Av. Marechal Gomes da Costa. Alvalade. Av. Almirante Gago Coutinho. Areeiro. Baixa 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

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No 1º semestre de 2004 Sonae Imobiliária lucra 32,2 milhões

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Transcrição:

1 Semestre

Benfica Monsanto Campo Grande Alvalade Campo Pequeno Av. Almirante Gago Coutinho Av. Marechal Gomes da Costa Parque das Nações Ponte Vasco da Gama Areeiro A Campolide 1-Prime CBD Marquês de Pombal 2-CBD Rato Av. da Liberdade 3-Avenidas Novas Algés Av. 2 de Julho Chiado Baixa -Zona Histórica -Parque das Nações A2 Ponte 2 de Abril Cais do Sodré 6-Corredor Oeste 7-Outras Introdução Mercado maduro e profissional Nova Oferta nas Zonas e 6 e Restantes Zonas de Lisboa Performance do mercado fortemente marcada pela conjuntura económico-financeira com restrições e abrandamento da actividade 1% 9% Tendência para a redução de espaços por parte das empresas numa lógica de contenção de custos, a suspensão de estratégias de relocalização e a renegociação de contratos de arrendamento 8% 7% 6% % Proprietários mais receptivos à revisão de rendas para evitar correrem o risco de ficar com espaços devolutos. % 3% 2% Poucos impactos da certificação energética no valor e comercialização dos activos 1% % 2 2 26 27 28 29-1ºS Zona Zona 6 Resto Lisboa Oferta, LPI O stock de escritórios de Lisboa é de cerca de,3 milhões de m² no 1º semestre de 29, tendo crescido 1,% desde o final de 28 Os três últimos anos têm vindo a registar níveis de oferta entre os 7. e os 8. m², sendo as Zonas e 6 as mais importantes ao nível da nova oferta, embora neste semestre a entrada no mercado de novos edifícios se tenha concentrado nas restantes zonas de Lisboa Tendência para a subida da taxa de desocupação do mercado que ronda actualmente os 8,26% A oferta futura de Lisboa encontra-se estimada em cerca de 163 mil m² sendo o Parque das Nações e o Corredor Oeste responsáveis por mais de % da oferta futura Stock e Nova Oferta em Lisboa Evolução da Taxa de Desocupação em Lisboa Stock de Escritórios (m²)...3..2..1... 3.9. 3.8. Nova Oferta Stock 9. 8. 7. 6... 3. 2. 1. Nova Oferta de Escritórios (m²) 1% 12% 1% 8% 6% % 2% 3.7. % 23 2 2 26 27 28 29-1ºS 2 2 26 27 28 29-1ºS., LPI, LPI WMarket Review 9-1ºS

Procura Take-up de cerca de 37. m² no 1º Semestre de 29, valor muito abaixo (-6%) do registado no 1º semestre de 28. A manutenção deste nível de actividade terá como resultado a pior performance do mercado nos últimos anos em termos de novas ocupações de espaços de escritórios Tendência para a diminuição das áreas médias dos negócios, assumindo os de área inferior a 3 m² um peso superior a 7% Os Outros Serviços, as TMT s & Utilities e os Consultores e Advogados foram os sectores mais dinâmicos no 1º semestre deste ano. Tendências Continuação do abrandamento do nível de actividade do mercado Libertação de espaços usados que se tornam de difícil colocação no mercado face à oferta nova a preços competitivos. Decréscimo do volume de edifícios em pipeline decorrente do adiamento de projectos por parte dos promotores e à exigência de um contrato de pré-arrendamento antes do início da construção Redução significativa da construção especulativa Redução generalizada do nível de rendas em todas as zonas embora com diferenças significativas entre o CBD e as áreas out-of-town m² 2. 2. 1. 1ºSem. 2ºSem. Absorção por Semestre Aumento da procura de espaços flexíveis, verdes e com soluções técnicas de topo Oferta Procura Rendas Yields 1.. 2 26 27 28 29, LPI Valores de Mercado Fase de reajustamento do mercado com um abrandamento generalizado do nível de actividade - este aspecto traduz-se numa prudência estatística na análise dos números e expectativa no desempenho do mercado no 2º semestre do ano. Pressão descendente das rendas fruto da actual conjuntura, renegociação de contratos e maior abertura por parte dos proprietários em detrimento de ficarem com espaços devolutos Evolução da Prime Rent /m²/mês 2 22 2 18 16 1 12 1 8 6 2 2 21 22 23 2 2 26 27 28 29 Negócios por Dimensão Classe de Áreas <3 [3-8[ [8-1.[ [1.-3.[ [3.-.[ >. TOTAL Área (m²) 26.66.78 1.787 39.67 1.1 19.92 161.67 26 Nº Trans. 17 96 1 19 3 311 Área (m²) 27.1 6.318 27.8 26.77 18.82.8 21.32 27 Nº Trans. 187 91 27 13 7 33 Área (m²) 27.892 32.88 26.17 18.813 23.18 13.91 232.899 28 29-1ºS. Nº Trans. 19 67 2 9 6 6 32 Área (m²) 13.8 9.682 9.99 3.772 36.81 Nº Trans. 87 22 11 3 123, LPI WMarket Review 9-1ºS

Introdução Mercado com nível de maturidade elevado e com um ritmo de crescimento e consolidação acelerado ao longo da última década Actual conjuntura económico-financeira assume-se como depuradora dos projectos de retalho, tornando o mercado mais selectivo Entrada em vigor do novo regime do licenciamento comercial que, se por um lado simplifica o regime anterior, por outro integra alguns constrangimentos, destacando-se a eliminação de prazos em momentos-chave dos processos e o deferimento tácito, bem como a submissão ao regime de autorização qualquer modificação dos conjuntos comerciais o que imporá condicionantes burocráticas e temporais a modificações de menor relevância. Dispersão da oferta comercial por todo o país com predominância na Grande Lisboa e Grande Porto que concentram mais de % da ABL existente 11% Área Bruta Locável por Região 7% 3% 7% 2% Superfícies Comerciais Área bruta locável atingiu no 1º Semestre de 29 os cerca de 3,3 milhões de m² Entraram no mercado 3 novos centros comerciais, registou-se a inauguração do Spacio Shopping, fruto da ampliação e remodelação do Olivais Shopping, e 3 retail parks num total de 197. m² 29% 19% Norte Grande Porto Centro Grande Lisboa Península de Setúbal Sul Regiões Autónomas Destaque para a inauguração do Dolce Vita Tejo na Amadora com 122. m², sendo a maior abertura desde o Centro Comercial Colombo em 1997 e com um peso de 6% no total de ABL inaugurada no 1º Semestre do ano Crescimento ABL (1^³m²) 3 3 2 2 1 1 Área Bruta Locável por Ano Centros Comerciais Outros Formatos de Retalho Stock 3. 3. 2. 2. 1. 1. Total ABL (m²) A oferta futura estimada de retalho ascende a cerca de 1,2 milhões de m² de ABL entre 29 e 212 Existem no entanto, um conjunto de projectos cuja situação se mantém indefinida dada a actual conjuntura, pelo que poderão ser adiados ou mesmo cancelados Efectivamente, a maioria dos players encontra-se a reavaliar os projectos em carteira, sendo mais selectivos no avançar dos mesmos Simultaneamente, promotores com menor experiência ou que entraram no mercado numa fase mais tardia, tendem a ter maiores dificuldades em consolidar a sua presença pelo que são os primeiros a cancelar projectos anunciados 2 21 22 23 2 2 26 27 28 29 Fonte: APCC, Worx Inaugurações 1º Semestre 29 Oferta Futura Prevista Tipo Centros Comerciais Spacio Shopping (ex-olivais Shopping)* Ria Shopping Dolce Vita Tejo Gran Plaza Tavira TOTAL Nome Portimão Retail Center Localização Lisboa Olhão Amadora Tavira Portimão Mundicenter Sans Frontiers Chamartin Inmobiliaria Martifer Promotor Bouygues Imobiliária/Lança SGPS ABL (m²) 3.833 1. 12. 26.732 16.6 11.96 m² 6... 3. 2. 1. Centros Comerciais Outros Formatos de Retalho Retail Parks Focus Park In Guarda Retail Park TOTAL TOTAL ABL V. N. Gaia Guarda Parkridge Banif Gestão de Activos 8.3 11.8 32.6 197.111 29 21 211 212 * Ampliação do Centro Comercial em 3.833m² num total de 2.8m² WMarket Review 9-1ºS

