AS PERSPECTIVAS DOS ALUNOS DO 6ª ANO SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS AULAS DE REFORÇO EM MATEMÁTICA

Documentos relacionados
REFORÇO ESCOLAR PARA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO, INSTRUMENTO DE AUXÍLIO AO PROCESSO DE ENSINO DE MATEMÁTICA

REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DOCENTE NO ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO EM ITAPETINGA-BA: FORMAÇÃO INICIAL EM FÍSICA

MATEMÁTICA, AGROPECUÁRIA E SUAS MÚLTIPLAS APLICAÇÕES. Palavras-chave: Matemática; Agropecuária; Interdisciplinaridade; Caderno Temático.

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID. Detalhamento de SUBPROJETO (Licenciatura)

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO CAMPUS SÃO ROQUE

DIFICULDADES RELATADAS POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NO PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA: ESTUDO DE CASO DE ESCOLAS ESTADUAIS EM GRAJAÚ, MARANHÃO 1

Antônia Pereira da Silva Graduanda em Letras-Português pelo PARFOR da Universidade Federal do Piauí

Aprovação do curso e Autorização da oferta

A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS COMO ALTERNATIVA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

OS SENTIDOS DA INTERDISCIPLINARIDADE NO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

A importância da avaliação no processo de ensino da matemática

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O PENSAR E O FAZER NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

ETNOMATEMÁTICA E LETRAMENTO: UM OLHAR SOBRE O CONHECIMENTO MATEMÁTICO EM UMA FEIRA LIVRE

PIBID: Química no ensino médio- a realidade do ensino de química na escola Estadual Professor Abel Freire Coelho, na cidade de Mossoró-RN.

CONSTRIBUIÇÕES DO PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE

O USO DE NOVAS FERRAMENTAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL FELIPE RODRIGUES DE LIMA BARAÚNA/PB.

Número % A B C D E Total A B C D E. Questão

A VISÃO DA ESCOLA SEGUNDO OS ALUNOS DO OITAVO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA VIVÊNCIA DO ESTÁGIO E PIBID

O JOGO COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS

O ENSINO DE BOTÂNICA COM O RECURSO DO JOGO: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS.

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS EXPERIMENTOS DEMONSTRATIVOS NAS AULAS DE QUÍMICA

JOGOS GEOMÉTRICOS: UMA MANEIRA DIFERENCIADA DE SE APRENDER MATEMÁTICA

PLANO DE ENSINO. Curso: LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Componente Curricular: ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E GESTÃO ES- COLAR

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO NO SEXTO ANO DO ESNINO FUNDAMENTAL

A RELEVÂNCIA DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) NA FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS DO CURSO DE MATEMÁTICA DO IFPI - CAMPUS

AS DIFICULDADES DO PROFESSOR NO ENSINO DA GEOMETRIA ESPACIAL NAS ESCOLAS ESTADUAIS NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ

AVALIAÇÃO DA DIFICULDADE NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DOS EDUCANDOS EM RELAÇÃO À MATEMÁTICA

Ingrid Janaína dos Santos Ferreira 1 ; Paulo Cézar Pereira Ramos 2 ; Maria Aparecida dos Santos Ferreira 3 INTRODUÇÃO

NOTA TÉCNICA No 001/2014

INSTRUÇÃO NORMATIVA PROET Nº 3 DE 20 DE ABRIL DE Assunto: Recuperação Paralela

A MATEMÁTICA NO COTIDIANO: RECONHECENDO E TRABALHANDO COM SITUAÇÕES QUE ENVOLVEM FUNÇÕES

INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA

PLANO DE AÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I: ANALISANDO AS DIFICULDADES DOS ALUNOS DE UM CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Eixo Temático ET Educação Ambiental A PRÁTICA DOCENTE E A CONSTRUÇÃO DE NOVAS FORMAS DE SE PERCEBER E INTERVIR NO MEIO AMBIENTE

As contribuições das práticas laboratoriais no processo de Ensino-Aprendizagem na área de Química

O PAPEL DO TCC NA FORMAÇÃO DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

LABORATÓRIO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA: UM AMBIENTE PRÁTICO, DINÂMICO E INVESTIGATIVO

O PIBID DIVERSIDADE NA ESCOLA DO CAMPO: O CASO DAS ATIVIDADES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS VOLTADAS PARA A OBMEP

