Comunicado Técnico 60

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Transcrição:

Comunicado Técnico 60 ISSN 1679-0162 Dezembro, 2002 Sete Lagoas, MG CULTIVO DO MILHO Podridões do Colmo e das Raízes Fernando Tavares Fernandes 1 Elizabeth de Oliveira Carlos Roberto Casela Alexandre da Silva Ferreira Nicésio F.J. de Almeida Pinto Introdução As principais podridões do colmo na cultura do milho podem ocorrer antes do fase de enchimento dos grãos, em plantas jovens e vigorosas, ou após a maturação fisiológica dos grãos, em plantas senescentes. No primeiro caso, as perdas se devem à morte prematura das plantas, com efeitos negativos no tamanho e no peso dos grãos, como conseqüência da redução na absorção de água e nutrientes. Pode ocorrer o tombamento das plantas. No segundo caso, as perdas na produção se devem ao tombamento das plantas, o que dificulta a colheita mecânica e expõe as espigas à ação de roedores e ao apodrecimento, pelo contacto com o solo. O tombamento das plantas é função do peso e altura da espiga, da quantidade do colmo apodrecida, da dureza da casca e da ocorrência de ventos. As podridões do colmo geralmente se iniciam pelas raízes, passando para os entrenós inferiores e, posterioremente para os entrenós superiores ou diretamente pelo colmo, através de ferimentos. Estresses durante a fase de enchimento de grãos predispõem as plantas às podridões. São considerados fatores estressantes as doenças foliares, os danos nas folhas ou no colmo causados por insetos, a umidade excessiva ou deficiente do solo, o baixo teor de K em relação ao de N, os períodos prolongados de nebulosidade, a alta densidade de semeadura e a ocorrência de chuvas com intensidade acima do normal, duas a três semanas após o florescimento. De modo geral, as podridões do colmo não ocorrem uniformemente na área, mas ao acaso. É possível encontrar plantas sadias ao lado de plantas apodrecidas. Por serem os microorganimos causadores das podridões do colmo capazes de sobreviver nos 1 Eng. Agr., MSc. Embrapa Milho e Sorgo. Caixa Postal 151 CEP 35 701-970 Sete Lagoas, MG. E-mail: tavares@cnpms.embrapa.br

2 restos de cultura e no solo, a adoção do Sistema Plantio Direto pode aumentar significativamente a quantidade de inóculo no solo, tornando as lavouras de milho nesse sistema de cultivo mais sujeitas à ocorrência das podridões em alta intensidade. Quanto às podridões de raízes, as perdas econômicas estão diretamente relacionadas ao teor de umidade no solo e, geralmente, são causadas por um complexo de microorganismos. Podridão por Diplodia Etiologia: Pode ser causada pelos fungos Diplodia maydis ou Diplodia macrospora, os mesmos agentes causais da podridão branca das espigas. D. macrospora pode também causar lesões foliares em milho. D.maydis se difere de D. macrospora por apresentar conídios duas vezes menores que os de D. macrospora e por não causar lesões foliares. Sintomas: Plantas infectadas por qualquer um desses fungos apresentam, externamente, próximo aos entrenós inferiores, lesões marrom-claras, quase negras, nas quais é possível observar a presença de pequenos pontinhos negros (picnídios). Internamente, o tecido da medula adquire coloração marrom, pode se desintegrar, permanecendo intactos somente os vasos lenhosos, sobre os quais é possível observar, também, a presença de picnídios. Epidemiologia: As podridões do colmo por Diplodia são favorecidas por temperaturas entre 28 e 30 o C e alta umidade, principalmente na forma de chuva. Esses fungos sobrevivem no solo, nos restos de cultura, na forma de picnídios e, nas sementes, na forma de picnídios ou de micélio. Apresentam como único hospedeiro o milho, o que torna a rotação de cultura uma medida eficiente no controle dessa doença. A disseminação dos conídios pode ocorrer pela ação da chuva ou do vento. resistentes e rotação de culturas, principalmente em áreas onde se utiliza o Sistema Plantio Direto. Evitar altas densidades de semeadura e realizar adubações de acordo com as recomendações técnicas, para evitar desequilibrios nutricionais nas plantas de milho. As práticas da aração e gradagem, quando associadas à rotação de culturas, reduzem significativamente a quantidade de inóculo do patógeno no solo e, conseqüentemente, a intensidade da doença nas próximas semeaduras. Podridão por Fusarium Etiologia: é uma doença causada por várias especies de Fusarium, entre elas F. moniliforme e F. moniliforme var. subglutinans, que também causam a podridão rosada das espigas. Sintomas: Em plantas infectadas, o tecido dos entrenós inferiores geralmente adquire coloração avermelhada, que progride, de forma uniforme e contínua, da base em direção à parte superior da planta. Embora a infecção do colmo possa ocorrer antes da polinização, os sintomas só se tornam visíveis logo após a polinização e aumentam em severidade à medida que as plantas entram em senescência. A infeção pode se iniciar pelas raízes e é favorecida por ferimentos causados por nematóides ou pragas subterrâneas. Epidemiologia: Esse patógeno é um fungo de solo capaz de sobreviver nos restos de cultura na forma de micélio e apresenta várias espécies vegetais como hospedeiras, o que torna a medida de rotação de culturas pouco eficiente. Freqüentemente pode ser encontrado associado às sementes. A disseminação dos conídios se dá através do vento ou da chuva. Manejo da doença: Uso de cultivares resistentes. Evitar altas densidades de semeadura. Realizar adubações de acordo com as recomendações técnicas, para evitar desequilibrios nutricionais nas plantas de milho.

