ESTAÇÃO DE AVISOS DE CASTELO BRANCO

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Transcrição:

ESTAÇÃO DE AVISOS DE CASTELO BRANCO CIRCULAR Nº 01 / 2014 FRUTEIRAS Tratamentos de Inverno Os tratamentos de inverno têm como objetivo reduzir o inóculo de algumas doenças e pragas presentes nas culturas, contribuindo para diminuir o nº de tratamentos fitossanitários durante o ciclo vegetativo. Estes tratamentos são realizados essencialmente com produtos à base de cobre e óleos minerais e são fundamentais nas culturas em proteção integrada e em modo de produção biológico. Ao realizar os tratamentos de inverno, deve ter em consideração o seguinte: Os produtos utilizados nos tratamentos de inverno atuam por contacto, pelo que deve molhar bem as plantas; Estes tratamentos só devem ser realizados em períodos em que não se preveja a ocorrência de precipitação nas 48 horas seguintes; Os tratamentos de inverno devem realizar se sempre depois da poda. PODA A poda é uma medida de luta cultural com a qual se procura promover o equilíbrio das plantas. Ao podar deve eliminar todos os ramos que apresentem deformações causadas por doenças e pragas, tais como cancros, posturas de insetos, frutos mumificados, etc. A lenha da poda proveniente de plantas doentes deve ser retirada e queimada. A lenha da poda em boas condições sanitárias, deve ser triturada e incorporada no solo, pois vai contribuir para melhorar a estrutura e aumentar a matéria orgânica do solo. A poda deve permitir um bom arejamento da copa, para facilitar a penetração da luz e dos produtos fitofarmacêuticos. http://www.drapc.minagricultura.pt/base/documentos/poda_olival.pdf Castelo Branco, 31 de janeiro PRUNÓIDEAS Cancro bacteriano Como medida preventiva deverá proteger as feridas grandes causadas pela poda ou corte de ramos, com uma pasta fungicida. Aconselha se a realização de um tratamento próximo do inchamento dos gomos, com um produto à base de cobre, molhando bem o tronco e os ramos das árvores. POMÓIDEAS Cancro Nos pomares onde se registam focos desta doença, deve eliminar os ramos com sintomas, raspar a zona dos cancros de maior dimensão e desinfetar com pasta fungicida de cobre. A lenha da poda com sintomas de cancro deve ser retirada e queimada. Cancro em ramo de macieira http://www.drapc.minagricultura.pt/base/documentos/cancro_pomoideas.pdf Pulgão lanígero Este afídeo hiberna sob a forma de ninfa nas rugosidades do tronco, colo da árvore, cobertos por uma secreção cerosa de filamentos esbranquiçados. Durante o inverno, para reduzir as populações da praga, devem ser tomadas as seguintes medidas: cortar e queimar os rebentos ladrões e ramos infestados, retirar os tumores nos troncos e desinfetar as feridas com uma pasta à base de cobre, realizar um tratamento localizado às árvores afetadas com óleo de verão, procurando atingir bem as colónias do pulgão. Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro Direção de Serviços de Desenvolvimento Agroalimentar Rural e Licenciamento Divisão de Apoio à Agricultura e Pescas Estação de Avisos de Castelo Branco Rua Amato Lusitano, lote 3 6000 150 Castelo Branco Telefone: 272 348 600 Fax: 272 348 625 e mail: eacastelobranco@drapc.mamaot.pt

