A CLASSE DE APOIO DENTRO DE UM PROJETO MAIOR ADOLESCENTES DE ESCOLA PÚBLICA E ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI: UMA RELAÇÃO POR MEIO DA ESCRITA

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Transcrição:

9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA (X ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA A CLASSE DE APOIO DENTRO DE UM PROJETO MAIOR ADOLESCENTES DE ESCOLA PÚBLICA E ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI: UMA RELAÇÃO POR MEIO DA ESCRITA ZOMER, Ályda Henrietta 1 CORREA, Djane Antonucci 2 FRAGA, Letícia 3 LEAL, Sandra do Rocio Ferreira 4 RESUMO Tendo em vista que os alunos chegam à 5 série do Ensino fundamental com algumas defasagens no ensino/aprendizagem é que verificou-se a importância de se trabalhar e entender melhor a classe de apoio de matemática e língua portuguesa e dois colégios da rede pública da cidade de Ponta Grossa, para que pudéssemos intervir nessa realidade. A proposta foi amparada por um projeto de extensão da Universidade sem Fronteiras (USF) Adolescentes de escola pública e adolescentes em conflito com a lei: Uma relação por meio da escrita, o qual foi financiado pela Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI). Por meio de uma proposta de flexibilização os resultados serviram como embasamento teórico e prático para a elaboração de um livro. Buscou-se verificar se essa proposta do governo realmente estava sanando as dificuldades e contribuindo para a aprendizagem dos alunos, além disso, procuramos observar se realmente há um comprometimento por parte do professor responsável pelas aulas de apoio e se a escola disponibiliza para este fim o material necessário. A partir dessas observações, realizamos algumas intervenções nas aulas de apoio, buscando trabalhar com o s alunos os gêneros textuais, articulando ensino à realidade do aluno. Como referências bibliográficas, considera-se o levantamento de estudos e discussões realizadas no Laboratório de Estudos do Texto (LET), na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), sobre o tema Letramento com os seguintes autores: ANTUNES(2003, 2007), BAGNO(2002), BATISTA (2007), BORTONI (2005) e KLEIMAN (2005) PALAVRAS CHAVE Letramento; intervenção; ensino Introdução 1 Graduanda do curso de Letras Português/Inglês, bolsista de extensão - Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), alydinha@hotmail.com 2 Doutorado em Letras. Professora pesquisadora e extensionista da UEPG. Coordenadora do projeto Adolescentes de escola pública e adolescentes em conflito com a lei: uma relação por meio da escrita (USF - SETI). 3 Doutorado em Linguística. Professora pesquisadora e extensionista da UEPG. Docente participante do projeto Adolescentes de escola pública e adolescentes em conflito com a lei: uma relação por meio da escrita (USF - SETI). 4 Mestrado em Educação. Professora pesquisadora e extensionista da UEPG. Docente participante do projeto Adolescentes de escola pública e adolescentes em conflito com a lei: uma relação por meio da escrita (USF - SETI).

