CAPÍTULO 6 RESOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS

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Transcrição:

CAPÍTULO 6 ESOLUÇÕES DOS EXECÍCIOS POPOSTOS Exercício 6.1 : Ver texto (página 11). Exercício 6. : Ver texto (páginas 19 a 131). Exercício 6.3 : Ver texto (página 11). Exercício 6.4 : Ver texto (página 114). Exercício 6.5 : Ver texto (página 116). Exercício 6.6 : Escolher o par L [H] e C [F], de modo a f 1/( LC ). Para f=4 MHz, pode escolher-se L=5 H e L=316 pf Seguir o procedimento apresentado nas páginas 14 e 15 do texto. Exercício 6.7 : a) Uma PLL necessita dos cinco componentes seguintes: (1) divisor de frequência: N=500/1.5=416 (é a razão entre a frequência de saída da PLL e a frequência do oscilador de referência note-se que 5. GHz=500 MHz); () comparador de frequência/fase: trata-se de um circuito digital como o ilustrado na Figura 6.19 e por essa razão não necessita de um projecto especifico; (3) oscilador controlado por tensão: K VCO =680 MHz/V (um outro valor qualquer pode ser utilizado desde que o VCO consiga oscilar à frequência que se deseja gerar; a razão da escolha deste valor é por já ter sido implementado um VCO destes e o valor constar no texto); (4) bomba de carga: K VCO =175 ma.rad/( ) (idem); (5) filtro de malha: suaviza a variação do sinal à entrada do VCO; o projecto dos constituintes do filtro de malha é o foco da próxima alínea. b) Aconselha-se a leitura da secção 6.4.5.5 do texto.

A largura de banda da PLL constitui uma outra especificação, mas a sua importância não é tão critica como a da margem de fase, pois só tem efeito na velocidade de convergência da PLL. Assim, um projecto possível do filtro de malha implica a definição deste valor: - f P =1. MHz No texto pode observar-se o procedimento para a obtenção dos componentes do filtro: - 1 =61.85 10-9 s: ver equação (6.33) - 3 =70.46 10-9 s: ver equação (6.34) - f c =537.84 KHz: ver equação (6.36) - =661.84 10-9 s: ver equação (6.35) - C 1 =1.9 nf: ver equação (6.37) - C =18.58 nf: ver equação (6.38) - =35.6 : ver equação (6.39) - C 3 =190 pf (<C 1 /10): ver equação (6.40) - 3 =370.83 : ver equação (6.40) Alternativamente, aplicando o factor de proporcionalidade 1/1000 (11/1.9), obtêm-se um conjunto de componentes mais fáceis de adquirir comercialmente: - C 1 =11 pf (diminuiu) - C =10.64 pf (diminuiu) - =6. K (aumentou) - C 3 =10 pf <C 1 /10 (diminuiu) - 3 =7.05 K (aumentou) Exercício 6.8 : a) Em primeiro lugar importa saber se com 3.3 V de alimentação é possível fornecer directamente 1 W a uma antena com resistência de entrada igual a 50. Da equação (6.55) sabe-se que P F =max[v out ] /( L ) e da Figura 6.3(d) sabe-se também que max[v out ]=V dd, logo a maior potência que é possível entregar directamente a esta carga é P F =109 mw. Para o amplificador poder fornecer uma potência de 1 W, a máxima resistência de carga deve ser tal que L Vdd /(PF ) =5.44, ou seja muito menor que os 50. À partida parece que não é possível realizar-se um amplificador em classe A para as especificações apresentadas. Contudo e graças à introdução de uma malha LC constituída por dois ramos (com uma indutância L num dos ramos e uma capacidade C no outro ramo) é possível cumprir com as especificações (fornecer 1 W a uma antena de 50 ) ao mesmo tempo que o amplificador ve uma impedância de carga puramente real e inferior ou igual 5.44. Se out [ ] for a resistência de entrada da antena e in [ ] for a resistência observada pelo amplificador, então para a frequência f 0 [Hz] consegue-se demonstrar que os elementos da malha LC são tais que:

