QUE REFERENCIAS ORIENTAM AS AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESCOLAS PÚBLICAS DE PAU DOS FERROS?

Documentos relacionados
1. IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DA DISCIPLINA: PERÍODO: 8º CRÉDITO: 4 NOME DA DISCIPLINA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOME DO CURSO: PEDAGOGIA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E INTERDISCIPLINARIDADE: UMA PROPOSTA DE INVESTIGAÇÃO DA PRÁTICA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (UERN) CAMPUS AVANÇADO PROFA. MARIA ELISA DE A. MAIA (CAMEAM) HORTÊNCIA PESSOA RÊGO GOMES

FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DOCENTE NO ENSINO MÉDIO: A BUSCA PELA QUALIFICAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE M.R.F.L.

PROJETOS DE PESQUISA E CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE PESQUISAS

PLANO DE ENSINO. Curso: Pedagogia. Disciplina: Metodologia da Pesquisa Aplicada à Educação IV. Carga Horária Semestral: 40 Semestre do Curso: 8º

PALAVRAS - CHAVE: Educação Física; Educação Ambiental; Meio Ambiente; Educação Física Escolar.

O CURSO DE PEDAGOGIA COMO LÓCUS DA FORMAÇÃO MUSICAL INICIAL DE PROFESSORES Alexandra Silva dos Santos Furquim UFSM Cláudia Ribeiro Bellochio UFSM

1. Identificação Instituição Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano Campus Trindade

OS SENTIDOS DA INTERDISCIPLINARIDADE NO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

AVALIAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS PROFOP - PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UMA PROPOSTA DE MUDANÇA CURRICULAR.

AVALIAÇÃO EM MATEMÁTICA: ANÁLISE COMPARATIVA DESSE PROCESSO EM ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE JÚLIO DE CASTILHOS

LIVRO DIDÁTICO E O ENSINO DE HISTÓRIA

Plano de Ensino Docente

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE PEDAGOGIA VIGENTE (2012) 4.7 REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PEDAGOGIA UENP/CP CAPITULO I

MINISTÉRIO DO ESPORTE SECRETARIA NACIONAL DE ESPORTE, EDUCAÇÃO, LAZER E INCLUSÃO SOCIAL

ABORDAGENS DE ENSINO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO MÉDIO DA ETSC/UFCG

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AS COMUNIDADES ESCOLARES DE PAU DOS FERROS/RN

Fevereiro de 2015 REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - COMPLEXO UNIVERSITARIO FMU.

AGENDA. Conceitos Básicos Tipos de Pesquisa e Métodos para Levantamento de dados. Tipos de Técnicas de Pesquisa. Questionário. Formas de Elaboração

MATEMÁTICA, AGROPECUÁRIA E SUAS MÚLTIPLAS APLICAÇÕES. Palavras-chave: Matemática; Agropecuária; Interdisciplinaridade; Caderno Temático.

PRODOCÊNCIA UEPB: PROFISSÃO DOCENTE, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA

XVIII ENDIPE Didática e Prática de Ensino no contexto político contemporâneo: cenas da Educação Brasileira

TÍTULO: IDENTIDADES EM TRANSFORMAÇÃO: A INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DE ALUNOS DE UM CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

FORMAÇÃO CONTINUADA DE DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR: POSSIBILIDADES DE CONSTRUÇÃO GRUPAL DE SABERES DOCENTES EM INSTITUIÇÃO PARTICULAR DE ENSINO

Palavras-chave: Formação continuada. Ensino fundamental. Avaliação de rendimento escolar.

UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DOCENTE EM CIÊNCIAS DA NATUREZA CRUZ, J. V. ¹, COELHO, F. B. O.

