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Transcrição:

Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017

Índice 1 Enquadramento Macroeconómico... 3 1.1 Enquadramento Internacional... 3 1.2 A Economia Portuguesa...6 1.3 Mercados Financeiros... 9 2 Relatório de Gestão... 11 2.1 Composição da carteira a 31/12/2017... 11 2.2 Alterações com impacto na gestão do fundo de pensões... 12 2.3 Política de investimento: objectivos e princípios... 17 2.4 Cumprimento dos princípios e regras prudenciais... 19 2.5 Comparação dos limites de exposição e da alocação estratégica com a alocação actual 20 2.6 Evolução da estrutura da carteira de investimentos... 21 2.7 Rendibilidade e níveis de risco do fundo de pensões... 23 2.8 Benchmarks de performance e resultados... 25 2.9 Gestão dos riscos materiais a que o fundo se encontra exposto... 26 2.10 Utilização de produtos derivados... 30 3 Demonstrações Financeiras... 33 3.1 Demonstração da Posição Financeira... 33 3.2 Demonstração de Resultados... 34 3.3 Demonstração de Fluxos de Caixa... 35 3.4 Notas às Demonstrações Financeiras... 36 1 Identificação do fundo de pensões, planos de pensões, associado e entidade gestora 36 2 Alterações aos planos de pensões ocorridas no exercício... 37 3 Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas... 37 4 Regime fiscal aplicável ao fundo de pensões... 40 5 Riscos associados à carteira de investimentos... 42 6 Inventário dos investimentos a 31/12/2017 com indicação do justo valor... 42 7 Investimentos... 42 8 Devedores e Credores... 43 9 Acréscimos e Diferimentos... 44 10 Provisões para outros riscos e encargos... 45 11 Contribuições... 45 12 Benefícios pagos... 47 13 Ganhos líquidos dos investimentos... 49 14 Rendimentos líquidos dos investimentos... 49 15 Outros rendimentos e ganhos... 50 16 Outras despesas... 50 17 Transacções envolvendo o fundo e o associado ou empresas com este relacionadas 50 18 Garantias por parte da entidade gestora... 51 4 Certificação do Revisor Oficial de Contas do Fundo de Pensões... 52 5 Anexos... 53 Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 2

1 Enquadramento Macroeconómico 1.1 Enquadramento Internacional O ano de 2017 revelou-se favorável à economia global. Segundo o World Economic Outlook de janeiro do Fundo Monetário Internacional, o produto a preços constantes poderá ter crescido 3,7%, um ritmo superior ao observado no ano anterior (3,2%). A evolução revelou-se abrangente no que se refere aos setores de atividade e sincronizada em termos de países, como resulta da observação da aceleração que deverá ter sido registada tanto no crescimento das economias desenvolvidas, como nos mercados emergentes e economias em vias de desenvolvimento, aliás confirmada na evolução dos indicadores coincidentes da OCDE (ver gráfico). Fonte: OCDE A aceleração no crescimento dos países desenvolvidos foi superior à observada na área dos mercados emergentes e economias em vias de desenvolvimento, tendo para essa evolução contribuído tanto a área do euro como os EUA. A economia da área do euro destacou-se pela positiva no ano passado. Os principais indicadores de sentimento na região atingiram valores elevados em termos históricos (ver gráfico), revelando um ciclo económico bastante abrangente em termos de setores e países. A Grécia saiu da recessão que marcou o período 2015-16. Mesmo a Itália apresentou um ritmo de crescimento confortavelmente acima do seu potencial de longo prazo. Segundo as projeções de Inverno da Comissão Europeia, o crescimento do PIB em volume na região acelerou 0,6 pontos percentuais para 2,4% em 2017, o mais forte ritmo de expansão para o atual ciclo económico e o mais elevado desde 2007. Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 3

2 Alemanha: Índice de Sentimento Ifo (afastamento da média em número de desvios padrões) 1 0-1 -2-3 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 (Fonte: Ifo) Este enquadramento de forte crescimento económico revelou-se fundamental para melhorar a perceção dos mercados financeiros quanto à sustentabilidade da dívida pública na região, principalmente de países como Itália, Portugal e Espanha, contribuindo para um contexto de redução dos spreads nas suas dívidas soberanas face à Alemanha. Apesar da redução no ritmo mensal de compras líquidas do programa APP do Banco Central Europeu a partir de abril de 2017 para 60 mil milhões de euros (vs. o ritmo de 80 mil milhões de euros observado no período entre abril de 2016 e março de 2017), a presença do Banco Central Europeu permaneceu importante para a evolução das yields nos mercados de dívida soberana e de crédito de empresas. Teve início em outubro o programa de redução no tamanho do balanço da Reserva Federal dos EUA, o que representa mais uma etapa na normalização da sua política monetária, como forma de voltar a repor os instrumentos à disposição do banco central antes do final do atual ciclo económico. De uma forma geral, as economias dos países desenvolvidos beneficiaram não só de um ritmo muito gradual de normalização das políticas monetárias, aproveitando a margem de manobra fornecida por taxas de inflação ainda afastadas das metas definidas pelos bancos centrais, como de políticas orçamentais menos restritivas, na área do euro (prolongando o contexto observado desde 2014 - ver gráfico) e nos EUA, tendo no final de 2017 sido aprovado um plano fiscal. Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 4

(% PIB Potencial) 2.0 1.5 + expansionista Variaçãoanual do saldoorçamental ajustado pelo ciclo económico - Área do Euro 1.0 0.5 0.1 0.0 0.0-0.5-1.0 + restritivo -1.5 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 (Fonte: FMI) Refira-se que a evolução das políticas orçamentais deverá ser lida no contexto do ciclo eleitoral observado em vários países, não só nos EUA, com a eleição de Donald Trump, mas também na área do euro, como resposta à ameaça colocada pelos partidos mais populistas. A esse propósito, as eleições presidenciais francesas revelaram-se bastante relevantes em termos de sentimento nos mercados financeiros na área do euro, ao mostrar a incapacidade da Front Nacional para passar a sua mensagem, assim como ao permitir a vitória de um candidato defensor da implementação de reformas na economia francesa e de uma maior integração na região do euro. Para o ano de 2018, o mesmo World Economic Outlook de janeiro do Fundo Monetário Internacional mantém um enquadramento económico favorável, desta vez traduzindo a expectativa de uma aceleração no ritmo de expansão nos mercados emergentes e economias em vias de desenvolvimento superior ao esperado nos países desenvolvidos (pela primeira vez desde 2011). O ambiente de forte procura, evolução favorável do comércio internacional (ver gráfico), enfraquecimento do dólar norte-americano, subida na cotação das matérias-primas e gradual normalização da política monetária por parte da Reserva Federal dos EUA beneficiou os mercados emergentes e as economias em vias de desenvolvimento em 2017. Para o ano de 2018, contudo, os riscos políticos terão de ser considerados, nomeadamente na América Latina, com eleições marcadas no México (em julho) e no Brasil (em outubro). Brasil e Rússia implementaram medidas que permitiram rebalancear as suas economias, reduzir a taxa de inflação e aos bancos centrais avançar com ciclos de redução nas taxas de juro. Contudo, esta área da economia global não é homogénea, pelo que também encontramos países com uma situação diferente, como na europa de leste. Influenciados pela política monetária extraordinariamente expansionista do Banco Central Europeu, estes países beneficiaram do bom momento da economia na área do euro, mas agora poderão ter de confrontar-se com os efeitos de uma fase mais avançado nos seus ciclos económicos. Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 5

