Odontologia, setembro de 2015 Saúde Futuro da pesquisa pública Maria Inês Schmidt PPG-Epidemiologia Departamento de Medicina Social Faculdade de Medicina UFRGS/HCPA
Começando pelo passado. O século XX
Pesquisa em saúde no Brasil: até final do século XX Fortes elementos de um paradigma vigente internacionalmente no pós-guerra Alguns elementos de um paradigma vigente internacionalmente nos anos 1965-1985 Quase nada de paradigma que se desenvolveu internacionalmente no final do século XX Reinaldo Guimarães Pesquisa em saúde no Brasil: contexto e desafios Rev Saúde Pública 2006; 40(N Esp):3-10
Políticas de C&T até os anos 1985 FINEP: braço de fomento tecnológico para a indústria brasileira (Fase 1) FINEP (Fase 2) Programas integrados, Pósgraduação CNPq Políticas que levaram o Brasil da 27ª posição (0,4%) para a 18ª posição (1,4%) mundial em produção de artigos científicos
Redes e grupos de pesquisa: início de PRONEX uma Fase 3: CNPq Institutos do Milênio (empréstimo do Banco Mundial)
Capacidade Instalada : Saúde em relação aos demais setores Reinaldo Guimarães Rev Saúde Pública 2006;40(N Esp):3-10
Reinaldo Guimarães Rev Saúde Pública 2006;40(N Esp):3-10
Reinaldo Guimarães Rev Saúde Pública 2006;40(N Esp):3-10
Ministério da Saúde O Ministério da Saúde participa com cerca de 20% do total de desembolso público na Pesquisa em Saúde, enquanto o Ministério da Agricultura, por meio da Embrapa, comparece com quase o dobro (39%). Esse quadro mostra a necessidade de um deslocamento do papel do Ministério da Saúde para uma posição central na estruturação do fomento à pesquisa em saúde. Isso significa aumentar a capacidade indutora em P&D em saúde, aproximando-a das necessidades da política de saúde. Reinaldo Guimarães Rev Saúde Pública 2006;40(N Esp):3-10
Mais recursos para pesquisa 2004-2006: US $ 100 milhões (aumento de 60%) MS/SCTIE/DECIT Pesquisa estratégica Translacional
Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde O texto da Política Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação em Saúde foi integralmente aprovado na 2.ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, realizada em 2004, e na 147.ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde, realizada em 6 e 7 de outubro de 2004. 2005 Ministério da Saúde. http://www.saude.gov.br/editora Série B. Textos Básicos em Saúde 2ª edição 1ª reimpressão 2008 MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos www.saude.gov.br/sctie/decit 2ª edição 2ª reimpressão 2011 MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos www.saude.gov.br/sctie/decit
Fontes Novas de Financiamento: final do século XX e início do século XXI Tradicionais CNPq FINEP CAPES Estaduais FAPERGS FAPESP Os Fundos (Repassados vias as agências tradicionais) FNDCT Fundo Setorial de Saúde (CT-Saúde) Ministério da Saúde (FNS)
Redes e grupos de pesquisa: indução estratégica Rede Pesquisa Clínica INCTs Consórcios (exemplos) ELSA-Brasil PREVER Estudos de coorte de nascimento
Cenário atual Herton Escobar 30 agosto 2015 Estadão
2015 A crise econômica está batendo com força à porta da ciência brasileira. Não bastassem os ajustes fiscais, que reduziram o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em 25%, e do Ministério da Educação (MEC) em 9%, o setor sofre desde 2014 com a perda de royalties do petróleo e com o saque de recursos destinados à pesquisa científica para o pagamento de bolsas do Ciência sem Fronteiras. Sem dinheiro em caixa, agências de fomento federais estão cancelando editais e atrasando o pagamento de milhares de projetos já aprovados no ano passado. Herton Escobar 30 agosto 2015 Estadão