CARGA HORÁRIA SEMANAL: 04 CRÉDITO: 04

PLANO DE ENSINO PROJETO PEDAGÓCIO: Carga Horária Semestral: 40 Semestre do Curso: 7º

Município de Caçapava Secretaria Municipal de Educação Centro de Educação Ambiental Parque Ecológico da Moçota

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE MODA Autorizado pela Portaria MEC nº 433 de , DOU de PLANO DE CURSO

PLANO DE ENSINO. Curso: Pedagogia. Disciplina: Metodologia da Pesquisa Aplicada a Educação II. Carga Horária Semestral: 40 horas Semestre do Curso: 5º

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PLANO DE ENSINO CURSO: FILOSOFIA. INFORMAÇÕES BÁSICAS Unidade curricular METODOLOGIA CIENTÍFICA (FL155) Carga Horária Teórica Prática

VERIFICANDO A VIVÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA DE AVENTURA NA NATUREZA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PELOS ALUNOS DAS ESCOLAS ESTADUAIS DE MUZAMBINHO/MG

IV Jornada de Didática III Seminário de Pesquisa do CEMAD A PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES SOBRE PLANEJAMENTO E A AÇÃO DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR

Políticas Públicas e Institucionais para a Incorporação da dimensão ambiental na Educação Superior

FACULDADE EDUCAMAIS COORDENAÇÃO DE PESQUISA E EXTENSÃO PROGRAMA DE PESQUISA - INICIAÇÃO CIENTÍFICA EDITAL Nº 02/2018

Aula 6. A pesquisa e suas classificações. METODOLOGIA

Estágio I - Introdução

DICOTOMIA ENTRE TEORIA E PRÁTICA? O PAPEL DO ESTÁGIO NA FORMAÇÃO DOCENTE

COMO ESTÁ SENDO INCLUSA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO FUNDAMENTAL NO MUNICÍPIO DE ESPERANÇA/PB: O QUE DIZ PROFESSORES E ALUNOS DO 9º ANO

A INTENSIFICAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NO MUNICÍPIO DE TREMEDAL- BA

A coordenação pedagógica deverá conduzir o processo de construção do Plano Anual com base nos documentos previamente construídos na rede e na escola.

Professor: Luciana Araújo dos Reis Titulação: Doutora em Ciências da Saúde/ Pós-doutora em Saúde Pública PLANO DE CURSO

O PIBID DE QUÍMICA E PESQUISA NO COTIDIANO ESCOLAR: DIÁLOGO ENTRE UNIVERSIDADE, O PROFESSOR E A ESCOLA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO ESPORTE - CEFID

A PROVINHA BRASIL SOB A ÓTICA DOS PROFESSORES ALFABETIZADORES

TÍTULO: A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇO NÃO ESCOLAR CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PEDAGOGIA

ENSINO MÉDIO INOVADOR: DESAFIOS PEDAGÓGICOS DO TRABALHO COM OS MACROCAMPOS

Organização dos Estados Ibero-americanos Para a Educação, a Ciência e a Cultura MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

O ENSINO DE GEOGRAFIA POR MEIO DA PRODUÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS NAS ESCOLAS DO CAMPO

PROGRAMA DE COMPONENTE CURRICULAR

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E tecnologia PARAÍBA. Ministério da Educação

SME-SP. Coordenador Pedagógico - Ensino Superior VOLUME 1. Publicações Institucionais. (Secretaria Municipal de Educação de São Paulo)

Ensino Técnico 3 Semestre

Do Espaço Geográfico ao Cinematográfico: Um estudo de caso no Ensino Médio Inovador (ProEMI)

PERSPECTIVAS DE GESTÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ARTICULAÇÃO ENTRE O ADMINISTRATIVO E O PEDAGÓGICO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Autorizado pela Portaria no de 04/07/01 DOU de 09/07/01

Plano de Ensino IDENTIFICAÇÃO. SEMESTRE ou ANO DA TURMA: 5º semestre

FESURV UNIVERSIDADE DE RIO VERDE FACULDADE DE LETRAS MANUAL DE ESTÁGIO

A MATEMÁTICA COMO FERRAMENTA PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