20% 15% 10% 5% Volumes para o Comércio Internacional (var. homóloga) Média do atual ciclo de expansão (4,2%) 4.5% dez. 17 0% -5% -10% -15% -20% 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 (Fonte: CPB Word Trade Monitor) No que refere aos países desenvolvidos, a economia dos EUA deverá beneficiar em 2018 do impacto do plano fiscal, mais do que compensando o efeito negativo que resultará da continuação do ciclo de subida de taxas por parte do Comité de Política Monetária da Reserva Federal dos EUA. Contudo, uma mais rápida subida da inflação representa um risco (tendo em conta a fase avançada da economia no seu ciclo económico), tendo em conta o efeito que provavelmente teria em termos de poder levar o Comité de Política Monetária da Reserva Federal dos EUA a acelerar o ciclo de subida de taxas. 1.2 A Economia Portuguesa Sinais bastante positivos foram também observados na economia portuguesa. Segundo os dados do INE, o PIB em volume cresceu 2,7% em 2017, uma aceleração de 1,2 pontos face ao observado ano anterior, traduzindo um aumento da procura interna, principalmente fruto da aceleração do investimento. A taxa de crescimento situou-se bem acima do potencial de longo prazo que a Comissão Europeia identificava para Portugal no ano passado (1,3%), o que permitiu a continuação da utilização dos recursos ainda disponíveis na economia, bem visível na queda na taxa de desemprego. Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 6

1.5 1.0 0.5 0.0 Portugal: Variação do PIB em Volume (%) 2.4 4T17 0.7 4 2 0-0.5-1.0 Variação homóloga (dir.) -2-1.5 Variação trimestralnão -2.0 anualizada (esq.) -6 1T10 4T10 3T11 2T12 1T13 4T13 3T14 2T15 1T16 4T16 3T17 2T18-4 (Fonte: INE) As previsões divulgadas nos últimos meses pela Comissão Europeia, Banco de Portugal, Fundo Monetário Internacional e OCDE apontam para um abrandamento no ritmo de expansão em 2018 para um valor entre 2,2% e 2,3%. A confirmar-se, o ano de 2018 voltaria a apresentar um ritmo de crescimento bem acima do seu potencial de longo prazo (estimado em 1,4% para 2018 pela Comissão Europeia). O hiato do produto negativo com que a economia portuguesa deverá ter terminado 2017 significa que a utilização dos recursos ainda disponíveis poderá continuar a permitir à economia manter um ritmo acima do seu potencial de longo prazo, à medida que continua a recuperação das duas fortes recessões que foram observadas no período entre 2008 e 2019, com a crise financeira internacional e a crise da dívida soberana na área do euro (e consequente implementação do programa de assistência financeira solicitado após o país ter perdido ao acesso ao mercado primário de venda de dívida pública). Os indicadores de sentimento do INE permanecem em níveis elevados na história do inquérito, com destaque para a confiança dos consumidores. A taxa de desemprego atingiu 8,1% no 4º trimestre de 2017 (ver gráfico). O aumento do emprego em termos anuais para cada um dos 4 trimestres de 2017 atingiu 3,3% em termos médios. Os últimos 15 trimestres até ao final de 2017 mostraram quedas em termos homólogos da população inativa disponível mas que não procura emprego. Todos eles representam sinais de recuperação no mercado de trabalho, consequência da evolução favorável da economia. Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 7

20 Taxa de Desemprego em Portugal(%) 18 16 14 12 10 8 6 8.1 4T17 4 2 98 00 02 04 06 08 10 12 14 16 18 (Fonte: INE) O crescimento da economia em 2017 revelou-se abrangente em termos das principais componentes da procura, embora o consumo público tenha permanecido bastante contido (ver gráfico), como consequência da atenção que continua a ser dada à evolução da despesa pública, de modo a suportar um saldo orçamental primário positivo, e dar assim continuidade à tendência de consolidação orçamental dos anos anteriores. Particularmente relevante é a aceleração no crescimento da formação bruta de capital fixo observada em 2017, sendo que as previsões do Banco de Portugal, no seu Boletim Económico de dezembro de 2017, apontam para a manutenção de um forte ritmo de crescimento também em 2018. 2 1 0-1 -2 Portugal: Gastos do Estado(em volume) 2 1 0-1 -2-3 -3-4 Var. Trimestral não Anualizada (esq.,%) Var. Homóloga (dir., %) -4-5 1T10 3T10 1T11 3T11 1T12 3T12 1T13 3T13 1T14 3T14 1T15 3T15 1T16 3T16 1T17 3T17 (Fonte: INE) A este propósito, de referir que, tal como ocorreu em 2017, as previsões do Banco de Portugal para 2018 mostram um ritmo de expansão na formação bruta de capital fixo superior ao Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 8