- 1 C f 0 in in out - L inoutc A figura seguinte ilustra o amplificador de classe A completo: V bias bias I choke i ds L choke C b Z in C Z out v out Saída C bias v in v ds malha LC adaptadora L C 0 L 0 L Antena Tendo em conta a máxima resistência anterior de 5.44 e assumindo justamente que L = in =5.44, então L=.6 nh e C=9.7 pf. 1 Seleccionando C 0 e L 0 de forma que f0 ( L0C0 ), então uma possibilidade é usar L 0 =1.64 nh para combinar-se com a indutância da malha adaptadora de forma a resultar na indutância equivalente L eq =.6 1.64/(.6+1.64)=1 nh. Por outro lado C 0 =5 pf mantém-se inalterada. Como a capacidade de bloqueio DC, C b, é muito elevada para não atenuar o sinal de F, a combinação desta com a capacidade da malha de adaptação resulta em C eq =C C b /(C+C b ) C, significando que possui dupla função (ajudar na adaptação e no bloqueio DC). Sabe-se que a corrente I choke é igual à máxima corrente de pico F (I choke =A F Figura 6.3b) e vale I choke =V dd /5.44 0.60 A. Da mesma figura percebe-se que o n-mosfet tem de aguentar uma corrente que é o dobro desse valor, ou seja 1.0 A. Além disso (Figura 6.3c), a tensão entre os terminais do drain e da source atinge o dobro da tensão de alimentação, o que significa que o n-mosfet deve ser capaz de dissipar uma potência de pico igual a 1.0 3.3=7.9 W. Uma boa regra é desenhar-se um n-mosfet com o menor comprimento permitido pela tecnologia, L=L min, e para a largura W seleccionada, desenhar-se um transístor multi-finger para haver uma maior distribuição das correntes por vários canais. O sistema de polarização deve ser tal que ncox W Ichooke ( )( Vbias Vthn ), com Lmin C bias o mais elevada possível para evitar atenuar o sinal a amplificar, v in, e bias também o mais elevada possível para evitar que haja fugas de v in para a massa. Um bom exemplo é considerar C bias =1 nf e bias =5 K. Quanto à indutância de choke, sabe-se que esta comporta-se como uma fonte de corrente assim, o módulo da sua reactância deve ser muito maior que a resistência

de carga vista pelo amplificador. Um bom exemplo é considerar X choke >10 L =54.4, resultando em L choke >54.4/( 10 9 )=8.66 nf. Finalmente, a eficiência é (equação 6.56) 0.6 5.44 49.4% ( 50%). 3.3 b) Amplificador em classe C A estrutura e os componentes de um amplificador de classe C são os mesmos da alínea anterior. A diferença reside no ângulo de condução que é inferior a 180º. Supondo que se pretende dissipar de forma segura 10% da potência a fornecer à carga (10% de 1 W), então a eficiência é =1/1.1=91%. Da equação (6.66), obtém-se o ângulo de condução =111.6º (obtido numericamente). A amplitude da máxima corrente F na carga (na carga de 5.44 observada a partir do terminal do drain) obtém-se da equação (6.65) e vale A F =3.74 A. Da equação (6.61) obtém-se a corrente média no n-mosfet: I ds 0. 33 A. Finalmente, obtém-se a partir da equação (6.60) a corrente DC: I DC =-.10 ma. A tensão de polarização, V bias, é negativa e é tal que quando V gs =V bias +max[x], a corrente máxima será ncox W I ds(max) ( )( Vbias max[ x( t)] Vthn ) =3.74-.10=1.64 A. Lmin A maior eficiência deste amplificador deve-se ao n-mosfet estar a maior parte do tempo em corte. Isto consegue-se graças a V bias que garante V gs <V thn nesses intervalos. Amplificador em classe E A estrutura e os componentes de um amplificador de classe E podem ser observados na Figura 6.36 do texto. Assumindo que o n-mosfet é ideal (V ds,on =0 V quando em condução), da equação (6.71) com P F =1 W retira-se a resistência de carga L =6.31. Uma vez mais é necessário usar uma malha de adaptação por ser diferente dos 50 especificados, ou seja: C malha =8.9 pf e L malha =.8 nh. É comum obterem-se indutâncias comerciais com factores de qualidade elevados valendo Q=0. Aplicando este valor nas equações (6.69) e (6.70) obtém-se as capacidades da malha de carga do amplificador em classe E: C 1 =4.63 pf, C =1.36 pf. A indutância será L=Q/w=0 nh. A figura seguinte ilustra o amplificador em classe E completo:

L choke Z in Z out v out C L L malha v in C 1 malha LC adaptadora C malha L antena Na malha de adaptação pode trocar-se de posições a indutância e a capacidade. Neste caso fica-se somente com L+L malha =.8 nh na malha de carga e a capacidade 8.9 pf em paralelo com a antena. elativamente à indutância de choke, uma vez mais X choke >10 L =63.1, resultando em L choke >63.1/( 10 9 )=10 nf.