POLO REGIONAL DA UNIOESTE



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RELATÓRIO DA PESQUISA/DIAGNÓSTICO SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES - SUBSÍDIOS PARA O PLANO ESTADUAL DE ENFRETAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO PARANÁ POLO REGIONAL DA UNIOESTE Fevereiro - 8

FICHA TÉCNICA RELATÓRIO DE PESQUISA/DIANÓSTICO SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES Polo Regional da UNIOESTE Realização: Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Estado do PR - CEDCA Instituto de Ação Social do Paraná IASP Secretaria de Estado da Criança e da Juventude SECJ Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social SETP Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior SETI Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE/ Programa de Apoio às Políticas Sociais (PAPS)/Curso de Serviço Social/Campus de Toledo UNIOESTE - Equipe Responsável: ZELIMAR SOARES BIDARRA Coordenadora Geral da Pesquisa LIZETE CECILIA DEIMLING Coordenadora da Pesquisa ADRIANA DIAS DE OLIVEIRA Pesquisadora ÍNDIA NARA SMAHA Pesquisadora JOSÉ DOMINGOS CORRÊA Pesquisador DIANE ZENI Estagiária Os conceitos e opiniões expressos nesta obra são de responsabilidade da Equipe Responsável pelo desenvolvimento desse trabalho de pesquisa.

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO GERAL... 1 1 INTRODUÇÃO... 3 OBJETIVOS... 5.1 Objetivo geral... 5. Objetivo Específico... 5 3 METODOLOGIA... 6 4 APRESENTAÇÃO DAS REGIONAIS... 1 4.1 Regional de Cascavel... 1 4. Regional de Francisco Beltrão... 1 4.3 Regional de Foz do Iguaçu... 14 5 PERFIL DOS CONSELHEIROS TUTELARES DAS REGIONAIS... 16 5.1 Regional de Cascavel... 16 5.1.1 Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação ao sexo... 16 5.1. Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação à escolaridade... 17 5.1.3 Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação à faixa etária... 17 5.1.4 Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação ao tempo de atuação como conselheiro 18 5.1.5 Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação à profissão anterior a de conselheiro... 19 5. Regional Francisco Beltrão... 19 5..1 Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação ao sexo... 5.. Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação à escolaridade... 5..3 Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação à faixa etária... 1 5..4 Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação ao tempo de atuação... 1 5..5 Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação à profissão anterior a de conselheiro... 5.3 REGIONAL DE FOZ DO IGUAÇU... 3 5.3.1 Perfil dos conselheiros tutelares da regional em relação ao sexo... 3 5.3. Perfil dos conselheiros tutelares da regional em relação à escolaridade... 4 5.3.3 Perfil dos conselheiros tutelares da regional em relação à faixa etária... 4 5.3.4 Perfil dos conselheiros tutelares da regional em relação ao tempo de atuação como conselheiro.. 5 5.3.5 Perfil dos conselheiros tutelares da regional em relação à profissão anterior... 6 6 AS VIOLAÇÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NA REGIONAL DE CASCAVEL... 7 6.1 As Violações do Direito à Vida e à Saúde... 9 6.1.1 Análise das violações do Direito à Vida e à Saúde com relação à Categoria Zona... 3 6.1. Análise das violações do Direito à Vida e à Saúde com relação à Categoria Faixa Etária... 31 6.1.3 Análise das violações do Direito à Vida e à Saúde com relação à Categoria Sexo... 3

6.1.4 Análise das violações do Direito à Vida e à Saúde com relação à Categoria Cor... 33 6.1.5 Análise das violações do Direito à Vida e à Saúde com relação à Categoria Agente Violador... 34 6. As Violações do Direito à Liberdade, Respeito e a Dignidade... 35 6..1 Análise das violações do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade com relação à Categoria Zona.... 35 6.. Análise das violações do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade com relação à Categoria Faixa Etária... 36 6..3 Análise das violações do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade com relação à Categoria Sexo... 36 6..4 Análise das violações do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade com relação à Categoria Cor. 37 6..5 Análise das violações do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade com relação à Categoria Agente Violador... 38 6.3 As Violações do Direito à Convivência Familiar e Comunitária... 39 6.3.1 Análise das violações do Direito à Convivência Familiar e Comunitária com relação à Categoria Zona 39 6.3. Análise das violações do Direito à Convivência Familiar e Comunitária com relação à Categoria Faixa Etária... 4 6.3.3 Análise das violações do Direito à Convivência Familiar e Comunitária com relação à Categoria Sexo 41 6.3.4 Análise das violações do Direito à Convivência Familiar e Comunitária com relação à Categoria Cor 41 6.3.5 Análise das violações do Direito à Convivência Familiar e Comunitária com relação à Categoria Agente Violador... 4 6.4 As Violações do Direito à Educação, à Cultura ao Esporte e ao Lazer... 43 6.4.1 Análise das violações do Direito à Educação, à cultura ao Esporte e ao Lazer com relação à Categoria Zona.... 43 6.4. Análise das violações do Direito à Educação, à Cultura ao Esporte e ao Lazer com relação à Categoria Faixa Etária... 44 6.4.3 Análise das violações do Direito à Educação, à Cultura ao Esporte e ao Lazer com relação à Categoria Sexo... 45 6.4.4 Análise das violações do Direito à Educação, à Cultura ao Esporte e ao Lazer com relação à Categoria Cor.... 45 6.4.5 Análise das violações do Direito à Educação, à Cultura ao Esporte e ao Lazer com relação à Categoria Agente Violador.... 46 6.5 As Violações do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho... 47 6.5.1 Análise das violações do Direito à Profissionalização e Proteção no Trabalho com relação à Categoria Zona... 47 6.5. Análise das violações do Direito à Profissionalização e Proteção no Trabalho com relação à Categoria Faixa Etária.... 48

