Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

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DE ÓRGÃO DE EXECUÇÃO FISCAL EXECUÇÃO FISCAL CUSTAS TAXA DE JUSTIÇA

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Alegou, tendo concluído:

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FORMALIDADE AVISO DE RECEPÇÃO ASSINATURA DO AVISO POR PESSOA DIVERSA DO DESTINATÁRIO

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ECLI:PT:TRE:2006:

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Acordam os juízes da secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo:

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Concluiu as suas alegações da seguinte forma:

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NOTIFICAÇÃO DO ACTO DE LIQUIDAÇÃO NOTIFICACÃO POR CARTA REGISTADA COM AVISO DE RECEPÇÃO PRESUNÇÃO OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO FISCAL

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REVERSÃO DE EXECUÇÃO OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO FISCAL IMPUGNAÇÃO JUDICIAL CONVOLAÇÃO

Acordam nesta Secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo: Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

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OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO FISCAL INEXIGIBILIDADE DA DÍVIDA EXEQUENDA RECURSO JUDICIAL DECISÃO DE APLICAÇÃO DE COIMA

PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO RESPONSÁVEL SUBSIDIÁRIO DESPACHO DE REVERSÃO

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Transcrição:

Página 1 de 6 Acórdãos STA Processo: 01523/14 Data do Acordão: 20-05-2015 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: ARAGÃO SEIA Descritores: Sumário: Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo OPOSIÇÃO EXECUÇÃO APENSAÇÃO EXCEPÇÃO DILATÓRIA Nº Convencional: JSTA000P19040 Nº do Documento: SA22015052001523 Data de Entrada: 18-12-2014 Recorrente: A... Recorrido 1: FAZENDA PÚBLICA Votação: UNANIMIDADE Aditamento: Texto Integral I - Não é legalmente admissível a dedução de uma única oposição contra diversas execuções fiscais que não se encontram apensadas; II - Trata-se de excepção dilatória inominada que obsta ao conhecimento do mérito da oposição. Texto Integral: Acordam os juízes da secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo: A.., inconformado, recorreu da sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra (TAF de Coimbra) datada de 20 de Março de 2014, que indeferiu liminarmente a oposição que tinha deduzido às execuções nº 0710201101047035, 071020070103422, e 0710200701003151, contra ele revertidas, com fundamento em prescrição das dívidas exequendas do ano de 2007. O recurso foi enviado ao TCA Norte que por decisão de 13 de Outubro de 2014, se julgou incompetente em razão da hierarquia, entendendo ser competente o STA, para onde os autos foram remetidos. Alegou, tendo concluído como se segue: I-O Recorrente não pode concordar com o entendimento sufragado na Douta Decisão, uma vez que considera que ao premiar-se a inércia e eventual negligência da Autoridade Tributária, a qual devia ter procedido à apensação dos processos já que estavam reunidas as condições para o efeito, coloca-se o cidadão numa posição de desigualdade injusta e inaceitável. II-Com efeito, e dentro do objectivo plasmado no artigo 179 do C.P.P.T, as Reversões às quais o ora Recorrente se opõe, foram instruídas com base nos mesmos

Página 2 de 6 fundamentos, em relação à mesma pessoa, e inclusive, foram remetidas para efeitos de citação no mesmo dia ao Recorrente. III-Autoridade Tributária não procedeu à apensação como devia, impondo um ónus monetário ao cidadão, que em muitas situações obriga a que o mesmo já não se possa defender por falta de possibilidade de pagar as taxas de justiça. IV-No modesto entender do Recorrente, este tipo de actuação não se coaduna com a boa administração da justiça e fere os princípios da igualdade e do acesso ao direito consagrados nos artigos 13 e 20 da C.R.P. V-Assim, podia e devia o Douto Tribunal ter procedido oficiosamente à apensação das oposições, ao abrigo do disposto do artigo 288 n. 3 do C.P.P.T. VI-Apenas nesta foram finalmente ouvidas as testemunhas, sendo certo que a sessão de 14 de Outubro de 2011, apenas serviu para as alegações orais dos respectivos mandatários das partes, sendo a última sessão com data de 21 de Outubro de 2011, a resposta aos quesitos, em que não esteve presente nenhuma das partes ou seus mandatários, tudo cfr. as actas que aqui se juntam como doc. 2, 3, 4 e 5. VII-Há por isso erro na Interpretação e aplicação do Direito. VIII-Na sequência do nosso modesto raciocínio, consideramos que o Senhor Juiz a quo violou os artigos 179, 188, 278º e 288 n. 3 do C.P.P.T e os artigos 13 e 20 da C.R.P, entre outros. Termos em que nos Doutamente supridos e nos mais de Direito, devem Vossas Excelências julgar procedente o presente Recurso, e proferir Douto Acórdão que revogue a Decisão Recorrida, ordenando-se a apensação das oposições e admitindo-se a oposição deduzida pelo Recorrente, seguindo-se os ulteriores termos do processo assim se fazendo Justiça!!! Não houve contra-alegações. O Ministério Público, notificado pronunciou-se pela improcedência do recurso. Em síntese, entende, no sentido da sentença, de que nos presentes autos não pode o recorrente cumular oposições pois as diferentes execuções não se encontram apensas. Colhidos os vistos legais, cumpre decidir.

Página 3 de 6 Matéria de facto relevante para a decisão deste recurso: -O despacho recorrido indeferiu liminarmente a presente oposição por a mesma se destinar a contraditar diversas execuções que não se encontram apensadas, citando para o efeito o acórdão do STA datado de 28/11/2012, recurso n.º 0840/12; -Esta oposição vem deduzida contra 3 execuções fiscais que não se encontram apensadas entre si, conforme informação do OEF constante do ofício de fls. 41. Nada mais há com interesse. Há agora que conhecer do recurso que nos vem dirigido. Como ponto prévio impõe-se referir que a conclusão VI das alegações de recurso não diz respeito à matéria em discussão dos autos, uma vez que faz referência a diligências judiciais ocorridas em data anterior à do próprio despacho -24/09/2013- que ordenou a reversão das execuções contra o aqui recorrente. Esta questão que vem colocada no presente recurso já não é nova, sendo que este Supremo Tribunal tem reiteradamente decidido de modo uniforme que não é legalmente admissível a dedução de uma única oposição contra diversas execuções fiscais que não estão apensadas constitui excepção dilatória inominada que obsta ao conhecimento do mérito daquela, cfr. acórdãos datados de 14/09/2011, recurso n.º 0242/11 e de 02/07/2014, recurso n.º 0390/14. No essencial, escreveu-se nesses acórdãos, respigandose do texto do mais recente que: No caso, a recorrente deduz oposição aos processos de execução fiscal nº 1112201101125621, nº 1112201101125656, nº 1112201101129870, nº 1112201101125630 e nº 1112201101125648 (invocando como fundamento de oposição, quer a prescrição do procedimento contra-ordenacional que determinou a condenação nas coimas a que se reportam as quantias exequendas, quer a prescrição das próprias coimas, quer a inexistência de responsabilidade sua por não ser ela conduziu o veículo nas datas em questão e não ter, por isso, cometido os respectivos ilícitos contraordenacionais). Mas os processos de execução não estão, por sua vez, apensados entre si. Com efeito, apesar da alegação da recorrente (na Conclusão F) no sentido de que os processos de execução fiscal se encontravam todos na mesma fase,

