AVALIAÇÃO DAS PRINCIPAIS RECEITAS MUNICIPAIS DAS MESORREGIÕES CATARINENSES POR INTERMÉDIO DE INDICADORES CONTÁBEIS ( )

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DAS PRINCIPAIS RECEITAS MUNICIPAIS DAS MESORREGIÕES CATARINENSES POR INTERMÉDIO DE INDICADORES CONTÁBEIS (2010-2013) RODNEY WERNKE Contador, Professor no Curso de Administração/UNISUL e no PPGCCA/UNOCHAPECÓ IVONE JUNGES Economista, Dra. Eng. Produção/UFSC, Profa. Curso Administração/UNISUL

1 - INTRODUÇÃO S. Catarina tem 6 mesorregiões com peculiaridades específicas que, provavelmente, afetam as receitas dos municípios que as integram. Assim, os graus de dependência das receitas intergovernamentais ou das receitas próprias podem ser muito diferentes entre os municípios e as mesorregiões catarinenses.

2 PERGUNTA E OBJETIVO DA PESQUISA QUESTÃO DE PESQUISA: quais os níveis de participação percentual das principais receitas dos municípios catarinenses, consolidados nas mesorregiões, sobre a receita líquida total? OBJETIVO DO ESTUDO: mensurar, comparativamente, a proporção dos valores pertinentes às categorias de receitas tributárias municipais mais relevantes sobre o montante líquido arrecado em cada um dos territórios mesorregionais do estado barriga-verde.

3 REVISÃO DA LITERATURA Foram abordados conceitos relacionados ao tema do estudo, como: Modalidades de receitas tributárias dos municípios Transferências intergovernamentais Participação na Receita da União Participação nas receitas dos Estados Receitas tributárias municipais Estudos com abordagens assemelhadas

4 METODOLOGIA DA PESQUISA Descritiva, Corte seccional e Abordagem quantitativa Coleta de dados: sobre 295 municípios entre 2010 a 2013 Fontes: Relatório Finanças do Brasil - FINBRA (site da Secretaria do Tesouro Nacional STN) f IBGE foram colhidas as informações relacionadas à divisão em mesorregiões dos municípios catarinenses. Atualizados/inflacionados os valores monetários de 2010, 2011 e 2012 pelo IPCA para poder aquisitivo equivalente ao ano de 2013.

5 ESTUDO REALIZADO DADOS COLETADOS Receita Líquida Total (RLT) Receita Tributária Municipal Receita com IPTU Transferências Intergovernamentais Participação na Receita da União Participação na Receita dos Estados Cota-parte do ICMS Cota-parte do IPVA

Tabela 8 - Médias dos índices apurados no quadriênio abrangido (2010-2013) Itens Serrana Oeste C. V.Itajaí G.Fpolis. Norte C. Sul C. Média SC 1 - Rec. Trib. Munic. 9,96% 10,23% 19,40% 30,40% 16,10% 14,00% 17,29% 2 - Rec. com IPTU 1,44% 2,02% 5,90% 8,51% 4,44% 2,96% 4,59% 3 - Transfer. Intergov. 80,90% 83,65% 61,96% 54,40% 67,97% 76,12% 69,21% 4 - Part. Rec. da União 25,54% 26,73% 13,38% 13,96% 11,23% 22,52% 17,54% 5 - Part. Rec. dos Estados 27,40% 32,69% 24,20% 21,43% 30,46% 26,22% 27,14% 6 - Cota-parte ICMS 23,79% 28,62% 20,26% 16,13% 26,34% 21,26% 22,84% 7 - Cota-parte IPVA 2,83% 3,36% 3,40% 4,85% 3,32% 4,49% 3,68% 8 - Part. Rec. Líq. Total 90,85% 93,89% 81,36% 84,79% 84,07% 90,12% 86,49%

6 PRINCIPAIS RESULTADOS A G.Fpolis. é a mesorregião que possui maior capacidade de arrecadação quanto às Receitas Tributárias Municipais e a Serrana pode ser qualificada como a menos eficiente na obtenção deste tipo de receita. Ainda, essa mesma performance pode ser atribuída em relação à arrecadação de IPTU, se comparados os índices apurados a respeito.

No caso das Transferências Intergovernamentais, a mesorregião Oeste C. foi a que apresentou a maior proporção da RLT (com 83,65%), enquanto que a G.Fpolis. ostentou o menor percentual (54,40%). Então, por esse critério, o grupo de municípios do oeste catarinense pode ser considerado o mais dependente de verbas dos governos estadual e federal entre as seis mesorregiões investigadas.

Os recursos oriundos da Participação na Receita da União são menos representativos que os provenientes da Participação na Receita dos Estados nos seis conjuntos de municípios visados. Contudo, a distância entre os percentuais destas duas rubricas divergiu bastante entre as mesorregiões, conforme destacado na seção precedente. Quanto aos integrantes das transferências do governo estadual, no quadriênio os montantes da Cota-parte ICMS foram significativamente mais relevantes (média estadual de 22,84%) que os repasses da Cota-parte IPVA (3,68%, em média) no período.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS QUESTÃO DE ESTUDO RESPONDIDA OBJETIVO DA PESQUISA ATINGIDO PRINCIPAIS ACHADOS LIMITAÇÕES DO ESTUDO SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS