A VIGILÂNCIA NO CONTEXTO DA SAÚDE. Herlon Guimarães Diretor da DUVAS

Documentos relacionados
PORTARIA Nº. 5, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2006.

Lista Nacional de Notificação Compulsória (anexo 1 do anexo V, Portaria de Consolidação nº 4 GM/MS de 3/10/2017)

Ministério da Saúde Gabinete do Ministro PORTARIA NO - 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016

Nota Informativa 06/10/2015

Vigilância Epidemiológica... A implantação dos NHE. Alcina Andrade. SESAB/SUVISA/DIVEP Junho Secretaria da Saúde

PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014

VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Gerência de Epidemiologia e Informação Secretaria Municipal de Saúde

E I P D I EM E IO I L O OG O I G A

SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Ministério da Saúde SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE PORTARIA CONJUNTA Nº 20, DE 25 DE MAIO DE 2005.

PORTARIA N.º 2.472, DE 31 DE AGOSTO DE 2010 (DOU de 1º/09/2010 Seção I pág. 50)

SCIH NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS COMPULSÓRIAS

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

Fonte de Publicação: Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília, DF, 1 set Seção I, p

Dengue, Chikungunya, Zika e Microcefalia

CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM P/ CONCURSO

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE (SIS)

HOSPITAL DE CLÍNICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Portaria nº de 03 de novembro de 2016

Alteração da tipologia do indicador passando a ser específico para municípios (o Sistema SISPACTO terá procedimentos ambulatoriais de média

Índice dos Boletins Epidemiológicos de Porto Alegre de 1996 a 2017

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

CAPACITAÇÃO AGENTE COMUNITÁRIOS

Quadro 1 Coberturas Vacinais do Calendário Básico de Vacinação da Criança < 1 ano de idade, ,Porto Alegre, RS.

Conceito de Ecoepidemiologia Prof. Claudia Witzel

B O L E T I M E P I D E M I O L Ó G I C O

Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE)

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA Volume I - Portugal

Plano de Ensino-Aprendizagem Roteiro de Atividades Curso: Medicina

HOSPITAL DE CLÍNICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Atualizado em 14 de janeiro de SEPIH - Serviço de Epidemiologia Hospitalar

Livro Eletrônico Aula 00

ENFERMAGEM EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

Vigilância e vacinas 2018

NOTIFICAÇÃO INDIVIDUAL - Casos Notificados (Confirmados e Descartados) no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINANNET

Trabalho Final Atividades Integradoras IV. Aline dos Santos Novaes Martins

Vigilância Integrada Epidemiológica

Notificação obrigatória de doenças transmissíveis: Notificação laboratorial

Boletim Informativo - SVE

Sistema de Informação em Saúde

Painel de Indicadores Estratégicos de Vigilância em Saúde

RESPOSTA AOS RECURSOS

SUS SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Vigilância Epidemiológica

31º Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo

Especialidade: Infectologia

Introdução aos modelos de transmissão de doenças infecciosas

Antonio Carlos Frias. Coeficientes

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

Dengue, Chikungunya, Zika e Microcefalia

Vigilância epidemiológica

Dengue, Chikungunya, Zika e Microcefalia

Vigilância Epidemiológica: Informar para conhecer

D OENÇAS DE D ECLARAÇÃO O BRIGATÓRIA

ANEXO I - Lista de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória (LDNC). 1. Acidente com exposição a material biológico relacionado ao trabalho;

Esta publicação visa divulgar os dados produzidos pelo Serviço de

Sífilis Congênita DADOS EPIDEMIOLÓGICOS NACIONAIS

Epidemiologia das Doenças Infecciosas HEP0142_EDI

Pagina WEB: Nesta página vocês encontrarão as atualizações semanais, boletins, portarias, manuais...

INTOXICAÇÃO EXÓGENA. Portaria SVS Nº 1.271/2014. CGVAM/ DSAST Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde

Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 14/2012, de 26 de janeiro,

NÚCLEO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR

Período: Jan./2006 a dez./2012 Situação de Nascidos vivos, óbitos e doenças de notificação compulsória

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

SEGREDO MÉDICO....Penetrando no interior das Familias, meus olhos serão cegos e minha língua calará os segredos que me forem confiados...

