008228/2009 TC - - PSF



Documentos relacionados
Interessado: Tribunal de Contas do Estado do RN - PROMOEX Assunto: Auditoria Operacional. Relatório

ACÓRDÃO N.º 147 /2008 TCE Pleno

RESOLUÇÃO N 83/TCE/RO-2011

ACÓRDÃO Nº 095/2009 TCE/TO 2ª Câmara

1. Esta Política Institucional de Gestão de Continuidade de Negócios:

CONSULTA Nº /2015

Identificação do Órgão/Unidade:Tribunal Superior Eleitoral/STI/COINF/SEPD Service Desk

RESOLUÇÃO N 08/2013 TCE, DE 23 DE ABRIL DE 2013


PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD VAGA

UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA (UAUDI) Conceitos & Normativos

ORIENTAÇÃO TÉCNICA Nº 02/2013

PREFEITURA MUNICIPAL DO NATAL SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ESCOLA:

Considerando o disposto no artigo 12, inciso V; artigo 13, inciso IV, e artigo 24, inciso V, alínea e, da Lei Federal 9394/96;

Tribunal de Contas da União. Controle Externo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR DO ESTADO

MESA 4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE CONTROLE 3 AS ORGANIZAÇÕES DE CONTROLE

Regimento Interno da Comissão de Avaliação e Gestão de Projetos de Pesquisa e Inovação - CAGPPI

RESOLUÇÃO Nº 080/2014, DE 25 DE JUNHO DE 2014 CONSELHO UNIVERSITÁRIO UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG

Questão de auditoria Informações Requeridas Fontes de Informação Procedimentos Possíveis Achados

(Anexo II) DESCRIÇÃO ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO

Grupo de Trabalho da PPI. Política Estadual para Contratualização de Hospitais de Pequeno Porte HPP

ATO NORMATIVO Nº 006 /2007

PROCEDIMENTO SISTÊMICO DA QUALIDADE

ANEXO I PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Reunião de Abertura do Monitoramento Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária - SCPPO

Presente à reunião proposta do Vereador José Maria Magalhães do seguinte teor:

Estrutura da Gestão de Risco Operacional

VIGILÂNCIA SOCIAL E A GESTÃO DA INFORMAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

PROCEDIMENTO SISTÊMICO DE GESTÃO INTEGRADO

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI Nº 3.630, DE 2004

Missão dos Órgãos de Controle Interno, Desafios e Visão de Futuro. Renato Santos Chaves

Planejamento Estratégico

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás

RESOLUÇÃO Nº. 260/2008 TCE 2ª CÂMARA

1. Esta Política institucional de gestão de continuidade de negócios:

Política de Logística de Suprimento

CAPÍTULO XX DA UNIDADE DE APOIO A GESTÃO ESTRATÉGICA UAGE. Seção I Da Finalidade

Responsável (CPF): Nelson Monteiro da Rocha ( )

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SES/GO

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

RESOLUÇÃO - TCU Nº 247, de 7 de dezembro de 2011

Associação Matogrossense dos Municípios

Política de Gerenciamento do Risco Operacional Banco Opportunity e Opportunity DTVM Março/2015

*F69F3DF9* PROJETO DE LEI N.º, de de (DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO)

SAÚDE. Coordenador: Liliane Espinosa de Mello

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 66, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2012.

RESOLUÇÃO N. TC-03/2003

Avaliação de Serviços de Higiene Hospitalar

Etapa 01 Proposta Metodológica

CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Secretaria Municipal da Educação e Cultura - SMEC SALVADOR MAIO/2003

DIRETRIZES DE CONTROLE EXTERNO Projeto Qualidade e Agilidade dos TCs

Portaria nº 339 de 08 de Maio de 2002.

RESOLUÇÃO N 173/2009-TCE/TO PLENO

FONTE: Comissão de Estudos de Auditoria Interna do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO. PROJETO DE LEI N o 7.927, DE 2014 (do Tribunal Superior do Trabalho)

RESUMO DOS PROGRAMAS POR TIPO

*486EBBAA* PROJETO DE LEI N.º, de (DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO)

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA

EVENTOS. Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania

O Banco Central do Brasil em 29/06/2006 editou a Resolução 3380, com vista a implementação da Estrutura de Gerenciamento do Risco Operacional.

