Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais I MOSTRA DA PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS DA UESB Mestranda: Máida Cynthia Duca de Lima Co-autores: Patrícia Anjos Bittencourt Barreto; Carlos Roberto Sanquetta, Adalberto Brito de Novaes e Lara Clímaco de Melo VITÓRIA DA CONQUISTA- BAHIA Março/ 2016
QUANTIFICAÇÃO DE BIOMASSA E CARBONO DE PINUS CARIBAEA VAR HONDURENSIS NO SUDOESTE DA BAHIA
Introdução 3 No Brasil, o progressivo aumento da demanda por recursos florestais tem impulsionado a expansão da área de florestas plantadas, Atualmente corresponde a cerca de 7,7 milhões de hectares. (IBÁ, 2015)
Introdução 4 Espécies gênero Pinus 2012 ocupavam 1,6 milhões de hectares, ou seja, 23,4% da área total de florestas plantadas no país. Pinus caribaea Compreende três variedades, a hondurensis é uma das mais plantadas no mundo. (ABRAF, 2013)
Introdução 5 A biomassa é considerada uma importante informação na avaliação e utilização de florestas nativas ou plantadas, Permitindo o conhecimento dos estoques de elementos minerais e de carbono, remoção de dióxido de carbono da atmosfera. (ABRAF, 2013)
Introdução 6 No Brasil, existe um grande número de estudos sobre quantificação de biomassa e carbono em espécies exóticas, várias espécies do gênero Pinus em diferentes regiões do país. Até o presente, não se verifica o registro de estudos sobre o tema na região Nordeste e, em particular, no estado da Bahia.
Objetivos: 7 Avaliar os estoques de biomassa e carbono e sua distribuição nos diferentes componentes de árvores de Pinus caribaea var. hondurensis, estabelecidas em plantio homogêneo, localizado em Vitória da Conquista (BA).
Material e Métodos 8 Povoamento com 10 anos de idade; Localizado na área experimental da UESB; Coordenadas geográficas são 14º53' de latitude Sul e 40º48' de longitude Oeste.
Fonte: Barreto, 2013.
Material e Métodos Quantificação da biomassa e carbono 20 árvores; Distribuídas em cinco classes de diâmetro com amplitude de quatro centímetros; DAP entre 5,8 e 23,8 cm.
Material e Métodos Cada árvore-amostra foi medida para obtenção de DAP e altura total (H); Procedeu-se então o abatimento e determinação da biomassa das árvores selecionadas, considerando o método de simples separação;
Material e Métodos Fracionada nos compartimentos acículas, galhos, casca e fuste; Pesados em balança mecânica, com capacidade de 150 kg e precisão de 50 g, para determinação da biomassa verde.
Fonte: Barreto, 2013
Material e Métodos Após a pesagem, retiraram-se amostras de 300 g de cada compartimento, que foram ensacadas, identificadas e conduzidas ao laboratório. As amostras foram descascadas e levadas para secagem em estufa a 65 C até estabilização do peso de matéria seca.
Material e Métodos Depois de secas, elas foram pesadas e moídas até a consistência de pó, empregando-se um moinho de seis facas e peneiras metálicas. Fonte: arquivo pessoal
Material e Métodos A determinação dos teores de carbono das amostras moídas foi realizada no BIOFIX pertencente à UFPR, por meio de analisador de carbono Leco C-144. Fonte: google imagens
Material e Métodos A biomassa seca foi estimada por meio da multiplicação da massa verde pelo fator de correção de umidade, obtido pela razão entre a massa seca e a massa úmida da amostra.
