PREFEITURA MUNICIPAL DE LARANJEIRAS DO SUL PLANO DIRETOR MUNICIPAL PLANO DE TRABALHO



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Transcrição:

PLANO DE TRABALHO 1

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CARLOS ALBERTO RICHA Governador SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO URBANO CEZAR AUGUSTO CAROLLO SILVESTRI Secretário MARIO JOÃO FIGUEIREDO Diretor Geral SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMO PARANACIDADE CEZAR AUGUSTO CAROLLO SILVESTRI Superintendente ROBERTO DIMAS VASCONCELLOS DEL SANTORO Superintendente Executivo IVO ERICSSON CAMARGO DE LIMA Diretor de Administração e Finanças MARIA INÊS TERBECK Diretora de Operações JERONIMO PAULO DA CUNHA PIMENTEL DE MEIRA Coordenador de Projetos MONICA SOARES VIEIRA Coordenadora de Operações JOSE EDMIR MIRO GASPAR FALKEMBACK Coordenador ER Maringá LUIZ FERNANDO SALOMON PINTO Coordenador ER Ponta Grossa VICTOR VOLPI JUNIOR Coordenador ER Região Metropolitana e Litoral JOÃO ANDRÉ SAROLLI Coordenador ER Cascavel ANNA CAROLINA SILVESTRI Coordenadora ER Guarapuava JOSE RICARDO MATTOS DO AMARAL Coordenador ER Londrina MUNICÍPIO DE LARANJEIRAS DO SUL Prefeito JONATAS FELISBERTO SILVA SUPERVISÃO Serviço Social Autônomo PARANACIDADE Diretoria de Operações 2

3

VOLUME I Plano de Trabalho Análise Temática Integrada Diretrizes e Proposições VOLUME II Proposições para Legislação Básica Plano de Ação e Investimentos 4

VOLUME I PLANO DE TRABALHO 5

PLANO DE TRABALHO SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 9 2. PRIMEIRA FASE: ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO... 10 2.1 Fluxo de Informações... 10 2.2 Audiências Públicas e Conferência Municipal... 11 2.2.1 Roteiro de Organização das Audiências Públicas e Reuniões Comunitárias.. 13 2.2.2 Roteiro do Desenvolvimento das Audiências Públicas e Conferência Municipal... 13 2.3 Primeira Audiência Pública... 14 2.4 Convocação da Equipe da Consultoria... 14 2.5 Produto da Primeira Fase... 15 3. SEGUNDA FASE: Análise Temática Integrada... 15 3.1 Identificação da base de dados necessária ao desenvolvimento do Plano... 16 3.2 Levantamento de Dados... 16 3.3 Criação do Banco de Dados (PDM) e Capacitação da Equipe Técnica Municipal e Comissão de Acompanhamento... 17 3.4 Análise Temática Integrada... 19 3.4.1 Aspectos Regionais... 19 3.4.2 Aspectos Ambientais (tendo como referência as bacias e micro-bacias hidrográficas)... 20 3.4.3 Aspectos Sócio-econômicos... 20 3.4.4 Aspectos Sócio-espaciais... 20 3.4.5 Aspectos de Infraestrutura e Serviços Públicos (situação atual e evolução para os próximos 10 anos)... 21 3.4.6 Aspectos Institucionais... 21 3.5 Produto da Segunda Fase... 22 3.6 Metodologia Específica da Segunda Fase CPD... 22 4. TERCEIRA FASE: Definição de Diretrizes e Proposições... 26 4.1 Definição de Diretrizes... 26 4.2 Definição de Propostas... 26 4.3 Definição do Macrozoneamento... 28 6

PLANO DE TRABALHO 4.4 Segunda Audiência Pública... 29 4.5 Produto da Terceira Fase... 29 4.6 Metodologias Específicas - Planejamento Estratégico... 29 4.6.1 Planejamento Estratégico... 30 4.6.2 Planejamento Estratégico e Situacional - PES... 31 4.6.3 Estratégia Prospectiva... 32 5. QUARTA FASE: Minutas para a Legislação Básica... 34 5.1. Minutas para a Legislação Básica... 34 5.1.1 Anteprojeto de Lei do Plano Diretor Municipal... 34 5.1.2 Anteprojeto de Lei dos Perímetros Urbanos... 34 5.1.3 Anteprojeto de Lei de Parcelamento do Solo Urbano... 35 5.1.4 Anteprojeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural... 35 5.1.5 Anteprojeto de Lei do Sistema Viário... 36 5.1.6 Anteprojeto de Lei do Código de Edificações e Obras... 36 5.1.7Anteprojeto de Lei do Código de Posturas... 36 5.1.8 Anteprojetos de Leis específicas... 36 5.2 Produtos da Quarta Fase... 36 6. QUINTA FASE: Plano de Ações e Investimentos... 37 6.1 Indicação de ações e projetos... 37 6.2 Terceira Audiência Pública e Conferência Municipal do Plano Diretor... 37 6.2.1 Terceira Audiência Pública... 37 6.2.2 Conferência Municipal do Plano Diretor... 38 6.3 Produtos da Quinta Fase... 38 7. Prazos para Execução dos Serviços... 39 7.1 Cronograma das Fases de Trabalho... 40 CRONOGRAMA DAS FASES DE TRABALHO... 41 7

PLANO DE TRABALHO LISTA DE SIGLAS ADEOP Agência de Desenvolvimento Regional do Extremo Oeste do Paraná; COPEL Companhia Paranaense de Energia IMATER Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LDO Leis de Diretrizes Orçamentárias LOA Lei do Orçamento Anual PAI Plano de Ação e Investimentos PARANACIDADE Serviço Social Autônomo Paranacidade PDM Plano Diretor Municipal PPA Plano Plurianual SANEPAR Companhia de Saneamento do Paraná SEDU Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano TR Termo de Referência 8

PLANO DE TRABALHO 1. INTRODUÇÃO O Plano de Trabalho consiste na definição das fases, atividades, produtos, métodos e prazos a serem desenvolvidos na elaboração do Plano Diretor Municipal de Laranjeiras do Sul. O processo de elaboração do Plano Diretor Municipal foi iniciado pela Agência de Desenvolvimento do Extremo Oeste do Paraná ADEOP na data de 23 de junho de 2008, em que foi assinado o contrato de prestação de serviços entre a Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul e Agência de Desenvolvimento Regional do Extremo Oeste do Paraná ADEOP. Para organização dos trabalhos, foi seguido o Termo de Referência contido no Edital de Licitação, em que estabelece 05(cinco) fases distintas: Fase 1 Plano de Trabalho e Metodologia; Fase 2 Análise Temática Integrada; Fase 3 - Diretrizes e Proposições; Fase 4 Proposições para Legislação Básica e Propostas para a Instauração ou Aperfeiçoamento do Processo de Planejamento e Gestão Municipal; Fase 5 Plano de Ação e Investimentos. A metodologia a ser adotada no desenvolvimento dos trabalhos prevê e viabiliza uma ampla participação da sociedade civil no desenvolvimento do Plano, possibilitando a identificação dos desafios e potencialidades a serem abordadas de forma geral, através de: - Debates técnicos dos diversos departamentos municipais e das esferas estadual, federal; - Debates com a sociedade civil organizada, através dos diversos segmentos; - Audiências públicas; - Conferência Municipal. Em todas as fases de desenvolvimento do processo de elaboração do Plano Diretor Municipal será levada em consideração a legislação aplicável tanto na esfera estadual quanto federal, bem como, as diretrizes estabelecidas pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano SEDU e Serviço Autônomo - Paranacidade. 9

PLANO DE TRABALHO 2. PRIMEIRA FASE: ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO A Primeira Fase é composta pelas seguintes atividades: Fluxo de Informações; Convocação da Equipe da Consultoria. 2.1 FLUXO DE INFORMAÇÕES O fluxo de informações e de comunicação preliminar acontece entre os técnicos da Consultoria, a Equipe Técnica Municipal e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano SEDU, através do Serviço Social Autônomo Paranacidade. Os membros da Equipe Técnica Municipal também darão apoio à Consultoria no que se refere aos aspectos relacionados com o Plano Diretor Municipal, possibilitando ao longo de todo o processo de elaboração do mesmo, a transferência de conhecimento em ambos os sentidos. A participação da sociedade civil organizada será amplamente incentivada durante o processo de elaboração do Plano Diretor que será amplamente divulgado, democratizando a tomada de decisões. A divulgação será realizada através dos seguintes canais de comunicação e marketing: Folders (panfletos); Criação de logomarca do Plano; Criação do slogan do Plano; Realização de Audiências Públicas; Divulgação dos trabalhos no site institucional da Prefeitura; Rádios locais; Outros canais de comunicação possíveis. O conteúdo mínimo a ser inserido no site da Prefeitura, relativo à elaboração do Plano Diretor é o seguinte: Apresentação do cronograma dos trabalhos; Realização de enquetes relativas a temas polêmicos; 10

PLANO DE TRABALHO Explicações sobre toda a temática que envolve Planos Diretores Municipais; Disponibilização de Formulário para críticas e sugestões; Apresentação dos resultados de cada etapa do trabalho; Convites para as reuniões nas comunidades rurais e urbanas; Convites para Audiências Públicas e Conferência Municipal. 2.2 AUDIÊNCIAS PÚBLICAS E CONFERÊNCIA MUNICIPAL O Estatuto da Cidade dispõe que para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados os seguintes instrumentos, entre outros: (i) órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual ou municipal; (ii) debates, audiências e consultas públicas; (iii) conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual, regional e municipal; (iv) iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano. A participação da comunidade na elaboração do Plano Diretor será garantida através das Audiências Públicas que serão realizadas no decorrer dos trabalhos. Conforme determina o Estatuto da Cidade, as audiências são apresentações que o poder público deve fazer em alguns momentos, quando estão em jogo projetos ou Planos de grande importância para o conjunto ou para partes da cidade. Além disso, todo o desenvolvimento dos trabalhos será disponibilizado no site institucional da Prefeitura Municipal permitindo sugestões e o acompanhamento de toda a população. A função é divulgar os trabalhos e proporcionar a troca de informações entre a sociedade, a Equipe Técnica Municipal e a Consultoria. As Audiências fornecem resultados importantes para a continuidade do processo. No período entre a ocorrência das Audiências, as organizações representativas da comunidade devem entregar suas demandas para a Equipe Técnica. Os projetos priorizados deverão ser transcritos em forma ordenada pela Equipe apresentados na próxima Audiência, na qual serão estabelecidos critérios de priorização das demandas das organizações representantes da comunidade na documentação previamente preparada, obtendo-se desta forma um conjunto de projetos do município priorizados por todos os dirigentes e pela equipe. 11

PLANO DE TRABALHO Durante a elaboração do Plano Diretor de Laranjeiras do Sul /PR serão realizadas 03 (três) Audiências Públicas, sendo a última audiência juntamente com a Conferência Municipal do Plano Diretor, conforme orientação do Conselho Nacional das Cidades (Concidades). Também serão realizadas reuniões setoriais (bairros, distritos e comunidades rurais), a ser discutido o número de reuniões necessárias para absorver toda a comunidade, bem como, o calendário das mesmas, com a Equipe Técnica Municipal em parceria com a EMATER. Todo esse processo democrático deverá ser registrado por fotografias, jornais, atas, entre outros meios de comunicação. Nas Audiências Públicas e Conferência Municipal, é permitido o acesso a todos os cidadãos especialmente representantes de organizações e movimentos populares, associações comunitárias, federações de moradores, sindicatos, organizações não governamentais, associações de classe, etc. A realização das Audiências Públicas e da Conferência Municipal será precedida por convocatórias com o objetivo de sensibilizar a participação da comunidade para a análise, discussão e difusão dos trabalhos de elaboração do Plano Diretor. Uma vez elaborada a convocação, a Equipe Técnica Municipal a distribuirá de forma personalizada aos dirigentes das associações de bairros, ao prefeito e vice-prefeito, ao presidente da Câmara Municipal, representantes da área de saúde, educação, agricultura, ONGs (se houverem), representantes de órgãos setoriais e demais representantes da sociedade civil. A Equipe também enviará aos meios de comunicação uma cópia da convocatória para difusão e também utilizará outras formas públicas de comunicação (panfletos, painéis a serem fixados em locais públicos, Internet, etc). Obs.: É indispensável a participação dos representantes (vereadores) do Poder Legislativo desde o início do processo de elaboração. A fim de acompanharem o desenvolvimento do processo e os resultados obtidos pelo cruzamento da Leitura Comunitária e Leitura Técnica, que são as propostas de políticas de desenvolvimento estratégico. 12

PLANO DE TRABALHO 2.2.1 Roteiro de Organização das Audiências Públicas e Reuniões Comunitárias Definição da data de realização da Audiência; Definição do local da realização considerando que exista ambiente com capacidade para receber o número estimado de participantes; Para a realização do evento deverá ser prevista alimentação (sucos, refrigerantes, lanches, etc.); Previsão de papel para transcrever as informações e os informes da Audiência e reuniões; Todo o material a ser entregue aos participantes será elaborado com antecedência; A convocação será feita com antecedência e distribuída aos participantes de maneira escrita e pessoal, e enviada aos meios de comunicação existentes no município para sua difusão; Disponibilização com antecedência da convocação na Internet. 2.2.2 Roteiro do Desenvolvimento das Audiências Públicas e Conferência Municipal A coordenação das equipes responsáveis e membros estratégicos diretamente responsáveis pela elaboração do Plano devem estar presentes antes da hora prevista de início do evento; No local de ingresso do evento deve-se instalar uma mesa para registro de participantes e distribuição de materiais; No começo dos trabalhos deve-se explicar a ordem do dia, fixar o horário de trabalho e do intervalo para o lanche. É importante que cada Audiência, reuniões setoriais e Conferência Municipal seja convocada pela Equipe Técnica Municipal e Comissão Provisória sob coordenação da Consultoria. A importância da participação da sociedade civil no desenvolvimento do Plano Diretor do município será ressaltada em todas as Audiências Públicas, pois esta participação viabiliza a explicitação das demandas das distintas comunidades para que sejam levadas em conta no Plano. As decisões tomadas são de responsabilidade compartilhada entre as organizações de base, o 13

PLANO DE TRABALHO executivo e o legislativo municipais, a sociedade civil (tanto na forma de decisões como no controle da implantação do Plano Diretor) e as equipes técnicas responsáveis consolidando o exercício da cidadania. 2.3 PRIMEIRA AUDIÊNCIA PÚBLICA A Primeira Audiência Pública será realizada no mês de outubro, devido ao período eleitoral, de julho a outubro. Neste evento, sob a coordenação da Prefeitura Municipal, será apresentada à comunidade a Equipe Técnica Municipal, a proposta de implantação do processo de planejamento local e do Plano, a demonstração da importância da participação comunitária e dos instrumentos para o desenvolvimento municipal e abordados os seguintes temas: O que é um Plano Diretor? Quais as fases que constituem a elaboração de Plano Diretor? Quais os instrumentos a serem utilizados para sua elaboração (Termo de Referência, Constituição Federal, Estadual, Estatuto da Cidade, Legislação e Cartografia Municipal)? Quais são os principais órgãos federais e estaduais envolvidos e motivos desse envolvimento? Qual o papel de todos os membros da Equipe Técnica da Prefeitura e Consultoria? Qual a metodologia a ser adotada? 2.4 CONVOCAÇÃO DA EQUIPE DA CONSULTORIA Será realizada reunião com os membros da Equipe da Consultoria, para a discussão do Plano de Trabalho, definição da agenda de reuniões, nivelamento do conhecimento, discussão dos métodos a serem aplicados nas distintas etapas de desenvolvimento dos trabalhos em atendimento do Termo de Referência. Os Objetivos do Trabalho da Equipe Técnica Municipal e da Consultoria são os seguintes: Propor ou rever a regulação municipal e elaborar novos instrumentos legais; 14

PLANO DE TRABALHO Adaptar os instrumentos legais à Constituição Federal, Constituição Estadual e Lei Orgânica Municipal, às Leis Federais nº 6.766/79 e 9.785/99 e nº 10.257/01 e outras pertinentes; Delimitar as áreas urbanas onde poderão ser aplicados o parcelamento e a edificação ou a utilização compulsórios, considerando a existência de infraestrutura e de demanda para utilização, na forma do art. 5º da Lei Federal nº 10.257/01; Definir o zoneamento de todo o território municipal com vistas ao desenvolvimento sustentado; Apresentar diretrizes para implantação e organização da infraestrutura e dos serviços públicos; Incluir no Anteprojeto de Lei do Plano Diretor Municipal PDM a possibilidade de o Município adotar, a partir de leis municipais específicas, os instrumentos mencionados na Lei Federal nº 10.257/01 Estatuto da Cidade; Regulamentar em Anteprojetos de Leis específicas, os instrumentos urbanísticos e jurídicos contidos no Estatuto da Cidade - Lei Federal nº 10.257/01 em função dos objetivos e diretrizes de ação propostas para o Plano. Propor os mecanismos e instrumentos que possibilitem a implantação pelo município de um sistema de atualização, acompanhamento, controle e avaliação, constantes no Plano estabelecendo um processo contínuo de planejamento e gestão. 2.5 PRODUTO DA PRIMEIRA FASE Versão final do Plano de Trabalho para Elaboração do Plano Diretor Municipal, com a metodologia detalhada para o desenvolvimento dos serviços a serem executados, e relatório das atividades desenvolvidas. O documento será apresentado em 01 (um) único volume, em 03 (três) vias, devidamente encadernadas, dentro das normas técnicas, em papel formato A4. 3. SEGUNDA FASE: A Segunda Fase é composta pelas seguintes atividades: 15

PLANO DE TRABALHO Identificação da base de dados necessária ao desenvolvimento do Plano; Levantamento de Dados; Criação do Banco de Dados; Análise Temática Integrada. 3.1 IDENTIFICAÇÃO DA BASE DE DADOS NECESSÁRIA AO DESENVOLVIMENTO DO PLANO Junto à Equipe Técnica Municipal e Setor de Informática do Município, será feito um levantamento técnico e digital referente ao Banco de Dados da Prefeitura, através de um inventário de informações, verificação de consistência e reconhecimento dos conjuntos de informações primárias necessários à execução dos diversos procedimentos de análise, interpretação e prospecção a serem empregados com vistas aos objetivos específicos propostos no Plano Diretor Municipal. 3.2 LEVANTAMENTO DE DADOS Tal atividade consiste no levantamento e aquisição de todas as informações relativas ao município, incluindo legislação municipal vigente, estudos, planos e projetos existentes para a região e para o município, em órgãos federais, estaduais, municipais e outros, através da pesquisa em acervo documental, de observação de campo e da identificação dos projetos e ações previstas em desenvolvimento, bem como, aqueles estruturadores que estejam ocorrendo em outros municípios, mas que possam ter qualquer reflexo para o município. Os temas mínimos que devem ser levantados são relativos aos aspectos contemplados na Análise Temática Integrada. As Secretarias Municipais possuem dados fundamentais ao processo, devido ao nível de detalhamento dos mesmos. Já os órgãos estaduais e federais possuem informações mais abrangentes, possibilitando análises regionais da situação. As demais entidades detentoras de informações possuem informações sobre temas específicos e direcionados. A estratégia de execução dos trabalhos prevê o esgotamento das fontes de informações e do conhecimento dos programas existentes nas esferas municipal, 16

PLANO DE TRABALHO estadual e federal para que o município possa se beneficiar em termos da consecução das diretrizes do Plano Diretor. Cabe à Prefeitura, quando solicitada, a disponibilização de ofícios de pedidos de dados, quando o órgão fonte das informações assim solicitar. Os dados serão reunidos em uma base de dados única, composta por informações que representem a realidade municipal de forma gráfica, por meio de mapas, cartas e imagens do território associadas. Em processos de planejamento municipal, é fundamental a existência de referências físico-espaciais. Os mapas têm a função de representar os vários elementos da área municipal e facilitar as análises espaciais, com o objetivo principal de verificar as áreas aptas à ocupação. A sobreposição dos mapas e o estudo das inter-relações espaciais possibilitam a definição das distribuições, das concentrações e das potencialidades das diferentes regiões do município, permitindo o estabelecimento de diretrizes de desenvolvimento. A dinâmica urbana impõe a necessidade de uma visão sistêmica do conjunto, com a integração de todos os seus elementos constituintes. O mapeamento das informações favorece diagnósticos e intervenções. Os mapas apresentam-se adicionalmente como uma linguagem que possibilita a troca de informações dentro de equipes multidisciplinares. 3.3 CRIAÇÃO DO BANCO DE DADOS (PDM) E CAPACITAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA MUNICIPAL E COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO Os dados adquiridos serão organizados, padronizados e sistematizados de várias formas e sobreposições, conforme demanda de cada atividade. Será realizado o mapeamento das informações físico-territoriais (geomorfologia, solos, geologia, clima, vegetação, hidrologia, e áreas de risco à ocupação) e urbanísticas (vegetação, infraestrutura e equipamentos urbanos), de acordo com a disponibilidade e qualidade dos dados existentes. O resultado do mapeamento de dados brutos, anterior a qualquer tipo de análise, pode ser chamado de Mapa Temático. O conteúdo dos mapas, condicionado pela disponibilidade e qualidade dos dados existentes, será inserido no ambiente digital de forma padronizada, com a possibilidade de trabalhar com a imagem de satélite para tal fim. 17

PLANO DE TRABALHO Os mapas são elaborados a partir da compatibilização da cartografia já existente com a carta imagem coletada. O conteúdo básico dos mapas temáticos é o seguinte: Limites: Divisa municipal, perímetro urbano. Hidrografia: Cursos d água, corpos d água, nascentes. Relevo: Altimetria, geologia, cobertura vegetal, pedologia. Sistema viário: Ferrovias, rodovias, estradas vicinais, vias urbanas. Uso atual do solo: Áreas verdes, áreas edificadas e vazios urbanos. Saneamento: Abastecimento de água, esgoto, drenagem de águas pluviais. Equipamentos: Educação, saúde, lazer, cultura, esportes, segurança, institucionais. Áreas verdes: Praças, parques, bosques, áreas de preservação. Serviços: Coleta de resíduos sólidos, iluminação pública, pavimentação. Transporte coletivo: Abrangência, rotas e terminais. Setores censitários: Delimitação dos setores. Empreendimentos: Indústrias, fábricas. Cada tema se tornará um nível de informação (layer) no ambiente digital. O mapa dos Setores Censitários do IBGE será associado às informações alfanuméricas do censo. Será criado um Banco de Dados específico para tal fim. Através de ferramentas digitais será possível a realização de análises específicas para cada indicador sócio-econômico obtido a partir dos dados do IBGE, bem como a produção de mapas resultantes destas análises. Os dados alfanuméricos (gráficos, tabelas e relatórios) serão organizados em uma base de dados única, em software compatível com o existente na Prefeitura. Consiste na organização das informações socioeconômicas (população e condições sociais, contendo informações sobre PIB, economia, educação, saúde, etc) em um banco de dados. Adicionalmente contém também os descritores das feições geográficas. Ressalta-se, porém, que sempre será feita a integração dos dados geográficos com os alfanuméricos, possibilitando análises consistentes e eficazes. 18

PLANO DE TRABALHO Nessa etapa será realizada a Capacitação da Equipe Técnica Municipal, juntamente com a Comissão de Acompanhamento para que possam auxiliar na pesquisa e levantamento de dados, ao mesmo tempo, ter noção do processo de elaboração do PDM. Poderá ser feito grupos de pesquisa por tema, onde a Comissão de Acompanhamento poderá auxiliar nos trabalhos técnicos, através da disponibilização na busca de informações. Essa Capacitação será feita através de uma oficina. Obs.: Nas outras fases, serão realizadas reuniões técnicas com a Equipe Técnica Municipal e divulgação de resultados com a Comissão Municipal de Acompanhamento, com registros fotográficos e atas. 3.4 A partir do levantamento de dados e a criação do Banco de Dados no ambiente digital, será feita uma análise da realidade municipal, de acordo com aspectos específicos. Será elaborada análise individualizada de cada informação, sua inter-relação e inserção no contexto geral, permitindo uma visão ampla das condicionantes, deficiências e potencialidades locais. Esta análise deverá ser acompanhada de mapas resultantes. Todas as informações citadas deverão estar convenientemente espacializadas em mapas, em escala adequada para a demonstração da informação gradativa ano a ano na projeção definida, apresentados em formato A4 ou A3 e em meio digital. Nesta etapa deverão ser levantadas as expectativas do Governo Municipal (Executivo e Legislativo) quanto aos objetivos e metas do desenvolvimento municipal, atual e para os próximos 10 anos, a serem alcançados com a implementação do Plano Diretor Municipal PDM, e sua conseqüente atualização e acompanhamento permanentes. Com apoio no Sistema de Informações gerado serão avaliados os seguintes aspectos do município: 3.4.1 Aspectos Regionais Vocação e potencial estratégico dentro da região e principais fatores 19

PLANO DE TRABALHO que concorrem para o desenvolvimento municipal; Centralidade, área de influência e relações com municípios vizinhos; Principais condicionantes, deficiências e potencialidades: Do ponto de vista ambiental; Do ponto de vista da infraestrutura; Do ponto de vista socioeconômico; Do ponto de vista da distribuição espacial da população (rural e urbana). 3.4.2 Aspectos Ambientais (tendo como referência as bacias e micro-bacias hidrográficas) Identificação das condições de clima, geomorfologia, condicionantes geotécnicos, declividades, hipsometria, vertentes, drenagem natural, recursos hídricos, biota e áreas de preservação; Caracterização dos espaços potenciais para áreas de expansão urbana, de conservação e preservação permanente, áreas públicas de lazer, assim como locais para arborização pública. 3.4.3 Aspectos Sócio-econômicos Avaliação de dados referentes à população, no mínimo dos últimos 10 anos, taxa de crescimento, evolução, densidade demográfica, migração, condições de saúde e educação/escolaridade, oferta de emprego, renda, consumo de água e energia, perfil produtivo, potencial produtivo (agropecuária, comércio, serviços, indústrias e turismo); Caracterização do potencial turístico do Município, incluindo os recursos naturais. 3.4.4 Aspectos Sócio-espaciais Evolução urbana, uso do solo urbano e a demanda por solo urbano atual e para os próximos 10 (dez) anos, identificando os principais entraves espaciais existentes; Tipologia de uso e ocupação do solo nas áreas de expansão urbanas e rurais; 20

PLANO DE TRABALHO Análise da tipologia habitacional e da demanda; Identificação das áreas de ocupação irregular e clandestina avaliando seu impacto ambiental e urbanístico; Identificação de áreas enfatizando a relação da densidade construtiva e da densidade demográfica com a capacidade de suporte da infraestrutura urbana (áreas com infraestrutura ociosa e áreas ocupadas com precariedade de infraestrutura). 3.4.5 Aspectos de Infraestrutura e Serviços Públicos (situação atual e evolução para os próximos 10 anos) Saneamento ambiental (abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem, resíduos sólidos); Sistema viário e transporte coletivo; Energia elétrica e iluminação pública; Telecomunicações; Equipamentos sociais (equipamentos de saúde, educação, assistência social, cultura e esporte, segurança pública, recreação). 3.4.6 Aspectos Institucionais Caracterização das unidades administrativas da estrutura da Prefeitura Municipal que se relacionam com a gestão do Plano Diretor Municipal PDM. Análise da legislação vigente no município (Plano Diretor / Plano de Uso e Ocupação do Solo Urbano) e leis (Perímetro Urbano, Expansão Urbana, Parcelamento do Solo para Fins Urbanos, Uso e Ocupação do Solo Urbano, Sistema Viário, Códigos de Obras e Posturas, Lei de Procedimentos Administrativos e leis que alteram as leis anteriores. O enfoque da análise deve ser a adequação ou inadequação de cada um dos instrumentos de cada lei, em particular em relação a: (i) questões constitucionais, Lei Orgânica Municipal e demais leis federais, estaduais e municipais; (ii) questões físicoambientais e (iii) adequação à realidade do uso e ocupação do solo existente; Análise inter-relacional da legislação federal, estadual e municipal pertinente; 21

PLANO DE TRABALHO Identificação da capacidade de investimento do município, visando a priorização dos investimentos caracterizados como necessários, para a efetivação dos objetivos, diretrizes e metas do Plano Diretor Municipal; Sistema de informações municipais disponíveis para a gestão do desenvolvimento local (dados do Cadastro Técnico Imobiliário e Econômico e demais bancos de dados municipais, identificando-os); Estado atual de arrecadação própria do município, sua evolução anual e projeção para os próximos 10 anos, considerando também possíveis fontes alternativas de recursos financeiros e possibilidade de realização de operações de crédito (capacidade de endividamento). 3.5 PRODUTO DA SEGUNDA FASE Versão final dos documentos que apresentam o resultado das atividades da Segunda Fase: Análise Temática Integrada e relatório das atividades desenvolvidas. O documento será apresentado, preferencialmente, em 01 (um) único volume, em 03 (três) vias, devidamente encadernadas, dentro das normas técnicas, em papel formato A4. Os mapas digitais ou digitalizados, devidamente atualizados, serão apresentados em formato A4 ou A3 (dobrados em A4). Este documento também será entregue em meio digital CD-ROM em 03 (três) vias, com os textos em formato de extensão DOC, as tabelas em extensões doc. 3.6 METODOLOGIA ESPECÍFICA DA SEGUNDA FASE CPD Na Análise Temática Integrada está prevista a utilização de uma metodologia específica, a Metodologia CPD - Condicionantes, Potencialidades e Deficiências. Os dados levantados possibilitarão análises setoriais detalhadas, mas não formarão uma visão sistêmica do município como um todo. A metodologia CPD trata de uma sistemática de organização dos dados levantados que possibilita sua apresentação de forma compreensível e de fácil visualização, sendo um instrumento muito útil na apresentação e discussão do Plano Diretor com a comunidade. A visão sintetizadora proporcionada por este método é também extremamente eficaz para a definição de estratégias de ação visando o desenvolvimento. 22

PLANO DE TRABALHO Condicionantes As condicionantes são os elementos existentes ou projetados que não podem ou não devem ser alterados, devendo ser mantidos ou preservados pelo Plano Diretor. As condicionantes podem ser de caráter espacial, funcional, de infraestrutura, ambiental, sócio-econômica, administrativa ou legal. Potencialidades Entendem-se como potencialidades elementos, recursos ou vantagens que até então não foram aproveitados adequadamente, mas poderiam ser incorporados positivamente ao município, sanando suas deficiências ou desenvolvendo-o no sentido de melhorar seu estado atual. Deficiências Entendem-se como deficiências situações que significam problemas qualitativos e quantitativos no contexto municipal e que devem ser alterados, melhorados ou eliminados. Assim como as condicionantes, as deficiências também podem ser de vários tipos. A metodologia CPD permitirá traçar um diagnóstico do município, com a determinação de suas condicionantes, potencialidades e deficiências, facilitando o estabelecimento das diretrizes que nortearão a elaboração do Plano Diretor Municipal. Através das análises, será possível traçar um diagnóstico atual de realidade municipal, apoiado na utilização da metodologia CPD (Condicionantes, Potencialidades e Deficiências). Serão identificadas áreas de ação e áreas prioritárias de ação. As ÁREAS DE AÇÃO são definidas pela sobreposição espacial das condicionantes, das deficiências e das potencialidades, gerando a concentração das demandas específicas para resolver os problemas destas áreas. Já as ÁREAS PRIORITÁRIAS DE AÇÃO são aquelas onde, por meio de determinadas medidas, serão eliminadas as deficiências, aproveitando as potencialidades e considerando as condicionantes. 23

PLANO DE TRABALHO Será feito a compilação de dados entre a LEITURA COMUNITÁRIA(participação popular) e LEITURA TÉCNICA, traçando o perfil do município visto pela população e o perfil técnico analisado pelos técnicos afins. Obs.: LEITURA COMUNITÁRIA será realizada através da Metodologia INPA(Intervenção Participativa dos Atores) em parceria com a EMATER (escritório local). Ler a cidade e o território (Leitura Participativa) Identificar e entender a situação do município a área urbana e rural Seus conflitos e suas potencialidades - Aplicar a leitura técnica comparando dados e informações sócio econômicas, culturais, ambientais e de infraestrutura disponíveis. A Leitura Participativa deve ser feita pela consultoria, com o apoio da Equipe do Município. 24

PLANO DE TRABALHO CADERNO DE ANÁLISE TEMÁTICA CRUZAMENTO DE DADOS LEITURA COMUNITÁRIA LEITURA TÉCNICA ASPECTOS REGIONAIS ASPECTOS AMBIENTAIS ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS ASPECTOS SÓCIO-ESPACIAIS ASPECTOS INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS PÚBLICOS INSTITUCIONAIS ANÁLISES 25

PLANO DE TRABALHO 4. TERCEIRA FASE: DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES E PROPOSIÇÕES A Terceira Fase é composta pelas atividades: Definição de Diretrizes; Definição de Propostas; Definição do Macrozoneamento. 4.1 DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES Com base nas avaliações efetuadas, serão elaboradas diretrizes para as ações institucionais, socioeconômicas e ambientais contemplando especificamente propostas de intervenção para curto, médio e longo prazo, incluindo: Urbano e Municipal; planejamento; Diretrizes para o estabelecimento de uma Política de Desenvolvimento Diretrizes para o estabelecimento de uma sistemática permanente de Diretrizes para a dinamização e ampliação das atividades econômicas a fim de estruturar o fortalecimento da economia do município (emprego, renda, geração de receitas). 4.2 DEFINIÇÃO DE PROPOSTAS Com base nas avaliações efetuadas, serão elaboradas propostas para os aspectos físico-espaciais e de infraestrutura e serviços públicos, contemplando especificamente propostas de intervenção para curto, médio e longo prazo, incluindo: Proposta de projetos estruturais dos diversos setores estratégicos a serem executados a curto, médio e longo prazo, considerando a estimativa de seus custos e as estimativas e projeções orçamentárias municipais; Propostas, instrumentos e mecanismos referentes a: Racionalização da ocupação do espaço urbano, de expansão urbana e rural; Distribuição eqüitativa dos usos, atividades, infraestrutura social e urbana e densidades construtivas e demográficas; 26

PLANO DE TRABALHO Estruturação e hierarquização do sistema viário, assim como a articulação do sistema de transporte coletivo; Controle do meio ambiente, saneamento básico e proteção ao patrimônio natural, paisagístico, histórico, artístico, cultural, arqueológico e demais elementos que caracterizam a identidade do município; Elaboração e implantação de um Sistema de Informações para o Planejamento e Gestão Municipal, considerando as estratégias e as atribuições dos responsáveis pela atualização das informações físicas, cadastrais, socioeconômicas e as oriundas do sistema de gestão municipal, inclusive tributária; Propostas para a instauração e aperfeiçoamento do processo de planejamento e gestão municipal: Adequação da estrutura organizacional da Prefeitura Municipal Visa a implementação do Plano Diretor Municipal e gestão do desenvolvimento municipal e conseqüente atualização permanente; Organização de sistema de informações para o planejamento e gestão municipal; Produção dos dados necessários, com a freqüência definida, para concepção dos indicadores propostos para o Plano Diretor Municipal PDM. Construção de indicadores que permitam a avaliação anual do desempenho do processo de planejamento e gestão municipal, com metas claramente definidas a serem atingidas. Procedimentos e instrumentos para atuação na solução das ocupações irregulares e clandestinas e contenção de sua proliferação; Diretrizes para a coleta e disposição final de resíduos sólidos, inclusive industriais e hospitalares; Procedimentos e instrumentos a serem adotados nos projetos de parcelamento, (loteamentos, desmembramentos e remembramentos), edificações e consultas prévias, liberação de alvarás, laudo de conclusão de obras e habite-se ; 27

PLANO DE TRABALHO Processos e recursos para a atualização permanente dos instrumentos de política e planejamento territorial e para a institucionalização e o funcionamento de mecanismos de gestão democrática; Parâmetros para o dimensionamento de logradouros públicos; Identificação de parâmetros e ações para possibilitar a regularização da situação fundiária das áreas ocupadas irregularmente ou identificação de áreas para relocação, caso não haja possibilidade legal de regularização ou sejam áreas de risco, nestes casos, também a identificação de diretrizes de uso e ocupação dessas áreas após a desocupação. 4.3 DEFINIÇÃO DO MACROZONEAMENTO As diretrizes anteriormente citadas deverão ser articuladas e espacializadas em mapas, constituindo um Macrozoneamento e abrangendo o território de todo o município. Para a concepção do Macrozoneamento, o embasamento físico-territorialambiental deve considerar as bacias e microbacias hidrográficas. O Macrozoneamento embasará o futuro Zoneamento, quando cada macrozona dará origem a distintas zonas, que definirão o uso e a ocupação do solo do município. O Macrozoneamento consiste na definição de grandes diretrizes de ocupação do município. É a base para aplicação dos instrumentos de regulação urbanística. Diferentemente do zoneamento tradicional, o Macrozoneamento não interfere em questões de vizinhança ou nas normas de ocupação de cada lote. O macrozoneamento refere-se ao grau de conveniência ou inconveniência que se considera adequado para estimular a ocupação das áreas já urbanizadas numa cidade, bem como daquelas passíveis de urbanização. Através de diversas análises, produzem-se os subsídios para efetivação da Proposta do Macrozoneamento. Os critérios de análise obedecem alguns aspectos, por exemplo: áreas aptas à ocupação baseadas na declividade do solo; presença de fauna/flora de interesse de preservação ou monitoramento; existência ou não de redes de saneamento, gás, iluminação pública e telecomunicações; condições do sistema viário e do transporte público; existência ou não de equipamentos públicos; padrões de ocupação. 28

PLANO DE TRABALHO Aqui, ressalta-se que o uso de imagens de satélite de alta resolução facilitará as análises, além de torná-las mais consistentes, direcionando as diretrizes de forma mais eficaz. 4.4 SEGUNDA AUDIÊNCIA PÚBLICA A Segunda Audiência Pública deverá ocorrer durante a Terceira Fase de desenvolvimento do Plano, ou seja, após a Análise Temática Integrada e antes da versão final da definição das propostas e diretrizes. O período para a realização da Segunda Audiência Pública será definido após a aprovação, pela Prefeitura Municipal e Sedu Paranacidade, da Segunda e Terceira fases do Plano Diretor Municipal. Ressalta-se aqui que tal data poderá sofre variação conforme o andamento dos trabalhos. No entanto esta pré-definição correta deverá ser o mais antecipado possível com vistas a permitir maior divulgação da mesma em diário oficial e meio de comunicação locais. Conteúdo da 2ª Audiência Pública: Análise Temática Integrada; Diretrizes e Proposições para o Desenvolvimento Municipal; Manifestação da Sociedade Civil com sugestões para o aprimoramento das diretrizes e proposições apresentadas. 4.5 PRODUTO DA TERCEIRA FASE O produto final da Terceira Fase é a Versão Final dos resultados obtidos nas atividades Definição de Diretrizes e Proposições, e relatório das atividades desenvolvidas. O documento será apresentado em 01 (um) único volume, em 03 (três) vias, devidamente encadernadas, dentro das normas técnicas, em papel formato A4. Os mapas digitais ou digitalizados, devidamente atualizados, serão apresentados em formato A4 ou A3 (dobrados em A4). Este documento também será entregue em meio digital CD-ROM em 03 (três) vias, com os textos em formato de extensão.doc, as tabelas em extensões.doc e os mapas em formato imagem (JPEG) e DWG. 4.6 METODOLOGIAS ESPECÍFICAS - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 29