- CÂMARA MUNICIPAL DE PINHEIROS EMENTA

CME BOA VISTA ESTADO DE RORAIMA PREFEITURA MUNIPAL DE BOA VISTA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

MANUAL DE GESTÃO DE PROJETOS: Guia de referência do sistema de gestão de projetos do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região

REGULAMENTO OPERACIONAL DA CENTRAL DE REGULAÇÃO CENTRAL DE CONSULTAS E EXAMES ESPECIALIZADOS

RESOLUÇÃO Nº. 521/2008 TCE 2ª CÂMARA

RESOLUÇÃO T.C. Nº 16, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2012.

INSTRUÇÃO DE TRABALHO PARA INFORMAÇÕES GERENCIAIS

Prefeitura Municipal de Brejetuba

!"# $%!"!&&'"!&"!& ,+-.,/,

RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES DE AUDITORIA INTERNA RAAAI 2004 I - INTRODUÇÃO

F.1 Gerenciamento da integração do projeto

ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL

Estrutura de Gerenciamento do Risco Operacional

Execução e. Monitoramento

CARGO: PROFESSOR Síntese de Deveres: Exemplo de Atribuições: Condições de Trabalho: Requisitos para preenchimento do cargo: b.1) -

NORMA TÉCNICA - DEFINIÇÃO INTERNACIONAL

RELATÓRIO DO CONSELHEIRO ANTONIO ROQUE CITADINI 10ª SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA CÂMARA, DIA 22/4/2003 PROCESSO: TC /026/99 PRESTAÇÃO DE CONTAS

PARECER Nº, DE RELATORA: Senadora MARTA SUPLICY I RELATÓRIO

SECRETARIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS - ADMINISTRAÇÃO DIRETA

Sistema de Gestão da Qualidade

ANTONIO CARLOS NARDI

Quais são as organizações envolvidas no SASSMAQ?

PORTARIA Nº 7.965, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2015.

Marcones Libório de Sá Prefeito

RAZÕES DA PROPOSTA DE VOTO

Tribunal de Contas da União

Minuta REGIMENTO DO ARQUIVO CENTRAL DA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA CAPÍTULO I DA NATUREZA, COMPOSIÇÃO E OBJETIVOS

Portfólio de Serviços. Governança de TI. Treinamento e Consultoria

PORTARIA Nº 375, DE 10 DE MARÇO DE 2014

Atuação da Auditoria Interna na Avaliação da Gestão de Tecnologia da Informação

PLANO DE AÇÃO

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE CONSULTORIA ESPECIALIZADA

Transcrição:

Processo nº: 008228/2009 TC Jurisdicionado: Prefeitura Municipal do Natal - Secretaria Municipal de Saúde. Assunto: Auditoria Operacional na Ação Implementação e Expansão do Programa de Saúde da Família - PSF Relator: Conselheiro Renato Costa Dias Ementa: AUDITORIA OPERACIONAL. PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA. NATAL. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. ACOLHIMENTO INTEGRAL DO RELATÓRIO DE AUDITORIA. RECOMENDAÇÕES. RELATÓRIO O presente processo trata de auditoria operacional, fazendo parte de uma das ações do Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo dos Estados, Distrito Federal e Municípios Brasileiros PROMOEX, tendo esta Corte de Contas, por meio da Decisão nº 08/2009-TC, por unanimidade, determinado sua realização. Tal auditoria operacional possuiu como objeto a Ação Implementação e Expansão do Programa Saúde da Família PSF, relativo ao PPA 2006/2009, da Prefeitura Municipal de Natal, figurando como Órgão Responsável, a Secretaria Municipal de Saúde, com o objetivo de avaliar a contribuição para promoção da saúde no município do Natal através do acesso aos serviços de atenção básica por meio da Estratégia da Saúde da Família, abordando os seguintes aspectos: a) implementação das equipes de saúde da família; b) sistemática de controle e monitoramento da ação e; c) grau de satisfação do usuário. Assim, foi formada equipe de auditoria, composta pelos servidores Ivoná Maria Gama de Figueiredo, Mayra Gomes de Medeiros Galvão Pereira, Teresa Cristina Rocha do Nascimento e José Monteiro Coelho Filho, que a presidiu. Essa comissão também contou com a colaboração, como monitora, da servidora Joilma Rodrigues Sant anna, do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Após a devida instrução do feito, a Comissão emitiu relatório (fls 200/236-TC) o, sugerindo, ao final, que fosse recomendo ao gestor responsável a adoção das seguintes medidas: a) viabilizar a composição das equipes necessárias a cobertura desejada ou a re-análise dessa cobertura de modo a que sejam alcançadas as metas de saúde pactuadas com o município; b) adotar melhor controle dos dados do programa, verificando sua conformidade com as informações disponibilizadas pelo MS/SAS/DAB, de modo que o acompanhamento de metas e tomadas de decisões sejam feitos baseados em dados fidedignos; c) proceder a estudos na Política de Recursos Humanos com relação à seleção e incentivos de profissionais (principalmente médicos) para trabalhar no PSF, com o intuito de garantir o suprimento das necessidades dos profissionais para o desempenho de funções que são fundamentais para o programa; d) elaborar plano para adequação das instalações necessárias ao funcionamento das USF, conforme padrões e normas vigentes; Ivoná Página 1/1