6.5.3 Análise das violações do Direito à Profissionalização e Proteção no Trabalho com relação à Categoria Sexo.... 49 6.5.4 Análise das violações do Direito à Profissionalização e Proteção no Trabalho com relação à Categoria Cor.... 5 6.5.5. Análise das violações do Direito à Profissionalização e Proteção no Trabalho com relação à Categoria Agente Violador... 51 7 APRESENTAÇÃO DAS VIOLAÇÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA REGIONAL DE FRANCISCO BELTRÃO... 5 7.1 As Violações do Direito à Vida e à Saúde... 53 7.1.1 Análise das violações do direito à vida e à saúde com relação à categoria zona... 53 7.1. Análise das violações do direito à vida e à saúde com relação à categoria faixa etária.... 54 7.1.3 Análise das violações do direito à vida e à saúde com relação à categoria sexo... 55 7.1.4 Análise das violações do direito à vida e à saúde com relação à categoria cor... 56 7.1.5 Análise das violações do direito à vida e à saúde com relação à categoria agente violador... 57 7. As Violações do Direito à Liberdade, Respeito e à Dignidade... 58 7..1 Análise das violações do direito à liberdade, respeito e a dignidade com relação à categoria zona. 58 7.. Análise das violações do direito à liberdade, respeito e a dignidade com relação à categoria faixa etária... 59 7..3 Análise das violações do direito à liberdade, respeito e a dignidade com relação à categoria sexo.. 6 7..4 Análise das violações do direito à liberdade, respeito e a dignidade com relação à categoria cor... 61 7..5 Análise das violações do direito à liberdade, respeito e a dignidade com relação à categoria agente violador... 6 7.3 As Violações do Direito à Convivência Familiar e Comunitária... 63 7.3.1 Análise das violações do direito à convivência familiar e comunitária com relação à categoria zona 63 7.3. Análise das violações do direito à convivência familiar e comunitária com relação à categoria faixa etária... 64 7.3.3 Análise das violações do direito à convivência familiar e comunitária com relação à categoria sexo... 65 7.3.4 Análise das violações do direito à convivência familiar e comunitária com relação à categoria cor.... 66 7.3.5 Análise das violações do direito à convivência familiar e comunitária com relação à categoria agente violador... 67 7.4 As Violações do Direito à Educação, a Cultura, ao Esporte e ao Lazer... 68 7.4.1 Análise das violações do direito à educação, a cultura, ao esporte e ao lazer com relação a categoria zona... 68

7.4. Análise das violações do direito á educação, a cultura, ao esporte e ao lazer com relação à categoria faixa etária... 69 7.4.3 Análise das violações do direito à educação, a cultura, ao esporte e ao lazer com relação à categoria sexo... 7 7.4.4 Análise das violações do direito à educação, a cultura, ao esporte e ao lazer com relação à categoria cor... 71 7.4.5 Análise das violações do direito á educação, a cultura, ao esporte e ao lazer com relação à categoria agente violador... 7 7.5 As Violações do Direito à Profissionalização e a Proteção ao Trabalho... 73 7.5.1 Análise das violações do direito à profissionalização e a proteção ao trabalho com relação à categoria zona... 73 7.5. Análise das violações do direito à profissionalização e a proteção ao trabalho com relação à categoria faixa etária... 74 7.5.3 Análise das violações do direito à profissionalização e a proteção ao trabalho com relação à categoria sexo... 75 7.5.4 Análise das violações do direito à profissionalização e a proteção ao trabalho com relação à categoria cor... 76 7.5.5 Análise das violações do direito à profissionalização e a proteção ao trabalho com relação à categoria agente violador... 77 7.6 Análise geral das violências: correlação dos indicadores de violência com a população infantojuvenil dos municípios da regional... 78 8 APRESENTAÇÃO DAS VIOLAÇÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA REGIONAL DE FOZ DO IGUAÇU 8 8.1 As Violações do Direito à Vida e à Saúde... 81 8.1.1 Análise das violações do direito à vida e à saúde com relação à categoria zona... 81 8.1. Análise das violações do direito à vida e à saúde com relação à categoria faixa etária... 8 8.1.3 Análise das violações do direito à vida e à saúde com relação à categoria sexo... 83 8.1.4 Análise das violações do direito à vida e à saúde com relação à categoria cor... 84 8.1.5 Análise das violações do direito à vida e à saúde com relação à categoria agente violador... 85 8. As Violações do Direito à Liberdade, Respeito e a Dignidade... 86 8..1 Análise das violações do direito à liberdade, respeito e a dignidade com relação à categoria zona. 86 8.. Análise das violações do direito à liberdade, respeito e a dignidade com relação à categoria faixa etária... 87 8..3 Análise das violações do direito à liberdade, respeito e a dignidade com relação à categoria sexo.. 88 8..4 Análise das violações do direito à liberdade, respeito e a dignidade com relação à categoria cor... 89

8..5 Análise das violações do direito à liberdade, respeito e a dignidade com relação à categoria agente violador... 9 8.3 As Violações Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária... 9 8.3.1 Análise das violações do direito à convivência familiar e comunitária com relação à categoria zona 91 8.3. Análise das violações do direito à convivência familiar e comunitária com relação à categoria faixa etária... 9 8.3.3 Análise das violações do direito à convivência familiar e comunitária com relação à categoria sexo 93 8.3.4 Análise das violações do direito à convivência familiar e comunitária com relação à categoria cor 94 8.3.5 Análise das violações do direito à convivência familiar e comunitária com relação à categoria agente violador... 95 8.4 As Violações do Direito à Educação, a Cultura, ao Esporte e ao Lazer... 96 8.4.1 Análise das violações do direito à educação, a cultura, ao esporte e ao lazer com relação à categoria zona... 96 8.4. Análise das violações do direito á educação, a cultura, ao esporte e ao lazer com relação à categoria faixa etária... 97 8.4.3 Análise das violações do direito à educação, a cultura, ao esporte e ao lazer com relação à categoria sexo... 98 8.4.4 Análise das violações do direito à educação, a cultura, ao esporte e ao lazer com relação à categoria cor... 99 8.4.5 Análise das violações do direito á educação, a cultura, ao esporte e ao lazer com relação à categoria agente violador... 1 8.5 As Violações do Direito à Profissionalização e a Proteção ao Trabalho... 11 8.5.1 Análise das violações do direito à profissionalização e a proteção ao trabalho com relação à categoria zona... 11 8.5. Análise das violações do direito à profissionalização e a proteção ao trabalho com relação à categoria faixa etária... 1 8.5.3 Análise das violações do direito à profissionalização e a proteção ao trabalho com relação à categoria sexo... 13 8.5.4 Análise das violações do direito à profissionalização e a proteção ao trabalho com relação à categoria cor... 14 8.5.5 Análise das violações do direito à profissionalização e a proteção ao trabalho com relação à categoria agente violador... 15 8.6 Análise geral das violências: correlação dos indicadores de violência com a população infantojuvenil na regional... 16 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 19

LISTA DE FIGURAS Figura 1 Mapa da Regional do Polo Regional da Unioeste... Figura Mapa da Regional de Cascavel... 1 Figura 3 Mapa da Regional de Francisco Beltrão... 1 Figura 4 Mapa da Regional de Foz do Iguaçu... 14