PLANO DE TRABALHO Na presente etapa, bem como nas etapas posteriores, serão utilizadas metodologias específicas de planejamento: I) Planejamento Estratégico; II) Planejamento Estratégico e Situacional; III) Estratégia Prospectiva. 4.6.1 Planejamento Estratégico O Planejamento Estratégico na administração pública pressupõe: a participação comunitária nos processos, a regulação de interesses de bem comum, a estimulação da criação de mecanismos de informação sobre a cidade, o controle social sobre o cumprimento do plano, e o estabelecimento de fluxos de elaboração do plano (participação capacitação). O Planejamento Estratégico planeja o desenvolvimento baseando-se nas potencialidades do município, pressupondo as seguintes estratégias básicas, a serem definidas no Plano Diretor: Ordenar a estrutura urbana de maneira a atender às expectativas geradas pelo planejamento estratégico; Tornar a cidade atrativa e competitiva, com novos investimentos; Impulsionar o desenvolvimento econômico em harmonia com o desenvolvimento social; Considerar os aspectos ambientais como base para o planejamento físico e econômico; Incentivar a parceria com a iniciativa privada e governo; Possibilitar um crescimento em concordância com a rede de infraestrutura e serviços; Ser de fácil compreensão e implantação, adaptável às mudanças que se fizeram necessárias; Contar com a participação da população. A Metodologia PES - Planejamento Estratégico Situacional alia as idéias de estratégias de desenvolvimento com participação popular, sendo, portanto, uma ótima ferramenta complementar na elaboração de Planos Diretores Municipais. 30

PLANO DE TRABALHO 4.6.2 Planejamento Estratégico e Situacional - PES O Planejamento Estratégico Situacional teve como mentor e principal idealizador Carlos Matus, como método poderoso na solução de problemas de alta complexidade. Os principais fundamentos do PES Planejamento Estratégico e Situacional são os seguintes: O processo de planejamento estratégico se alimenta da experiência prática e do aprendizado institucional relacionados aos erros cometidos. Portanto será preciso desenvolver meios de gestão capazes de aprender com os erros do passado e colocar este conhecimento a serviço do planejamento. As ações presentes podem ter diversos efeitos sobre o futuro, visto que dependem da evolução de vários processos impossíveis de serem previstos ou controlados. Os critérios utilizados para a resolução de problemas presentes podem ser ou não eficazes. Isso não implica que o futuro não deve ser simulado, mas sim, deve-se traçar uma série de possíveis futuros, conforme cada ação presente adotada. Deve-se, portanto, elaborar estratégicas para cenários prováveis e improváveis, prevendo-se possibilidades, mas não certezas. A administração pública deve estar apta a lidar com fatos imprevisíveis, através de planos eficazes e menos vulneráveis. O processo de planejamento pode ser comparado a um grande cálculo que não só deve preceder a ação, mas atuar sobre ela. O cálculo estratégico dissociado da ação será completamente supérfluo e formal, por sua vez, se a ação não for precedida e presidida pelo cálculo estratégico então a organização permanecerá submetida à improvisação e ao ritmo da conjuntura. O enfoque proposto de planejamento, portanto, não é um rito burocrático ou um conhecimento que possa ser revelado a alguns e não a outros, mas uma capacidade pessoal e institucional de governar, de fazer política no sentido mais original deste termo. O processo da metodologia do Planejamento Estratégico e Situacional não substitui a perícia dos dirigentes, nem o carisma da liderança, ao contrário, aumenta sua eficácia porque coloca estes aspectos a serviço de um projeto político coletivo. Neste modo de ver a política, o governo e o planejamento ninguém detém o monopólio do cálculo estratégico e sistemático sobre o futuro, há 31

PLANO DE TRABALHO uma profunda diferença em relação ao antigo "planejamento do desenvolvimento econômico e social" tão comuns nos órgãos de planejamento de toda América Latina e particularmente na tradição brasileira. Seus objetivos gerais são: Garantir a realização de projetos cujas diretrizes englobem várias ações da administração municipal. Trabalhar de forma planejada, possibilitando ao governo uma visão integrada de suas ações. Otimizar os recursos financeiros. Diminuir e otimizar os prazos de cada diretriz a ser alcançada. Alcançar a maior eficácia possível nos resultados. Objetivos Específicos: Estabelecer prazos para implantação inicial e final do processo de planejamento. O término do processo não significa o término do mandato, visto que as diretrizes estabelecidas possuem um caráter amplo e duradouro. Traçar uma análise da estrutura administrativa municipal e sua relação com a perspectiva do planejamento estratégico. Mobilizar todos os agentes municipais no processo, criando uma cultura de planejamento dentro da Prefeitura Municipal, garantindo uma ação mais efetiva, integrada e otimizada. Integrar as diversas ações da Prefeitura Municipal, evitando dispersão e duplicidade de esforços. 4.6.3 Estratégia Prospectiva A estratégia prospectiva é uma forma de se projetar o futuro, através de objetivos estratégicos: Orientar a ação presente à luz dos futuros possíveis e desejados; Acrescentar balizas aos futuros possíveis, que ajudem a distinguir na avalanche dos fatos presentes os que são portadores do futuro, mesmo aqueles ínfimos pelas suas dimensões presentes, mas imensos pelas suas conseqüências; Mobilizar a inteligência das pessoas, apropriando a mudança pela antecipação compartilhada. 32

PLANO DE TRABALHO Como também objetivos táticos: Introduzir o efeito de anúncio prévio (dissuasivo ou incitativo) para tentar impedir que um evento se produza ou para tentar favorecer sua realização (taxas de crescimento, por exemplo); Testar uma hipótese ou uma idéia, por exemplo, para justificar uma decisão ou enfrentar eventuais críticas; Apresentar-se com uma imagem empreendedora e dinâmica; Desenvolver a comunicação interna e a sua abertura à sociedade; Defender-se das idéias pré-concebidas e dos comportamentos nefastos (ceticismo, crença cega, visão de curto prazo). Utiliza-se a metodologia de montagem de cenários. A partir do cenário atual (cena de partida) pode-se organizar a estratégia prospectiva de acordo com visões distintas, que caracterizam os tipos de cenários, cujo processo metodológico de conjugação é apresentado no diagrama logo a seguir: Cenário tendencial: visa a criar uma visão global do futuro, por sobre o passado e o presente, apoiando-se em uma síntese de projeções-chaves, congregando elementos das análises temáticas, indicando os pontos controversos e apontando as prováveis tendências, as maiores incertezas e os riscos das possíveis rupturas, a traduzir sua antecipação; representa a continuidade do status quo em uma atitude de laissez faire ; Cenário ideal: formula proposições de ações para se preparar às mudanças globais pressentidas no cenário tendencial (pré-atividade), mas também para avançar no sentido dos objetivos estratégicos e dos projetos (pró-atividade), traduzindo a apropriação coletiva da prospectiva; Cenário de desenvolvimento estratégico: propõe um plano estratégico global, onde cada objetivo é associado a ações e vice-versa, realizando uma síntese do cenário tendencial com o ideal, de modo a engajar os responsáveis pela governança estadual; além dos tradicionais enfoques de natureza social e econômica, inclui também o territorial-ambiental, propondo ações de ordenamento espacial e de uso sustentável dos recursos naturais. 33

PLANO DE TRABALHO 5. QUARTA FASE: MINUTAS PARA A LEGISLAÇÃO BÁSICA Nesta Fase é previsto o desenvolvimento de Minutas de Anteprojetos de Lei, acompanhadas de mapas em escalas apropriadas, que regulamentam as diretrizes e Propostas das fases anteriores. Também estão previstas as propostas para instauração e aperfeiçoamento do processo de planejamento e gestão municipal. Deverão ser apresentadas as seguintes minutas de Anteprojetos de Lei, acompanhadas de mapas em escalas apropriadas. 5.1. MINUTAS PARA A LEGISLAÇÃO BÁSICA 5.1.1 Anteprojeto de Lei do Plano Diretor Municipal Estabelecimento das Diretrizes e Proposições de Desenvolvimento Municipal indicadas, atendendo às necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, incluindo: Macrozoneamento (Organização Espacial), articulada à inserção ambiental englobando o uso, o parcelamento e a ocupação do território, a infraestrutura e os equipamentos sociais; Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Municipal, definindo os instrumentos que auxiliarão o Poder Municipal na tarefa de planejar e gerenciar o desenvolvimento; Sistema de acompanhamento e controle do plano; Definição da função social da propriedade urbana, estabelecendo os requisitos mínimos a serem atendidos na unidade territorial urbana, como elemento constitutivo do direito de propriedade. 5.1.2 Anteprojeto de Lei dos Perímetros Urbanos Delimitação das áreas urbanas e de expansão urbana do município, onde o Município irá prover os espaços de equipamentos e serviços, bem como exercer o seu poder de polícia e de tributação municipal. Os perímetros devem ser apresentados, contendo de forma detalhada o memorial descritivo da poligonal levantada, seus respectivos ângulos, rumos ou azimutes e distâncias calculadas, bem como as informações de localização e as coordenadas de cada um dos vértices 34

PLANO DE TRABALHO que deverão estar referenciados à Rede de Alta Precisão do Estado do Paraná SEMA/IBGE, acompanhada de mapa em escala apropriada. 5.1.3 Anteprojeto de Lei de Parcelamento do Solo Urbano Definição dos procedimentos relacionados com os loteamentos, desmembramentos e remembramentos de lotes urbanos e demais requisitos urbanísticos: tamanho mínimo dos lotes, a infraestrutura que o loteador deverá implantar bem como o prazo estabelecido para tal, a parcela que deve ser doada ao poder público com a definição de seu uso (assegurando ao município a escolha das áreas mais adequadas), a definição das áreas prioritárias e das áreas impróprias ao parcelamento, proposição de áreas para loteamentos populares (Zonas Especiais de Interesse Social ZEIS), faixas de servidões, faixas de proteção, faixas de domínio, áreas ou pontos de interesse paisagístico e outros requisitos em função da peculiaridade local. Ressalte-se que a Lei de Parcelamento do Solo Urbano é uma regulamentação da Lei Federal nº 6.766/79, alterada pela Lei Federal nº 9.785/99. 5.1.4 Anteprojeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural Divisão da área delimitada pelo perímetro urbano em zonas. Define a distribuição da população neste espaço em função da infraestrutura existente e dos condicionantes ambientais. Para tal, são utilizados parâmetros urbanísticos parâmetros mínimos (para fazer cumprir a função social da propriedade), parâmetros básicos (parâmetros basicamente em função da capacidade de suporte da infraestrutura) e parâmetros máximos (parâmetros atingidos com a com a utilização da outorga onerosa do direito de construir ou a transferência do direito de construir). Os parâmetros urbanísticos a serem definidos, em compatibilidade com a infraestrutura são coeficiente de aproveitamento (preferencialmente coeficiente único), taxa de ocupação, gabarito (número máximo de pavimentos e altura máxima), recuo e afastamento, taxa mínima de permeabilidade) e classificações dos usos (usos permitidos, permissíveis e proibidos) que garantam a qualidade ambiental e paisagística do espaço urbano. A definição dos parâmetros urbanísticos mínimo, básico e máximo deve se embasar na capacidade de suporte das infraestruturas urbanas, existentes ou projetadas. 35

PLANO DE TRABALHO 5.1.5 Anteprojeto de Lei do Sistema Viário Definição do sistema de circulação da cidade em função da necessidade de trânsito e transporte de pessoas e mercadorias, hierarquizando e dimensionando as vias públicas, bem como sua definição para novos parcelamentos. 5.1.6 Anteprojeto de Lei do Código de Edificações e Obras Edição das normas de construção (interna da edificação), que visem assegurar a realização de padrões mínimos de segurança, higiene, saúde e conforto para os usuários. 5.1.7Anteprojeto de Lei do Código de Posturas Disposição sobre a postura e conduta dos usuários e medidas da administração pública referentes à higiene, poluição sonora, atmosférica e visual e de ordem pública nas cidades. Visa, principalmente, estabelecer as mínimas condições de convivência harmoniosa e coletiva dos usuários. 5.1.8 Anteprojetos de Leis específicas Utilização dos instrumentos previstos na Lei Federal nº 10.257/01 (Estatuto da Cidade), e outras que se mostrarem necessárias para implementação das propostas previstas no Plano Diretor Municipal PDM de Laranjeiras do Sul. 5.2 PRODUTOS DA QUARTA FASE Conforme o especificado no Termo de Referência, deverão ser entregues simultaneamente, os documentos que apresentam o resultado das atividades desenvolvidas na Quarta Fase, Proposições para a Legislação Básica e, o relatório das atividades desenvolvidas nessa fase. O documento será apresentado, preferencialmente, em 01 (um) único volume, em 03 (três) vias, devidamente encadernadas, dentro das normas técnicas, em papel formato A4 assim como seus arquivos digitais. Os mapas serão apresentados em formato DWG, na extensão.dwg. As tabelas no formato doc. 36

PLANO DE TRABALHO 6. QUINTA FASE: PLANO DE AÇÕES E INVESTIMENTOS A Quinta Fase é composta por duas atividades principais: Indicação de ações e projetos; Processo de Participação 3ª Audiência Pública. 6.1 INDICAÇÃO DE AÇÕES E PROJETOS Nesta Fase, indicam-se ações e os projetos prioritários tendo em vista a implementação do Plano Diretor Municipal, apresentando a hierarquização de investimentos em infraestrutura, equipamentos comunitários e ações institucionais, com a estimativa de custos aproximados, para os próximos 5 (cinco) anos em compatibilidade com a projeção orçamentária, incluída a previsão de capacidade de endividamento municipal. 6.2 TERCEIRA AUDIÊNCIA PÚBLICA E CONFERÊNCIA MUNICIPAL DO PLANO DIRETOR 6.2.1 Terceira Audiência Pública A 3ª Audiência Pública deverá ocorrer após a aprovação, pela Prefeitura Municipal e Sedu Paranacidade, da Quarta e Quinta fases do Plano Diretor e terá como temática os seguintes itens: Apreciação das Proposições para a Legislação Básica; Aprovação da proposta de projetos de investimentos e da reformulação da estrutura; administrativa da Prefeitura Municipal. Avaliação dos Produtos Finais do Plano Diretor Municipal PDM; Definição dos Critérios para a atualização do Plano Diretor Municipal PDM. A Metodologia da Terceira Audiência Pública é a mesma da Segunda, conforme já explicado no item 1.2. 37

PLANO DE TRABALHO 6.2.2 Conferência Municipal do Plano Diretor Sob a coordenação do município, apoiada pela consultoria, após a conclusão das fases e da realização da última audiência pública, será organizada a CONFERÊNCIA MUNICIPAL DO PLANO DIRETOR, que tem os seguintes objetivos: I. Garantir a instauração de um processo permanente de planejamento, visando obter o comprometimento do poder público municipal com a implementação do PDM construído coletivamente e na sua atualização permanente; II. Criar o CONSELHO DA CIDADE, a partir da experiência da Comissão de Acompanhamento de elaboração do PDM e dos demais Conselhos Municipais existentes, definindo sua composição e suas atribuições; III. Obter o comprometimento da Câmara de Vereadores com a aprovação do PDM construído coletivamente. As estratégias de divulgação devem ocorrer durante todo o processo de planejamento, principalmente durante a semana da ocorrência das Audiências Públicas, como uma forma de mobilização da comunidade. Constituem-se na melhor forma de obter a participação da comunidade, estabelecendo diretrizes e propostas adequadas que também facilitam a posterior implementação do Plano. Pode-se inferir que o conhecimento pela população das distintas fases do planejamento compromete a Equipe com a opinião pública, que poderá fiscalizar e acompanhar as atividades. As Audiências Públicas não dispensam outras formas de participação popular, como consultas, debates e a disponibilização de informações, para consulta pública. 6.3 PRODUTOS DA QUINTA FASE Versão Final dos resultados das fases anteriores, documento contendo a versão final do Plano de Ação, com a indicação de ações e projetos, assim como os resultados da Terceira Audiência Pública. O documento será apresentado, preferencialmente, em 01 (um) único volume, em 03 (três) vias, devidamente encadernadas, dentro das normas técnicas, em papel formato A4 assim como seus arquivos digitais. Os mapas serão apresentados em formato DWG, na extensão dwg. As tabelas no formato doc. 38

PLANO DE TRABALHO 7. PRAZOS PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS O prazo máximo para execução dos serviços é de 270 (duzentos e setenta) dias a partir da data de assinatura do contrato de prestação de serviços entre e Prefeitura Municipal e a Consultoria, sendo os serviços realizados de acordo com as seguintes fases: 1ª Fase: Em até 20 (vinte dias) dias a partir da data da assinatura do referido contrato, a Consultoria deverá entregar: a versão final do Documento da Fase 1 Plano de Trabalho, as proposições para a organização e realização da Primeira Audiência Pública, iniciar o processo de capacitação da equipe interna (Subitem 7.1 i e ii do TR) e da Comissão de Acompanhamento (Subitem 7.2 i do TR) e entregar o relatório sucinto da fase. 2ª Fase: Em até 135 (cento e trinta e cinco) dias a partir da data da assinatura do referido contrato, a Consultoria deverá entregar: a versão final do Documento da Fase 2 Análise Temática Integrada, os dados da Primeira Audiência Pública (lista de presenças, ata, fotos, etc.), dar continuidade ao processo de capacitação da equipe interna (Subitem 7.1 ii e iii do TR) e da Comissão de Acompanhamento (Subitem 7.2 ii e iii do TR) e entregar o relatório sucinto da fase; 3º Fase: Em até 185 dias (cento e oitenta e cinco) dias a partir da data da assinatura do referido contrato, a Consultoria deverá entregar: a versão final do Documento da Fase 3 Diretrizes e Proposições, os dados da Segunda Audiência Pública (lista de presença, atas, fotos, etc.), dar continuidade ao processo de capacitação da equipe interna e entregar o relatório sucinto da fase. 4º Fase: Em até 215 (duzentos e quinze) dias a partir da data da assinatura do referido contrato, a Consultoria deverá entregar: a versão final do Documento da Fase 4 Proposições para a Legislação Básica, dar continuidade ao processo de capacitação da equipe interna (Subitem 7.1 ii, iii e iv do TR) e da Comissão de Acompanhamento (Subitem 7.2 iv do TR) e entregar o relatório sucinto da fase; 5ª Fase: Em até 270 (duzentos e setenta) dias a partir da data da assinatura do referido contrato, a Consultoria deverá entregar: a versão final do Documento da Fase 5 Plano de Ação e Investimentos, os dados da Terceira Audiência Pública (lista de presenças, ata, fotos, etc.), o relatório das atividades executadas ao longo do trabalho, incluindo o da 5ª Fase, finalizar o processo de capacitação da equipe 39

PLANO DE TRABALHO interna (Subitem 7.1 ii e iii do TR) e da Comissão de Acompanhamento (Subitem 7.2 v do TR), e entregar a apresentação audiovisual. OBS: Ressalta-se aqui, que o prazo de execução poderá ser alterado, com expressa anuência do Sedu Paranacidade, conforme casos citados na Cláusula Segunda, Parágrafo Primeiro do Contrato de Prestação de Serviços firmado entre Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul e Agência de Desenvolvimento Regional do Extremo Oeste do Paraná ADEOP, empresa contratada para elaboração do PDM. 7.1 CRONOGRAMA DAS FASES DE TRABALHO 40

CRONOGRAMA DAS FASES DE TRABALHO FASES ATIVIDADES METODOLOGIA PRODUTOS / RESULTADOS ESPERADOS 1. Primeira Fase Plano de Trabalho e Metodologia aplicada I) Fluxo de Informações Banco de Dados - internet II) Convocação da Equipe da Consultoria III) Preparação dos produtos da Primeira Fase Trabalho em Equipe com definição do modo de operação. Normas Técnicas - Estratégias de comunicação entre: Consultoria / Equipe Técnica Municipal / Paranacidade. - Integração entre a Equipe Técnica Municipal, Consultoria e Comissão de Acompanhamento. - Agenda de Reuniões. - Discussão do Plano de Trabalho e Metodologia - Nivelamento de conhecimento. - Definição de Objetivos. - Versão final do Plano de Trabalho para Elaboração do Plano Diretor Municipal, com a metodologia detalhada para o desenvolvimento dos serviços a serem executados, e relatório das atividades desenvolvidas. - Três vias de Documento encadernado e em meio digital. 1º Mês Julho 2º Mês Agost o 3º Mês Setem CRONOGRAMA EM MESES 4º Mês Outub. 5º Mês Nove m 6º Mês Deze m 7º Mês Janeir o 8º Mês Fever 9º Mês Março IV) Processo de Participação: 1ª Audiência Pública Organização e Desenvolvimento de Audiências Públicas -- Explanação do processo de elaboração do PDM com participação democrática; - Ata da Audiência e Divulgação dos Resultados. 41

I) Identificação da base de dados necessária ao desenvolvimento do Plano II) Levantamento de Dados Metodologias em sistema digital Pesquisa documental, legal, observação de campo, gestão do conhecimento. - Base de Dados necessária ao desenvolvimento dos objetivos do Plano Diretor Municipal. - Armazenamento de dados inventariados. - Conhecimento da qualidade e disponibilidade do material. - Ordenamento dos dados. - Análise da Legislação existente. 2. Segunda Fase Análise Temática Integrada III) - Criação do Banco de Dados e ; Capacitação da equipe técnica municipal e Comissão de Acompanhamento Analise de Sistemas; Oficinas de Capacitação - Padronização e sistematização dos dados. - Definição de classes, entidades e interrelações. - Plano Estratégico do Banco de Dados. - Participação em oficinas/reuniões Capacitação IV) Análise Temática Integrada Metodologia Específica CPD CENÁRIOS - INPA - Avaliação da realidade municipal. - Identificação das deficiências, condicionantes e potencialidades municipais. - Espacialização das informações. - Criação de mapas temáticos; - Leitura comunitária parceria com EMATER V) Preparação dos produtos da Segunda Fase Atendimento a Normas Técnicas - Versão final dos documentos que apresentam o resultado das atividades da Segunda Fase: Avaliação Temática Integrada e relatório das atividades desenvolvidas. - Três vias de Documento encadernado e em meio digital. 42

FASES ATIVIDADES MÉTODOS PRODUTOS / RESULTADOS ESPERADOS 1º Mês Julho 2º Mês Agost o 3º Mês Setem CRONOGRAMA EM MESES 4º Mês Outub. 5º Mês Nove m 6º Mês Dezem 7º Mês Janeir o 8º Mês Fever 9º Mês Março I) Definição de Diretrizes (Reunião equipe técnica e comissão) II) Definição de Propostas (Reunião equipe técnica e comissão) Metodologias Específicas: Planejamento Estratégico e Estratégia Prospectiva. Metodologias Específicas: Planejamento Estratégico e Estratégia Prospectiva. - Elaboração de diretrizes para ações institucionais, socioeconômicas e ambientais contemplando propostas de intervenção para curto, médio e longo prazo. - Elaboração de propostas para aspectos físico-espaciais e de infraestrutura e serviços públicos. 3. Terceira Fase Definição de Diretrizes e Proposições III) Definição do Macrozoneamento (Reunião equipe técnica e comissão) IV) Processo de Participação: 2ª Audiência Pública Metodologias Específicas: Planejamento Estratégico e Estratégia Prospectiva. Organização e Desenvolvimento de Audiências Públicas - Definição de Macrozonas de Planejamento - Mapa e parâmetros. - Apresentação da Avaliação Temática Integrada, das Diretrizes e das Proposições para o Desenvolvimento Municipal. - Captura da Manifestação da Sociedade Civil com sugestões para o aprimoramento das diretrizes e proposições apresentadas. - Ata da Audiência e Divulgação dos Resultados. V) Preparação dos produtos da Terceira Fase Atendimento a Normas Técnicas - Versão Final dos resultados obtidos nas atividades de Definição de Diretrizes e Proposições à luz da manifestação da Sociedade Civil e relatório das atividades desenvolvidas. - Três vias de um Documento encadernado e em meio digital. 43

- CONTEÚDO DA LEI: DIRETRIZES E PROPOSIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO I) PLANO DIRETOR MUNICIPAL (Reunião equipe técnica e comissão) Conversão em norma legal, através de técnica legislativa adequada, das diretrizes e proposições dos itens anteriores. MUNICIPAL INDICADAS, INCLUINDO A DEFINIÇÃO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE URBANA, O MACROZONEAMENTO, OS INSTRUMENTOS E O SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE. 4. Quarta Fase Minutas para a Legislação Básica e propostas para instauração e aperfeiçoamento do processo de planejamento e gestão municipal II) PERÍMETROS URBANOS E EXPANSÃO URBANA (Reunião equipe técnica e comissão) Conversão em norma legal, através de técnica legislativa adequada, das diretrizes e proposições das fases anteriores, atentando para o proposto para o Plano Diretor. - CONTEÚDO DA LEI: DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS, CONTENDO O MEMORIAL DESCRITIVO DAS POLIGONAIS E MAPA EM ESCALA APROPRIADA. - CONTEÚDO DA LEI: DEFINIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS RELACIONADOS AO PARCELAMENTO DO E DEMAIS REQUISITOS URBANÍSTICOS; III) PARCELAMENTO DO SOLO URBANO (Reunião equipe técnica e comissão) Conversão em norma legal, através de técnica legislativa adequada, das diretrizes e proposições das fases anteriores, atentando para o proposto para o Plano Diretor. DEFINIÇÃO DAS ÁREAS PRIORITÁRIAS E DAS IMPRÓPRIAS AO PARCELAMENTO; PROPOSIÇÃO DE ÁREAS PARA LOTEAMENTOS POPULARES, FAIXAS DE SERVIDÕES, DE PROTEÇÃO, DE DOMÍNIO, ÁREAS INTERESSE PAISAGÍSTICO E OUTROS REQUISITOS. 44

CRONOGRAMA EM MESES FASES ATIVIDADES MÉTODOS PRODUTOS / RESULTADOS ESPERADOS (Continuição - Quarta fase) 1º Mês Julho 2º Mês Agost o 3º Mês Setem 4º Mês Outub. 5º Mês Nove m 6º Mês Dezem 7º Mês Janeir o 8º Mês Fever 9º Mês Março - CONTEÚDO DA LEI: DIVISÃO DO PERÍMETRO URBANO EM ZONAS, COM IV) USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO (Reunião equipe técnica e comissão) Conversão em norma legal, através de técnica legislativa adequada, das diretrizes e proposições das fases anteriores, atentando para o proposto para o Plano Diretor. PARÂMETROS ESPECÍFICOS (COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO, TAXA DE OCUPAÇÃO, GABARITO, RECUO E AFASTAMENTO, TAXA MÍNIMA DE PERMEABILIDADE) E CLASSIFICAÇÕES DOS USOS. 4. Quarta Fase Minutas para a Legislação Básica e propostas para instauração e aperfeiçoamento do processo de planejamento e gestão municipal V) SISTEMA VIÁRIO (Reunião equipe técnica e comissão) Conversão em norma legal, através de técnica legislativa adequada, das diretrizes e proposições das fases anteriores, atentando para o proposto para o Plano Diretor. - CONTEÚDO DA LEI: DEFINIÇÃO DO SISTEMA DE CIRCULAÇÃO DA CIDADE EM FUNÇÃO DAS NECESSIDADES COLETIVAS BÁSICAS, HIERARQUIZANDO E DIMENSIONANDO DAS VIAS PÚBLICAS, BEM COMO DEFININDO REGRAS PARA SUA IMPLANTAÇÃO EM NOVOS PARCELAMENTOS. - MAPAS EM ESCALAS APROPRIADAS. VI) CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES E OBRAS (Reunião equipe técnica e comissão) Conversão em norma legal, através de técnica legislativa adequada, das diretrizes e proposições das fases anteriores, atentando para o proposto para o Plano Diretor. - CONTEÚDO DA LEI: NORMAS DE CONSTRUÇÃO COM PADRÕES MÍNIMOS DE SEGURANÇA, HIGIENE, SAÚDE E CONFORTO. 45

VII) LEI DO CÓDIGO DE POSTURAS (Reunião equipe técnica e comissão) Conversão em norma legal, através de técnica legislativa adequada, das diretrizes e proposições das fases anteriores, atentando para o proposto para o Plano Diretor. - CONTEÚDO DA LEI: CONJUNTO DE MEDIDAS E CONDUTAS BÁSICAS REFERENTES À HIGIENE, POLUIÇÃO SONORA, ATMOSFÉRICA E VISUAL E DE ORDEM PÚBLICA, COM VISTAS À HARMONIA SOCIAL. VIII) LEIS ESPECÍFICAS (Reunião equipe técnica e comissão) Conversão em norma legal, através de técnica legislativa adequada, das diretrizes e proposições das fases anteriores, atentando para o proposto para o Plano Diretor. - LEIS ESPECÍFICAS PARA UTILIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS PREVISTOS NO ESTATUTO DA CIDADE, E OUTRAS QUE SE MOSTRAREM NECESSÁRIAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DAS PROPOSTAS PREVISTAS NO PLANO DIRETOR MUNICIPAL. 46

5. Quinta Fase Plano de Ações e Investimentos I) Indicação de ações e projetos (Reunião equipe técnica e comissão) II) Processo de Participação 3ª Audiência Pública CONFERÊNCIA MUNICIPAL DO PDM III) Preparação dos produtos da Quinta Fase e Produtos Finais Planejamento Estratégico e Situacional Organização e Desenvolvimento da Conferência Municipal do PDM Instauração de um processo permanente de planejamento; -Criação do Conselho da Cidade; - Comprometimento da Câmara de Vereadores com a aprovação do PDM Construção Democrática. Normas Técnicas - Indicação de ações e projetos prioritários tendo em vista a implementação do Plano Diretor Municipal, apresentando a hierarquização de investimentos em infraestrutura, equipamentos comunitários e ações institucionais, com a estimativa de custos aproximados, para os próximos 5 anos em compatibilidade com a projeção orçamentária, incluída a previsão de capacidade de endividamento municipal. - Apresentação do Plano de Ação e das Proposições para a Legislação Básica, proposta de projetos de investimentos e da reformulação da estrutura administrativa da Prefeitura Municipal, Avaliação dos Produtos Finais e Definição dos Critérios do PDM, e sua atualização. Criação do Conselho de Desenvolvimento Municipal. Ata da Conferência e Divulgação dos Resultados. - Relatório Final caracterizando todas as atividades executadas desde o início dos trabalhos, versão final do Plano de Ação e relatório das atividades desenvolvidas na Quinta Fase. - Três vias de um Documento encadernado e em meio digital. - Regulamento da Conferência; Regimento Interno; 47

VOLUME I 48

SUMÁRIO LISTA DE SIGLAS... 53 LISTA DE FIGURAS... 54 LISTA DE TABELAS... 57 LISTA DE GRÁFICOS... 61 1. INTRODUÇÃO... 62 2. METODOLOGIA... 65 3. OBJETIVOS DO... 67 4. ASPECTOS REGIONAIS... 67 4.1 Processo de ocupação e dinâmica populacional na Mesorregião Centro Sul... 67 4.2 Histórico do Município de Laranjeiras do Sul... 71 4.3 O Município Espaço Regional... 72 4.4 Mesorregião Centro Sul - Microrregiões de Pitanga, Guarapuava e de Palmas. 75 4.4.1 Intensidade da indigência e da pobreza na Mesorregião Centro Sul e em suas Microrregiões... 80 4.4.2 Defasagem idade-série no ensino fundamental e médio... 85 4.4.3 Igualdade entre os sexos e valorização da mulher... 88 4.4.4 Mortalidade Infantil... 91 4.4.5 Crescimento Populacional na Mesorregião Centro Sul... 92 4.4.6 Base Física Ambiental na Mesorregião Centro Sul... 93 4.4.7 Infraestrutura Viária da Mesorregião Centro Sul Microrregião de Guarapuava...106 4.5 Informações Geopolíticas do Município... 136 4.6 CANTUQUIRIGUAÇU PR... 139 4.6.1 Caracterização do Território... 139 4.6.2 Localização... 139 4.6.3 História... 140 4.6.4 Aspectos Físico-Ambientais... 143 4.6.4.1 Índices Demográficos... 144 4.6.5 Caracterização Social... 145 4.6.5.1 IDH e Situação de Pobreza... 145 4.6.5.2 Educação... 146 49

4.6.6 Caracterização Econcômica... 148 4.6.6.1 Indicadores Econômicos... 148 4.6.6.2 Ocupação, Terra, Estrutura Fundiária e Produção Agrícola... 149 4.6.6.3 Agricultura Familiar... 158 4.6.6.4 Indústria, Comércio e Serviços... 160 4.7 SISTEMA PRODUTIVO...161 4.7.1 Discussão das Principais Cadeias Produtivas... 162 4.7.1.1 Cadeia do Leite... 163 4.7.1.2 Cadeia dos Grãos... 165 4.7.1.3 Cadeia da Madeira e do Reflorestamento... 166 4.7.1.4 Cadeia da Olericultura... 166 4.7.1.5 Cadeia da Apicultura... 167 4.7.1.6 Cadeia do Frango Caipira... 167 4.7.1.7 Cadeia do Frango Industrial... 168 4.8 POLÍTICAS PÚBLICAS... 168 4.8.1 Políticas Públicas Efetivadas... 168 4.8.1.1 Crédito... 168 4.8.1.2 Projeto Paraná Biodiversidade... 169 4.8.1.3 Projeto Paraná 12 Meses... 169 4.8.1.4 Pronaf Infraestrutura... 169 4.9 POLÍTICAS PÚBLICAS PROPOSTAS... 169 4.9.1 PRONAF... 169 4.10 Metodologia CDP (Condicionantes, Deficiências e Potencialidades)... 171 5. ASPECTOS AMBIENTAIS... 173 5.1 Clima... 173 5.2 Relevo, geologia e pedologia... 176 5.3 Hidrografia... 179 5.4 Vegetação e Áreas de Preservação... 184 5.4.1 Floresta Ombrófila Mista... 184 5.4.2 Áreas de Tensão Ecológica... 186 5.4.3 O Patrimônio Natural... 186 5.4.3.1 Dos Ambientes Naturais - Flora... 186 50

5.5 Condicionantes Geotécnicas... 188 5.6 Hipsometria... 189 5.7 Condicionantes, Deficiências e Potencialidades... 193 6. ASPECTOS SÓCIO- ECONÔMICOS... 194 6.1 Distribuição da População no Território... 194 6.2 Perfil Econômico... 200 6.2.1 Condicionante Econômica... 200 6.2.2 Setor Primário Agropecuária... 202 6.2.3 Setor Secundário Indústria... 208 6.2.4 Setor Terciário Comércio e Serviços... 209 6.2.5. Condicionantes, Deficiências e Potencialidades.... 211 7. ASPECTOS SÓCIO- ESPACIAIS... 212 7.1. Evolução e Ocupação do Solo Urbano... 212 7.2 Uso da Ocupação do Solo Urbano... 213 7.3 Demanda do Solo Urbano... 216 7.4 Condicionantes, Deficiências e Potencialidades... 217 8. ASPECTOS DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS PÚBLICOS... 218 8.1 Infraestrutura Urbana... 218 8.1.1 Saneamento Ambiental... 218 8.1.1.1 Abastecimento de água... 218 8.1.1.2 Esgotamento Sanitário... 219 8.1.1.3 Limpeza Urbana... 220 8.1.2 Energia Elétrica e Iluminação Pública... 221 8.1.3 Pavimentação... 222 8.1.4 Arborização Urbana... 223 8.1.5 Sistema Viário... 223 8.2 Equipamentos Urbanos... 224 8.2.1 Saúde... 224 8.2.2 Educação... 226 8.2.3 Assistência Social... 232 8.2.3.1 Atividades Realizadas pela Secretaria... 233 8.2.4 Cultura, Esporte... 235 51

8.2.4.1 Turismo... 235 8.2.5 Segurança Pública... 236 8.2.6 Recreação... 236 8.3 Serviços Públicos... 238 8.3.1 Transporte... 238 8.3.1.1 Transporte escolar... 238 8.3.1.2 Frota Urbana... 238 8.3.2 Telecomunicações... 241 8.3.3. Equipamentos Administrativos e prestação de serviços... 241 8.4 Defesa Civil... 244 8.5. Condicionantes, Deficiências e Potencialidades... 245 9. ASPECTOS INSTITUCIONAIS... 246 9.1 Unidades Administrativas Municipais Relacionadas ao Plano Diretor Municipal246 9.2 Análise da Legislação Vigente no Município... 249 9.3 Análise Inter-Relacional das Legislações Federal, Estadual e Municipal Pertinentes... 250 9.4 Caracterização das Finanças Municipais... 256 9.5 Condicionantes, Deficiências e Potencialidades... 257 10.RESULTADOS DA... 258 10.1. Síntese dos Condicionantes, Deficiências e Potencialidades... 258 10.1.1. Condicionantes... 258 10.1.2. Deficiências... 258 10.1.3. Potencialidades... 259 10.2. Reuniões Comunitárias... 259 10.3. Resultados das Reuniões Comunitárias... 264 10.3.1 Potencialidades... 264 10.3.2 Deficiências... 265 10.4. Temas mais abordados... 267 11. CONCLUSÃO... 269 52

LISTA DE SIGLAS ADEOP Agência de Desenvolvimento Regional do Extremo Oeste do Paraná; AMOP Associação dos Municípios do Oeste do Paraná. AMPR Associação dos Municípios do Estado do Paraná COPEL Companhia Paranaense de Energia EMATER Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural FUNDETEC Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico IAP Instituto Ambiental do Paraná IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IPARDES Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira LDO Leis de Diretrizes Orçamentárias LOA Lei do Orçamento Anual MTE Ministério do Trabalho e Emprego PAI Plano de Ação e Investimentos PARANACIDADE Serviço Social Autônomo Paranacidade PDM Plano Diretor Municipal PPA Plano Plurianual PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PRDE Planos Regionais Desenvolvimento Estratégico Estado do Paraná RAIS Relação Anual de Informações Sociais SANEPAR Companhia de Saneamento do Paraná SEDU Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano SMS Secretaria Municipal de Saúde SEMA Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos SEFA Secretaria de Estado da Fazenda 53