Resultados e Discussão Tabela 1. Amplitude e variação dos teores de carbono nos diferentes compartimentos das árvores de Pinus caribaea. Compartimento Teores de carbono Média (%) Desvio Padrão CV (%) Máximo Mínimo Folhas 48,80 1,16 2,39 51,8 46,11 Galhos 50,16 0,57 1,13 51,41 49,12 Casca 49,58 0,98 1,97 51,33 48,09 Fuste 51,22 0,93 1,81 52,9 49,86
Resultados e Discussão Tabela 1. Amplitude e variação dos teores de carbono nos diferentes compartimentos das árvores de Pinus caribaea. Compartimento Teores de carbono Média (%) Desvio Padrão CV (%) Máximo Mínimo Folhas 48,80 1,16 2,39 51,8 46,11 Galhos 50,16 0,57 1,13 51,41 49,12 Casca 49,58 0,98 1,97 51,33 48,09 Fuste 51,22 0,93 1,81 52,9 49,86 Os demais compartimentos apresentaram variação intermediária, com coeficientes de variação de 1,97% (casca) e 1,81% (fuste)
Resultados e Discussão O teor médio de carbono (49,94%), é muito próximo ao valor default sugerido pelo Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC, 2006). Indicando coerência na utilização do valor de referência de 50 % em projetos de crédito de carbono.
Resultados e Discussão Sette Junior et al. (2006) (55%), em povoamentos de Pinus taeda; Vieira et al. (2009) (42%), em indivíduos de Nectandra grandiflora Nees;
Resultados e Discussão A biomassa seca total do povoamento foi de aproximadamente 69 Mg ha -1 o que corresponde a 62,3 kg por árvore. Compartimento Biomassa Carbono Mg ha -1 % Mg ha -1 % Acículas 4,17 6,03 2,00 4,73 Galhos 11,36 16,41 5,70 13,46 Casca 14,57 21,05 7,05 16,66 Fuste 39,10 56,21 27,58 65,15 Total 69,19 100,0 42,33 100,00
Resultados e Discussão A biomassa seca total do povoamento foi de aproximadamente 69 Mg ha -1 o que corresponde a 62,3 kg por árvore. Corrêa & Bellote (2011), avaliando povoamentos da mesma espécie e com a mesma idade no estado de São Paulo, encontraram biomassa de cerca de 264 Mg ha -1, correspondente a 132 kg por árvore.
Resultados e Discussão A menor biomassa observada neste estudo pode estar relacionada a alguns fatores: Característica de adaptação da espécie à região estudada (baixos níveis de pluviosidade e fertilidade do solo) Ausência de aplicação de práticas silviculturais no povoamento estabelecido (adubações de manutenção e desbastes).
Resultados e Discussão Tabela 2. Estoques de biomassa seca e de carbono orgânico e participação de cada compartimento da parte aérea na composição da biomassa total de Pinus caribaea Compartimento Biomassa Carbono Mg ha -1 % Mg ha -1 % Acículas 4,17 6,03 2,00 4,73 Galhos 11,36 16,41 5,70 13,46 Casca 14,57 21,05 7,05 16,66 Fuste 39,10 56,21 27,58 65,15 Total 69,19 100,0 42,33 100,00
Resultados e Discussão Tabela 2. Estoques de biomassa seca e de carbono orgânico e participação de cada compartimento da parte aérea na composição da biomassa total de Pinus caribaea Compartimento Biomassa Carbono Mg ha -1 % Mg ha -1 % Acículas 4,17 6,03 2,00 4,73 Galhos 11,36 16,41 5,70 13,46 Casca 14,57 21,05 7,05 16,66 Fuste 39,10 56,21 27,58 65,15 Total 69,19 100,0 42,33 100,00 Importância do manejo conservacionista dos resíduos de colheita, com a manutenção não apenas da copa, mas também da casca no campo.
Resultados e Discussão 27 De acordo com Gonçalves et al. (2002), a casca possui elevada relação carbono/nitrogênio, além de altos teores de lignina e compostos aromáticos e, por essa razão, tem período de permanência prolongado. Sua manutenção na área pode exercer um pronunciado efeito sobre a conservação do carbono e fertilidade do solo, consequentemente, sobre o estoque de carbono e nutrientes do ecossistema a curto e/ou longo prazos.
Conclusão 28 Os estoques de biomassa arbórea total e de carbono do povoamento são estimados em 69 e 42 Mg ha -1, respectivamente, Maior participação do fuste, seguido da casca, galhos e acículas.