3 Podridão por Colletotrichum Etiologia: Essa podridão, também denominada de antracnose do colmo, é causada pelo fungo Colletotrichum graminicola. Esse fungos podem infectar todas as partes da planta de milho, resultando diferentes sintomas nas folhas, no colmo, na espiga, nas raízes e no pendão. Sintomas: Embora esse patógeno possa infectar as plantas nas fases iniciais de seu desenvolvimento, os sintomas são mais visíveis após o florescimento. A podridão do colmo é caracterizada pela formação, na casca, de lesões encharcadas, estreitas, elípticas na vertical ou ovais. Posteriormente, tornam-se marrom-avermelhadas e, finalmente marrom-escuras a negras. As lesões podem coalescer, formando extensas áreas necrosadas de coloração escura-brilhante. O tecido interno do colmo apresenta, de forma contínua e uniforme, coloração marromescura, podendo se desintegrar, levando a planta à morte prematura e ao acamamento (Figura 1). resistentes não só à podridão do colmo por C. graminicola mas também às doenças foliares. A rotação de culturas é imprescindível no Sistema Plantio Direto. Tratamento de sementes com fungicidas. Realizar adubações de acordo com as recomendações técnicas para evitar desequilíbrios nutricionais nas plantas de milho. Aração e gradagem são práticas que, associadas à rotação de cultura, reduzem significativamente a quantidade de inóculo do patógeno no solo e, conseqüentemente, a intensidade da doença nas próximas semeaduras. Podridão por Macrophomina Etiologia: É causada pelo fungo Macrophomina phaseolina. Sintomas: A infeção das plantas se inicia pelas raízes. Embora essa infecção possa ocorrer nos primeiros estádios de desenvolvimento da planta, os sintomas são visíveis nos entrenós inferiores, após a polinização. Internamente, o tecido da medula se desintegra, permanecendo intactos somente os vasos lenhosos, sobre os quais é possível observar a presença de numerosos pontinhos negros que conferem, internamente, ao colmo, uma cor cinza típica (Figura 2). Figura 1 Epidemiologia: C. graminicola pode sobreviver em restos de cultura ou em sementes, na forma de micélio e conídios. A disseminação dos conídios se dá por respingos de chuva. A infecção do colmo pode ocorrer pelo ponto de junção das folhas com o colmo ou através de raízes. A antracnose é favorecida por longos períodos de altas temperaturas e umidade, principalmente na fase de plântula e após o florescimento. Figura 2