LISTA DE GRÁFICOS Regional de Cascavel Gráfico 1 Sexo... 16 Gráfico Escolaridade... 17 Gráfico 3 Faixa etária... 17 Gráfico 4 Tempo de atuação... 18 Gráfico 5 Profissão anterior... 19 Regional Francisco Beltrão Gráfico 6 Sexo... Gráfico 7 Escolaridade... Gráfico 8 Faixa etária... 1 Gráfico 9 - Tempo de atuação... 1 Gráfico 1 Profissão anterior... Regional de Foz Do Iguaçu Gráfico 11 Sexo... 3 Gráfico 1 Escolaridade... 4 Gráfico 13 Faixa etária... 4 Gráfico 14 Tempo de atuação... 5 Gráfico 15 - Profissão anterior... 6 Gráfico 16 - Violações dos Direitos Fundamentais Regional de Cascavel... 7 Gráfico 17 - Violação do Direito à Vida e à Saúde Categoria Zona... 3 Gráfico 18 - Violação do Direito à Vida e à Saúde Categoria Faixa Etária... 31 Gráfico 19 - Violação do Direito à Vida e à Saúde Categoria Sexo... 3 Gráfico - Violação do Direito à Vida e à Saúde - Categoria Cor... 33 Gráfico 1 - Violação do Direito à Vida e à Saúde - Categoria Agente Violador... 34 Gráfico Viol. do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade Cat. Zona... 35 Gráfico 3 - Violação do Direito à Liberd., ao Respeito e à Dig. Cat. Faixa Etária... 36 Gráfico 4 - Violação do Direito à Liberd., ao Respeito e à Dignidade Cat. Sexo... 36 Gráfico 5 - Violação do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade Cat. Cor... 37 Gráfico 6 - Violação do Direito à Lib., ao Respeito e à Dig. Cat. Agente Violador... 38 Gráfico 7 - Violações do Direito à Convivência Familiar e Comunitária Cat. Zona... 39 Gráfico 8 - Violações do Direito à Conv. Familiar e Comunitária Cat. Faixa Etária... 4

Gráfico 9 - Violações do Direito à Conv. Familiar e Comunitária Categoria Sexo... 41 Gráfico 3 - Violações do Direito à Conv. Familiar e Comunitária Categoria Cor... 41 Gráfico 31 -Violações do Direito à Conv. Familiar e Comunitária Cat. Ag. Violador... 4 Gráfico 3 - Violação do Direito à Educ., à Cultura ao Esp. e ao Lazer- Cat. Zona... 43 Gráfico 33 Viol. do Direito à Educ., à Cultura ao Esp. e Lazer- Cat. Faixa Etária... 44 Gráfico 34 - Violação do Direito à Educ., à Cultura ao Esp. e ao Lazer- Cat. Sexo... 45 Gráfico 35 - Violação do Direito à Educ., à Cultura ao Esp. e ao Lazer- Cat. Cor... 45 Gráfico 36 - Violação do Direito à Educ., à Cultura ao Esp. e ao Lazer- Ag. Violador... 46 Gráfico 37 - Violação do Direito à Prof. e à Proteção no Trabalho Cat. Zona... 47 Gráfico 38 - Violação do Direito à Prof. e à Prot.o no Trabalho Cat. Faixa Etária... 48 Gráfico 39 - Violação do Direito à Prof. e à Proteção no Trabalho Cat. Sexo... 49 Gráfico 4 - Violação do Direito à Prof. e à Proteção no Trabalho Cat. Cor... 5 Gráfico 41 - Violação do Direito à Prof. e à Prot. no Trabalho Cat. Ag. Violador... 51 Gráfico 4 - Violações dos direitos fundamentais Regional de Francisco Beltrão... 5 Gráfico 43 Violação do Direito à Vida e à Saúde Categoria Zona... 53 Gráfico 44 Violação do Direito à Vida e à Saúde Categoria Faixa Etária... 54 Gráfico 45 Violação do Direito à Vida e à Saúde Categoria Sexo... 55 Gráfico 46 Violação do Direito à Vida e à Saúde Categoria Cor... 56 Gráfico 47 Violação do Direito à Vida e à Saúde Categoria Agente Violador... 57 Gráfico 48 Violação do Direito à liberdade, respeito e a dignidade Cat. Zona... 58 Gráfico 49 Violação do Direito à lib., respeito e a dignidade Cat. Faixa Etária... 59 Gráfico 5 Viol. do Direito à liberdade, respeito e a dignidade Categoria Sexo... 6 Gráfico 51 Violação do Direito à liberdade, respeito e a dignidade Categoria Cor... 61 Gráfico 5 Violação do Direito à liberdade, respeito e a dignidade Categoria... 6 Gráfico 53 Violação do Direito à convivência familiar e comunitária Cat. Zona... 63 Gráfico 54 Violação do Direito à conviv. familiar e comumun. Cat. Faixa Etária... 64 Gráfico 55 Violação do Direito à convivência familiar e comunitária Cat. Sexo... 65 Gráfico 56 Violação do Direito à convivência familiar e comunitária Cat. Cor... 66 Gráfico 57 Violação do Direito à conviv. familiar e comunitária Cat. Ag. Violador... 67 Gráfico 58 Violação do Direito à educ., a cultura, ao esp. e ao lazer Cat. Zona... 68 Gráfico 59 Viol. Direito à educ. à cult., ao esporte e ao lazer Cat. Faixa Etária... 69 Gráfico 6 Viol. do Direito à educ. à cultura, ao esporte e ao lazer Cat.Sexo... 7 Gráfico 61 Viol. do Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer Cat. Cor... 71 Gráfico 6 Viol. do Direito à educ., à cultura, ao esp. e lazer Cat. Ag. Violador... 7 Gráfico 63 Violação do Direito à prof. e à proteção ao trabalho Categoria Zona... 73 Gráfico 64 Violação do Direito à prof. e à proteção ao trabalho Cat. Faixa Etária... 74

