PTERIDÓFITAS: UMA INVESTIGAÇÃO DE TÁXONS NA VEREDA DO CÓRREGO MOGI NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA-MG

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Transcrição:

1 PTERIDÓFITAS: UMA INVESTIGAÇÃO DE TÁXONS NA VEREDA DO CÓRREGO MOGI NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA-MG GONÇALVES, John Rock (johnrockbio4@yahoo.com.br) FERREIRA, José Faber Rodrigues (josefaber@netsite.com.br) RESUMO: Neste trabalho apresenta-se a riqueza da pteridoflora da vereda do Córrego Mogi no Município de Uberlândia-MG e sua similaridade florística com outras seis veredas estudadas por outros pesquisadores. A vereda do Córrego Mogi está situada numa área nobre da cidade de Uberlândia próximo do bairro Jardim Karaíba e sua foz no córrego Lagoinha. Durante quatro meses foram realizadas visitas à vereda com o objetivo de coletar e identificar pteridófitas utilizando-se chaves específicas para cada família e comparação com material disponível em herbários virtuais para identificação de espécies. Foram encontradas 21 espécies, das quais foram identificadas 18, distribuídas em 11 gêneros e 8 famílias. Com o objetivo de avaliar dados ecológicos, foi realizada uma análise de similaridade florística com quatro veredas já estudadas no município de Uberlândia e duas veredas também estudadas por outro autor no estado do Mato Grosso onde se observou a presença de algumas espécies em comum. Palavras chave: Mogi, Pteridófita, vereda INTRODUÇÃO A fisionomia do cerrado é descrita com três formações divididas em onze tipos fitofisionômicos gerais, enquadrados em formações florestais, (Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e Cerradão), Savânicas (Cerrado sentido restrito, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda) e Campreste (Campo sujo, Campo Rupreste e Campo Limpo) (RIBEIRO & WALTER 1998 apud AGOSTINHO 2004). De todas as formações florestais, a vereda, com solo hidromórfico, destaca-se pela sua importância para a manutenção do ciclo hídrico das bacias hidrográficas a que pertencem, protegendo as nascentes e fornecendo água para a fauna silvestre (CASTRO 1980). Segundo Drummond (2005), vereda é a formação vegetal que resulta da aglomeração de um conjunto de grupos mais ou menos compactos de espécies arbustivas e herbáceas, quase sempre cercada pela fisionomia campo limpo. Apresenta vegetação típica composta principalmente pela palmeira Mauritia flexuosa L. f. frequentemente encontrada na parte mais alagada. Dentre os grupos vegetais encontrados em ambientes de vereda, destaca-se neste trabalho, o grupo das Pteridófitas por ser um grupo vegetal pouco estudado e com ampla distribuição geográfica. O termo pteridófitas é usado para designar

2 plantas vasculares sem sementes, representadas pelas licófitas e monilófitas (PRYER et al. 2004). As licófitas são pteridófitas terrestres que possuem folhas com uma única nervura formando bainha e nó. Os esporângios são únicos, localizados na axila da face adaxial ou formam estróbilos no ápice dos ramos. As monilófitas são descritas como plantas com nervuras não únicas e com formação de esporos em grupos na face abaxial da lamina foliar (SILVA & ROSÁRIO 2008). No Estado de Minas Gerais estima-se existir cerca de cinqüenta por cento (50%) das espécies de pteridófitas encontradas no Brasil, com maior ocorrência em regiões de floresta ombrófita. No bioma do cerrado também ocorre grande número de espécies de pteridófitas com altas taxas de endemismo (SALINO 2000). Para a região do Triângulo Mineiro, onde está situada a Vereda do Córrego Mogi, estima-se um número elevado de espécies de pteridófitas, porém, ainda faltam inventários florísticos detalhados para essa região (MENDONÇA et al. 1998). O presente trabalho teve como objetivo identificar as espécies de licófitas e monilófitas ocorrentes na vereda do Córrego Mogi no município de Uberlândia-MG, uma vez que foi considerada por Borges (2005) a mais conservada entre todos os córregos com nascentes em veredas no município de Uberlândia-MG e analisar sua similaridade florística com quatro veredas estudadas por Araújo et al. (2008) no município de Uberlândia-MG e duas veredas pesquisadas por Agostinho (2004) no Estado do Mato Grosso. Assim justifica-se o desenvolvimento do presente trabalho pela importância de se conhecer a pteridoflora dentro de ambiente urbano e sua similaridade florística com semelhantes fisionomias de ambientes rurais. METODOLOGIA A área de estudo localiza-se na bacia do córrego Mogi sendo uma Área de Preservação Permanente (APP) situada na porção sul da cidade de Uberlândia-MG (Fig. 1). O córrego Mogi possui aproximadamente 2 km de extensão, percorrendo os bairros Jardim Karaíba e Jardim Inconfidência, pertencendo à microbacia do córrego Lagoinha (BORGES 2005, p. 33). A nascente está localizada à 865 m de altitude e sua foz, no córrego Lagoinha, a 810 m de altitude (BRITO & OLIVEIRA 2011). Parte dela está inserida em uma propriedade particular. Apresenta uma vegetação herbáceo-subarbustiva