LISTA DE FIGURAS Figura 01: Localização da Mesorregião Geográfica Centro Sul Nº 08 no Estado do Paraná... 74 Figura 02: Microrregiões do Paraná... 74 Figura 03: Localização da Mesorregião Centro Sul - 2000... 76 Figura 04: Divisão Político-Administrativa - 2000... 77 Figura 05: Microrregião de Guarapuava... 78 Figura 06: População Urbana Residente nos municípios - 2000... 79 Figura 07: Estimativa Populacional - 2006... 80 Figura 08: Linha de pobreza na mesorregião 2000... 82 Figura 09: Defasagem idade-série no ensino fundamental e médio - 2005... 86 Figura 10: Razão entre homens e mulheres alfabetizados entre 15 e 24 anos... 89 Figura 11: Taxa de Mortalidade (a cada 1.000 nascidos vivos) de menores de 5 anos de idade 1991-2004... 91 Figura 12: Hidrografia - 2000... 95 Figura 13: Mapa das Grandes Bacias Hidrográficas do Paraná... 96 Figura 14: Hidrografia do Estado do Paraná.... 98 Figura 15: Cobertura Florestal Mesorregião Centro Sul do Paraná - 2000... 101 Figura 16: Unidades de Conservação e Terras Indígenas Mesorregião Centro Sul do Paraná - 2000... 102 Figura 17: Declividade Mesorregião Centro Sul do Paraná - 2000... 104 Figura 18: Uso Potencial Mesorregião Centro Sul do Paraná - 2000... 105 Figura 19: Infraestrutura Viária, Portos e Aeroportos da Mesorregião Centro Sul do Paraná - 2003... 107 Figura 20: Mapa rodoviário de Laranjeiras do Sul... 108 Figura 21: Mapa de Transporte do Paraná Ampliado na região de Laranjeiras.. 109 Figura 22: Mapa Índice de Desenvolvimento Humano Municipal na Mesorregião Centro Sul do Paraná - 2000... 114 Figura 23: Levantamento da Expectativa de Vida ao Nascer na Microrregião de Guarapuava.... 117 Figura 24: Levantamento da Relação entre a População Rural e Urbana na Microrregião de Guarapuava.... 118 54

Figura 25: Levantamento da Taxa de Analfabetismo na Microrregião de Guarapuava... 121 Figura 26: Levantamento de Renda per capita na Microrregião de Guarapuava... 122 Figura 27: Levantamento de Desigualdade de Renda na Microrregião de Guarapuava.... 123 Figura 28: Mapa Domicílios Urbanos com Serviços de Saneamento Básico/2000. 129 Figura 29: Mapa Domicílios Rurais com Serviços de Saneamento Básico /2000.. 130 Figura 30: Número Médio de Séries Concluídas pela População de 15 anos ou mais de idade na Mesorregião Centro Sul do Paraná 2000.... 135 Figura 31: Municípios vizinhos de Laranjeiras do Sul... 136 Figura 32: Mapa Rodoviário.... 138 Figura 33: Mapa do Estado do Paraná com a localização do Território Cantuquiriguaçú.... 140 Figura 34: Mapa Clima Geral do Paraná... 174 Figura 35: Mapa Temperatura Média Anual... 175 Figura 36: Mapa Precipitação Média Anual... 175 Figura 37: Mapa Geologia do Paraná... 177 Figura 38: Levantamento e Reconhecimento do Solo, com relação aos Grandes Grupos de solos da Microrregião de Guarapuava.... 178 Figura 39: Hidrografia da Mesorregião Centro Sul do Paraná... 181 Figura 40: Regiões Fitogeográficas do Estado do Parará e Unidades de Conservação... 184 Ecorregião 105 - Floresta com Araucária... 184 Figura 41: Relevo do Estado do Paraná... 190 Figura 42: Mapa de Declividade Mesorregião Oeste do Paraná... 191 Figura 43: Levantamento de Altimetria das Microrregiões de Guarapuava.... 192 Figura 44: Soja Safra Normal da Microrregião de Guarapuava.... 204 Figura 45: Produção de Suínos na Microrregião de Guarapuava... 206 Figura 46: Percentual de Leite da Microrregião de Guarapuava.... 207 Figura 47: Evolução da ocupação urbana... 212 Figura 48: Creche Cristo Rei... 230 Figura 49: Taxa de Analfabetismo... 231 55

Figura 50: Lago Central... 236 Figura 51: Praça General Garcez... 237 Figura 52: Pesque Pague Toca do Leão... 237 Figura 53: Ônibus Escolar... 239 Figura 54: Prefeitura Municipal... 242 Figura 55: Palácio Território do Iguaçu... 243 Figura 56: Fórum Eleitoral... 243 Figura 57: Fórum da Justiça... 243 Figura 58: Organograma funcional Prefeitura Municipal... 248 Figura 59: Formulário - Deficiência... 262 Figura 60: Formulário - Potencialidades... 263 56

LISTA DE TABELAS Tabela 01: População total, Grau de urbanização, taxas médias geométricas de crescimento anual e distribuição da população por situação de domicílios, segundo mesorregiões geográficas Paraná 1970-2000... 70 Tabela 02: O município de Laranjeiras do Sul integra-se na Mesorregião nº 08 Centro Sul do Paraná.... 73 Tabela 03: Intensidade da Indigência na Microrregião de Guarapuava... 83 Tabela 04: Relação de municípios da Microrregião de Guarapuava com os referenciais em População Total, População estimada, Km² e PIB per capita.... 110 Tabela 05: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, dos Municípios da Microrregião de Guarapuava 2000.... 112 Tabela 06: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Laranjeiras do Sul/PR... 113 Tabela 07: Municípios da Microrregião de Guarapuava com Expectativa de Vida, Grau de Urbanização e Taxa de Crescimento Total, Taxa de Crescimento Rural e Taxa de Crescimento Urbano.... 116 Tabela 08: Municípios da Microrregião de Guarapuava com Taxa de Analfabetismo, Renda Municipal per Capita Desigualdade de Renda e Taxa de Pobreza Rural... 120 Tabela 09: Total de Estabelecimentos e participação no valor adicionado fiscal da indústria da mesorregião centro sul, segundo os principais segmentos industriais Paraná 1995/2002.... 125 Tabela 10: Valor da produção agrícola de alguns Municípios da Mesorregião Centro Sul do Paraná e sua participação em relação ao Estado do Paraná... 126 Tabela 11: Valor da produção das principais lavouras, segundo os municípios da Microrregião de Guarapuava - 2007... 127 Tabela 12: Total de domicílios permanentes Urbanos, Rurais e percentual de atendimento, segundo as condições de saneamento por município PR 2000.... 128 Tabela 13: Indicadores de Atendimento Educacional de Freqüência Faixa Etária de Idade - IBGE 2000... 132 Tabela 14: Alunos Matriculados na Pré-Escola, ensino Fundamental e ensino Médio.... 133 57

Tabela 15: Matrículas, Corpo Docente e Estabelecimentos de Ensino na Educação Básicas Zona Urbana e Rural - Laranjeiras do Sul/2007... 134 Tabela 16: Informações Geopolíticas do Município... 137 Tabela 17: Informações Sobre a População... 144 Tabela 18: Informações Sobre a População por Município... 144 Tabela 19: Índice de Desenvolvimento Humano... 145 Tabela 20: Domicílios em Situação de Pobreza... 146 Tabela 21: Principais Indicadores Educacionais... 146 Tabela 22: Indicadores Econômicos... 148 Tabela 23: Área ocupada pelos Diferentes Grupos de Atividade Econômica... 150 Tabela 24: Pessoal Ocupado nos Estabelecimentos Rurais por Categoria... 153 Tabela 25: Valor Anual Da Produção Animal e Vegetal, Por Tipo De Atividade Econômica - 1995/96... 157 Tabela 26: Tamanho da área e número de Famílias Assentadas no Território Catuquiriguaçú - 2003... 157 Tabela 27: Indicadores De Desempenho Da Agricultura Familiar 1995/96... 158 Tabela 28: Participação Dos Estabelecimentos Familiares No Valor Bruto Da Produção - 1995/96... 158 Tabela 29: Caracterização Dos Estabelecimentos Familiares - 1995/96... 158 Tabela 30: Pronaf, Contratos E Valor, Por Grupos - Ano Agrícola 2003/04... 159 Tabela 31: Pronaf Investimento, Por Grupo - Ano Agrícola 2003/04... 160 Tabela 32: Pronaf Custeio, Por Grupo - Ano Agrícola 2003/04... 160 Tabela 33: Cadeias Produtivas Listadas em Ordem de Prioridade pelos Grupos.. 163 Tabela 34: PRONAF 2004/2005 (parcial até abril-maio), CONTRATOS E VALOR 169 Tabela 35: PRONAF Custeio - por Produto Financiado - Ano Agrícola 2003/2004 170 Tabela 36: Projetos Aprovados para 2005 no Território Cantuquiriguaçú... 170 Tabela 37: Aspectos Regionais - Principais Condicionantes, Deficiências e Potencialidades no Município de Laranjeiras do Sul em 2009... 172 Tabela 38: Principais cursos d água... 180 Tabela 39: Aspectos Ambientais no Município de Laranjeiras do Sul 2009... 193 Tabela 40: Comparativo Densidade Populacional Municipal, Estadual e Nacional - 2007... 195 58

Tabela 41: Crescimento da população de Laranjeiras do Sul... 195 Tabela 42: Crescimento da População segundo sexos 1996 2000.... 196 Tabela 43: Taxa de crescimento geométrico populacional 1991/2000 Laranjeiras do Sul... 196 Tabela 44: Taxa de Urbanização Laranjeiras do Sul.... 196 Tabela 45: População Censitária Segundo as Faixas Etárias e Sexo 2000... 197 Tabela 46: População Economicamente Ativa (PEA) Segundo Zona e Sexo 2000... 198 Tabela 47: Domicílios e Moradores... 198 Tabela 48: População Ocupada Segundo as Atividades Econômicas 2000... 199 Tabela 49: Número de Estabelecimentos e Empregos Segundo as Atividades Econômicas 2007... 199 Tabela 50: Produto Interno Bruto (PIB) Per Capita 2006... 200 Tabela 51: PIB a Preço Básico Segundo os Ramos de Atividades 2005... 201 Tabela 52: Valor Adicionado Fiscal Segundo os Ramos de Atividades 2007... 201 Tabela 53: Lavoura Temporária... 203 Tabela 54: Produção da Pecuária, Aves e Produtos de Origem Animal... 205 Tabela 55: Produção da Silvicultura... 208 Tabela 56: Produtos da Silvicultura... 208 Tabela 57: Número de estabelecimentos e empregados... 209 Tabela 58: Número de Estabelecimentos e Empregados... 210 Tabela 59: Aspectos Sócio-Econômicos condicionantes, deficiências e potencialidades no Município de Laranjeiras do Sul 2009.... 211 Tabela 60: Evolução da população total... 213 Tabela 61: Número de Domicílios segundo uso e zona - 2000... 215 Tabela 62: Número de estabelecimentos Segundo Atividades Econômicas 2006... 215 Tabela 63: Projeção da População Total 10 anos... 217 Tabela 64: Aspectos Sócio-Espaciais - condicionantes, deficiências e potencialidades no Município de Laranjeiras do Sul 2009... 217 Tabela 65: Abastecimento de Água, Segundo as Categorias 2007... 218 Tabela 66: Abastecimento de água... 219 59

Tabela 67: Número de Economias e ligações, Segundo as Categorias 2002... 220 Tabela 68: Esgotamento Sanitário... 220 Tabela 69: Destino do Lixo... 221 Tabela 70: Consumo e número de consumidores de energia elétrica 2007.... 222 Tabela 71: Percentual por tipo de pavimentação na área urbana 2009 (aproximadamente)... 222 Tabela 72: Localização e Número de Atendimentos dos Postos de Saúde... 224 Tabela 73: Óbitos Hospitalares 2007... 225 Tabela 74: Grau de Instrução... 226 Tabela 75: Grau de instrução por zona... 227 Tabela 76: Alunos Matriculados no Primeiro Grau por série... 227 Tabela 77: Alunos Matriculados no Segundo Grau por série... 227 Tabela 78: Estabelecimentos de Ensino por Curso Efetuado na Área Urbana e na Área Rural... 228 Tabela 79: Estrutura da Educação no Município, com dados das escolas:... 228 Tabela 80: Taxa de analfabetismo segundo as faixas etárias.... 230 Tabela 81: Ações e número de atendimentos... 232 Tabela 82: Veículos registrados segundo categoria... 239 Tabela 83: Linhas de ônibus de Laranjeiras do Sul... 240 Tabela 84: Aspectos Infraestrutura e Serviços Públicos - condicionantes, deficiências e potencialidades no Município de Laranjeiras do Sul 2009... 245 Tabela 85: Demonstrativo das Receitas Correntes segundo categoria econômica Exercício de 2007... 256 Tabela 86: Demonstrativo da Receita segundo Categoria Econômica Exercício de 2007... 256 Tabela 87: Estimativas de arrecadação e investimentos do Município de Laranjeiras do Sul, com a projeção de 5% a.a... 257 Tabela 88: Aspectos Institucionais - condicionantes, deficiências e potencialidades no Município de Laranjeiras do Sul 2009... 257 Tabela 89: Cronograma das reuniões comunitárias... 260 Tabela 90: Temas mais abordados nas reuniões comunitárias POTENCIALIDADES... 267 60

Tabela 91: Temas mais abordados nas reuniões comunitárias - DEFICIÊNCIAS. 268 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01: Proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza e indigência... 85 Gráfico 02: Taxa de frequência e conclusão no Ensino Fundamental e Médio 1991-2000... 87 Gráfico 03: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 2005 / 2007 88 Gráfico 04: Razão meninas/meninos no Ensino Fundamental e Médio 2006... 89 Gráfico 05: Percentual do rendimento feminino em relação ao masculino segundo ocupação formal e escolarização 2007... 90 Gráfico 06: Percentual de crianças menores de 1 ano com vacinação 2000-200792 Gráfico 07: Índice de Desenvolvimento Humano Laranjeiras do Sul/PR - 2000.. 113 Gráfico 08: Utilização das Terras por área... 149 Gráfico 09: Estabelecimentos Rurais Segundo Grupos de Atividades Econômicas149 Gráfico 10: Evolução Histórica da Produção Agrícola... 152 Gráfico 11: Evolução Histórica da Produção Agrícola (% VPB) (Fonte: IBGE)... 152 Gráfico 12: Pessoal Ocupado Conforme o Sexo... 153 Gráfico 13: Estabelecimentos Rurais Conforme a Condição do Produtor... 154 Gráfico 14: Área Ocupada Conforme a Condição dos Produtores... 154 Gráfico 15: Número de Estabelecimentos Rurais por Grupos de Áreas 95/96... 155 Gráfico 16: Área Ocupada pelos Estabelecimentos Rurais Conforme Grupos de Área... 155 Gráfico 17: Pessoal Ocupado nos Estabelecimentos Rurais Conforme Grupos de Área... 156 Gráfico 18: Valor Anual Bruto da Produção Vegetal e Animal por Grupos de Área 156 Gráfico 19: Número de Empresas, por Tipo Selecionado de Empresa... 161 61

CADERNO DE MAPAS 2º FASE (ANEXO) Mapa 01: Curvas de Nível Municipal... 1 Mapa 02:Curvas de Nível Urbano Sede Urbana... 2 Mapa 03: Curvas de Nível Urbano - Distrito... 3 Mapa 04: Hidrografia Municipal... 4 Mapa 05: Hidrografia Urbana Sede Urbana... 5 Mapa 06: Hidrografia Urbana Distrito... 6 Mapa 07: Vegetação Municipal... 7 Mapa 08: Vegetação Urbana... 8 Mapa 09: Hipsometria Municipal... 9 Mapa 10: Hipsometria Urbana Sede Urbana... 10 Mapa 11: Hipsometria Urbana Distrito... 11 Mapa 12: Loteamentos e Bairros... 12 Mapa 13: Evolução da Ocupação Urbana... 13 Mapa 14: Uso e Ocupação do Solo Urbano Sede Urbana... 14 Mapa 15: Uso e Ocupação do Solo Urbano - Distrito... 15 Mapa 16: Ocupações Irregulares... 16 Mapa 17: Perímetro Urbano Sede Urbana... 17 Mapa 18: Perímetro Urbano - Distrito... 18 Mapa 19: Rede de Distribuição de Água Potável Sede Urbana... 19 Mapa 20: Rede de Distribuição de Água Potável - Distrito... 20 Mapa 21: Trajeto do Recolhimento do Lixo Urbano... 21 Mapa 22: Aterro Sanitário... 22 Mapa 23: Rede de Iluminação Pública Sede Urbana... 23 Mapa 24: Rede de Iluminação Pública - Distrito... 24 Mapa 25: Pavimentação Sede Urbana... 25 Mapa 26: Pavimentação - Distrito... 26 Mapa 27: Sistema Viário Municipal... 27 Mapa 28: Sistema Viário Urbano... 28 Mapa 29: Equipamentos de Saúde Sede Urbana... 29 Mapa 30: Equipamentos de Saúde - Distrito... 30 62

Mapa 31: Equipamentos de Educação Sede Urbana... 31 Mapa 32: Equipamentos de Educação - Distrito... 32 Mapa 33: Equipamentos de Esporte, Cultura e Lazer Sede Urbana... 33 Mapa 34: Equipamentos de Esporte, Cultura e Lazer - Distrito... 34 Mapa 35: Equipamentos de Segurança Sede Urbana... 35 Mapa 36: Equipamentos Administrativos Sede Urbana... 36 63

1. INTRODUÇÃO O Plano Diretor é uma exigência da Constituição Federal, reafirmada pelo Estatuto da Cidade. É uma Lei Municipal, aprovada pela Câmara de Vereadores e o principal instrumento da política urbana, que deve orientar as políticas e programas para o desenvolvimento e o funcionamento da Cidade. O Plano Diretor deve garantir habitação de qualidade, saneamento ambiental, transporte e mobilidade, trânsito seguro, hospitais e postos de saúde, escolas e equipamentos de lazer, para que todos possam morar, trabalhar e viver com dignidade. Por meio deste, que devem ser identificadas e analisadas as características físicas, as atividades predominantes e as vocações da cidade, bem como as situações problematizadas e potencialidades; para que em conjunto com a sociedade a prefeitura possa determinar a forma de crescimento a ser promovida e os objetivos a serem alcançados, buscando sempre qualidade de vida da população e a conservação dos recursos naturais. Sabe-se que a equipe técnica e gestora deste processo possui o desafio de instituir formas de planejamento e controle do território municipal utilizando suas potencialidades e limites do seu meio físico, de forma que os impactos de seu crescimento e desenvolvimento não se traduzam em desequilíbrios e deseconomias. Estamos vivendo hoje um momento diferenciado do planejamento urbano das cidades brasileiras. As cidades começam a ter um planejamento urbano feito por agentes formados por um paradigma não mais aceito pela academia, mas ainda fortemente enraizado no imaginário técnico, político e da população. Um planejamento que busca a politização do urbano. Um planejamento urbano onde o processo é tão importante quanto os produtos. Um planejamento urbano estratégico que prioriza a questão habitacional em detrimento de aspectos físico-territoriais. A cidade de Laranjeiras do Sul, assim como inúmeras outras cidades brasileiras, está passando por profundas mudanças, buscando garantir um futuro com desenvolvimento equilibrado e sustentável, alem de trabalhar para garantir o direito à moradia digna e um ambiente saudável. 64

O Plano Diretor de Laranjeiras do Sul deverá ser um instrumento capaz de orientar o desenvolvimento do município de uma maneira ordenada e racional. Democratizar as decisões é fundamental para transformar o planejamento da ação municipal em trabalho compartilhado entre os cidadãos e assumido pelos cidadãos, bem como para assegurar que todos se comprometam e sintam-se responsáveis e responsabilizados, no processo de construir e implementar o Plano Diretor. Este trabalho tem o objetivo de apresentar uma Leitura Técnica da Cidade a partir de dados já existentes na Prefeitura e de fontes secundárias com o objetivo de lançar e embasar o processo de discussão do Plano diretor. A leitura técnica busca descrever de forma sucinta as características históricas, ambientais, socioeconômicas, urbanas e físicas do Município de Laranjeiras do Sul, bem como todos os desafios que devem ser vencidos pelo Plano Diretor. 2. METODOLOGIA A metodologia de participação respeitou a Resolução nº 25, de 18 de março de 2005, do Conselho Nacional das Cidades, que emite orientações e recomendações para atender as diretrizes gerais fixadas no art. 2º do Estatuto da Cidade, visando a gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano (BRASIL, 2001). Utilizou-se uma metodologia de planejamento que previu e viabilizou a participação dos técnicos da Prefeitura Municipal, como também da sociedade civil, segmentos econômicos e da classe política local, nas diversas fases do processo, e possibilitou uma ampla identificação dos desafios a serem superados pelo desenvolvimento municipal, garantindo: promoção de debates entre os técnicos dos diversos departamentos municipais e também destes com técnicos das esferas estaduais e federais, para situações específicas. Na metodologia utilizaram-se mecanismos de informações que, aplicados em conjunto com as informações secundárias coletadas, possibilitou construir um projeto municipal que incorporou a vivência, as expectativas e as prioridades dos 65

seus cidadãos: a promoção de reuniões - regionalizadas, temáticas, audiências públicas e debates - com a participação de representantes de todos os segmentos da sociedade civil, a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos e o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações. O Plano de Trabalho foi observado na execução dos serviços e, se houver necessidade, o mesmo deverá ser alterado, a qualquer tempo, face a situações posteriores que o justifiquem, argumentando-se no próprio Plano de Trabalho as causas de sua modificação. Uma das fontes legais para a elaboração deste Trabalho é o Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001). Seu propósito é o de apresentar e discutir quais os instrumentos possíveis e como podem ser implantados no Município de Laranjeiras do Sul. O Estatuto da Cidade é aqui considerado um importante documento que inova não apenas na instrumentalização da política urbana que se origina no Plano Diretor, mas, também, na própria forma de elaboração deste Plano. Assim, três questões caracterizam o presente Plano: A forma democrática como ele deve ser elaborado. Foram aqui valorizados os instrumentos de participação de toda a sociedade na definição de soluções e prioridades que devem ser adotadas na inversão do recurso público; A preocupação com o cumprimento da função social da cidade, de seu solo; E, da forma como são priorizadas as ações decorrentes de sua gestão. O Plano Diretor é necessário para aqueles municípios que decidam utilizar os instrumentos de valorização de função social de propriedade urbana, tal qual anunciado no Estatuto das Cidades. A partir do Plano de Trabalho elaborado pela Consultoria, a Prefeitura Municipal levantou recursos financeiros e humanos necessários à implementação do processo participativo. Sob a coordenação da Prefeitura Municipal, detalharam-se os processos de mobilização e comunicação da sociedade, de modo que viabilizou a construção coletiva do PDM. 66

3. OBJETIVOS DO Este trabalho pretende descrever setorialmente os problemas, levantando suas causas e estabelecendo diretrizes para reverter às questões de ordem econômica e social através da vocação do município. Por definição, o Plano Diretor deve ser o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, conforme preceitua o artigo 182. da Constituição Federal de 1988, propondo medidas que promovam a garantia da função social da cidade e da propriedade urbana. Sua elaboração deve interferir no processo de desenvolvimento local, a partir do entendimento dos aspectos políticos, sociais, econômicos, financeiros, culturais e ambientais, que determinam sua evolução e contribuem para a ocupação do seu território. Construído de forma participativa, envolvendo representantes do setor público e sociedade civil, o Plano Diretor deve indicar caminhos e não apenas atuar como ordenador espacial de atividades, captando, inclusive as ações de âmbito intermunicipal, estadual e/ou nacional, que tenham repercussões sobre seu território. O alcance destes objetivos está diretamente ligado com a instalação de um processo de planejamento participativo eficiente, que perpetue a discussão do Plano Diretor através dos anos, independente dos grupos políticos que venham conduzir a administração municipal. A sustentabilidade das cidades brasileiras vai depender da capacidade de reorganizar os nossos espaços, gerir novas economias externas, controlar o processo de aglomeração, melhorar a qualidade de vida das nossas populações e superar as desigualdades socioeconômicas como condição para o crescimento econômico, e não como sua conseqüência. 4. ASPECTOS REGIONAIS 4.1 PROCESSO DE OCUPAÇÃO E DINÂMICA POPULACIONAL NA MESORREGIÃO CENTRO SUL A mesorregião Centro Sul Paranaense integra uma vasta área do chamado Paraná Tradicional, cuja história de ocupação remonta ao século XVII e atravessa os prolongados ciclos econômicos do ouro, do tropeirismo, da erva-mate e da 67

madeira. A região teve sua história de organização do espaço sempre vinculada a atividades econômicas tradicionais, de cunhos extensivos e extrativo, concentradas nas vastas áreas de campos naturais. Inicialmente apoiada na criação de muares e de gado para comercialização, a economia regional, paulatinamente, direcionou-se apenas à invernagem e engorda do gado transportado pelo tropeiros, incorporando, em paralelo, a extração da erva-mate e, mais tarde, da madeira. Nesse sentido, convém sublinhar que, de forma geral, o desenvolvimento da região esteve sempre associado à exploração de algum recurso da natureza, consumada de forma predatória e rudimentar. Adicionalmente, as sucessivas atividades econômicas predominantes no Centro Sul basearam-se, via de regra, em grandes propriedades rurais, que praticavam, também, uma agricultura de subsistência, sempre com o recurso da mão-de-obra escrava e do trabalho familiar. A junção de todas essas características da sociedade campeira - tradicional, patriarcal e latifundiária, fundada sobre bases econômicas estreitas e de baixo dinamismo a uma quase total ausência de vias de comunicação funcionou, por um longo período, como um mecanismo de entrave à integração viária da região com outras áreas mais dinâmicas do Estado, freando a ocupação regional em larga escala e mantendo escassa sua população. Nesse contexto de baixo adensamento populacional, a mesorregião Centro Sul Paranaense alcançou o início da década de 1970 abrigando cerca de 338 mil habitantes, constituindo uma das áreas menos populosas do Estado. Recortada por um pequeno número de extensos municípios, apresentava a maior parte da população residindo no meio rural, situação refletida no reduzido grau de urbanização estimado para 1970 (24%), um dos mais baixos do Estado. Dadas as características estruturais da base produtiva regional, essencialmente assentada na pecuária extensiva e na exploração da madeira, com o predomínio de grandes propriedades agrícolas, a inserção da mesorregião no processo de modernização da agropecuária paranaense nos anos 70 foi mais lenta, tendo atuado, inclusive, como fronteira interna de ocupação, absorvendo fluxos populacionais vindos de outras regiões do Paraná, em particular do norte e do oeste (IPARDES, 2000). Assim, é interessante notar que a mesorregião Centro Sul, entre 1970 e 1980, experimentou a mais alta taxa de crescimento populacional dentre as 68

mesorregiões do interior do Estado (3% a.a), bem acima da taxa estadual. O ritmo de crescimento das áreas urbanas, 8,45% a.a, bastante elevado, só foi inferior ao da mesorregião Oeste, e, em termos rurais, juntamente com a Centro Oriental, constituíram os únicos espaços mesorregionais a registrarem incremento positivo de população naquela década, embora mínimo. Nas décadas seguintes, esse movimento se inverteu, ocorrendo perdas demográficas no meio rural da região, gradualmente intensificadas. Apesar de as áreas urbanas terem evidenciados ritmos expressivos de crescimento populacional provocando aumentos paulatinos no grau de urbanização regional -, o conjunto da mesorregião experimentou taxas declinantes, diferentemente da maior parte das mesorregiões paranaenses. Como conseqüência dessa dinâmica, o peso populacional da região no total do Estado permaneceu baixo e estável nas três últimas décadas do século XX, ainda que seja necessário destacar que, em 2000, o Centro Sul abrigava uma das mais elevadas proporções de população rural do Paraná, 11,7% 69

Tabela 01: População total, Grau de urbanização, taxas médias geométricas de crescimento anual e distribuição da população por situação de domicílios, segundo mesorregiões geográficas Paraná 1970-2000 Fonte: IBGE Censo demográfico Nota: Dados trabalhados pelo IPARDES. 70

4.2 HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE LARANJEIRAS DO SUL A história registra que em novembro de 1924 o General Rondon, comandante das tropas que davam combate no Paraná aos rebeldes da Revolução Paulista, transferiu seu Quartel General de Ponta Grossa para a Colônia Mallet, de onde deflagraram a etapa final da campanha contra os rebeldes que haviam ocupado o oeste do Estado, mas, a antiga Colônia Mallet, que hoje é o município de Laranjeiras do Sul, entrou para a história por uma outra razão: sob a denominação de Iguaçu, foi, de 1944 a 1946, a Capital do Território Federal do Iguaçu. Era uma pequena vila, onde para o orgulho de seus habitantes, morava o Governador e os poucos funcionários que constituíam a burocracia estatal iguaçuense. Em 1888, ao ser criada a Colônia Militar de Foz do Iguaçu, encontravam-se instalados na região alguns colonos descendentes de europeus e paraguaios. Em 1898, com base na Lei Estadual n o 185, o povoado passou a sediar um distrito policial, subordinado à sede municipal que era Guarapuava. Começou a consolidarse ali, em plena mata, um marco avançado da civilização na faixa de fronteira. Mais tarde o distrito foi transformado em Colônia Militar, instalada pelo 1 o Batalhão de Engenharia durante a gestão do Marechal Mallet no Ministério da Guerra. A Colônia foi por isso batizada com o nome deste chefe militar. Os desdobramentos da Revolução Paulista, em território paranaense, transformaram a Colônia Mallet em centro de operação legalista. Foi lá que o General Rondon manteve, durante algum tempo, o seu Quartel General na campanha contra os rebeldes; foi lá também que mandou construir um campo de pouso, de onde decolaram dois monomotores para bombardearem os revolucionários entrincheirados em Guaraniaçu e Catanduvas com panfletos concitando-os à rendição. Com a criação do Território Federal do Iguaçu, em 13 de setembro de 1943, Laranjeiras do Sul passou a integrar a nova unidade federativa. Através do Decreto- Lei n o 5.839 (21/09/1943), o vilarejo foi desmembrado do território paranaense e um ano mais tarde, através do Decreto 6.887 (21/09/1944), a povoação viu-se alçada a condição de Capital do Território Federal do Iguaçu, sob a denominação de IGUAÇU. 71

No centro da vila foram construídas as residências do Governador e do Secretário Geral, um almoxarifado, uma agência telegráfica e outras repartições. Destas edificações restam apenas a antiga casa do Secretário Geral e o Palácio do Governo, que ainda conservam o estilo original. O Território teve dois Governadores: o Coronel João Garcez do Nascimento e o Major Frederico Trotta. Com a extinção do Território, em 1946, a povoação perdeu evidentemente seu status de Capital. Reintegrada ao Paraná, através do Decreto Estadual n o 533 (21/11/1946), o território do Iguaçu manteve, no entanto, a sua autonomia, sendo reinstalado como Município a 30 de novembro do mesmo ano sob o nome de Iguaçu. No ano seguinte, mudouse o nome para Laranjeiras do Sul. Na data de 30 de novembro comemora-se o aniversário da cidade. O nome Laranjeiras origina-se da palavra nerje que no idioma Kaingang quer dizer laranja, pois na região existiam milhares de laranjeiras silvestres. Do território do Município de Laranjeiras do Sul, desde 1946, foram desmembrados 12 (doze) novos municípios: Guaraniaçu; Campo Bonito; Diamante do Sul; Catanduvas; Três Barras do Paraná; Quedas do Iguaçu; Espigão Alto do Iguaçu; Nova Laranjeiras; Rio Bonito do Iguaçu; Virmond; Ibema e Porto Barreiro. Os feriados municipais ocorrem em 26 de julho (Dia da Padroeira do Município, Santa Ana) e 30 de novembro (Aniversário do Município). 4.3 O MUNICÍPIO ESPAÇO REGIONAL Localizado no Centro Sul do Paraná, pertencente à 29 a microrregião, com uma área de 673,31 Km², e uma população projetada de 30.481 habitantes (censo de 2007) a uma distância de 369 Km da Capital Curitiba. Laranjeiras faz divisa com Rio Bonito do Iguaçu, Porto Barreiro, Marquinho, Virmond e Nova Laranjeiras. O Município de Laranjeiras do Sul integra a Mesorregião Geográfica nº 08 Centro Sul do Paraná, e microrregião geográfica nº 29 Guarapuava. 72

Tabela 02: O município de Laranjeiras do Sul integra-se na Mesorregião nº 08 Centro Sul do Paraná. 28. MICRORREGIÃO DE PITANGA 29. MICRORREGIÃO DE GUARAPUAVA 30. MICRORREGIÃO DE PALMAS Boa Ventura de São Roque Campina do Simão Clevelândia Laranjal Candói Coronel Domingos Soares Mato Rico Cantagalo Honório Serpa Palmital Espigão Alto do Iguaçu Mangueirinha Pitanga Foz do Jordão Palmas Santa Maria do Oeste Fonte: IPARDES, 2000. Goioxim Guarapuava Inácio Martins LARANJEIRAS DO SUL Marquinho Nova Laranjeiras Pinhão Porto Barreiro Quedas do Iguaçu Reserva do Iguaçu Rio Bonito do Iguaçu Turvo Virmond 73

Figura 01: Localização da Mesorregião Geográfica Centro Sul Nº 08 no Estado do Paraná Fonte: IPARDES. Figura 02: Microrregiões do Paraná Fonte: IPARDES. 74

4.4 MESORREGIÃO CENTRO SUL - MICRORREGIÕES DE PITANGA, GUARAPUAVA E DE PALMAS. A Mesorregião Centro Sul está localizada no Terceiro Planalto Paranaense e compreende um conjunto de 29 municípios que abrangem uma área territorial de aproximadamente 2.640.900 hectares, que corresponde a cerca de 13% do território estadual, com população estimada de 557.032 habitantes (2006), com uma taxa de crescimento populacional de 0,69% entre 1991 e 2000. Desse total, a população urbana cresceu apenas 3,4% e a rural decresceu 2,4%, nesse período, atingindo grau 60,9 de urbanização em 2000. Esta região faz fronteira ao norte com os municípios de Roncador, Nova Tebas, Manoel Ribas e Cândido de Abreu, pertencentes à mesorregião Norte Central, a oeste com as mesorregiões Oeste e Sudoeste, e ao sul com o Estado de Santa Catarina. Possui como principal divisa geográfica, a leste, a Serra da Esperança. 75

Figura 03: Localização da Mesorregião Centro Sul - 2000 Fonte: IPARDES, 2004 76

Figura 04: Divisão Político-Administrativa - 2000 Fonte: IPARDES, 2004 77

Figura 05: Microrregião de Guarapuava Disponível em: http://www.o-parana.com/diretorio/index.php?cat_id=4 Acesso em 16/01/2009 Dos municípios que compõe a Mesorregião Centro Sul Paranaense, Guarapuava e Palmas possuem o maior número de habitantes, seguido do município de Pitanga, sendo cada um desses municípios a sede de uma microrregião. 78

Figura 06: População Urbana Residente nos municípios - 2000 Fonte: IPARDES 2004. 79

4.4.1 Intensidade da indigência e da pobreza na Mesorregião Centro Sul e em suas Microrregiões Figura 07: Estimativa Populacional - 2006 Fonte: IBGE 2006 A ocupação do seu território baseou-se em grandes propriedades rurais, com atividades de cunho extensivo e extrativo. Nas últimas décadas do século XX, uma corrente migratória, oriunda predominantemente do norte e do oeste do Paraná, foi atraída pela existência de áreas economicamente sub-utilizadas. A Centro-Sul apresenta uma das estruturas produtivas mais concentradas do Estado, fortemente polarizada entre grandes e pequenas propriedades. Sua pequena base populacional e a baixa densidade de ocupação mantêm a Centro Sul como uma das mesorregiões menos urbanizadas do Paraná. Tal característica é reforçada pelo fato da região concentrar 34% das famílias assentadas em projetos de reforma agrária e 62% das áreas indígenas do Paraná. A produção agrícola familiar é marcada por baixos rendimentos e a organização em cooperativas sofre sucessivas crises. No tocante à proteção ambiental, a região concentra 15% da cobertura florestal estadual remanescente, além de uma importante extensão de área reflorestada. 80

A dinâmica de crescimento populacional da região está fortemente condicionada pelos processos migratórios, mudanças no tamanho das famílias e no comportamento da mortalidade da população. De 1990 a 2000, o Paraná teve saldo negativo de 437.265 pessoas, o que resultou no crescimento negativo da taxa líquida de migração de 4,6%; a mesorregião também teve saldo negativo migratório de 101.338 pessoas e uma taxa líquida negativa de migração de 19%. O número de nascimentos, que era de 26,3 a cada 1000 habitantes, em 1995, reduziu quase 19% no período, passando a 20,1 em 2005. O índice de idosos, que mede a relação entre o número de pessoas idosas (65 anos ou mais) e o número de pessoas nos grupos etários mais jovens (menores de 15 anos), era de 13,4%, em 2000. A mesorregião compõe área significativa do chamado Paraná Tradicional, cuja ocupação foi influenciada pelos ciclos econômicos do ouro, do tropeirismo, da erva-mate e da madeira, e a organização do espaço vinculada a atividades econômicas tradicionais, de cunho extensivo e extrativo. Em 1991, a mesorregião tinha 58,1% da sua população abaixo da linha da pobreza, percentual que passou para 43,2% em 2000. Mesmo apresentando uma redução de 26% no período, são aproximadamente 230 mil pessoas nessa condição. As mesorregiões Sudoeste e Noroeste foram as que apresentaram os maiores percentuais de redução de pobreza no Estado, respectivamente 44% e 42%. 81

Figura 08: Linha de pobreza na mesorregião 2000 Fonte: IBGE Censo Demográfico 2000 A intensidade da pobreza, em 2000, atingiu 43,7%, o que representou uma redução de 0,1% em relação a 1991. A participação dos 20% mais pobres da população na renda passou de 3,77%, em 1991, para 1,82%, em 2000, aumentando ainda mais os níveis de desigualdade. A razão entre o rendimento médio dos 20% mais ricos, se comparada com os 20% mais pobres, foi superior a 35 vezes. (Fonte: ORBIS Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade 2007) De acordo com o IBGE (2007) as três microrregiões detêm uma população estimada em 543.563 de habitantes, sendo que estes se subdividem em: Microrregião Geográfica de Pitanga: 78.534 habitantes; Microrregião Geográfica de Guarapuava: 376.177 habitantes; Microrregião Geográfica de Palmas: 88.852 habitantes. Em 1991, a intensidade da indigência do Brasil era 42,04%. Dentre os municípios da microrregião de Guarapuava, o município com o melhor valor era Candói (PR), com um valor de 29,28%, e o município com o pior valor era Espigão Alto do Iguaçu (PR), com um valor de 47,19%. 82