Vigilância no pré-natal, parto e puerpério 2018

MORBIDADE HOSPITALAR

Distrito Estadual de Fernando de Noronha Processo Seletivo Simplificado 2006 COMPONENTE 1

Distrito Estadual de Fernando de Noronha Processo Seletivo Simplificado 2006 COMPONENTE 1

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

AIDS Coeficiente da Incidência por área da atuação das Unidades Básicas de Saúde, de Porto Alegre, no ano de 2006

Surtos e epidemias: Diretrizes estaduais

ESTUDOS DE MORBIDADE 12/4/2012. Paul Valéry: A saúde é o estado no qual as funções necessárias se cumprem insensivelmente ou com prazer

Aids em Pedia tria edia

Vigilância das Doenças Preveníveis por Imunização Vacinação do Profissional de Saúde

Noções de Epidemiologia

Mudança da concepção da Vigilância Epidemiológica (VE) do HIV/Aids

PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE CLIPPING

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Conceito: Forma tradicional de utilização da Epidemiologia nos serviços de saúde.

PORTARIA MS Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PEDRO DA ALDEIA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Criança

ABORDAGEM DOS CONTEÚDOS SOBRE INFECÇÃO HOSPITALAR NO CURSO DE ENFERMAGEM: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE AS IES DO PARANÁ E DA UNIOESTE 1

Biologia II. Aula 3 Microbiologia e profilaxia

Boletim Epidemiológico

Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções empíricas, associadas às Precauções Padrão.

Cadastro metas para Indicadores de Monitoramento e Avaliação do Pacto pela Saúde - Prioridades e Objetivos Estado: GOIAS

Boletim Epidemiológico

Grandes Endemias. Estado da Arte. Marcos Boulos Faculdade de Medicina da USP Coordenadoria de Controle de Doenças SESSP

Dra. Tatiana C. Lawrence PEDIATRIA, ALERGIA E IMUNOLOGIA

Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica Centro de Informações Estratégias e Resposta em

Ministério da Saúde Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza

Instituto de Medicina Tropical de São Paulo EDITAL IMTSP/ACAD/006/ Edital de Abertura de Inscrições à Livre-Docência.

AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL

Endereço: Pça Dr. França nº: Telefone: (34) s:

Vigilância Epidemiológica das Doenças Negligenciadas e das Doenças relacionadas à pobreza 2018

Transcrição:

A VIGILÂNCIA NO CONTEXTO DA SAÚDE Herlon Guimarães Diretor da DUVAS

OBJETIVOS Identificar novos problemas de saúde pública; Detectar epidemias; Documentar a disseminação de doenças; Estimar a magnitude da morbidade e mortalidade causadas por determinados agravos; Identificar fatores de risco envolvendo a ocorrência de doenças; Recomendar, com bases objetivas e cientificas, as medidas necessárias para prevenir ou controlar a ocorrência de específicos agravos à saúde; Avaliar o impacto de medidas de prevenção, por meio de coleta e analise sistemática; Avaliar a adequação de táticas e estratégias de medidas de intervenção com bases não só em dados epidemiológicos; Revisar práticas antigas e atuais de sistemas de vigilância com o objetivo de discutir prioridades em saúde pública e propor novos instrumentos metodológicos.

Vigilância em Saúde A Vigilância em saúde tem por objetivo a observação e análise permanente da situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar riscos e danos a saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo a integralidade da atenção tanto individual como coletiva dos problemas de saúde. Abrange as ações de vigilância, promoção, prevenção e controle de doenças e agravos a saúde

LEI 8080 SETEMBRO DE 1990 Capitulo I Dos objetivos e atribuições- determina a Vigilância em Saúde- pela integração: Vigilância Epidemiológica Vigilância Ambiental Vigilância Sanitária Vigilância em Saúde do Trabalhador

PONTOS BÁSICOS DA VIGILÂNCIA A)NOTIFICAÇÃO B)INVESTIGAÇÃO

IMPORTÂNCIA DA NOTIFICAÇÃO Notificação obrigação dos profissionais de saúde! O desconhecimento de sua importância leva a nãonotificação e descrédito nas ações que dela devem resultar. Sensibilização dos profissionais e das comunidades, visando melhoria dos dados coletados mediante o fortalecimento e ampliação da rede. Uso adequado das informações recebidas bom funcionamento do sistema conquista a confiança dos notificantes.

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE CASOS E EPIDEMIAS A investigação epidemiológica deve ser realizada sempre que ocorrer: a) Doença de notificação compulsória b) Número de casos que exceda à freqüência habitual c) Fonte comum de infecção d) Evolução severa e) Doença desconhecida na região

Anexo II. Lista nacional de agravos de notificação compulsória Botulismo Peste Cólera Poliomielite Coqueluche Paralisia flácida aguda Leishmaniose Esquistossomose (em tegumentar americana área não-endêmica) Leishmaniose visceral Febre amarela Leptospirose Febre do Nilo Malária Raiva humana Dengue Rubéola Difteria Sarampo Doença de Chagas (casos Febre tifoide agudos) Doenças meningocócicas e outras meningites Meningite por Haemophilus influenza Hanseníase Hepatites virais Sífilis congênita Síndrome da imunodefi ciência adquirida (aids) Síndrome respiratória aguda grave Tétano Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical Tuberculose Varíola