crescimento esperado para o PIB, sucedendo o inverso no que se refere ao consumo privado. A evolução da formação bruta da capital fixo deverá continuar a refletir não só o investimento orientado para a substituição da capacidade instalada (após o impacto das fortes recessões que o país atravessou), como também o esperado reforço da importância do investimento associado à extensão da capacidade de produção (tendo em conta a continuação do crescimento da economia acima do seu potencial de longo prazo), o suporte fornecido pelos fundos da UE ao investimento público, a forte dinâmica do setor do turismo, a redução nos custos de financiamento e a recapitalização do setor bancário em Portugal (permitindo uma evolução mais favorável do ciclo de crédito do lado da oferta). Ou seja, para além da expectativa de manutenção de um sólido ritmo de expansão no PIB em volume para 2018, merece destaque a composição do crescimento económico, isto é, a forte evolução positiva esperada na formação bruta de capital fixo, mas também nas exportações, reflexo do comportamento da economia na área do euro, onde estão situados os principais parceiros comerciais de Portugal. O ambiente favorável à economia portuguesa e a continuação do esforço em termos de consolidação orçamental tiveram reconhecimento nas decisões da Standard & Poor s e da Fitch de melhorar a notação de crédito atribuída à dívida soberana nacional para BBB- e BBB, respetivamente. Estas decisões permitiram aumentar a visibilidade das obrigações do Tesouro português, com implicações favoráveis no que se refere aos custos de financiamento da economia. 1.3 Mercados Financeiros O ano de 2017 revelou-se, de uma forma geral, favorável aos ativos de risco, com destaque para o segmento acionista. O índice MSCI ACWI registou um ganho de 24,6% em dólares (incluindo dividendos), traduzindo uma evolução favorável dos EUA (S&P500 +21,8%), Europa (MSCI Europe +26,2% em dólares e +13,7% em moeda local), e principalmente dos mercados emergentes (MSCI EM +37,8% em dólares e +31,0% em moeda local). Num ano favorável à economia global, o dólar enfraqueceu-se face à maior parte das principais moedas, sendo de destacar a valorização de 14,1% observada no euro (o que criou preocupações no Banco Central Europeu, apesar da forte performance da economia da região). Este enquadramento económico positivo foi também bem visível nas matérias-primas, com ganhos na energia (beneficiando do acordo entre a OPEP e os seus parceiros para limitar a evolução da produção) e, principalmente, nos metais industriais (+29,1%, segundo o índice S&P GSCI), num ano em que a economia chinesa não desapontou. Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 9

Também a área do crédito mostrou ganhos em 2017, como foi visível pelo comportamento das classes dos soberanos nos emergentes (+9,3% em dólares), investment grade global (+8,1%) e high yield global (+8,3%), em termos de retorno total. Treasuries e Bunds apresentaram um comportamento mais modesto, como seria de esperar tendo em conta o ambiente de risk on e baixa volatilidade observado ao longo de 2017. Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 10

2 Relatório de Gestão 2.1 Composição da carteira a 31/12/2017 Informação Geral Valor Global do Fundo 476.632 Número de UP's 76.863 Valor UP 6,2010 Evolução valor da UP Asset Allocation Outros 14,8% Acções 2,0% Liquidez 12,0% Imobiliário 0,4% Obrigações 70,8% Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 11

Valor da quota-parte do fundo Adesão / Plano de Pensões Valor da quota-parte Individuais 98.376 Cofidis 168.131 BBI e Associadas 201.844 Towers Watson 347 Altran - OROC 7.218 Grupo BANIF Benefícios Flex 717 2.2 Alterações com impacto na gestão do fundo de pensões Os textos foram elaborados mensalmente, durante todo o ano de 2017, e modo a acompanhar a performance dos Fundos de Pensões geridos pela Real Vida Seguros. Janeiro Janeiro foi marcado por sentimentos mistos, com os investidores procurando percepcionar o impacto das medidas que vão sendo debitadas nos tweets de Donald Trump. Alternam euforia sobre os programas de investimento público e estímulos fiscais anunciados e preocupação com o aumento dos riscos inerentes às medidas proteccionistas. Do lado europeu, o regresso da inflação para valores próximos da meta de 2%, suscita dúvidas sobre a manutenção do programa de compra do BCE, e levou a uma subida das taxas (Alemanha de 0,2% para 0,44%, Portugal de 3,75% para 4,16%) pressionando obrigações e acções. Nos emergentes o mês foi positivo, em grande parte por efeito de recuperação face às quedas que seguiram a eleição americana. Os índices de acções europeias fecharam negativos (Eurostoxx 50-1,8%), enquanto as praças americanas ficaram positivas (S&P500 +1,8%). Nos mercados emergentes, a performance foi geralmente positiva, (MSCI Emerging +5,4%). Nas obrigações, a evolução foi negativa do lado europeu, e positiva nos principais indexantes americanos e emergentes. Destaque ainda para a depreciação do USD face aos principais pares mundiais, tendo o USD/EUR terminado o mês a -2,6%. Fevereiro Ao longo do mês de Fevereiro assistiu-se à divulgação de dados económicos que comprovam o crescimento global assim como de taxas de inflação próximas dos níveis pretendidos nomeadamente por parte da FED e do BCE. Nos EUA, os mercados têm vindo a renovar máximos com a expetativa que as medidas idealizadas pelo presidente D. Trump vão impulsionar o crescimento económico e a criação de empregos. Do lado europeu, os resultados Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 12

empresariais já divulgados apresentaram em média um crescimento próximo de 10%, no entanto a grande preocupação deste lado do Atlântico foca-se com as eleições francesas, onde a possível eleição da candidata anti Euro Marine Le Pen tem causado alguma apreensão no futuro político da Europa. Nos emergentes o mês foi positivo, em grande parte devido à subida das exportações e dos bons resultados apresentados pelas principais empresas destes países. Os índices de ações europeias fecharam positivos (Eurostoxx 50 2,8%), as praças americanas seguiram a mesma tendência (S&P500 +3,7%), assim como os mercados emergentes, a performance foi geralmente positiva, (MSCI Emerging +3%). Nas obrigações, a evolução foi positiva em todas as categorias. Março Durante o mês de Março, assistimos à divulgação de vários dados macroeconómicos que confirmam a recuperação das economias dos países desenvolvidos e dos emergentes. Nos EUA, a nova administração liderada por D.Trump teve o primeiro revés ao não conseguir a aprovação da sua proposta que visava substituir o plano de saúde popularizado por obamacare. Este desenlace, indicia algumas dificuldades na capacidade de conseguir aprovação por parte do congresso dos planos idealizados, nomeadamente, no corte de impostos e no investimento em infraestruturas. Do lado europeu, as atenções estão focadas nas eleições francesas, verificando um desanuviamento mediante a estagnação ou até perda de força da candidata anti-euro Marine Le Pen. Nos emergentes o mês foi novamente positivo, impulsionado pelo crescimento das exportações e do consumo doméstico. Os índices de ações europeias fecharam positivos (Eurostoxx 50 5,5%), as praças americanas apresentaram alguma acalmia (S&P500 0%), nos mercados emergentes, a performance foi geralmente positiva, (MSCI Emerging +2,4%). Nas obrigações, a evolução foi geralmente negativa nos mercados desenvolvidos e positiva na generalidade dos países emergentes. Abril O mês de Abril, presenciou uma subida generalizada nos principais ativos financeiros guiados pelos bons resultados apresentados pelas empresas por todo o globo, tendo na sua maioria superado as expetativas. Não obstante, nos EUA, o destaque vai para os fracos dados do emprego, o descrédito sobre a eficácia do plano para a reforma fiscal idealizado pelo presidente D. Trump e para as tensões geopolíticas. Do lado europeu, realce para a vitória do candidato pró Europa, Macron na 1º volta das eleições francesas. O resultado do sufrágio entusiasmou os mercados europeus, principalmente os títulos financeiros, perante a probabilidade mitigada de uma vitória da candidatura anti-euro, liderada por Le Pen. Nos emergentes o mês foi novamente positivo, apesar da queda generalizada dos preços das commodities. Os índices de Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 13

