têmidadescompreendidasentreos40eos59anose são de nacionalidade portuguesa(gpeari, 2011).
De 2001 para 2009: Acréscimo de docentes nas seguintes áreas: Saúde e protecção social (passou de 4 654 para 6 266); Serviços (passou de 1 339 para 1 655); Educação (passou de 2 281 para 2 261); Aárea das Ciências sociais, comércio e direito é a que, em todos os anos regista mais docentes.
Figura 1. Docentes (%) por subsistema de ensino, de 2001 a 2009 Fonte: GPEARI (2011). Docentes do Ensino Superior [2001 a 2009]. Lisboa: Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais.
Figura 2. Docentes (%) por subsistema de ensino e sexo, em 2009 Fonte: GPEARI (2011). Docentes do Ensino Superior [2001 a 2009]. Lisboa: Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais.
3. Desenho metodológico Inquérito por Questionário colocado on-line Dirigido: a todo o pessoal docente do ensino superior Português Questionário baseado: - nos resultados obtidos na realização de 3 focus group (acerca dos factores de satisfação e insatisfação profissional de docentes em 3 instituições de ensino superior); - na revisão de literatura. TAXA DE RESPOSTA de 12.5% - 4529 docentes participaram no estudo
Tipo de Instituição Docentes do Ensino Superior por subsistema Amostra e População Amostra Universo Amostra Universo Categorias profissionais N % N % N % N % Professor Catedrático 122 8,9 1282 8,7 Professor Catedrático 8 1,9 388 5,6 Professor Associado 256 18,6 2296 15,5 Professor Associado 88 20,7 694 10,1 Professor Auxiliar 764 55,5 6746 45,6 Professor Auxiliar 146 34,4 2081 30,2 Universitário Público Assistente 200 14,5 3502 23,7 Assistente 141 33,2 3406 49,4 Professor Coordenador 1 0,1 Universitário Privado Professor Coordenador 2 0,5 Professor Adjunto 4 0,3 Professor Adjunto 6 1,4 Professor Equiparado (Coordenador/Adjunto/Assistente) 5 0,4 Professor Equiparado (Coordenador/Adjunto/Assistente) 10 2,4 NR 25 1,8 NR 24 5,6 Totais da amostra e do subsistema 1377 100 14803 Totais da amostra e do subsistema 425 100 6899 Professor Catedrático 1 0,1 Professor Catedrático 1 0,4 Professor Associado 4 0,3 Professor Associado 13 5,2 Professor Auxiliar 15 1,3 Professor Auxiliar 30 11,9 Politécnico Público Assistente 199 17,1 4146 40,3 Assistente 57 22,6 2075 49,1 Professor Coordenador 112 9,6 764 7,4 Politécnico Privado Professor Coordenador 30 11,9 337 8,0 Professor Adjunto 466 39,9 4209 40,9 Professor Adjunto 86 34,1 1218 28,8 Professor Equiparado (Coordenador/Adjunto/Assistente) 336 28,8 Professor Equiparado (Coordenador/Adjunto/Assistente) 18 7,1 NR 34 2,9 NR 17 6,7 Totais da amostra e do subsistema 1167 100 10289 Totais da amostra e do subsistema 252 100 4224
4. Alguns resultados e análise preliminar
Dimensões de satisfação profissional latentes Ensino Universitário e Politécnico Público e Privado (modelo de medida) RMSEA: 0,076; p<0,001
Satisfação com o Ambiente de Ensino Impacto dos indicadores
Satisfação com a Gestão Instituição/Departamento/Unidade Orgânica Impacto dos indicadores
Satisfação com os Colegas Impacto dos indicadores
Satisfação com o Ambiente de Trabalho Impacto dos indicadores
Satisfação profissional Impacto das dimensões RMSEA: 0,251; p<0,001
Satisfação profissional por Tipo de Instituição Escala: 0=extremamente insatisfeito; 10=extremamente satisfeito
Motivação profissional por Tipo de Instituição Escala: 0=extremamente desmotivado; 10=extremamente motivado
Satisfação profissional por Tipo de Instituição
Motivação profissional por Tipo de Instituição
Rendimento subjectivo por Tipo de Instituição
Rendimento subjectivo por Categoria profissional
Muito obrigado pela vossa atenção Rui Brites Professor Associado Convidado do ISEG e do ISCSP ruibrites@iseg.utl.pt