SITUAÇÃO ATUAL DA SAÚDE

DOENÇAS REEMERGENTES

DOENÇAS EMERGENTES

CASOS DE MICROCEFALIA PIAUÍ 2016 CONFIRMADOS DESCARTADOS EM INVESTIGAÇÃO TOTAL 100 CASOS 89 CASOS 12 CASOS NOTIFICADOS-201 02 OBITOS CONFIRMADOS POR DIAGNÓSTICO DE IMAGEM E CLINICO. 02 CASOS DE MICROCEFALIA ASSOCIADOS AO ZYCA VIRUS

CASOS DE DENGUE E CHIKUNGUNYA- 2015/2016 -PIAUÍ DOENÇA NOTIFICAÇÃO 2015 2016 NOTIFICADO S CONFIRMAD OS NOTIFICADO S CONFIRM ADOS ZYCA 06 06 224 59 CHIKUNGUNYA 15 03 2069 1379

VIGILÂNCIA Dados Análise Informação Disseminação Monitoramento INTERVENÇÃO

SITUAÇÃO NOTIFICAÇÃO MUNICÍPIOS

RELAÇÃO DE AGRAVOS NOTIFICADOS - OEIRAS AGRAVO 2014 2015 2016 TOTAL ACIDENTE POR ANIMAIS PEÇONHENTOS 110 105 123 338 ATENDIMENTO ANTI-RÁBICO 210 271 319 800 COQUELUCHE 0 0 2 2 DOENÇA DE CHAGAS AGUDA 0 0 3 3 GESTANTE HIV 0 0 2 2 HEPATITES VIRAIS 1 0 1 2 LEISHMANIOSE VISCERAL 7 2 4 13 MALÁRIA 0 0 1 1 MENINGITE DOENÇAS MENINGOCÓCICAS 0 0 1 1 LEPTOSPIROSE 1 0 0 1 MENINGITE-OUTRAS MENINGITES 1 0 1 2 SÍFILIS CONGÊNITA 1 1 2 SÍFILIS EM GESTANTE 2 2 4 8 SÍFILIS NÃO ESPECIFICADA 1 0 0 1 VARICELA 81 19 5 105 VIOLÊNCIA INTERPESSOAL/AUTOPROVOCADA 145 82 168 395 HANSENÍASE 16 15 16 47 TUBERCULOSE 5 9 10 24

NOTIFICAÇÃO NEGATIVA - SinanNet Freqüência por Ano da Notific segundo Mun US Noti PI Mun US Noti PI 2014 2015 2016 Total 220155 Bela Vista do Piauí 151 152 100 403 220207 Cajazeiras do Piauí 40 44 45 129 220210 Campinas do Piauí 239 248 117 604 220277 Colônia do Piauí 201 205 164 570 220280 Conceição do Canindé 190 180 127 497 220385 Floresta do Piauí 41 33 42 116 220490 Isaías Coelho 294 266 263 823 220700 Oeiras 1090 1053 1094 3237 220937 Santa Rosa do Piauí 156 150 130 436 220950 Santo Inácio do Piauí 191 203 188 582 220965 São Francisco de Assis do Piauí 107 101 105 313 220995 São João da Varjota 154 156 115 425 221080 Simplício Mendes 247 231 232 710 221097 Tanque do Piauí 138 154 106 398 Total 3239 3176 2828 9243

NOTIFICAÇÃO INDIVIDUAL - SinanNet Freqüência por Ano da Notific segundo Mun Resid PI Mun Resid PI 2014 2015 2016 Total 220155 Bela Vista do Piauí 6 6 9 21 220207 Cajazeiras do Piauí 15 7 14 36 220210 Campinas do Piauí 24 28 27 79 220277 Colônia do Piauí 38 46 47 131 220280 Conceição do Canindé 22 30 28 80 220385 Floresta do Piauí 3 1 5 9 220490 Isaías Coelho 28 61 36 125 220700 Oeiras 512 470 578 1560 220937 Santa Rosa do Piauí 7 29 33 69 220950 Santo Inácio do Piauí 14 16 15 45 220965 São Francisco de Assis do Piauí 2 9 2 13 220995 São João da Varjota 38 36 27 101 221080 Simplício Mendes 21 36 45 102 221097 Tanque do Piauí 32 13 18 63 Total 762 788 884 2434

Secretaria de Estado da Saúde Diretoria de Unidade de Vigilância e Atenção à Saúde Herlon Clístenes Lima Guimarães sesapiduvas@hotmail.com Tel: 3216-3583

OBRIGADO