O USO DE JOGOS COMO PRÁTICA EDUCATIVA

O JOGO DAS TRÊS PISTAS COMO PROPOSTA DIDÁTICA NO ENSINO DE ZOOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência PIBID/CAPES/UNESP

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS CENTROS ESTADUAIS DE TEMPO INTEGRAL PROJETO DE VIDA. Professoras: Marcoelis Pessoa e Silvana Castro

Fabiana Moraes de Oliveira

AS DIFICUDADES NO ENSINO DA MATEMÁTICA PARA ALUNOS SURDOS NA EREM MACIEL MONTEIRO NO MUNICÍPIO DE NAZARÉ DA MATA, PE

A CONCEPÇÃO DO BOM PROFESSOR PARA OS BOLSISTAS DO PIBID SUBPROJETO EDUCAÇÃO FÍSICA

PORTFÓLIO - DO CONCEITO À PRÁTICA UNIVERSITÁRIA: UMA VIVÊNCIA CONSTRUTIVA

UMA ANÁLISE DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA EM LIVROS DIDÁTICOS

RACISMO E EDUCAÇÃO: O PAPEL DA ESCOLA NA CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE ANTIRRACISTA

A IMPORTÂNCIA DOS LIVROS DIDÁTICOS NO ENSINO DE QUÍMICA: UMA ANÁLISE DOS LIVROS DE QUÍMICA NA ESCOLA ESTADUAL ORLANDO VENÂNCIO DOS SANTOS

O PAPEL DO LABORATÓRIO NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

DIAGNÓSTICO DO ENSINO E APRENDIZADO DA CARTOGRAFIA NOS DIFERENTES NÍVEIS DE FORMAÇÃO

O papel da monitoria na formação acadêmica no curso de Pedagogia da UEG Inhumas

PEREIRA, Ana Célia da R. Autora Professora da Escola Municipal Prof. Anísio Teixeira

OBSERVAÇÃO DOS EFEITOS DO JOGO BATALHA NAVAL CIRCULAR NO ESTUDO DO CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO

Palavras-chave: Jogos. Brincadeiras. Ensino e Aprendizagem em Matemática.

PIBID GEOGRAFIA NA MEDIAÇÃO ENTRE A ESCOLA E A UNIVERSIDADE COMO ESPAÇOS DE FORMAÇÃO DOCENTE

JOGO LA VOUIVRE: SERPENTES E ESCADAS COMO FACILITADOR DO ENSINO DE QUIMICA ORGÂNICA

STOP MOTION: UMA FERRAMENTA LÚDICA NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DO ENSINO DAS LIGAÇÕES QUÍMICAS. Apresentação: Pôster

A INFLUÊNCIA DA MATEMÁTICA NOS BORDADOS

Proposta de melhoria da formação de professores da educação básica através da criação de clube de ciências e cultura

Tema - EDUCAÇÃO BRASILEIRA: Perspectivas e Desafios à Luz da BNCC

LER, COMPREENDER E ESCREVER: A CONSTRUÇÃO DO ALUNO LEITOR

EXPERIMENTOTECA: UM RECURSO DIDÁTICO PARA AUXILIAR A APRENDIZAGEM NO ENSINO DE QUÍMICA

Monitoria pedagógica: contribuições no processo de ensino-aprendizagem na área de exatas no IF sudeste MG - campus Rio Pomba

O USO DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA POR PROFESSORES NO ENSINO FUNDAMENTAL

Fanfarra um toque além da música. Pôster

COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO: WHATSAPP MESSENGER COMO FERRAMENTA DE CONTRIBUIÇÃO E CONSTRUÇAÕ PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA.

ELABORAÇÃO DE UMA PROPOSTA CURRICULAR PARA AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA A PARTIR DO PROJETO PEDAGÓGICO DA ESCOLA FÉLIX ARAÚJO

O ESTUDO DA FUNÇÃO DO 1º GRAU ATRAVÉS DA ANÁLISE DA CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA

A IMPORTÂNCIA DO USO DE JOGOS DIDÁTICOS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DE QUÍMICA

CONCEPÇÃO DOS ESTUDANTES EM FORMAÇÃO NA LICENCIATURA EM QUÍMICA DO IFCE IGUATU- SOBRE A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE QUÍMICA.

CONTRIBUIÇÕES DO PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE: VISÕES E REFLEXÕES DOS BOLSISTAS LICENCIANDOS DO IFNMG-CAMPUS SALINAS

REFORÇO EXTRACLASSE: QUEBRANDO BARREIRAS ENTRE O ENSINO E A APRENDIZAGEM 1

DCN DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS

COMUNICAÇÕES ORAIS - AVALIAÇÃO A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA : CONCEPÇÕES DOCENTES NO ENSINO FUNDAMENTAL

O PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO DOCENTE NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA NO CAMPUS AMAJARI - IFRR: PERCEPÇÕES, DESAFIOS E PERSPECTIVAS

O TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR: ANALISE, REFLEXÃO E FORMAÇÃO EM FOCO.

AMPLIANDO CONHECIMENTOS EM GEOMETRIA

O REFORÇO NAS AULAS DE LÍNGUA ESPANHOLA

A INSERÇÃO DO PIBID NA SALA DE AULA: RELATO DE UMA PRÁTICA DE ENSINO VIVENCIADA 1

PROJETO DE PESQUISA. Vitória da Conquista, dezembro de 2014.

A DISCIPLINA DE DIDÁTICA NO CURSO DE PEDAGOGIA: SEU PAPEL NA FORMAÇÃO DOCENTE INICIAL

PERCEPÇÃO DE PROFESSORES SOBRE O ENSINO DE CIÊNCIAS À ALUNOS CEGOS NO INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO, CAXIAS, MA

CRIATIVIDADE E PRODUÇÃO TEXTUAL: PRÁTICAS DE INCENTIVO À LEITURA

Girleane Rodrigues Florentino, Bruno Lopes Oliveira da Silva

UTILIZAÇÃO DE JOGOS DE TABULEIROS COMO MOTIVADOR PARA UM ENSINO EM GRUPO

ABORDAGEM LÚDICA NAS AULAS DE FÍSICA: UTILIZAÇÃO DE UM JOGO SOBRE ASTRONOMIA

Planejamento Escolar 2019

A IMPLANTAÇÃO DO LÚDICO AO ENSINO DA TABELA PERIÓDICA (TP)

Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem. (Mário Quintana).

UMA PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS A PARTIR DOS PROBLEMAS DO ENEM (EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO)

A VISÃO DA DISCIPLINA DE FÍSICA PELA ÓTICA DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO IFPI Apresentação: Pôster

FORMAÇÃO CONTINUADA: COMPREENDENDO O PROCESSO DE QUALIFICAÇÃO DE PROFESSORES A PARTIR DE UM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO

AVALIE ENSINO MÉDIO 2013 Questionário do Professor

A INSERÇÃO DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SOMBRIO

POEB - POLÍTICAS E ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

O IMPACTO DA VISITA TÉCNICA COMO RECURSO DIDÁTICO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE FÍSICA E MATEMÁTICA

MÉTODOS INTERDISCIPLINARES APROXIMANDO SABERES MATEMÁTICOS E GEOGRÁFICOS

Transcrição:

ISSN 2316-7785 AS PERSPECTIVAS DOS ALUNOS DO 6ª ANO SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS AULAS DE REFORÇO EM MATEMÁTICA Katherine Simões Pinheiro 1 k-tyy@hotmail.com Fabíola Vieira da Costa 2 fabi_vik@hotmail.com Robson José dos Reis 3 cicloface@yahoo.com.br Marco Aurélio Meira Fonseca 4 marco.fonseca@ifnmg.edu.br Aldemi Ferreira Mendes 5 aldemi.mendes@ifnmg.edu.br Vailton Afonso da Silva 6 vailton.silva@ifnmg.edu.br Resumo O presente artigo apresenta os resultados de uma pesquisa de campo desenvolvida por bolsistas do Pibid em uma escola pública do município de Salinas-MG. Esta pesquisa é parte de um projeto, em andamento, de aulas de reforço de Matemática nesta escola e constitui-se da análise de um 1 Acadêmica do curso de licenciatura em Matemática e bolsita do Pibid. 2 Acadêmica do curso de licenciatura em Matemática e bolsita do Pibid. 3 Acadêmico do curso de licenciatura em Matemática e bolsita do Pibid. 4 Professor Mestre do IFNMG Campus Salinas. 5 Professor Mestre do IFNMG Campus Salinas. 6 Professor Mestre do IFNMG Campus Salinas.

