Autos n.: SENTENÇA I? RELATÓRIO

Documentos relacionados
Ação: Procedimento Ordinário

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores SÁ DUARTE (Presidente sem voto), MARIO A. SILVEIRA E SÁ MOREIRA DE OLIVEIRA.

Junto documentos às fls. 26/55.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS COMARCA DE BELO HORIZONTE. 16ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte

MARIA REJANE MONTAGNA ajuizou ação de indenização contra HOSPITAL LUTERANO DA ULBRA (COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA SÃO PAULO CELSP).

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 03

ESTADO DO AMAZONAS PODER JUDICIÁRIO Comarca Manaus Juízo de Direito da 18ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho SENTENÇA

Afirma, ainda, que nunca foi moradora da cidade de Luziânia, e muito menos funcionária desta, sendo que sempre residiu em Formosa-GO.

lauda 1

Superior Tribunal de Justiça

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RESPONSABILIDADE CIVIL DOS DENTISTAS

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores HERALDO DE OLIVEIRA (Presidente), JACOB VALENTE E TASSO DUARTE DE MELO.

ESTADO DO TOCANTINS PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE GURUPI 2ª VARA CÍVEL

: J. S. FAGUNDES CUNHA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA PÓS-GRADUAÇÃO EM DIVERSIDADE

O requerido propôs reconvenção requerendo indenização por danos. Vieram-me os autos conclusos para sentença.

SENTENÇA. Relatório dispensado nos termos do artigo 38, da Lei 9.099/95.

1 - A inscrição indevida do nome do autor em cadastro de inadimplentes configura dano moral in re

Vistos lauda 1

Apelação Cível n , de Tangará Relatora: Desembargadora Maria do Rocio Luz Santa Ritta

CENTAURO VIDA E PREVIDENCIA S/A VILMAR JOSE ALVES DA SILVA A C Ó R D Ã O. Vistos, relatados e discutidos os autos.

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

DANO MORAL. ERRO MÉDICO - AÇÃO JUDICIAL EM FACE DO ESTADO Aula n. 29 Módulo Saúde Pública Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde

Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso do Sul Comarca de Campo Grande 11ª Vara Cível

Superior Tribunal de Justiça

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO Nº 20709/ CLASSE CNJ COMARCA CAPITAL RELATOR: DES. SEBASTIÃO BARBOSA FARIAS

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

SENTENÇA Procedimento Comum Requerente: Requerido: Foram deferidos os beneficios da justiça gratuita à autora (fls. 49).

Autora: LARISSA DUARTE GOMES Ré: NACIONAL EXPRESSO LTDA Natureza: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

Trata-se de Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais proposta por

P O D E R J U D I C I Á R I O Fórum Descentralizado do Pinheirinho FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - PARANÁ

Vistos. Devidamente citados (fls. 96 e 103), as requeridas apresentaram lauda 1

Aduz o polo ativo, em síntese, que:

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO FÓRUM DAS TURMAS RECURSAIS PROF. DOLOR BARREIRA 1ª TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA

CLEVERSON AUGUSTO FLORES BRUM. Vistos, relatados e discutidos os autos.

/2017/ / (CNJ: )

lauda 1

Requerente: Eva Sebastiana Moreira. Natureza: Ação Declaratória c/c Indenização SENTENÇA

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE RONDÔNIA Alta Floresta do Oeste Av. Mato Grosso 4281, Centro,

Processo nº ª Vara Cível do Fórum Central João Mendes Júnior.

Vistos. Foi indeferido o pedido de tutela de urgência (fls. 130/133). Citada, a requerida não apresentou resposta (fls. 139/140). Esse é o relatório.

Classe/Assunto: Procedimento Comum - Pagamento Indevido - Repetição de Indébito. Nesta data, faço os autos conclusos ao MM. Dr.

SENTENÇA. Justiça Gratuita Juiz(a) de Direito: Dr(a). Luiza Barros Rozas

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO VIGÉSIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR

TURMA RECURSAL ÚNICA J. S. Fagundes Cunha Presidente Relator

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ANDRADE NETO (Presidente sem voto), LINO MACHADO E CARLOS RUSSO.