Tabela 03: Intensidade da Indigência na Microrregião de Guarapuava 1991 2000 (%) de indigência Municípios População Municípios População 30,00 a 32,00 3 (16,7%) 158.067 (47,3%) 1 (5,6%) 4.206 (1,2%) 35,00 a 37,50 5 (27,8%) 60.003 (18,0%) 1 (5,6%) 3.949 (1,1%) 37,50 a 40,00 1 (5,6%) 26.659 (8,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 40,00 a 42,50 3 (16,7%) 31.518 (9,4%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 42,50 ou maior 6 (33,3%) 57.859 (17,3%) 16 (88,9%) 355.490 (97,8%) Total 18 (100,0%) 334.106(100,0%) 18 (100,0%) 363.645 (100,0%) Fonte: Atlas IDH 2000 Dos 18 municípios da microrregião, 3 (16,7%) tinham um valor entre 32,50% e 35,00% de indigência; 5 (27,8%) tinham um valor entre 35,00% e 37,50%; 1 (5,6%) tinham um valor entre 37,50% e 40,00%; 3 (16,7%) tinham um valor entre 40,00% e 42,50%; e 6 (33,3%) tinham um valor igual a 42,50 ou maior. Em termos de população, 158.067 (47,3%) pessoas viviam em municípios com uma intensidade de indigência entre 32,50% e 35,00%; 60.003 (18,0%) entre 35,00% e 37,50%; 26.659 (8,0%) entre 37,50% e 40,00%; 31.518 (9,4%) entre 40,00% e 42,50%; e 57.859 (17,3%) igual a 42,50 ou maior. Em 2000, a intensidade da indigência do Brasil era 53,87%. Dentre os municípios da microrregião de Guarapuava, o município com o melhor valor de indigência era Porto Barreiro, com um valor de 34,72%, e o município com o pior valor era Foz do Jordão, com um valor de 61,19%. Dos 18 municípios da microrregião, 1 (5,6%) tinham um valor entre 32,50% e 35,00%; 1 (5,6%) tinham um valor entre 35,00% e 37,50%; 0 (0,0%) tinham um valor entre 37,50% e 40,00%; 0 (0,0%) tinham um valor entre 40,00% e 42,50%; e 16 (88,9%) tinham um valor igual a 42,50 ou maior. Em termos de população, 4.206 (1,2%) pessoas viviam em município com uma intensidade da indigência entre 32,50% e 35,00%; 3.949 (1,1%) entre 35,00% e 83

37,50%; 0 (0,0%) entre 37,50% e 40,00%; 0 (0,0%) entre 40,00% e 42,50%; e 355.490 (97,8%) igual a 42,50 ou maior. (Fonte: Atlas IDH 2000) Em Laranjeiras do Sul, de 1991 a 2000, houve redução da pobreza em 24%; para alcançar a meta de redução de 50%, deve ter, em 2015, no máximo 25, 115%. O aumento necessário na renda para as pessoas ultrapassarem a linha da pobreza era de 44,64% em 2000, o que representou redução de 10% em relação a 1991. Estão abaixo da linha da pobreza as pessoas cuja soma da renda familiar dividido pelo número de integrantes da família seja menor que 1/2 salário mínimo. No caso da indigência, este valor será inferior a 1/4 de salário mínimo. No Estado, a proporção de pessoas com renda familiar per capita de até meio salário mínimo (abaixo da linha da pobreza nacional) passou de 45%, em 1991, para 20% em 2007. (Segundo dados do IBGE, Censo Demográfico 1991 e Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar PNAD 2007.) A participação dos 20% mais pobres da população de Laranjeiras do Sul na renda passou de 2,12%, em 1991, para 2,14%, em 2000, reduzindo um pouco os níveis de desigualdade. Em 2000, a participação dos 20% mais ricos era de 63,06%, ou 29 vezes superior à dos 20% mais pobres. Em 2007, o número de crianças pesadas no município de Laranjeiras do Sul pelo Programa Saúde Familiar era de 6.672; destas, 1,11% estavam desnutridas. No Estado, em 2007, 35,2% das crianças de 0 a 6 anos de idade viviam em famílias com rendimento per capita de 1/2 salário mínimo. (PNAD2007 @estados IBGE). Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF 2003), 25,81% das famílias pesquisadas informaram que a quantidade de alimentos consumidos no domicílio às vezes não era suficiente, enquanto que 8,62 % afirmaram que normalmente a quantidade de alimentos não era suficiente. 84

Gráfico 01: Proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza e indigência 4.4.2 Defasagem idade-série no ensino fundamental e médio Na mesorregião Centro Sul, em 2000, 86,3% das crianças de 7 a 14 anos estavam cursando o ensino fundamental, sendo a taxa de conclusão da 4º série, entre crianças de 11 a 14 anos, de 70,6%, taxa média inferior à do Estado, que é de 81,6%. Em 1991, o percentual de crianças de 7 a 14 anos que estavam freqüentando o curso fundamental do Brasil era 79,42%. Dentre os municípios da microrregião de Guarapuava, o município com o melhor valor era Reserva do Iguaçu, com um valor de 83,67%, e o município com o pior valor era Goioxim com um valor de 58,04%. Em 2000, o percentual de crianças de 7 a 14 anos que estavam freqüentando o curso fundamental do Brasil era 94,52%. Dentre os municípios da microrregião de Guarapuava, o município com o melhor valor era Guarapuava, com um valor de 95,92%, e o município com o pior valor era Martins com uma valor de 82,67%. (Fonte: Atlas IDH 2000) Na mesorregião Centro Sul, entre os adolescentes de 15 e 17 anos, a taxa de conclusão do ensino fundamental (8º série) diminui para 46,4%; mesmo entre jovens de 18 a 24 anos, apenas 48,5% haviam concluído o ensino fundamental. A taxa de alfabetização de 15 a 24 anos é de 96%, representando aumento de 5,5% entre 1991 e 2000. 85

A defasagem idade-série eleva-se à medida que se avança nos níveis de ensino. Entre a 1º e a 4º série do ensino fundamental, 14,3% das crianças estão com idade superior à recomendada; entre a 5º e 8º série, esse valor se eleva para 26,8%, chegando a 30,2% de defasagem entre os que alcançam o ensino médio. Assim, da 1º a 4º série, um de cada sete alunos encontra-se em situação de defasagem; da 5º a 8º série, um de cada quatro; no ensino médio, um de cada três. (Fonte: ORBIS Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade 2007) Figura 09: Defasagem idade-série no ensino fundamental e médio - 2005 Fonte: Ministério da Educação INEP; IBGE Censo Demográfico 2000 No município, em 2000, 9,83% das crianças de 7 a 14 anos não estavam cursando o ensino fundamental. A taxa de conclusão, entre jovens de 15 a 17 anos, era de 58,51%. Caso queiramos que em futuro próximo não haja mais analfabetos, é preciso garantir que todos os jovens cursem o ensino fundamental. O percentual de alfabetização na faixa etária de 15 a 24 anos, em 2000, era de 9,83%. No Estado, em 2007, a taxa de frequência líquida no ensino fundamental era de 94,2%. No ensino médio, este valor cai para 57,1%. 86

Gráfico 02: Taxa de frequência e conclusão no Ensino Fundamental e Médio 1991-2000 A distorção idade-série eleva-se à medida que se avança nos níveis de ensino. Entre alunos do ensino fundamental, 18,7% estão com idade superior à recomendada, chegando a 28,9% de defasagem entre os que alcançam o ensino médio. O IDEB é um índice que combina o rendimento escolar às notas do exame Prova Brasil, aplicado a crianças da 4ª e 8ª séries, podendo variar de 0 a 10. Este município está na 820.ª posição, entre os 5.564 do Brasil, quando avaliados os alunos da 4.ª série, e na 234.ª, no caso dos alunos da 8.ª série. O IDEB nacional, em 2007, foi de 4,0 para os anos iniciais do ensino fundamental em escolas públicas é de 3,5 para os anos finais. Nas escolas particulares, as notas médias foram, respectivamente, 6,0 e 5,8. 87

Gráfico 03: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 2005 / 2007 4.4.3 Igualdade entre os sexos e valorização da mulher A razão entre meninos e meninas no ensino fundamental, em 2005 apresenta pequena diferença para o sexo masculino, 93%, ou seja, para cada 100 meninos, há 93 meninas; em idades menores, o número de meninos é sempre superior ao de meninas. No ensino médio, esta razão inverte-se para 111%, ou seja, para cada 111 meninas, há 100 meninos no ensino fundamental. A razão entre mulheres e homens alfabetizados na faixa etária de 15 a 24 anos é parelha (100%). 88

Figura 10: Razão entre homens e mulheres alfabetizados entre 15 e 24 anos Fonte: IBGE Censo Demográfico 2000; Ministério do Trabalho Rais 2005 Em Laranjeiras do Sul, a razão entre meninas e meninos no ensino fundamental, em 2006, indicava que, para cada 100 meninas, havia 104 meninos. No ensino médio, esta razão passa a 137 para cada 100 meninos. A razão entre mulheres e homens alfabetizados na faixa etária de 15 a 24 anos era de 100,15% em 2000. Sempre que o percentual deste indicador for superior a 100%, significa que existe maior número de mulheres para cada 100 homens.. Gráfico 04: Razão meninas/meninos no Ensino Fundamental e Médio 2006 89

A participação da mulher no mercado do trabalho, exceto no setor agrícola, passou de 34%, em 1990, para 37%, em 2005; nesse sentido, o Paraná também evoluiu, pois, de 34,4%, em 1990, passou para 41% em 2005. O percentual do rendimento feminino em relação ao masculino passou de 72%, em 1990, para 83% em 2005; o Paraná passou de 71,6%, em 1990, par 79,5% em 2005. Em Laranjeiras do Sul com relação à inserção no mercado de trabalho, havia menor representação das mulheres. A participação da mulher no mercado de trabalho era de 45,25% em 2007. O percentual do rendimento feminino em relação ao masculino era de 84,79% em 2007. Entre os de nível superior o percentual passa para 57,42. Gráfico 05: Percentual do rendimento feminino em relação ao masculino segundo ocupação formal e escolarização 2007 A proporção de mulheres no Paraná exercendo mandatos na Câmara Municipal é baixa: apenas 9% dos assentos são ocupados por mulheres. A proporção de mulheres eleitas para a Câmara de Vereadores no município de Laranjeiras do Sul foi de 11,11%. A participação feminina na política é muito restrita; nas eleições de 2008, apenas 11,49% de vereadoras foram eleitas no Estado. (Fonte: ORBIS Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade 2007) 90

4.4.4 Mortalidade Infantil A taxa de mortalidade no Paraná de crianças menores de 5 anos, no período de 1990 a 2004, reduziu-se de 45 para 29 óbitos a casa 1.000 nascidos vivos, representando 35%; restam 31% para o atendimento da meta (15 mil). No Paraná, a taxa de mortalidade também reduziu-se, chegando a 18 a cada 1.000 nascidos vivos, o que representa uma redução de 53% em relação a 1991. Figura 11: Taxa de Mortalidade (a cada 1.000 nascidos vivos) de menores de 5 anos de idade 1991-2004 Fonte: Ministério da Saúde Datasus 2004 O número de óbitos no município de Laranjeiras do Sul, de 1995 a 2006, foi 202. O número de óbitos de crianças de até um ano informados no Estado representa 79,43% dos casos estimados para o local no ano de 2004. Esse valor sugere que pode ter um médio índice de subnotificação de óbitos no município. Entre 1997 e 2005, no Estado, a taxa de mortalidade de menores de 1 ano corrigida para as áreas de baixos índices de registro reduziu de 19,13 para 14,55 a cada mil nascidos vivos, o que representa um decréscimo de 23,94% em relação a 1997. Na mesorregião Centro Sul, o percentual da mortalidade de crianças entre 28 dias e 1 ano, em 2004, representa 40%; no Paraná, esse percentual era de 32%. (Fonte: ORBIS Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade 2007) 91

Em 1991, a Mortalidade até cinco anos de idade do Brasil era 59,48%. Dentre os municípios da microrregião de Guarapuava, o município com o melhor valor era Quedas do Iguaçu (PR), com um valor de 33,22% e 3 municípios estavam empatados com o pior valor (62,83%). Em 2000, a mortalidade até cinco anos de idade no Brasil era de 39,32%. Dentre os municípios da microrregião de Guarapuava 2 municípios estavam empatados com o melhor valor de 23,65% e o município com o pior valor era Cantagalo, com um valor de 43,04%.. (Fonte: Atlas IDH 2000) Uma das ações importantes para a redução da mortalidade infantil é a prevenção através de imunização contra doenças infecto contagiosas. Em 2007, 94,75% das crianças do município de Laranjeiras do Sul, menores de 1 ano estavam com a carteira de vacinação em dia. Gráfico 06: Percentual de crianças menores de 1 ano com vacinação 2000-2007 4.4.5 Crescimento Populacional na Mesorregião Centro Sul A urbanização desta mesorregião foi bem menos intensa que a do próprio Estado. Nos anos 80, mais da metade da população paranaense vivia nas áreas 92

urbanas, enquanto a Centro Sul alcançou esses índices apenas na década de 90. Em 2000, continua com percentual inferior à média estadual (81,4%). A dinâmica de crescimento populacional da região está fortemente condicionada pelos processos migratórios, mudanças no tamanho das famílias e no comportamento da mortalidade da população. De 1990 a 2000, o Paraná teve saldo negativo de 437.265 pessoas, o que resultou no crescimento negativo da taxa líquida de migração de 4,6%; a mesorregião também teve saldo negativo migratório de 101.338 pessoas e uma taxa líquida negativa de migração de 19%. O número de nascimentos, que era de 26,3 a cada 1000 habitantes, em 1995, reduziu quase 19% no período, passando a 20,1 em 2005. O índice de idosos, que mede a relação entre o número de pessoas idosas (65 anos ou mais) e o número de pessoas nos grupos etários mais jovens (menores de 15 anos), era de 13,4%, em 2000. 4.4.6 Base Física Ambiental na Mesorregião Centro Sul Com relação ao potencial hídrico das águas superficiais, a região destaca-se pela presença da porção média do curso do rio Iguaçu e, ainda, uma porção dos rios Ivaí e Piquiri. O rio Iguaçu, com extensão total de 1.060 km, e seus afluentes constituem a maior bacia hidrográfica do Estado do Paraná, da qual 272 km de seu curso encontram-se no trecho da mesorregião Centro Sul e se caracterizam por apresentar em seu curso inúmeras corredeiras e saltos. Esta configuração determina a alta concentração de Usinas Hidroelétricas nesta porção da bacia do rio Iguaçu. Estão situadas neste trecho as Usinas Hidroelétricas de Foz do Areia (divisa entre os municípios de Pinhão e Cruz Machado), Salto Segredo, Salto Santiago e Salto Osório. Os principais afluentes do rio Iguaçu, na margem direita, são os rios Jordão e da Areia, e, na margem esquerda, o rio Chopim. Com relação à qualidade das águas do rio Iguaçu e seus afluentes verifica-se que, na Represa de Salto Osório e no rio Chopim as águas apresentaram um índice de qualidade de água (IQA) na categoria ótimo (IQA entre 80 a 100), que significa trecho não comprometido ou pouco comprometido. Na represa Salto Santiago, as 93

águas tiveram um IQA na categoria boa (IQA entre 52 e 79), considerada moderadamente comprometida. No rio Jordão, o IQA variou da categoria de qualidade ótima a boa (IQA entre 52 a 100), indicando uma oscilação de águas de moderadamente a pouco comprometidas (SUDERHSA, 1998). O rio Ivaí está localizado a nordeste da região e tem uma extensão de 54,5 km no território da região. Na bacia do Ivaí, próximo à cidade de Pitanga, a qualidade das águas classifica-se como boa (IQA entre 52 a 79), sendo considerada, portanto, moderadamente comprometida. O rio Piquiri situa-se a noroeste da mesorregião, com 179 km de seu curso no território da mesorregião Centro Sul. 94

Figura 12: Hidrografia - 2000 Fonte: IPARDES, 2004 95

Figura 13: Mapa das Grandes Bacias Hidrográficas do Paraná Fonte: Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Disponível em: http://webgeo.pr.gov.br/website/gestao/viewer.htm. acessado em 10 de jan. 2009 As Bacias Hidrográficas são as unidades ambientais naturais de planejamento, configuram-se como áreas coletoras das águas pluviais que escoam no solo e atingem os cursos d água. Cada bacia hidrográfica é limitada pelos divisores de águas, formados pelas cotas de maiores altitudes. A forma da bacia hidrográfica é importante devido ao tempo que as águas das chuvas levam para atingir o rio principal. Quanto mais estreita e mais longa for a bacia, menor será esse tempo. Isso se torna importante em áreas urbanas, para a previsão de ocorrência de eventuais enchentes. A rede de drenagem em uma bacia hidrográfica é formada pelo rio principal e seus afluentes. Quanto maior a eficiência da drenagem, mais rápido se dará a enchente. O tipo dos solos também tem influência direta na infiltração e na constituição da rede. A gestão por bacias hidrográficas visa buscar a participação conjunta de autoridades locais, setores privados e comunidade, incorporar a variável ambiental 96

na expansão e melhoria da qualidade de vida da população, além da atuar como suporte aos processos de decisão do desenvolvimento. Dessa forma, o principal objetivo de um processo de gestão por bacias hidrográficas é tratar de maneira integrada os sistemas hídricos buscando aproveitá-los, protegê-los e recuperá-los a fim de satisfazer as crescentes demandas da população e assegurando seu uso para as gerações futuras. Em uma mesma bacia convivem diversos usuários com diferentes tipos de demanda, tais como: consumo humano, criação de animais, agricultura, energético, industrial ou mineração, entre outros. Diante desta diversidade de interesses não é exagerado afirmar que a gestão da água é precisamente a gestão e o manejo dos conflitos entre: o homem e o ambiente natural, os múltiplos usuários que competem pelo mesmo recurso, os usuários atuais e as futuras gerações e os usuários de um espaço sujeito a intervenções externas. As bacias, seus recursos naturais (fauna, flora e solo) e os grupos sociais possuem diferentes características biológicas, sociais, econômicas e culturais que permitem individualizar e ordenar seu manejo em função de suas particularidades e identidade. (Fonte: Plano Diretor de São Miguel do Iguaçu/2004) 97

Figura 14: Hidrografia do Estado do Paraná. Fonte: Ipardes 2006 98

Na maior parte dessa região ocorre o clima Subtropical Úmido Mesotérmico (Cfb), de verões frescos e geadas severas e freqüentes, sem estação seca, cujas principais médias anuais de temperatura dos meses mais quentes são inferiores a 22ºC, e, dos meses mais frios, inferiores a 18ºC. A temperatura média anual é de 16ºC, com chuvas entre 1.600 e 1.900 mm e umidade relativa do ar de 85%, sem deficiência hídrica. Nos campos de Guarapuava e Palmas as temperaturas são diferenciadas dos demais municípios da mesorregião, com até 23ºC no mês mais quente, e no mês mais frio inferior a 13ºC, com mais de cinco geadas noturnas e precipitação anual de 1.800 mm. Nos locais de menores altitudes, ao longo dos vales dos rios Ivaí, Piquiri, Iguaçu e Jordão, ocorre o clima Subtropical Úmido Mesotérmico (Cfa), de verões quentes, geadas pouco freqüentes e chuvas com tendência de concentração nos meses de verão. Apresenta as seguintes médias anuais temperatura dos meses mais quentes superiores a 22ºC, e dos meses mais frios inferior a 18ºC, chuvas entre 1.600 mm e 1.900 mm, e umidade relativa do ar de 80%, sem deficiência hídrica (MAACK, 1968). Entre os municípios da mesorregião, em termos de presença de cobertura florestal destaca-se, em primeiro lugar, Guarapuava, com 57.948,6 hectares de florestas em estágio secundário, que são equivalentes a 13,7% da cobertura florestal da mesorregião; seguido de Pinhão, com 44.450,1 hectares de cobertura florestal, que corresponde a 10,5% da cobertura florestal total desta mesorregião; e em terceiro lugar Coronel Domingos Soares, com 42.558,3 hectares, que representam 10% da cobertura florestal da mesorregião. Em outro extremo destacam-se, devido à escassez de cobertura florestal, com taxas abaixo de 1,0%, oito municípios, sendo que Marquinho e Virmond apresentaram os menores valores. Áreas com reflorestamento abrangem um total de 84.516,8 hectares, representando 3,2% da área total da mesorregião. A região possui um total de 19 Unidades de Conservação, sendo 18 de proteção integral nos âmbitos de governo federal, estadual e municipal e uma de uso sustentável (estadual). Destas áreas protegidas, destacam-se a Estação Ecológica Rio dos Touros, com 1.227,5 hectares, o Parque Estadual das Araucárias, com 1.017,6 hectares, e a Reserva Florestal do Pinhão, com 196,8 hectares de floresta nativa, que, somada às demais áreas de Parques Municipais e Reservas 99

Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), confere à região uma área de aproximadamente 8.000 hectares de florestas nativas, representando 0,3% do território da mesorregião Centro Sul. A conservação dos biomas da região é contemplada, também, a partir de 2003, pela presença do Programa de Recuperação Ambiental dos Biomas Projeto Paraná Biodiversidade, o que possui, na região, o Corredor Araucária, onde as áreas legalmente protegidas e de implantação de programas de recuperação estão concentradas na Floresta Ombrófila Mista. Por outro lado, concentra-se nesta região uma grande extensão de terras destinadas aos índios, consideradas pelo Instituto Ambiental do Paraná, juntamente com o sistema faxinal, como áreas especialmente protegidas e, como tais, assim como as Unidades de Conservação, recebem ICMS ecológico. As áreas especialmente protegidas são: uma área especial de uso regulamentado (Aresur), para o sistema faxinal, e sete áreas de terras indígenas. As terras indígenas representam 1,71% da área total da mesorregião e 61,7% do total das áreas indígenas no Estado, posicionando a região em primeiro lugar nesta modalidade. 100

Figura 15: Cobertura Florestal Mesorregião Centro Sul do Paraná - 2000 Fonte: IPARDES 2004. 101

Figura 16: Unidades de Conservação e Terras Indígenas Mesorregião Centro Sul do Paraná - 2000 Fonte: IPARDES 2004. 102

O relevo da mesorregião Centro Sul apresenta declividade de 0 a 10% (até 6 graus de inclinação do terreno) em 50% da área total, correspondendo a um relevo plano e suavemente ondulado. São áreas aptas ao uso agrícola, permitindo a utilização de implementos mecanizáveis em concordância com as normas técnicas de uso e conservação dos solos. Estão localizadas em toda a mesorregião, principalmente nas porções sul e central. O relevo ondulado ocorre em 30% da área da mesorregião, com declividade de 10 a 20% (até 12 graus), principalmente nas porções oeste e nordeste. Estes solos sãos aptos para a agricultura nãomecanizada, a pecuária e o reflorestamento. Apresentam restrições ao uso de mecanização agrícola devido à vulnerabilidade erosiva. Em 15% da área da mesorregião o relevo é fortemente ondulado com declividade entre 20 a 45% (até 24 graus). Este tipo de relevo ocorre principalmente nos municípios de Palmital, Laranjal, Marquinho, Laranjeiras do Sul, Inácio Martins, Pinhão, Reserva do Iguaçu, Mangueirinha e Coronel Domingos Soares. São áreas inaptas à agricultura mecanizada, e com restrições moderadas para uso na pecuária e reflorestamento. Na porção sudeste da mesorregião, principalmente em partes dos municípios de Coronel Domingos Soares, Reserva do Iguaçu e Pinhão, ocorre relevo montanhoso, com declividade acentuada, sendo superior a 45% (acima de 25 graus), e que corresponde a 5% da área total desta mesorregião. Com relação ao uso potencial dos solos para fins agrícolas, a área apresenta 60% de solos do tipo regular, nos quais a vulnerabilidade erosiva é o principal fator físico de restrição. Estas áreas são potencialmente aptas para a produção agrícola, sendo ocupadas atualmente por culturas cíclicas de grãos, principalmente soja e milho. Outro fator restritivo para o uso agrícola é a baixa fertilidade dos solos, notadamente nos municípios de Pitanga, Santa Maria do Oeste, Goioxim, Campina do Simão, Boa Ventura de São Roque, Turvo, Guarapuava, Candói, Foz do Jordão e Reserva do Iguaçu. Áreas inaptas a práticas agrícolas ocorrem em 30% da mesorregião, principalmente devido ao relevo acidentado nos municípios de Pinhão, Reserva do Iguaçu, Coronel Domingos Soares. Candói, Foz do Jordão, Nova Laranjeiras e Cantagalo. Na porção sul, em 10% da área total dos municípios de Palmas e Clevelândia, ocorrem áreas inaptas e áreas com aptidão regular, devido à presença de solos rasos com baixa fertilidade. 103

Figura 17: Declividade Mesorregião Centro Sul do Paraná - 2000 Fonte: IPARDES 2004. 104

Figura 18: Uso Potencial Mesorregião Centro Sul do Paraná - 2000 Fonte: IPARDES 2004 105

4.4.7 Infraestrutura Viária da Mesorregião Centro Sul Microrregião de Guarapuava Os aspectos relativos à infraestrutura viária da região Centro Sul têm importância impar para o desenvolvimento e são servidos pelas seguintes principais rodovias: Rodovias Federais: BR 277 ligando Laranjeiras do Sul a Nova Laranjeiras e a Virmond; BR 158 ligando Laranjeiras do Sul a Rio Bonito do Iguaçu; Rodovias Estaduais: PR 484 ligando Laranjeiras do Sul a Espigão Alto do Iguaçu; PR 473 ligando Laranjeiras do Sul a Quedas do Iguaçu. O principal meio de deslocamento a partir do Município de Laranjeiras do Sul se dá pela BR 277, que interliga ao Município de Cascavel. Já a BR 158 interliga ao Município de Rio Bonito do Iguaçu. Quanto ao transporte aéreo da região podemos enfocar o Aeroporto do Município de Foz do Iguaçu como de maior destaque denominado Aeroporto Internacional Cataratas, como o maior aeroporto da região, com o maior volume de pousos e decolagens regulares, localizada na BR- 469 Km 16,5, região sul do município, contendo pista com pavimentação asfáltica de dimensões de 2200 x 45 m e administrada pela Infraero. Apresenta em média um total de 791 pousos e decolagens por mês. (Infraero - Foz do Iguaçu 2006). 106

Figura 19: Infraestrutura Viária, Portos e Aeroportos da Mesorregião Centro Sul do Paraná - 2003 Fonte: IPARDES, 2004 107

Figura 20: Mapa rodoviário de Laranjeiras do Sul Fonte: Disponível em:www.googlemaps.com acessado em 16 de janeiro de 2009 108

Figura 21: Mapa de Transporte do Paraná Ampliado na região de Laranjeiras do Sul Fonte: Disponível em:http://webgeo.pr.gov.br/website/setr/viewer.htm. Acesso em 19 de janeiro de 2009. 109

4.4.8 Indicadores Sócio-Econômicos Microrregião de Guarapuava Tabela 04: Relação de municípios da Microrregião de Guarapuava com os referenciais em População Total, População estimada, Km² e PIB per capita. MUNICÍPIOS POPULAÇÃO CENSO 2007 DE UNIDADE TERR.(KM2) PIB PER CAPITA 2005 (REAIS) Campina do Simão 4.180 451,311 6.259 Candói 15.412 1.509,059 10.157 Cantagalo 12.418 583,520 5.013 Espigão Alto do Iguaçu 5.104 320,870 6.734 Foz do Jordão 5.832 233,631 4.848 Goioxim 7.993 701,594 5.571 Guarapuava 164.567 3.177,598 11.299 Inácio Martins 11.036 936,592 8.813 LARANJEIRAS DO SUL 30.481 673,31 6.917 Marquinho 5.205 510,307 5.248 Nova Laranjeiras 11.302 1.210,878 5.984 Pinhão 29.113 2.001,783 13.236 Porto Barreiro 3.761 365,181 5.409 Quedas do Iguaçu 30.181 827,928 7.095 Reserva do Iguaçu 7.094 830,968 6.385 Rio Bonito do Iguaçu 14.450 685,189 4.752 Turvo 14.025 925,662 7.033 Virmond 4.024 243,571 6.921 Fonte: IPARDES, 2007. Quanto aos indicadores podemos citar o Índice de Desenvolvimento Humano que foi criado originalmente para medir o nível de desenvolvimento humano dos países a partir de indicadores de educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita). O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo; os países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento humano; países com IDH maior que 0,800 têm desenvolvimento considerado alto. 110

Segundo pesquisa do IPEA, Fundação João Pinheiro (MG) e PNUD, o Brasil melhorou sua posição no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) nos últimos nove anos, passando de 0,707, em 1991, para 0,769, em 2000. Em comparação com 1991, o índice aumentou para todos os estados e quase todos os municípios brasileiros. Na classificação internacional, o Brasil continua sendo um país de médio desenvolvimento humano. Para aferir o nível de desenvolvimento humano de municípios os parâmetros são os mesmos: educação, longevidade e renda da população, mas alguns dos indicadores usados são diferentes. Embora analisem os mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no IDH municipal (IDHM) são mais adequados para avaliar as condições de núcleos sociais menores. Em janeiro de 2003, o IPARDES publicou o Índice de Desenvolvimento Humano Anotações sobre o Desempenho do Paraná, onde analisa o comportamento dos municípios paranaenses quanto ao Ìndice de Desenvolvimento Humano Municipal de 2000 (IDH-M) e de seus componentes. 111

Tabela 05: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, dos Municípios da Microrregião de Guarapuava 2000. Município Área_HA Área_KM2 Idh_M idh_l Idh_E Idh_R Campina do Simão Renda per Capita (R$) 45.131,10 451,311 0,701 0,709 0,809 0,585 129,93 Candói 150.905,90 1.509,059 0,712 0,685 0,811 0,639 178,83 Cantagalo 58.352,00 583,520 0,686 0,633 0,814 0,610 150,73 Espigão Alto do Iguaçu 32.087,00 320,870 0,708 0,724 0,797 0,604 145,52 Foz do Jordão 23.363,10 233,631 0,689 0,669 0,783 0,614 154,41 Goioxim 70.159,40 701,594 0,680 0,669 0,798 0,572 119,78 Guarapuava 317.759,80 3.177,598 0,773 0,713 0,886 0,720 292,11 Inácio Martins 93.659,20 936,592 0,690 0,669 0,792 0,610 150,42 LARANJEIRAS DO SUL 67.331,30 673,313 0,753 0,737 0,848 0,673 219,52 Marquinho 51.030,70 510,307 0,691 0,724 0,772 0,577 123,83 Nova Laranjeiras 121.087,80 1.210,878 0,697 0,691 0,788 0,697 151,39 Pinhão 200.178,30 2.001,783 0,713 0,712 0,812 0,615 155,14 Porto Barreiro 36.518,10 365,181 0,716 0,709 0,819 0,621 161,40 Quedas do Iguaçu Reserva do Iguaçu Rio Bonito do Iguaçu 82.792,80 827,928 0,747 0,737 0,839 0,664 208,78 83.096,80 830,968 0,726 0,685 0,830 0,662 206,12 68.518,90 685,189 0,669 0,675 0,759 0,573 120,77 Turvo 92.566,20 925,662 0,692 0,694 0,801 0,582 127,35 Virmond 24.357,10 243,571 0,719 0,656 0,858 0,644 184,54 Fonte: IPARDES, 2000. Legenda do IDH: L Longevidade E Educação R Renda A tabela abaixo demonstra o crescimento do IDH-M do Município de Laranjeiras do Sul entre 1991 e 2000. 112

Tabela 06: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Laranjeiras do Sul/PR 1991 2000 IDH Educação IDH Longevidade IDH Renda IDH Municipal 0,763 0,609 0,656 0,676 0,848 0,737 0,673 0,753 Fonte: AMPR Associação dos Municípios do Paraná 2000 Gráfico 07: Índice de Desenvolvimento Humano Laranjeiras do Sul/PR - 2000 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 1991 2000 IDH -Educação IDH -Longevidade IDH -Renda IDH -Municipal Fonte: AMPR Associação dos Municípios do Paraná 2000 Em relação aos fatores usados para se determinar o IDH-M, é possível notar que houve avanço no crescimento dos índices principalmente no fator educação, porém o fator de longevidade teve um crescimento que pode ser considerado médio se comparado com desenvolvimento desse mesmo fator em municípios da região. Mesmo assim Laranjeiras do Sul apresenta um IDH-M alto em comparação com a média regional e até estadual. Quanto à renda municipal, Laranjeiras do Sul apresenta um índice quase estável de crescimento, sendo que a renda per capita do município é de R$219,52, uma das mais altas da microrregião de Guarapuava, ficando atrás apenas da renda do município de Guarapuava que apresenta uma renda per capita de R4292,11. 113

Figura 22: Mapa Índice de Desenvolvimento Humano Municipal na Mesorregião Centro Sul do Paraná - 2000 Fonte: IPARDES 2004 114

Em 1991, a expectativa de vida ao nascer do Brasil era de 64,73%. Dentre os municípios da microrregião, o município com o melhor valor era Quedas do Iguaçu, com um valor de 68,45%, e 3 município estavam empatados com o pior valor (61,36%). Em 2000, houve uma mudança com relação aos valores. Dentre os município da microrregião, 2 municípios estavam empatados com o melhor valor (69,20%), e o município com o pior valor era Cantagalo, com uma valor de 62,97%. O Município de Laranjeiras do Sul apresenta o maior índice de urbanização da microrregião que é de 78,47%, enquanto o município que apresenta o menor índice de desenvolvimento urbano da região é Porto Barreiro com 9,80% da sua população morando na área urbana.no total contando a área rural e urbana Rio Bonito do Iguaçu tem a maior taxa de crescimento da microrregião, de 11,17%, sendo o crescimento urbano de 11,46% e o rural de 11,12%. Enquanto o menor índice de crescimento da microrregião é do Município de Reserva do Iguaçu com uma taxa negativa de 4,52%. 115

Tabela 07: Municípios da Microrregião de Guarapuava com Expectativa de Vida, Grau de Urbanização e Taxa de Crescimento Total, Taxa de Crescimento Rural e Taxa de Crescimento Urbano. Municípios Esp. de vida ao nascer Grau de Urb. (%) Tx. de Cresc. Total (%) Tx. de Cresc. Rural (%) Tx. de Cresc. Urb. (%) Campina do Simão 67,52 28,89-2,26-4,14 4,82 Candói 66,08 36,36 1,95-1,36 12,92 Cantagalo 62,97 57,08 1,83-0,95 4,55 Espigão Alto do Iguaçu 68,43 29,18-4,24-5,95 1,87 Foz do Jordão 65,14 67,61-0,75-12,49 75,93 Goioxim 65,14 22,66 0,29-2,14 22,73 Guarapuava 67,79 91,32 1,53-5,31 2,51 Inácio Martins 65,14 37,20-2,53-5,37 5,58 LARANJEIRAS DO SUL 69,20 78,47 1,28-0,52 1,83 Marquinho 68,43 10,04-1,91-2,26 1,93 Nova Laranjeiras 66,48 15,50-0,98-2,56 21,39 Pinhão 67,74 48,35 1,48-0,32 3,82 Porto Barreiro 67,52 9,80-3,11-3,64 3,82 Quedas do Iguaçu 69,20 71,72 1,68-1,38 3,20 Reserva do Iguaçu 66,08 50,01-4,52-10,80 16,77 Rio Bonito do Iguaçu 65,48 13,62 11,17 11,12 11,46 Turvo 66,64 28,76 0,30-0,98 4,41 Virmond 64,37 35,43 1,13-1,61 9,44 Fonte: IPARDES, 2000. 116

Figura 23: Levantamento da Expectativa de Vida ao Nascer na Microrregião de Guarapuava. Fonte: Emater, CD de Informações. 117

Figura 24: Levantamento da Relação entre a População Rural e Urbana na Microrregião de Guarapuava. Fonte: Emater, CD de Informações. 118

A taxa de analfabetismo de Laranjeiras do Sul é de 12,00%, um nível médio se comparado à média dos municípios da microrregião. A maior taxa de analfabetismo da microrregião de Guarapuava é do município de Espigão Algo do Iguaçu sendo de 18,1%, enquanto a menor taxa regional é a do município de Guarapuava que é de 8,7%. Quanto à renda per capita municipal Laranjeiras do Sul apresenta um índice bom de R$219,52 reais ficando atrás apenas do município de Guarapuava, que tem a renda per capita de R$292,11. Quanto à distribuição de renda, esta piorou na última década em 66,3% dos municípios brasileiros, ou 3.654 cidades. Em outros 370 a desigualdade permaneceu inalterada e, em 1.483, houve queda. Na média geral do Brasil, a desigualdade de renda também aumentou na última década e o país já ocupa o sexto lugar entre os países com pior distribuição de renda. Os dados constam do "Atlas do Desenvolvimento Humano", divulgado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e Fundação João Pinheiro. No Brasil, o índice que mede a desigualdade de renda subiu de 0,53 para 0,56 entre 1991 e 2000. Esse índice pode variar de 0 a 1, sendo 1 a desigualdade máxima. Na microrregião de Guarapuava os município que apresentam maior taxa de desigualdade cujo índice atinge 0,67 são Nova Laranjeiras, Quedas do Iguaçu e Reserva do Iguaçu. Já o município com menor índice de desigualdade é Virmond com 0,54. O nível de desigualdade do Município de Laranjeiras do Sul é de 0,59, o que é um índice intermediário entre os municípios da microrregião. Outro indicador a ser trabalhado é a taxa de pobreza, que indica o percentual de famílias residentes no município com uma renda mensal inferior a meio salário mínimo. A maior taxa de pobreza apresentada na microrregião é a do município de Rio Bonito do Iguaçu com uma porcentagem de 56,4% da população em situação de pobreza, e a menor taxa de pobreza é a do Município de Guarapuava, cujo índice atinge 24,8%. A taxa de pobreza do Município de Laranjeiras do Sul é de 33,7%, o que se comparado com os outros municípios da microrregião é uma porcentagem razoavelmente baixa. 119

Tabela 08: Municípios da Microrregião de Guarapuava com Taxa de Analfabetismo, Renda Municipal per Capita Desigualdade de Renda e Taxa de Pobreza Rural. Municípios Taxa de Analfab. (%) Renda Municipal Per capita (R$) Desigualdade de Renda Taxa de Pobreza (%)¹ Campina do Simão 14,0 129,93 0,57 48,4 Candói 14,2 178,83 0,64 42,2 Cantagalo 14,8 150,73 0,64 47,0 Espigão Alto do Iguaçu 18,1 145,52 0,60 46,8 Foz do Jordão 15,3 154,41 0,63 47,5 Goioxim 14,8 119,78 0,63 55,0 Guarapuava 8,7 292,11 0,64 24,8 Inácio Martins 13,3 150,42 0,64 47,0 LARANJEIRAS DO SUL 12,0 219,52 0,59 33,7 Marquinho 15,9 123,83 0,63 52,6 Nova Laranjeiras 17,1 151,39 0,67 48,6 Pinhão 16,1 155,14 0,61 43,1 Porto Barreiro 12,9 161,40 0,60 44,6 Quedas do Iguaçu 13,9 208,78 0,67 35,2 Reserva do Iguaçu 15,5 206,12 O,67 39,1 Rio Bonito do Iguaçu 17,1 120,77 0,61 56,4 Turvo 15,4 127,35 0,57 46,9 Virmond 9,0 184,54 0,54 27,4 Fonte: IPARDES 2003; Atlas de Desenvolvimento Humano 2000. 120