3 predominante, solo hidromorfo com presença de água a maior parte do ano e presença de espécies do cerrado em sua periferia, o que é típico em áreas de vereda.. A 300 m da nascente, a vereda recebe grande fluxo de água da rede pluvial e sua composição florística apresenta um estrato arbustivo, subarbustivo e arbóreo, com presença de espécies pioneiras características de efeito de borda, tendo em destaque a Cecropia palmata Willd. A 700 m da nascente, apresenta um grande estrato arbóreo evoluindo para mata de galeria e solo bem drenado seguido de um terreno plano com solo hidromorfo e pouco drenado, com vegetação herbácea predominante. Em todas as áreas próximas à nascente, descritas, foi encontrada a palmeira buriti, Mauritia flexuosa L. F. A caracterização do córrego Mogi, foi realizada seguindo critérios de Carvalho (1991). Figura 1- Localização do Córrego Mogi, na zona leste do município de Uberlândia. As visitas à área ocorreram entre os meses de agosto a setembro a fim de registrar informações referentes a aspectos ecológicos de espécies encontradas na vereda de acordo com Mynssen (2000). Dividiu-se a vereda em três parcelas escolhidas segundo critérios ecológicos definidos a partir das observações, com medidas de 50m na borda e medida variável até o centro da vereda. As parcelas foram nomeadas seguindo a ordem de distanciamento da nascente, sendo nomeada em parcela A, parcela B e parcela

4 C, sentido nascente, foz. Para estabelecimento das parcelas, utilizou-se a técnica de amostragem com parcelas de tamanho variável. (IBGE, 1992, p. 43). (Figuras 2 e 3). Figura 2 - Foto satélite da vereda do Córrego Mogi. Detalhes para o bairro Jardim Karaíba acima e abaixo a esquerda parte do bairro Jardim Botânico. Figura 3 - Parcela A, parcela B e parcela C vistas da esquerda para a direita. As coletas foram realizadas semanalmente durante os meses de setembro e outubro de 2011. Para cada material coletado, foram anotadas informações referentes ao hábito, zona de ocorrência e características morfológicas. O material coletado foi herborizado conforme as técnicas usuais propostas por Fidalgo & Bononi (1989) e para identificação, utilizou-se chaves descritas por Arantes et al. (2010) para famílias, e para espécies realizou-se identificação por comparação com peças disponíveis em herbários virtuais.