RESPONSABILIDADE CIVIL NA SAÚDE DOS HOSPITAIS E CLÍNICAS

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. 1. Tabela SUSEP. 2. Condições financeiras do paciente antes do erro. médico

SENTENÇA. Processo Digital nº: Classe - Assunto Procedimento Comum - Rescisão do contrato e devolução do dinheiro

AULA DE APRESENTAÇÃO DO CURSO E INÍCIO DA AULA 01

Teoria da Perda do Tempo Útil

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIÃO Gabinete da Desembargadora Federal Margarida Cantarelli

PODER JUDICIÁRIO Mato Grosso do Sul Sidrolândia 2ª Vara Cível

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 37ª Câmara de Direito Privado

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

CÍVEL Nº COMARCA DE PORTO ALEGRE A C Ó R D Ã O

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

DE SOUZA PIRES COELHO DA MOTA

TERMO DE AUDIÊNCIA PROCESSO N.º: DATA: 14/05/2015

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Não vale como certidão.

ANDRÉ LUIZ M. BITTENCOURT.

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº , da Comarca de Cotia, em que é apelante VIAÇÃO MIRACATIBA

VISTOS lauda 1

SENTENÇA. Procedimento Comum - Indenização por Dano Moral

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

07ª Vara Federal de Execução Fiscal do Rio de Janeiro ( ) E M E N T A

/2016/ / (CNJ: )

SENTENÇA. Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maurício Simões de Almeida Botelho Silva. Vistos etc., qualificadas nos autos, promovem contra AZUL

Superior Tribunal de Justiça

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Superior Tribunal de Justiça

PETIÇÃO INICIAL NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Responsabilidade Civil. Prof. Antonio Carlos Morato

Réplica a fls. 136/157.

Autos nº 1149/2008 Ação de Consignação em Pagamento. Autor: MS Promoções, Eventos e Produções Ltda

Dano moral Projeção processual Prof. Denis Donoso Denis Donoso

TEORIA DO RISCO. Pós-Graduação em Direito do Consumidor

Superior Tribunal de Justiça

Seus Direitos Relacionados A Danos Morais E Materiais

Seguradora Centauro Vida e Previdencia S/A Juiz Prolator: Juiz de Direito - Dr. Jairo Cardoso Soares Data: 20/05/2010

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA N. 07

SENTENÇA. A petição inicial foi instruída com os documentos de fls. 15/81.

/ (CNJ: )

P ODER JUDICIARIO DO ESTADO DO TOCANTINS NÚCLEO DE APOIO AS COMARCAS - NACOM

Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro Vigésima Câmara Cível A C Ó R D Ã O

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA FORO CENTRAL DE CURITIBA VARA DESCENTRALIZADA DO BOQUEIRÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A

Poder Judiciário da União TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

Transcrição:

Autos n.: 201600380624 SENTENÇA I? RELATÓRIO Trata-se de Ação de Indenização por Danos Materiais, Morais e Estéticos decorrentes de acidente de trânsito, ajuizada por GADIEL CARVALHO DE JESUS em face de JOAQUIM DANIEL DE BASTOS, devidamente qualificados na inicial. Alegou a parte autora, em síntese, que no dia 11/05/2015, o requerido conduzindo seu veículo, estava saindo do estacionamento da empresa?casa Bela Materiais de Construção? quando adentrou na Avenida Hermógenes Coelho, sentido leste-oeste, nesta cidade, tomando todo o espaço das duas pistas com o intuito de fazer um retorno, momento em que o autor, que estava conduzindo sua motocicleta na via de rolamento da mencionada Avenida, veio a colidir com o veículo do requerido, fato este que lhe causou inúmeras lesões físicas, bem como prejuízos materiais e, ainda, dano moral e estético. Por tal, vem a Juízo pleitear a reparação dos danos sofridos, pugnando pela procedência da inicial, com a condenação do réu ao pagamento de indenização, nos seguintes valores: R$

8.127,17, valor despendido para o conserto da motocicleta; R$ 967,43 referente às despesas médico-hospitalares e fisioterapêuticas; R$ 4.800,00 de lucros cessantes; e a condenação a título de dano moral e estético, a ser arbitrado por este julgador. Devidamente citado (certidão de fl. 77), o réu apresentou contestação às fls. 79/90, aduzindo, a impossibilidade de comprovação da responsabilidade para com os danos sofridos pelo autor, e ainda, a impossibilidade de cumulação dos danos pugnados. Foi apresentada impugnação à contestação (fls. 98/108). Realizada audiência de conciliação, instrução e julgamento, a composição amigável restou infrutífera. Assim, procedeu-se à oitiva de duas testemunhas arroladas pela parte autora. Após, as partes apresentaram suas alegações finais reiterando seus pedidos anteriores. É o relatório. II) FUNDAMENTAÇÃO Presentes os pressupostos processuais, a legitimidade das partes e o interesse processual, inexistindo irregularidades ou nulidades a serem sanadas, passo ao exame do mérito. O autor visa a indenização por danos materiais, consubstanciados em lucros cessantes e, ainda, danos morais e estéticos, em razão de suposto ato ilícito cometido pelo réu, provocado por