Página 4 de 6 quando foi deduzida a oposição à execução fiscal e no sentido (Conclusões K a M) de que é seu entendimento que os processos devem até considerar-se como estando apensados, o que é verdade é que a decisão recorrida os julgou não apensados (como, aliás, decorre dos autos). Ora, apesar de ter tramitação processual autónoma, a oposição à execução fiscal caracteriza-se como contestação a esta. Por isso, «a oposição a dois processos de execução fiscal distintos não pode ser concretizada através de uma única oposição, mesmo considerando a circunstância de a fundamentação de facto e de direito poder ser idêntica relativamente às duas oposições» (neste sentido, cfr. os acs. deste STA, de 5/12/2007, 9/9/2009, 14/9/2011, 25/1/2012 e 28/11/2012, nos procs. nºs. 795/07, 0521/09, 242/11, 802/11 e 840/12, respectivamente). E sendo certo, todavia, que é legalmente permitida a apensação de processos de execução, nos termos do art. 179º do CPPT (desde que corram contra o mesmo executado e se encontrem na mesma fase), essa decisão de apensação inscreve-se na competência do órgão da execução fiscal [ao qual compete, não obstante a natureza judicial do processo de execução fiscal (nº 1 do art. 103º da LGT), praticar neste processo os actos de natureza não jurisdicional, designadamente os relativos à apensação de execuções fiscais (arts. 151º e 179º do CPPT), apreciando a conveniência e oportunidade da apensação e devendo fazê-lo se as execuções se encontrarem na mesma fase (nºs. 1 e 2 do art. 179 do CPPT)]. Assim, não tendo o recorrente requerido a apensação das execuções em causa, também não cabia ao Tribunal recorrido (contrariamente ao alegado na Conclusão H), verificar os pressupostos e decidir a apensação dos processos executivos em causa. Sendo que a dedução da oposição a execuções fiscais que não estão apensadas constitui «razão obstativa do conhecimento do mérito daquela e, por isso, uma excepção dilatória inominada, nos termos do artigo 493º do CPC, excepção dilatória inominada, porque não consta do elenco meramente exemplificativo do artigo 494º do mesmo CPC e que, evidentemente, determina o indeferimento liminar da oposição, nos termos do artigo 234º-A do CPC.» (citado acórdão do STA, de 5/12/2007). E embora seja certo que nem sempre a verificação de uma excepção dilatória deverá conduzir à decisão de absolvição da instância [já que, mesmo que a excepção subsista, por a falta ou irregularidade não ter sido sanada,

Página 5 de 6 não haverá lugar à absolvição da instância quando, destinando-se a tutelar o interesse de uma das partes, nenhum outro motivo obste, no momento da apreciação da excepção, a que se conheça do mérito da causa e a decisão deva ser integralmente favorável a essa parte cfr. o disposto no nº 3 do art. 278º do (novo) CPC], tal circunstancialismo não se verifica no caso vertente: «a exigência de que seja deduzida uma oposição relativamente a cada execução fiscal que não esteja apensada, não visa tutelar o interesse das partes, designadamente o do oponente; visa, isso sim, assegurar o interesse público da boa administração da justiça, sabido que se pode tornar inviável para o tribunal apreciar uma contestação a diversas execuções que não estão apensadas e que até podem estar em fase processuais completamente distintas, eventualmente, até em serviços de finanças diferentes, bem como lhe será impossível, a final, dar cumprimento ao disposto no art. 213.º do CPPT, que prescreve que a oposição, quando terminada, deverá ser apensada ao processo de execução fiscal.» (citado ac. do STA, de 25/1/2012, proc. nº 802/11). De todo o modo, o direito de defesa da oponente não ficará comprometido, pois que sempre poderá valer-se da faculdade que lhe concede (Cfr. Jorge Lopes de Sousa, Código de Procedimento e de Processo Tributário anotado e comentado, 6ª ed., Vol. III, anotação 12 ao art. 206º, pp. 543 a 545, considerando juridicamente adequadas estas soluções.) o nº 2 do citado art. 279º do novo CPC (correspondente ao anterior art. 289º) e apesar de ter optado pela interposição do presente recurso, em vez de apresentar novas oposições, nem mesmo assim perdeu ainda a oportunidade de usar daquela faculdade, pois o prazo se conta a partir da notificação deste acórdão, considerando-se a oposição deduzida na data em que a primeira petição foi apresentada ao órgão de execução fiscal (Neste sentido, em situação de indeferimento liminar da Petição Inicial, cfr. o autor e local citados, anotação 6 ao art. 209º, p. 556.) cfr. Jorge Lopes de Sousa, loc. cit. vol. III, p. 556). Tendo-se sufragado esta doutrina na sentença recorrida, não se vê agora que se deva decidir em sentido contrário, tanto mais que os argumentos esgrimidos pelo recorrente nas suas alegações não são idóneos a rebater fundamentadamente a posição já anteriormente assumida por este Supremo Tribunal, pelo que, o recurso não merece provimento.

Página 6 de 6 Face ao exposto, os juízes deste Supremo Tribunal Administrativo acordam, em conferência, em negar provimento ao recurso. Custas pelo recorrente. D.n. Lisboa, 20 de Maio de 2015. Aragão Seia (relator) Casimiro Gonçalves Francisco Rothes.