Análise de Conteúdo Nelson H. Leidens Lealis Vaz M. Lopes

Documentos relacionados
Metodologia de Dissertação II. Renata Lèbre La Rovere IE/UFRJ

Metodologia de Dissertação II. Renata Lèbre La Rovere IE/UFRJ

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

ANÁLISE DE CONTEÚDO O QUE É A ANÁLISE DE CONTEÚDO QUANDO USAR A ANÁLISE DE CONTEÚDO COMO FAZER ANÁLISE DE CONTEÚDO

Metodologia de Dissertação II. Renata Lèbre La Rovere IE/UFRJ

Análise de Conteúdo. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Prof. Ms. Anderson dos Santos Carvalho

Plano de aula PESQUISA QUALITATIVA 23/05/2018 A EVOLUÇÃO DA PESQUISA EM ENFERMAGEM. Críticas aos dados quantitativos

TIPOS DE PESQUISA. 1 Quanto à abordagem 1.1 Pesquisa qualitativa 1..2 Pesquisa quantitativa

Análise de Conteúdo. Estágio com Pesquisa em Ensino de Biologia Maria Elice Brzezinski Prestes Rosana Louro Ferreira Silva

AULA Nº 7 METODOLOGIA CIENTÍFICA ALGUNS TIPOS DE PESQUISAS E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS. Prof. MSc. Fernando Soares da Rocha Júnior

PALAVRAS-CHAVE: lei de meios; argentina; comunicação.

AULA 02 PLANEJAMENTO ESTATÍSTICO

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 7 o ano EF

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 7 o ano EF

Metodologia Científica: METODOLOGIA EM PESQUISA 19/10/2015

Inválido para efeitos de certificação

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DOMÍNIOS DISCURSIVOS (TIPOS DE DISCURSOS)

RESENHA. Revista Eletrônica de Educação, v. 6, n. 1, mai Resenhas. ISSN Programa de Pós-Graduação em Educação

Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2004, 229p.] Adriana Santos

Métodos de Pesquisa: Estudo de Caso. Dr. Emílio Costa

O Papel da Universidade na Capacitação e no Desenvolvimento Tecnológico: categorias para análise de conteúdo

Introdução à Revisão Sistemática da Literatura

Parte I - Introdução. Capítulo 1 - Objectivos do Estudo. 1.1 Metodologia

Metodologia de Dissertação II. Renata Lèbre La Rovere IE/UFRJ

Manual para a elaboração do TCC em formato Monografia Curso de Publicidade e Propaganda 2º/2016

ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E DESIGN JORNALISMO

Metodologia de Dissertação II. Renata Lèbre La Rovere IE/UFRJ

A PESQUISA E SUAS CLASSIFICAÇÕES A PESQUISA E SUAS CLASSIFICAÇÕES

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 5 o ano EF

MULHERES EMPREENDEDORAS: UM ESTUDO EM EMPREENDIMENTOS CONQUISTENSE SOBRE A INFLUÊNCIA DAS SOCIALIZAÇÕES

A Computação e as Classificações da Ciência

Modulo 5. Técnicas de análise e interpretação dos dados.

LIVRO DE RESUMOS III Congresso Internacional sobre Culturas: Interfaces da Lusofonia de novembro de 2017 Universidade do Minho, Braga, Portugal

Revisão de Literatura: como fazer?

Avaliação de Processo e de Produto

Alécio Vidor 1. Doutor em Filosofia - Universidade São Tomás de Aquino, Roma.

Observar (lat observare) vtd 2 Estudar, examinar, olhar com atenção, pesquisar minuciosamente. Bento, Maio de 2009

Método fenomenológico de investigação psicológica

Metodologia de Dissertação II. Renata Lèbre La Rovere IE/UFRJ

Manual de apoio para a elaboração do TCC em formato Monografia Curso de Publicidade e Propaganda 2018

SUGESTÕES DE TEMAS PARA ORIENTAÇÃO DE TCC ANO: 2017

3 Metodologia A estratégia de investigação adotada

inglês Material de divulgação Comparativos Curriculares SM língua estrangeira moderna ensino médio

Metodologia de Dissertação II. Renata Lèbre La Rovere IE/UFRJ

Grade horária das Optativas Decom 2016/2

Técnicas de Pesquisa TCC TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO. Documentação Indireta Documentação Direta Fichamento

H003 Compreender a importância de se sentir inserido na cultura escrita, possibilitando usufruir de seus benefícios.