Figura 25: Levantamento da Taxa de Analfabetismo na Microrregião de Guarapuava Fonte: Emater, CD de Informações. 121

Figura 26: Levantamento de Renda per capita na Microrregião de Guarapuava. Fonte: Emater, CD de Informações. 122

Figura 27: Levantamento de Desigualdade de Renda na Microrregião de Guarapuava. Fonte: Emater,CD de Informações 123

Quanto ao aspecto econômico podemos demonstrar que a atividade produtiva do Centro Sul Paranaense a princípio foi voltada ao extrativismo da madeira com a devastação das matas naturais e fortalecendo a agropecuária e a agroindústria. De modo geral, na grande maioria dos municípios a pauta agrícola é pouco diversificada e reproduz o padrão concentrado da mesorregião Centro Sul, com predominância dos cultivos de soja e milho. Para 24 dos 29 municípios, esses dois produtos representam mais de 60% do valor da produção agrícola, destacando-se Honório Serpa (91,6%), Clevelândia (91,0%) e Boa Ventura de São Roque (87,2%). Em outros três municípios, todos com inserção menor na produção de soja e milho, a erva-mate tem peso significativo no valor da produção agrícola. São eles: Marquinho (45,7%), Inácio Martins (32,2%) e Turvo (12,9%). A mesorregião centro-sul conta com 1.154 estabelecimentos industriais, o que corresponde a 4,05% do total do estado. 124

Tabela 09: Total de Estabelecimentos e participação no valor adicionado fiscal da indústria da mesorregião centro sul, segundo os principais segmentos industriais Paraná 1995/2002. SEGMENTO TOTAL DE ESTABELECIMENTOS PARTICIPAÇÃO NO VAF DA INDÚSTRIA DA MESORREGIÃO (%) 1995 2002 1995 2002 Celulose, papel e papelão 31 35 32,994 29,846 Desdobramento de madeira 262 225 23,166 24,745 Lâminas e chapas de madeiras 51 132 8,701 19,287 Cerveja, chope e malte 1 2 3,604 7,109 Abate e processamento de suínos, bovinos e outras reses 7 15 0,860 3,340 Moagem de trigo 5 7 0,826 1,871 Químicos diversos 4 18 1,389 1,777 Óleos e gorduras vegetais 2 3 15,840 1,608 Artefatos, embalagens e esquadrias de madeira 35 54 2,522 1,602 Ração animal 2 1 0,972 1,143 Mobiliário 33 69 0,634 0,728 Mate, chá, dietéticos, temperos, sorvetes e alimentos diversos 57 60 1,460 0,583 Laticínios 14 19 0,810 0,476 Vestuário 22 32 0,064 0,261 Beneficiamento e preparação de produtos de origem vegetal diversos 13 20 0,066 0,027 Embalagens plásticas 1 3 0,000 1,243 MESORREGIÃO CENTRO- SUL Fonte: SEFA Nota: Dados trabalhados pelo IPARDES 783 1,112 100,000 100,000 125

Tabela 10: Valor da produção agrícola de alguns Municípios da Mesorregião Centro Sul do Paraná e sua participação em relação ao Estado do Paraná Municípios Valor da produção (R$mil) Participação no Estado (%) Campina do Simão 10.509,00 0,05 Candói 53.848,00 0,26 Cantagalo 17.110,00 0,08 Espigão Alto do Iguaçu 14.921,00 0,07 Foz do Jordão 10.158,00 0,05 Goioxim 20.393,00 0,10 Guarapuava 104.462,00 0,51 Inácio Martins 36.892,00 0,18 LARANJEIRAS DO SUL 25.854,00 0,12 Marquinho 13.299,00 0,06 Nova Laranjeiras 31.663,00 0,15 Pinhão 52.600,00 0,26 Porto Barreiro 11.193,00 0,05 Quedas do Iguaçu 40.832,00 0,20 Reserva do Iguaçu 17.494,00 0,08 Rio Bonito do Iguaçu 37.474,00 0,18 Turvo 18.318,00 0,09 Virmond 10.616,00 0,05 Fonte: IBGE Produção agrícola Municipal apud IPARDES, 2007. 126

Tabela 11: Valor da produção das principais lavouras, segundo os municípios da Microrregião de Guarapuava - 2007 Municípios Algodão Mandioca Milho Soja Trigo R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil Campina do Simão -- 532 6.336 8.554 893 Candói -- 1.092 31.157 43.033 8.670 Cantagalo -- 960 7.209 14.476 1.428 Espigão Alto do Iguaçu -- 86 7.410 10.126 225 Foz do Jordão -- 200 6.467 10.888 2.203 Goioxim -- 4.320 12.635 14.081 3.284 Guarapuava -- 1.134, 55.845 69.090 16.550 Inácio Martins -- 288 4.180 1.461 -- LARANJEIRAS DO SUL -- 630 14.022 14.852 734 Marquinho -- 296 9.455 4.419 63 Nova Laranjeiras -- 446 30.912 8.328 320 Pinhão -- 936 23.510 35.955 8.670 Porto Barreiro -- 86 3.646 9.600 563 Quedas do Iguaçu -- 140 18.894 15.801 711 Reserva do Iguaçu -- 324 11.564 17.202 5.483 Rio Bonito do Iguaçu -- 102 18.430 17.037 180 Turvo -- 836 6.720 8.686 704 Virmond -- 296 7.016 6.090 108 Fonte: IBGE 2007 127

Tabela 12: Total de domicílios permanentes Urbanos, Rurais e percentual de atendimento, segundo as condições de saneamento por município PR 2000. Municípios Total de Domicíli os Domicílios Atendidos (%) Abastecimento de Água por rede geral (%) Esgoto Sanitário (%) Campina do Simão 1.067 28,0 0,19 Candói 3.431 36,0 0,89 Cantagalo 3.224 62,9 6,36 Espigão Alto do Iguaçu Foz do Jordão 1.544 1.319 28,2 -- 69,4 Goioxim 1.828 16,7 0,06 Guarapuava 41.980 90,0 40,84 Inácio Martins 2.697 55,8 6,99 LARANJEIRAS DO SUL 7.942 75,8 10,02 Marquinho 1.304 21,0 -- Nova Laranjeiras 2.760 20,1 7,37 Pinhão 7.054 54,9 11,88 Porto Barreiro 910 19,6 -- Quedas do Iguaçu 6.608 79,5 34,10 Reserva do Iguaçu 1.594 50,1 26,37 Rio Bonito do Iguaçu 2.839 19,5 0,11 Turvo 3.595 40,2 -- Virmond 1.025 33,4 7,52 Fonte: IBGE Censo Demográfico. Dados trabalhados pelo IPARDES, 2003. (¹) -- 128

Figura 28: Mapa Domicílios Urbanos com Serviços de Saneamento Básico/2000. Fonte: IPARDES, 2000. 129

Figura 29: Mapa Domicílios Rurais com Serviços de Saneamento Básico /2000. Fonte: IPARDES, 2000. 130

A taxa de freqüência à escola ou nos Centros de Educação Infantil é uma dimensão associada à desigualdade social, pois sinaliza o acesso aos sistemas de ensino público. Indica a proporção de crianças de cada grupo de idade que está freqüentando o sistema de ensino. As crianças de 4 a 5 anos correspondem parte da freqüência da pré-escola. Os municípios que se destacam na microrregião são Laranjeiras do Sul (33,95%) e Cantagalo (31,27%). As crianças de 7 a 14 anos correspondem ao ensino fundamental considerado obrigatória para essa faixa de idade, os percentuais na microrregião estão acima da média do estado, e o Município de Laranjeiras do Sul apresenta o índice de 82,28% ficando na média regional. Os jovens de 15 a 17 anos apresentam freqüência de 44,97% no Município de Laranjeiras do Sul e é o destaque da microrregião nesta faixa de idade. E para os jovens de 18 anos ou mais, apenas 5,87% freqüentam a escola no município de Laranjeiras, índice muito abaixo do desejado. 131

Tabela 13: Indicadores de Atendimento Educacional de Freqüência Faixa Etária de Idade - IBGE 2000 Municípios % 4 a 5 anos % 5 a 6 anos % 7 a 14 anos % 15 a 17 anos % 18 anos ou mais Campina do Simão 14,78 47,57 87,19 31,82 2,63 Candói 21,02 49,23 84,29 27,59 1,66 Cantagalo 31,27 57,31 88,22 38,22 3,01 Espigão Alto do Iguaçu 20,87 49,47 88,55 33,19 0,03 Foz do Jordão 16,59 46,97 78,07 27,03 0,94 Goioxim 9,30 41,47 86,02 18,06 0,24 Guarapuava 27,78 55,51 90,73 39,50 7,41 Inácio Martins 14,39 35,10 79,23 26,66 1,22 LARANJEIRAS DO SUL 33,95 63,82 82,28 44,97 5,87 Marquinho 9,64 37,14 75,47 18,75 0,51 Nova Laranjeiras 26,25 48,33 81,62 24,48 3,97 Pinhão 19,39 43,65 81,23 36,06 2,78 Porto Barreiro 15,46 60,93 84,85 37,93 0,80 Quedas do Iguaçu 23,28 51,57 91,92 41,81 4,15 Reserva do Iguaçu 30,35 60,04 84,38 25,16 3,28 Rio Bonito do Iguaçu 15,32 49,21 76,29 20,12 1,24 Turvo 19,92 41,22 88,61 27,58 2,13 Virmond 25,30 63,46 92,34 41,55 1,92 Fonte: IPARDES, 2000. A quantidade de alunos matriculados na Microrregião de Guarapuava na préescola em 2007 foi no total de 6.533 alunos, no ensino fundamental temos um total de 76.075 alunos e no ensino médio de 16.763 alunos, totalizando um número de 99.371 alunos matriculados nesta Microrregião. No ano de 2007 se matricularam ao todo 7.686 alunos no Município de Laranjeiras do Sul, desses 634 na pré-escola, 5.613 no ensino fundamental e 1.439 no ensino médio, entre rede pública e particular no município, representando 7,73% do total de alunos que se matricularam em toda a microrregião de Guarapuava no mesmo ano. 132

Tabela 14: Alunos Matriculados na Pré-Escola, ensino Fundamental e ensino Médio. Pré-Escola Ensino Fundamental Ensino Médio Municípios Total Púb Priv Tot Púb Priv. Tot Púb Priv Tot Geral Campina do Simão 136-136 1.037-1.037 174-174 1.347 Candói 85 06 91 3.564 26 3.580 641-641 4.312 Cantagalo 370-370 2.513-2.513 439-439 3.322 Espigão Alto do Iguaçu 83-83 937-937 243-243 1.263 Foz do Jordão 78-78 1.196-1.196 213-213 1.487 Goioxim 67-67 1.710-1.710 309-309 2.086 Guarapuava 2.24 2.87 2.32 622 28.058 8 0 9 30.387 6.410 813 7.223 40.480 Inácio Martins 261-261 2.417-2.417 384-384 3.062 LARANJEIR AS DO SUL 515 119 634 5.415 198 5.613 1.333 106 1.439 7.686 Marquinho 93-93 1.122-1.122 226-226 1.441 Nova Laranjeiras 145-145 2.186-2.186 547-547 2.878 Pinhão 249 18 267 6.916 59 6.975 1.201-1.201 8.443 Porto Barreiro 118-118 739-739 179-179 1.036 Quedas do Iguaçu 512 62 574 5.648 70 5.718 1.701 26 1.727 8.019 Reserva do Iguaçu 171-171 1.967-1.967 263-263 2.401 Rio Bonito do Iguaçu 268-268 4.045-4.045 628-628 4.941 Turvo 231-231 3.247-3.247 758-758 4.236 Virmond 76-76 686-686 169-169 931 TOTAL 6.53 3 76.075 16.763 99.371 Fonte: IBGE ( 2007) 133

Tabela 15: Matrículas, Corpo Docente e Estabelecimentos de Ensino na Educação Básicas Zona Urbana e Rural - Laranjeiras do Sul/2007 EDUCAÇÃO BÁSICA CRECHE PRÉ-ESCOLAR FUNDAMENTAL MÉDIO MATRÍCULAS 361 634 5.613 1.439 Estadual -- -- 2.621 1.333 Municipal -- 515 2.794 -- Particular -- 119 198 106 DOCENTES -- 40 274 120 Estadual -- -- 154 115 Municipal -- 32 104 -- Particular -- 8 16 5 ESTABELECIMENTOS DE ENSINOS -- 15 24 5 Estadual -- -- 7 4 Municipal -- 13 16 -- Particular -- 2 1 1 Fonte: IBGE (2007) Nota: Corpo Docente - um docente pode lecionar em mais de um grau / modalidade de ensino. Quanto ao número médio de séries concluídas pela população de adolescentes, jovens e adultos da Mesorregião Centro Sul Paranaense não apresenta grande variação entre os municípios do Centro Sul. De modo geral, a população adulta não conseguiu completar as oito séries do ensino fundamental: a média de séries concluídas no Estado é 6,5, e o maior valor atingido na região foi 6,1, em Guarapuava, com 4 municípios, Goioxim, Laranjal, Marquinho e Mato Rico, apresentando uma média de séries concluídas inferior a 4, sem completar o primeiro segmento do ensino fundamental. 134

Figura 30: Número Médio de Séries Concluídas pela População de 15 anos ou mais de idade na Mesorregião Centro Sul do Paraná 2000. Fonte: IPARDES, 2004 135

4.5 INFORMAÇÕES GEOPOLÍTICAS DO MUNICÍPIO O Município de Laranjeiras do Sul está localizado geograficamente a 25º24'29'' de latitude sul e 52º24'29'' de longitude oeste, com altitude média de 841,00 metros de altura. A área total do município segundo o IPARDES é de 673,31 km 2. Faz parte do município de Laranjeiras do Sul o Distrito de Passo Liso. A sede municipal dista 369 km de Curitiba e 115 km de Guarapuava, principal cidade da Microrregião; a principal via de acesso terrestre é a PR 277. O Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu fica a uma distância de 290 km, via rodoviária, e do Aeroporto Internacional de Curitiba fica a uma distância de 364 km. (Fonte: http://maps.google.com.br) O Aeroporto Regional de Cascavel, situado no município de Cascavel, fica a uma distância de 137 km, via rodoviária. (Fonte: http://maps.google.com.br) Laranjeiras do Sul está distante 464 km do Porto de Paranaguá. Faz divisa com os municípios de Rio Bonito do Iguaçu e Porto Barreiro ao sul, o município de Marquinho ao norte, o município de Virmond ao leste, e com o município de Nova Laranjeiras a oeste. Sua área é de 673,31 km² representando 0,34 % do Estado, 0,12 % da Região e 0,01 % de todo o território brasileiro. Figura 31: Municípios vizinhos de Laranjeiras do Sul Fonte: IPARDES 136

Tabela 16: Informações Geopolíticas do Município Altitude 841,00 m Longitude W-GR 52º24'29'' W-GR Latitude Sul 25º24'29'' Sul Ao sul Rio Bonito do Iguaçu e Porto Barreiro Limites Ao norte Marquinho A leste Virmond A oeste Nova Laranjeiras. Área Municipal 673,31 Área Urbana 19,30 Km² População Estimada 2008 31.516 habitantes População Total - 2007 30.481 habitantes População Total - 2000 30.025 habitantes População Urbana 2000 23.562 habitantes População Rural 2000 6.463 habitantes Densidade Demográfica 45,27 hab/km³ Aeroporto mais próximo 137 km (Aeroporto Regional de Cascavel) Distância Sede á Curitiba Cascavel Guarapuava Foz do Iguaçu 369 km 135 km 110 km 270 km Porto Paranaguá 464 km Distrito Administrativo Passo Liso Fonte: IPARDES/ IBGE 2003 137

Figura 32: Mapa Rodoviário. Fonte: IPARDES Mapa Político Rodoviário do Estado do Paraná - 2006 138

4.6 CANTUQUIRIGUAÇU PR 4.6.1 Caracterização do Território O processo histórico de constituição territorial é pontuado por conflitos, desde o início com o enfrentamento entre indígenas e portugueses no século XVIII até os dias de hoje onde o território vivencia conflitos fundiários. A ruralidade é um traço marcante do território, onde a produção primária representa 33% do valor adicionado obtido na região. Por outro lado essa ruralidade é marcada pela pobreza, demonstrada pelos altos índices de famílias pobres, de domicílios sem água encanada, sem esgoto sanitário, sem lixo coletado e sem acesso à energia elétrica, somados à taxas de mortalidade infantil e de analfabetismo superiores à média estadual. 4.6.2 Localização O território situa-se na poção centro-oeste do Estado do Paraná e conta com uma população de 232.729 habitantes, sendo mais de 50% vivendo na zona rural. É delimitado ao Norte pelo rio Piquiri, ao sul pelo Rio Iguaçú (conta com sete usinas hidrelétricas, entre as quais Salto Segredo, Salto Santiago, Salto Osório e Foz do Areia) e na fronteira Oeste pelo rio Cantu. O nome Cantuquiriguacú é uma junção dos nomes destes três rios. Compreende 20 municípios, dos quais Laranjeiras do Sul é o mais antigo e com maior população e sedia a Associação dos municípios. O território está na rota rodoviária com o Paraguai e com a Argentina, pela BR-277 (rodovia federal pedagiada) que corta o território no sentido leste-oeste, fazendo a ligação entre o Porto de Paranaguá e Foz do Iguaçu. A comunicação rodoviária entre este Porto e Cascavel é feita pela ferroeste, que cruza toda a extensão longitudinal do território. O território é entre cortado por estradas rurais que, devido ao relevo acidentado, ao solo basáltico, ao regime de chuvas (> de 1.600 mm/ano), e á grande extensão territorial, exige manutenção constante para se manterem em condições de tráfego durante o ano. 139

Figura 33: Mapa do Estado do Paraná com a localização do Território Cantuquiriguaçú. 4.6.3 História A ocupação do Estado do Paraná iniciou-se ainda no século XVII, no contexto do ciclo do ouro, quando os exploradores portugueses instalaram os primeiros povoamentos no litoral e no primeiro planalto do Estado. Na mesma época, nas áreas interioranas, em sítios isolados, teve início a implantação de Missões conduzidas por padres jesuítas espanhóis, que chegaram ao interior navegando pelo Rio Paraná. O interesse dos colonizadores portugueses na ampliação das fronteiras e na captura de indígenas para o trabalho escravo levou à destruição das Missões ainda no século XVIII. No entanto, permaneceram as primeiras trilhas para o interior, as quais vieram a ser utilizadas pelos primeiros desbravadores do território. 140

A descoberta dos Campos de Guarapuava data da segunda metade do século XVIII, através de uma bandeira cujo objetivo era deter o avanço espanhol na zona meridional. Essa exploração registrou a presença dos povos indígenas que habitavam a região. O povoamento da região oeste se deu a partir de Guarapuava e Palmas, processo este que ocorreu de maneira irregular e sob três formas: pela iniciativa oficial, pela iniciativa particular/empresarial e pela ocupação espontânea de terras devolutas. O combate e aldeamento dos índios funcionaram como um vetor importante no processo de ocupação do território paranaense. O início do século XIX é marcado pela guerra declarada aos indígenas, sob a alegação de que estes impediam a fixação e o trânsito de pessoas. O aldeamento dos índios Camés, Votorões e Dorins teve início em 1810, porém estes ofereceram resistência até meados do século. Naquele período, a região do atual município de Laranjeiras do Sul era um grande sertão, habitado por comunidades indígenas. O processo de desbravamento, povoamento e urbanização trouxe consigo o encontro e, muitas vezes, o confronto cultural com os habitantes indígenas, os quais, no que se refere ao território, acabaram sendo empurrado sertão adentro. As comunidades que permaneceram tiveram que se organizar em reservas demarcadas, conforme a política oficial do Estado brasileiro. Entre os processos de caráter econômico que tiveram importância histórica para a região está a exploração da erva-mate, sobretudo no século XIX, a qual, contudo, entra em declínio a partir da década de 1930. Na área onde estão localizados os municípios do Cantuquiriguaçú predominavam empresas de capital argentino na exploração ervateira. Ainda no século XIX, outra atividade econômica relevante no processo de ocupação dessa região foi o tropeirismo. O comércio de muares entre o Rio Grande do Sul e São Paulo foi responsável pela criação de diversas estradas. Os tropeiros provocavam grande tráfego e fazia suas pousadas em vários pontos das estradas, o que deu origem a muitas cidades. A exploração madeireira, que teve seu momento relevante como fomentadora da ocupação do solo paranaense em meados do século XX, também foi responsável pelo povoamento de uma vasta área 141

compreendida entre as cabeceiras dos rios Tormenta e Adelaide, ambos tributários do Iguaçu. Do ponto de vista dos processos políticos, destacam-se a Colônia Militar Marechal Mallet, criada em 1888, servindo de ponto intermediário de ligação entre Guarapuava e Foz do Iguaçu, e a Colônia Militar do Iguaçu (1889). A partir da ocupação dos campos guarapuavanos, as Colônias Marechal Mallet e Foz do Iguaçu foram criadas como elementos nacionais, justamente para garantir a posse do território, tendo em vista questões de limite com a Argentina. O território guarapuavano sofreu sucessivos desmembramentos, tendo sido o maior município do Estado, chegando a ocupar uma área equivalente a ¼ do território paranaense. Os 20 municípios que compõem o território Cantuquiriguaçú são parte desse processo de desmembramento. Os mais antigos são Laranjeiras do Sul (1946) e Guaraniaçu (1952), e aqueles com implantação mais recente são: Espigão Alto do Iguaçu, Foz do Jordão, Goioxim, Marquinho, Porto Barreiro e Reserva do Iguaçu (1997). Essas datas indicam o quanto é recente a ocupação da região na forma de municípios. Ainda em termos políticos devem-se destacar os seguintes movimentos: o Contestado (1912 a 1916), o Movimento Tenentista e a Coluna Prestes (1924) e o Território Federal do Iguaçu (1943-1946), que compreendia áreas do oeste e sudoeste paranaenses e mais uma porção catarinense. A história dos municípios do Cantuquiriguaçú está de uma forma ou de outra, ligada à história de Guarapuava. Recuperar os elementos constitutivos da ocupação desse território possibilita uma compreensão da sociedade que nele construiu seu cotidiano. A história do Paraná e do território Cantuquiriguaçú passa também por movimentos migratórios nacionais e internacionais. No início do século XX, imigrantes eslavos e italianos ocuparam parte dessa região. A década de 50 registrou um grande fluxo de imigrantes gaúchos e catarinenses em terras paranaenses particularmente com destino às áreas do sudoeste e do oeste, formado por famílias que vinham em busca de nova vida e terras férteis. Hoje o território Cantuquiriguaçú congrega 20 municípios (Campo Bonito, Candói, Cantagalo, Catanduvas, Diamante do Sul, Espigão Alto do Iguaçú, Foz do Jordão, Goioxim, Guaraniaçú, Ibema, Laranjeiras do Sul, Marquinho, Nova 142

Laranjeiras, Pinhão, Porto Barreiro, Quedas do Iguaçú, Reserva do Iguaçú, Rio Bonito do Iguaçú, Três barras do Paraná e Virmond) que integram a Associação dos municípios. Nos anos de 2002 e 2003 o Plano Diretor Municipal para o Desenvolvimento dos Municípios da Cantuquiriguaçú apresentou como proposição de estrutura para a gestão territorial a criação de um Conselho Territorial de Desenvolvimento (CONDETEC), com caráter propositivo, normativo e deliberativo, formado por entidades públicas, privadas e não-governamentais. No ano de 2004 esta proposta foi efetivada com a instalação no mês de abril do CONDETEC (Conselho de Desenvolvimento do Território Cantuquiriguaçú) e suas câmaras técnicas. Também no ano de 2004 foi realizado um Diagnóstico sócio econômicos, trabalho resultante de acordo de cooperação técnica entre o Governo do Paraná e FAO Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. Neste mesmo ano o Cantuquiriguaçú foi reconhecido como território a ser trabalhado pela SDT/MDA. 4.6.4 Aspectos Físico-Ambientais Predomina no território relevos ondulado a fortemente ondulado, entremeados com áreas de relevos plano e suave ondulado. Seu clima, segundo a classificação de Köeppen, é o subtropical ou mesotérmico, com presença de verão e inverno bem definido, com possibilidades de geadas no inverno e chevas regulares em todos os meses. O regime de chuvas varia de 1.800 mm a 2.000 mm/ano, bem distribuídas durante o ano. Possui balanço hídrico positivo. Predominam solos originários do basalto, com ocorrência de litólicos, latossolos, terras roxas, terras brunas e cambissolos. Atualmente a cobertura vegetal nativa ocorre de forma esparsa e abrange menos de 20% do território. Sua cobertura original é classificada como Floresta Ombrófila Mista. Uma parcela do território, situada na margem direita do Rio Iguaçú é compreendida pela Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, reconhecida pela UNESCO. 143

4.6.4.1 Índices Demográficos Tabela 17: Informações Sobre a População População Residente (hab) Índices Demográficos Densid ade Índice Razão Razão Município ÁREA % Total Urbana Rural Dem. Urban. Depend Depend Rural (hab/km (%). Total. Rural 2) Total 13.922,2 234.231 113.382 120.849 16,8 48,4 51,6 68,8 70,4 Território Total 199.281, 9.564.6 7.782.5 1.782.0 48,0 81,4 18,6 55,6 62,1 Estado 7 43 60 83 % de a/b 7,0 2,4 1,5 6,8 Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2000 A densidade demográfica do território é baixa, em relação à estadual. Dos 20 municípios, 14 contam com menos de 20 habitantes por Km². Na década de 90 a grande parte dos municípios da região apresentou taxa de crescimento populacional negativa, enquanto que no mesmo período o estado cresceu 1,12%. Apenas 3 municípios da região contam com mais de 20 mil habitantes, nenhum possui mais de 30.000 e metade deles conta com menos de 8 mil habitantes. Em sua maioria são municípios jovens, com menos de 10 anos de instalação. Tabela 18: Informações Sobre a População por Município Município População Residente (hab) Total Urbana Rural Densidade Demográfica (hab./km²) Taxa de Crescimento (91-00) Campo Bonito 5.128 2.244 2.884 10.94 0.12 Candói 14.185 5.158 9.027 8.68 Cantagalo 12.810 7.312 5.498 23.06-6.07 Catanduvas 10.421 4.709 5.712 18.07 0.54 Diamante do Sul 4.878 2.480 2.398 9.80 Espigão Alto do Iguaçu 5.388 1.572 3.816 15.70 Foz do Jordão 6.378 4.312 2.066 23.81 144

Goioxim 8.117 1.768 6.349 10.42 Guaraniaçu 17.201 8.126 9.075 14.70-3.69 Ibema 5.872 4.438 1.434 49.94-0.35 Laranjeiras do Sul 30.025 23.562 6.463 67.00-5.21 Marquinho 5.659 568 5.091 10.09 Nova Laranjeiras 11.848 1.813 10.035 17.21 Pinhão 28.408 13.734 14.674 14.20-1.88 Porto Barreiro 4.206 412 3.794 9.35 Quedas do Iguaçu 27.364 19.626 7.738 30.14-1.27 Reserva do Iguaçu 6.678 3.340 3.338 5.20 Rio Bonito do Iguaçu 13.791 1.878 11.913 18.04 Três Barras do Paraná 11.822 4.931 6.891 23.14-2.13 Virmond 4.052 1.399 2.653 17.25 a) Total Território 234.231 113.382 120.849 19.84 b) Total Estado 9.564.643 7.782.560 1.782.083 47.54 1.12 c) % de a/b 2,4 1,5 6,8 Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2000 4.6.5 Caracterização Social 4.6.5.1 IDH e Situação de Pobreza Tabela 19: Índice de Desenvolvimento Humano IDH-M IDH-L IDH-E IDH-R (Renda) (Longevidade) (Educação) Brasil 0,766 -- -- -- Paraná 0,787 0,747 0,879 0,736 Território do Cantuguiri 0,708 0,697 0,805 0,621 Fonte: PNUD O IDH Médio do Território está abaixo do IDH Médio do Paraná e do Brasil. Todos os 20 municípios possuem IDH abaixo da média paranaense e brasileira. O índice que compõe o IDH-M que está mais abaixo das médias Estadual e Nacional é o referente a renda (0,621), que compromete um melhor desempenho da região, 145

fazendo com que os municípios ocupem posições intermediárias para finais no ranking estadual (O melhor colocado ocupa a 151ª posição e o pior colocado ocupa a 388ª posição). Tabela 20: Domicílios em Situação de Pobreza Domicílios Domicílios Domicílios Pobres Total Rural Total Rural Domicílios % Domicílios % Território do 56.311 26.529 16.805 29,8 9.604 36,2 Cantuguiri Estado 2.663.037 450.430 441.727 16,6 142.789 31,7 % de a/b 1,9 6,5 4,4 9,1 Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2000 O território apresenta índices relevantes de domicílios pobres, comparando-se com a média estadual. Dado confirmado pelo fato de todos os municípios do território possuírem percentuais de domicílios pobres superiores à média estadual. 4.6.5.2 Educação Tabela 21: Principais Indicadores Educacionais Analfabetismo Escolarização de 7 a 14 anos Escolarização dos respons. p/ domicílios População com 15 ou mais População de 7 a 14 anos Responsáveis por Pessoas anos domicílios Matricula nas Menos de Analfabetos Pessoas Pessoas escolas quatro anos Total do Território 153.708 55.428 36,1 42.189 39.097 92,7 57.580 25.627 44,5 Total do Estado 6.816.328 1.669.624 24,5 1.483.909 1.422.022 95,8 2.664.276 812.015 30,5 % de a/b 1,9 3,3 2,4 2,3 1,9 3,2 Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2000 Chama a atenção o significativo índice de analfabetismo da população acima de 15 anos de idade, constituído-se como um sério problema, agravado pelo ato de que 44,5% dos responsáveis pelos domicílios possuírem menos de 4 anos de estudo. Entre as possíveis causas de elevado analfabetismo pode-se citar a 146

dificuldades de acesso à escola (distância e terrenos íngremes) aliada à falta de infraestrutura para o transporte escolar, população predominante agrária, condições sócio econômicas, relação com a história da educação no Brasil e questões culturais.. Concomitante a isso consta que os maiores índices de analfabetismo acontecem nos municípios com uma taxa maior de pessoas pobres. Uma das características da região, que acentua o problema educacional é o fato do território se localizar em um vazio universitário, estando a mais de 100 Km dos centros universitários mais próximos: Guarapuava, Cascavel, Pato Branco e Palmas. É importante destacar que o território conta com 6 Casas Familiar Rural e uma em implantação em Guaraniaçu, o que representa uma importante alternativa ao desenvolvimento rural. 147

4.6.6 Caracterização Econcômica 4.6.6.1 Indicadores Econômicos Tabela 22: Indicadores Econômicos PIB TOTAL (mil R$) PIB PER CAPITA PIB AGRICOLA PIB INDÚSTRIAS PIB SERVIÇOS Empresas c/ At. Agrícolas Valor CNPJ Produção (mil R$) - (mil R$) (mil R$) - Agrícola % % % 2002 2002 2002 (2002) (1995/96) (2002) Território 1.713.554 134.883 684.221 39,9 468.160 27,3 442.524 25,8 542.816 81.379 23.801 Estado 81.449.312 2.870.635 12.556.071 15,4 31.596.521 38,8 33.314.572 40,9 19.476.680 2.575.264 4.560.236 % de a/b 1,2 3,0 4,0 0,2 1,0 1,9 3,5 0,3 Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2000 A economia do território é principalmente agrícola. O PIB agrícola representa 39.9% do PIB do território. As indústrias que respondem ao todo por 27,3% do PIB, são predominantemente ligas à agropecuária, principalmente do setor madeireiro ou em atividades relacionadas (móveis, laminados etc). Outro segmento presente é o de transformação de cereais, principalmente milho e arroz. Metade dos municípios possui agroindústrias de derivados de cana, produzindo principalmente cachaça e 148

A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente. A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente. PREFEITURA MUNICIPAL DE LARANJEIRAS DO SUL açúcar mascavo. Aparecem ainda indústrias que processam erva-mate, suínos e leite. Porém predominantemente produzem produtos de baixo valor agregado. Em relação ao comércio ele está focado no atendimento de itens básicos demandados pelos consumidores. As cooperativas realizam comercialização de insumos e equipamentos voltados à produção agropecuária e na aquisição dos produtos agrícolas, como grãos, frangos, leite e suínos. 4.6.6.2 Ocupação, Terra, Estrutura Fundiária e Produção Agrícola Utilização das Terras 95/96 Lavouras Permanentes 3% 6% 5% 1% 29% Lavouras Temporárias Pastagens Naturais Pastagens Plantadas 19% Matas e Florestas Naturais 10% Matas e Florestas Plantadas Produtivas não Utilizadas 27% Gráfico 08: Utilização das Terras por área Fonte: IBGE, Censo Agropecuário, 1995/96 Inaproveitáveis Estabelecimentos rurais Segundo Grupos de Atividades Econômicas 0% Lavoura temporária 22% 18% 1% 0% 0% 3% Gráfico 09: Estabelecimentos Rurais Segundo Grupos de Atividades Econômicas 56% Horticultura e produtos de viveiro Lavoura permanente Pecuária Produção mista (lavoura e pecuária) Silvicultura e exploração florestal Pesca e aquicultura Produção de carvão vegetal 149

Tabela 23: Área ocupada pelos Diferentes Grupos de Atividade Econômica Município Área Total Área conforme grupos de atividade econômica (em ha) Lavoura temporária Horticultura e produtos de viveiro Lavoura permanente Pecuária Produção mista (lavoura e pecuária) Silvicultura e exploração florestal Pesca e agricultura Produção de carvão vegetal a) Total Território 1.144.124 527.760 996 8.332 314.278 166.832 124.055 98 1.777 b) Total Estado 15.946.632 6.619.017 103.209 401.741 5.479.791 1.991.017 1.327.028 9.633 15.197 c) % de a/b 7,2 8 1 2,1 5,7 8,4 9,3 1 11,7 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário, 1995/96 150

A maior parte da área é ocupada por lavouras temporárias, principalmente milho, soja, feijão, arroz e trigo. Destas a que apresenta melhor desempenho de produtividade em relação à média estadual é a soja.. O milho é explorado em quase todas as propriedades rurais, principalmente nas unidade familiares sendo historicamente a cultura que ocupa a maior área. O arroz é cultivado sem irrigação, predominando seu plantio em propriedades familiares. O trigo, acompanhando a soja, é cultivado nas propriedades maiores. Outra área significativa é a reservada para pastagens plantadas, que ocupa a significativa fatia de 27% da área, somando a área de pastagens naturais, acaba superando a área de lavouras temporárias em 8%. Por sua vez a produção animal tem apresentado crescimento no território, que possui 6,3% do rebanho bovino do estado, 6,8% do eqüídeo, 9,2% do ovino, 5,8% do suíno e 3,9% das aves. No caso da bovinocultura de corte, a região é tipicamente criadora de bezerros, que são engordados em outras regiões do estado. O leite também é uma atividade importante da região, especialmente para os agricultores familiares, porém possuem 3,8% do rebanho leiteiro do Estado e respondem por 3,3% da produção estadual, denotando uma produtividade abaixo da média estadual. Os produtos florestais tem sido a principal base do setor industrial no território. A maior parte das áreas de reflorestamento foram introduzidas com incentivos fiscais e grande parte destes reflorestamentos é de propriedade de empresas madeireiras, porém este setor está em declínio em função da descontinuidade do plantio. 151

A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente. A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente. PREFEITURA MUNICIPAL DE LARANJEIRAS DO SUL Evolução Histórica da Produção Agrícola - % da Área 70 60 % 50 40 30 20 10 0 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 Ano Gráfico 10: Evolução Histórica da Produção Agrícola Fonte: IBGE 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 Milho Soja Feijão Trigo Arroz Cevada Aveia Evolução Históricada Produção Agrícola (75-03) - % PIB 60 50 % 40 30 20 10 Milho soja Trigo Batata inglesa Arroz Cevada Mandioca Feijão Fumo 0 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003-10 Ano Gráfico 11: Evolução Histórica da Produção Agrícola (% VPB) (Fonte: IBGE) Fonte: IBGE 152

A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente. PREFEITURA MUNICIPAL DE LARANJEIRAS DO SUL Pessoal Ocupado nos estabelecimentos rurais, conforme o sexo - 1995/96 39% 61% Homens Mulhers Gráfico 12: Pessoal Ocupado Conforme o Sexo Fonte: IBGE, Censo Agropecuário, 1995/96 Tabela 24: Pessoal Ocupado nos Estabelecimentos Rurais por Categoria Municípi o a) Total Territór io b) Total Estado c) % de a/b Total Pessoal Ocupad o Pessoal Ocupado na Atividade Agropecuária Residentes nos Responsáv eis e Empregad Empregad membros Parceiros Outra os os não empregad condiç permanent temporári remunerad os ão es os os da Pessoas % família 80.495 70.741 4.591 4.206 216 741 71.158 88,4 1.287.6 32 983.329 143.124 118.699 18.363 24.117 936.997 72,8 6,3 7,2 3,2 3,5 1,2 3,1 7,6 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário, 1995/96 As atividades agrícolas geram trabalho para 80.495 pessoas no território ao passo que a população economicamente ativa do território é de 178.700 habitantes, 153

A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente. A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente. PREFEITURA MUNICIPAL DE LARANJEIRAS DO SUL significando que 45% da população economicamente ativa está ocupada nos estabelecimentos rurais. Condições dos Produtores por Número de Estabelecimentos 95-96 13% 6% 6% Proprietários Arrendatários Parceiros Ocupantes 75% Gráfico 13: Estabelecimentos Rurais Conforme a Condição do Produtor Fonte: IBGE, Censo Agropecuário, 1995/96 Condições dos Produtores por Área 95-96 3% 1% 3% Proprietários Arrendatários Parceiros Ocupantes 93% Gráfico 14: Área Ocupada Conforme a Condição dos Produtores Fonte: IBGE, Censo Agropecuário, 1995/96 Os estabelecimentos rurais onde a condição do produtor é de proprietário representam 75% dos estabelecimentos, ocupando 93% da área, ao passo que arrendatários, parceiros e ocupantes trabalham em 25% dos estabelecimentos com apenas 7% da área. Isto explica parcialmente o grande número de acampamentos sem-terra no território. Outro aspecto presente no território é ausência de 154