Comércio de Rua Crescente dinamismo do comércio local que continua o seu percurso de afirmação no contexto do consumo A presença de novas insígnias com uma postura de maior abertura e de proximidade ao Cliente vem dar um novo pulso a áreas específicas da cidade Necessidade das zonas de Lisboa funcionarem enquanto superfícies comerciais a céu aberto com horários de funcionamento alargados e com sinergias de complementaridade e de vivência urbana. Uma iniciativa positiva neste contexto são os guias ConVida, já com anos, roteiros de lojas, restaurantes, lazer e cultura, novidades e história dos principais bairros de Lisboa, funcionando como um verdadeiro cartão de visita dos mesmos. A recuperação de antigos quiosques desactivados em Lisboa e o seu novo conceito são exemplos do dinamismo e das oportunidades de investimento que o comércio local encerra e do seu papel crucial na vivência do espaço público. Tendências Reavaliação e possível adiamento/cancelamento de projectos em localizações secundárias e com oferta concorrencial já implementada Crescimento preferencial em nichos de mercado sobretudo em projectos diferenciadores, qualificados e de conveniência localizados em áreas com poder de compra Consolidação do comércio local e manutenção dos níveis de procura por localizações prime Revisão em baixa dos valores de arrendamento sobretudo em superfícies comerciais secundárias Maior tentativa de integração dos novos projectos na malha urbana numa lógica de continuidade urbanística e prolongamento da vivência citadina Reposicionamento dos investidores nacionais e internacionais face ao risco associado ao investimento em retalho; procura de projectos diferenciadores e ao encontro de clusters de mercado Problemas de licenciamento são o principal entrave pela morosidade e burocracia inerente a estes processos Oferta Procura Rendas Yields Valores de Mercado A maturidade do mercado de retalho, o crescimento da oferta e a partilha de áreas de influência conduz à revisão em baixa das rendas praticadas nas superfícies comerciais que entraram no mercado nos 2 últimos anos Esta situação é ainda agravada pela actual conjuntura económica, diminuição do poder de compra e consequentemente diminuição do volume de vendas Assiste-se à renegociação dos valores de arrendamento, sendo a redução dos mesmos da ordem dos 1-1% Valores de Mercado Tipo Centro Comerciais (Lojas Média Dimensão) Retail Parks Comércio de Rua Localização Grande Lisboa Grande Porto Cidades Médias Grande Lisboa Grande Porto Cidades Médias Lisboa (Av. Liberdade/Chiado) Lisboa (Av. Novas) Lisboa (Parque das Nações) Porto (Sta Catarina) Porto (Boavista) Renda ( /m²/mês) 3-7 2-6 2-8-11 7-1 8-1 -8 2-2-3 3-2- WMarket Review 9-1ºS