Tipos de Pesquisa Científica

Aula 4 ANÁLISE DE CONTEÚDO. Assicleide da Silva Brito Hélio Magno Nascimento dos Santos

PESQUISA: é a busca organizada da resposta de alguma questão estabelecida.

Avaliação da Qualidade de Estudos e Revisões Mistas

ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS DE MARKETING

SETEMBRO. Apresentação do programa Os limites da ciência e ética em pesquisa Pesquisa em Administração no Brasil Questões práticas

Estrutura e análise do texto acadêmico. Prof. Marcos Vinicius Pó Introdução às Humanidades e Ciências Sociais

PEDAGOGIA NO SISTEMA PRISIONAL E A QUESTÃO DA RESOCIALIZAÇÃO

ASSESSORIA DE IMPRENSA ESPECIALIZADA

Unidade II PROJETOS DE PESQUISA. Profa. Eliane Gomes Rocha

UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DOCENTE EM CIÊNCIAS DA NATUREZA CRUZ, J. V. ¹, COELHO, F. B. O.

EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE PUBLICIDADE E PROPAGANGA

PESQUISA DE MERCADO. Profa. MSc Marilda Sena P. Zuza

Adaptada e personalizada. Capaz de explicar informação complexa. Consegue construir competências comportamentais. Consegue aumentar a intenção de agir

A técnica Delphi para pesquisa

Índice de Sustentabilidade Mídia (MSI) Metodologia MSI

DISCIPLINA: Laboratório: Pesquisa em eleições PROFESSOR: Karl Henkel CRÉDITO: 03 CARGA HORÁRIA: 45h HORÁRIO: 9 13 h SEMESTRE LETIVO: II/2008

Metodologia da Pesquisa em Ciências Agrárias. Prof. Massena.

Filomena Lemos / 20 Janeiro Programa de Português

Documentação e Entrevista. Gabriel Araujo e Jovan Andrade

Gestão da Informação e do Conhecimento

Resenha em vídeo. Trabalho de gramática e texto

HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL E PRINCIPAIS ELEMENTOS

5 Pesquisa de campo: opções metodológicas

inglês Material de divulgação Comparativos Curriculares SM língua estrangeira moderna ensino médio

MATRIZ DE REFERÊNCIA LÍNGUA PORTUGUESA SADEAM 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Métodos de pesquisa quantitativa e qualitativa para Ciência da Computação

NÍVEL I 1214L-04 Língua Portuguesa I Estética e História da Arte Fundamentos da Pesquisa Científica em Comunicação

ENSINO SECUNDÁRIO CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE TURISMO

CURSO: JORNALISMO EMENTAS PERÍODO

LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL

IDENTIFICAR O PERFIL DO EGRESSO DO UNILASALLE CANOAS E SUAS INTERFACES COM AS DEMANDAS DA SOCIEDADE.

Letras língua Espanhola

CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DA PROVA DE REDAÇÃO PARA O CURSO LETRAS LIBRAS. I ADEQUAÇÃO Adequação ao tema

ELEMENTOS DÊITICOS EM NARRATIVAS EM LIBRAS 43

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE SELEÇÃO PROCESSO SELETIVO PARA O PREENCHIMENTO DE VAGAS DISPONÍVEIS/2015

1. Caracterização e enquadramento científico das Revisões Sistemáticas e Meta Análises

1º ano. Emprego da fala, adequando-a ao contexto comunicativo e ao que se supõe ser o perfil do interlocutor, em função do lugar social que ele ocupa.

Dalton Lopes Martins Universidade Federal de Goiás Recife 15 de maio de 2014

COMUNICAÇÃO SOCIAL JORNALISMO E MULTIMEIOS

PLANEJAMENTO ANUAL 2016

TEORIA E CRÍTICA LITERÁRIA SÉCULO XX

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DISCIPLINA : METODOLOGIA DA PESQUISA ASSUNTO: PESQUISA

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PEGÕES, CANHA e SANTO ISIDRO ESCOLA BÁSICA DE 2.º E 3.º CICLOS DE PEGÕES PORTUGUÊS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO.