Gráfico 65 Violação do Direito à prof. e à proteção ao trabalho Categoria Sexo... 75 Gráfico 66 Violação do Direito à prof. e à proteção ao trabalho Categoria Cor... 76 Gráfico 67 Violação do Direito à prof. e à proteção ao trabalho Cat. Ag. Violador... 77 Gráfico 68 - Violações dos direitos fundamentais Regional de Foz do Iguaçu... 8 Gráfico 69 Violação do Direito à Vida e à Saúde - Categoria Zona... 81 Gráfico 7 Violação do Direito à Vida e à Saúde - Categoria Faixa Etária... 8 Gráfico 71 Violação do Direito à Vida e à Saúde - Categoria Sexo... 83 Gráfico 7 Violação do Direito à Vida e à Saúde - Categoria Cor... 84 Gráfico 73 Violação do Direito à Vida e à Saúde - Categoria Agente Violador... 85 Gráfico 74 Violação do direito à liberdade, respeito e a dignidade Cat. Zona... 86 Gráfico 75 Violação do direito à liberdade, respeito e a dignidade Cat. Faixa Etária... 87 Gráfico 76 Violação do direito à liberdade, respeito e a dignidade - Categoria Sexo... 88 Gráfico 77 Violação do direito à liberdade, respeito e a dignidade - Categoria Cor... 89 Gráfico 78 Violação do direito à liberdade, respeito e a dignidade Cat. Ag. Violador... 9 Gráfico 79 Violação do Direito à convivência familiar e comunitária Cat. Zona... 91 Gráfico 8 Violação do Direito à conv. familiar e comunitária Cat. Faixa Etária... 9 Gráfico 81 Violação do Direito à convivência familiar e comunitária Cat. Sexo... 93 Gráfico 8 Violação do Direito à convivência familiar e comunitária Cat. Cor... 94 Gráfico 83 Viol. do Direito à conv. familiar e comunitária Cat. Agente Violador... 95 Gráfico 84 Viol. Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer Cat. Zona... 96 Gráfico 85 Viol. Direito à educação, à cultura, ao esp.e lazer Cat. Faixa Etária... 97 Gráfico 86 Viol. Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer Cat. Sexo... 98 Gráfico 87 Viol. Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer Cat. Cor... 99 Gráfico 88 Viol. Direito à educação, à cultura, ao esp. e lazer Cat. Ag. Violador... 1 Gráfico 89 Violação do Direito à prof. e à proteção ao trabalho Categoria Zona... 11 Gráfico 9 Violação do Direito à prof. e à proteção ao trabalho Cat. Faixa Etária... 1 Gráfico 91 Violação do Direito à prof. e à proteção ao trabalho Categoria Sexo... 13 Gráfico 9 Violação do Direito à prof. e à proteção ao trabalho Categoria Cor... 14 Gráfico 93 Violação do Direito à prof. e à proteção ao trabalho Cat. Ag. Violador... 15

LISTA DE QUADROS Quadro 1 Datas de solicitação e entrega dos relatórios... 8 Quadro - Regional de Cascavel... 11 Quadro 3 - Regional de Francisco Beltrão... 13 Quadro 4 - Regional de Foz do Iguaçu... 15 Quadro 5 - Dados dos municípios, população infanto-juvenil x fatos... 79 Quadro 6 - Dados dos municípios, população infanto-juvenil x fatos... 17 Quadro 7 Dados dos municípios constando o tempo inicial... 18

APRESENTAÇÃO GERAL O presente Relatório compreende a síntese da ação pesquisa/diagnóstico, com uma parte das atividades desenvolvidas, no ano de 7, na V Etapa do Programa de Capacitação Permanente na Área de Infância e da Adolescência do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente CEDCA. Integraram a realização dessa V Etapa os seguintes órgãos: Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescentes do Estado do Paraná CEDCA, Instituto de Ação Social do Paraná - IASP (atualmente Secretaria de Estado da Criança e da Juventude SECJ), Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia SETI, Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social SETP e Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE. O trabalho que se segue apresenta, sob a forma de um Diagnóstico, os resultados da investigação procedida nos 76 municípios da área de abrangência da UNIOESTE, como parte integrante da intitulada Pesquisa Estadual Sobre Violência Contra a Criança e Adolescente Subsídios para o Plano Estadual de Enfretamento à Violência Contra Criança e Adolescente. O conteúdo desse Diagnóstico é apresentado na forma de gráficos, os quais são seguidos de uma breve análise sobre os dados coletados e sistematizados. Tais dados foram originalmente coletados nos registros de denúncias nos Conselhos Tutelares dos municípios que integram a área de abrangência da UNIOESTE. Este Diagnóstico foi construído mediante um processo participativo que contou com a atuação de Conselheiros Tutelares dos municípios que integram a Regional de Cascavel, a Regional de Francisco Beltrão e a Regional de Foz do Iguaçu. Como fonte de coleta dos dados utilizouse os Fatos, relativos ao ano de 6, registrados no Sistema de Informação Para a Infância e Adolescência SIPIA. Esse Documento apresenta uma visão global sobre a realidade das violações e das práticas de violência contra crianças e adolescentes. A intenção é que se possa encontrar formas de prevenir e de lidar com essa questão. Para isso, o conteúdo do trabalho fornece informações sobre a incidência de diversos tipos de violência contra crianças e adolescentes dentro das famílias, escolas, instituições assistenciais e instituições de privação de liberdade. Espera-se que esses resultados colaborem com a visibilidade da real situação das violações de direitos a que estão sujeitas crianças e adolescentes brasileiros. O objetivo é que o Estado e a rede de proteção da sociedade civil, que atua em prol da defesa dos direitos de criança e adolescentes, possam rever as normas, os instrumentos e os programas a fim de estimular e fortalecer as ações e os serviços de proteção contra as violações dos direitos, assegurando o que preceitua o Estatuto da Criança e do Adolescente. 1

MAPA1 - Municipios pertencentes ao Polo Regional da UNIOESTE Regional de Cascavel Regional de Francisco Beltrão Regional de Foz do Iguaçu Fonte: Ipardes/ reelaborado pela equipe de pesquisa - 7

1 - INTRODUÇÃO A partir de determinadas condições históricas que imputaram a muitos indivíduos a experiência da vida em condições indignas e degradantes, foi se construindo um consenso internacional sobre a necessidade de criar legislações e parâmetros essenciais para a garantia de direitos inerentes à condição humana. Refletindo essa intenção política pode citar a Declaração dos Direitos Humanos. No Brasil as lutas para a conquista de direitos não são tão novas, contudo é recente o movimento de torná-las registro legal. Na Constituição Federal de 1988 estão contempladas muitas das referências da Declaração dos Direitos Humanos. Entretanto, para dar-lhe maior operacionalidade jurídica sentiu-se a necessidade de criar leis ordinárias, as elas destaca-se o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.69/199. Com a progressiva implementação desse Estatuto está se procurando garantir como prioritários a qualquer outro, os direitos das crianças e adolescente. A finalidade é assegurar o desenvolvimento biopsicossocial e a formação de cidadãos, independente de cor, sexo, classe social ou religião. Nesses 17 (dezessete) anos de existência do ECA, apesar do muito ainda a se fazer, já se avançou no reconhecimento da criança e do adolescente como um sujeito de direitos em condição peculiar de desenvolvimento. Contudo, grandes são os entraves encontrados por aqueles que em seu dia a dia buscam efetivar a proteção aos direitos das crianças e adolescentes. O desconhecimento dessa Lei, por grande parte da população brasileira, bem como a incorreta ou até a não compreensão de seus princípios básicos, podem justificar muitas dessas dificuldades. Mas, é fato inconteste que com o ECA o Brasil compromete-se com oferta de melhores condições de vida para sua população infanto-juvenil, adotou a Doutrina da Proteção Integral em substituição a Doutrina da Situação Irregular. Busca-se a garantia do direito à vida, à educação, à saúde, à convivência familiar para a formação do indivíduo, desde sua infância, a aposta é de que a oferta de uma vida digna represente um maior crescimento da nação. Para atuar na defesa e garantia dos direitos fundamentais, inscritos no ECA, órgãos competentes precisam instruir as condições e viabilizar o acesso a esses direitos, que de fato eles estejam presentes no cotidiano destas crianças e adolescentes. A Constituição de 88 e o ECA estabelecem que a responsabilidade pelo zelo desses direitos deva ser compartilhada pela Família, Sociedade e Estado. Nesse sentido, diante das situações das violações, essas instâncias não podem se omitir, calar-se ou negligenciar as informações. As violações dos direitos das crianças e/ou dos adolescentes não têm um padrão definido, elas podem ocorrer tanto nas famílias pobres como nas abastadas e em qualquer uma das fases da infância 3