Referências 29 ABRAF. Anuário estatístico da ABRAF 2013 ano base 2012 / ABRAF. Brasília: 2013. 130p. BALBINOT, R.; VALÉRIO, A.F.; SANQUETTA, C.R.; CALDEIRA, M.V.W.; SILVESTRE, R. Estoque de carbono em plantações de Pinus spp. em diferentes idades no Sul do Estado do Paraná, Floresta, Curitiba, PR, v. 38, n. 2, abr./jun. 2008. CORRÊA, R. S.; BELLOTE, A. F. J. Soil attributes and biomass yield from Pinus caribaea var. hondurensis. Cerne, v.17, n.2, p. 181-187, 2011. GONÇALVES, J. L. M.; STAPE, J. L.; WICHERT. M. C. P.; GAVA, J. L. Manejo de resíduos vegetais e preparo de solo. In: GONÇALVES, J.L.M.; STAPE, J.L. Conservação e Cultivo de Solos para Plantações Florestais. IPEF, Piracicaba, 2002, p.131-204. IBÁ Indústria Brasileira de produtores de Árvores. Relatório IBÁ 2015 ano base 2014. Brasília: 2015. 64 p. INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE (IPCC). Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories: agriculture, forestry and other land use. Institute for Global Environmental Strategies (IGES), Japan, v.4, 2006. KUZYAROV, Y.; DOMANSKI, G. Carbon input by plants into the soil. Review. Journal of Plant Nutrition and Soil Science. 163: p.421-431, 2000.
Referências 30 MELO, L.C.; BARRETO, P.A.B.; OLIVEIRA, F.G.R.B.; NOVAES, A.B. Estimativas volumétricas em povoamento de Pinus caribaea var. hondurensis no Sudoeste da Bahia. Pesquisa florestal brasileira, Colombo, v. 33, n. 76, p. 379-386, 2013. SETTE JUNIOR, C. R.; NAKAJIMA, N.; GEROMINI, M. Captura de carbono orgânico em povoamentos de Pinus taeda L. na Região de Rio Negrinho, SC. Revista Floresta, v. 36, n. 1, p. 18-30, 2006. SILVEIRA, P.; KOEHLER, H. S.; SANQUETTA, C. R.; ARCE, J. E. O Estado da arte na estimativa de biomassa e carbono em formações florestais. Revista Floresta. v. 38, n. 1, p. 185-206, 2008. VIEIRA, G.; SANQUETTA, C. R.; BARBEIRO, L. DA S. S. Estoque individual de biomassa e carbono em Nectandra grandiflora Nees (Canela-amarela). Revista Floresta, Curitiba, PR, v. 39, n. 3, p. 547-554, 2009. WATZLAWICK, L. F.; CALDEIRA, M. V. W.; GODINHO, T. O.; BALBINOT, R.; TRAUTENMULLER, J. W. Aboveground stock of biomass and organic carbon in stands of Pinus taeda L. Cerne, Lavras, v. 19, n. 3, p. 509-515, 2013. WOJCIECHOWSKI, J. C.; SCHUMACHER, M. V.; SILVA, P. A.; KRIEGER, J. FONTONELLI, M.; GOULART, M. C.; CALEGARI, L.; ALBERTI, L. F.; MACHADO, A A. Biomassa em uma floresta de Pinus elliottii Engelman aos 19 anos de idade, em Santa Maria, RS. In: 9º Congresso Florestal Estadual do Rio Grande do Sul, 2003, Nova Prata, 2003.
31 Obrigada! Contatos: E-mail: maidaflorestal@gmail.com Fones: (77) 991781190 (38) 991744411 OBRIGADA
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais I MOSTRA DA PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS DA UESB Mestranda: Máida Cynthia Duca de Lima Co-autores: Patrícia Anjos Bittencourt Barreto; Carlos Roberto Sanquetta, Adalberto Brito de Novaes e Lara Clímaco de Melo VITÓRIA DA CONQUISTA- BAHIA Março/ 2016
QUANTIFICAÇÃO DE BIOMASSA E CARBONO DE PINUS CARIBAEA VAR HONDURENSIS NO SUDOESTE DA BAHIA