Introdução Mercado de indústria e logística apresenta sinais de estagnação ressentindo-se da actual situação económico-financeira que colocou entraves ao desenvolvimento e expansão das empresas e consequentemente, condicionou as operações logísticas A dinamização do sector encontra-se ancorada no desenvolvimento do Projecto Portugal Logístico que procura a nível nacional estruturar a função logística e tornar o país mais competitivo. Embora de importância estratégica, a sua implementação, passados 3 anos desde a sua apresentação, resume-se às duas plataformas da Grande Lisboa Castanheira do Ribatejo e Poceirão. Redução da construção especulativa e tendência crescente para a construção fato à medida com os promotores a construírem após garantia de pré-arrendamento de acordo com as exigências dos proprietários No entanto, a maior dificuldade de acesso ao crédito e o custo do financiamento têm impactes significativos nestes projectos na medida em que dada a dimensão dos mesmos, estão envolvidos montantes consideráveis o que restringe algumas opções de expansão/relocalização Exigência de maiores garantias por parte dos investidores (boas localizações, edifícios flexíveis, inquilinos sólidos e contratos de longa duração) No actual cenário de retracção da procura, o número de transacções neste mercado é relativamente reduzido. Neste contexto, durante o primeiro semestre de 29, destaca-se o arrendamento de 1. m² dos armazéns em Pousos-Leiria, propriedade da Imopólis a uma empresa do ramo alimentar e de 9 m² no Abrunheira Park do fundo TDF a uma empresa de marketing Em termos de desocupação, a oferta mais antiga e desqualificada tem tendência a ficar devoluta pela dificuldade de colocação no mercado face à oferta nova e concorrencial existente com preços apelativos Simultaneamente, na Margem Norte do Tejo e em particular no eixo Alverca-Carregado-Azambuja, a disponibilidade é muito menor quando comparada com a Margem Sul onde a construção para fins logísticos qualificados se concentra num conjunto reduzido de empreendimentos e existe oferta de espaços obsoletos de difícil escoamento Embora apresentando sinais de estagnação, o mercado tem crescido em maturidade e sofisticação existindo uma cada vez maior preocupação pela qualidade das estruturas construídas, pela eficiência e operacionalidade dos espaços Oferta e Procura Mercado com sinais de estabilização em que o stock se mantém em cerca de 2, milhões de m², embora com perspectivas de crescimento no curto prazo devido à concretização de um conjunto de projectos em pipeline Valores de Mercado Os valores de arrendamento prime do mercado mantêm-se relativamente estáveis rondando os /m²/mês para áreas médias entre os 1. e os 1. m² Durante o 1º semestre do ano destaca-se a conclusão da 1ª fase do LogPLace Azambuja, desenvolvido pela Turiprojecto, para a FCC Logística num total de 22.79 m², estando a conclusão da 2ª fase prevista para o final do ano Encontram-se em pipeline cerca de 26. m² de novas áreas logísticas entre 29 e 21, aos quais acrescem as primeiras unidades da Plataforma Logística de Castanheira do Ribatejo previstas para 21 7 6 3 2 Evolução da Prime Rent 1 199 199 1996 1997 1998 1999 2 21 22 23 2 2 26 /m²/mês 27 28 29 Oferta em Pipeline Empreendimento Localização Área (m²) Promotor Conclusão Azambuja Log Place Azambuja (2ªfase) Log Place Póvoa (lote e 6) 2ª Fase Leziria Park 2ª Fase do NEAV Eco Park da Azambuja Aveiras 3 TOTAL Azambuja e Carregado Azambuja e Carregado Alverca e Póvoa de Sta Iria Azambuja e Carregado Arruda dos Vinhos Azambuja e Carregado Azambuja e Carregado. 2.21 19. 9. 1. 11. 6. 261.21 Tiner ESAF Turiprojecto Teixeira Duarte Turiprojecto Turiprojecto Banif 29 29 29 29 29 21 21 WMarket Review 9-1ºS