ou adolescência. A violação é um fenômeno complexo que deve ser abordado de maneira aprofundada porque ocorre em todas as classes e grupos sociais e atinge indistintamente aos meninos e as meninas. É verificada tanto dentro da família como no convívio na sociedade. Para além da fragilidade imposta pela desigualdade social, outros fatores estão presentes e concorrem para explicar a incidência da violência contra crianças e adolescentes. Dentre eles destacamse: a história familiar passada ou presente de violência doméstica; a ocorrência de perturbações psicológicas entre os membros das famílias; o despreparo para a maternidade e/ou paternidade de pais jovens, a gravidez indesejada; práticas educativas muito rígidas e autoritárias; o isolamento social das famílias que evitam desenvolver intimidade com pessoas de fora do pequeno círculo familiar; a ocorrência de práticas hostis ou negligentes em relação às crianças e fatores circunstanciais diversos que colocam as crianças frente a situações de risco. Tornou-se frequente as notícias de casos de extrema violência praticadas contra crianças e adolescentes. Os meios de comunicação informam sobre maus tratos, violência sexual, exploração do trabalho, dentre tantos outros abusos. São fatos estarrecedores que causam comoção momentânea, mas logo em seguida a vida segue o seu curso normal. Daí a importância de se conhecer e saber identificar as faces que compõem este mundo no qual há o abuso, sexual, a violência física, a violência psicológica, a falta de moradia, a falta de atendimento médico dentre tantas outras situações mencionadas ao longo desse Diagnóstico. Para a defesa dos direitos fundamentais é imprescindível fortalecer o Sistema de Garantia dos Direitos, por meio do apoio técnico e/ou financeiro dos órgãos do Poder Executivo e Judiciário e da implantação de políticas públicas com finalidade preventiva. É necessário o comprometimento de toda a sociedade. A indignação tardia não traz de volta a vida, a saúde, o sorriso, a ingenuidade e a pureza de uma criança. A proteção da criança e do adolescente contra qualquer forma de violência é um dever de toda sociedade. 4

- OBJETIVOS.1 - OBJETIVO GERAL Subsidiar as ações do Plano Estadual de Enfretamento à Violência no que se refere à implantação de políticas públicas de atenção à população infanto-juvenil no Estado do Paraná e orientar a Secretaria Nacional de Direitos Humanos no direcionamento dos recursos e programas do Governo Federal através da produção de indicadores oficiais do Estado. (Projeto da Coordenação Estadual para a V Etapa da Capacitação, 6).. - OBJETIVOS ESPECÍFICOS Apresentar a sociedade os maiores índices de violação de direitos das crianças e adolescentes, bem como a origem destas violações e Indicar através dos dados, as características das crianças/adolescentes que sofreram violação dos seus direitos. (Projeto da Coordenação Estadual para a V Etapa da Capacitação, 6). 5

3 - METODOLOGIA Esta pesquisa utilizou como instrumento o software SIPIA Sistema de Informação Para a Infância e Adolescência, instalado na maioria dos municípios do Estado em seus respectivos Conselhos Tutelares. O referido software possui uma base de dados que é alimentada com os Fatos, os registros dos atendimentos efetuados pelos conselheiros tutelares. A base de dados estabelece itens tipificados, de acordo as prerrogativas instituídas pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), isto é, os registros das violações são categorizados a partir dos Direitos Fundamentais, quais sejam: - Direito à Vida e à Saúde; - Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade; - Direito à Convivência Familiar e Comunitária; - Direito à Educação, ao Esporte à Cultura e ao Lazer; - Direito à Profissionalização e Proteção no Trabalho. O processo de investigação teve como eixo norteador a categorização das violações e teve início no mês de abril de 7. Tendo em vista que o direcionamento da pesquisa compreendia a coleta e a sistematização dos registros dos fatos constantes no SIPIA para o ano de 6, a estratégia metodológica adotada compreendeu o processo de coleta de dados em três momentos, denominados de tempos : tempo zero (T ); tempo um (T 1 ) e; tempo dois (T ). No T, meses de abril e maio, o objetivo foi o de verificar como estava a situação de registro de fatos para os municípios da região de abrangência da UNIOESTE. Pois, como haveria a interferência de um Curso de Capacitação durante todos os demais momentos da coleta de dados, o que se queria observar era o quanto, num curto período de tempo, já se poderia usufruir dos aprendizados do Curso. Para isso, então, procedeu-se a coleta dos dados no site do Ministério da Justiça (MJ) 1, no link do Sistema de Informação Para a Infância e Adolescência (SIPIA), no diretório geográfico do Estado do Paraná. A coleta referiu-se ao período de 1/1/6 a 31/1/6 para todos os municípios paranaenses, uma vez que o site não permitia nenhum tipo filtragem em seus relatórios de consulta. O procedimento de coleta em T o foi consideravelmente curto, pois o objetivo era buscar os dados para então agrupá-los de acordo com o plano de trabalho estabelecido. Observando os dados gerais dos 399 municípios do Paraná, constatou-se que somente 356 municípios haviam efetuado os registrados no SIPIA e enviado para o portal do MJ. Na totalização destes registros computou-se 43.968 fatos, ou seja, 43.968 registros de violação de direitos da criança e do adolescente, em relação ao período de análise (Anexo 1). 1 www.mj.gov.br/sipia 6