SUMÁRIO. Língua Portuguesa. Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais...10

AS ANALOGIAS NAS AULAS DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA: CONTRIBUIÇÃO PARA A SOCIALIZAÇÃO E ENTENDIMENTO DE CONTEÚDOS

Estudo das tendências de abordagens de metodologia de pesquisa em engenharia de produção

METODOLOGIA A proposta pedagógica inclui: o Discussão de textos o Aulas expositivas o Atividades práticas o Palestras

Métodos de Pesquisa. Prof. Dr. Marcelo Fantinato PPgSI EACH USP 2015

Dimensão Econômica. Critério I - Estratégia. Indicador 1 - Planejamento Estratégico

Ficha de acompanhamento da aprendizagem

Competências/ Objectivos Conteúdos Estrutura Cotações

REVISTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E SEGURANÇA SOCIAL

Transcrição:

Análise de Conteúdo Nelson H. Leidens Lealis Vaz M. Lopes

Agenda 1 2 3 Definição do Método Histórico Fases e Análise 4 5 6 Forças x Fraquezas Aplicação Prática Referências

1 Definição do método 3

Um conjunto de técnicas de análise das comunicações, que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens. A intenção da análise de conteúdo é a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção (ou eventualmente, de recepção), inferência esta que recorre a indicadores (quantitativos ou não). (Bardin, 1977, p. 38) 4

Outras Definições A análise de conteúdo, atualmente, pode ser definida como um conjunto de instrumentos metodológicos, em constante aperfeiçoamento, que se presta a analisar diferentes fontes de conteúdos (verbais ou não-verbais) Silvia e Fossá, 2015 Content analysis is a method of analysing written, verbal or visual communication messages (Cole 1988 apud Satu Elo & Helvi Kyngas, 2008). 5

Content analysis is a research technique for making replicable and valid inferences from texts (or other meaningful matter) to the contexts of their use. (Klaus Krippendorff, 2004, p. 18) 6

2 Histórico 7

Histórico - A primeira tentativa de responder à pergunta o que essa mensagem significa? que se tem registro é a exegese da bíblia (Campos, 2004) Decodificar símbolos e metáforas contidas neste documento. - Suécia, 1640: análises de conteúdos prematuras são citadas em referência à pesquisa de autenticidade de hinos religiosos (temas, valores e modalidades estilísticas). (Campos, 2004) Essas análises foram realizadas como resultado da publicação dos Cânticos de Sião, uma coleção de 90 hinos de autoria desconhecida. (Krippendorff, 2004) 8

Histórico - 1888-1892: Bourbon tentou captar a expressão das emoções e das tendências da linguagem, utilizando para isso escritos do Êxodo, numa perspectiva temática e quantitativa. (Campos, 2004; Bardin, 2016) - Início do Séc. XX: a interpretação dos artigos da imprensa nos Estados Unidos (Campos, 2004; Krippendorff, 2004; Bardin, 2016) 9

Histórico 1. A primeira análise quantitativa de jornal, publicada em 1893 por Speed, mostrou como, entre 1881 e 1893, os jornais de Nova York haviam abandonado sua cobertura de assuntos religiosos, científicos e literários em favor de fofocas, esportes e escândalos. Alguns estudos passaram a defender que a busca pelo lucro levava ao "jornalismo amarelo barato" (Krippendorf, 2004) 2. A análise de conteúdo foi usada para medir o impacto sensacionalista dos artigos, sempre seguindo um rigor quantitativista em relação ao tamanho dos títulos, artigos e número de páginas. (Campos, 2004; Bardin, 2016) 10

Histórico 3. A análise de conteúdo passou a ser utilizada em outros meios de comunicação além de jornais, inicialmente para análises do conteúdo de rádio, depois para analisar o cinema e a televisão (Campos, 2004) - Segunda Guerra Mundial:, Propaganda Technique in the World War (Laswel, 1924). Análises (comportamentais e objetivas - influenciados pelo behaviorismo) de imprensa e propaganda deste período - análise da propaganda que incentivava o apoio à guerra. (Campos, 2004; Mozzato & Grzybovski, 2011; Bardin, 2016); 11