ações europeias fecharam positivos (Eurostoxx 50 1,7%), as praças americanas seguiram a mesma tendência (S&P500 0,9%), nos mercados emergentes, a performance foi geralmente positiva, (MSCI Emerging +2%). Nas obrigações, a evolução foi globalmente positiva nos mercados desenvolvidos e na generalidade dos países emergentes. Maio Excelentes dados macroeconómicos e notícias políticas dominaram as atenções no mês de Maio. Os dados divulgados ao longo do último mês superaram as estimativas em muitas regiões do globo, confirmando a robustez da economia global. Nos EUA, a boa conjuntura económica impediu uma agitação aguardada após notícias que indiciaram influência por parte de D. Trump ao agora ex-diretor do FBI numa investigação a um seu assessor. Do lado europeu, o candidato E. Macron venceu a 2ª volta das eleições francesas, dando alguma acalmia aos movimentos eurocéticos. Nos emergentes, o destaque virou novamente para a política brasileira com seu o presidente, M. Temer ter sido apanhado numa conversa que o liga ao processo Lava-Jato. Os índices de ações europeias fecharam mistos (Eurostoxx 50-0,1%), as praças americanas beneficiaram da queda do dólar (S&P500 1,2%), nos mercados emergentes, a performance foi geralmente positiva, (MSCI Emerging +2,8%). Nas obrigações, a evolução foi globalmente positiva nos mercados desenvolvidos e na generalidade dos países emergentes. Realce para depreciação do dólar face ao Euro em 3,1%. Junho O mês de Junho ficou marcado por alguma agitação nos mercados financeiros principalmente após o discurso de M. Draghi no fórum do BCE em Sintra ao anunciar uma redução do Quantative Easing para breve. Em reação ao sell-off, o BCE esclareceu que a perspetiva da redução das políticas expansionistas deve-se à conjuntura económica bem mais favorável na zona-euro. Nos EUA, destaque para os excelentes dados do emprego, o que suportou a 2.ª subida do ano por parte da FED. Nos emergentes, os mais recentes dados confirmam fortalecimento no consumo privado. Os índices de ações europeias fecharam negativas (Eurostoxx 50-3,2%), as praças americanas beneficiaram da queda do dólar (S&P500 0,5%), nos mercados emergentes, a performance foi geralmente positiva, (MSCI Emerging +0,5%). Nas obrigações, a evolução foi geralmente negativa. Nos mercados desenvolvidos, destaque para a diminuição dos spreads das yields dos países periféricos. Nas dívidas emergentes, as emissões cotadas em moeda local obtiveram desempenhos superiores às emitidas em dólares. Realce para depreciação do dólar face ao Euro em 1,6%. Julho Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 14

Os destaques do mês de Julho vão para a divulgação dos dados empresarias referentes ao 2.º trimestre 2017, tendo na maioria superado as expetativas. Para além deste tema, realço o suavizar do discurso mais alarmista de junho quando foi perspetivada a retirada do QE para breve com a premissa da inflação estar controlada. Para além de manterem as taxas inalteradas na reunião de 20/7, foi referido que por enquanto, a retirada do QE não está a ser discutida perante a instabilidade da taxa de inflação, tendo sido adiado o tema para o Outono. Nos EUA, está enraizada a instabilidade política protagonizada pela administração Trump, no meio de tanta turbulência, a mesma não está a conseguir implementar a sua agenda política. Os índices de ações europeias fecharam mistas (Eurostoxx 50 0,2%), as praças americanas continuam a beneficiar da queda do dólar (S&P500 1,9%), nos mercados emergentes, a performance foi geralmente positiva, (MSCI Emerging +2,1%). Nas obrigações, a evolução foi geralmente positiva em moeda local. Apesar da performance positiva nas dívidas americanas, as mesmas foram descontadas pela depreciação do dólar em 3,5% face ao Euro. Agosto A acalmia do mês de Agosto teve como tema dominante o simpósio de Jackson Hole, reunião anual de líderes dos principais bancos centrais onde é debatido o futuro das políticas monetárias. A líder da FED, defendeu a manutenção das atuais medidas regulatórias sobre o setor financeiro, indo em contra às principais pretensões do novo governo americano de eliminar o peso regulatório. No lado do BCE, M. Draghi reiterou que o QE vai perdurar até que a inflação atinja a meta pretendida. Adicionalmente, realço o aumentar da tensão geopolítica protagonizada pelo líder Kim Jong-un ao ritmo dos sucessivos ensaios balísticos, deixando em alerta máximo os países vizinhos assim como os EUA, tendo D.Trump prometido reagir com "fogo e fúria" se os EUA forem alvo de ameaças. Os índices de ações europeias fecharam negativos (Eurostoxx 50-0,8%), as praças americanas tiveram um desempenho ligeiramente positivo (S&P500 0,05%), nos mercados emergentes, a performance foi mais uma vez positiva, (MSCI Emerging +2%). Nas obrigações, a evolução foi positiva na generalidade das categorias. O dólar voltou a perder força face ao Euro depreciando no mês 0,6%. Setembro O mês de Setembro assistiu a um otimismo na generalidade dos mercados, guiados pelos bons dados macroeconómicos nomeadamente relativos ao emprego e consumo. A tendência deverá manter-se até ao fim do ano impulsionados, pelo que se adivinha, uma melhoria dos bons resultados trimestrais já registados no trimestre transato graças ao atual ambiente de crescimento económico. Perante o bom cenário económico, e de acordo com as últimas Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 15