De igual modo, a análise por zona revela a estabilidade do mercado não se registando alterações significativas desde o final do ano passado, variando o intervalo de rendas de acordo com a qualificação da oferta existente e a disponibilidade de áreas em cada uma das zonas Rendas por Zonas (Grande Lisboa) Mercado Industrial e Logística Lisboa - Centro Amadora - Sintra - Cascais Azambuja - Alverca Loures Almada - Setúbal Montijo - Alcochete Renda ( /m²/mês), - 6, 3, -, 3, -,, -, 3, -, 3, -,2 Tendências Aumento da actividade no sector dependente da recuperação económica e dos sectores económicos que se encontram a montante da actividade logística Aumento da oferta de espaços logísticos, alguns de natureza especulativa, como as plataformas logísticas de Castanheira do Ribatejo e do Poceirão, sendo previsível o aumento da concorrência entre projectos, o possível aumento das taxas de desocupação e um maior pacote de incentivos concedidos aos inquilinos dado o valor aceitável de rendas praticadas no mercado. Potencial de crescimento dos eixos Montijo-Alcochete e Alverca- Azambuja fruto da relocalização do Novo Aeroporto de Lisboa. O primeiro pelo impulso que a nova cidade aeroportuária trará e ao conjunto de actividades satélites que pode impulsionar; o segundo pela libertação das áreas de edificabilidade condicionada impostas pelas medidas preventivas do Aeroporto da Ota. Oferta Procura Rendas Yields WMarket Review 9-1ºS

Introdução Consolidação do sector turístico em Portugal, que tem vindo a ganhar cada vez maior projecção nacional e internacional. Retracção dos principais dados estatísticos referentes ao turismo como resultado da actual conjuntura económico-financeira. Projectos de turismo residencial em fase de ponderação e de adiamento de fases subsequentes devido à diminuição da procura e aos condicionalismos dos mercados alvos destes empreendimentos Os mercados do Reino Unido, Alemanha e Espanha continuam a ser os maiores emissores de turistas para o nosso país representando cerca de 3% das dormidas em Portugal. Lisboa continua a ser um dos destinos principais do investimento em hotelaria existindo um conjunto alargado de hotéis previstos para esta cidade Tendência para os projectos de charme/design, de menor dimensão e com serviço personalizado, resultado da reconversão/reabilitação de edifícios antigos muitos dos quais com uma raiz histórica importante Hotelaria Decréscimo do número de passageiros desembarcados nos aeroportos portugueses no primeiro semestre de 29 quando comparado com igual período no ano passado (-,7%) devido à quebra acentuada dos desembarques internacionais (-8,%) Redução das dormidas e da taxa de ocupação e consequentemente, dos proveitos globais (-13,2%) e por aposento (-12,8%) no primeiro semestre de 29 Síntese Ocupação Quarto (acumulado Jan. Jun) Variação 9/8 29 28 % PP 6,% 6,6% 39,83% 6,69% 76,1% 69,7% 3,7% 67,61% -13,8% -13,1% -2,9% 16,21% -,11-9,12-13,91-1,9 1% % % -% -1% -1% -2% -2% Variação das Taxas de Ocupação (28-29) Preço Médio por Quarto Vendido (acumulado Jan. Jun) Variação 9/8 29 28 % Síntese 1,79 68,6 13,27 7,62,63 7,11 13,37 83,9 -,2% -8,9% -11,8% -9,% -2,8-6,6-18,9-7,97 Fonte: Observatório do Turismo de Lisboa, Julho 29-3% Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Taxa de Ocupação/Quarto Fonte: Turismo de Portugal, Junho 29 Taxa de Ocupação/Cama Novos Hotéis Previstos em Lisboa (29-21) Designação Localização Promotor Abertura Categoria CS Vintage Lisboa Hotel CS Palace Belém Hotel Hotel (Palácio Silva Amado) Inspira Santa Marta Hotel LA Hotel Memmo Unforgettable Hotels Alfama CS Palace da Glória Hotel Vincci Av. da Liberdade Sana Vasco da Gama Royal Hotel Eurostars Cais de Santarém Eurostar Parque Expo R. Barata Salgueiro Largo da Princesa, Belém Campo Mártires da Pátria R. Santa Marta 8 Av. da Liberdade 16 Travessa das Merceeiras 27 R. S. Pedro de Alcântara 27 Av. da Liberdade Cais das Naus, Torre Vasco da Gama Campo das Cebolas Parque das Nações Grupo CS/Hersal Grupo CS/Hersal Rafael Hotels Blandy/Investoc (Familia Osório de Castro) Lanidor TEG Grupo CS/Hersal Vincci Hotels Sana Hotels Hotusa Hotels Hotusa Hotels 29 29 29 29 21 21 21 21 21 21 21 WMarket Review 9-1ºS

