Sumário. 1. Vantagens Competitivas da cana-de-açúcar brasileira. 2. Agenda Socioambiental - UNICA

Documentos relacionados
PROTOCOLO AGROAMBIENTAL DO SETOR SUCROENERGÉTICO ETANOL VERDE. Dep. ARNALDO JARDIM SECRETÁRIO DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

Marcos S. Jank Presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (UNICA)

GLOBAL SUSTAINABILITY STANDARDS SYMPOSIUM

Suani Coelho. Centro Nacional de Referência em Biomassa USP Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Brasília, 25 de abril de 2006

Produção da safra 2017/2018 Total do Estado de São Paulo

Agroenergia e Meio Ambiente

A Questão do Meio Ambiente na Cadeia Produtiva dos Biocombustíveis no Brasil

CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL CDES. Defesa do Etanol Economicamente Viável e Ambientalmente e Socialmente Sustentável

Programa de Gestão Ambiental (PGA) SF 2017/18 e SF 2018/19. Unidade Barra Grande

O Desenvolvimento da Agroenergia no Brasil: Plano Nacional de Agroenergia. Manoel Vicente Bertone Secretário de Produção e Agroenergia

SOCIEDADE BRASILEIRA DE SILVICULTURA

Biodiversidade e biocombustíveis. Agosto 2009 M. Cecilia Wey de Brito Secretária de Biodiversidade e Florestas Ministério do Meio Ambiente

A Experiência Brasileira em Biocombustíveis

A Relação do Setor Sucroalcooleiro com o Meio Ambiente

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO SETOR SUCROALCOOLEIRO

Plano de Gestão Ambiental. Atualizado em 25 de junho de 2018

Indústria sucroenergética: Açúcar e etanol importância e cenário atual

CANA-DE-AÇÚCAR NA PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. Profa. Dra. Cristiane de Conti Medina Departamento de Agronomia

São Paulo, 03 de junho de 2008

ANÁLISE MULTICRITÉRIO PARA AVALIAÇÃO DE CARTEIRAS DE PROJETOS APLICADA AOS PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DO BIOEN

Bioeletricidade - a energia elétrica da cana: Evolução e perspectivas

Desmatamento e Outros Impactos Ambientais - Expansão da Cana-de-Açúcar

Perspectivas para a safra 2018/2019 e RenovaBio

Caderno de Biocombustíveis. 15/09/2017 Milas Evangelista de Sousa (consultor sênior) Tamar Roitman (pesquisadora)

Bioetanol e Cogeração. Fontes alternativas de energia - Bioetanol e Cogeração 1

Agenda de P&D da Embrapa Cerrados

Análise do Ciclo de Vida do Etanol Brasileiro Visando à Certificação Ambiental

Gerente da Qualidade do Ar - INEA Luciana Mª B. Ventura DSc. Química Atmosférica

CURSO INTERNACIONAL ENERGIA NA INDÚSTRIA DE AÇÚ LCOOL. A CANA COMO FONTE DE ENERGIA M. Regis L. V. Leal Copersucar

Fórum sobre Sustentabilidade ABINEE

Antoninho Marmo Trevisan

Perspectivas sobre a safra 2018/2019 e RenovaBio

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: Dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14

Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs)

IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DA MECANIZAÇÃO

SETOR ENERGÉTICO: Prof. Aziz Galvão da Silva Júnior (DER) Projeto Biodiesel

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Tendências da Produção de Etanol Plano Decenal de Energia

TÓPICOS DE PESQUISA VISANDO APRIMORAR O RENOVABIO. Marcelo A. B. Morandi Nilza Patrícia Ramos

4. Resultados do Inventário do Ciclo de Vida

WORKSHOP MODELAGEM CLIMÁTICA E A TERCEIRA COMUNICAÇÃO NACIONAL. Experiências de Estudos de Impactos das Mudanças de Clima nas Energias Renováveis

Avaliação de Sustentabilidade da produção de Etanol de Cana-de-Açúcar

INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA. Ano Safra 2017/2018

Plataforma Mineira de Bioquerosene Farm to Fly Value Chain

Seminário - Fontes Renováveis de Energia na

Ações em ACV da Embrapa

Balanço Energético e Emissões de Gases de Efeito Estufa na Produção de Bioetanol da Cana-de-açúcar em comparação com outros Bio-combustíveis