A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente. A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente. PREFEITURA MUNICIPAL DE LARANJEIRAS DO SUL regularização fundiária. O território possui índice de Gini (índice que mede a concentração da terra) de 0,74, valor que demonstra nível muito forte de concentração fundiária. Estabelecimentos rurais por Grupo de Área 95/96 3% 1% 0% 22% 7% 4% 40% Até 10 ha 10 a 20 ha 20 a 50 ha 50 a 100 ha 100 a 200 ha 200 a 500 ha 500 a 1.000 ha Mais de 1.000 ha 23% Gráfico 15: Número de Estabelecimentos Rurais por Grupos de Áreas 95/96 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário, 1995/96 27% Área ocupada pelos Estabelecimentos Rurais por Grupo de Área 95/96 4% 7% 10% 17% 11% 14% 10% Até 10 ha De 10 a 20 ha De 20 a 50 ha De 50 a 100 ha De 100 a 200 ha De 200 a 500 ha De 500 a 1.000 ha Mais de 1.000 ha Gráfico 16: Área Ocupada pelos Estabelecimentos Rurais Conforme Grupos de Área Fonte: IBGE, Censo Agropecuário, 1995/96 155

A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente. A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente. PREFEITURA MUNICIPAL DE LARANJEIRAS DO SUL PESSOAL OCUPADO NOS ESTABELECIMENTOS RURAIS, CONFORME GRUPOS DE ÁREA - 1995/96 1% 2% 23% 8% 5% 4% 35% Até 10 ha De 10 a 20 ha De 20 a 50 ha De 50 a 100 ha De 100 a 200 ha De 200 a 500 ha De 500 a 1.000 ha Mais de 1.000 ha 22% Gráfico 17: Pessoal Ocupado nos Estabelecimentos Rurais Conforme Grupos de Área Fonte: IBGE, Censo Agropecuário, 1995/96 As áreas com menos de 20 ha representam 63% dos estabelecimentos, ocupam apenas 11 % da área, respondem por 57% do pessoal ocupado nos estabelecimentos rurais e 21% da produção agrícola anual, ao passo que os estabelecimentos com mais de 1.000 ha representam menos de 1% dos estabelecimentos, ocupam 27% da área, representam apenas 2% do pessoal ocupado nos estabelecimentos rurais e 19% da produção agrícola anual. Valor Anual da Produção Animal e Vegetal por Grupo de Área 11% 19% Até 10 ha De 10 a 20 ha 10% De 20 a 50 ha 13% De 50 a 100 ha De 100 a 200 ha 16% De 200 a 500 ha De 500 a 1.000 ha 13% 10% Mais de 1.000 ha 8% Gráfico 18: Valor Anual Bruto da Produção Vegetal e Animal por Grupos de Área Fonte: IBGE, Censo Agropecuário, 1995/96 156

Tabela 25: Valor Anual Da Produção Animal e Vegetal, Por Tipo De Atividade Econômica - 1995/96 Municíp io a)total Territóri o b)total Estado c)% de a/b Valor Produç ão Total 278.296 5.573.8 90 Produção Animal Produção Vegetal Grand Médio e porte porte 33.29 14.60 3 8 877.7 288.3 38 55 Peque Lavour Lavoura Horticult Silvicultu no as s Temp. ura ra porte Total Extraç ão Vegeta l 26.511 4.308 184.179 1.795 4.906 8.695 672.11 233.13 3.216.0 78.055 150.037 58.418 4 3 40 3,1 4,6 2,9 0,7 1,6 3,4 1,9 1,1 7,0 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário, 1995/96 Tabela 26: Tamanho da área e número de Famílias Assentadas no Território Catuquiriguaçú - 2003 Município Área Famílias Assentadas Absoluto % Absoluto % Campo Bonito 946,8 1.3 47 1.6 Candói 5.142,9 7.3 250 8.6 Cantagalo 16.911,6 23.9 136 4.7 Goioxim 4.631,4 6.5 220 7.6 Laranjeiras do Sul 2.276,7 3.2 115 3.9 Marquinho 1.402,0 2.0 56 1.9 Nova Laranjeiras 2.887,1 4.1 210 7.2 Pinhão 5.967,5 8.4 198 6.8 Quedas do iguaçú 1.608,8 2.3 81 2.8 Reserva do Iguaçú 1.997,4 2.8 96 3.3 Rio Bonito do Iguaçú 27.078,4 38.2 1504 51.6 Cantuquiriguaçú 70.850,5 100.0 2913 100.0 Paraná 377.311,1 18.8 14581 20.0 Fonte: INCRA 157

Dos 20 municípios que compõem o território, 11 possuem famílias assentadas. O território comporta quase 19% da área de assentamentos do Estado. Embora o território possuam um número significativo de famílias acampada. No ano de 2004 dados do MST mostravam mais de 3.000 famílias acampadas em 6 acampamentos distribuídos no território. A construção de usinas hidrelétricas no território implicou no deslocamento de cerca de 400 famílias de agricultores. No caso da usina de Segredo os agricultores foram reassentadas em novas áreas, nas demais usinas os agricultores foram indenizados e adquiriam áreas em outras regiões. Para as famílias que tiveram as terras parcialmente inundadas, a área remanescente é pequena o que oferece poucas possibilidades de se manter em atividades sustentáveis, demandando o reposicionamento destas famílias. 4.6.6.3 Agricultura Familiar Tabela 27: Indicadores De Desempenho Da Agricultura Familiar 1995/96 Área Média (ha./estab) Trab/ha. VBP/Estab (R$) VBP/ha. (R$) VBP/Trab (R$) No Território 23,4 0,14 6.599 282 1.974 No Estado 20,4 0,15 8.351 410 2.672 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário, 1995/96, Tabulação especial FAO/INCRA Tabela 28: Participação Dos Estabelecimentos Familiares No Valor Bruto Da Produção - 1995/96 Agric Fam Total AF de maior renda AF de Renda média AF de baixa renda AF quase sem renda a) Total do Território 48,7 25,3 14,2 4,6 4,6 b) Total do Estado 48,2 28,6 12,3 3,4 3,9 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário, 1995/96, Tabulação especial FAO/INCRA Tabela 29: Caracterização Dos Estabelecimentos Familiares - 1995/96 Estab Estab Familiares % do AF de maior Estab renda % AF de renda Estab média % AF de baixa Estab renda % AF quase sem Estab renda % 158

Total da AF da AF da AF da AF Total do Território 20.528 88,7 2.449 11,9 6.752 32,9 5.037 24,5 6.290 30,6 Total do Estado 321.380 86,9 52.742 16,4 100.258 31,2 62.436 19,4 105.944 33,0 % de a/b 7,9 3,9 7,1 10,4 9,2 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário, 1995/96, Tabulação especial FAO/INCRA A agricultura familiar possui um peso significativo na economia do território, visto que responde por 48,7% do Valor Bruto da Produção, e 88,7% dos estabelecimentos agrícolas são constituídos de agricultura familiar. Por outro lado, quase 1/3 dos agricultores familiares são quase sem renda. A agricultura familiar, embora esteja espalhada no território, aparece com maior expressão nas áreas com relevo ondulado e fortemente ondulado, onde as condições naturais restringem a mecanização. Nos sistemas de produção os componentes mais freqüentes são: milho, feijão, suínos, bovinos de leite e aves caseiras. Geralmente são comercializados in natura, junto à intermediários locais. Tabela 30: Pronaf, Contratos E Valor, Por Grupos - Ano Agrícola 2003/04 a) Total Territ ório b) Total Estad o c) % de a/b TOTAL GRUPO A GRUPO C GRUPO D GRUPO E EXIGIBILI cont cont cont cont cont cont valo valor valor valor valor valor rat rat rat rat rat rat r 13.0 50 43.8 97 50.683. 138.5 8.89 24.127 10 214 00 9.026 166.09 1.242. 31.8 85.004 91 4.926 626 36.549 3.05 7 9.43 6 17.132 8.820. 5.99 899 1.304 891 4 55.364 2.26 23.807 5.99 1.163 1.788 4 22,2 25,9 14,3 13,8 19,8 20,5 28,0 30,7 31,1 34,6 0,0 0,0 Fonte: MDA, Pronaf 159

Do total de contratos concedidos apenas 10 contratos realizados para classificação A e B enquanto que os grupos C,D e E totalizaram 9.655 contratos. Tabela 31: Pronaf Investimento, Por Grupo - Ano Agrícola 2003/04 a) Total Territóri o b) Total Estado c) % de a/b GRUPO A GRUPO C GRUPO D GRUPO E contrato contrato contrato contrato valor valor valor valor s s s s 1.080.92 10 138.500 1.416 8.075.682 407 4.401.394 68 0 1.242.62 23.743.20 17.274.88 3.439.11 91 3.433 1.560 208 6 4 0 1 14,3 13,8 18,9 17,4 37,8 42,3 31,7 33,0 Fonte: MDA, Pronaf Tabela 322: Pronaf Custeio, Por Grupo - Ano Agrícola 2003/04 a) Total Territó rio b) Total Estad o c) % de a/b GRUPO A/C GRUPO C GRUPO D GRUPO E EXIGIBILIDA contrat contrat contrat contrat Contra val valor valor valor valor os os os os tos or 184 458.5 16.051. 12.730. 7.739.9 5.9 7.483 2.650 831 1 00 344 910 71 94 272 669.8 61.261. 38.089. 20.368. 5.9 28.403 7.876 2.053 1 07 346 283 677 94 30,9 30,4 19,9 21,7 26,1 25,5 31,1 34,9 0,0 0,0 Fonte: MDA, Pronaf 4.6.6.4 Indústria, Comércio e Serviços 160

A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente. PREFEITURA MUNICIPAL DE LARANJEIRAS DO SUL 239 Empresas por tipo selecionado de empresas 84 8 626 Agricultura, pecuária, silvicultura Indústrias extrativas 121 Indústrias de transformação Construção 2.965 Comércio; reparação de veículos automotores Transporte, armazenagem e comunicações Gráfico 19: Número de Empresas, por Tipo Selecionado de Empresa Fonte: IBGE, Cadastro Central das Empresas, 2002 4.7 SISTEMA PRODUTIVO A cadeia produtiva mais industrializada no território é a do setor madeireiro, outro setor com relevância é o de cereais, principalmente milho (fubá e canjica) e arroz. Metade dos municípios possuem agroindústria de derivados de cana, produzindo cachaça e açúcar mascavo. Encontramos ainda, agroindústrias que processam erva-mate, suínos e leite. Algo comum ás agroindústrias existentes é que produzem produtos de baixo valor agregado. A região, apesar de ser grande produtora de leitões e contar com frigorífico de suínos, exporta leitões para serem engordados em outras regiões do Estado e importa mais de 90% de animais abatidos. No caso do leite, grande parte da produção é processada em indústrias localizadas fora do território, principalmente Londrina (Confepar), Medianeira (Frimesa) e Enéas marques (Parmalat), mesmo as 5 cooperativas municipais existentes são integradas à estas empresas. A atividade é a principal cadeia produtiva da agricultura familiar, porém possui produtividade abaixo da média estadual. Integrações agroindustriais atuam na região, principalmente em aves de corte (Sadia e Copavel), fumo e bicho da seda. Nesses casos apenas a fase agrícola ocorre no território. 161

A cultura da soja é o cereal que apresenta melhor desempenho de produtividade em relação á média estadual. O milho é explorado em praticamente todas as propriedades rurais, desde agricultores de subsistência até estabelecimentos com áreas maiores com emprego de alta tecnologia. Observa-se ainda as culturas do feijão, fumo, aves de corte e suínos, localizadas principalmente nas pequenas áreas. A comercialização desses produtos é feita no próprio território. O feijão é vendido junto à cerealistas locais, a soja, o trigo e milho contam com participação de cooperativas, principalmente de fora da região, como a Cooperativa Agrária de Guarapuava, a COAMO de Campo Mourão e a Coopavel de Cascavel. Em relação á bovinocultura a região é tipicamente produtora de bezerros, que são engordados em outras regiões do estado, como Apucarana e Paranavaí. O gado de corte é comercializado na maioria em frigoríficos fora do território. O setor de madeiras e reflorestamento está relacionado à exploração de lenha, carvão e madeira, sendo significativa a extração de matéria prima de florestas naturais, não cultivadas. Grande parte dos reflorestamentos é de propriedade de empresas madeireiras. O cooperativismo está mais relacionado com a produção de grãos, principalmente na comercialização de insumos e compra de cereais, principalmente soja, milho e trigo. Existem 12 cooperativas atuando no território, sendo as principais: Coopavel, Coopergrão, Coamil, Coproeste, Camix, Coasul, Agrária e Coamo. 4.7.1 Discussão das Principais Cadeias Produtivas Segundo dados do município diversos trabalhos anteriores foram feitos para avaliar os sistemas produtivos do Território, dentre eles podemos destacar as reuniões setoriais de Dinamização das Economias do Território Cantuquiriguaçú. Os grupos elencaram em ordem de prioridade para a agricultura familiar as cadeias produtivas segundo sua relevância para o setor nos quesitos agregação de valor, segurança alimentar, inclusão e geração de renda. Após a definição das cadeias produtivas em ordem de prioridade para a agricultura familiar abriu-se o debate para descrição dos principais problemas e principais soluções para o desenvolvimento das principais cadeias. 162

Tabela 333: Cadeias Produtivas Listadas em Ordem de Prioridade pelos Grupos Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 1 Bovinocultura de Leite leite Leite Milho Leite 2 Reflorestamento Reflorestamento Milho Leite Grãos 3 Plantas medicinais Milho Soja Fumo Fumo 4 Mel Feijão Frango olerícolas Erva-mate 5 Turismo Frango caipira Suínos Frutas Bicho seda 6 Frango Apicultura Feijão Peixes Bovino corte 7 Plantas Hortas Olericultura Erva mate medicinais Suínos 8 Bicho da Suínos Fruticultura Madeira seda Mel 9 Bovinocultura Biodíesel corte Olerícolas Mel Hortaliças 10 frutas Fumo Fumo turismo Madeira 11 Piscicultura Apicultura Cana 12 Turismo rural Frutas 13 Peixes 14 Plantas medicinais Fonte: Dinamização das Economias do Território Cantuquiriguaçú Laranjeiras do Sul-PR 29/08/2005 4.7.1.1 Cadeia do Leite Problema O que fazer Produção Transformação Comercialização Leite Grupo 1 Custo de produção Pouca infra estrutura Distância das indústrias Transporte (praticamente inexistente) (transporte e pedágios Qualificação (falta de) Entraves da legislação que é eleva o custo) Genética (fraca) controversa e inadequada à Entrega do produto in Questões culturais realidade da agroindústria de natura (dificuldade de pequeno porte Formação do produtor associativismo) (falta de) Melhoramento do solo Viabilizar recursos para Fortalecimento das e pastagem agroindústrias cooperativas 163

Qualificação Orientar/simplificar/agilizar a Instalação de industrias permanente informação e o processo de na região Trabalho de inspeção Capacitação do Organização rural produtor para produzir Manutenção das qualidade estradas Fortalecer programas de inseminação Leite Grupo 2 Problema Baixa produção Baixa produção inviabiliza a Escala de produção (alimentação e indústria, automatização Estradas genética) Qualidade do leite O que Melhoria das pastagens Produção diferenciada (ex. Organização para fazer Melhoria da genética queijo diferenciado que não tem comercialização Assistência técnica competição) conjunta Melhoria das estradas e do leite Produção Transformação Comercialização Leite Grupo 3 Problema Genética Pastagens Sanidade Manejo Custo Qualidade Produção Políticas públicas Concentração das agroindústrias que dominam a cadeia produtiva Qualidade Preços Produção Políticas públicas Concentração nas agroindústrias Domínio das cadeias O que fazer Programa de melhoramento genético Recuperação e melhoramento de pastagens (voisin) Acompanhamento técnico Melhoria da qualidade Fomentar e discutir políticas públicas Organização dos agricultores aumento da produção Melhoria da qualidade (capacitação) Acompanhamento técnico Organização dos agricultores Leite Grupo 4 Problema Desarticulação dos produtores Preço baixo do produto Falta de associações, Cooperativas, Laticínios e políticas de governo integradas Preço baixo falta de inspeção e certificação para 164

Recursos mal aplicados O que Capacitação dos fazer produtores Recursos para assistência técnica Infra estrutura adequada Problema Baixa produtividade Solos não corrigidos Genética inadequada O que Investimento na área da fazer genética e correção de solos Pastoreio racional voisin Organização de associações, cooperativas e laticínios Leite Grupo 5 Normativa 51 Revisão da normativa 51 Discussão com agricultores familiares Caso não haja revisão são necessários investimentos para os agricultores adequarem-se à norma garantia da qualidade falta de resfriadores Recursos financeiros Organização de cooperativas Atravessadores Criação de cooperativas e associações coordenadas por agricultores familiares 4.7.1.2 Cadeia dos Grãos Produção Transformação Comercialização Problema Alto custo insumos Alto custo de equipamentos Má utilização dos agrotóxicos Correção de solos Perdas na colheita Falta de financiamento específico para unidades de armazenamento Falta de unidades de secagem e armazenamento Comercialização na época da colheita para quitar dívidas Alto custo de transporte Atravessadores O que fazer Substituir a adubação química por adubação verde e estercos oriundos da propriedade Formar grupos para aquisição de equipamentos Agregar valor na propriedade transformar em carne Estruturação para beneficiamento e embalagem Formar grupos para unidades de beneficiamento Associações ou cooperativas com transporte próprio 165

de melhor qualidade Formar redes de armazenamento Capacitação/conscientização Maior prazo para pagamento do custeio 4.7.1.3 Cadeia da Madeira e do Reflorestamento Produção Transformação Comercialização Problema Investimento a longo prazo o que dificulta para o Agregado pouco valor Falta de matéria prima Dificuldade do agricultor em atender à legislação agricultor descapitalizado Produção de mudas (qualidade) legislação O que fazer Financiamento compatível com a atividade Ampliação dos viveiros existentes Melhorar a qualidade das mudas Políticas públicas com assistência técnica Indústrias que agreguem maior valor Aproveitamento de subprodutos Políticas públicas de incentivos Profissionais bancados por órgãos públicos destinados à fazerem planos de manejo florestal para viabilizar os agricultores familiares que não tem escala para pagar profissionais. 4.7.1.4 Cadeia da Olericultura Produção Transformação Comercialização Problema Organização Planejamento (regularidade de produção) Padronização Falta de acompanhamento Cultural Legislação Acompanhamento técnico Infra estrutura Dificuldade de venda direta ao consumidor Qualidade (padronização e aparência) Organização técnico Falta de políticas públicas (ex. pesquisa) Problemas culturais Contaminação O que Organização Políticas públicas Organização 166

fazer Discutir tecnologia Organização Capacitação Agroecologia Adequação da legislação Venda direta Formação: Acompanhamento técnico Acompanhamento técnico acompanhamento técnico Recursos diferenciados Criação de cinturões verdes ao redor das cidades 4.7.1.5 Cadeia da Apicultura Produção Transformação Comercialização Problema Falta de produção Falta de conhecimento como produzir Espaço físico adequado (oferta do néctar, resina, pólen) Não há casas de mel adequadas Ausência de diversidade (derivados) Atravessadores Não existem políticas públicas de incentivos Não á quantidade e qualidade para atender ao mercado O que fazer Produção integrada Incentivo às famílias garantindo a formação e recursos Associativismo Capacitações Recursos Assistência técnica Cooperativas Associações Recursos para investimentos 4.7.1.6 Cadeia do Frango Caipira Produção Transformação Comercialização Problema Falta de conhecimento e formação Falta de incentivos através de políticas Não existe indústria para transformação de frango caipira (tem uma fechada em Rio Bonito por falta de transporte) Falta estrutura de inspeção e fiscalização Falta de comércio garantido públicas Não existem incentivos de políticas públicas O que fazer Desenvolver planos de políticas públicas para incentivo à produção de frango caipira Estudos sobre os custos de produção Criação de projetos para fortalecimento e instalação de batedouros com acompanhamento e apoio de assistência técnica municipal e estadual Estudo de mercado e da organização entre associações de produtores e consumidores Prospecção de mercado 167

Acompanhamento técnico diferenciado com preço diferenciado Comercialização na merenda escolar (políticas públicas de comercialização) 4.7.1.7 Cadeia do Frango Industrial Produção Transformação Comercialização Problema Falta de parcerias com grandes empresas Alto custo Distância entre produtor e comércio Não existem indústrias locais Custo de investimento alto Preço controlado por multinacionais Dependência de multinacionais Alto custo O que fazer Parcerias com órgãos públicos (terraplanagem) Infra estrutura para produção Organização ou associação de produtores Contratos de integração 4.8 POLÍTICAS PÚBLICAS 4.8.1 POLÍTICAS PÚBLICAS EFETIVADAS 4.8.1.1 Crédito Os principais agentes de crédito que atuam na região são o Banco do Brasil (5 agências), Sicredi e Cresol, principalmente operando programas dos Governos Federal e Estadual, além da Caixa Econômica Federal (1 agência). Os agricultores familiares são beneficiados também com recursos oriundos de Programas e projetos desenvolvidos por organizações como Emater, Rureco, Incra e Prefeituras. No território são operados Programas de Governo como o Pronaf, Paraná 12 Meses e Proger. Nenhum município do território deixou de receber recursos do crédito rural nos últimos 2 anos. 168

4.8.1.2 Projeto Paraná Biodiversidade O projeto tem como objetivo geral promover a conservação e manejo da biodiversidade natural. Os objetivos específicos são: manejar adequadamente unidades de conservação, áreas de entorno, áreas de conexão e fragmentos de ambientes naturais, compatibilizar os sistemas produtivos existentes com a conservação da biodiversidade, minimizar as ameaças sobre biodiversidade, com a proteção de espécies, controle e monitoramento ambientais, manejo de áreas criticas e descentralização da fiscalização, capacitar os atores envolvidos no projeto e educar a sociedade para conservação da biodiversidade. 4.8.1.3 Projeto Paraná 12 Meses Tem como objetivo geral amenizar a situação de pobreza rural no Estado numa ação sustentável, apoiada na modernização tecnológica, na geração de novos empregos, na proteção ao meio ambiente e na melhoria das condições de habitação e saneamento básico das famílias rurais e de pescadores artesanais. Entre janeiro de 1998 e agosto de 2004, foram aplicados R$13.500.000,00 no território. 4.8.1.4 Pronaf Infraestrutura Até o momento oito municípios do território tiveram projetos aprovados. Entre 1997 e 2003 foram aplicados no território um montante de R$ 4.567.317,73 4.9 POLÍTICAS PÚBLICAS PROPOSTAS 4.9.1 PRONAF Tabela 34: PRONAF 2004/2005 (parcial até abril-maio), CONTRATOS E VALOR Município PRONAF TOTAL Contratos Valor Valor médio Nº R$ R$ Campo Bonito 336 1.797.744 5.350 Candói 1.113 6.108.349 5.488 Cantagalo 671 2.694.779 4.016 Catanduvas 467 2.353.629 5.040 169

Diamante do Sul 267 593.868 2.224 Espigão Alto do Iguaçu 722 2.296.541 3.181 Foz do Jordão 277 1.186.248 4.282 Goioxim 881 2.485.814 2.822 Guaraniaçu 1.021 4.830.386 4.731 Ibema 213 686.815 3.224 Laranjeiras do Sul 1.090 5.477.153 5.025 Marquinho 699 2.909.843 4.163 Nova Laranjeiras 1.178 3.526.181 2.993 Pinhão 732 1.386.535 1.894 Porto Barreiro 482 2.235.471 4.638 Quedas do Iguaçu 914 3.761.671 4.116 Reserva do Iguaçu 293 879.893 3.003 Rio Bonito do Iguaçu 1.512 6.788.053 4.489 Três Barras do Paraná 615 2.399.666 3.902 Virmond 479 3.069.575 6.408 TOTAL TERRITÓRIO (a) 13.962 57.468.214 4.116 TOTAL ESTADO (b) 145.959 678.505.414 4.649 % de a/b 9,6 8,5 Tabela 35: PRONAF Custeio - por Produto Financiado - Ano Agrícola 2003/2004 Produto Contratos Valor Valor No. % Valor % Médio Milho 6.096 85,5 16.334.675 80,1 2.680 Soja 677 9,5 2.466.774 12,1 3.644 Credito Rotativo 331 4,6 1.529.194 7,5 4.620 Feijão 16 0,2 40.759 0,2 2.547 Mandioca 8 0,1 17.033 0,1 2.129 Suinos 1 0,0 5.100 0,0 5.100 TOTAL 7.129 100,0 20.393.535 100,0 2.861 Tabela 36: Projetos Aprovados para 2005 no Território Cantuquiriguaçú Projeto Objetivo Municípios Recursos Fonte Fortalecimento da agricultura familiar Fortalecimento da produção agroecológica e da cadeia produtiva das plantas medicinais nos territórios da Laranjeiras do Sul Nova R$ 267.328,30 PRONAT 170

agroecológica com foco na cadeia produtiva das plantas medicinais nos territórios da Cantuquiriguaçu e Paraná Centro Cantuquiriguaçu e do Paraná Centro, visando a ocupação, a geração de renda e a melhoria da qualidade de vida para as famílias de agricultores familiares nos processos de desenvolvimento econômico social territorial. Laranjeiras Virmond Porto Barreiro Cantagalo Candoi Pinhão Reserva do Iguaçu 4.10 METODOLOGIA CDP (CONDICIONANTES, DEFICIÊNCIAS E POTENCIALIDADES) A metodologia adotada nesta fase é a do CDP (Condicionantes, Deficiências e Potencialidades) que se trata de uma sistemática de organização dos dados levantados que possibilita sua análise de forma compreensível, sendo um instrumento de muita eficiência na apresentação e discussão de Planos Diretores Municipais. A visão de forma sintética proporcionada por este método é também extremamente eficaz para a definição de estratégias de ações, visando o dar um rumo ao município em relação diversos aspectos. Ao se adotar a metodologia CDP, classifica-se os dados levantados em três categorias básicas: CONDICIONANTES As condicionantes são os elementos existentes ou projetados que não podem ou não devem ser alterados, devendo ser mantidos ou preservados pelo Plano Diretor Municipal Participativo. O caráter das condicionantes pode ser espacial, funcional, ambiental, de infraestrutura, sócio-econômico, administrativo ou legal. DEFICIÊNCIAS Entendem-se como deficiências situações que significam problemas qualitativos e quantitativos no contexto urbano e rural e que devem ser alterados, melhorados ou eliminados. Assim como as condicionantes, as deficiências também 171

podem ser de caráter espacial, funcional, ambiental, de infraestrutura, sócioeconômico, administrativo ou legal. POTENCIALIDADES Entendem-se como potencialidades elementos, recursos ou vantagens que até então não foram aproveitados adequadamente e podem ser incorporados positivamente ao sistema urbano e rural, sanando suas deficiências ou desenvolvendo-o no sentido de melhorar seu estado atual. Tabela 37: Aspectos Regionais - Principais Condicionantes, Potencialidades e Deficiências no Município de Laranjeiras do Sul em 2009 ASPECTOS CONDICIONANTES DEFICIÊNCIAS POTENCIALIDADES Regionais Relevo regional é acidentado com variação de altitude; A BR 277 margeando a sede urbana, permitindo fácil acesso aos municípios vizinhos. Falta de indústrias (agro-indústria); Falta mão obra qualificada; Uso de defensivos agrícolas (sem o devido controle). Boa infraestrutura de serviços públicos; Vocação natural agrícola; Próximo a Cooperativas Agrícolas (emprego de mão de obra e compra da produção agrícola). Fonte: Equipe ADEOP - 2009 172

5. ASPECTOS AMBIENTAIS 5.1 CLIMA O Estado do Paraná, segundo W. Köeppen apresenta três tipos climáticos principais: o Af que caracteriza o litoral paranaense, o Cfb que predomina nas regiões dos Primeiro e Segundo Planaltos, e o Cfa que prevalece no Terceiro Planalto do Paraná. O clima predominante em Laranjeiras do Sul é do tipo Cfa, o qual abrange a maior parte da região norte e oeste do Paraná, portanto característico do Terceiro Planalto Paranaense. Apresenta como particularidade ser Subtropical Úmido Mesotérmico, sem estação seca definida. Os verões são frescos, com temperatura média inferior a 22º C e nos invernos as geadas ocorrem com freqüência, com temperatura média inferior a 18º C. O período de precipitação máxima ocorre nos meses de: novembro, dezembro e janeiro e de precipitação mínima em: março, junho, julho e agosto. O índice pluviométrico médio anual é de 1.600 mm. 173

Figura 34: Mapa Clima Geral do Paraná Fonte: IBGE 2005 174

PREFEITURA MUNICIPAL DE LARANJEIRAS DO SUL Figura 35: Mapa Temperatura Média Anual Fonte: IAPAR Figura 36: Mapa Precipitação Média Anual Fonte: IAPAR 175

5.2 RELEVO, GEOLOGIA E PEDOLOGIA Informações geológicas e geotécnicas do meio físico têm importância fundamental no processo de planejamento urbano, no uso dos recursos naturais e no bem estar da população. O impacto no meio físico causado pela ocupação desordenada do solo, tem como resultado a alteração do meio ambiente, culminando com a deflagração de acidentes geológicos, prejuízos à população e ao poder público, e risco à vida. O relevo do Estado do Paraná se divide em quatro partes, sendo elas; o litoral, o primeiro planalto ou o de Curitiba, o segundo planalto ou o de Ponta Grossa e o terceiro planalto ou o de Guarapuava. O Município de Laranjeiras do Sul situa-se no Terceiro Planalto Paranaense, sendo caracterizado por um relevo ondulado. Este é subordinado às estruturas geológicas do Grupo São Bento - Formação Serra Geral, da idade jurássico-cretácea, com rochas efusivas básicas toleíticas com basaltos maciços e amigdalóides, afaníticos, cinzentos a pretos, raramente andesíticos. Derrames de vulcanismo de fissura continental.(mineropar, 2002). A feição geomorfológica dominante é uma série de patamares em função de três fatores: a sucessão de derrames basálticos, a erosão diferencial e desnível de blocos falhados. As curvas de nível do Município de Laranjeiras do Sul e seu distrito podem ser observadas nos Mapas 01, 02 e 03 do Caderno de Mapas anexo a este Volume. 176

Figura 37: Mapa Geologia do Paraná Fonte: Mineropar. 177

Figura 38: Levantamento e Reconhecimento do Solo, com relação aos Grandes Grupos de solos da Microrregião de Guarapuava. Fonte: Emater CD de Informações 178

5.3 HIDROGRAFIA Em toda a extensão do limite ao oeste do Estado localiza-se o Rio Paraná, que estabelece as divisas com o Mato Grosso do Sul e a República do Paraguai, desde a embocadura do Rio Paranapanema até Foz do Iguaçu, numa extensão de 400 km. Atualmente, este rio encontra-se parcialmente represado pela barragem de Itaipu e com o fechamento da barragem de Porto Primavera remanesceu, em nosso território, pouco mais de 200km do rio, entre a cidade de Guaíra e a foz do rio Paranapanema, que é o único trecho livre do rio em território brasileiro. Desde suas nascentes do Rio Paraíba até a barra do Rio da Prata, o percurso total do Rio Paraná abrange 4.695 km. Os principais rios da bacia hidrográfica do Rio Paraná são os seguintes: Rio Paranapanema faz a divisa com o Estado de São Paulo, possui uma extensão de 392km e, juntamente com seus afluentes, drena uma área de 55.530km 2 no Estado do Paraná. Tem como afluente mais importante o Tibagi, com extensão de aproximadamente 550km. Rio Ivaí possui suas nascentes na Serra da Esperança e percorre um total de 685km até sua foz no Rio Paraná, drenando uma área de 35.845km 2. Rio Piquiri com uma área de drenagem de 23.431km 2 nasce na Serra São João e percorre 484km até sua foz no Rio Paraná. Rio Iguaçu é o maior complexo hidrográfico do Rio Paraná no Estado, ocupando uma área de 57.329km 2, percorrendo cerca de 910km desde suas nascentes, na porção ocidental da Serra do Mar, até sua foz. O município de Laranjeiras do Sul insere-se nas bacias hidrográficas do Rio Iguaçu e do Rio Piquiri, tendo como principais cursos d água os relacionados na seqüência. (Mapas 04, 05 e 06 do Caderno de Mapas anexo a este Volume) 179

Tabela 38: Principais cursos d água RIOS Rio do Tigre Rio Barreiro Rio Três Cachoeiras Rio Baguá Rio do Jeca Alves Rio Pinheiro Torto Rio do Gavião Rio Laranjeiras Rio do Leão Rio Verde Rio Pau de Lenha Rio Cinco Voltas Rio Tapera Rio Xagú ARROIOS Arroio Pedregulho Arroio Passinhos Arroio Marquarut Arroio Acariano Arroio Caveira Arroio Erval (localizado no Rio do Tigre) Arroio Novo Arroio dos Quatis Arroio Macacos Fonte: Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul (PMLS) 2009 180

Figura 39: Hidrografia da Mesorregião Centro Sul do Paraná Fonte: IPARDES 2003 181

A Lei Federal N o 4771 de 1965, denominada Código Florestal, é o principal instrumento legal de suporte ao planejamento de um Município ou região quanto aos aspectos relacionados às áreas de preservação permanente. O Código Florestal estabelece ainda que nas áreas urbanas e de expansão urbana, deve-se observar o disposto nos Planos Diretores Municipais e Leis de Uso e Ocupação do Solo, os quais por sua vez também devem atender o Código Florestal. Dessa forma, são áreas de preservação permanente, segundo o Código Florestal Brasileiro, aquelas cujas florestas e demais formas de vegetação situam-se: ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água; ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais; nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados olhos d'água, qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura; no topo de morros, montes, montanhas e serras; nas encostas ou partes destas com declive superior a 45, equivalente a 100% na linha de maior declive; nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação. Quanto ao primeiro item acima, a faixa de preservação ao longo dos rios varia conforme a largura do leito do curso d água: 30 metros para os cursos d' água de menos de 10 metros de largura; 50 metros para os cursos d' água que tenham de 10 a 50 metros de largura; 100 metros para os cursos d' água que tenham de 50 a 200 metros de largura; 182

200 metros para os cursos d' água que tenham de 200 a 500 metros de largura; 500 metros para os cursos d' água que tenham largura superior a 600 metros. Consideram-se também áreas de preservação permanente as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas, entre outras: a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico; a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçadas de extinção; a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas. Determina também que a exploração nas propriedades privadas é permitida, desde que 20% da área total seja resguardada. A Lei Federal 9.985 de 2000, Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC estabelece que as áreas de preservação permanente ao redor de lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais, desde o seu nível mais alto medido horizontalmente, em faixa marginal cuja largura mínima será de 100 metros para as represas hidrelétricas. (Fonte: Plano Diretor de São Miguel do Iguaçu/2004). 183

5.4 VEGETAÇÃO E ÁREAS DE PRESERVAÇÃO distribuída: De acordo com esta conceituação a vegetação natural do Paraná está assim Figura 40: Regiões Fitogeográficas do Estado do Parará e Unidades de Conservação Ecorregião 105 - Floresta com Araucária Reconhecida como Floresta Ombrófila Mista, essa ecorregião, onde está situado o município de Laranjeiras do Sul é composta pelos seguintes biomas: 5.4.1 Floresta Ombrófila Mista 184

Aluvial (planícies sedimentares recentes dispersas em diferentes altitudes e latitudes) Montana (altitudes entre 500 e 1000m) Altomontana (acima de 1000m) Poucas são as formações florestais brasileiras que têm sua fisionomia tão bem caracterizada pela presença de uma espécie vegetal como a Floresta Ombrófila Mista ou Floresta de Araucária. Neste caso é o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) que, em função dos seus aspectos morfológicos (copa, folhagem e tronco) e da posição sociológica que ocupa, facilita grandemente a definição da área de ocorrência desta formação. Mesmo com a profunda alteração a que foi submetida a cobertura vegetal do Estado, a sua vinculação a uma condição climática específica e a presença de remanescentes, mesmo que isolados, atestam sua distribuição (RODERJAN, 1994). A floresta com Araucária é reconhecida como um conjunto vegetacional com fisionomia característica, recebendo denominações diversas, tais como floresta de pinheiros, pinhais, pinheirais, zona dos pinhais, mata de Araucária e floresta aciculifoliada subtropical, entre outras. Mais recentemente, a terminologia proposta pelo IBGE (VELOSO et alli, 1991), adequada a um sistema de classificação da vegetação intertropical, tem sido empregada, onde, a floresta com Araucária é designada como Floresta Ombrófila Mista. A origem deste termo vem, em parte, da mistura de duas floras distintas, a tropical afro-brasileira e a temperada austro-brasileira, cada qual com elementos característicos. Esta mistura ocorre devido a condições peculiares observadas no Planalto Meridional Brasileiro, onde fatores associados a latitude e às altitudes planálticas criam uma situação única na região Neotropical (VELOSO et alli, 1991). A Floresta Ombrófila Mista está circunscrita a uma região de clima pluvial subtropical, ocorrendo abaixo do Trópico de Capricórnio, em altitudes que vão de 500 a 1.200 m., nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Áreas disjuntas de Floresta Ombrófila Mista ocorrem nos estados de São Paulo e Minas Gerais, em pontos elevados da Serra da Mantiqueira e suas ramificações. Ocorre ainda na parte nordeste da Argentina, na província de Missiones, divisa com Santa Catarina (VELOSO et alli, 1991). 185