indicações, a FED deverá continuar a política de redução dos estímulos monetários, sendo que o mercado aponta para uma probabilidade de 70% de uma nova subida da taxa diretora até ao final do ano. Os índices de ações europeias fecharam positivos (Eurostoxx 50 5,1%), as praças americanas tiveram um desempenho igualmente positivo (S&P500 1,9%), nos mercados emergentes, a performance foi ligeiramente negativa, (MSCI Emerging -0,6%), embora dispersa entre os seus membros. Nas obrigações, a performance das obrigações qualificadas em High Yield superaram o desempenho das avaliadas em Investment Grade. O dólar quebrou as quedas dos últimos meses voltando a ganhar força face ao Euro apreciando no mês 0,8%. Outubro O mês de Outubro continuou com o mesmo otimismo evidenciado no mês transato com a confirmação da robustez da economia mundial perante a divulgação dos excelentes dados macroeconómicos e empresarias. Este entusiasmo foi exacerbado pelo BCE ao anunciar um prolongamento por mais 9 meses da sua política expansionista, embora tenha reduzido o plano de compras mensais para 30 mil milhões euros, adicionalmente o primeiro ministro japonês, venceu as eleições com maioria parlamentar, estando em condições de levar à avante os seus planos para a reforma fiscal. Os índices de ações europeias fecharam positivos (Eurostoxx 50 2,2%), as praças americanas tiveram um desempenho igualmente positivo (S&P500 2,2%), nos mercados emergentes, a performance seguiu a mesma batuta, (MSCI Emerging 3,5%), embora dispersa entre os seus membros. Nas obrigações, apesar da performance das obrigações qualificadas em High Yield e avaliadas em Investment Grade americanas terem apresentado performances nulas foram compensadas pela apreciação de 1,4% do dólar face ao euro, por sua vez, as congéneres europeias apresentaram performances de 0,7% e 0,9% respetivamente. Novembro No mês de Novembro, os mercados corrigiram parcialmente as subidas dos últimos meses. Não obstante, a conjuntura macroeconómica é bem animadora. Na zona euro, o PIB foi revisto novamente em alta, a taxa de desemprego continua a diminuir e o PMI continua a renovar máximos. Nos EUA, devido à robustez dos vários indicadores, é apontado como certo uma nova subida da taxa de juro na reunião de dezembro. Para além deste tema, os mercados aguardam pela promulgação da reforma fiscal americana. Os índices de ações europeias fecharam negativos (Eurostoxx 50-2,8%), as praças americanas tiveram um desempenho positivo (S&P500 2,8%), os mercados emergentes, ficaram ligeiramente positiva, (MSCI Emerging 0,2%). Nas obrigações, a generalidade apresentou performances negativas onde as qualificadas em High Yield foram mais penalizadas que as avaliadas em Investment Grade. Geograficamente, as Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 16

americanas acabaram por ter um desempenho ainda mais negativo devido à depreciação do dólar em 2,2%. Dezembro O ano de 2017 pautou-se por performances bem positivas na generalidade das classes de ativos pelas várias regiões do globo. Este desempenho foi guiado pelos excelentes dados macroeconómicos, bons resultados empresariais e pela mitigação de riscos políticos em algumas regiões. Para 2018, acreditamos que esta conjuntura irá perdurar impulsionada pela redução considerável da taxa de imposto sobre as empresas americanas. Na Europa, apesar da imprevisibilidade do próximo escrutínio italiano, os dados macro e empresarias atestam a robustez na região. Os índices de ações europeias fecharam positivos (Eurostoxx 50 6,5%), as praças americanas seguiram a mesma tendência (S&P500 19,4%), os mercados emergentes superaram os desenvolvidos, (MSCI Emerging 34,4%). Nas obrigações, a generalidade apresentou um desempenho positivo, sendo que pela positiva, destaque para a dívida emergente em moeda local. Pelo lado negativo, há a registar o desempenho das emissões em EUR com rating Investment Grade. Na componente cambial, o Euro apreciou-se face aos principais pares cambiais, tendo o Dólar depreciado 12,4% face à moeda europeia. 2.3 Política de investimento: objectivos e princípios Na composição do património do Fundo, a Entidade Gestora teve em conta os objectivos e as finalidades a atingir pelo Plano de Pensões, no que diz respeito aos níveis adequados de segurança, de rendibilidade e de liquidez das respectivas aplicações financeiras, tendo em conta a natureza e a exigibilidade dos benefícios prometidos ou em pagamento, assegurando, nomeadamente: a) a adequada diversificação e dispersão de riscos, evitando a dependência excessiva de um determinado activo ou emitente e a limitação do risco de liquidez especialmente no curto e médio prazos; b) a selecção criteriosa das aplicações em função do seu risco intrínseco e do risco de mercado, tendo em consideração as informações credíveis disponíveis, designadamente as notações de risco de crédito atribuídas pelas agências de rating; c) a aplicação prudente em activos que, pela sua natureza ou qualidade do emitente, apresentem um elevado grau de risco; d) o cumprimento do Regulamento de Gestão e das disposições legais aplicáveis. Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 17

O património do Fundo é constituído por valores mobiliários, incluindo as unidades de participação em organismos de investimento colectivo, instrumentos representativos de dívida de curto prazo, depósitos bancários, outros activos de natureza monetária, bem como outros activos que venham a ser permitidos pela legislação aplicável, nos termos e condições nela previstos para a sua utilização. A Entidade Gestora recorreu à utilização de técnicas e instrumentos adequados à gestão do Fundo tais como os instrumentos financeiros derivados, nas condições e limites definidos por Norma Regulamentar da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. A utilização de instrumentos derivados teve como objectivo exclusivo a cobertura de riscos. As aplicações em caixa e em disponibilidades à vista representam um valor residual, salvo em situações efectivas de força maior que conduzam, temporariamente, ao incumprimento deste princípio, nomeadamente em casos de entrega de contribuições, de necessidades de tesouraria ou de elevada instabilidade dos mercados financeiros. À Entidade Gestora fica vedado: a) Adquirir acções próprias para o Fundo; b) Oferecer a terceiros os activos do Fundo para garantia, qualquer que seja a forma jurídica a assumir por essa garantia, excepto no âmbito de contratos de reporte ou de empréstimo de valores ou outros com o objectivo de uma gestão eficaz de carteira, nos termos da legislação aplicável; c) Assumir responsabilidades de que possa resultar a necessidade de provisionar o Fundo com verbas adicionais, quer por recurso a empréstimos, quer por acordos ou contratos cujo cumprimento possa onerar o Fundo; d) Conceder crédito, por conta do Fundo, nomeadamente crédito hipotecário ou crédito aos Participantes. Não podem ser adquiridos nem entregues como contribuição para o Fundo: a) Valores mobiliários emitidos ou detidos pela Entidade Gestora; b) Valores mobiliários emitidos ou detidos por sociedades que sejam membros dos órgãos de gestão da Entidade Gestora, ou que com esta estejam em relação de domínio ou de grupo, ou que possuam, directa ou indirectamente, mais do que 10% do capital social ou dos direitos de voto desta, salvo se os títulos se encontrarem admitidos à negociação numa bolsa de valores ou em outro mercado regulamentado de Estado membro da União Europeia ou em mercado análogo de país da OCDE; Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 18

