Monitoramento da Cultura de Cana-de-Açúcar no Estado de São Paulo

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Versão Online Boletim No: 11 Setembro, 2015 Monitoramento da Cultura de Cana-de-Açúcar no Estado de São Paulo I. PANORAMA O boletim desse mês entrevistou o coordenador da divisão de Avaliação Integrada de Biorrefinarias (AIB) do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), Antonio Bonomi. A AIB é responsável por desenvolver a Biorrefinaria Virtual de Cana-de-Açúcar (BVC) que é uma estrutura de cálculo capaz de realizar simulações de diversas operações no âmbito da cadeia produtiva do setor sucroenergético, avaliando os impactos técnicos, econômicos, ambientais e sociais. Bonomi relata que o surgimento da BVC se deu por uma confluência de duas ideias: a primeira foi do ex-diretor do CTBE Dr. Marco Aurélio Lima, que precisava de uma ferramenta para avaliar os avanços do Laboratório na área tecnológica, e a segunda da experiência de 25 anos do próprio coordenador, que trabalhou no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), que identificou a necessidade de avaliar a performance de diferentes tipos de tecnologi- as para produção de bioprodutos. O coordenador define a Biorrefinaria Virtual como uma plataforma de simulação para toda a cadeia da cana, seja para produzir etanol, açúcar, eletricidade ou outros produtos. Essa plataforma simula processos com o intuito de avaliálos do ponto de vista social, econômico e ambiental. Para essas simulações, a BVC usa diversos softwares. Na área agrícola, o modelo de avaliação utilizado pela BVC incorpora parâmetros como, por exemplo: tipos de colheita e plantio, etapas de transporte, operações agrícolas, maquinários, implementos, mão de obra, agroquímicos, fertilizantes, entre outros. No setor industrial, obtêmse balanços de massa e energia do processo e realiza a avaliação técnica de diferentes opções de produtos e tecnologias para biorrefinarias. Já na área de logística e uso final, é possível analisar a influência da logística de comercialização e do Destaque A BVC é uma ferramenta que possibilita avaliar a integração de novas tecnologias nas fases agrícolas, industrial e de uso à cadeia produtiva de cana-de-açúcar e outras biomassas.

transporte do etanol e de outros produtos no impacto total da cadeia produtiva. Impactos de sustentabilidade econômica são avaliados na BVC empregando técnicas conhecidas de engenharia econômica, enquanto que avaliações sociais e ambientais são realizadas por meio de metodologias como a Matriz Insumo Produto e a Análise de Ciclo de Vida. A metodologia para análise social, segundo Bonomi, ainda está sendo desenvolvida. Esse módulo social, será bastante interessante porque irá simular impactos previstos na adoção de novas tecnologias e não apenas analisar com dados obtidos após a sua implantação. Um dos exemplos desta funcionalidade mencionado pelo coordenador foi poder simular como seria o número de acidentes no setor por litro de etanol produzido, quando da adoção da tecnologia de produção de etanol de 2ª geração. Como a maioria dos acidentes acontece na fase agrícola da produção do etanol, com a adoção da segunda geração, que levará a um aumento da quantidade de etanol produzido com a mesma quantidade de cana, o número de acidentes por litro de etanol será menor. Dentre as tecnologias em desenvolvimento avaliadas pela Biorrefinaria Virtual de Cana estão o etanol celulósico (segunda geração), produtos derivados da química verde, novos manejos agrícolas para a cana-de-açúcar e a sua palha, além de diferentes estratégias de comercialização e uso do etanol como biocombustível. Integram essa análise os setores agrícola, industrial e de uso final dos produtos. Segundo Bonomi, a BVC sempre está em atualização, seja para inserção de novas rotas, novos produtos e melhoria nos modelos de avaliação. Existe um trabalho que foi produzido a partir de simulações feitas pela BVC, publicado na edição 41 da revista BNDES Setorial de Biocombustíveis: De promessa a realidade: como o etanol celulósico pode revolucionar a indústria da cana-de-açúcar uma avaliação do potencial competitivo e sugestões de política pública. Esse artigo avalia a produção de etanol de segunda geração no curto, médio e longo prazo. Os resultados mostraram que no curto prazo o etanol de segunda geração não é viável economicamente, mas no médio e longo prazo sim. Desta maneira, mostra-se que há a necessidade de apoio governamental para a impulsão desta tecnologia, assim como aconteceu com o PROALCOOL, que gerou um avanço nas tecnologias ao longo da cadeia produtiva, tanto que a produtividade de etanol passou de 3 para 7 mil litros por hectare num intervalo de 40 anos. Além da produção de etanol de segunda geração, no futuro, o setor ainda pode crescer mais com a produção de combustíveis de aviação, plásticos verdes e produtos químicos em geral. Utilizando cana-de-açúcar e outras matérias primas complementares. Todas essas avaliações podem ser simuladas pela BVC ainda na etapa laboratorial, garantindo menor gasto e maior possibilidade de sucesso nos empreendimentos. Esta facility está disponível a usuários internos (CNPEM), externos (Brasil e exterior), bem como à prestação de serviços (iniciativa privada / não acadêmica). A BVC opera em modo de submissão de propostas via Portal de Usuários do CNPEM, oferecendo serviço, treinamento inicial e suporte na operação dos seus módulos e operações.

Agosto de 2015 apresentou déficit de chuvas comparado com agosto de 2014, com exceção na região norte e na região central do estado de São Paulo, que apresentaram precipitação acima do ocorrido em agosto de 2014. *Desvio padrão: mede a dispersão do valor de cada evento em torno da sua média.

III. DESEMPENHO DA SAFRA DO MÊS DE AGOSTO Os índices de vegetação no mês de agosto estão acima da média histórica, e indicam um bom desenvolvimento da safra 2015/16. Apesar da precipitação do mês de agosto estar próxima da média histórica, é possível observar que na maioria dos meses dessa safra a chuva foi acima da média histórica, isso justifica o bom desempenho da cultura. *O NDVI é um índice que está diretamente correlacionado com vários parâmetros da vegetação como o índice de área foliar (IAF) e a biomassa.

ECMWF http://www.ecmwf.int/en/research/climatereanalysis/era-interim Jansle Vieira Rocha Coordenador FEAGRI-UNICAMP Michelle C. A. Picoli Coordenadora CTBE Daniel Garbellini Duft CTBE Cauã G. Miranda CTBE