ETNOMATEMÁTICA E LETRAMENTO: UM OLHAR SOBRE O CONHECIMENTO MATEMÁTICO EM UMA FEIRA LIVRE

APÊNDICE A DESCRIÇÃO MÍNIMA DOS COMPONENTES CURRICULARES. Componente Curricular: Metodologia Científica CH Total: 30h

Grau acadêmico: Graduação Turno: Noturno Currículo: Natureza: Obrigatória Unidade acadêmica: DFIME Período: 1º/2018

FATEB Faculdade de Telêmaco Borba

PLANO DE ENSINO PROJETO PEDAGÓCIO: Carga Horária Semestral: 40 h Semestre do Curso: 3º

ANÁLISE SOBRE A VISÃO DE CORPO DOS PEDAGOGOS DE CAMBORIÚ Célia Cristina Carvalho Libanio 1 ; Leisi Fernanda Moya 2 RESUMO

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO CONTEXTO DOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

PLANO DE ENSINO DISCIPLINA: Experiência de aprendizagem em espaços educativos escolares e nãoescolares

COMPREENSÕES SOBRE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS APOIADAS PELAS TECNOLOGIAS DIGITAIS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO E DIVERSIDADE DIRETORIA DE EDUCAÇÂO INTEGRAL, DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA

PLANO DE ENSINO PROJETO PEDAGÓCIO: 2010

PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO ANDRÉIA JOFRE ALVES

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DE INTEGRAÇÃO DOCENTE: PERSPECTIVAS CONCEITUAIS INOVADORAS RESUMO

O ENSINO POR COMPETÊNCIAS: PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

ENSINAR CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: REPENSAR O CURRÍCULO. Andreia Cristina Santos Freitas 1 Roziane Aguiar dos Santos 2 Thalita Pacini 3 INTRODUÇÃO

Componente Curricular: Trabalho de Conclusão de Curso I. Titulação: Doutora em Ciências da Saúde/ Pós-doutora em Saúde Pública PLANO DE CURSO

CARGA HORÁRIA SEMANAL: 04 CRÉDITO: 04 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 NOME DA DISCIPLINA: FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA HISTÓRIA

GEOGRAFIA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE UBERLÂNDIA (MG)

15 Congresso de Iniciação Científica A PESQUISA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL: PERÍODO

TÍTULO: DIDÁTICA EM AÇÃO: ADAPTAÇÃO DOS CONTOS INFANTIS NAS AULAS DE YOGA PARA CRIANÇAS

ESTADO E CURRÍCULO: COMO O PROJETO DE NAÇÃO INTERFERE NAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

O Projeto de Pesquisa (dissertação ou tese)

SUGESTÕES DE AULAS DO PORTAL DO PROFESSOR PARA A DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, NA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

NOME(S) DO(S) PESQUISADOR(ES) (PESQUISADOR 1) NOME(S) DO(S) PESQUISADOR(ES) (PESQUISADOR 2)

CONEXÃO FAMETRO: ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE XII SEMANA ACADÊMICA ISSN:

PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DE SISTEMAS DE EAD. Silvane Guimarães Silva Gomes. e-tec Brasil Tópicos em Educação a Distância.

AULA Nº 7 METODOLOGIA CIENTÍFICA ALGUNS TIPOS DE PESQUISAS E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS. Prof. MSc. Fernando Soares da Rocha Júnior

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO. Plano de Ensino

A IMPORTÂNCIA DOS PROJETOS DE EXTENSÃO PARA O PROCESSO DE FORMAÇÃO DO FUTURO PEDAGOGO

Palavras-Chave: Prática Formativa. Desenvolvimento Profissional. Pibid.