c) Valores mobiliários emitidos ou detidos pelo Associado do Fundo ou por sociedades que estejam em relação de domínio ou de grupo com esse Associado, salvo se os títulos se encontrarem admitidos à negociação numa bolsa de valores ou em outro mercado regulamentado de Estado membro da União Europeia ou em mercado análogo de país da OCDE; d) Valores mobiliários emitidos ou detidos por sociedades cujo capital social ou direitos de voto pertençam, directa ou indirectamente, em mais do que 10% a um ou mais administradores da Entidade Gestora, em nome próprio ou em representação de outrem, e aos seus cônjuges e parentes ou afins no 1.º grau; e) Valores mobiliários emitidos ou detidos por sociedades de cujos órgãos de gestão ou de fiscalização façam parte um ou mais administradores da Entidade Gestora, em nome próprio ou em representação de outrem, seus cônjuges e parentes ou afins no 1.º grau, salvo se os títulos se encontrarem admitidos à negociação numa bolsa de valores ou em outro mercado regulamentado de Estado membro da União Europeia ou em mercado análogo de país da OCDE. 2.4 Cumprimento dos princípios e regras prudenciais Não existem quaisquer situações de incumprimento dos limites regulamentares de diversificação e dispersão prudenciais estipulados no Regulamento de Gestão, nomeadamente: a) o investimento em valores mobiliários que não se encontrem admitidos à negociação num mercado regulamentado não pode representar mais do que 15%; b) o investimento em UP s de organismos de investimento colectivo não harmonizados não pode representar mais do que 10%; c) o investimento em activos expressos em moedas distintas daquela em que estão expressas as responsabilidades do fundo de pensões não pode representar mais do que 30%; d) o valor de mercado dos activos cedidos em operações de empréstimo não pode exceder os 40%; e) o investimento numa mesma sociedade não pode representar mais do que 10%, e 5% caso se tratem de investimentos em associados do fundo de pensões ou em sociedades em relação de domínio ou de grupo com esses associados; f) o investimento relativamente a sociedades em relação de domínio ou de grupo entre si ou com a entidade gestora não pode representar mais do que 20%, e 10% caso se tratem de Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 19

investimentos efectuados no conjunto dos associados do fundo de pensões e das sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo com esses associados; g) o investimento em UP s de um único organismo de investimento colectivo não harmonizado não pode representar mais do que 2%; h) caso os organismos de investimento colectivo não harmonizado invistam em outros organismos de investimento colectivo não harmonizado, é considerado o investimento em UP s de cada um destes outros organismos, o qual não pode representar mais do que 2%. 2.5 Comparação dos limites de exposição e da alocação estratégica com a alocação actual O Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior contempla uma carteira de investimento, com um perfil conservador, e cuja composição, sem prejuízo das regras estabelecidas na Política de Investimento constante do Regulamento de Gestão, é a seguinte: máximo de 10% de Activos do Tipo I, 50% a 100% de Activos do Tipo II, máximo de 5% de Activos do Tipo III, máximo de 50% de Activos do Tipo IV, e máximo de 5% de Activos do Tipo V. Considera-se: a) Activos do Tipo I, acções, obrigações convertíveis ou que confiram direito à subscrição de acções ou, ainda, por quaisquer outros instrumentos que confiram o direito à sua subscrição ou que permitam uma exposição aos mercados accionistas, designadamente warrants e participações em instituições de investimento colectivo cuja política de investimento seja constituída maioritariamente por acções; b) Activos do Tipo II, os activos financeiros que integram a categoria de obrigações e títulos representativos de dívida similares não incluídas na alínea anterior, fundos mobiliários de obrigações ou maioritariamente de obrigações, títulos representativos de dívida da mesma natureza e títulos de dívida pública; c) Activos do Tipo III, unidades de participação em fundos de investimento imobiliário; d) Activos do Tipo IV, os activos financeiros que integram a categoria de dívida de curto prazo, depósitos bancários e outros instrumentos monetários; e) Activos do Tipo V, o investimento em unidades de participação de organismos de investimento colectivo não harmonizados. Alocação a 31/12/2017 Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 20

RRS Activos Tipo I Activos Tipo II Activos Tipo III Activos Tipo IV Activos Tipo V Outros ASF 402 Limites Min - Max 0% - 10% 50% - 100% 0% - 5% 0% - 50% 0% - 5% - Exp Ref.ª 5% - - - - - Exposição Directa 2,00% 70,84% 0,36% 12,00% 0,00% 14,80% Durante o exercício, a gestão financeira da Carteira de Investimento afecta aos Planos de Pensões obedeceu aos limites de exposição e da alocação estratégica estabelecidos na política de investimento definidos no Regulamento de Gestão do Fundo. 2.6 Evolução da estrutura da carteira de investimentos Janeiro Durante o mês de Janeiro, as principais medidas passaram pelo investimento resultante da liquidação de vários fundos em carteira, nomeadamente o Banif Iberia (-2,5%) e Banif Euro Corporates (-27,0%). Investiu-se em dívida da Fresenius com maturidade em 2024 (+2,5%) e aplicou-se a restante liquidez em dívida soberana de muito curto prazo (+28,6%). Fevereiro Durante o mês de Fevereiro, foram sendo estabelecidas posições curtas na dívida pública alemã com maturidade de 10 anos (-3,0%) de forma a defender a carteira do risco de subida dos yields, dado o seu nível cada vez mais reduzido. Por seu turno, a liquidez resultante da liquidação do fundo Banif Euro Corporates, a qual ocorreu no final de Janeiro, foi aplicada parcialmente nos fundos Natixis Subordinated Credit (+6,0%) e Pictet Euro Corporate Bonds (+4,4%), de forma proporcional a manter a exposição aos vários segmentos do mercado de obrigações de crédito que o fundo anterior detinha. Para além disso, investiu-se no fundo de retorno absoluto de crédito EntrustPermal Alternative Income Strategy (+1,0%) através da alienação de 0,6% do fundo Schroders Global High Yield e de quase-liquidez em dívida soberana de muito curto prazo. Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 21

