Manuel Carlos Chaparro
Um menino escriba em Portugal Bilhetinhos de iniciação amorosa A primeira experiência jornalística na adolescência A militância na JOC e no jornalismo
No Brasil, o jornalista A ordem A Sudene Diário de Pernambuco e Jornal do Commércio, em Recife A Folha de S. Paulo A Proal
O estudante, professor e pesquisador de jornalismo O ingresso na graduação em jornalismo A docência na ECA-USP A pesquisa Doutor em jornalismo
Obras Pragmática do Jornalismo buscas práticas para uma teoria da ação jornalística (1994); Sotaques d aquém e d além mar Travessias para uma nova teoria dos gêneros jornalísticos (1998/2008); Linguagem dos Conflitos (2001), publicado em Portugal); Imprensa na Berlinda (2004), em coautoria com Wilson Martins e Norma Alcântara; Padre Romano Profeta da Libertação Operária (2006).
Pragmática do jornalismo 1994 Editora Summus Quatro capítulos Pragmática viva O poder de desinformar O poder da norma Propostas teóricas
Pragmática em ação O rastreamento por reconstituição O rastreamento por observação direta As lições para o ensino do jornalismo
Conexões teóricas : a pragmática Pragmática é o fenômeno das relações dos elementos discursivos com os usuários, falante produtor e ouvinte interpretador do enunciado, e com as condições ambientais em que se produz a intercomunicação. A pragmática é, pois, independente do funcionamento linguístico, mas participa eficientemente no resultado comunicativo desse funcionamento. (Lamiquiz,1985, apud CHAPARRO, 1994, p. 17)
A pragmática abarca as complexidades do processo social e cultural inerentes aos fazeres jornalísticos. No seu papel de intermediação, o jornalismo é permeado por acordos e conflitos nas diversas etapas produtivas. Desse processo resulta o discurso jornalístico.
Jornalismo e pragmática Teun Van Dijk A língua é um enunciado que executa uma ação social, ou seja, o discurso implica em um agir social.
Teoria da Ação no jornalismo Teun Van Dijk O agir no jornalismo pode ter êxitos e fracassos, assim como qualquer ato de fala, dependendo das condições em que essas ações são desenvolvidas. No jornalismo elas estão dentro e fora das redações. Dessa forma, a pragmática implica no conceito de ação e de como alcançar o sucesso dessa ação.
O universo do fazer jornalístico O sucesso de uma ação se refere à mudança de um estado inicial para um estado final, que ocorre em várias fases sucessivas. Assim, o relato jornalístico se torna parte do próprio acontecimento, na medida em que a construção da notícia significa um processo, que termina no discurso jornalístico, em seus diversos gêneros e espécies. Esse é o universo do fazer, diz Chaparro
Fazeres intencionados O fazer jornalístico também está no âmbito do cognitivo, ou seja, são ações dirigidas por intenções conscientes. Não há como agir sem intenção. A intenção é o elemento da consciência que dirige uma ação (um fazer) a qual tem um propósito, ou uma finalidade. Assim, a intenção está na dimensão do fazer e o propósito na dos resultados.
Fazeres conscientes e controláveis Os fazeres jornalísticos são conscientes e controláveis, porque não há como agir sem ter intenções e propósitos.
A ética como vetor Os fazeres jornalísticos, por serem controláveis e conscientes, e por estarem na esfera da informação de interesse público, devem ser conduzidos por princípios éticos.
A tríade do jornalismo Ética, técnica e estética. Se não há ética, tanto a técnica jornalística fica comprometida quanto a sua estética, que é a da veracidade. A intenção é essencial porque sem ela não há ação jornalística, porém, ela precisa estar vinculada aos princípios éticos
Três polos A ação jornalística está relacionada a três polos: o primeiro ligado à sociedade, logo aos princípios éticos e razões morais, que orientam as intenções. o segundo é a atualidade, com acontecimentos e demandas que pautam os fazeres jornalísticos, os quais se concretizam pelas técnicas da apuração e do texto e a estética da veracidade. o último polo é o da recepção ativa, cujas ações não cabem à esfera do jornalismo.
Palavras do autor denunciar à sociedade o comportamento corrupto e imoral de um presidente da República é dever do jornalismo e do jornalista; derrubá-lo é prerrogativa do povo organizado.