e) realizar um inventário nas unidades de saúde, de modo a conhecer todos os equipamentos e móveis existentes, assim como seu estado de conservação e características; f) reavaliar a estrutura existente no Setor de Manutenção de Bens Móveis, assim como o modelo de gestão adotado de modo a poder assegurar um atendimento satisfatório às manutenções de sua responsabilidade, com base em objetivos, metas e indicadores, propiciando as condições necessárias ao alcance dos objetivos da Ação em análise; g) elaborar o plano previsto no art. 9º, inciso I, da LC nº 62/2005 com o fito de melhorar o gerenciamento da ação, promovendo o acompanhamento e avaliação de metas e indicadores; h) realizar o efetivo acompanhamento, supervisão e avaliação da ação, baseado em objetivos, metas e indicadores, que por sua vez contemplem as metas de saúde pactuadas com o município; i) adotar novo modelo de gestão para o gerenciamento dos medicamentos, bem como, rever os processos de aquisição de modo a buscar um equilíbrio entre a demanda e o armazenamento, além de promover as necessárias adequações no galpão utilizado para essa finalidade; j) dotar todas suas unidades com sistema informatizado que seja integrado aos órgãos controladores e unidades prestadoras de serviços especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico, ambulatorial e hospitalar, de modo a facilitar o acesso aos encaminhamentos necessários; k) efetuar avaliação de necessidades de demanda nas USF para tais serviços, de modo a garantir o número de vagas necessárias aos procedimentos decorrentes dessa demanda; l) assegurar que o procedimento previsto nos fluxos de contra-referência também seja observado de modo ter um acompanhamento satisfatório dos pacientes usuários do programa. Sugeriu ainda que se determinasse à Secretaria Municipal de Saúde: a) Que remetesse a este Tribunal, no prazo de 60 dias a contar da publicação do Acórdão, Plano de Ação contendo o cronograma de adoção das medidas necessárias à implementação das respectivas recomendações e determinações prolatadas pelo TCE, com nome dos responsáveis pela implementação dessas medidas, com fulcro no inciso II, art. 140 da LC 121/1994 (LOTC), c/c art. 250, inciso II, do RITCU: b) Que fosse recomendado articulação com grupo de contato de auditoria, com participação de técnicos ligados à Estratégia de Saúde da Família, bem como convidasse também representante da Controladoria Geral do Município, para atuarem como canal de comunicação com este Tribunal, com o objetivo de facilitar o acompanhamento da implementação das determinações e recomendações prolatadas pelo TCE. Recomendou, ainda, que se encaminhasse cópia do Acórdão que vier a ser adotado pelo Tribunal, bem como do Relatório e do Voto que o fundamentarem, e do inteiro teor do presente relatório para os seguintes destinatários: a) ao Secretário Municipal de Saúde; b) ao Controlador Geral do Município, e; c) ao Presidente da Câmara Municipal e, após prolatado o Ivoná Página 2/2