5 Quanto ao tipo de substrato, a vereda foi subdividida em três zonas: a borda foi considerada a zona situada próximo ao cerrado, apresentando como característica o solo mais claro e bem drenado, o meio, solo mais escuro, saturado com água na maior parte do ano e o fundo, em solo permanentemente saturado com água e essencialmente orgânico. Essa subdivisão foi baseada na zonação de solos de várzea do estado de Minas Gerais proposto pela Embrapa (1982). Os táxons foram identificados a partir de bibliografia específica para cada família, para as monilófitas adotado o sistema de classificação proposto por Smith 2006, e para as licófitas usou-se a classificação de família proposta por Øllgaard (1987 Apud ARANTES 2010). A similaridade florística foi avaliada pelo índice de Sörensen entre a vereda do córrego Mogi e outras quatro veredas citadas por Araújo (2002) no município de Uberlândia-MG e outras duas veredas citadas por Agostinho (2004) no estado do Mato Grosso. RESULTADOS No estudo realizado da pteridoflora das três parcelas na vereda do córrego Mogi situada no município de Uberlândia, foram encontradas vinte e uma (21) espécies das quais foram identificadas dezoito (18), distribuídas em onze (11) gêneros e oito (8) famílias (Tabela. 1). Tabela 1: Pteridófitas agrupadas na ordem de família, coletadas na vereda do córrego Mogi no município de Uberlândia-MG. Parcelas estudadas: A= parcela A, B= parcela B; C= parcela C. Zona de ocorrência: B= borda; M= meio; F= fundo. N= número de ocorrência na vereda. Família/Espécie Parcela B M F N Blechnaceae Blechnum serrulatum Rich C X 73 Cyatheaceae Cyathea phalerata Mart. var. phalerata C X X 76 Dennstaedetiaceae Pteridium aquilinum (L.) Kuhn B X 20 Gleicheniaceae Dicranopteris flexuosa (Schrad.) Underw C X 100

6 Família/Espécie Parcela B M F N Lycopodiaceae Lycopodiella camporum (Araújo 1997) C X 70 Lycopodiella caroliniana (L.) C X 130 Lycopodiella cernua (L.) Pichi-Sermolli A,C X 126 Pteridaceae Adiantun raddianum C. Presl C X 3 Pteris multífida Poired C X 5 Pteris vittata (L.) B X 72 Pityrogramma calomelanos (L.) Link A,C X X 173 Pityrogramma trifoliata (L.) Tryon A,B X X 320 Selaginellaceae Selaginella breynii Spring in Mart. C X 150 Thelypteridaceae Thelypteris arborecens (Willd.) C.V. Morton A,B,C X X X 122 Thelypteris beddomei Moran C X 53 Thelypteris dentata (Forssk.) E. P. St. John A,B X X 450 Thelypteris opulenta Kaulf. A,B X 80 Thelypteris serrata (Cav.) Alston A,B X X 27 Das espécies encontradas, dez (10) pertencem às famílias Thelypteridaceae e Pteridaceae com cinco (5) espécies cada. A família Lycopodiaceae com três (3) espécies e as famílias Blechnaceae, Cyatheaceae, Dennstaedetiaceae, Gleicheniaceae e Selaginellaceae com uma (1) espécie cada. (Fig. 4). Número de espéc 8 7 6 5 4 3 2 1 0 THE PTE LYC BLE CYA DEN GLE SEL Famílias Figura 4 - Distribuição de números de Pteridófitas por famílias encontradas na vereda do córrego Mogi, no município de Uberlândia-MG. THE: Thelypteridaceae PTE: Pteridaceae; LYC: Lycopodiaceae; BLE: Blechnaceae; CYA: Cyatheaceae; DEN: Dennstaedetiaceae; GLE: Gleicheniaceae; SEL: Selaginellaceae.

7 Quanto a riqueza de gêneros, foi constatado que a família Thelypteridaceae apresentou uma predominância do gênero Thelypteris com cinco (5) espécies. O gênero Lycopodiella com três (3) espécies e os gêneros Pityrogramma e Pteris com duas (2) espécies cada. Os gêneros Adiantun, Blechnumm, Cyathea, Dicranopteris, e Selaginella com uma (1) espécie cada. Ao avaliar a proporção de espécies exclusivas de cada uma das três parcelas estudadas, observou uma predominância da espécie Thelypteris arborecens em toda a vereda em relação às outras espécies encontradas. Constatou-se que a maior riqueza de espécies exclusivas, foi registrada na parcela C com 50% das espécies encontradas. Na parcela B, foram registrados 11% com duas (2) espécies exclusivas. Ao analisar a parcela A, não se obteve registro de nenhuma espécie com exclusividade nesta fisionomia (Fig. 5). 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Parcela "A" Parcela "B" Parcela "C" Espécies encontradas Espécies exclusivas Figura 5 - Relação entre espécies encontradas na vereda por espécies exclusivas de cada parcela. Foram registradas nas parcelas A e B, 38,8% das espécies identificadas, com presença de sete (7) espécies em cada parcela. A parcela C, apresentou um registro de 61% das espécies encontradas na vereda, com presença de onze (11) spp. (Fig.5, Tab. 1).