O Agronegócio Hoje Atualidade e Tendências

Oportunidades Para o Aumento da Produtividade na Agro-Indústria de Cana-de-Açúcar

Avaliação safra 2016/2017 e perspectivas safra 2017/2018

Expectativas para a safra 2017/18 e as perspectivas para o setor nos próximos anos

Princípios e critérios para a produção de carvão vegetal utilizado na produção de ferro gusa para a cadeia produtiva do aço sustentável brasileiro.

A GLOBALIZAÇÃO E O SETOR SUCROENERGÉTICO BRASILEIRO

Sistematização e Conservação do Solo e da Água em Cana de Açúcar. Conservação do Solo e Desafios Regulatórios no Setor Sucroalcooleiro

Evento: O Agronegócio e o Comércio Mundial. Agronegócio Brasileiro: Atualidade e Desafio

INVESTIMENTOS SUSTENTÁVEIS. Fabio Ramos

Perspectivas dos Biocombustíveis na Matriz Energética. Milas Evangelista de Sousa - Consultor Sênior 30/10/2017

Gráfico - Participação de países selecionados no consumo mundial de petróleo (ANP 2008)

Avaliação da safra 2015/2016 e perspectivas para a safra 2016/2017

RenovaBio: o que deve mudar no dia a dia das usinas?

Ainda há viabilidade do Etanol no Brasil?

ELABORAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA DE IMPLEMENTAÇÃO E FINANCIAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO NACIONALMENTE DETERMINADA DO BRASIL AO ACORDO DE PARIS: Setor de Energia

LANÇAMENTO ROBERTO RODRIGUES

Alternativa para produção de combustíveis sustentáveis de aviação CTBE - Junho 2017

Disciplina: Eletrificação Rural

AGRICULTURA DA REGIÃO EM SINTONIA COM A SUSTENTABILIDADE OPORTUNIDADES E TENDÊNCIAS. Laura Antoniazzi Pesquisadora sênior Iara Basso Pesquisadora

Aspectos ambientais da fertilização nitrogenada: emissão de gases do efeito estufa

BRASIL: POTÊNCIA AGROAMBIENTAL

STCP.COM.BR CONSULTORIA ENGENHARIA GERENCIAMENTO

Joyce M.G. Monteiro 1 Lilian Veiga 2 Heitor Coutinho 1. Embrapa Solos. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Solos

A TNC está resente em mais de 30 países, com a missão de conservar as terras e águas das quais a vida depende.

Avaliação da safra 2017/2018 Perspectivas para a safra 2018/2019 RenovaBio uma nova realidade

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 64 AS ALTERNATIVAS DO PLANETA TERRA E DA CIVILIZAÇÃO

O QUE É ILPF ILP IPF. A ILPF pode ser utilizada em diferentes configurações, combinando-se dois ou três componentes em um sistema produtivo:

Agenda de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Cerrados

Ações Estratégicas do Agronegócio: O caso da Indústria Sucroenergética Brasileira

Financiamento de Projetos e Responsabilidade Socioambiental 20/10/2017

As mudanças climáticas globais, os mercados de carbono e perspectivas para empresas florestais brasileiras. FBDS - 10/novembro/2004

Seminário Biomassa: Desafios e Oportunidades de Negócios

POTENCIAL E AÇÕES DO ESTADO DE SÃO PAULO

Dimensões da sustentabilidade da pecuária brasileira: contexto e algumas oportunidades e desafios

AS FLORESTAS NO MUNDO

1º.. MADEN INEE Como evoluir a produtividade da cadeia de madeira energética

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO DA

Agropecuária. Estimativas Emissões GEE

Brasil submete suas INDCs à Convenção do Clima

Fluxo de Energia e Emissões de Carbono dos Biocombustíveis de Cana e Milho

PERSPECTIVAS DO SETOR SUCROENERGÉTICO BRASILEIRO

Ester Galli. Department of Industrial Ecology KTH- Royal Institute of Technology Estocolmo - Suécia

Discurso de Pedro Parente, presidente do Conselho Deliberativo da UNICA.