Acórdão, retornassem os autos a Equipe de Auditoria para que se programe a realização do monitoramento conforme decisão adotada pela Corte. Ato contínuo, foi aberta vista ao Ministério Público Especial, que, por meio de seu Douto Procurador Geral Luciano Silva Costa Ramos, emitiu parecer (fls. 252/256-TC), aquiescendose com o teor do relatório produzido pela comissão, sugerindo o acatamento integral do relatório produzido. VOTO A matéria posta sob apreciação dessa Corte através do presente processo cuida de auditoria operacional, sendo uma das importantes ações realizadas pelo PROMOEX, no empenho do cumprimento de sua missão de estimular o controle externo por parte dos Tribunais de Contas. Antes de adentrar ao mérito do processo, faz-se necessário esclarecer que a presente auditoria consiste de processo cujo rito ou objeto não se encontrava delineado na Lei Complementar 121/1994 (antiga Lei Orgânica do Tribunal de Contas), ou em seu antigo Regimento Interno, em vigor na época em que o presente processo foi instaurado, consistindo, então, em um método inovador de controle externo. Mesmo a Lei Complementar Estadual nº 464/2012 (Nova Lei Orgânica), e a Resolução 06/2012-TC (Novo Regimento Interno), restringiu-se a dar apenas diretrizes gerais, no tratamento da matéria, encontrando, o tema em questão, seus principais fundamentos, nos princípios e diretrizes trazidos e fixados pela Constituição Federal, principalmente em seus arts. 70; 71 IV e 75. A espécie fiscalizatória se amolda às necessidades e anseios da sociedade hodierna, que não deseja que os gestores se pautem apenas pela correta aplicação dos recursos públicos, mas que gerencie esses recursos de forma eficaz e efetiva, através de ações bem planejadas, contínuas e organizadas. Desse modo, como os Tribunais de Contas, no exercício de sua competência de realizar o controle externo, prestigiam quase que exclusivamente a verificação da regular aplicação dos recursos, a presente auditoria se impõe como uma nova ferramenta de controle, tendo como norte o cumprimento das metas traçadas para uma atividade que pretenda atingir um objetivo específico e se estenda por um lapso maior de tempo, no qual se organizam diversos atos administrativos. Por conseguinte, a presente auditoria operacional não faz análise de despesa ou grupo delas especificamente, mas do conjunto de ações e atividades voltadas à Implementação e Expansão do Programa Saúde da Família PSF, englobando o planejamento, a execução, o monitoramento e o alcance dessa ação. Por outro lado, analisando a matéria do ponto de vista processual, depreende-se que o presente feito não está submetido aos ditames usuais de decisão previstos no artigo 75, da Lei Complementar Estadual 121/94, razão pela qual sua decisão não deve consistir na aprovação ou não da matéria, pois trata-se de uma decisão sui generis, que deve ter tratamento específico, no nosso entender, pela aprovação ou não do Relatório de Auditoria. Analisando, porém, o mérito do Relatório emitido pela equipe, emergem algumas boas práticas que merecem destaque, como a inclusão, pelo Setor de Manutenção de Bens Móveis da Secretaria Municipal de Saúde-SMS, quando da aquisição de novos equipamentos, da capacitação para sua operação e instalação, que resolve problemas com equipamentos que são adquiridos e não são instalados ou não possuem pessoal capacitado para operá-los. Emergiu do trabalho da equipe, ainda, alguns pontos que merecem atenção, principalmente por parte do responsável pelo programa, como: a) redução da cobertura do PSF em 11,95%, passando de 45,67% em 2006 para 33,72% ao final de 2009; b) dados sobre as Equipes de Saúde da Família - ESF e sobre atendimentos utilizados em relatórios da SMS são Ivoná Página 3/3