4 Epidemiologia: A podridão por Macrophomina é favorecida por altas temperaturas (37 oc) e baixa umidade no solo. A sobrevivência de M. phaseolina no solo, bem como sua disseminação, ocorrem na forma de esclerócios. Esse fungo apresenta um grande número de hospedeiros, inclusive o sorgo e a soja, o que torna a rotação de cultura uma medida de controle pouco eficiente. resistentes. Promover uma irrigação adequada em anos de pouca chuva. Evitar altas densidades de semeadura. Realizar adubações de acordo com as recomendações técnicas, para evitar desequilibrios nutricionais nas plantas de milho. Podridão por Pythium Etiologia: É causada pelo fungo Pythium aphanidermatum. Sintomas: Essa podridão é do tipo aquosa, assemelhando-se às podridões por bactéria. Difere dessas por ficar tipicamente restrita ao primeiro entrenó acima do solo, enquanto que as bacterioses atingem vários entrenós (Figura 3). As plantas, antes de tombarem, geralmente sofrem uma torção. Plantas tombadas permanecem verdes por algum tempo, visto que os vasos lenhosos permanecem intactos. temperaturas em torno de 32 o C e alta umidade no solo, proporcionada por prolongados períodos de chuva ou irrigação excessiva. de irrigação. Podridões bacterianas Etiologia: Várias espécies de bactérias do gênero Pseudomonas e Erwinia causam podridões do colmo em plantas de milho. Sintomas: As podridões causadas por bactérias são do tipo aquosa e, quando causadas por Erwinia, exalam tipicamente um odor desagradável. Em geral, iniciam-se nos entrenós próximos ao solo e rapidamente atingem os entrenós superiores. Essas podridões podem também se iniciar pela parte superior do colmo, causando a podridão do cartucho por Erwinia. Os sintomas típicos dessa doença são as murcha e a seca das folhas do cartucho, decorrentes de uma podridão aquosa na base desse cartucho. As folhas se desprendem facilmente e exalam um odor desagradável (Figura 4). Na bainha das outras folhas, pode-se observar a presença de lesões encharcadas (anasarcas). Pode ocorrer o apodrecimento dos entrenós inferiores ao cartucho e a murcha do restante da planta. Ferimentos no cartucho causados por insetos podem favorecer a incidência dessa podridão. Figura 3 Epidemiologia: Esse fungo sobrevive no solo, apresenta elevado número de espécies vegetais hospedeiras e é capaz de infectar plantas de milho jovens e vigorosas, antes do florescimento. Essa podridão é favorecida por Figura 4

5 Epidemiologia: Essas podridões são favorecidas por altas temperaturas associadas a altos teores de umidade. de irrigação e melhoria no sistema de drenagem do solo. Podridão de raízes Etiologia: Pode ser causada por várias espécies de Fusarium e de Pythium além daqueles microorganismos causadores de podridões do colmo. Sintomas: Os sintomas típicos dessa podridão no sistema radicular são raízes com coloração escura e apodrecidas. Os sintomas na parte aérea são enfezamento, clorose, mau enchimento dos grãos e murcha (Figura 5). de irrigação e melhoria no sistema de drenagem do solo. Figura 5 Comunicado Técnico, 60 Exemplares desta edição podem ser adquiridos na: Embrapa Milho e Sorgo Caixa Postal 151 CEP 35701-970 Sete Lagoas, MG Fone: 0xx31 3779 1000 Fax: 0xx31 3779 1088 E-mail: sac@cnpms.embrapa.br Comitê de Publicações Presidente: Ivan Cruz Secretário-Executivo: Frederico Ozanan Machado Durães Membros: Antônio Carlos de Oliveira, Arnaldo Ferreira da Silva, Carlos Roberto Casela, Fernando Tavares Fernandes e Paulo Afonso Viana 1ª edição 1ª impressão (2002) Tiragem: 200 Expediente Supervisor editorial: José Heitor Vasconcellos Revisão de texto: Dilermando Lúcio de Oliveira Editoração eletrôncia: Tânia Mara Assunção Barbosa