Seguindo-se a fase da coleta passou-se a trabalhar no agrupamento dos municípios pertencentes a nossa área de investigação, que perfazem 76 municípios, subdivididos em 3 Regionais, seguindo-se o recorte da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social (SETP), sendo a Regional de Cascavel com 34 municípios; a Regional de Foz do Iguaçu com 15 municípios e a Regional de Francisco Beltrão com 7 municípios. Para facilitar a visualização e o agrupamento por Regional, coloriu-se cada um dos municípios segundo o padrão de cor de cada Regional: Cascavel, amarela; Foz do Iguaçu, rosa e; Francisco Beltrão, verde (Anexo ). Esse primeiro momento de investigação, (T ), teve a duração de 45 dias e permitiu averiguar a situação individual do registro de cada município. A partir disso, preliminarmente, passou-se a ter uma ideia dos municípios que aparentemente apresentavam dificuldades/problemas para o processo de alimentação do SIPIA. Outro aspecto relevante a ser mencionado é que durante esta fase da investigação membros da Equipe de Pesquisa da UNIOESTE verificaram a ocorrência de alguns problemas técnicos no portal do Ministério da Justiça, quando da realização da busca/pesquisa no SIPIA. Essas constatações foram imediatamente repassadas ao Sr. Marcos Kohls - Coordenador Estadual do SIPIA. As informações coletadas no T foram importantes para a condução da pesquisa. Ao se detectar que vários municípios estavam com poucos registros, e/ou registros defasados, e que havia 6 (seis) municípios sem registro algum no sistema, diante dessa realidade, utilizando-se os espaços das aulas do Curso de Capacitação começou-se um intenso um trabalho de conscientização e de estimulação do conselheiros tutelares para que passassem a utilizar o Sistema. Passou-se a instruí-los para que procedessem à inclusão dos atendimentos realizados referente ao período de 6 e que não haviam sido registrados no Sistema. A isso também se somou o esforço de resgate dos arquivos que porventura tivessem sido danificados. A pretensão era tornar possível a impressão dos relatórios que seriam solicitados na sequência. Para o período da análise, verificou-se que não tinham nenhum registro de fato do SIPIA, no site do MJ, os seguintes municípios: Céu Azul, Ibema e Quatro Pontes (Regional de Cascavel), Ampére, Pranchita e Verê (Regional de Francisco Beltrão), Itaipulândia (Regional de Foz do Iguaçu). Em contrapartida, com relação aos fatos registrados constatou-se que na Regional de Cascavel totalizou-se 3.77, na Regional de Francisco Beltrão totalizou-se 4.491 e na Regional de Foz do Iguaçu totalizou-se.67, para o período de 1/1/6 a 31/1/6. A partir desse momento a Coordenação da Pesquisa dividiu a Equipe de pesquisadores para melhor direcionar as atividades, responsabilizando a cada um pela obtenção dos dados de uma Regional. Mediante as informações obtidas, o passo seguinte foi o de estabelecer um intervalo de tempo entre o momento da solicitação e o da entrega dos Relatórios solicitados a cada Conselho Tutelar. Foi 7

repassado um comunicado/orientação a todos os 76 municípios no sentido de esclarecer o porquê da realização da Pesquisa, bem como a sua finalidade dentro da V Etapa. No mesmo comunicado foi especificado cada um dos Relatórios, que deveriam ser impressos (seguindo as especificações que foram repassadas pela Coordenação Estadual do SIPIA). Nele, também, constava o intervalo de tempo entre a data da solicitação e entrega dos Relatórios impressos, esse período foi denominado como Tempo um (T 1 ). A entrega do comunicado/orientação a cada conselheiro tutelar deu-se mediante a comprovação de recebimento (assinatura de retirada do documento), (Anexo 3) e ocorreu em sala de aula, observando a distribuição das turmas e calendários de aulas do Curso de Capacitação da V Etapa. Para a entrega dos Relatórios impressos, estabeleceu-se um período de tempo não inferior a 4 dias, entre a solicitação e devolução. Conforme quadro demonstrativo a seguir: Quadro 1 Datas de solicitação e entrega dos relatórios TURMAS DATA DE SOLICITAÇÃO (T 1 ) DATA DE ENTREGA (T 1 ) AMPÉRE 15/6/7 3/8/7 CASCAVEL (A) 14/6/7 6/7/7 CASCAVEL (B) 1/6/7 5/7/7 FCO BELTRÃO (A) 16/6/7 1/7/7 FCO BELTRÃO (B) 3/6/7 4/8/7 FOZ DO IGUAÇU 11/6/7 16/7/7 M.C. RONDOM 14/6/7 19/7/7 TOLEDO (A) 14/6/7 19/7/7 TOLEDO (B) 1/6/7 4/7/7 Fonte: Dados da pesquisa Além desse comunicado/orientação, foi necessário fazer outros contatos para garantir que houvesse a entrega dos Relatórios na datas estipulada. Esses contatos consistiram no trabalho de Assessoria, visto que procedia toda uma orientação quanto ao manuseio do SIPIA. Algumas delas foram feitas através de e-mail e outras via telefone, em alguns casos se fez necessária a visita in loco, nas dependências do Conselho Tutelar, para estimular e orientar os conselheiros tutelares quanto ao necessário empenho para a inserção dos dados no Sistema e posterior impressão dos Relatórios. Para organizar a recepção do material, elaborou-se uma planilha de recebimento (Anexo 3) para controle das entregas. Os municípios que não enviaram o material na data pré-estabelecida, a Equipe entrou em contato para averiguar o motivo da não entrega e se havia necessidade de auxílio para a impressão dos Relatórios solicitados. Os trabalhos da Equipe caminharam no sentido de buscar a complementação dos Relatórios que chegaram incompletos e intervir junto aos municípios que ainda não haviam enviado os Relatórios. A entrega em atraso dos Relatórios, bem como os ajustes que precisaram ser feitos nos documentos entregues em T1, mas que não estavam corretos, juntamente com a atividade de 8