Sustentabilidade e Importância da Cana de Açúcar no Estado de SP.

Sustentabilidade do etanol: emissão de gases de efeito estufa associados à produção de cana-deaçúcar

Oportunidades da Cana-de- Açúcar na região da Amazônia Legal. Biosol Agroindústria SA. Apresentação ao Congresso Nacional

USINA TERMOELÉTRICA...

A N A I S D O E V E N T O. 12 e 13 de Novembro de 2014 Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Plenária: Perspectivas e Desafios da Energia no Meio Rural no Estado de São Paulo e no Brasil

COP-21 em Pauta A indc Brasileira 28/9/2015

CURSO INTERNACIONAL ENERGIA NA INDÚ

Keywords: ethanol, innovation, harvesting sugarcane production system, Green Protocol

"Economia Verde nos Contextos Nacional e Global" - Desafios e Oportunidades para a Agricultura -

Transcrição:

Semana de Meio Ambiente FIESP São Paulo 02/06/2008

Sumário 1. Vantagens Competitivas da cana-de-açúcar brasileira 2. Agenda Socioambiental - UNICA Protocolo Agroambiental Protocolo UNICA-FERAESP Grupo de Diálogo da Cana-de-açúcar GDC 3. Biocombustíveis e Sustentabilidade - uma nova abordagem Mudanças no Uso da Terra Segurança Alimentar: Alimentos vs. Energia Certificação socioambiental de biocombustíveis

1. Vantagens Competitivas da cana-de-açúcar brasileira

Vantagens Competitivas da cana-de-açúcar brasileira A industria de cana-de-açúcar brasileira oferece um excelente exemplo de como as questões sociais, econômicas e ambientais podem ser colocadas no contexto do Desenvolvimento Sustentado. Atualmente, o etanol brasileiro representa a melhor opção para produção sustentável de biocombustíveis.

Mitigando o Aquecimento Global Redução de Gases de Efeito Estufa Varias estimativas baseadas na análise de ciclo de vida mostram que o etanol de cana reduz as emissões de GEE em até 90%, quando comparado com a gasolina.

Mitigando o Aquecimento Global Balanço Energético O Balanço Energético do etanol brasileiro é 4,5 vezes melhor do que do etanol produzido de beterraba ou trigo e quase 7 vezes melhor do que do etanol produzido de milho.

Mitigando o Aquecimento Global Usinas 100% auto-suficiente em energia As usinas brasileiras de açúcar e etanol geram sua própria energia elétrica através da queima do bagaço da cana e também produzem excedentes de energia que pode ser vendidos no mercado de nacional energia.

Mitigando o Aquecimento Global Alta Produtividade Ethanol yields Liters per hectare Sources: IEA International Energy Agency (2005) e MTEC.

Melhores Práticas Agrícolas e Ambientais Relativamente pouca perda de solo devido a natureza semi-pereni da cana (replantada somente a cada 6 anos). Tendência de redução devido ao aumento da quantidade de palha no chão (corte mecanizado). Baixo uso de pesticidas Não utilização de fungicidas Manejo integrado de praga Uso de vinhaça e torta de filtro A produção de cana no região Centro-sul praticamente não usa irrigação. Fertirrigação: uso de vinhaça. Forte redução no uso de água no processamento da cana nos últimos anos: de 5m 3 /t para 1m 3 /t.

2. Agenda Socioambiental UNICA

Protocolo Agroambiental Assinado pelo Governo do Estado de São Paulo (Secretaria do Meio Ambiente e Secretaria da Agricultura e Abastecimento) e pela UNICA, em 04 de junho de 2007. Diretivas do Protocolo Antecipação dos prazos para a eliminação da queima da cana-de-açúcar Proteção de matas ciliares e recuperação daquelas ao redor de nascentes Planos técnicos de conservação do solo e dos recursos hídricos Medidas de redução de emissões atmosféricas As novas áreas de expansão devem ser colhidas mecanicamente