EMENTA OBJETIVOS CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

ARQUITETURA DAS PROPOSTAS CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL DE CINCO MUNICÍPIOS CATARINENSES

LITERATURA POPULAR: ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA CULTURA E DIVERSIDADE DOS SUJEITOS DO CAMPO DE TIJUCAS DO SUL

PROGRAMA DE DISCIPLINA - PD UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PROGRAMA DE DISCIPLINA

EDITAL DE SELEÇÃO DE PROFESSORES PARA OS DEPARTAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO, ENFERMAGEM e PSICOLOGIA

Transcrição:

QUE REFERENCIAS ORIENTAM AS AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESCOLAS PÚBLICAS DE PAU DOS FERROS? Hortência Pessoa Rêgo Gomes Universidade do Estado do Rio Grande do Norte hortenciapessoa@bol.com.br Otávio Paulino Lavor Universidade Federal Rural do Semi-Árido otavio.lavor@ufersa.edu.br Cícero Nilton Moreira da Silva (Orientador) Universidade do Estado do Rio Grande do Norte ciceronilton@yahoo.com.br INTRODUÇÃO A demanda global por recursos naturais, fruto do modelo econômico vigente, cuja base é a produção e o consumo em larga escala, é responsável por problemas ambientais que atingem de forma direta ou indireta todos os habitantes do planeta. O rápido avanço tecnológico viabiliza a intensificação da interferência antrópica na natureza, colocando em risco a renovabilidade da mesma. Em todos os espaços, os recursos naturais e o meio ambiente como um todo são vistos como fatores estratégicos do ponto de vista econômico e político. A mudança de mentalidade, conscientização dos grupos humanos de adotar novos pontos de vista e novas posturas diante dessa realidade é indispensável para a garantia de sobrevivência das atuais e futuras gerações, não apenas dos seres humanos, mas de todas as espécies do planeta. Nessa perspectiva, a educação ambiental apresenta-se como meio indispensável para conseguir criar e aplicar formas cada vez mais sustentáveis de interação sociedade/natureza e soluções para os problemas ambientais. Evidentemente, a educação sozinha não é o suficiente para mudar os rumos do planeta, mas certamente é condição necessária para isso. (PCN, Temas Transversais. 1998, p. 181) Apesar da Educação Ambiental não ser uma ideia nova e da disponibilidade de referencial teórico sobre o tema para as escolas, as ações de Educação Ambiental seguem os referenciais disponíveis? Esse trabalho tem como objetivos: Analisar quais os referenciais que orientam as ações de Educação Ambiental em escolas públicas de Pau dos Ferros; Refletir acerca dos principais aportes conceituais de Educação Ambiental existentes; Identificar quais os referenciais teórico-

metodológicos disponibilizados para as escolas delimitadas; Destacar quais desses referenciais são utilizados na prática docente nas escolas estudadas. METODOLOGIA O trabalho está sendo desenvolvido na cidade de Pau dos Ferros, especificamente em duas escolas do Ensino Médio e uma escola do Ensino Fundamental, da Rede Estadual de Educação, que serão identificadas no corpo do trabalho pelas denominações: Escola A, Escola B e Escola C, para garantir o anonimato das mesmas e dos dados obtidos. Além dos professores, participam da pesquisa os gestores e coordenadores pedagógicos de cada unidade de ensino. Os coordenadores e gestores respondem a perguntas sobre as reuniões para planejamento pedagógico e encontros de formação sobre a temática pesquisada. As referidas escolas foram selecionadas para a pesquisa por serem as três escolas estaduais com maior número de alunos. São jurisdicionadas à 15ª Diretoria Regional de Ensino e Cultura (DIREC), com sede em Pau dos Ferros. Apesar de haver encontros de formação e planejamento em cada uma dessas, a 15ª DIREC é responsável pelas orientações de formação dos professores das escolas estaduais subordinadas a ela. Assim, em geral, essas seguem as mesmas diretrizes de formação. Considerando o caráter interdisciplinar da Educação Ambiental, os educadores que participaram da pesquisa possuem formação em diferentes áreas, entre elas Pedagogia, Geografia, Letras, História, Biologia, Matemática, entre outras. As escolas selecionadas atendem diferentes níveis e modalidades de ensino, entretanto, não comprometem a pesquisa pois, segunda a Política Nacional de Educação Ambiental (Brasil, 1999), essa deve ser componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente de forma articulada em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal. p.42), Para esta pesquisa optou-se por realizar uma pesquisa descritiva. Segundo Gil (2002, Pesquisas descritivas - as pesquisas deste tipo têm como objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.