Emília Curi, secretária-executiva do MCTI. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) está negociando um empréstimo de US$ 2,5 bilhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para resgatar a ciência brasileira do estado de penúria gerado pela perda de receitas do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). "A expectativa é ter tudo aprovado ainda neste ano, para começar a executar os recursos no ano que vem", disse ao Estado a secretária-executiva do ministério, Emília Curi. "O retorno disso seria imediato para o País." Entre outras coisas, o empréstimo permitiria ressuscitar o edital dos novos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), de R$ 640 milhões, cuja execução está ameaçada pela falta de recursos. A implementação dos projetos estava prevista para começar em abril, mas o julgamento das propostas nem foi concluído ainda. Herton Escobar 30 agosto 2015 Estadão
Emília Curi, secretária-executiva do MCTI. Com relação ao uso de recursos do FNDCT para o programa Ciência sem Fronteiras, Emília disse que já há um acordo com o Ministério do Planejamento para que isso não ocorra mais a partir de 2016. Também já é quase certo que as Organizações Sociais (OS) serão retiradas do fundo - com exceção daquelas que têm relação direta com ciência e tecnologia. Segundo Emília, o ministro Aldo Rebelo está se empenhando para limpar o fundo desses "desvios". O valor disponível (livre de contingenciamento) no fundo para o MCTI em 2016, segundo ela, será de R$ 1,044 bilhão. "Entre mortos e feridos, estamos respirando", afirma. Herton Escobar 30 agosto 2015 Estadão
Fundo social Para tapar o buraco deixado no FNDCT pelo esvaziamento do Fundo Setorial do Petróleo (CT-Petro) e garantir uma fonte mais perene de recursos, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) estão pleiteando à presidente Dilma Rousseff que metade dos royalties destinados ao novo Fundo Social do Pré-Sal sejam aplicados em ciência e tecnologia (além da outra metade, que já está reservada para investimentos em saúde e educação). "Em defesa de nosso pleito, consideramos que entre as demais áreas estratégicas citadas (na lei do Fundo Social), o meio ambiente, e a mitigação e adaptação às mudanças climáticas estão diretamente associadas a investimentos em CT&I. Ademais, os avanços contínuos na ciência e tecnologia trazem as ferramentas necessárias à inclusão social a nível global e regional tão cara a seu governo", Herton Escobar 30 agosto 2015 Estadão
2015: UFRGS Infraestrutura é o ponto principal de qualquer PDI A interdição do Prédio da Psicologia por dois semestres consecutivos, importantes PPGs ficaram sem área física para atuação. ensino de G e PG espalhou-se pela cidade a pesquisa buscou abrigo em outros prédios salas foram alugadas, equipamentos armazenados em salas da bibliotecas e até em banheiros.
Recomendações Curto prazo Apoiar os jovens Manter IC: refletir sobre novas estratégias Promover auxílios mínimos para recém-doutores com projetos muito qualificados Estimular a inserção de jovens pesquisadores em grupos consolidados de pesquisa Facilitar execução de pesquisa de grupos de pesquisa
Recomendações Não reinventar a roda, inspirar-se na PNCTIS e na APCTIS Reiterar os pontos defendidos no último relatório PDI Considerar o momento gravíssimo que passa o mundo, o país e o RS.
Amadurecimento do sistema de Inovação em Saúde Internalização dos procedimento de P&D pelas empresas, hoje realizados no exterior. Reforço a atividades de pesquisa nas universidades e institutos de pesquisa em saúde ajustando-se às prioridades do SUS. Pontes mais sólidas entre empresas, instituições de pesquisa e sistema de saúde. Reinaldo Guimarães Rev Saúde Pública 2006;40(N Esp):3-10
Recomendações Médio prazo Mostra de pesquisa bem sucedida da Saúde: 1 dia por ano Fortalecer um novo modelo de IC integrado a: recém-doutores com projetos muito qualificados grupos consolidados de pesquisa Fortalecer PG Expandir e qualificar infraestrutura