Protocolo Agroambiental Eliminação da queima em áreas mecanizáveis Estado de São Paulo Eliminação da queima em áreas não mecanizáveis Estado de São Paulo Percentual de cana colhida sem queima 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Protocolo Agroambiental Lei 11.241/02 2006 2010 2011 2014 2016 2021 Nota: os pontos destacados nas linhas do gráfico mostram os anos específicos citados na Lei ou no Protocolo. a e im u q m se a id lh c o a n c a e l d a tu e r c e n P 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Protocolo Agroambiental Lei 11.241/02 2007 2010 2011 2016 2017 2021 2026 2031

Protocolo Agroambiental Resultados (dez meses após sua assinatura) Houve um grande avanço da colheita mecanizada (sem uso de fogo): de 34% da cana colhida no Estado na safra 2006/2007 para 47% na safra 2007/2008. Em um ano, a área colhida sem uso de fogo aumentou 657 mil hectares (60%), ou o equivalente a quase 1 milhão de campos de futebol. 141 das 170 usinas de São Paulo já aderiram voluntariamente ao Protocolo. Mantido o ritmo de mecanização de 2007, quando 550 novas colheitadeiras entraram em operação, será possível completar a mecanização antes mesmo dos prazos previstos no Protocolo. Recente adesão de 13 mil fornecedores de cana do Estado vinculados à Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana). Com isso, toda a cadeia de produção de açúcar e álcool de São Paulo participa agora do Protocolo.

Protocolo UNICA-FERAESP Assinado em 10/02/2006, com o objetivo de aperfeiçoar as condições de trabalho rural no setor canavieiro, avaliar e recomendar as melhores práticas quanto ao seguintes temas: 1. Eliminação gradual da terceirização no corte manual da cana-de-açúcar Atualmente quase que a totalidade dos associados da UNICA não mais terceirizam. 2. Melhoria no transporte de trabalhadores rurais. 3. Transparência dos sistemas de aferição e pagamento do trabalho por produção no corte da cana-de-açúcar 4. Trabalhador Migrante

Responsabilidade Social Projetos desenvolvidos pela UNICA Instituto Banco Mundial Programa de Responsabilidade Social Cooperativa e Competitiva Sustentável Programa Parcerias Sustentáveis IBASE Balanço Social Modelo IBASE entre 2003 e 2005 participaram 47 usinas em 2007 participaram 70 usinas Responsabilidade Social GRI Relatório GRI 10 usinas em 2007/2008 Instituto Ethos Indicadores de Responsabilidade Social Empresarial primeira etapa: 32 associadas segunda etapa: participaram 30 associadas Projeto Tear Parceria - BID/FUMIN / INST. ETHOS / UNICA UsinaSantelisaVale

Grupo de Diálogo da Cana-de-açúcar - GDC ARES (facilitador) Processo Multistakeholder UNICA Copersucar Cosan Crystalsev Guarani ORPLANA FERAESP Inst. Observ. Social GRI objetivo Nova Agenda Socioambiental da Cana CI TNC WWF Amigos da Terra SOS-MA 1. Código Florestal e Paisagens Produtivas (Working Landscapes). 2. Matriz Energética e Mudanças Climáticas. 3. Condições de Trabalho. 4. Mecanização (efeitos sobre os trabalhadores / requalificação).

4. Biocombustíveis e Sustentabilidade uma nova abordagem

Mudanças no Uso da Terra Efeito Direto (conversão de floresta) A UNICA reconhece como legítima a preocupação com os estoques de carbono lançados na atmosfera devido a mudanças no uso da terra. Com objetivo de reduzir as emissões de GEE no mundo, nenhuma produção de matéria-prima para bicombustíveis deve ocupar áreas sensíveis como florestas e pantanais onde o estoque de carbono é substancial. Como a expansão da cana-de-açúcar no Brasil não ocorre em biomas sensíveis, o carbono lançado na atmosfera devido a mudanças no uso da terra não afeta o balanço de GEE da produção de etanol brasileiro.