Nesse trabalho, as variáveis serão abordadas de forma qualitativa e quantitativa, que consistirá no levantamento de informações e estudo a respeito dos referencias que norteiam as ações em Educação Ambiental, desenvolvidas nas referidas escolas. As fontes de coleta de dados utilizadas serão: entrevista, questionários estruturados, visitação, pesquisa bibliográfica. A entrevista e a observação valorizam a presença do pesquisador e permitem ao sujeito investigado a liberdade de participar e enriquecer a investigação. Por pesquisa bibliográfica entende-se um apanhado geral sobre os principais trabalhos realizados, capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados ao tema. Será feita uma pesquisa bibliográfica dos principais referenciais teóricos e aportes conceituais de Educação Ambiental existentes e disponibilizados para as escolas delimitadas, sejam em materiais impressos, material em formato digital ou vídeos. A pesquisa bibliográfica é básica e obrigatória em qualquer modalidade de pesquisa. É desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos ( GIL, 2002, p.44) Nesta pesquisa serão consultados autores com reconhecida contribuição no que se referem à temática da pesquisa, tais como Dias, Guimarães, Ferraro Júnior, Mmarcatto, Reigota, Mello e Trajber, dentre outros. Também, serão consultados documentos oficiais dessas escolas, como Projeto Político Pedagógico, relatórios de encontros de formação docente, dada a importância desse documento e necessidade de formação para a constante melhoria do desempenho docente. RESULTADOS E DISCUSSÃO Nas primeiras visitas às Escolas, foi feita a apresentação dos objetivos da pesquisa aos gestores das escolas, apresentação, leitura e assinatura dos termos de solicitação de autorização para pesquisa acadêmico-científica; visita à biblioteca para levantamento do material disponível sobre Educação Ambiental no acervo; entrevista com a equipe pedagógica sobre as reuniões de formação e planejamento pedagógico; solicitação dos projetos Políticos Pedagógicos das mesmas. O contato com os professores ocorreu em variados momentos: antes do início das aulas, nos intervalos, nas reuniões para planejamento pedagógico. O questionário foi entregue a todos os

professores que se disponibilizaram a respondê-lo, independente da área de formação e atuação, dado o caráter interdisciplinar da Educação Ambiental, após a apresentação dos objetivos da pesquisa. Foram excluídos os professores que não quiseram participar da pesquisa. O termo de consentimento estava impresso no cabeçalho do questionário, o qual garantia a confidencialidade dos dados coletados e não publicidade das informações e nomes sem a prévia autorização, para que as pessoas sintam-se com maior liberdade de expressar suas opiniões. Após a coleta dos dados, os mesmos serão classificados de forma sistemática através de seleção, codificação e tabulação. Esta classificação possibilita maior clareza e organização na última etapa desta pesquisa, que é a elaboração do texto da dissertação. Os dados coletados passarão por um diagnóstico inicial. Cada pesquisador organiza o seu próprio procedimento, organizando o material a ser analisado, elaborando o esquema de análise, atribuindo significado aos dados coletados. Bardin (1977) apud Ramos e Salvi ( 2009) propõe a análise de dados em três fases: uma pré-análise, que é a organização do material obtido; exploração do material, que é a escolha das unidades de análise e o tratamento dos resultados, que é a elaboração das categorias de análise, que podem ser feitas a priori ( previamente definidas) ou a posteriori (emergem do discurso). Assim, propomos uma análise sobre o perfil dos professores, o conceito de educação ambiental destes, os referenciais teórico-metodológicos citados, as possibilidades e dificuldades das ações desenvolvidas nas escolas, os Projetos Políticos Pedagógicos das escolas. CONCLUSÕES A escola como ambiente formal de ensino e por ser uma instituição social que exerce intervenção na realidade, deve estar conectada com os problemas mais amplos da sociedade e buscar a solução destes através de ações que possibilitem a conscientização dos indivíduos para a compreensão da realidade e a participação social. Assim, a educação ambiental deve ter um caráter permanente, dinâmica, variando apenas no que diz respeito ao seu conteúdo e à metodologia, procurando adequá-las às faixas etárias a que se destina. (REIGOTA, 2006, p. 24). A educação ambiental deve estar presente em todas as disciplinas, quando analisa as relações entre os seres