9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 2 O presente trabalho busca apresentar os resultados do projeto de extensão Adolescentes de Escola Pública e Adolescentes em Conflito com a Lei: Uma Relação por Meio da Escrita, com o objetivo de vincular extensão, ensino e pesquisa, promovendo assim a flexibilização curricular e ampliando os espaços de atuação do professor em formação. O trabalho foi desenvolvido na classe de apoio de dois colégios da rede pública do município de Ponta Grossa, o qual tinha como objetivo verificar qual era a expectativa dos professores e alunos em relação às aulas de apoio. Como também buscou-se observar se os professores estavam recebendo apoio do governo para que desta maneira se tornasse aptos a ministrar as aulas de apoio e consequentemente sanar as dificuldades que os alunos apresentavam na aprendizagem nas aulas regulares. Num segundo momento juntamente com a professora regente e a professora responsável pela classe de apoio a ideia era elaborar um planejamento com o material disponibilizado pelo colégio e ao mesmo tempo contribuir para o projeto maior Adolescentes de escola pública e adolescentes em conflito com a lei: uma relação por meio da escrita. O programa Salas de apoio à aprendizagem é uma projeto da Secretária de Educação do Estado do Paraná (SEED) e tem com principal objetivo atender alunos da 5 série do Ensino Fundamental, que apresentam dificuldades no ensino/aprendizagem referentes ao conteúdo das séries iniciais, tanto em língua portuguesa quanto em matemática. As discussões acerca do assunto e o levantamento de estudos são realizados no Laboratório de estudo de texto (LET), situado no campus central da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Objetivos Como objetivo o projeto buscou a flexibilização curricular, consequentemente ampliando o espaço do professor em formação e claro que o fortalecer o vínculo entre ensino, pesquisa e extensão foi bastante visado também. Após as observações foi feita uma intervenção nas aulas de apoio, com o objetivo de trabalhar a dificuldade que os alunos apresentavam em relação à oralidade, escrita e leitura. Procurou-se utilizar gêneros diferentes, porém, que se faziam presentes no dia-a-dia de cada aluno, para que este pudesse entender a função social que está por trás de um texto. Desta maneira, esperava sanar as dificuldade encontradas Metodologia Para que o projeto pudesse atingir os objetivos acima citados, em um primeiro momento buscou-se verificar se a proposta da classe de apoio está sendo seguida de acordo com a proposta constatada no projeto da SECRETARIA DE SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Sendo assim elaborou-se uma nova proposta de planejamento a ser trabalhada nas aulas de apoio, visando a articular o letramento para haver uma contribuição para o projeto maior, a elaboração do livro no projeto Adolescentes de escola pública e adolescentes em conflito com a lei: uma relação por meio da escrita (UEPG USF SETI). Tomou-se como fundamentação teórica a INSTRUÇÃO No 022/2008 SUED/SEE a qual segue os Critérios para a abertura da demanda de horas-aula, do suprimento e das atribuições dos.profissionais das Salas de Apoio à Aprendizagem 5ª série do Ensino Fundamental, da Rede Pública Estadual, bem como as leituras e discussões realizadas no LET da UEPG acerca do tema Letramento, abordados por BORTONI (2005), KLEIMAN (2005) e BATISTA (2007). O letramento ainda vem sendo pouco trabalhado nas escolas, as quais continuam utilizando um método tradicional para o ensino de língua portuguesa que acaba se limitando ao estudo da gramática normativa. O problema é que as crianças ao passarem a frequentar a escola acabam entrando em um conflito linguística, pois, antes mesmo de virem para a sala de aula elas já tiveram vários contatos com a língua(gem), seja com os pais, demais familiares ou com a comunidade à qual pertence. É preciso que a escola reconhece e respeite o nível de letramento que o aluno carrega consigo ao começar a frequentar as aulas. Para Kleiman (2005), As práticas letradas em instituições como a família, que são as instituições que introduzem a criança no mundo da escrita com sucesso, são praticas coletivas, em que o conhecimento sobre a escrita é construído através da colaboração (KLEIMAN, 2005, p. 30). O conhecimento que o alunos traz consigo também ganha relevância com Bortoni, ela afirma que que os alunos devem se sentir livres para falar dentro da sala de aula, independentemente