inconsistentes; c) ESF incompletas; d) instalações físicas utilizadas como Unidades de Saúde da Família - USF precárias que não atendem aos parâmetros definidos em normas pertinentes; e) sistemática de manutenção de instalações, móveis e equipamentos não atende às necessidades das unidades; f) acompanhamento, supervisão e avaliação da Ação são carentes de um plano específico, não atendendo o estabelecido em lei; g) inexistência de um modelo gerencial de acompanhamento, supervisão e avaliação que utilize objetivos, metas e indicadores para o alcance de resultados h) a falta de medicamentos e profissionais nas USF; e i) a SMS ainda não atende garantia dos fluxos de referência e contra-referência aos serviços especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico, ambulatorial e hospitalar, deixando de atender ao requisito do programa. Isto posto, de acordo com o que foi apresentado, concordando com o parecer ministerial, VOTO no sentido de acolher o relatório de auditoria determinando seus registros nessa Corte de Contas, bem como do seguinte: a) viabilizar a composição das equipes necessárias a cobertura desejada ou a re-análise dessa cobertura de modo a que sejam alcançadas as metas de saúde pactuadas com o município; b) adotar melhor controle dos dados do programa, verificando sua conformidade com as informações disponibilizadas pelo MS/SAS/DAB, de modo que o acompanhamento de metas e tomadas de decisões sejam feitos baseados em dados fidedignos; c) proceder a estudos na Política de Recursos Humanos com relação à seleção e incentivos de profissionais (principalmente médicos) para trabalhar no PSF, com o intuito de garantir o suprimento das necessidades dos profissionais para o desempenho de funções que são fundamentais para o programa; d) elaborar plano para adequação das instalações necessárias ao funcionamento das USF, conforme padrões e normas vigentes; e) realizar um inventário nas unidades de saúde, de modo a conhecer todos os equipamentos e móveis existentes, assim como seu estado de conservação e características; f) reavaliar a estrutura existente no Setor de Manutenção de Bens Móveis, assim como o modelo de gestão adotado de modo a poder assegurar um atendimento satisfatório às manutenções de sua responsabilidade, com base em objetivos, metas e indicadores, propiciando as condições necessárias ao alcance dos objetivos da Ação em análise; g) elaborar o plano previsto no art. 9º, inciso I, da LC nº 62/2005 com o fito de melhorar o gerenciamento da ação, promovendo o acompanhamento e avaliação de metas e indicadores; h) realizar o efetivo acompanhamento, supervisão e avaliação da ação, baseado em objetivos, metas e indicadores, que por sua vez contemplem as metas de saúde pactuadas com o município; i) adotar novo modelo de gestão para o gerenciamento dos medicamentos, bem como, rever os processos de aquisição de modo a buscar um equilíbrio entre a demanda e o armazenamento, além de promover as necessárias adequações no galpão utilizado para essa finalidade; Ivoná Página 4/4

j) dotar todas suas unidades com sistema informatizado que seja integrado aos órgãos controladores e unidades prestadoras de serviços especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico, ambulatorial e hospitalar, de modo a facilitar o acesso aos encaminhamentos necessários; k) efetuar avaliação de necessidades de demanda nas USF para tais serviços, de modo a garantir o número de vagas necessárias aos procedimentos decorrentes dessa demanda; l) assegurar que o procedimento previsto nos fluxos de contra-referência também seja observado de modo ter um acompanhamento satisfatório dos pacientes usuários do programa. VOTO, ainda, no sentido de determinar à Secretaria Municipal de Saúde que remeta a este Tribunal, no prazo de 60 dias a contar da publicação do Acórdão, Plano de Ação contendo o cronograma de adoção das medidas necessárias à implementação das respectivas recomendações e determinações prolatadas pelo TCE, com nome dos responsáveis pela implementação dessas medidas, com fulcro no inciso II, art. 140 da LC 121/1994 (LOTC), c/c art. 250, inciso II, do RITCU: VOTO, também, no sentido de se recomendar à Secretaria Municipal de Saúde que se articule com grupo de contato de auditoria, com participação de técnicos ligados à Estratégia de Saúde da Família, bem como que convide também representante da Controladoria Geral do Município, para atuar como canal de comunicação com este Tribunal, com o objetivo de facilitar o acompanhamento da implementação das determinações e recomendações prolatadas pelo TCE. VOTO, por fim, que se encaminhe cópia do Acórdão, do presente Voto, bem como do inteiro teor do relatório da comissão de auditoria para os seguintes destinatários: a) ao Secretário Municipal de Saúde; b) ao Controlador Geral do Município, e; c) ao Presidente da Câmara Municipal e, após realizada as devidas comunicações processuais, retornem os autos a Equipe de Auditoria para que se programe a realização de monitoramento. Sala das Sessões, em de de 2013. Renato Costa Dias Conselheiro Relator Ivoná Página 5/5