Finalmente, a exposição cambial ao dólar foi reduzida marginalmente em 0,3% para 1,5%. No entanto, essa exposição chegou a atingir cerca de 3% no decurso do mês para aproveitar uma apreciação temporária do euro. Março Durante o mês de Março, manteve-se a exposição ao segmento accionista enquanto se aumentou a exposição ao usd de 1,5% para 3,5%, aproveitando o facto de o euro estar no máximo do ano. No segmento obrigacionista, para além da gestão táctica de taxa de juro com posições curtas na dívida pública alemã com maturidade de 10 anos (-3,0%) de forma a defender a carteira do risco de subida dos yields, investiu-se nos fundos Natixis Subordinated Credit (+6,0%) e Pictet Euro Corporate Bonds (+4,4%). Finalmente, na componente de fundos de retorno absoluto, investiu-se 1,3% no fundo Engadine Equity. Abril Durante o mês de Abril, as principais medidas passaram por um aumento da cobertura do risco de taxa de juro e uma redução da exposição ao usd. Assim, aumentaram-se as posições curtas na dívida pública alemã com maturidade de 10 anos de -3,0% para -5,0%, de forma a aproveitar a queda dos yields na Alemanha. Por outro lado, em antecipação à diminuição do risco político na zona euro diminuiu-se a exposição ao dólar de 3,5% para 1,4%. Maio Durante o mês de Maio vendeu-se a posição de EDP 2020 e comprou-se uma posição inicial de Saudaçor 2021 (emissão com garantia explícita do Governo Regional dos Açores). Consolidou-se também a exposição a Dívida Pública de Itália e de Espanha reduzindo o número de emissões em carteira. Junho Durante o mês de Junho não foram feitas operações significativas na carteira. Julho Durante o mês de Julho, as principais medidas passaram por uma redução da exposição a High Yield europeu e pelo reforço da exposição a Commodities. Agosto Durante o mês de Agosto, as principais medidas passaram pela compra de uma posição no fundo Salar (Obrigações Convertíveis). Reduziu-se a exposição a Obrigações Soberanas de Espanha e da Irlanda. Comprou-se uma posição em dívida Soberana do Reino Unido e optou-se Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 22

por não fazer a respectiva cobertura do risco cambial. Cobriu-se também parte do risco de taxa de juro da carteira. Setembro Durante o mês de Setembro, vendeu-se a totalidade da exposição a dívida soberana da Irlanda. Foi feito o roll-over dos contratos de futuros de Setembro para Dezembro. Outubro Durante o mês de Outubro, as principais medidas passaram pela venda de posições em obrigações soberanas de Espanha (com maturidade para 2030) e de Itália (com maturidade para 2033). Novembro Durante o mês de Novembro comprou-se uma posição em PEMEX 02/2025. Dezembro Durante o mês de Dezembro não foram feitas alterações relevantes na estrutura da carteira. Foi feito o rollover dos contratos de futuros com expiração em Dezembro de 2017 para os contratos de futuros com expiração em Março de 2018. 2.7 Rendibilidade e níveis de risco do fundo de pensões Medidas de Rendibilidade Fundo Mercado* Rendibilidade Valores Rendibilidade Valores efectiva Anualizados mediana Anualizados YTD 2,35% - 4,10% - 1 Ano 2,35% - 4,10% - 2 Anos 3,44% 1,71% 6,10% 3,10% 3 Anos 3,19% 1,05% 5,60% 3,10% 5 anos 13,85% 2,63% 19,20% 4,40% * As rendibilidades de mercado foram estimadas com base nos dados fornecidos pela Mercer Investment Consulting Análise de Risco a 31/12/2017 Medidas de Volatilidade e Risco YTD 1 Ano Desvio Padrão Anualizado 1,08% 1,08% Annualised Downside Deviation 0,71% 0,71% Gain/Loss Ratio 1,39 1,39 Índice de Sharpe Anualizado 2,17 2,17 Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 23

Tabela Resumo Risco Total (Desvio Padrão anualizado) 1,08% C/Derivados S/Derivados Value-At-Risk em Euros 3.490 4.171 Value-At-Risk (%) 0,83% 1,00% A análise do Fundo foi realizada à data de 31-Dez-2017. De entre as principais variáveis analisadas destaca-se o desvio padrão da carteira com um valor de 1,08%. A análise do 'Valueat-Risk' mostra que a perda máxima expectável, incluíndo derivados, totalizava à data 3.490 o que corresponde a 0,83% da carteira. Sem derivados o valor do 'Value-at-Risk' é de 4.171, representando 1,00% do valor total. Comparando os valores obtidos, conclui-se que a perda máxima expectável é inferior quando incluídos os derivados na carteira. A estratégia seguida via futuros é a de gestão do risco cambial. A desagregação do 'Value at Risk por País' permite verificar que o risco estimado do Fundo deriva principalmente do investimento em activos de France, com uma contribuição para o VaR total de aproximadamente 40%, e Grã-Bretanha com uma contribuição para o VaR total de aproximadamente 26%. Breakdown do Risco do Portfolio VaR ( ) VaR (%) Contribuição Acções 22 0,01% 0,64% Inv. Directo 0 0,00% 0,00% Inv. Indirecto 22 0,01% 0,64% Futuros 0 0,00% 0,00% Obrigações 3.234 0,77% 92,64% Inv. Directo 460 0,11% 13,17% Inv. Indirecto 2.774 0,66% 79,47% Futuros 0 0,00% 0,00% Imobiliário 252 0,06% 7,21% Inv. Directo 0 0,00% 0,00% Inv. Indirecto 252 0,06% 7,21% Outros Fundos 582 0,14% 16,67% Outros -599-0,14% -17,16% VaR Total 3.490 0,83% 100% Activos que mais contribuem para o Risco Total Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 24