Do ponto de vista fitogeográfico, ainda cabe ressaltar que a Floresta Ombrófila Mista mantém relações dinâmicas com as formações vegetais adjacentes (Floresta Ombrófila Densa/Atlântica e Floresta Estacional Semidecidual da bacia do Paraná), e com os campos sulinos, que ocorrem como manchas expressivas dentro do seu domínio. Este fato faz com que a composição florística e estrutura desta formação apresente variações significativas ao longo de toda sua área de distribuição, onde o pinheiro-do-paraná ocorre associado a diferentes grupos de espécies (KLEIN & HATSCHBACH, 1960). Além dos antropismos, diferentes associações ocorrem naturalmente com o pinheiro, estas associações são semelhantes as que ocorrem com o pinho-bravo (Podocarpus lambertii), com a imbuia (Ocotea porosa), com a canela-lageana (Ocotea pulchella) e até mesmo com a bracatinga (Mimosa scabrella). 5.4.2 Áreas de Tensão Ecológica Levantamentos sistemáticos sobre a flora no Estado do Paraná são escassos, incluindo os que dizem respeito à Floresta Ombrófila Mista. 5.4.3 O Patrimônio Natural 5.4.3.1 Dos Ambientes Naturais - Flora O Estado do Paraná possuía, originalmente, 83,41% de sua área coberta com florestas. O processo de ocupação do território paranaense ocorreu em época relativamente recente. Até o início deste século, a atividade econômica esteve restrita a menos de um terço da área do Estado, e se concentrou no litoral e região sul. A partir de 1930, com a colonização da região norte, iniciou-se a fase acelerada da destruição das matas paranaenses (MAACK, 1981). O início da dilapidação dos recursos naturais deu-se ainda no final do século XIX e início do século XX com a instalação das primeiras serrarias. Estas tinham características nômades: uma vez esgotada a floresta, se transferiam para outro lugar. Desta forma, acentuou-se a ocupação do Oeste e Sudoeste do Estado, 186

regiões de vastas florestas com Araucária e com espécies como imbuia, cedro, canela, etc., que foram gradativamente exploradas com fins econômicos. A exploração da madeira, ao contrário do mate, teve forte crescimento a partir de 1930, atingindo o seu auge em 1939, oportunidade em que foram exportadas 307.000 toneladas, além de suprir o crescente mercado interno. A exploração da madeira e a introdução, particularmente, da cultura do café na região Norte e Noroeste do Estado do Paraná reduziram a cobertura florestal do Estado para 39,67 % já em 1950. Estava assim configurando-se o grande processo de expansão das fronteiras agrícolas, agora com a ocupação dos férteis solos, estimulando-se a substituição da floresta por atividades agrícolas. A ocupação do território paranaense aconteceu com uma grande velocidade, tanto no meio rural como no urbano. Ocorreu principalmente mediante as migrações luso-brasileira, pela política de colonização estrangeira e ainda, por migrações internas de origem paulista e mineira, no Norte, e de origem gaúcha e catarinense, no Sudoeste e Oeste do Estado. Em l965, a cobertura florestal do Estado já se encontrava reduzida a 24 %. Uma nova fase econômica, representada pela tecnificação da agricultura, fez com que os últimos remanescentes florestais fossem rapidamente reduzidos, representando hoje perto de 8 % da cobertura original. Resumidamente, conclui-se que esse processo de ocupação e colonização, que se iniciou no Litoral, passou para o Primeiro Planalto de Curitiba e evoluiu de forma rápida para o Segundo e Terceiro planaltos em direção ao Rio Paraná, praticamente dizimou as florestas, remanescendo, atualmente, poucos e fragmentados ecossistemas no estado. (Mapas 07 e 08 do Caderno de Mapas anexo a este Volume) 187

5.5 CONDICIONANTES GEOTÉCNICAS Os litotipos existentes no município de Laranjeiras do Sul compreendem as rochas da Formação Serra Geral que engloba o Trapp basáltico toleítico. As rochas basálticas apresentam uniformidade de composição, sendo constituídas principalmente por plagioclásios cálcicos como labradorita, augita e pigeonita com minerais subordinados como titano-magnetita, apatita, quartzo, feldspato potássico e raramente biotita. A textura é basáltica rica em vidro intersticial. De modo geral as toposeqüências encontradas no município são representadas Terra Roxa Estruturada ocupando relevos do tipo suave ondulado, por Latossolo Roxo e Terra Bruna Estruturada com suas associações em relevo ondulado a suave ondulado, por Cambissolos em relevo ondulado e por solos Litólicos em relevo forte ondulado até montanhoso. Em Laranjeiras do Sul a Terra Roxa Estruturada ocorre na porção norte do município recebendo a seguinte classificação Associação TERRA ROXA ESTRUTURADA DISTRÓFICA relevo ondulado + LATOSSOLO ROXO DISTRÓFICO relevo suave ondulado ambos. A proeminente textura argilosa fase floresta subtropical perenifólia. (TRd 3 ). Constituem inclusões desta unidade: a. Cambissolo Distrófico substrato derrame do Trapp; b. Solos Litólicos Distróficos e Eutróficos substrato rochas do derrame de Trapp; c. Terra Roxa Estruturada Eutrófica. Estes solos são aptos para a agricultura em geral, mas requerem grandes quantidades de fertilizantes e corretivos para corrigir sua fertilidade natural que varia de baixa a média. A principal limitação que apresentam, refere-se a uma moderada susceptibilidade à erosão no primeiro componente da associação, a qual pode ser controlada com muita eficiência, com o emprego de práticas conservacionistas intensivas. As indicações geológicas para o planejamento são: 188

Solos de Baixos com declividade entre 0 a 5% presentes em aproximadamente menos de 30% da área urbana, são planícies aluvionares em áreas de baixios e fundos de vale possuem nível freático raso ou aflorante, solo argiloso, alta plasticidade e compressível. São áreas sujeitas a enchentes e inundações, áreas de equilíbrio hidrológico, áreas planas com possibilidade de circulação interna aterro e sistema de drenagem eficiente, sendo considerada apta a ocupação com restrições. Solos Argilosos (latossolos) com declividade entre 15 e 30% presentes em aproximadamente menos de 15% da área urbana. São áreas de solos argilosos rasos (1m), em encostas íngremes, suscetíveis a erosão linear sulcos. Estas áreas apresentam processos erosivos localizados e precisam de adequação de sistemas de drenagem, circulação e edificações, tendo sido considerados aptos a ocupação com restrições. Solos argilosos (latossolos) com declividade entre 0 e 15%, presentes em aproximadamente 50% da área urbana. São áreas aplainadas em relevo suave e onduladas de vertentes longas com grande amplitude de solos argilosos com média profundidade (1 a 5m) e boa capacidade de suporte de carga. O solo do município de Laranjeiras do Sul, segundo Mineropar, é composto por solos argilosos latossolos (90%), que tem como características apresentarem pouca suscetibilidade à erosão somente nas áreas próximas aos rios e fundos de vales. Na área urbana a declividade é suave, variando de 0 a 10% e alguns pontos variando de 10% a 20% e 20% a 45%, estabelecendo áreas com características geotécnicas adequadas a ocupação com facilidades na implantação de infraestrutura enterrada e vias de circulação. 5.6 HIPSOMETRIA O trabalho erosivo dos rios determinou a formação de um relevo de altas declividades, entre 25% e 50% em certos locais da região. A leste, a Serra da Esperança separa a mesorregião do Segundo Planalto. 189

PREFEITURA MUNICIPAL DE LARANJEIRAS DO SUL Observa-se, se, na hipsometria municipal, que o território do município de Laranjeiras do Sul possui em quase toda a sua área, uma altitude variando entre 800 a 1200m. (Mapas 09, 10 e 11 do Caderno de Mapas anexo a este Volume) Figura 41: Relevo do Estado do Paraná Fonte: IPARDES. 190

Figura 42: Mapa de Declividade Mesorregião Oeste do Paraná Fonte: IPARDES. 191

Figura 43: Levantamento de Altimetria das Microrregiões de Guarapuava. Fonte: EMATER, CD de Informações. 192

5.7 CONDICIONANTES, DEFICIÊNCIAS E POTENCIALIDADES Tabela 39: Aspectos Ambientais no Município de Laranjeiras do Sul 2009 ASPECTOS CONDICIONANTES DEFICIÊNCIAS POTENCIALIDADES Ambientais Clima Hidrografia Relevo Legislação Ambiental Poluição dos rios Uso de defensivos agrícolas Coleta de embalagens de agrotóxicos Mata ciliar Patrulha rural Agroindústria Arborização urbana Conservação do solo Relevo Clima Hidrografia Legislação Ambiental Fonte: Equipe ADEOP - 2009 193

6. ASPECTOS SÓCIO- ECONÔMICOS 6.1 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO NO TERRITÓRIO A situação do uso e ocupação do território do Paraná nos dias atuais se deve aos diversos processos ocorridos ao longo da estruturação da economia e de toda a sociedade paranaense; cada processo econômico ou social se deu de modo diferenciado quanto a sua abrangência espacial. Na ocupação do solo para a prática da agropecuária é levada em conta a condição física do território, enquanto a ocupação da área urbana tende a ser decidida pelos aspectos de infraestrutura e condições de moradia oferecidas para a população presentes no local. Também a ocupação de uma determinada região sofre alterações em diferentes épocas Considerando os diferentes meios de ocupação e as diferenças de cada um em épocas distintas, em uma perspectiva regional bem como as tendências do município em estudo, é possível chegar a uma analise mais geral sobre a história da ocupação socioeconômica do município, a realidade atual e uma previsão para a ocupação futura. A mudança na distribuição espacial da população paranaense nas últimas décadas se dá principalmente pela variação que ocorreu da população rural entre 1970 e 2000. Esse êxodo da população da zona rural para as cidades ocorre principalmente pela adoção de práticas de agropecuária que agregam grandes espaços de terras na mão de poucos proprietários e alteram a ocupação da terra de local de moradia para área de produção em larga escala. No caso de Laranjeiras do Sul, também ocorreu certa diminuição da população rural e o município continua tendo uma população predominantemente urbana, com uma taxa de urbanização de 78,47%. 194

Tabela 40: Comparativo Densidade Populacional Municipal, Estadual e Nacional - 2007 Densidade (hab/km2) Área (Km²) População (habitantes) Laranjeiras do Sul 45,27 673,313 30,481 Paraná 51,45 199.880,197 10.284,503 Brasil 19,94 8.514.876 191.790,900 Fonte: IBGE - Censo 2007/IPARDES A tabela a seguir apresenta os dados do crescimento demográfico de Laranjeiras do Sul desde o ano de 1950 até 2009, retirados dos censos demográficos, contagens populacionais e projeções preliminares realizadas pelo IBGE. Entre os anos de 1991 e 2000 nota-se um grande decréscimo da população residente em Laranjeiras do Sul, passando de 54.102 habitantes em 1991 para 30.025 habitantes em 2000. Tabela 41: Crescimento da população de Laranjeiras do Sul Ano Urbana Rural Total 1950 962 5.918 29.126 1960 6.394 21.242 36.047 1970 21.994 23.562 39.651 1980 28.164 30.129 62.833 1991 33.257 41.591 54.102 2000 32.108 6.463 30.025 2007 -- -- 30.481 Fonte: IBGE - Censos Demográficos e Contagem Populacional; para os anos intercensitários, estimativas preliminares dos totais populacionais. Quanto ao crescimento da população em relação ao gênero (masculino e feminino), a proporção não sofreu grandes alterações, sendo que em 1996 as mulheres eram a maioria com o índice de 51,81% da população, e em 2000 com o índice de 51,75% da população. 195

Tabela 42: Crescimento da População segundo sexos 1996 2000. População Urbana Laranjeiras do Sul PR 1970 1980 1996 2000 Feminina: 3.348 10.856 11.397 12.195 Masculina: 3.059 10.453 10.597 11.397 Total: 6.407 21.312 21.994 23.562 Fonte: IBGE 2000 No período de 1991-2000, a população urbana de Laranjeiras do Sul teve uma taxa média de crescimento anual de 10,93% e a população rural teve uma taxa de -14,29%. Tabela 43: Taxa de crescimento geométrico populacional 1991/2000 Laranjeiras do Sul Pop. Rural Pop. Urbana Pop. Total -14,29 10,93-3,36% Fonte: IBGE Censos 2000. A taxa de urbanização de um município é a porcentagem da população que reside no meio urbano em relação com a população total do mesmo. Analisando as taxas de urbanização do município de Laranjeiras do Sul, cresceu 33,92%, passando de 44,55% em 1991 para 78,47% em 2000. Tabela 44: Taxa de Urbanização Laranjeiras do Sul. População Total População Urbana População Rural Taxa de Urbanização (%) 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 26.659 30.025 11.879 23.568 14.779 6.463 44,55 78,47 Fonte: IBGE Censos 2000. A população de Laranjeiras do Sul pode ser considerada jovem, com um número elevado de habitantes com idades entre 1 e 24 anos. A proporção entre 196

homens e mulheres é quase equivalente, cada um representando em torno de 50% da população municipal. A população laranjeirense-do-sul continua a ser predominantemente urbana e a tendência é continuar assim, já que o decréscimo dos moradores rurais aconteceu de maneira rápida no município de Laranjeiras do Sul. (Mapas 12 e 13 do Caderno de Mapas anexo a este Volume) Tabela 45: População Censitária Segundo as Faixas Etárias e Sexo 2000 FAIXA ETÁRIA Masculino Feminino Total (anos) Menores de 1 ano 343 319 662 De 0 a 4 1.247 1.221 2.468 De 5 a 9 1.650 1.698 3.348 De 10 a 14 1.620 1.576 3.196 De 15 a 19 1.505 1.503 3.008 De 20 a 24 1.212 1.265 2.477 De 25 a 29 1.089 1.223 2.312 De 30 a 34 1.122 1.183 2.305 De 35 a 39 1.045 1.120 2.165 De 40 a 44 913 921 1.834 De 45 a 49 746 793 1.539 De 50 a 54 606 633 1.239 De 55 a 59 419 503 922 De 60 a 64 410 437 847 De 65 a 69 314 348 662 De 70 e mais 485 15.299 1.041 TOTAL 14.726 15.299 30.025 Fonte: IBGE Censo Demográfico Resultados da amostra Quanto à população economicamente ativa (PEA) do município de Laranjeiras do Sul, nota-se que a maior parte da população está com a ocupação concentrada no meio urbano, sendo que 80,97% da população economicamente ativa trabalham na cidade enquanto apenas 19,03% trabalham no campo. A maior parte da população economicamente ativa do município de Laranjeiras do Sul é constituída por homens, ocupando 62,80% dos empregos no município, enquanto as mulheres ocupam os outros 37,20%. 197

Tabela 46: População Economicamente Ativa (PEA) Segundo Zona e Sexo 2000 Urbana Rural Masculino Feminino PEA Total 10.601 2.490 8.221 4.870 13.091 Fonte: IBGE Censo Demográfico Resultados da amostra Nota: PEA de 10 anos a mais. Segundo dados do IBGE no ano de 2000 o número de domicílios construídos para fins residenciais em Laranjeiras do Sul era de 7.942, representando uma média de 3,67 pessoas por domicilio; desses 5.917 domicílios são próprios, 1.069 são alugados e 907 são cedidos. Tabela 47: Domicílios e Moradores Domicílios Laranjeiras do Sul - PR 2000 Domicílios Total 7.942 Próprio 5.917 Próprio já quitado (a) 5.594 Próprio em aquisição (b) Alugado (c) 323 1.069 Cedido 907 Cedido por empregador (d) Cedido de outra forma (e) 403 504 Outra forma (f) 49 Moradores 29.163 22.169 20.919 1250 3.590 3.240 1.520 1.720 164 Fonte:IBGE-2000 Quanto ao número de pessoas empregadas por setor, nota-se que o setor primário (agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e pesca) detém o maior número de empregos no municipio, sendo que os empregados nesse setor representam 22,95% da população economicamente ativa. Logo em seguida o setor que mais emprega é o comércio, o, reparação de veículos automotivos, objetos 198

pessoais e domésticos com 17,62% da população ativa. Com esse índice é possivel notar a importância do meio rural nos fatores socioeconômicos do municipio. Tabela 48: População Ocupada Segundo as Atividades Econômicas 2000 Atividades Econômicas N de Pessoas Agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e pesca 2.543 Indústria de transformação 1.239 Construção 984 Comércio, reparação de veículos automotivos, objetos pessoais e domésticos 1952 Alojamento e alimentação 456 Transporte, armazenagem e comunicação 450 Intermediações financeiras, ativ. imobiliárias, aluguéis, serv. prestados a empresas 539 Administração pública, defesa e seguridade social 472 Educação 662 Saúde e serviços sociais 313 Outros serviços coletivos sociais e pessoais 379 Serviços domésticos 1005 Atividades mal definidas 83 TOTAL 11.077 Fonte: IBGE - Censo Demográfico - Resultados da amostra Tabela 49: Número de Estabelecimentos e Empregos Segundo as Atividades Econômicas 2007 Atividades Econômicas Estabelecimentos Empregos Indústria metalúrgica 10 34 Indústria da madeira e do mobiliário 14 114 Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 3 23 Construção civil 12 57 Comércio varejista 257 897 Comércio atacadista 22 147 Instituições de crédito, seguro e de capitalização 11 83 Administradoras de imóveis,valores mobil.,serv.técn.profis.,aux.ativ.econ. 33 67 Transporte e Comunicação 26 101 199

Serviços de alojamento, alim., reparo, manut., radiodifusão e televisão 64 343 Serviços médicos, odontológicos e veterinários 25 67 Administração pública direta e indireta 5 716 Agricultura, silvicultura, criação de animais, extração vegetal e pesca 99 214 Total 581 2.863 Fonte: IPARDES 6.2 PERFIL ECONÔMICO No inicio da colonização do Centro Sul paranaense a produção foi voltada para o extrativismo de madeira, porém com a devastação das matas naturais essa atividade econômica foi trocada pela agropecuária e agroindústria que hoje representam a principal prática econômica da região. A economia do município de Laranjeiras do Sul é representada, principalmente, pelo setor terciário, em termos de valor adicionado. Em segundo lugar situa-se o setor secundário, composto por indústrias variadas. A atividade de maior importância é a indústria madeireira, que se distribui em várias movelarias, em produtoras de laminados e de madeira beneficiada para exportação. 6.2.1 Condicionante Econômica A renda per capita mensal do Município de Laranjeiras do Sul é de R$ 219,52, o que se comparado com a renda dos demais municípios da microrregião pode ser considerado uma média alta. Na microrregião de Guarapuava o município de Guarapuava apresenta uma renda de R$292,11. Tabela 50: Produto Interno Bruto (PIB) Per Capita 2006 (PIB) Total 2007 (reais) (PIB) Per capita 2006 Laranjeiras do Sul 209.825.000,00 6.917 Estado do Paraná 113.435.687.390 12.339 Fonte: Ipardes, IBGE 200

Analisando o PIB a preço básico adicionado segundo ramo de atividade é possível notar a importância do setor primário e terciário na economia do município, já que os setores representaram no ano de 2005, respectivamente, 13,35% e 74,56% da economia de Laranjeiras do Sul contra 12,09% do setor secundário. Tabela 51: PIB a Preço Básico Segundo os Ramos de Atividades 2005 Ramos de Atividades Valor (R$1,00) Produção primária 24.023,00 Indústria 21.724,00 Comercio 134.100,00 TOTAL 179.847,00 Fonte: IBGE, IPARDES Analisando os valores adicionados ao município segundo o ramo de atividade no ano de 2007, nota-se que a produção terciária é a maior economia do município com 48,95% do valor adicionado fiscal total, enquanto na área industrial, 15,58% Já na produção primária o valor adicionado representa a segunda maior economia com 35,47% do valor total. Tabela 52: Valor Adicionado Fiscal Segundo os Ramos de Atividades 2007 Ramos de Atividades Valor (R$ 1,00) Produção primária 42.851.959 Indústria 17.627.826 Indústria Simples Nacional (1) 1.357.497 Comércio / Serviços 51.292.140 Comércio simples Nacional (1) 8.353.604 Recursos / Autos 352.497 TOTAL 121.835.523 Fonte: IPARDES Nota: Dados sujeitos à reavaliações pela fonte. (1) Simples Nacional: regime tributário diferenciado, simplificado e favoreciso previsto na Lei Complementar nº123, de 14/12/2006, aplicável às Microempresas e às empresas de Pequeno Porte, a partir de 01/07/2007. 201

6.2.2 Setor Primário Agropecuária A base da produção da região Centro Sul do Paraná é o setor primário, principalmente a agricultura. A principal atividade da agricultura regional é a produção de soja; além da soja outro produto que se destaca pela grande produção é o trigo, que em muitos casos é plantado alternadamente nas mesmas terras que a soja, o que permite que o agricultor tenha duas safras anuais. Porém devido a esse modelo de produção implantado é cada vez maior o desgaste do solo da região. A produção agrícola de Laranjeiras do Sul, assim como a produção regional, predomina a monocultura e lavouras temporárias, tem como principal produto à soja, seguido da produção de milho, feijão e trigo. A estrutura fundiária de Laranjeiras do Sul é reflexo da sua colonização e, portanto, caracterizada por pequenas propriedades. O minifúndio provoca uma organização rural mais produtiva. Segundo os dados do INCRA, em 1999, o total de imóveis rurais era de 4.360, sendo que dentre estes a maior parte (63,94%) possui áreas entre 10 e 50 ha, conforme indica o quadro de quantificação de propriedades por áreas. 202

Tabela 53: Lavoura Temporária Lavoura Temporária Área Colhida (ha) Produção (t) Rendimento Médio Valor (R$1000,00) Amendoim (em 10 20 2.000 15 casca) Arroz 300 540 1.800 171 Aveia (em grão) 1.000 1.300 1.300 455 Batata-doce 40 780 19.500 445 Batata-inglesa 8 65 8.125 52 Cana-de-açúcar 14 630 45.000 38 Caqui -- -- -- -- Cebola 12 84 7.000 34 Cevada -- -- -- -- Erva-mate (folha 156 587 3.763 264 verde) Feijão 1.960 2.151 1.097 1.703 Fumo (em folha) 556 896 1.612 3.136 Laranja -- -- -- -- Limão -- -- -- -- Mandioca 175 3.325 1.900 1.164 Melancia -- -- -- -- Milho 6.500 45.175 6.950 7.906 Pêra -- -- -- -- Pêssego 4 24 6.000 35 Soja 11.500 32.550 3.100 12.890 Tomate 4 240 60.000 288 Trigo 720 1.444 2.000 696 Fonte: IBGE 2005 O valor da soja produzida na microrregião de Guarapuava corresponde a mais da metade do valor total da produção agrícola se comparado com a produção de outras culturas. O município da microrregião com o maior índice de produção de soja é Foz do Jordão, enquanto os mais baixos índices de produção de soja são dos municípios de Inácio Martins, Virmond, Nova Laranjeiras, Marquinho, Palmital e Laranjal. Quanto a Laranjeiras do Sul, a soja é responsável por 7 a 14% da produção agrícola. 203

Figura 44: Soja Safra Normal da Microrregião de Guarapuava. Fonte: EMATER (2000). 204

A criação de animais em Laranjeiras do Sul em 2007 teve seus principais rebanhos compostos por bovinos e suínos. As criações de bovino misto, bovino de leite e suinocultura têm destaque em relação ao número de produtores seguido de outras criações. A tabela da Produção Pecuária apresenta outras informações relativas aos rebanhos: Tabela 54: Produção da Pecuária, Aves e Produtos de Origem Animal VARIAVEL EFETIVO Bovinos 46.090 Eqüinos 1.350 Suínos 25.115 Muares 87 Ovinos 3.470 Galinhas, Galos, frangos, frangas e pintos 60.298 Caprinos 1000 Vacas ordenhadas 6.500 Ovos de galinha 53.000 dúzias Mel de abelha 19.500 kg Leite vaca 10.732 Fonte: IBGE 2007 Palmital se destaca na microrregião com a produção leiteira com 15% a 23% do valor bruto de produção. Laranjeiras do Sul junto com os municipios de Laranjal, Marquinho, Nova Laranjeiras, Porto Barreiro e Turvo estão na faixa de 9% a 14% do valor bruto de produção adicionado pela criação de gado leiteiro. Quanto a produção de suinos na microrregião de Guarapuava, os municipios de Nova Laranjeiras, Espigão Alto do Iguaçu, Virmond e Inácio Martins são os que mais se destacam, com 11% a 20% de suinos criados em relação a criação de outros animais. Laranjeiras do Sul tem também destaque na criação de suínos, com 7% a 10% das criações de suínos no municipios. 205

Figura 45: Produção de Suínos na Microrregião de Guarapuava Fonte: EMATER (2000). 206

Figura 46: Percentual de Leite da Microrregião de Guarapuava. Fonte: EMATER (2000) 207

A extração de madeira no municipio de Laranjeirasa do Sul acrescenta valores expressivos ao valor acrescentado por todo o setor primário. Tabela 55: Produção da Silvicultura Produção Quantidade Produzida Valor da Produção (R$) Madeira em tora 4.800 m³ 504.000,00 Lenha 16.400 m³ 201.000,00 Carvão Vegetal 118 toneladas 30.000,00 Fonte: IBGE - 2007 Tabela 56: Produtos da Silvicultura Produtos Quantidade Produzida Valor da Produção (R$) Lenha 7.000 m³ 86.000,00 Madeira em tora 15.000 m³ 825.000,00 Madeira em tora para papel e celulose -- m³ -- Madeira em tora para outras finalidades 15.000 m³ 825.000,00 Fonte: IBGE - 2007 6.2.3 Setor Secundário Indústria O Estado do Paraná apresentou nas décadas de 70 e 80 indícios de que a sua economia se voltaria para a industrialização, nesse processo a agroindústria paranaense exerceu um papel importante. O setor secundário representa o segundo setor de importância na geração de empregos e de valor adicionado no município. A atividade de maior importância é a indústria madeireira, que se distribui em várias movelarias, em produtoras de laminados e de madeira beneficiada para exportação. 208

Tabela 57: Número de estabelecimentos e empregados Variável Estabelecimentos Empregados Indústria mineral 1 17 Indústria metalúrgica 10 34 Indústria materiais de transporte 1 2 Indústria madeireira e do mobiliário 14 114 Indústria do papel, papelão, editora e gráfica 3 23 Indústria da borracha, fumo, couros e similares 2 5 Indústria têxtil e vestuário 2 5 Produção de alimentos, bebidas e álcool etílico 20 290 Atividade Econômica Total 53 490 Fonte: IPARDES - 2006 6.2.4 Setor Terciário Comércio e Serviços O setor terciário é, atualmente, o grande responsável pela geração de empregos, sendo o primeiro setor em termos de valor adicionado no Município, representando a alternativa que mais absorve mão-de-obra local. Apesar da atividade madeireira ser muito dinâmica, a situação sócioeconômica da população é precária conferindo a esta um baixo poder aquisitivo, tendo reflexos diretos no desenvolvimento do setor comercial e da prestação de serviços. 209

Tabela 58: Número de Estabelecimentos e Empregados Variável Estabelecimentos Empregados Construção civil 12 57 Comércio varejista 257 897 Comércio atacadista 22 147 Auxiliar de atividades econômicas 33 67 Transporte e comunicações 26 101 Serviços 64 343 Serviços médicos, odontológicos e veterinários 25 67 Ensino 4 16 Administração pública direta e indireta 5 716 Agricultura,silvicultura e criação de animais 99 214 Atividade Econômica Total 547 2.625 Fonte: IPARDES - 2006 210

6.2.5. Condicionantes, Deficiências e Potencialidades. Tabela 59: Aspectos Sócio-Econômicos condicionantes, deficiências e potencialidades no Município de Laranjeiras do Sul 2009. ASPECTOS CONDICIONANTES DEFICIÊNCIAS POTENCIALIDADES A base da Reestruturação do A base da produção produção é o setor Setor de comércio e é o setor primário, primário, serviços principalmente a principalmente a Êxodo rural agricultura. agricultura. Qualificação População População profissional predominantemente predominantement Falta de geração de rural. e rural. emprego A população Geração de renda Reciclagem do lixo economicamente Sócio- provem da Áreas para a ativa trabalha no econômico produção primária. implementação de campo; O relevo propicia a indústrias. Geração de renda produção leiteira. provem da produção primária. Projetos sociais Atendimento na saúde. Fonte: Equipe ADEOP - 2009 211

7. ASPECTOS SÓCIO- ESPACIAIS 7.1. EVOLUÇÃO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO A ocupação da cidade, entre os anos de 1940 e 1950, iniciou-se no entorno da atualmente chamada Avenida Honório Babinski. O desenvolvimento continuou nas imediações desta avenida, no sentido norte-sul, criando assim a principal via da cidade, a Avenida Santos Dumont. Ao longo desta, as primeiras casas foram construídas, ocorrendo um maior acréscimo populacional na região sul da cidade. ntre 1951 e 1960 a ocupação da região sul continua em função da atrativa topografia e do fácil acesso à BR 158, com destino ao Município de Porto Barreiro, formando o atual centro da cidade. Já entre os anos de 1961 e 1970, a ocupação verificou-se ao norte, em pontos deslocados do centro, originando os atuais bairros São Francisco; Vila Industrial e Nossa Senhora Aparecida. Nas décadas seguintes, até o ano de 2000, a ocupação ocorreu nos arredores do centro, tanto ao sul, quanto ao leste e ao norte, surgindo os bairros Água Verde ao sul, Cristo Rei, Vila Panorama e Presidente Vargas ao leste, conforme mapa da Evolução Urbana em anexo. Figura 47: Evolução da ocupação urbana Fonte: PRDE Planos Regionais Desenvolvimento Estratégico Estado do Paraná, 2000. 212

Tabela 60: Evolução da população total Ano População Urbana % Rural % Total 1950 962 3,30 28.164 96,70 29.126 1960 5.918 16,42 30.129 83,58 36.047 1970 6.394 16,13 33.257 83,87 39.651 1980 21.242 33,81 41.591 66,19 62.833 1991 21.994 40,65 32.108 59,35 54.102 2000 23.562 78,47 6.463 21,53 30.025 2007 -- -- -- -- 30.481 2009 -- -- -- -- 31.641 Fonte: IBGE Hoje a sede do Município de Laranjeiras do Sul é composta pela área inicial da cidade com 2,302.501 m², mais 29 loteamentos que juntos somam 3,435.531 m², além do parque industrial, que soma uma área de 244.281 m². 7.2 USO DA OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO Através da BR 277, que está localizada ao norte da malha urbana, tem-se acesso a cidade pela chamada Avenida Deputado Ivan Ferreira do Amaral Filho, a qual cruza o bairro Nossa Senhora Aparecida, com características residenciais de baixo padrão, onde estão os loteamentos Santo Antônio, Alto Alegre e Vista Alegre. Seguindo pela Avenida Deputado Ivan Ferreira do Amaral Filho, chega-se à Avenida Santos Dumont, que inicia no bairro Centro, de área predominantemente comercial e residencial de padrão médio, cortando a malha urbana. Os setores de comércio e serviço estão entre as Avenidas Santos Dumont e Sete de Setembro, ainda no bairro Centro, ocorrendo igualmente sobre a Rua XV de Novembro, onde se localiza a Igreja Nossa Senhora Sant ana. Os serviços públicos, a Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul, o Fórum, a Câmara dos Vereadores e ao lado, a Rodoviária, situam-se à nordeste da Avenida Santos Dumont, entre as Ruas Marechal Cândido Rondon e Sete de Setembro. Ao sul do setor comercial e de serviços, assim como à leste e oeste, tem-se áreas residenciais de padrão médio e algumas áreas de lazer, o Iguaçu Tênis Clube, 213

a Praça Governador Garcez, o Estádio 1º de Maio, o Ginásio Municipal de Esportes Laranjão, o Parque Aquático, entre outros. Os loteamentos do Centro da cidade são os seguintes: Avelino Badotti, Martins, Bêe, Alvorada e Loteamento Planalto. A Vila Industrial, cortada pela BR 277, está localizada ao norte da malha urbana onde se encontram os setores industriais e os loteamentos Jardim Iguaçu e Palmeiras, com habitações de baixo padrão. Outra pequena área industrial está no bairro São Francisco, cujas habitações são de baixo padrão e ocorre uma das maiores áreas de invasão. Neste bairro estão os loteamentos São Francisco, Buava, Santo Onofre, Cunha, Santana, Monte Castelo, João Fernandes e Paz Nascente, São Miguel, Vista Alegre, Alto Alegre, Sto. Antonio. Verificam-se mais alguns pontos de invasão ao sul da malha urbana, principalmente circundando o cemitério, o qual já não atende a necessidade do município e não pode expandir-se devido à própria invasão que delimita sua área. O bairro Presidente Vargas é ocupado por habitações de baixo e médio padrão. No bairro Água Verde, no entorno do loteamento Santo Antônio de Pádua há um núcleo habitacional da COHAPAR mas sua topografia possui inclinações superiores a 30%, embora legalmente aprovado na Prefeitura Municipal. Neste bairro estão ainda os loteamentos Água Verde, Jardim Augusto e loteamento dos Bancários onde termina a Avenida Santos Dumont, já sem pavimentação, mas com largura de rolamento igual aos trechos anteriores (2 m). (Mapas 14 e 15 do Caderno de Mapas anexo a este volume) A Vila Rural desenvolve-se margeando a BR 158 a oeste do perímetro urbano. Esta vila sustenta o Programa Municipal de Assentamento de Famílias, com lotes de 5000m 2, onde não existem escolas, sendo que os estudantes utilizam transporte municipal específico que os leva até as escolas localizadas no perímetro urbano. 214

Tabela 61: Número de Domicílios segundo uso e zona - 2000 DOMICÍLIOS URBANA RURAL TOTAL Total de Domicílios 7.049 1.865 8.914 Coletivos 14 01 15 Particulares 7.035 1.864 8.899 Ocupados 6.453 1.696 8.149 Não Ocupados 582 168 750 De uso Ocasional 50 29 79 Vagos 518 133 651 Fechados 14 06 20 Fonte: IPARDES-2000 Tabela 62: Número de estabelecimentos Segundo Atividades Econômicas 2006 ATIVIDADES ECONÔMICAS ESTABELECI EMPREGOS MENTOS Indústria metalúrgica 10 34 Indústria da madeira e do mobiliário 14 114 Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 3 23 Construção civil 12 57 Comércio varejista 257 897 Comércio atacadista 22 147 Instituições de crédito, seguro e de capitalização 11 83 Administradoras de imóveis, valores mobil., serv. técn. profis., aux. 67 33 ativ. econ. Transporte e comunicações 26 101 Serviços de alojamento,alim.,reparo,manut.,radiodifusão e televisão 64 343 Serviços médicos, odontológicos e veterinários 25 67 Administração pública direta e indireta 5 716 Agricultura, silvicultura, criação de animais, extração vegetal e pesca 99 214 Total 581 2863 Fonte: IPARDES-2006 215

7.3 DEMANDA DO SOLO URBANO Observa-se na malha urbana que existem muitos lotes baldios, mas a demanda construtiva está em crescimento por se tratar de um município em ascensão. Importante acrescentar que ao longo da Av. XV de Novembro, a ocupação linear dos lotes caracteriza-se de forma comercial, serviços e residencial, evidenciando uma zona especial de comércio e serviços. Na área mais antiga da cidade, observa-se que praticamente não há vazios urbanos, o que torna viável em termos de investimentos na infraestrutura x demanda construtiva. Possibilitando dessa forma, melhorar a infraestrutura existente e promover incentivos fiscais para ocupação das áreas vazias. (Mapas 16 e 17 do Caderno de Mapas anexo a este Volume) No perímetro urbano do Distrito de Passo Liso existem muitos lotes baldios, onde deverão ser incentivados sua ocupação, ou seja, adensamento dos mesmos, tendo em vista a demanda X infraestrutura executada. (Mapa 18 do Caderno de Mapas anexo a este Volume) Considerando a permanência da densidade de 45,27 hab/km 2 na área da sede urbana e a projeção populacional para o Município nos próximos 10 anos é de aproximadamente, 35.502 habitantes.. Na tabela 43 trata da projeção da população para os próximos 10 anos, considerando uma taxa de urbanização de 1,28% conforme informações do IPARDES/2007 baseado no crescimento do ano de 2007 para o ano de 2008 (conforme estimativas para o ano de 2008): 216

Tabela 63: Projeção da População Total 10 anos ANO POPULAÇÃO 2007 30.481 2008 30.871 2009 31.266 2010 31.666 2011 32.071 2012 32.481 2013 32.896 2014 33.317 2015 33.743 2016 34.174 2017 34.611 2018 35.054 2019 35.502 Fonte: Adaptado de IBGE/PNUD - 2000 7.4 CONDICIONANTES, DEFICIÊNCIAS E POTENCIALIDADES Tabela 64: Aspectos Sócio-Espaciais - condicionantes, deficiências e potencialidades no Município de Laranjeiras do Sul 2009 ASPECTOS CONDICIONANTES DEFICIÊNCIAS POTENCIALIDADES Sócioespaciais Situação geográfica - relevo Malha urbana existente Perímetro Urbano Fonte: Equipe ADEOP - 2009 Uso e ocupação do solo urbano Reestruturação Urbana Central Lotes baldios Locais para lazer Malha urbana regular promove-fluidez Crescimento da malha urbana Crescimento populacional Boa localização da sede urbana em relação ao relevo 217

8. ASPECTOS DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS PÚBLICOS 8.1 INFRAESTRUTURA URBANA 8.1.1 Saneamento Ambiental 8.1.1.1 Abastecimento de água O sistema de abastecimento de água no Município de Laranjeiras do Sul, gerenciado atualmente pela SANEPAR, tem sua captação e tratamento realizado no Rio do Leão e no Arroio Simões, sendo a água bombeada através de duas adutoras com diâmetro de 150 mm cada, por uma extensão de aproximadamente 7.000 metros. A acumulação é feita em dois reservatórios com capacidade de 1.000 m 3 e 750 m³, localizados nas coordenadas UTM 22J x=357,399m; y=7.190.190m com altitude de 816,76m. A rede de distribuição tem 119,419 km de extensão e abrange cerca de 95% da malha urbana. O serviço de abastecimento de água está a cargo da Companhia de Saneamento do Paraná SANEPAR, em regime de concessão. (Mapas 19 e 20 do caderno de mapas anexo a este volume) Tabela 65: Abastecimento de Água, Segundo as Categorias 2007 Nº de Economias Nº de Ligações Residenciais 6.231 5.523 Comerciais 589 396 Industriais 22 21 Utilidade pública 56 54 Poder público 70 66 TOTAL 6.968 6.060 Fonte: SANEPAR / 05.2002 218

Tabela 66: Abastecimento de água Abastecimento de Água Laranjeiras do Sul - PR 2000 Domicílios Moradores Total 7.942 29.163 Rede geral 6.023 21.903 Rede geral - canalizada em pelo menos um cômodo 5.669 20.485 Rede geral - canalizada só na propriedade ou terreno 354 1.418 Poço ou nascente (na propriedade) 1.856 7.035 Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada em pelo menos um cômodo 1.324 4.946 Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada só na propriedade ou terreno 177 711 Poço ou nascente (na propriedade) - não canalizada 355 1.378 Outra forma 63 225 Outra forma - canalizada em pelo menos um cômodo 11 37 Outra forma - canalizada só na propriedade ou terreno 2 5 Outra forma não canalizada 50 183 Fonte: IBGE, 2000 8.1.1.2 Esgotamento Sanitário A SANEPAR é a empresa responsável pela coleta e tratamento dos efluentes sanitários. Somente 9,63% de domicílios de Laranjeiras do Sul possui coleta de esgoto sanitário sendo que o restante utiliza fossas sépticas com poço morto, e ainda, no destino final desta rede foi construído uma ETE com sua localização nas coordenadas 22J x=359.520m; y=7.190.424m; na cota altimétrica de 751,87m. 219