Assessoria através de telefone, e-mail, ou in loco em alguns dos Conselhos Tutelares foi denominado como Tempo dois (T ). Esse momento teve o propósito de intensificar as ações no sentido de obter os dados necessários para a finalização da investigação. Para isso novas intervenções ocorreram: a) por contatos telefônicos, através das quais se obteve a complementação dos dados de alguns municípios, b) por envio de e-mails, contendo as orientações mais detalhadas para impressão dos Relatórios, c) acompanhamentos diretos aos Conselhos Tutelares, muitas vezes, inclusive, solucionando problemas técnicos de informática ou estruturais e d) recuperação de fonte, (dois) municípios enviaram o backup do arquivo de dados do SIPIA. Toda essa interlocução com os Conselhos Tutelares foi decisiva para assegurar que nenhum município deixasse de entregar os Relatórios. Para a Regional de Cascavel (34 municípios) a entrega ficou estabelecida entre o dia 19/7/7 até 6/7/7. Nas datas pré-estabelecidas 4 municípios entregaram no T 1, mas isso não quer dizer que todos os Relatórios estavam corretos. Os demais municípios da Regional que não mandaram no prazo estipulado foram enviando gradativamente, conforme solucionavam problemas encontrados. Para a Regional de Francisco Beltrão (7 municípios) a entrega ficou estabelecida entre o dia 1/7/7 até 4/8/7. Nas datas pré-estabelecidas 4 municípios entregaram no T 1, mas isso não quer dizer que todos os Relatórios estavam corretos. Os demais municípios da Regional foram enviando gradativamente. Para a Regional de Foz do Iguaçu (15 municípios) o período entre a solicitação e a entrega ficou estabelecido entre o dia 11/6/7 até 19/7/7. Nas datas pré-estabelecidas 9 municípios entregaram no T 1. Contudo, em alguns casos os Relatórios não vieram completos, sendo necessário fazer novas intervenções junto aos Conselhos Tutelares para reimpressão ou complementação. De posse dos Relatórios, o trabalho de pesquisa tomou uma outra dimensão e os municípios que inicialmente estavam sem nenhum registro, realizaram a tarefa com sucesso e conseguiram alimentar o banco de dados do SIPIA, gerando os Relatórios. Para a Regional de Cascavel o município de Céu Azul se recusou a inserir os registros do período solicitado. Para a Regional de Foz do Iguaçu a recusa da impressão dos Relatórios foi do município de Santa Terezinha de Itaipu, convém destacar que nesse caso, os dois municípios alegaram questões externas não vinculadas aos trabalhos da Pesquisa. Finalizado o trabalho de coleta dos Relatórios, passou-se para o agrupamento dos dados. Seguindo a orientação inicial a tabulação foi feita pela análise das categorias Zona, Faixa Etária, Sexo, Cor e Agente Violador, todas essas para cada um dos cinco direitos fundamentais. Com a finalidade de proporcionar ao leitor uma compreensão quantitativa da extensão das violações, procurou-se correlacioná-las com o número total da população infanto-juvenil de cada município, tendo como fonte a atualizada, em 7, base de dados populacional do IBGE. Os registros dos fatos de cada município integram os números da Regional a que ele está vinculado. Desta forma, os trabalhos de sistematização e de análise se reportam à realidade de uma dada abrangência Regional. 9

4 - APRESENTAÇÃO DAS REGIONAIS 4.1 - REGIONAL DE CASCAVEL Os dados são apresentados na forma de gráficos seguidos de uma breve análise das violações e de sua relação com algumas características dos 34 municípios que integram a Regional de Cascavel (Quadro 3). Espera-se que as informações aqui dispostas orientem os órgãos competentes sobre a situação da garantia dos direitos da criança/adolescente na Regional de Cascavel. Figura - Mapa da Regional de Cascavel Fonte: Ipardes/PR Reelaborado pela equipe da pesquisa - 7 1

11 Quadro - Regional de Cascavel Municípios Contagem da População - 7 Anahy.868 Assis Chateaubriand 3.33 Boa Vista da Aparecida 7.818 Braganey 6.44 Cafelândia 13.65 Campo Bonito 4.46 Capitão Leônidas Marques 13.66 Cascavel 85.784 Catanduvas 9.38 Céu Azul 1.914 Corbélia 15.48 Diamante D'Oeste 3.68 Diamente do Sul 4.944 Formosa do Oeste 7.53 Guaraniaçu 15.971 Ibema 5.97 Iguatu.86 Iracema do Oeste.58 Jesuítas 8.85 Lindoeste 5.446 Maripá 5.571 Matelândia 15.44 Nova Aurora 11.734 Nova Santa Rosa 7.58 Ouro Verde do Oeste 5.465 Palotina 7.55 Quatro Pontes 3.669 Santa Lúcia 3.75 Santa Tereza do Oeste 9.378 São Pedro do Iguaçu 6.54 Toledo 19.857 Três Barras do Paraná 11.77 Tupãssi 7.755 Vera Cruz do Oeste 9.99 Total da Regional 693.88 Fonte: IBGE, 7

4. - REGIONAL DE FRANCISCO BELTRÃO A Regional de Francisco Beltrão é composta por 7 municípios localizados no sudoeste do Estado, compreendendo, em sua maioria, municípios de pequeno porte, com exceção da cidade polo, Francisco Beltrão nenhuma outra possui mais de 5. habitantes (IBGE, 7). Todos os municípios da Regional possuem Conselho Tutelar estruturado e participante no combate às violações dos direitos das crianças e adolescentes. Figura 3 - Mapa da Regional de Francisco Beltrão Fonte: Ipardes/PR Reelaborado pela equipe da pesquisa 7 1

Quadro 3 - Regional de Francisco Beltrão MUNICÍPIO POPULAÇÃO IBGE/7 AMPÉRE 17.67 BARRACÃO 9.7 BELA VISTA DA CAROBA 4.136 BOA ESP. DO IGUAÇU.866 BOM JESUS DO SUL 3.835 CAPANEMA 18.13 CRUZEIRO DO IGUAÇU 4.15 DOIS VIZINHOS 34.1 ENEAS MARQUES 5.974 FLOR DA SERRA DO SUL 4.685 FRANCISCO BELTRÃO 7.49 MANFRINÓPOLIS 3.36 MARMELEIRO 13.156 NOVA ESP. DO SUDOESTE 5.18 NOVA PRATA DO IGUAÇU 1.45 PÉROLA D' OESTE 7.46 PINHAL DE SÃO BENTO.54 PLANALTO 13.649 PRANCHITA 5.811 REALEZA 15.89 RENASCENÇA 6.76 SALGADO FILHO 4.666 SALTO DO LONTRA 1.48 SANTA IZABEL DO OESTE 11.434 STO. ANTÔNIO DO SUDOESTE 18.565 SÃO JORGE DO OESTE 8.879 VERÊ 8. Fonte: IBGE, 7 13

4.3 - REGIONAL DE FOZ DO IGUAÇU A Regional de Foz do Iguaçu é composta por 15 municípios localizados no oeste do Estado, compreendendo, em sua maioria, municípios de pequeno porte, com exceção da cidade polo, Foz do Iguaçu nenhuma outra possui mais de 5. habitantes (IBGE, ). Todos os 15 municípios da Regional possuem Conselho Tutelar, porém alguns deles relatam a existência de alguns problemas estruturais, como a questão de equipamentos. Porém, todos estão funcionando e atuando no combate às violações dos direitos das crianças e adolescentes. Figura 4 - Mapa da Regional de Foz do Iguaçu Fonte: Ipardes/PR Reelaborado pela equipe da pesquisa - 7 14