Histórico - Década de 40: descoberta de jornais ou revistas que ofereciam propagandas subversivas, principalmente com ideologia nazistas (Campos, 2004; Bardin, 2016); - 1948: The analysis of communication contents (Berenson, 1948) Objetividade e o rigor se confundem com os pressupostos positivistas Definição: : análise de conteúdo é uma técnica de pesquisa que visa uma descrição do conteúdo manifesto de comunicação de maneira objetiva, sistemática e quantitativa Década de 50:. O próprio Berelson afirma: A análise de conteúdo não possui qualidades mágicas e raramente se retira mais do que nela se investe e algumas vezes menos 12

Histórico Contemporaneidade 1. Críticas se fazem em relação ao uso restrito que Berelson empregava. atualmente, a técnica de análise de conteúdo refere-se ao estudo tanto dos conteúdos nas figuras de linguagem, reticências, entrelinhas, quanto dos manifestos (Campos, 2004) 2. O desenvolvimento da informática favoreceria uma abordagem por frequenciamento do material. (Campos, 2004) 13

Histórico 3. Um número maior de pesquisadores precisa colaborar na busca de análises de conteúdo em larga escala devido ao aumento de amostra de textos relevantes, cuja análise excede facilmente o que analistas individuais podem manipular. O trabalho em equipe para análise de conteúdo exigiria: - Alinhamento quanto aos procedimentos analíticos (principalmente com relação categorias analíticas); - Avaliar o desempenho dos membros da equipe; - Concordância com relação à categorias de análise. 14 (Krippendorff, 2004)

3 Fases e Análise 15

Fases e Análise Orientação fundamentalmente empírica, exploratória, vinculada a fenômenos reais, e finalidade de predizer. Baseia-se em conceitos de comunicação: A idéia de mensagem (nos intercâmbios humanos) A idéia de canal (limitação pelo meio) A idéia de comunicação (intercâmbio de informação) A idéia de sistema (interdependências globais e dinâmicas) Supõe que as trocas produzidas na trama social exigem uma definição estrutural do conteúdo que considere os canais, os fluxos de informação, os processos de comunicação, suas funções, seus efeitos na sociedade, os sistemas tecnológicos, as instituições sociais 16 Krippendorff (1980)

Fases e Análise 17 Krippendorff (1980)

Fases e Análise Objetivos perseguidos pela Análise de Conteúdo: a ultrapassagem da incerteza : o que eu julgo ver na mensagem estará lá efetivamente contido, podendo esta visão muito pessoal ser partilhada por outros? o enriquecimento da leitura: se um olhar imediato, espontâneo, já é fecundo, não poderá uma leitura atenta aumentar a produtividade e a pertinência? Pela descoberta de conteúdos e de estruturas que confirmam (ou inferem) o que se procura demonstrar a propósito das mensagens, ou pelo esclarecimento de elementos de significações susceptíveis de conduzir a uma descrição de mecanismos de que a priori não detínhamos a compreensão 18 Bardin (1977)

Fases, procedimentos 19 Bardin (1977)

Fases e Análise 20 Hsieh, H. F., & Shannon, S. E. (2005)

21 Fases e Análise

Técnicas de Análise Análise Categorial Definição Operações de desmembramento do texto em unidades (categorias), segundo agrupamentos analógicos Objetivo Descobrir os núcleos de sentido que compõe um comunicação Analisa A frequência dos núcleos de sentido, sob a forma de dados segmentáveis e comparáveis. Utiliza a significação da regularidade 22 Bardin (1977)

Técnicas de Análise Análise de Avaliação Definição Fundamenta-se no fato de que a linguagem representa e reflete diretamente aquele que a utiliza Objetivo Entender as atitudes do locutor quanto aos objetos de que ele fala (pessoas, acontecimentos, experiências, etc) Analisa A atitude ou predisposição do emisor da mensagem para reagir sob a forma de opiniões (verbal), ou de atos (não verbal) 23 Bardin (1977)

Técnicas de Análise Análise da Enunciação Definição Apoia-se na concepção da comunicação como processo, desviando das estruturas e dos elementos formais presentes no texto Objetivo Trabalhar as condições de produção da palavra e as modalidades do discurso Analisa Lógica, elementos formais atípicos (silêncio, omissões, etc) 24 Bardin (1977)