8 A análise da zonação da vereda mostrou que o meio foi a zona mais rica, com doze (12) espécies agrupadas em sete (7) famílias (66,5% das espécies), sendo que 27,5% do total foram exclusivas deste ambiente. Das espécies presentes no meio da vereda, Blechnumm serrulatum, Dicranopteris flexuosa, Lycopodium camporum, Lycopodium cernua, Pteris sp. e Selaginella breynii, foram observadas em ambiente com presença de luz solar a maior parte do dia (Fig.6, Tab.1). 12 10 8 6 4 Espécies encontradas Espécies exclusivas 2 0 Zona Borda Zona Meio Zona Fundo Figura 6 - Relação entre espécies encontradas na vereda por espécies exclusivas de cada zona. Na zona da borda foram encontradas dez (10) espécies agrupadas em cinco (5) famílias (55,5% das espécies), com 33,5% de espécies exclusivas dessa zona. Na zona de fundo, foram encontradas quatro (4) espécies agrupadas em duas (2) famílias (22% das espécies), com apenas uma (1) espécie exclusiva desse ambiente, representado pela espécie Lycopodium caroliniana. (Tab. 1). DISCUSSÃO A família Pteridaceae apresentou uma diversidade morfológica abundante sendo de difícil distinção quanto a sua caracterização, o que também foi observado por (MORAN 1995 apud ARANTES 2010). Em estudo realizado na Estação Ecológica do Panga, Arantes et.al. (2010) encontraram oito (8) espécies de Pteridaceae pertencentes a quatro (4) gêneros. Em outro estudo em veredas, Agostinho (2004) identificou duas (2) espécies pertencentes a dois gêneros diferentes.

9 Nas visitas realizadas à vereda do Córrego Mogi, foi observado que as espécies descritas nessa família ocorrem em locais com pouca umidade e grande incidência de sol, destaque para os gêneros Pityrogramma e Pteris. (Figs. 5 e 6). Figura 5 - Pityrogramma trifoliata (L.) Tryon. Note a presença do tegumento branco no caule. Figura 6 - Pityrogramma calomelanos. Detalhe para tegumento branco na face abaxial. A espécie Pityrogramma trifoliata (L.) Tryon, foi registrada nas parcelas A e B, com maior ocorrência na borda da vereda, sendo pouco encontrada na zona do meio. (Tabela 1). Foi registrado em poucos pontos específicos sendo considerada a espécie com maior ocorrência, com um número de trezentos e vinte (320) indivíduos,

10 com uma densidade de nove (9) a quinze (15) indivíduos por metro quadrado. Sua ocorrência na zona de meio da vereda se deu preferencialmente próximo a espécie Pityrogramma calomelanos (L.) Link. Em pesquisa realizada com solo arenítico/argiloso, na região central do Rio Grande do Sul, Barboni et. al,( 2008) relatam a ocorrência de P. trifoliata próximo de P. calomelanos. Figura 7 - Pteris vittata (L.) identificada na parcela 2 com grande incidência de luz solar. Foram registrados setenta e dois (72) indivíduos da espécie P. vittata (Fig.7) na borda da parcela B, numa área com alto índice de degradação. Com a coleta de dados com aspectos visuais, foi constatado que a parcela B, possui um grande índice de degradação devido a uma grande carga de esgoto da rede pluvial. Nessa parcela foram identificadas duas espécies com ocorrência exclusiva, sendo elas P. vittata e Pteridium aquilinum (L.) Kuhn. A espécie P. aquilinum (Figura 8) é uma espécie de ocorrência cosmopolita, considerada invasora de pastagens e resistente ao fogo. Possui grande importância veterinária devida sua toxidade, podendo causar câncer, cegueira e outros males (WINDISCH 1992).