questionário aplicado a 38 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental. Questionário este que visava a coleta de informações relacionadas ao interesse pela Matemática, dificuldades na disciplina, o gosto pelas aulas de Matemática e de reforço e a contribuição destas aulas para a aprendizagem dos alunos investigados. Assim, objetivou-se fazer a análise das respostas dadas às perguntas deste questionário, buscando assim, explicitar melhor a necessidade de aulas reforço e nortear os trabalhos do projeto. Como resultado deste trabalho verificou-se que parte significativa dos alunos, aproximadamente 98%, acreditam que as aulas de reforço podem contribuir com a sua aprendizagem. Palavra-chave: Ensino de Matemática, dificuldades de aprendizagem, aulas de reforço. 1. Introdução O saber matemático é reconhecidamente como de suma importância para a formação escolar e secular do aluno. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCN s) tratando a este respeito relata, Em nossa sociedade, o conhecimento matemático é necessário em uma grande diversidade de situações, como apoio a outras áreas do conhecimento, como instrumento para lidar com situações da vida cotidiana ou, ainda, como forma de desenvolver habilidades de pensamento. (BRASIL, 2002, p.108). No entanto, Barros e Rocha (2004, p.1) explicam que estudos na área de ensino têm apontado para grande dificuldade enfrentada por alunos em assimilar os conceitos de Matemática, que é vista como matéria difícil, tediosa e desinteressante, responsável pela grande maioria das reprovações nas escolas. Um dos fatores que levam a essa deficiência, é o ambiente em que se dá o processo de ensino-aprendizagem; o professor possui uma grande responsabilidade de criar um ambiente onde o aluno possa se sentir satisfeito e desinibido para expor e argumentar seus questionamentos. Além disso, o professor precisa voltar a atenção para todos os alunos e às vezes, por serem muitos, alguns acabam não de expressando e passando despercebidos. A Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (LDB) apresenta, entre outros, os princípios de I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; e (...) IX - garantia de padrão de qualidade; (BRASIL, 1996, p.01). Visando concretizar tais dispositivos, o Governo Federal apresenta sobre esta mesma Lei, que, mediante ao 2

fracasso escolar do aluno, haverá obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar; (BRASIL, 1996, p.10). Visto que os reforços escolares são previstos por Lei e no intuito de justificar esta pesquisa, enfatizamos a importância de saber: se aulas de reforço seriam uma das alternativas para melhorar o atual estado de aprendizagem dos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental desta escola. 2. Metodologia A presente pesquisa se constituiu numa investigação exploratória, com a aplicação de um questionário e que segundo Gonsalves (2003, p.65) é aquela que: [...] se caracteriza pelo desenvolvimento e esclarecimento de ideias, com objetivo de oferecer uma visão panorâmica, uma primeira aproximação a um determinado fenômeno que é pouco explorado. Esse tipo de pesquisa [...] oferece dados elementares que dão suporte a estudos mais aprofundados sobre o tema. Após a aplicação do questionário realizamos a análise do conteúdo das respostas dos alunos. Para análise dos dados coletados, realizou-se uma abordagem quantitativa dos alunos que possuem dificuldades em Matemática e buscamos ainda saber a possível contribuição das aulas de reforço na minimização dessas dificuldades. No exame das informações procuramos elementos comuns e não comuns nas respostas dos alunos de modo a compreender melhor a necessidade de auxílios paralelos ao ensino regular. 3. Desenvolvimento Apesar de haver apoio e políticas públicas voltadas para o âmbito educacional os obstáculos que envolvem as dificuldades de aprendizagem, de maneira geral, dependem, em muito da iniciativa das escolas, pois é com o trabalho planejado e efetivado na 3