Regiões de produção de cana no Brasil Sources: NIPE-Unicamp, IBGE and CTC

Mudanças no Uso da Terra Medindo os Estoques de Carbono Antes de banir o uso de áreas específicas, devem ser feitos estudos científicos para medir a quantidade de carbono que está estocada nas áreas atuais e de potencial expansão da produção de matéria-prima para biocombustíveis. Nem toda mudanças no uso da terra leva a geração de um débito de carbono. Por exemplo, o uso de pastagens degradadas para produção de cana-de-açúcar no Brasil resulta em um crédito de carbono e não em um débito, visto que a cana captura grandes quantidades de carbono no seu desenvolvimento.

Mudanças no Uso da Terra Efeito Indireto Novos argumentos contra os biocombustíveis têm sido apresentados em estudos recentes, baseados em modelos de simulação sobre a realocação da produção agrícola em alguns países devido ao aumento da produção de matéria-prima para biocombustíveis em outros países. Entretanto, nenhum dos modelos disponíveis produz resultados confiáveis. Os modelos usados levam ao limite a questão dos efeitos indiretos do uso da terra, baseados em hipótese simplistas, e apresentam várias falácias: Ignoram a tendência de aumento de produtividade da agricultura moderna Assume que toda produção agrícola deslocada que é deslocada por outra (para biocombustíveis ou não) necessariamente será realocada em áreas de floresta (high biodiversity areas). Ignoram conversão em áreas degradadas. Usam dados de desmatamento de 1990, quando as taxas de desmatamento eram altas no mundo. Portanto, superestima as taxas de conversão de ecossistemas nativos para agricultura

Segurança Alimentar: Alimentos vs. Energia A discussão sobre o conflito Alimentos vs. Energia não faz sentido no Brasil A área de cana deve se expandir sobre as áreas de pastagens degradadas, gerando benefícios ambientais, econômicos e sociais.

Segurança Alimentar: Alimentos vs. Energia hectares million 300 250 200 150 BRAZIL: AGRICULTURE VS. PASTURE AREAS Pastures (natural) 100 50 Pastures (planted) Others Corn Soybeans 0 Sugarcane 1940 1950 1960 1970 1975 1980 1985 1996 Values for the year 2005 Number of bovine animals (million heads) Pasture areas (million hectares) Average density (heads/hectare) Brasil 207.1 200-220 1.0 São Paulo 14.1 10 1.4 If the average density in Brazil was 1.4 head/hectare 50-70 million hectares of pasture could be used for agriculture Source: Brazilian bovine flock IBGE. Pesquisa agropecuária municipal. Accessed 12/09/2007; Bovine flock and pasture areas in São Paulo Amaral, A.M.P. et al. Animal production estimates in the São Paulo state for 2006. Economic ionformation. São Paulo: Instituto de Economia Agrícola, v.37, n.4, p.91-104, abr.2007.

Certificação do Etanol A Babel das Certificações Certificações Nacionais Diretivas da UE União Européia Certificação de Biocombustíveis Meó Consulting Team Governo Alemão Sustainable Production of Biomass Cramer Commission Governo Holandês RTFO Renewable Transport Fuel Obligation Governo Reino Unido Certificações Institucionais RTSB Round Table on Sustainable Biofuels Suíça BSI Better Sugarcane Initiative Reino Unido Certificações Privadas SEKAB, GREENERGY Suécia, Reino Unido ETANOL Inúmeras iniciativas de certificação estão em andamento Como atender a tantas certificações? PBCB Programa Brasileiro de Certificação em Biocombustíveis Governo Brasileiro

Certificação Global do Etanol Modelo Ideal Criar um foro multilateral e multistakeholder para certificação do ETANOL como commodity global. Este processo deve considerar a sustentabilidade de todas as matéria-prima envolvidas: cana-de-açúcar, milho, trigo, beterraba, batata, etc). Deve abranger os três pilares do conceito de sustentabilidade: ambiental, social e econômico (eficiência produtiva x subsídios). O processo deve seguir a metodologia usual consagrada: criar um fórum acordar princípios gerais definir critérios criar indicadores implementar sistemas de monitoramento. Deve considerar a sustentabilidade dos combustíveis fósseis x renováveis. Deve considerar o balanço energético e reduções efetivas de GEE.

Obrigado. www.unica.com.br eduardo@unica.com.br