11 Figura 8 - Pteridium aquilinum (L.) Kuhn. Espécie encontrada nas margens do curso de rede pluvial. Note a presença da espécie Pteris vittata. Segundo Smith (1990), a família Thelypteridaceae Pic. Serm. É uma das maiores famílias de pteridófitas com aproximadamente mil (1000) espécies. A espécie Thelypteris arborecens (Willd.) C.V. Morton (Fig. 9) foi considerada a espécie de maior ocorrência na vereda, sendo observada nas três parcelas e em todos os ambientes de borda, meio e fundo. Figura 9 - Thelypteris arborecens. Espécime encontrado nas três parcelas da vereda. A família Lycopodiaceae possui uma ampla distribuição geográfica, com aproximadamente quatrocentos (400) espécies distribuídas em quatro gêneros. São encontradas em ambientes abertos e ensolarados. (MYNSSEN 2000). As três

12 espécies coletadas da família Lycopodiaceae correspondem aos aspectos descritos, apesar de coletadas em ambiente de solo úmido. (Fig. 10 e 11). Figura 10 - Lycopodiella camporum (Araújo 1997). Espécie coletada na zona de borda e meio da parcela C. Note os ramos de 1 e 2 ordem eretos. Figura 11 - Lycopodiella caroliniana (L.). Espécie identificada na zona de meio da parcela C. Note detalhes para uma porção do caule prostrado e outra ereta com 12 cm de comprimento. Em estudo de composição florística realizado em quatro veredas no município de Uberlândia, Araújo et al. (2002) encontraram nove (9) espécies de pteridófitas, sendo que a vereda com maior riqueza, apresentou seis (6) espécies. Na primeira vereda foram identificadas cinco (5) espécies, sendo a família Lycopodiaceae com

13 três (3) espécies e as famílias Gleicheniaceae e Thelypteridaceae com uma (1) espécie cada. Na segunda vereda, os autores identificaram quatro (4) espécies, duas (2) para a família Lycopodiaceae, e duas (2) para as famílias Equisetaceae e Gleicheniaceae com uma (1) espécie em cada. A terceira vereda foi a mais pobre em relação às outras, com três (3) espécies representadas pelas famílias Gleicheniaceae, Lycopodiaceae e Thelypteridaceae, com uma (1) espécie em cada. A quarta vereda com maior número de espécies foi representada pela família Lycopodiaceae com quatro (4) espécies e pelas famílias Gleicheniaceae e Pteridaceae com uma (1) espécie cada. Agostinho (2004), pesquisando duas veredas no município de Campinápolis no estado do Mato Grosso, identificou doze (12) espécies de pteridófitas, sendo que nove (9) espécies foram identificadas numa vereda preservada e cinco (5) espécies identificadas na vereda antropizada. Quanto às análises de similaridade florística, as comparações feitas entre as veredas estudadas no município de Uberlândia e entre as veredas estudadas no município de Campinápolis, os índices de Sörensen demonstraram baixa similaridade (Tabela 2). O índice de Sörensen varia entre 0 e 1 e valores acima de 0,5 indicam alta similaridade. (Riehs, 2005). O cálculo de similaridade é dado pela fórmula: Is = 2 J a + b Onde: Is = índice de similaridade de Sörensen; J = número de espécies comuns em ambos os locais comparados; a = número de espécie que ocorre no local a ; b = número de espécie que ocorre no local b.