coletividade que se alcança os objetivos traçados. O reforço escolar pode se tornar uma iniciativa fecunda e segundo, Luckesi (1999): Reforço escolar é uma atividade de auxiliar o educando a aprender o que não foi possível aprender nas horas regulares de aula em uma escola. O ideal seria que a própria escola prestasse esse serviço ao educando, pois os estudantes necessitam de aprender; é por essa razão quem vem para a escola. No exposto acima fica evidenciado que o reforço é importante para o aperfeiçoamento da aprendizagem, mas o reforço não pode ser utilizado como forma de ensino, deve ser uma solução não definitiva e anódina para o problema de defasagem escolar. O gráfico 1 mostra alguns dos resultados da pesquisa: Gráfico 1 Resultado ás perguntas do questionário Podemos perceber que grande parte dos alunos gosta de Matemática, o que facilita a oferta de aulas paralelas ao ensino regular. Em contrapartida observamos que mais de 75% dos alunos apresentam dificuldades em Matemática sendo que quatro possuíam laudo 4

médico, acentuando a dificuldade de aprendizagem. A este respeito Vitti (1999, p.19) relata: questionário: O fracasso do ensino de matemática e as dificuldades que os alunos apresentam em relação a essa disciplina não é um fato novo, pois vários educadores já elencaram elementos que contribuem para que o ensino da matemática seja assinalado mais por fracassos do que por sucessos. Complementando a análise o gráfico 2 apresenta os últimos resultados do Gráfico 2 - Resultado às perguntas do questionário Percebemos assim, que menos de 16% fazem aulas de reforço, embora quase 79% gostariam de participar das mesmas, caso tivessem oportunidade. E mais de 92% acham que as aulas de reforço podem contribuir com a aprendizagem dos mesmos. Comprovando assim que existe uma necessidade de aulas paralelas aos estudos regulares que possam dar atenção à cada aluno, buscando auxiliá-los em suas dúvidas. Nesse processo, a educação, segundo Altenhofen (2008, p.24): 5

[...] precisa estar apoiada numa perspectiva dialógica, na qual o diálogo não possui apenas uma dimensão de dicotomia entre seus participantes. O diálogo precisa promover a participação e a socialização das pessoas envolvidas nele, pois é desta maneira que contribui para desenvolver também uma atitude democrática no sujeito, decisiva na formação de cidadãos críticos e conscientes de seu papel na sociedade. O professor deve reconhecer que o sucesso ou fracasso do ensino-aprendizagem não depende apenas do aluno ou de como é explicada a matéria, mas também da relação entre professor aluno durante o processo ensino-aprendizagem. Por isso deve buscar estabelecer um diálogo pleno. O qual as aulas de reforço podem proporcionar, visto que são mais individualizadas do que as aulas regulares. 4. Conclusão Podemos tirar algumas conclusões deste estudo investigativo sobre a percepção dos alunos às aulas de reforço. Constata-se que existe a necessidade de intervenções, pois muitos alunos possuem dificuldade na disciplina e que a maioria deles acredita que as aulas de reforço podem contribuir com a aprendizagem da Matemática. Portanto, considerando o interesse dos alunos em ter aulas de reforço e sendo que as mesmas constituem-se em uma alternativa construtiva para a aprendizagem do aluno que não foi possível nas horas regulares, conclui-se pela importância desta estratégia para o reforço escolar e sua contribuição no aprendizado da Matemática. 5. Referências Bibliográficas GONSALVES, Elisa Pereira. Conversas sobre a iniciação a pesquisa científica. 3º ed. Campinas - SP: Editora Alínea, 2003. LUCKESI. C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed. São Paulo: Cortez, 1999. VITTI, C. M. Matemática com prazer, a partir da história e da geometria. 2ª Ed. Piracicaba São Paulo. Editora UNIMEP. 1999. 6

ALTENHOFEN, Marcele Elisa. Atividades contextualizadas nas aulas de matemática para a formação de um cidadão crítico. Disponível em <http://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/2940/1/000403145- Texto%2bCompleto-0.pdf > Acesso em: 11 jun. 2014. BARROS, Alexandre Luís de Souza; ROCHA, Cristiane de Arimatéa. O uso do geoplano como material didático nas aulas de geometria. 2004. Disponível em <http://www.sbem.com.br/files/viii/pdf/02/mc03069646433.pdf.>acesso em: 10 Jun. 2014. BRASIL, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/cienciasnatureza.pdf> Acesso em: 09 jun. 2014. BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, lei n.º 9.394, 1996 Disponível em < http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf > Acesso em: 09 jun. 2014. 7