acidente de trânsito, alegando que este agiu de forma imprudente ao sair do estacionamento e adentrar na via pública sem os devidos cuidados. Pela análise detida dos autos, observo que assiste parcial razão ao autor, nos termos que passo a expor. A prova do acidente de trânsito se faz pelo Boletim de Ocorrência juntado às fls. 24/27, no qual ficou consignado pelo próprio requerido que?estava saindo do estacionamento da?casa Bela Materiais de Construção? com seu veículo, quando olhou para a esquerda, disse que visualizou o veículo VE2 e pensou que daria tempo de passar pra via?. Na da defesa colacionada às fls. 79/90 o réu alega apenas que não ficou comprovada sua responsabilidade nos danos que o autor aduz ter sofrido. Contudo, restou demonstrado por meio de todas as provas colacionadas nos autos, que o réu agiu com imprudência, pois deixou de tomar as devidas cautelas ao atravessar a pista com o intuito de fazer o retorno. Deste modo, verificada a prática de ato ilícito, bem como os danos sofridos em sua decorrência, nos termos do art. 186 do Código Civil, surge o dever de indenizar, conforme disposto no art. 927 da referida legislação. Resta, pois, a fixação do quantum devido. Do dano material Os danos patrimoniais ou materiais constituem prejuízos ou perdas que atingem o patrimônio corpóreo de alguém, necessitando de prova efetiva. Estes danos são subclassificados em danos emergentes, que é o que efetivamente se perdeu, e lucros cessantes, consubstanciado naquilo que se deixou de lucrar.

No presente caso, a vítima sofreu graves fraturas e escoriações tendo sido encaminhado ao Hospital de Urgências de Goiânia e submetido a cirurgia no tornozelo direito, conforme relatórios médicos e fotos acostados à inicial. Assim, não há dúvidas que o autor necessitou ficar em repouso pelos 120 dias descritos no atestado médico, fez uso de medicamentos e, ainda, sessões de fisioterapia. Por tal, estas despesas devem ser ressarcidas pelo réu no valor requerido pelo autor e devidamente comprovado nos autos, qual seja, R$ 967,43, aferido pelos documentos de fls. 24/60. Quanto à indenização pelo conserto da motocicleta, entendo que o autor faz jus ao valor pretendido, uma vez que restou comprovado por meio testemunhal e documental que as despesas foram realmente as descritas, R$ 13.895,60. Quanto aos lucros cessantes (danos negativos), traduzidos por aqueles danos que, provavelmente, afluiriam ao patrimônio da vítima se não houvesse ocorrido o acidente, vislumbro que estes também foram efetivamente demonstrados, pois o autor trabalhava de forma autônoma, por este motivo não obteve benefício previdenciário, recaindo sobre si os danos negativos, uma vez que deixou de receber sua remuneração durante os 120 dias que ficou em repouso. O autor desenvolvia a atividade de vendedor de seguro tendo como remuneração mensal o rendimento de R$ 1.200,00, conforme declaração de fl. 60, o que traz plausibilidade ao valor requerido de R$ 4.800,00. A propósito, o Superior Tribunal de Justiça possui o posicionamento consolidado no sentido de que, para a concessão de indenização por perdas e danos com base em lucros cessantes, faz-se necessária a comprovação dos prejuízos sofridos pela parte. Confira-se:

[?] 1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que, para a concessão de indenização por perdas e danos com base em lucros cessantes, faz-se necessária a comprovação dos prejuízos sofridos pela parte [?].? (AgRg no AREsp 111.842/SP, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, Julgado em 21/03/2013, DJe 26/03/2013). Por se tratar de danos materiais, os lucros cessantes não podem ser presumidos, pois revela-se imprescindível a prova do prejuízo para o seu reconhecimento, havendo sido preenchido, neste caso, todos os requisitos, entendo que são devidos ao autor. Do dano moral O evento danoso impingiu ao autor considerável lesão à sua integridade física, a qual, por si só, é suficiente para ensejar direito à reparação por danos morais, sendo inafastável tal condenação. No caso em comento, os prejuízos extrapatrimoniais devem ser confirmados, dados os transtornos suportados pelo autor com a lesão corporal sofrida, com necessidade de intervenção cirúrgica, fato devidamente comprovado nos autos (fls. 31/34). Com efeito, este fato não pode ser considerado como mero aborrecimento, sendo, pois, incontestável o transtorno e a angústia sofridos pelo autor, que lhe afetaram a higidez psíquica, o que caracteriza dano moral passível de indenização. A fixação do montante indenizatório deve atender aos fins a que se presta, em princípio, oferecendo compensação ao lesado, atenuando seu sofrimento e, no tocante ao causador do dano, tem caráter sancionatório, com a finalidade de que o agente não pratique mais o ato lesivo.

Ademais, leva-se em consideração, ainda, a condição econômica da vítima e do ofensor, o grau de culpa, a extensão do dano, a finalidade da sanção reparatória e os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Neste sentido, entendo que o valor de R$ 50.000,00 é apto à reparação do dano, nos termos alinhavados. Do dano estético Diferente desfecho se tem no tocante ao pedido de reparação por danos estéticos, porquanto constato que estes não foram demonstrados nesta demanda. Saliento que, na esteira do posicionamento pacífico do STJ, consubstanciado na Súmula n. 387, é lícita a cumulação das indenizações de danos estético e moral, ainda que derivados de um mesmo fato, desde que um e outro possam ser reconhecidos autonomamente, sendo, portanto, passíveis de identificação em separado. Ocorre que, na hipótese em exame, entendo não configurado o dano estético, extensão do dano corporal, na medida em que o autor não acostou aos autos provas no sentido de que teria ficado com sequela estética funcional, a exemplo de graves cicatrizes e deformidade permanente na perna lesada, motivo pelo qual não se desincumbiu do encargo de demonstrar o fato constitutivo do seu direito. A fratura do tornozelo direito do autor, no caso, demonstrou a ocorrência de uma lesão corporal, mas que não repercute dano estético algum.

Assim, ausente a comprovação de que, após a recuperação do autor, tenha ele permanecido com graves cicatrizes ou deformidade física aparente e permanente, seja total ou parcial, a caracterizar o dano estético, não há que se falar em dever de reparação. III) DISPOSITIVO Ante o exposto, acolho parcialmente os pedidos do autor GADIEL CARVALHO DE JESUS, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC, para o fim de: a) condenar o réu ao pagamento de indenização, a título de dano material, no valor de R$ 13.895,60, acrescidos de juros de mora no patamar de 1% ao mês (art. 406 do CC e art. 161, 1º, do CTN), a partir do evento danoso? 11/05/2015? (art. 398, Código Civil e Súmula 54 do STJ) e corrigidos monetariamente pelo INPC a partir do efetivo prejuízo (Súmula 43 do STJ). b) condenar o réu ao pagamento de indenização, a título de dano moral, no importe de R$ 50.000,00, acrescidos de juros de mora no patamar de 1% ao mês (art. 406 do CC e art. 161, 1º, do CTN), a partir do evento danoso? 11/05/2015? (art. 398, Código Civil e Súmula 54 do STJ) e corrigidos monetariamente pelo INPC a partir do arbitramento (Súmula 362 do STJ). c) condenar o réu ao pagamento de indenização, a título de lucros cessantes, no importe de R$ 4.800,00, acrescidos de juros de mora no patamar de 1% ao mês (art. 406 do CC e art. 161, 1º, do CTN), a partir do evento danoso? 11/05/2015? (art. 398, Código Civil e Súmula 54 do STJ) e corrigidos monetariamente pelo INPC a partir do arbitramento (Súmula 362 do STJ). Rejeito os pedidos concernentes ao pagamento de indenização por danos estéticos, por ausência de comprovação. Condeno o réu ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, estes nos termos

do artigo 85, 2º, do Código de Processo Civil, que ora fixo em 10% sobre o valor atualizado da condenação. Decorrido o prazo para o trânsito em julgado e nada sendo requerido, arquivem-se, observadas as formalidades legais. São Luís de Montes Belos, 26 de janeiro de 2016. PETER LEMKE SCHRADER Juiz de Direito