Técnicas de Análise Análise da Expressão Definição Conjunto de técnicas que trabalham indicadores (estrutura da narrativa) para atingir a inferência formal. Objetivo Investigar a autenticidade de documentos (literatura e histórica) na psicologia clínica, em discursos políticos ou outros suscetíveis à influência de ideologia. Analisa A correspondência entre o tipo de discurso e as caracterìsticas do locutor e de seu meio (necessita conhecer o autor da fala, sua situação social e dados culturais ao seu redor) 25 Bardin (1977)

Técnicas de Análise Análise das Relações Definição Extrai do texto a relação entre elementos da mensagem, complementando a análise frequencial simples. Objetivo Procurar a aparição de dois ou mais elementos do texto, atendendo-se às relações que eles mantêm entre si Analisa As co-ocorrências: com a escolha das unidades de registro e sua categorização; A análise estrutural: partindo da desestruturação do texto, a fim de explicá-los para depois recontrui-los. 26 Bardin (1977)

4 Forças x Fraquezas 27

Forças x Fraquezas Forças - Permite inferências sobre os dados coletados - potencial de desvelar as relações que se estabelecem além das falas propriamente ditas (Cavalcante et al, 2014); - Várias possibilidades de objeto de análise: material textual, fotos, filmes, áudios e outros (Mozzato & Grzybovski, 2011); - Tem função heurística (enriquece a tentativa exploratória) e/ ou para a administração da prova (Bardin, 1978) 28

Forças x Fraquezas Forças - Capacidade de usar dados retrospectivos e acompanhar as mudanças ao longo do tempo e detectar tendências (Kondracki et al, 2002); - Qualquer material de comunicação arquivado pode ser usado, ampliando assim a aplicação potencial do método (Kondracki et al, 2002); - Custos mais baixos em comparação com outros tipos de pesquisa (Kondraki et al, 2002). 29

Forças x Fraquezas Fraquezas - Viés do pesquisador (Cavalcante et al, 2014); - Necessidade da habilidade do pesquisador em extrapolar o que está além do texto (Cavalcante et al, 2014); - Nem sempre a frequência de um tema durante uma fala reflete a importância dele (Cavalcante et al, 2014); 30

Forças x Fraquezas Fraquezas - Quantidade de respondentes por vezes insuficiente (Cavalcante et al, 2014); - Se o pesquisador opta por um método de coleta de dados semiestruturado, eles devem ter cuidado para não direcionar as respostas do participante (Elo et al, 2014) 31

5 Aplicação Prática 32

Aplicação Prática 33 Petrocik, J. R. (1996). Issue ownership in presidential elections, with a 1980 case study. American journal of political science, 825-850.

Referência Número de citações no Google Scholar H Index Campos, C. J. G. (2004). Método de análise de conteúdo: ferramenta para a análise de dados qualitativos no campo da saúde. Revista brasileira de enfermagem. Mozzato, A. R., & Grzybovski, D. (2011). Análise de conteúdo como técnica de análise de dados qualitativos no campo da administração: potencial e desafios. Revista de Administração Contemporânea, 15(4), 731-747. Cavalcante, R. B., Calixto, P., & Pinheiro, M. M. K. (2014). Analise de Conteudo: considerac? es gerais, relac? es com a pergunta de pesquisa, possibilidades e limitac? es do metodo. Informação & Sociedade, 24(1). Elo, S., Kääriäinen, M., Kanste, O., Pölkki, T., Utriainen, K., & Kyngäs, H. (2014). Qualitative content analysis: A focus on trustworthiness. Sage Open, 4(1), 2158244014522633. 35 542 15 338 A2 140 A1 1082 A1

Referência Número de citações no Google Scholar H Index Hsieh, H. F., & Shannon, S. E. (2005). Three approaches to qualitative content analysis. Qualitative health research, 15(9), 1277-1288. Kondracki, N. L., Wellman, N. S., & Amundson, D. R. (2002). Content analysis: review of methods and their applications in nutrition education. Journal of nutrition education and behavior, 34(4), 224-230. 15705 83 929 60 36