9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 3 do código que utilizarem. O professor precisa valorizar o conhecimento das crianças e trabalhar a criatividade delas. A escola há muito tempo vem entendendo a alfabetização como um simples processo de apresentar ao aluno as letras e seus fonemas, consequentemente a ler e escrever de uma maneira que ele possa se comunicar e ser compreendido pelas pessoas que estão a sua volta. Diante disso notamos que os alunos apenas decodificam o que lêem, porém, não conseguem interpretar o que foi lido. Já o letramento é o processo de ensino/aprendizagem da escrita e leitura, tal habilidade que começa a ser desenvolvida da convivência que a criança começa a ter com as diferentes manifestações da escrita na sociedade. Para Kleiman (2005), o principal problema é como a escola, instituição social detentora/ construtora de saberes, com regras e normas determinadas encara o letramento e qual o conceito equivocado sobre letramento que as pessoas têm, já que ele é visto como um processo que substitui a alfabetização. Porém, mesmo que sejam dois processos diferentes, ao mesmo tempo são totalmente indissociáveis, portanto há a necessidade da conciliação desses dois processos, ou seja, alfabetizar letrando. Referente aos procedimentos metodológicos utilizados, constituíram-se nas observações feitas em dois colégios da rede estadual de Ponta Grossa. Assim como, foram realizadas discussões e reflexões que serviram de subsídio até a intervenção realizada em ambas as escolas. Resultados De acordo com a proposta do governo, as classe de apoio têm a incumbência de sanar as dificuldades que alunos da 5 série apresentam em relação ao conteúdo dos anos iniciais tanto em língua portuguesa quanto em matemática. Contudo os pais precisam estar bem informados quanto à importância, frequência e o aproveitamento dos alunos respectivamente em relação às aulas. Os professores devem ser orientados quanto ao preenchimento dos relatórios das Salas de Apoio, como também precisam acompanhar a frequência e a movimentação dos alunos matriculados. Também torna-se necessário diagnosticar as dificuldades de oralidade, leitura, escrita, formas espaciais e quantidades, referentes aos conteúdos dos anos iniciais. O acompanhamento do aluno deve ocorrer durante e após o processo de aprendizagem, além disso, a dispensa do aluno deve ser decidida com a equipe pedagógica e os professores da sala de apoio, assim como a elaboração do plano de trabalho docente também deverá ser feita juntamente com os professores regentes e a equipe pedagógica. Assim que houver melhora entre os alunos, torna-se necessário providenciar a substituição deles, visto que, a demanda pela classe de apoio é muito grande, pois muitos alunos estão chegando na 5ª série com grandes dificuldades em relação ao que deveria ter aprendido nas séries iniciais do ensino fundamental. Partindo desses pressupostos, realizamos entrevistas com as professoras da classe de apoio, bem como com a professora do ensino regular, a pedagoga e os alunos. Quanto às aulas de português da classe de apoio, a professora comentou que não há planejamento porque não há material, de modo que é preciso ficar improvisando. Aliás, o material que é fornecido para os alunos, sai do bolso do professor afirma. Quanto ao livro didático que a professora tem utilizava, é do ano de 2005. Pois, não foram fornecidos novos materiais para serem trabalhados na classe de apoio. O material utilizado possuía boa qualidade, no entanto, não estava sendo explorado de maneira satisfatória, já que se resume apenas a leituras, não havendo exercícios de compreensão, interpretação e produção. Às vezes até era sugerido um exercício de produção de texto como tarefa de casa, mas não era cobrado posteriormente pela professora. As aulas de português na classe de apoio, no ano passado, tiveram início no dia 30 de março. Segundo a professora, a seleção de alunos foi feita pela professora do ensino regular, a qual pode selecionar no máximo 5 alunos por turma para participarem da classe de apoio. Para essa seleção foram observadas as dificuldades dos alunos em relação à escrita, leitura, interpretação e ortografia. Com relação aos pais, estes eram convocados, por meio de cartas, a comparecerem numa reunião, na qual eram informados a respeito das dificuldades das crianças e quais eram os parâmetros para permanecerem na classe de apoio. No entanto, o acompanhamento dos pais era muito relativo, há pais, segundo as professoras entrevistadas, que nunca compareceram para saber como estava o desenvolvimento dos filhos na escola. Visto que não havia controle quanto à presença dos alunos nas aulas, assim como os alunos que participavam do apoio não eram acompanhados devidamente no ensino regular, consequentemente não poderia se constatada uma melhora no

9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 4 aprendizado dos alunos. Quanto às aulas de apoio em matemática, notou-se que havia planejamento e utilização de materiais diferenciados para o aprendizado dos alunos. Havia diálogo entre o professor do ensino regular e a professora do apoio, com isso ambos estavam a par do desempenho dos alunos. Segundo a professora de matemática, os alunos tiveram progressiva melhora, com isso aumentava a autoestima deles, os quais iam para a aula mais confiantes. Porém, os alunos que não colaboravam e não se comportavam devidamente eram convidados a se retirar, passando assim a vaga para outros, visto que a demanda pelo apoio é/era grande. Uma vez expostas todas as observações que a equipe executora do projeto conseguiu reunir, tem-se os resultados do trabalho que auxiliaram o grupo a compreender melhor o funcionamento das salas de apoio, tanto do ponto de vista real quanto do ideal. Conclusões Notou-se que a proposta da classe de apoio está longe de ser verificada na prática. A classe de apoio está acontecendo de uma forma diferente da proposta, principalmente quando se refere às aulas de português. A impressão que tivemos é de que as leituras são realizadas apenas para ocupar o tempo, observando que, na maioria das vezes, a professora chegava atrasada, ia procurar o material, demonstrando que não havia planejamento prévio. Posteriormente, sentava e assim permanecia até o fim da aula, não dando a devida atenção aos alunos, somente realizando leituras e algumas atividades de ortografia que posteriormente eram corrigidas oralmente. A professora da classe de apoio não era a mesma das aulas regulares no período da tarde, e ainda, sem experiência, pois, ela sempre lecionou no Ensino Médio. A propósito, o requisito mais importante para se trabalhar com a classe de apoio seria a experiência com crianças de ensino fundamental. Outro problema é o fato de que a professora não dava continuidade às aulas, uma aula ela trabalhava leitura, outra ortografia, as tarefas de casa não eram cobradas, o que gerava uma certa falta de interesse por parte dos alunos, afinal a professora não se preocupava em saber se a tarefa tinha sido realizada ou não. O horário do início e do término das aulas dificilmente era respeitado. Em contrapartida, as aulas de apoio em matemática eram diferenciadas. A forma como eram conduzidas as aulas levava os alunos a se ocuparem e se interessarem o tempo todo, consequentemente supria as dificuldades, já que a professora atendia cada aluno individualmente tirando as dúvidas. Alguns alunos faltavam e não eram notificados, pois não havia controle de frequência nem acompanhamento por parte da equipe pedagógica. As aulas aconteciam em um salão fechado, o qual muitas vezes era utilizada para as aulas de artes ao mesmo tempo, assim como tiveram alguns dias em que a classe de apoio foi realizada na biblioteca, pois, tinha reunião de pais, não há uma sala específica para essa finalidade. Em resumo, há muito o que ser observado e melhorado para que as classes de apoio tenham o êxito que propõem. Referências: ANTUNES, Irandé. Aula de Português: Encontro e interação. 2. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.. Muito Além da Gramática: Por um ensino de línguas sem pedras no caminho. 3. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. BAGNO, Marcos. Língua Materna: Letramento, variação e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2002. BATISTA, Antônio Augusto Gomes. Pró-Leramento: Alfabetização e Linguagem. Brasília: UFMG, 2007. KLEIMAN, Angela. (org.) Os significados do Letramento. São Paulo: Mercado das Letras, 2005.

9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 5 PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2009. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Instrução n 022/08. Critérios para a abertura da demanda de horas-aula, do suprimento e das atribuições dos profissionais das Salas de Apoio à Aprendizagem 5ª série do Ensino Fundamental, da Rede Pública Estadual. Paraná, 2008 SERAFINI, Maria Teresa. Como escrever textos. 11.ed. São Paulo: Globo, 2003. SEVERINO, A. J. A produção do conhecimento na universidade: Ensino, Pesquisa e Extensão. EDUCAÇÃO E LINGUAGEM, ano 7, nº10; 2004