Apresentação. Ou seja, um livro preparado não só para quem quer ser bem-sucedido em processos seletivos, mas também na carreira médica. Bom estudo!

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Transcrição:

Apresentação Mesmo depois da faculdade, o estudante de Medicina que segue em busca de especializações e atualizações constantes costuma encontrar dificuldades, notadamente a concorrência acirrada no ingresso de centros e programas de Residência Médica e as complexas provas dos concursos para obtenção de título de especialista. Pensado justamente para esse público, o volume SIC Título de Especialista em Cardiologia apresenta uma adaptação na íntegra dos exames originais de 2014 e 2012, além da prova na íntegra 2013, com questões comentadas, das questões Medcel, com base nos assuntos mais exigidos neste concurso, e das questões selecionadas de outras edições do TEC, todas detalhadamente comentadas por renomados especialistas. Ou seja, um livro preparado não só para quem quer ser bem-sucedido em processos seletivos, mas também na carreira médica. Bom estudo!

Índice Adaptação da prova na íntegra TEC 2014...7 Prova na íntegra e questões comentadas TEC 2013... 45 Adaptação da prova na íntegra TEC 2012...85 Questões...119 Comentários...171

Assessoria didática Mário Barbosa Guedes Nunes Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Especialista em Clínica Médica pelo Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (Pará). Especialista em Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Bárbara Maria Ianni Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Título de especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Livre-docente pela FMUSP. Rafael Munerato de Almeida Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Clínica Médica pela Santa Casa de São Paulo. Especialista em Cardiologia e em Arritmia Clínica pelo Instituto do Coração (InCOR), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).

QUESTÕES

SIC TÍTULO DE ESPECIALISTA EM CARDIOLOGIA 1. É correto afirmar, sobre as valvopatias: a) na estenose mitral, extrassístoles atriais predizem o surgimento de fibrilação atrial em médio e longo prazo, por isso devem ser tratadas com antiarrítmicos b) a avaliação da elegibilidade do portador de estenose mitral para tratamento percutâneo é essencialmente ecocardiográfica, levando em conta 4 critérios área valvar, mobilidade, espessamento e calcificação das cúspides c) palpitações são queixas frequentes dos portadores de valvopatia aórtica, enquanto dor torácica e síncope são mais frequentes em pacientes com doença mitral d) em pacientes assintomáticos, com sopro cardíaco, porém de baixa probabilidade para cardiopatia estrutural, porém que não pode ser descartada pela clínica, eletrocardiograma ou radiografia de tórax, a ecocardiografia tem indicação classe I e) no Brasil, o prolapso de valva mitral é a 2ª causa mais comum de insuficiência mitral 2. É incorreto afirmar, sobre o conceito epidemiologia e prevenção da hipertensão arterial, que: a) a hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial marcada por níveis altos e sustentados de pressão arterial. É associada comumente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo e a alterações metabólicas, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais b) com o aumento da PA a partir de 115x75mmHg de forma linear, contínua e independente, a mortalidade por doença cardiovascular cresce progressivamente c) no Brasil, o predomínio de hipertensão arterial é superior nas mulheres d) há um baixo nível de controle da hipertensão arterial no Brasil e) no Brasil, algumas regiões possuem taxas de tratamento e controle da hipertensão arterial melhores do que em outros países, em especial em municípios do interior com ampla cobertura do Programa de Saúde da Família QUESTÕES 3. Na redução de acidente vascular encefálico em idosos, qual dos seguintes fármacos tem pouco impacto? a) clortalidona b) atenolol c) losartana d) nitrendipino e) perindopril 4. Um idoso de 86 anos com sopro sistólico, em focos da base, intensidade (3+/6+), configuração em diamante, com pico tardio, rude, irradiado para carótidas e fúrcula; apresenta também sopro sistólico, audível no foco mitral, intensidade (2+/6+), 121

QUESTÕES configuração em diamante, com timbre piante. Não aumenta com decúbito lateral esquerdo. O diagnóstico correto seria: a) estenose pulmonar grave e insuficiência mitral moderada b) estenose aórtica moderada e insuficiência mitral moderada c) insuficiência mitral grave d) estenose aórtica grave e) insuficiência aórtica grave 5. Sobre o diagnóstico de insuficiência cardíaca sistólica, pode-se afirmar que: a) para o diagnóstico, a determinação de prognóstico e para a avaliação de resposta terapêutica, deve sempre ser feita a dosagem de BNP/pró-BNP b) o ecocardiograma não tem recomendação de rotina na avaliação inicial dos pacientes, mas sempre na alteração do quadro clínico c) para a especificação da etiologia, cinecoronariografia deve ser feita em todos os doentes d) em indivíduos com história de doença coronariana e angina, a angiotomografia coronariana é imprescindível e) em pacientes com doença arterial coronariana, ponderados para revascularização miocárdica, procedimentos de avaliação não invasiva de viabilidade miocárdica são recomendados 6. Um indivíduo de 68 anos com história de angioplastia coronariana há 2 anos apresenta palpitações de começo súbito. PA = 120x80mmHg, ausculta pulmonar normal, nega síncope. Para esse doente, com o traçado eletrocardiográfico a seguir, qual é o procedimento inicial? 122 a) verapamil b) manobra vagal c) cardioversão elétrica sincronizada d) adenosina e) desfibrilação imediata 7. Um paciente de 59 anos apresenta um quadro de infarto agudo do miocárdio com menos de 60 minutos de evolução e é submetido a uma coronariografia imediata, ilustrada a seguir:

COMENTÁRIOS

SIC TÍTULO DE ESPECIALISTA EM CARDIOLOGIA Classe I - BAVT congênito, assintomático, com ritmo de escape de QRS largo, com cardiomegalia progressiva ou com FC inadequada para a idade; - BAVT adquirido, assintomático, de etiologia chagásica ou degenerativa; - BAVT irreversível, permanente ou intermitente, consequente à ablação da junção do nó atrioventricular. Classe IIa - BAV 2º grau tipo avançado, assintomático, permanente ou intermitente e irreversível ou persistente após 15 dias de cirurgia cardíaca ou infarto agudo do miocárdio; - BAV 2º grau tipo II, QRS estreito, assintomático, permanente ou intermitente e irreversível; - BAV 2º grau com flutter atrial ou FA, assintomático, com frequência ventricular média <40bpm em vigília, irreversível ou por uso de fármaco necessário e insubstituível; - BAV 2º grau consequente à cirurgia cardíaca, assintomático, persistente > 15 dias, com QRS estreito ou ritmo de escape nodal e boa resposta cronotrópica; - BAVT grau congênito assintomático, com QRS estreito, má resposta cronotrópica, sem cardiomegalia, com arritmia ventricular expressiva ou QT longo; - BAV 2º grau consequente à cirurgia cardíaca sem perspectiva de reversão <15 dias; - Pacientes assintomáticos com intervalo HV >100ms espontâneo. Classe IIb - BAV 2º grau tipo avançado, assintomático, permanente ou intermitente e irreversível não relacionada a cirurgia cardíaca ou infarto agudo do miocárdio; - BAV 2º grau tipo 2:1, assintomático, permanente ou intermitente e irreversível associado a arritmias ventriculares que necessitam de tratamento medicamentoso com fármacos insubstituíveis depressores da condução atrioventricular; - BAVT congênito assintomático, com QRS estreito, boa resposta cronotrópica, sem cardiomegalia, com arritmia ventricular expressiva ou QT longo; - Bloqueio de ramo bilateral, assintomático. Gabarito = A Questão 150. Conforme a Diretriz Brasileira de Valvopatias, pacientes com estenose aórtica sintomáticos (classe funcional II, III e IV, síncope ou dor torácica) com gradiente importante, independente da disfunção ventricular esquerda, já têm indicação classe I para o tratamento cirúrgico dessa estenose. Gabarito = A COMENTÁRIOS Questão 151. O curso clínico da CIA normalmente é assintomático, porém pode evoluir com sintomas inespecíficos. Em adultos, os sintomas mais comuns são a intolerância ao esforço (dispneia de esforço e fadiga) e as palpitações (secundárias a períodos de arritmia supraventricular). Raramente podem apresentar sinais de insuficiência cardíaca direita e infecções respiratórias. Gabarito = D 223

COMENTÁRIOS Questão 152. Como defeito isolado, a comunicação interventricular é a 2ª alteração congênita cardíaca mais comum (de 30 a 40%), perdendo para a valva aórtica bicúspide. O tipo perimembranoso é o mais habitual (80%). O fechamento espontâneo pode ocorrer infrequentemente no adulto, principalmente na forma muscular, porém esse fenômeno é mais comum na infância, de correção espontânea até os 10 anos em 90% dos casos. O risco de endocardite não é desprezível, ocorrendo em 2 a cada 1.000 casos/ano, de incidência 6 vezes maior que na população normal. A repercussão hemodinâmica e os sintomas são diretamente proporcionais à gravidade do defeito, sendo as comunicação interventriculares restritivas geralmente assintomáticas, com pouco risco de piora clínica e sem indicação de fechamento cirúrgico. Um defeito perimembranoso em posição imediatamente subaórtica pode estar associado a regurgitação aórtica progressiva. Gabarito = D Questão 153. Com o crescente aumento da prevalência do HIV, é importante ficar atento às complicações cardiovasculares impostas por essa condição e pelo tratamento antirretroviral. O HIV pode se manifestar no sistema cardiovascular sob várias facetas patológicas: disfunção ventricular sistólica e/ou diastólica, miocardite, derrame pleural, pericardite, endocardite infecciosa, endocardite trombótica não bacteriana, hipertensão pulmonar, aterosclerose, arritmias, disautonomia e outras. Didaticamente, analisaremos item por item. a) Uma ampla variedade de agentes etiológicos parece estar envolvida com a cardiomiopatia associada ao HIV, incluindo infecções miocárdicas pelo HIV propriamente dito, infecções oportunistas, infecções virais, resposta autoimune à infecção viral, cardiotoxicidade das drogas terapêuticas ou ilícitas, deficiências nutricionais, hiperexpressão de citocinas e outros. Até 60% dos pacientes tiveram contato com alguma infecção oportunista antes do início dos sintomas. b) A radiografia de tórax apresenta baixa sensibilidade e especificidade para a detecção de insuficiência cardíaca congestiva nos pacientes infectados pelo HIV (incorreta). c) A miocardiopatia associada ao HIV apresenta inicialmente uma disfunção diastólica para, mais tardiamente, evoluir com déficit sistólico, fase em que os indivíduos podem ser assintomáticos ou se apresentar em insuficiência cardíaca classe III ou IV (incorreta). d) Os casos de disfunção em que há infecção do interstício e não dos miócitos são secundários a miocardite, e não a cardiomiopatia associada ao HIV (incorreta). Gabarito = A 224