De acordo com o art. 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente, em cada município deve estar instalado, no mínimo, um Conselho Tutelar. Contudo, em algumas localidades há necessidade de um número maior de Conselhos, seja pela dimensão da população infanto-juvenil, seja pela quantidade de demandas ao Conselho ou, ainda, pela extensão e características territoriais do município. A cidade de Foz do Iguaçu que alcançou o índice populacional de 311.336 (quadro 3) habitantes (IBGE, 7), está necessitando da implementação de outro Conselho Tutelar. Além do fato de ser uma cidade de fronteira que tem evidenciado números importantes de violências e de violações de direitos contra a criança e adolescente. Quadro 4 - Regional de Foz do Iguaçu Municípios Contagem da População - 7 Entre Rios do Oeste 3.84 Foz do Iguaçu 311.336 Guairá 8.683 Itaipulândia 8.581 Marechal Cândido Rondon 44.56 Medianeira 38.397 Mercedes 4.713 Missal 1.41 Pato Bragado 4.631 Ramilândia 4.147 Santa Helena.794 Santa Terezinha de Itaipu 19.55 São José das Palmeiras 3.873 São Miguel do Iguaçu 5.341 Serranópolis do Iguaçu 4.37 Total 535.191 Fonte: IBGE, 7 15

5 - PERFIL DOS CONSELHEIROS TUTELARES DAS REGIONAIS Simultaneamente ao processo da pesquisa nos registros do SIPIA sobre a violência contra criança e ao adolescente, a Equipe de trabalho elaborou e realizou um levantamento de dados sobre os conselheiros tutelares inscritos para o Curso de Capacitação da V Etapa, teve-se como fonte de pesquisa a Ficha de Cadastro desses conselheiros. Os dados se referem ao ano de 7 e a sistematização das informações teve o objetivo de proporcionar uma visão panorâmica sobre algumas características do perfil desses conselheiros tutelares, que tinham a responsabilidade de atualizar as informações do SIPIA relativas aos atendimentos dos Fatos no ano de 6 e também de gerar os Relatórios solicitados, que evidenciam as situações das violações ocorridas nas realidades municipais. As informações estão organizadas segundo as categorias sexo, escolaridade, faixa etária, tempo de atuação, profissão anterior e estado civil. 5.1 - Regional de Cascavel Para a confecção desse breve perfil tomou-se como amostra aleatória de 64 das 81 Fichas de Cadastros dos conselheiros tutelares inscritos como cursistas nas turmas da Regional de Cascavel, obtendo 79% da amostra. Para a sistematização, elegeu-se as seguintes categorias de análise: sexo; escolaridade; faixa etária; tempo de atuação e profissão anterior. 5.1.1 - Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação ao sexo Gráfico 1 - Sexo 4% 76% Masculino Feminino Fonte: Dados da pesquisa 16

Setenta e seis por cento dos conselheiros da Regional são mulheres e vinte e quatro por cento são homens, o que passa a explicitar a feminização do espaço de atuação dos Conselhos Tutelares. 5.1. - Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação à escolaridade Gráfico Escolaridade 7 6 5 4 3 1 1% 57% 1% 1º Grau º Grau 3º Grau Incompleto % 7% 3º Grau Pós Graduação Fonte: Dados da pesquisa A maioria dos conselheiros tutelares tem o Ensino Médio completo, vinte e dois por cento estão com o Curso Superior, sete por cento com pós-graduação e apenas um por cento com Ensino fundamental. Em termos gerais o nível educacional está bom, pois possibilita uma maior compreensão a respeito das leis que regem a atuação dessa modalidade de Conselho. 5.1.3 - Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação à faixa etária Gráfico 3 Faixa etária 4 35 3 5 15 1 5 35% 31% 6% 6% 1% a 3 anos 31 a 4 anos 41 a 5 anos 51 a 6 anos Mais de 6 Fonte: Dados da pesquisa 17

Predominante é a faixa etária que varia entre os e 5 anos. Isto evidencia que as pessoas que estão atuando nos Conselhos são pessoas mais maduras e com algum tempo de incursão no mercado de trabalho. O que propicia experiências que podem auxiliar no desenvolvimento das atividades de conselheiro. 5.1.4 - Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação ao tempo de atuação como conselheiro Gráfico 4 Tempo de atuação 5 45 4 35 3 5 15 1 5 46% Menos de 1 ano 37% 9% 3% 3% 1 a anos 3 a 4 anos 5 a 6 anos 7 anos ou mais 3% Sem informação Fonte: Dados da pesquisa Quanto ao Tempo de Atuação no Conselho, verificou-se que a maioria tem, no máximo, até dois anos. Isto indica recentes processos de eleições. Além do que, quinze por cento está usufruindo o direito de recondução (segundo mandato). 18

5.1.5 - Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação à profissão anterior a de conselheiro Gráfico 5 Profissão anterior 1 11 1 9 8 6 4 1 5 3 1 4 1 1 5 1 3 6 1 1 1 1 5 1 Administrador Agente de Saúde 1 Agricultor Assistente Administrativo Caixa Comerciante Costureira Cozinheira Do Lar Doméstica Estudante Funcioário Público Manicure Motorista Operador de Sistema Pedreiro Professor Secretaria/ Balconista Sem informação Vendedora Vigilante Bancário Zeladora Fonte: Dados da pesquisa Com relação à Ocupação Anterior (antes de assumir o mandato) ao conselho, a maioria era professor, assistente administrativo. Percebe-se uma diversidade de profissões. E isto muda de uma Regional para outra. Em síntese, compreende o breve perfil desses conselheiros tutelares as seguintes condições: são mulheres cuja idade varia entre 5 e 5 anos, com tempo de atuação variando entre menos de 1 ano e até dois anos de experiência no ofício do mandato de conselheiro, com experiência profissional bem diferenciadas advindas das áreas da Educação e do Comércio. 5. - Regional Francisco Beltrão Nessa Regional foram escolhidas aleatoriamente 54 fichas de inscrição do total de 68 conselheiros inscritos no curso de capacitação. Considerando que inicialmente tinha-se conselheiros inscritos por município, obtivemos 8% da amostra da regional dos conselheiros inscritos no inicio do curso de capacitação. 19

5..1 - Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação ao sexo Gráfico 6 Sexo 3% 7% Feminino Masculino Fonte: Dados da pesquisa 5.. - Perfil dos conselheiros tutelares da regional com relação à escolaridade Gráfico 7 Escolaridade 6 5 4% 4 3 1 15% 48% 15% 7% 11% 1º Grau º Grau Incompleto º Grau 3º Grau 3º Grau Incompleto Pos Graduado Fonte: Dados da pesquisa