Carteira Peso Efectivo VaR (%) Contribuição LYXOR UCITS ETF DAILY DOUBLE 9,57% 0,23% 27,48% NATIXIS CREDIT SUBORDIN-I 15,41% 0,16% 18,88% SISF-EM MKT BND-C USD ACC 5,00% 0,13% 15,21% BANIF IMOGEST 2,45% 0,06% 7,21% JPM INV-JPM GLBL MAC OPP-C 2,28% 0,06% 7,06% Obrigações Peso Efectivo Desvio padrão % Contribuição LYXOR UCITS ETF DAILY DOUBLE 9,57% 0,23% 27,48% NATIXIS CREDIT SUBORDIN-I 15,41% 0,16% 18,88% SISF-EM MKT BND-C USD ACC 5,00% 0,13% 15,21% SCHRODER INTL GLB HI YD-CUSD 2,64% 0,06% 7,02% PICTET-EUR CORPORATE BNDS-I 10,67% 0,03% 3,75% 2.8 Benchmarks de performance e resultados O benchmark definido para a avaliação da performance da carteira do Fundo é um compósito determinado por: 5% dos índices DJ Euro Stoxx 50 e MSCI World Eur Hedged, em proporção idêntica; 40% do índice EFFAS Bond Euro govt all > 1Yr Total Return ; 40% da Euribor a 12 meses (360 dias), fixada no início do exercício; 15% do Índice Imobiliário APFIPP. No exercício de 2017, o índice de referência fixou-se nos 0,81%, ao passo que a rendibilidade apurada do Fundo foi de 2,35%. Peso Médio ( 1) TWR ( 2 ) Contribuição Acções 1,52% 13,93% 0,21% Inv. Directo 0,00% 0,00% 0,00% Inv. Indirecto 1,52% 13,93% 0,21% Futuros 0,00% 0,00% 0,00% Obrigações 83,21% 3,16% 2,63% Inv. Directo 45,01% 2,51% 1,13% Dívida países periferia 41,41% 2,36% 0,98% Dívida países core 3,61% 4,24% 0,15% Inv. Indirecto 38,20% 3,92% 1,50% Futuros 0,00% 0,00% 0,00% Imobiliário 0,60% 6,78% 0,04% Inv. Directo 0,00% 0,00% 0,00% Inv. Indirecto 0,60% 6,78% 0,04% Outros Fundos 8,09% 5,26% 0,43% Instr Mercado Monetário 6,56% -6,62% -0,43% Outros ( 3 ) 0,02% -0,52% Total 100% 2,35% Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 25

(1) - O Peso Médio é calculado usando o critério de média aritmética simples (2) - O método de cálculo da performance segundo a TWR é distinto do utilizado para o cálculo da rendibilidade do fundo YTD que se encontra no n.º 2.7 (3) - A componente "Outros" refere-se a ganhos/perdas cambiais, comissões, impostos e ganho não atribuível Breakdown da Performance da Carteira Activos com maior contribuição Activos com maior contribuição Contribuição positiva negativa Contribuição NATIXIS CREDIT SUBORDIN-I OIC Obrigações Europa 1,00% SCHRODER INTL GLB HI YD-CUSD OIC Obrigações (Outros) (High -0,15% PICTET-EUR CORPORATE BNDS-I OIC Obrigações (Outros) 0,24% SISF-EM MKT BND-C USD ACC OIC Obrigações Mercados Eme -0,04% JPM INV-JPM GLBL MAC OPP-C OIC Outros 0,23% PICTET-EMERG LOCAL CCY OIC Obrigações Mercados Eme -0,02% DEUTSCHE I EURO HIGH YIELD OIC Obrigações Europa 0,21% FRTR 1 1/2 05/25/31 Títulos Dívida Pública -0,02% SAUDCR 0 06/29/21 Títulos Dívida Empresas 0,13% ESRX 3.05 11/30/22 Títulos Dívida Empresas -0,01% Breakdown da Performance das Obrigações Peso Médio TWR Contribuição Obrigacções 72,93% 3,60% 2,63% Taxa Fixa 66,88% 3,68% 2,46% Fundos 43,03% 3,48% 1,50% Títulos Dívida Empresas 7,88% 5,55% 0,44% Títulos Dívida Financeira 4,79% 0,85% 0,04% Títulos Dívida Pública 10,22% 4,45% 0,46% Títulos Dívida Titularizado 0,97% 2,79% 0,03% Taxa Variável 6,05% 2,77% 0,17% Fundos 0,00% 0,00% 0,00% Títulos Dívida Empresas 6,05% 2,81% 0,17% Títulos Dívida Financeira Títulos Dívida Pública Títulos Dívida Titularizados Futuros 0,00% Breakdown da Performance das Obrigações Activos com maior contribuição Activos com maior contribuição Contribuição positiva negativa Contribuição NATIXIS CREDIT SUBORDIN-I OIC Obrigações Europa 1,00% SCHRODER INTL GLB HI YD-CUSD OIC Obrigações (Outros) (High Yield) -0,15% PICTET-EUR CORPORATE BNDS-I OIC Obrigações (Outros) 0,24% SISF-EM MKT BND-C USD ACC OIC Obrigações Mercados Emergentes -0,04% DEUTSCHE I EURO HIGH YIELD OIC Obrigações Europa 0,21% PICTET-EMERG LOCAL CCY OIC Obrigações Mercados Emergentes -0,02% SAUDCR 0 06/29/21 Títulos Dívida Empresas 0,13% FRTR 1 1/2 05/25/31 Títulos Dívida Pública -0,02% FREGR 1 1/2 01/30/24 Títulos Dívida Empresas 0,12% ESRX 3.05 11/30/22 Títulos Dívida Empresas -0,01% 2.9 Gestão dos riscos materiais a que o fundo se encontra exposto A estratégia de gestão de riscos da entidade gestora contempla a identificação dos riscos a que os fundos de pensões por si geridos se encontram expostos e respectivo enquadramento no âmbito das suas principais orientações estratégicas e políticas de negócio globais assim como a definição de procedimentos para a monitorização frequente e detalhada dos riscos identificados. Todas as fragilidades identificadas no âmbito de controlos internos são classificadas por tipo e por grau (elevado, médio e baixo) de risco e resumidas numa matriz de Risk Appetite Statement. Fundo de Pensões Aberto Real Reforma Senior Relatório e Contas 2017 26