Turismo Residencial O Turismo Residencial tem sido um dos sectores mais dinâmicos no mercado imobiliário português e tem vindo a afirmar-se como uma das principais apostas de um conjunto de promotores nacionais e internacionais A oferta actual de resorts em Portugal ascende a cerca de projectos em diferentes estados de desenvolvimento, estando anunciados aproximadamente outros projectos. Em termos de localização, assiste-se à concentração da maioria destes projectos no Algarve (3%), seguido da Costa Oeste (16%) embora com tendência crescente para a descentralização Oferta de Resorts por Região 16% % 11% Tendências Consolidação do mercado hoteleiro em Portugal e em especial na cidade de Lisboa cuja oferta se tem vindo a diversificar apostando na exclusividade e no prestígio através do número de unidades de charme/design ou boutique hotéis Crescimento do mercado interno como resultado das sucessivas campanhas do Turismo de Portugal, da qualificação da oferta existente e de uma maior apetência para turismo de natureza, gastronómicas (gourmet e vinicultura) com recursos importantes no País Sustentabilidade como conceito base de todos os resorts a serem construídos no sentido mais lato do termo: respeito pelo meio ambiente, construção com base em princípios de sustentabilidade, práticas verdes na gestão hoteleira e imobiliária, melhoria dos skills e apetências da população da região, criação de emprego local e dinamização da economia e dos produtos autóctones. Oferta Procura Receitas % 7% % 3% Alentejo Algarve Costa Azul Douro Madeira Oeste Ribatejo Os investidores nacionais com maior relevância neste segmento são a Sonae Turismo, o Grupo Imocom, Grupo CS, Grupo Pestana, Grupo Atlântica e Pelicano Os mercados emissores de maior relevância para Portugal são o Reino Unido, a Alemanha, a Irlanda e a Holanda. Dada a actual situação económico-financeira destes países tem-se vindo a assistir à retracção da procura destes mercados sendo importante consolidar o destino Portugal noutros países Simultaneamente, importará rever alguns dos projectos em pipeline, perceber a sua vocação e target de forma a que o conceito se adapte à procura potencial e se adeqúe igualmente ao mercado interno Tendência para o ajustamento em baixa dos valores de mercado dada a actual situação económica, o aumento da oferta concorrencial e a retracção da procura dos principais países emissores de turistas para Portugal WMarket Review 9-1ºS

Introdução Abrandamento significativo da actividade do mercado com volumes de investimento consideravelmente abaixo dos registados nos últimos anos Retorno à essência do mercado: localizações prime, activos core, bons inquilinos e contratos de longo termo Inexistência de stock de oportunidades de investimento que responda aos actuais requisitos dos investidores. Tendência generalizada de subida das yields em todos os segmentos Perspectiva Internacional O volume de investimento continuou a decrescer na Europa no 1º Semestre de 29. Em 28 o volume total de investimento foi cerca de metade do registado em 27, estimando-se no 1º semestre de 29 uma contracção de cerca de 3% quando comparado com igual período do ano passado Sinais de aumento da actividade em Londres e Paris no 2º Trimestre de 29 Incremento da actividade dos investidores alemães devido à debilidade da economia nacional e ao desajustamento dos valores dos activos que tornaram os activos internacionais muito mais apelativos. Neste contexto, os Fundos Abertos Alemães, após a crise que atravessaram no ano passado, estão a reabrir novamente ao mercado sendo expectável que se tornem mais activos no 2º semestre deste ano Crescimento das prime yields na maioria dos mercados durante a primeira metade do ano, embora a um ritmo menor do que o registado no último semestre do ano passado Variações significativas no comportamento das yields pela Europa: se na Europa Central e de Leste se regista uma subida significativa das yields, no Reino Unido assiste-se aos primeiros sinais de recuperação das prime yields de escritórios e retalho. Contracção das rendas praticadas, tendo-se assumido como o principal driver para o declínio do valor dos activos Evolução das Prime Yield de Escritórios nas Principais Cidades Europeias Varsóvia Praga Paris Munique Moscovo Madrid Londres Frankfurt Dublin Bruxelas Amsterdão 2 6 8 1 12 1 % 29-Primavera 28-Outono 28-Primavera 27-Outono 27-Primavera 26-Outono 26-Primavera Fonte: Knight Frank WMarket Review 9-1ºS

O Mercado Nacional O investimento nacional no 1º semestre de 29 ascendeu a cerca de 18 milhões de, valor bastante aquém do registado em anos anteriores (28: cerca de 73 milhões de ; 27: cerca de 1,2 mil milhões de ) Evolução das Prime Yields por Sector % 11 Escritórios Esta forte contracção do investimento imobiliário deve-se à conjuntura económico-financeira global, à grande incerteza do mercado e a uma postura mais cautelosa dos investidores na selecção das oportunidades de investimento que possam surgir às quais associam um risco superior o que, consequentemente, pressiona a subida das yields 9 8 Retalho Industrial Simultaneamente, o ajustamento dos preços no mercado em Portugal tem-se feito sentir de forma mais lenta e tem havido alguma dificuldade no encontro de quem quer vender e de quem quer comprar o que se traduz num conjunto reduzido de transacções 7 6 Os fundos de investimento imobiliário continuam a ser os principais players de mercado tendo o seu Volume sob Gestão (VLG) atingido os 1,936 milhões de Euros, distribuídos por 238 fundos, o que representa um acréscimo de cerca de 2,8% face ao final do ano passado 1998 1999 2 21 22 23 2 2 26 Tendências 27 28 29-1ºS. Evolução do VLG (milhões de ) dos FII (22-1ºS 29) Manutenção do abrandamento da actividade do mercado de investimento nacional 12. 1. Investidores internacionais com tendência a investir em mercados consolidados com níveis de yields atractivos 8. 6. Manutenção da falta de liquidez no mercado agravado pelo adiar de decisões de investimento e pela maior selectividade das operações realizadas. 2. 22 23 2 2 26 27 28 29-1ºS Reduzida rotatividade das carteiras dos FII e dificuldade em depurar alguns dos imóveis dos fundos adquiridos quando o mercado estava em alta e que se revelam pouco atractivos e consequentemente de difícil alienação Fonte: CMVM A conjuntura actual conduziu a uma mudança da preferência dos principais investidores para prime locations, activos core, com inquilinos financeiramente sólidos e com contratos de longa duração, tentando desta forma reduzir o risco do investimento e aproveitar a descida de valor de algum destes activos no mercado Carência de stock de investimento adequado e tendência para os investidores considerarem oportunidades de investimento noutros activos menos tradicionais como residências assistidas, edifícios públicos, residências de estudantes entre outros mesmo tendo que subir na escala de risco/retorno O tempo associado à concretização de uma transacção tende a crescer pela postura mais cautelosa dos investidores que se encontram igualmente mais selectivos. É assim expectável que algumas da operações que tenham vindo a ser preparadas durante o 1º semestre de 29 se concretizem durante o segundo semestre. Um dos exemplos desta situação é a aquisição por parte do FII Maxirent de dois edifícios de escritórios na Av. Fontes Pereira de Melo anteriormente sedeados na carteira do FII Vision Escritórios As prime yields têm vindo a ajustar-se gradualmente, apresentando uma tendência de subida em todos os sectores que se prevê que se mantenha no curto prazo Os valores apresentados são fruto do reajustamento do mercado bem como do número reduzido de transacções que têm ocorrido pelo que importa perceber o comportamento futuro do mercado e quais os níveis de estabilização para que o mesmo aponta. WMarket Review 9-1ºS