VINHA Doenças do lenho A luta contra as doenças do lenho na videira só é possível com a aplicação de medidas preventivas durante a poda de inverno, tais como: Podar com tempo seco, frio, sem vento e o mais próximo possível do início do abrolhamento, principalmente nos locais mais sujeitos a geadas, para proteger de eventuais geadas tardias; Proteger as feridas ou os cortes de grande superfície pincelando com um mástique ou uma pasta cúprica (misturar fungicida cúprico com água até obter uma pasta); Evite fazer cortes rasantes; Deve desinfetar os utensílios de corte; Podar separadamente as videiras doentes; Nas cepas mais atacadas por escoriose, deve deixar um a dois gomos a mais que o normal por talão de modo a garantir a rebentação, pois esta doença afeta sobretudo os gomos da base das varas; É fundamental nas plantações novas utilizar material certificado de propagação vegetativa de videira. (Dec. Lei 194/2006 de 27 de setembro) OLIVAL Tuberculose da Oliveira Medidas preventivas: Retirar e queimar os ramos com tumores; Iniciar a poda nas árvores sãs e desinfetar as ferramentas de poda com lixívia; Desinfetar as grandes superfícies de corte com uma pasta de cobre (250g de sulfato de cobre+250g de cal viva+3 litros de água). Tumores em raminhos de oliveira http://www.drapc.minagricultura.pt/base/documentos/tuberculose_oliveira_2013.pdf CITRINOS Míldio As condições meteorológicas que se têm registado de tempo frio e húmido favorecem o desenvolvimento desta doença. Aconselha se a realização de um tratamento, de preferência com produto à base de cobre. A calda deve ser direcionada principalmente para o terço inferior da copa das árvores, em especial nas parcelas sem infestantes e com árvores que tenham fruta nos ramos inferiores. ORGANISMOS DE QUARENTENA A introdução e disseminação destes organismos, tal como de grande parte de pragas e doenças, efetuase muitas vezes através de material de multiplicação vegetativo contaminado. Assim, é necessário que os agricultores adotem as seguintes medidas: Utilizar material vegetal para plantação exclusivamente certificado procedente de empresas e viveiros autorizados, exigindo e conservando o correspondente passaporte fitossanitário. O passaporte fitossanitário é uma etiqueta oficial, que deve acompanhar certos vegetais na sua circulação e comercialização. O passaporte indica que o material vegetal foi inspecionado de acordo com o critério estabelecido na legislação em vigor e cumpre com as normas fitossanitárias e exigências específicas. Sempre que observar alguma sintomatologia suspeita deve dirigir se aos nossos serviços de sanidade vegetal. NOTA Divulga se em anexo a seguinte informação: Aviso de Abertura para Submissão de Candidaturas de Apoio à Reestruturação e Reconversão das Vinhas (VITIS) Campanha 2014/2015 (Portaria nº357/2013) Implementação dos princípios gerais de Proteção Integrada (Diretiva 2009/128/CE) Sr. Agricultor, para renovar a assinatura anual dos Avisos Agrícolas em 2014, agradecemos que preencha e nos remeta a ficha de inscrição que se anexa. Circular Nº 01 / 2014 ESTAÇÃO DE AVISOS DE CASTELO BRANCO Pág. 2

IMPLEMENTAÇÃO DOS PRINCÍPIOS GERAIS DE PROTEÇÃO INTEGRADA A Diretiva do Uso Sustentável (DUS) (Diretiva 2009/128/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de outubro), estabelece um quadro de ação a nível comunitário para uma utilização sustentável dos pesticidas, através da redução dos riscos e efeitos na saúde humana e no ambiente, promovendo a proteção fitossanitária com baixa utilização de pesticidas, nomeadamente através da Proteção Integrada (PI) e de meios de luta alternativos, à utilização dos pesticidas. Para operacionalizar a aplicação da Diretiva nº 2009/128/CE foi publicada a 11 de abril, a Lei n.º 26/2013, de acordo com a qual é obrigatória a aplicação dos princípios gerais da proteção integrada por todos os utilizadores profissionais. Assim, de acordo com a legislação em vigor os utilizadores profissionais devem assim aplicar, obrigatoriamente, os seguintes princípios gerais: 1. Aplicar medidas de prevenção e/ou o controlo dos inimigos das culturas; 2. Utilizar métodos e instrumentos adequados de monitorização dos inimigos das culturas; 3. Ter em consideração os resultados da monitorização e da estimativa do risco na tomada de decisão; 4. Dar preferência aos meios de luta não químicos; 5. Aplicar os produtos fitofarmacêuticos mais seletivos tendo em conta o alvo biológico em vista e com o mínimo de efeitos secundários para a saúde humana, os organismos não visados e o ambiente; 6. Reduzir a utilização dos produtos fitofarmacêuticos e outras formas de intervenção ao mínimo necessário; 7. Recorrer a estratégias anti resistência para manter a eficácia dos produtos, quando o risco de resistência do produto for conhecido; 8. Verificar o êxito das medidas fitossanitárias aplicadas, com base nos registos efetuados no caderno de campo. Para suportar a aplicação dos princípios gerais a DGAV divulga um documento conceito, princípios e componentes de proteção integrada (volume I). Dado que de acordo com o artigo 55º, do Regulamento (CE) n.º 1107/2009, de 21 de outubro, os produtos fitofarmacêuticos devem ser objeto de uma utilização adequada, e esta inclui a aplicação dos princípios de boas práticas fitossanitárias, e o cumprimento das disposições da Diretiva 2009/128/CE, em especial os princípios gerais da proteção integrada. Com base nos pressupostos anteriores, todos os produtos fitofarmacêuticos autorizados em Portugal, para o combate dos inimigos das culturas são passíveis de ser utilizados em proteção integrada, devendo ser aplicados os produtos fitofarmacêuticos mais seletivos tendo em conta o alvo biológico em vista e com o mínimo de efeitos secundários para a saúde humana, os organismos não visados e o ambiente. De modo a suportar a escolha do produto fitofarmacêutico mais adequado a DGAV divulgará a partir de meados de fevereiro, num documento, onde se apresenta o perfil dos produtos, em particular, a toxicidade para o Homem e, organismos não visados, nomeadamente organismos aquáticos, aves e outros vertebrados, abelhas e outros polinizadores, organismos do solo e artrópodes auxiliares.