14 Tabela 2 - Índice de similaridade de Sörensen das espécies de pteridófitas registradas nas fisionomias indicadas pelas siglas entre a vereda estudada no Córrego Mogi no município de Uberlândia-MG. Veredas comparadas: V1-MG= vereda número 1 estudada em Uberlândia; V2-MG= vereda estudada número 2 em Uberlândia; V3-MG= vereda estudada número 3 em Uberlândia; V4-MG= vereda estudada número 4 em Uberlândia; V-AN= vereda antropizada do município de Campinápolis-MT; V-PR= vereda preservada do município de Campinápolis-MT. Locais N de espécies comuns Índice de Sörensen V1-MG 3 0, 260 V2-MG 3 0, 272 V3-MG 2 0, 190 V4-MG 5 0, 416 V-AN 4 0, 347 V-PR 6 0, 444 Apesar de nenhuma das fisionomias analisadas terem apresentado similaridade florística elevada, os pares de fisionomia V4-MG/Vereda do córrego Mogi e V-PR/Vereda do córrego Mogi, foram os que apresentaram maior índice de similaridade enquanto o par V3-MG/Vereda do Córrego Mogi apresentou o menor índice de similaridade florística. CONCLUSÃO. A vereda estudada apresentou uma riqueza de oito famílias agrupadas em onze gêneros e dezoito espécies. Na análise feita de similaridade florística entre a vereda estudada e outras quatro veredas do município de Uberlândia e entre duas veredas do estado do Mato Grosso, obteve-se valores considerados baixos, com um mínimo de 0,190 e máximo de 0,444, onde o valor indicado para alta similaridade seria acima de 0,50. A baixa similaridade florística observada entre as veredas comparadas se deve principalmente ao grande número de espécies identificados na vereda do Córrego Mogi, consideradas acima da média das outras veredas estudadas por outros autores.

15 Os resultados obtidos foram de alta significância, permitindo ampliar o conhecimento sobre pteridófitas em ambientes de veredas no estado de Minas Gerais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACHÁ-PANOSO, L. Levantamento detalhado dos solos da área sob a influência do Reservatório de Três Marias, MG. Embrapa/Epamig. Boletim Técnico 57:22-29, 1978. AGOSTINHO, ADJAILTO ALVES. Pteridoflora de duas veredas no município de Campinápolis, Mato Groso, Brasil.Título da monografia/adjailto Alves Agostinho.Nova Xavantina, MT.:[s.n.], 2004. AMARAL, ALICE F.; ARANTES, ADRIANA A.; ARAÚJO, GLEIN M.; BARBOSA, ANA A. Composição florística de florística de veredas no município de Uberlândia, MG. Revista Brasileira de Botânica 25 (4): 475-493, 2002. ARANTES, ADRIANA A.; PRADO, JEFFERSON & RANAL, MARLI A. Licófitas e Samambaias da Estação Ecológica do Panga, Uberlândia, MG, Brasil: Equisetaceae, Lycopodiaceae e chave para as famílias. Revista Brasil Botânica n 37, v. 1, p. 107-115, 2010. ARANTES, ADRIANA A.; PRADO, JEFFERSON & RANAL, MARLI A. Monilófitas da Estação Ecológica do Panga, Uberlândia, Estado Minas Gerais, Brasil: Dennstaedtiaceae, Dryopteridaceae, Gleicheniaceae, Hymenophyllaceae e Lindsaeaceae. Revista Brasil Botânica, v.35, n.3, p. 367-378, 2008. ARANTES, ADRIANA A.; PRADO, JEFFERSON & RANAL, MARLI A. Polypodiaceae e Pteridaceae da Estação Ecológica do Panga, Uberlândia, Estado de Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v. 33, n. 1, p. 167-183, 2010. ATHAYDE FILHO, F. P. Análise da Pteridoflora em uma Mata de Restinga na Região de Capão da Canoa, Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2002. ATRIUM. Disponível em: <http://www.atrium-biodiversity.org/> Acesso em: 25 set. 2011. BARBONI, R.; SILVA, J.M.F.; LISBOA, V.H.M. Técnicas de coleta e estabilização de fósseis em pelitos Laminados: aplicação de níveis com plantas do Triássico Superior da Bacia do Paraná, RS, Brasil. Journal of Geoscience. V. 4, n. 1, p. 38-42, 2008. BIBLIOTECA DE UNISINOS. Guia para elaboração de trabalhos acadêmicos. [s. n.], 2009. BORGES, DAVID JACKSON VIEIRA. As condições sócio-ambientais de áreas de presrvação permanente na zona urbana de Uberlândia: aspectos paisagísticos e sociais. Universidade Federal de Uberlândia, 2005.

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