humanos, o meio natural e as relações sociais. A separação tradicional das áreas do conhecimento, humanas, exatas, naturais perde sentido, já que o que se busca é a solução dos problemas ambientais, integrando os conhecimentos de todas as disciplinas, de forma interdisciplinar. Com base nesses referenciais, cabe às escolas desenvolver formas de organização curricular e de atividades organizadas e direcionadas para alcançar os objetivos traçados pela escola, previstos na proposta pedagógica e/ou de acordo com as necessidades detectadas pela comunidade escolar, visando atender, também, as orientações propostas nos referenciais teóricos que tratam da Educação Ambiental. REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Programa Nacional de Educação Ambiental- PRONEA. Coordenação Geral de Educação Ambiental. Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de Educação Ambiental. Programa Nacional de Educação Ambiental-ProNEA.3.ed. Brasília: MEC, MMA, 2005. Disponível em: http:/ /www.mma.gov.br/port/sdi/ea/og/pog/rqs/pronea3.pdf. Acesso em: 20 ago.2013.. Lei n 9795/ 99 Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acesso em: 22 set. 2013.. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm Acesso em: 22 set. 2013.. Lei n 9.795, de 27 de abril de 1999. In PRONEA, Programa Nacional de Educação Ambiental. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/pronea3.pdf. Acesso em: 27 set. 2013 DIAS, G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia, 1992. 400p. Atividades interdisciplinares em educação ambiental: práticas inovadoras em educação ambiental. São Paulo: Gaia, 2006. 2. ed. FERRARO JUNIOR, L. A. (Org.) Encontros e Caminhos: Formação de Educadoras (es) Ambientais e Coletivos Educadores, Brasília, MMA, Diretoria de Educação Ambiental, 2005. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002. 4. Ed.

GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação. Campinas, SP: Papirus, 1995. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico) Educação ambiental: no consenso um embate? Campinas, SP: Papirus, 2000. (Coleção Papirus Educação) A formação de educadores ambientais. Campinas, SP: Papirus, 2012, 8. Ed. ( Org.) Caminhos da Educação Ambiental: da forma à ação. Campinas, SP: Papirus, 2013. 5. ed. MARCONI, M. de A; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999 LIMA. G. F. C. Educação ambiental no Brasil: formação, identidades e desafios. Campinas, SP: Papirus, 2011. LIPAI, E. M. LAYRARGUES, P. P. PEDRO, V. V. Educação ambiental na escola: tá na lei... In: MELLO, S. S. de. TRAJBER, R. (coord.) Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental na escola. Brasília: MMA, Departamento de Educação Ambiental: UNESCO, 2007. MARCATTO, C. Educação ambiental: conceitos e princípios. Belo Horizonte: Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM, 2002. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/7028363/educacao- Ambiental-Conceitos-Principios. Acesso em 28 set. 2013. MELLO, S. S. de. TRAJBER, R. (coord.) Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental na escola. Brasília: MMA, Departamento de Educação Ambiental: UNESCO, 2007. MOUSINHO, P. Glossário. In: Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21. Rio de Janeiro: Sextante. 2003 Disponível em: http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idestrutura=20&idconteudo=1069& idmenu=583. Acesso em: 27 set. 2013 REIGOTA, M. O que é educação ambiental. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. A floresta e a escola: por uma educação ambiental pós-moderna. São Paulo, SP: Cortez Editora, 2011. 4. ed. REIGOTA, M. PRADO, B. H. S.( Orgs.) Educação Ambiental: utopia e práxis. São Paulo: Cortez, 2008. Série Cultura, Memória e Currículo; vol. 8.