Tabela 67: Número de Economias e ligações, Segundo as Categorias 2002 Residenciais Comerciais Industriais Utilidade pública Poder público TOTAL Nº DE ECONOMIAS Nº DE LIGAÇÕES 1.113 843 339 191 2 1 8 7 16 16 1.478 1.058 Fonte: SANEPAR / 05.2002 Tabela 68: Esgotamento Sanitário Esgotamento Sanitário Laranjeiras do Sul PR 2000 Domicílios Moradores Total 7.942 29.163 Rede geral de esgoto ou pluvial (a) Fossa séptica (b) 765 741 2.595 2.593 Fossa rudimentar (c) 5.488 20.307 Vala 311 1.138 Rio, lago ou mar (d) 240 965 Outro escoadouro (e) 68 254 Não tinham banheiro nem sanitário (f) 329 1.311 Fonte: IBGE - 2000. 8.1.1.3 Limpeza Urbana A coleta de lixo está a cargo da Prefeitura Municipal e atende praticamente toda a malha urbana, sendo que a mesma é executada por dois caminhões basculantes com capacidade de 6 tf cada. No Centro a coleta é feita seis vezes por semana, na Vila Industrial uma vez por semana e em outras áreas no mínimo duas vezes por semana. A disposição final do lixo ocorre a 13 km do perímetro urbano em direção a Porto Barreiro, onde o mesmo é aterrado. O volume coletado é de 12 tf por dia. Na zona rural não há coleta de lixo. (Mapas 21 e 22 do caderno de mapas anexo a este volume) 220

O lixo hospitalar é recolhido diariamente nos hospitais, laboratórios e postos de saúde da área urbana. A varrição pública é feita por quinze garis, que trabalham somente no centro da cidade. Tabela 69: Destino do Lixo Laranjeiras do Sul PR 2000 Domicílios Moradores Total 7.942 29.163 Coletado 6.033 21.897 Coletado por serviço de limpeza 5.809 21.045 Coletado em caçamba de serviço de limpeza 224 852 Queimado 1.419 5.400 Enterrado 282 1.025 Jogado em terreno baldio ou logradouro 118 467 Jogado em rio, lago ou mar 55 237 Outro destino 35 137 Fonte: IBGE - 2000. 8.1.2 Energia Elétrica e Iluminação Pública O Município está interligado ao sistema de transmissão estadual, a cargo da Companhia Paranaense de Energia - COPEL, e conta com uma rede bastante abrangente, que atende cerca de 95% da malha urbana. Laranjeiras do Sul conta com uma subestação rebaixadora, operando nos níveis de 69/34,5 KV e de 69/13,8 KV, capaz de entregar aos circuitos primários 4,53 MW. O maior número de consumidores pertence à classe residencial, com 73,53%, seguido pelo comércio com 8,88% sobre o total de consumidores. Em relação ao consumo o setor industrial utiliza 15,74%, o setor comercial 20,24% e o residencial utiliza 32,83% da energia consumida. Conforme quadro descritivo na seqüência. 221

A iluminação pública é realizada através da utilização de lâmpadas a vapor de sódio de 400 W na região central da cidade, enquanto que nas ruas secundárias e em outros bairros predomina a utilização de lâmpadas de mercúrio de 125 W. (Mapas 23 e 24 do caderno de mapas anexo a este volume) Tabela 70: Consumo e número de consumidores de energia elétrica 2007. VARIÁVEL CONSUMO (MWH) % CONSUMIDORES % Residencial 10.364 27,38 7.324 72,45 Setor secundário 9.696 25,62 108 1,06 Setor comercial 7.103 18,76 893 8,83 Rural 5.142 13,58 1.623 16,06 Energia elétrica - outras classes 5.551 14,66 161 1,60 TOTAL 37.854 100,00 10.109 100,00 Fonte: COPEL/1998 8.1.3 Pavimentação Todas as vias principais possuem pavimentação asfáltica, além de outras vias secundárias ortogonais a estas, perfazendo aproximadamente 50% das vias do centro com este tipo de pavimentação, sendo as demais vias do centro revestidas com pedra irregular. Nos demais bairros da cidade têm-se aproximadamente 20% das vias revestidas com pedra irregular, sendo as demais vias revestidas com pavimentação primária (ensaibradas). As caixas de rolamento apresentam-se com dimensões variando de 7 a 14 metros de largura. (Mapas 25 e 26 do caderno de mapas anexo a este volume) Tabela 71: Percentual por tipo de pavimentação na área urbana 2009 (aproximadamente) Tipo de Pavimentação na Área Urbana Distância existente 1.Pavimentação Asfáltica 28.077 m 2.Pavimentação Poliédrica Irregular 50.961 m 3 Macadame saibro 44.354 m Total 123.392 m Fonte: Levantamento ADEOP - 2009 222

8.1.4 Arborização Urbana O Centro é o bairro mais arborizado, com predomínio de vegetação arbórea a Tipuana Tipum, de porte médio cuja altura varia de 5 a 7 m. Outro tipo de vegetação encontrada e a Grevilha, implantada em apenas 20% da malha urbana. Em outros bairros da periferia encontramos deficiência na arborização das vias de tráfego. 8.1.5 Sistema Viário O principal acesso a Laranjeiras do Sul encontra-se no trevo da BR 277 com a Av. Deputado Ivan Ferreira do Amaral Fº, à esquerda no sentido Curitiba / Foz do Iguaçu. No encontro desta com a Rua Expedicionário João Maria tem-se o primeiro semáforo, a partir do qual o fluxo distribui-se pela Rua Barão do Rio Branco, pela Av. Santos Dumond e pela Rua XV de Novembro, sendo esta a via de maior tráfego, a qual possui semáforos com as ruas Expedicionário João Maria, Capitão Antônio Joaquim de Camargo e Capitão Felix Fleury. O trafego principal distribui-se pela Rua Nogueira do Amaral até a rua Deolinda Oliveira Luz, sendo por esta o acesso à cidade do Município de Porto Barreiro. Outros acessos encontram-se na BR 158, à direita no sentido do Município de Rio Bonito do Iguaçu à BR 277, o primeiro através da Av. Santos Dumond e outro a partir do trevo com a Rua Santana. A leste da malha urbana tem-se o acesso secundário com ligação pela Rua das Perobas seguindo pela Av. Dr. Carmosino V. Branco até o centro da cidade. A malha urbana obedece a um sistema ortogonal de vias perpendiculares, onde as vias mais importantes, no sentido Norte/Sul, são: Av. Dep. Ivan Ferreira do Amaral Fº, Rua Barão do Rio Branco, Av. Santos Dumond, Rua XV de Novembro, Rua Mal. Candido Rondon e Rua Sete de Setembro, ainda, com menor importância, tem-se: a Av. Álvaro Natel de Camargo. No sentido Leste/Oeste a via com maior importância a Rua Santana. Todas as vias da cidade possuem duplo sentido, com exceção das vias que circundam o terminal rodoviário. 223

Todas as vias principais possuem pavimentação asfáltica, além de outras vias secundárias ortogonais a estas, perfazendo aproximadamente 23% das vias do centro com este tipo de pavimentação, sendo as demais vias do centro revestidas com pedra irregular. Nos demais bairros da cidade têm-se aproximadamente 42% das vias revestidos com pedra irregular, sendo as demais vias revestidas com pavimentação primária (ensaibradas). As caixas de rolamento apresentam-se com dimensões variando de 7 a 14 m de largura. (Mapas 27 e 28 do caderno de mapas anexo a este volume) 8.2 EQUIPAMENTOS URBANOS 8.2.1 Saúde Os atendimentos médicos existentes no município são do tipo ambulatorial: hospitalar e SUS Sistema Único de Saúde. A capacidade de internação é de 110 pacientes ao mês em hospitais. As unidades de saúde Municipais estão classificadas de acordo com o nível de atendimento dos serviços. Em um primeiro nível, Postos de Saúde, oferecem consultas médicas da rede básica nas áreas de clínica geral, ginecologia e obstetrícia e pediatria. Laboratórios públicos de análises clínicas, de ultra-sonografia, fisioterapia, convênios com hospitais e clínicas da rede privada. (Mapas 29 e 30 do caderno de mapas anexo a este volume) Tabela 72: Localização e Número de Atendimentos dos Postos de Saúde Posto de Saúde Número de atendimentos/mês Localização Secretaria de Saúde - Sede 3.768 Rua Barão do Rio Branco,1.861- Centro CAIC 904 Rua Ponta Grossa, s/n-são Francisco São Francisco 904 Rua Francisco Freitas, s/n-são Francisco Centro de Saúde Bucal 680 Rua Vereador José Aires de Oliveira, s/n-centro 224

Presidente Vargas 550 Rua Osvaldo Bee, s/n- Presidente Vargas Jardim Iguaçu 210 Rua Beija Flor, 217-Jardim Iguaçu Distrito de Passo Liso 110 Passo Liso-Interior Rio do Tigre 110 Rio do Tigre-Interior Alto Alegre do Tigre 70 Alto Alegre do Tigre-Interior Alto São João 110 Alto São João-Interior Fonte: Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul 2009 A rede privada de assistência médica possui hospitais, laboratórios, clinicas e consultórios, relacionados abaixo: 02 hospitais 03 laboratório 04 consultórios médicos 15 consultórios odontológicos 03 clínicas de fisioterapia Tabela 73: Óbitos Hospitalares 2007 Causas Numero de óbitos Neoplasias (tumores) 03 Aparelho respiratório 15 Aparelho circulatório 19 Aparelho Digestivo 03 Doenças infecciosas e parasitárias 11 Sistema Nervoso 04 Doenças endócrinas, nutricionais e 01 metabólicas Sintomas, sinais e achados anormais em 01 exames clínicos e laboratoriais Lesões, envenenamentos e causas externas 01 Mal formação congênita, deformação, 01 anomalias cromossômicas Contatos com serviços de saúde 01 Total 60 Fonte: IPARDES - 2006 225

8.2.2 Educação O sistema de educação em Laranjeiras do Sul apresenta composição variável em função de situar-se na zona urbana ou rural. A zona urbana conta com seis estabelecimentos de educação infantil, dezoito de 1 o grau e cinco de 2 o grau, enquanto que na zona rural não há nenhuma escola. (Mapas 31 e 32 do caderno de mapas anexo a este volume) A zona urbana tem cursos de 1 o e 2 o graus completos, e uma universidade, enquanto que a zona rural possui apenas escolas de 1 o grau. Para o ano letivo de 1999, na zona urbana, 877 alunos foram matriculados na pré-escola, 5.509 no 1 o grau, e 1.667 no o 2 o grau; na zona rural 442 alunos foram matriculados no ensino de 1 o grau. Conforme dados do Tribunal Regional Eleitoral (ano 2000), o grau de instrução dos eleitores de Laranjeiras do Sul, configurava-se da seguinte maneira: Tabela 74: Grau de Instrução Grau de Instrução TOTAL % Analfabetos 1.719 8,18 Lêem e escrevem 6.233 29,66 Primeiro grau completo 1.375 6,54 Primeiro grau incompleto 6.624 31,52 Segundo grau completo 1.304 6,21 Segundo grau incompleto 2.940 13,99 Superior completo 301 1,44 Superior incompleto 216 1,03 Grau de instrução não informado 300 1,43 TOTAL 21.012 100 Fonte: TER/2000 Analisando o número de alunos matriculados por zonas urbana e rural, em 1999, em Laranjeiras do Sul, observa-se que na pré-escola e no segundo grau só haviam alunos inscritos na zona urbana e no primeiro grau 92,57% dos alunos estavam matriculados na zona urbana. 226

Tabela 75: Grau de instrução por zona Grau de Zona Total de Alunos Instrução Urbana % Rural % Matriculados Pré-escola 877 100,00-0,00 877 Primeiro Grau 5.509 92,57 442 7,43 5.951 Segundo Grau 1.667 100,00-0,00 1.667 Fonte: FUNDEPAR-1999 Nota: a partir de 89, incluídos os alunos do ciclo básico Tabela 76: Alunos Matriculados no Primeiro Grau por série Alunos Matriculados no Primeiro Grau, por Série Primeira série 827 Segunda série 953 Terceira Série 887 Quarta série 793 Primeira a Quarta série 3.460 Quinta série 804 Sexta série 601 Sétima série 510 Oitava série 576 Quinta a Oitava série 2.491 Total - Primeira a Oitava série 5.951 Fonte: FUNDEPAR 1999 Nota: a partir de 89, incluídos os alunos do ciclo básico Tabela 77: Alunos Matriculados no Segundo Grau por série Alunos Matriculados no Segundo Grau, por Série Data 1 a Série 2 a Série 3 a Série 4 a Série Total 1999 655 446 350 216 1.667 Fonte: FUNDEPAR - 1999 Nota: Além das séries regulares, incluídos os alunos não seriados. 227

Tabela 78: Estabelecimentos de Ensino por Curso Efetuado na Área Urbana e na Área Rural Estabelecimentos de Ensino por Curso Efetuado na Área Urbana e na Área Rural Variável Urbana Total Rural Total Estabelecimentos de Ensino Total Pré-Escolar e 1 o grau 217 26 243 Pré-Escolar e 2 o grau 96-96 Fonte: FUNDEPAR - 1999 Tabela 79: Estrutura da Educação no Município, com dados das escolas: N o de Nível de Escola Localização N o de alunos salas ensino Centro de Educação Infantil Vila das Palmeiras Escola Municipal José Bonifácio Escola Municipal Florindo Pelizzari Escola Municipal Francisco Freitas Centro de Educação Infantil Irmã Dulce Escola Estadual José Marcondes Sobrinho Escola Municipal Vereador Antonio R. de Oliveira Escola Municipal Dr. Leocádio José Correia Escola Municipal Valdemar Boeira Centro de Educação Infantil Raio de Luz Colégio Estadual Floriano Peixoto Rua dos Canários, s/n o Educação 54 3 Vila Industrial Infantil Rua Brasília, 179 253 6 Fundamental Vila Industrial Rua Ponta Grossa, s/n o São Francisco 509 20 Fundamental Rua Otaviano Amaral, s/n o São Francisco 163 4 Fundamental Rua Ponta Grossa, s/n o Educação 132 6 São Francisco Infantil Rua Ponta Grossa, s/n o Fundamental 449 9 São Francisco e Médio Rua da Liberdade, 294 Nossa Senhora Aparecida 206 6 Fundamental Rua Presidente Kennedy, 1675 747 11 Fundamental Cristo Rei Rua das Guajuviras, s/n o Cristo Rei 187 4 Fundamental Rua das Guajuviras, s/n o Educação 87 3 Cristo Rei infantil Rua Paraná, 2777 Fundamental 1054 29 Centro e Médio CEEBJA Rua XV de Novembro, 2131 779 16 Fundamental 228

Escola Municipal Aluísio Maier Escola Estadual Laranjeiras do Sul Escola Municipal Pe. Gerson Colégio Estadual Professor Gildo Aluisio Schuck Colégio Estadual Érico Veríssimo Escola Adventista (particular) Escola Anjo da Guarda (particular) Colégio Sels-Ensino Médio (particular) Escola Vicentina Santa Ana (particular) Escola Municipal Água Verde Escola Municipal Teotônio Vilela Centro Rua Capitão Antônio Joaquim de Camargo, s/n o Centro Rua Cap. Antonio Joaquim de Camargo, 842 Centro Rua José Bonifácio, s/n o Centro Rua Espírito Santo Centro Rua Espírito Santo Centro Rua Manoel Ribas, 2551 Centro Rua Barão do Rio Branco,2.591 Centro Rua Manoel Ribas, 749 Centro Rua Santana, 970 Centro Rua Rio de Janeiro, s/n o Água Verde Rua Prudente de Moraes,s/n o Presidente Vargas e Médio 398 7 Fundamental 448 7 Fundamental 400 6 Fundamental ** ** Médio ** ** Fundamental 70 4 Fundamental 72 6 Fundamental e Médio 89 3 Médio 254 12 Fundamental 329 5 Fundamental 406 8 Fundamental Fonte: Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul - 2009 229

Figura 48: Creche Cristo Rei Fonte: Acervo PMLS - 2009 (Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul) Quanto às taxas de analfabetismo, o Município de Laranjeiras do Sul em relação aos municípios da microrregião de Guarapuava, apresenta uma média alta de 8,9% a 14,1%. É importante a educação do municipio continuar o bom trabalho que vem sendo exercido e tentar melhorar o atendimento para cada vez mais atenuar a taxa de analfabetismo. Tabela 80: Taxa de analfabetismo segundo as faixas etárias. Faixa Etária (anos) Taxa (%) De 7 a 14 5,23 De 10 a 14 1,99 De 15 a 17 0,73 De 18 a 24 5,98 De 25 ou mais 14,87 Fonte: PNUD Brasil, 2000 230

Figura 49: Taxa de Analfabetismo Fonte: EMATER (2000) 231

8.2.3 Assistência Social A política de Assistência Social do município visa atender a população através de entidades governamentais e não governamentais; clubes de serviço e de voluntários. A LOAS - Lei Orgânica de Assistência Social (Lei 8.742/93) estabelece os preceitos legais que garantem o direito e a qualidade no atendimento aos usuários do sistema, assessorado pelos seguintes conselhos: Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente; Conselho Tutelar; Conselho de Assistência Social. Para que se tenha uma idéia do número de atendimentos que a Prefeitura Municipal tem realizado é apresentada uma síntese do relatório da Secretaria de Ação Social (25/06/2002). Tabela 81: Ações e número de atendimentos Cestas básicas Programa do leite Super sopa Ações 230 famílias 200 crianças 80.280 pratos N o de atendimentos Acompanhamento a clubes de mães Atendimento a crianças (Centro de Educação Infantil) Programa Sentinela (violência sexual infanto juvenil) Programa PETI (erradiação do trabalho infantil) Programa da Rua para a Escola Vila Rural Programa de Módulos Sanitários Programa de concessão de moradias Grupo de convivência da Terceira Idade 37 clubes 650 crianças 39 crianças e adolescentes 196 crianças e adolescentes 60 crianças e adolescentes 45 famílias 28 famílias 24 famílias 290 idosos Fonte: Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul 2009 232

8.2.3.1 Atividades Realizadas pela Secretaria Além do atendimento direto pela Secretaria de Ação Social, diversas organizações não governamentais prestam assistência à população, entre elas: a) AFIM - Associação da Família e Integração do Menor Caracterizada como Casa de Passagem que abriga, em regime temporário, crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social. N o de atendidos: 40 b) SOS - Serviço de Obras Sociais Entidade de abrigo que atende crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social, crianças estas que não tem famílias ou que são provenientes de famílias que foram destituídas do pátrio poder. Nº de atendidos: 15 Obs: 1. Atualmente as atividades do PETI - de jornada ampliada estão sendo desenvolvidas na estrutura SOS, que além de das casas de abrigo (casa lar) possui ótima estrutura para atendimento. 2. No SOS está em funcionamento, também, a Fábrica de Farinha multi mistura que, é distribuída para a Pastoral da Criança e para Programas de Combate à Desnutrição da Secretaria de Saúde do município. c) CEMIC - Centro de Menores Integrado na Comunidade: Atende em regime de contra-turno escolar crianças e adolescentes em vulnerabilidade social e pessoal. N o de atendidos: 56 233

d) ADRA Entidade Adventista que articula ações sócio educativas com as famílias, com o objetivo de orientar e melhorar a qualidade de vida das mesmas.desenvolve entre outras, ações, cursos de alfabetização e encaminha para os recursos comunitários existentes. e) APAE Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais No município, mantém a Escola de Educação Especial Nosso Cantinho,cujo objetivo é atender pessoas com necessidades especiais na área de deficiência mental e associados a esta. Obs: A APAE mantém, também, uma Casa Lar que abriga pessoas com necessidades especiais em situação de risco pessoal e social, que não tem família e/ou não estão com estas por situações de maus tratos.atualmente, há cinco jovens nesta Casa Lar. f) CENTRO DE RECUPERAÇÃO AO DROGADO ESQUADRÃO RESGATE: Atualmente em funcionamento no município com o objetivo de tratar, capacitar e encaminhar toxicômanos a reassumir o convívio social e familiar, prevenir o uso de entorpecentes, instruir o comportamento dos familiares em relação a estes. Atende em regime integral: g) ASSOCIAÇÃO DAS SENHORAS DE CARIDADE: Mantém: O Asilo Casa de Repouso São Francisco Xavier:atende em regime integral 30 pessoas idosas,muitas desta não dependentes do cuidado de terceiros. O Albergue: atende, em curto período, os itinerantes que percorrem o município, viabilizando pernoite, banho e refeição. 234

h) DOS CLUBES DE SERVIÇO: LIONS ROTARY LOJA MAÇÔNICA ESCOTEIROS ASSOCIAÇÃO DAS SENHORAS DE ROTARIANOS i) DOS SERVIÇOS VOLUNTÁRIOS: O município conta com o apoio das igrejas Evangélica e Católica, através de grupos específicos que articulam trabalhos de fundo social. 8.2.4 Cultura, Esporte Para desenvolver atividades da área da cultura e lazer, (Mapas 33 e 34 do caderno de mapas anexo a este volume) Laranjeiras do Sul possui: 07 ginásios de esportes; 01 bibliotecas; 02 clube; 01 estádio; 01 parque aquático; 02 praças; 03 associações (LIONS, ROTARY, etc). 8.2.4.1 Turismo Laranjeiras do Sul se caracteriza por sua economia voltada principalmente para a agropecuária, porém, é importante o município ir atrás de fontes de renda diversificadas. Como a região Centro Sul do Paraná tem um potencial turístico, o turismo é um meio viável de se diversificar a economia e de trazer renda para o município. Um 235

dos fatores que contribui para a vocação turística da região é a existência de varias cachoeiras. Outro potencial turístico do município e da região que não é explorado é o turismo rural, destinado aos turistas que ao visitarem os atrativos da região centro sul também queiram momentos de descanso próximos à natureza. 8.2.5 Segurança Pública No município há uma delegacia de polícia, um Fórum, um posto de Bombeiro Comunitário e um carro de bombeiros que fica na Secretaria de Saúde e são cinco funcionários que revezam o horário de trabalho. (Mapa 35 do caderno de mapas anexo a este volume) 8.2.6 Recreação São encontrados no município equipamentos de lazer como o Lago Central, a Praça General Garcez, Pesque Pague Toca do Leão. Figura 50: Lago Central Fonte: Acervo PMLS - 2009 (Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul) 236

Figura 51: Praça General Garcez Fonte: Acervo PMLS - 2009 (Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul) Figura 52: Pesque Pague Toca do Leão Fonte: Acervo PMLS - 2009 (Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul) As localidades da área rural possuem campos ou quadras de futebol e salões comunitários aonde são realizados festas e bailes. 237

8.3 SERVIÇOS PÚBLICOS 8.3.1 Transporte A cidade possui um terminal rodoviário possibilitando maior conforto aos usuários, sendo que o sistema de transporte coletivo intermunicipal e interestadual está sob responsabilidade de seis empresas: Pluma Viação Pato Branco Sulamericana Garcia Unesul Princesa dos Campos 8.3.1.1 Transporte escolar O transporte escolar é gerenciado pela Prefeitura Municipal a qual terceiriza estes serviços para empresas privadas; o sistema é composto por seis rotas que coletam os alunos nas diversas localidades do município e os transportam para as escolas da rede pública em geral localizadas na área urbana. A frota é composta por com 07 (sete) ônibus, 02 (dois) microônibus e 02 (duas) kombis. 8.3.1.2 Frota Urbana A frota de veículos no município é composta aproximadamente por 5.120 veículos, distribuídos da seguinte forma: 238

Tabela 82: Veículos registrados segundo categoria Veículos Registrados - Categoria - 12 / 2000 Variável Aluguel Oficial Particular Outros Total Automóvel 30 13 3.366 5 3.414 Caminhão 368 18 67 1 454 Caminhão Trator 72-1 - 73 Camioneta 29 14 667-710 Ciclo-motor - - 5-5 Micro-ônibus 5 3 2-10 Motocicleta - - 248 2 250 Motoneta - - 17-17 Ônibus 30 5 4 1 40 Reboque 3 2 55-60 Semi-Reboque 77-8 - 85 Veículos Registrados Total 614 55 4.442 9 5.120 Fonte: IPARDES Nota: Posição na data Figura 53: Ônibus Escolar Fonte: Acervo PMLS - 2009 (Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul) 239

Tabela 83: Linhas de ônibus de Laranjeiras do Sul LINHAS Rio Cachoeira, Boa Vista, Distrito de Passo Liso, Laranjeiras do Sul Rio Quati, Distrito de Passo Liso. RETORNO Laranjeiras do Sul, Rio do Tigre. RETORNO Flor do Pinho, Fax. Grande, Campo Sales, Laranjeiras do Sul. Torre da Telepar, Somensi, Laranjeiras do Sul. RETORNO Colônia Santo Antônio, Laranjeiras do Sul. RETORNO Rio Verde. As. Juraci, Agenor, Faz. Piovesan. RETORNO H. Grande, Toto, Vivid, Pelliz. Zoche, Jacielo, São Pedro. Gramadinho, Fase, Laranjeiras do Sul. RETORNO V. Becker, N. Colônia, Campinas, Br 277, Laranjeiras do Sul. RETORNO Km. 130, F. Wilson, Km. 127, Toca do Leão, Laranj. do Sul São José, Alto São João, Laranjeiras do Sul. RETORNO Divino, Schimitt, Conradondiuba, Distrito de Passo Liso. RETORNO Vila Somensi, Rio Laranjeiras, Br 277, S. Ant. Laramj. do Sul Alunos APAE dentro do quadro urbano, Pr 158. RETORNO Benicio, Rocha, M. da Glória, Ribeiro, Laranjeiras do Sul. RETORNO Assent. 08 de Junho, Laranjeiras do Sul. RETORNO Divisa R. B. Iguaçu, Vera Cruz, B. Preto, Pas, Laranj. Do Sul. Linha Valério, Wolff, Pimentel, Cordeiro, P. Liso. Linha Pechinski, Distrito de Passo Liso. RETORNO Rio do Tigre, Alto Alegre, C. União, Palm, Laranj. Do Sul. Rio Anteiro, C. Felipe, Adami, Div. Rio Bonito, Lar. Do Sul. Criciúma, Distrito de Passo Liso, Cordeiro, Distrito de Passo Liso. RETORNO Campo Mendes, Rio Tapera, Faz. N. S. Ap. Garcoa. RETORNO Xagu dos Marianos, Pedágio, Laranjeiras do Sul. RETORNO Rio Barreiro, Alto Alegre, Rio do Tigre. RETORNO Rincão Grande, Faz. Pipoca, C. Alice, Laranjeiras do Sul RETORNO Amorin, Lindagua, P. Iguaçu, Laranjeiras do Sul. RETORNO Peti Sos, Erico, Trevo, V. A. R. O., José Bonifacio. Peti Sos, T. Vilela, F. Peixoto, L. Correia, CAIC, F. Freitas AABB/CAIC, F. Freitas, J. Bonif. Varo. Erico, Av. T. Vilela. Laranjeiras do Sul, Distrito de Passo Liso. Laranjeiras do Sul, Km 08. Alunos APAE dentro do quadro urbano. Laranjeiras do Sul, Campo Mendes, Rio Tapera. 240

Laranjeiras do Sul, Vila Rural. Laranjeiras do Sul, Campinas, Becker, Pedágio. Laranjeiras do Sul, Alto São João 01. Linha Cordeiro, Distrito de Passo Liso. Laranjeiras do Sul, Vila Somensi, Santo Antônio. Boa Vista, Distrito de Passo Liso. Conjunto Habitacional Sol Poente. Pain e Carpestein Néon, Schimitt, Distrito de Passo Liso Linha Indígena. Fonte: Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul - 2009 8.3.2 Telecomunicações No setor de comunicações Laranjeiras do Sul é atendida pela Companhia de Telecomunicações do Paraná - TELEPAR, estando integrada ao sistema DDD. Atualmente a central local possui aproximadamente 5000 terminais telefônicos e, 269 telefones públicos em serviço, no perímetro urbano. A TELEPAR não forneceu dados precisos sobre os números de telefones em operação, pois se trata de informações sigilosas 8.3.3. Equipamentos Administrativos e prestação de serviços O Município de Laranjeiras do Sul conta com os seguintes equipamentos administrativos e prestadores de serviços (Mapa 36 do caderno de mapas anexo a este volume): o Prefeitura Municipal; o Câmara Municipal; o Fórum; o Polícia Civil; o Polícia Militar; o Correio; o Sanepar; o Emater; o Cartórios; 241

o Conselho Tutelar e Casa da Família; o Centro Comunitário; o Centro de Eventos; o Centro Cultural; o Agência do INSS; o Receita Federal; o Receita Estadual. Figura 54: Prefeitura Municipal Fonte: Acervo PMLS - 2009 (Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul) 242

Figura 55: Palácio Território do Iguaçu Fonte: Acervo PMLS - 2009 (Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul) Figura 56: Fórum Eleitoral Fonte: Acervo PMLS - 2009 (Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul) Figura 57: Fórum da Justiça Fonte: Acervo PMLS - 2009 (Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul) 243

8.4 DEFESA CIVIL O município de Laranjeiras do Sul não possui seu Plano Diretor de Defesa Civil. É de extrema importância que o município elabore e implante o mesmo. Os objetivos de um Plano Diretor de Defesa Civil são: Promover a defesa permanente contra desastres naturais ou provocados pelo homem; Prevenir ou minimizar danos, socorrer e assistir populações atingidas, reabilitar e recuperar áreas deterioradas por desastres; Atuar na iminência ou em situações de desastres; Incrementar o nível de segurança intrínseca e reduzir a vulnerabilidade dos cenários dos desastres e das comunidades em riscos; Otimizar o funcionamento da Defesa Civil em todos os tipos de desastres que ocorrem no Município; Facilitar uma rápida e eficiente mobilização dos recursos necessários ao restabelecimento da situação de normalidade, em circunstâncias de desastres; Proporcionar a todos os órgãos ou instituições que trabalham na área de Defesa Civil, nova filosofia para que tenham possibilidade de elaborar planos de contingências e/ou operacionais para fazer frente aos desastres, de acordo com sua origem. 244

8.5. CONDICIONANTES, DEFICIÊNCIAS E POTENCIALIDADES Tabela 84: Aspectos Infraestrutura e Serviços Públicos - condicionantes, deficiências e potencialidades no Município de Laranjeiras do Sul 2009 ASPECTOS CONDICIONANTES DEFICIÊNCIAS POTENCIALIDADES Infraestrutura e Serviços Públicos Mobilidade urbana; BR 277; Malha Urbana. Ausência de um sistema eficiente de transportes ; Falta de rede de esgoto em todo o perímetro urbano da sede e do Distrito de Distrito de Passo Liso; Falta de Segurança; Falta de Lazer urbano; Não há qualidade nas vias urbanas e rurais; Falta de coleta de lixo e reciclagem; Tráfego pesado intenso na cidade. Pavimentação sem qualidade; Falta de Iluminação; Aumentar o número de vagas na rede escolar existente, pois hoje não é suficiente. Dimensão viária adequada; Possibilidade de planos em conjunto com a comunidade científica; Serviços de saúde bem dimensionados; Rede escolar bem dimensionada; Malha Urbana. Fonte: Equipe ADEOP - 2009 245

9. ASPECTOS INSTITUCIONAIS 9.1 UNIDADES ADMINISTRATIVAS MUNICIPAIS RELACIONADAS AO PLANO DIRETOR MUNICIPAL A Lei n o 003/2001 de 14 de março de 2001 dispõe sobre a reorganização administrativa da Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul - PR e define outras providências. O organograma institucional do município contempla 09 (nove) secretarias, a saber: a. Secretaria Municipal de Administração e Planejamento Departamento de Administração Divisão de Recursos Humanos Departamento de Material e Patrimônio Departamento de Compras Junta de Serviço Militar b. Secretaria Municipal de Finanças Departamento de Gestão Financeira Departamento de Contabilidade Departamento de Tributação e Fiscalização c. Secretaria de Esportes e Turismo Departamento de Apoio ao Turismo Departamento de Esportes, Recreação e Lazer d. Secretaria Municipal de Indústria e Comércio Departamento de Incentivo ao Desenvolvimento e. Secretaria Municipal de Saúde Fundo Municipal de Saúde Departamento de Saúde Departamento de Vigilância Sanitária 246

f. Secretaria Municipal de Educação e Cultura FAMESUL- Fundo Municipal de Ensino Superior de Laranjeiras do Sul Departamento de Cultura g. Secretaria Municipal de Urbanismo, Viação e Obras Departamento de Engenharia Departamento Rodoviário Municipal Departamento de Obras e Serviços Urbanos h. Secretaria de Assistência Social Fundo Municipal de Assistência Social Fundo Municipal do Direito da Criança e do Adolescente Departamento de Apoio às comunidades i. Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente Departamento do Meio Ambiente Departamento de Agricultura e Abastecimento 247

Figura 58: Organograma funcional Prefeitura Municipal Fonte: Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul 248

9.2 ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO VIGENTE NO MUNICÍPIO Abaixo seguem os instrumentos legais básicos, os quais normatizam os procedimentos urbanísticos e de administração e habitação no Município. Lei nº 47/01 - Institui o Código Tributário, onde se discrimina a base de cálculo para todos os índices sujeitos a tributação. Lei nº 004/2003 Dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Laranjeiras do Sul e dá outras providências; Lei nº 005/2003 Dispões sobre a Política de Proteção, Conservação e Recuperação do Meio Ambiente; Lei nº 006/2003 - Dispõe sobre o Parcelamento do Solo, Remembramento, Desmembramento e Condomínios Horizontais; Lei n 007/2003 - Institui o Código de Posturas do Município de Laranjeiras do Sul e dá outras providências; Lei nº 008/2003 Dispõe sobre o Usucapião Especial e o Direito de Superfície de Imóveis Urbanos; Lei nº 009/2003- Dispõe sobre o Código de Obras das Ações de Iniciativa Privada e Pública sobre a Morfologia da Cidade; Lei nº 010/2003 Dispões sobre o Parcelamento, a Edificação e a Utilização Compulsória de Imóveis Urbanos, sobre o Imposto Predial e Territorial Urbanos Progressivo no Tempo e a Desapropriação mediante o Pagamento com Títulos da Dívida Pública; Lei nº 011/2003 Dispõe sobre o Direito de Preempção e sobre as Operações Urbanas Consorciadas. Lei nº 012/2003 Dispõe sobre o Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo do Perímetro Urbano do Município de Laranjeiras do Sul e estabelece outras providências; Lei nº 015/2003 Aprova medidas e demais especificações do Perímetro Urbano do Município de Laranjeiras do Sul; Lei de 24 de novembro de 2004 - Institui a Lei Orgânica do Município; 249

Lei n 40/93 - Cria a Secretaria do Bem Estar Social. 9.3 ANÁLISE INTER-RELACIONAL DAS LEGISLAÇÕES FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL PERTINENTES A promulgação da atual Constituição Federal Brasileira, ocorrida em 05 de Outubro de 1988, inaugura a temática da Política Urbana em um texto constitucional de nosso país. As reivindicações dos movimentos em prol do desenvolvimento do espaço urbano e das funções sociais da cidade, com vistas às garantias individuais do cidadão urbano já não era novidade. No entanto, somente com a Constituinte de 1988 é que se alcançou a inclusão de capítulo próprio dentro da Carta Magna, intitulado Da Política Urbana, para que a regulamentação das políticas públicas de desenvolvimento urbano fosse exigida dos legisladores ordinários. A inovação constitucional nesse sentido passa a impor ao Poder Público a intervenção na propriedade urbana quando esta não atende os requisitos formadores da função social da cidade. Assim, aquele que detiver a propriedade de certo lote de solo urbano deverá dar a ele a destinação prevista pelas diretrizes de planejamento e desenvolvimento do território urbano fixadas pelo Município. O artigo 182 da Constituição Federal de 1988 direciona ao Poder Público Municipal a competência para executar a política de desenvolvimento urbano com vistas ao bem-estar dos cidadãos, segundo diretrizes que, por ordem constitucional, deverão constar de lei federal específica que orientará os municípios neste mister. É acertada a solução do Constituinte, uma vez que, sendo o Município a célula basilar do sistema político nacional, são os seus administradores aqueles que melhores condições têm para avaliar as necessidades e anseios da população. Tal delegação de competência compactua com o disposto no artigo 30 da CF/88, em seus incisos I (legislar sobre assuntos de interesse local) e VIII (promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano). Delimitada pela Constituição Federal a competência dos municípios para a execução das políticas de desenvolvimento urbano, conforme reza o artigo 182, cabe a análise da Lei Federal que regulamentou o referido dispositivo constitucional. 250

Trata-se da Lei nº 10.257, de 10 de Julho de 2001, denominada Estatuto da Cidade, o qual reúne normas relativas à ação do Poder Público na regulamentação do uso da propriedade urbana em prol do interesse público, da segurança e do bemestar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental, além de fixar importantes princípios básicos que irão nortear essas ações. Destaca-se o direcionamento dado pela Constituição Federal de 1988 e pelo Estatuto da Cidade no que diz respeito ao estabelecimento do que seja a função social da propriedade urbana. Ao contrário do que fez a Constituição Federal em relação à função social da propriedade rural, estabelecendo no seu artigo 186 os indeclináveis requisitos a serem observados pelo proprietário de imóvel rural, em relação à propriedade urbana delegou ao legislativo municipal a instituição dos requisitos a serem cumpridos no espaço urbano de forma a atender as funções sociais da cidade. Acertou o constituinte e o legislador ordinário, já que o Município, na sua característica de célula basilar do sistema político nacional, é quem detém melhores condições de avaliar as necessidades dos cidadãos, o que se fará durante o processo de elaboração do Plano Diretor Municipal, para que então se determine a contribuição que cada indivíduo deverá dar no exercício dos direitos inerentes à propriedade urbana, com vistas a atender ao interesse coletivo. Justamente para que o Poder Público Municipal possa estabelecer quais são as efetivas necessidades e anseios futuros da população das cidades, o Estatuto da Cidade, tal como a Constituição Federal, impõe que nos processos de elaboração do Plano Diretor Municipal sejam promovidas Audiências Públicas que garantam a participação e manifestação amplas do cidadão através de suas respectivas associações representativas ou pessoalmente, ao que o artigo 43 da Lei 10.257/2001 denomina Gestão Democrática da Cidade. O Plano Diretor Municipal deverá dirigir-se à organização do espaço territorial como um todo, contemplando não só a porção urbanizada da cidade, mas também a sua área rural (art. 40, 3º do Estatuto da Cidade), de forma a integrar as atividades exercidas em ambas, tendo em vista o desenvolvimento sócio-econômico do Município e do território sob sua área de influência. Tal integração, orientada pelas diretrizes estabelecidas, deverão garantir aos cidadãos o direito à terra, à moradia, ao saneamento ambiental, à Infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços 251

públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações. É o que se conhece por sustentabilidade, agora inserida nas políticas publicas municipais. No encalço da definição e implementação de uma eficaz e efetiva política de desenvolvimento urbano, o Município dispõe de uma gama de instrumentos de Política Urbana elencados no artigo 4º do Estatuto da Cidade. Estas novas ferramentas foram classificadas pelo Estatuto da Cidade como Institutos jurídicos e políticos, as quais podem ser descritas da seguinte forma: desapropriação: possibilidade do Poder Público extrair uma determinada propriedade da esfera de disponibilidade do particular, para que esta passe a integrar o patrimônio público, mediante indenização àquele. A inovação trazida pelo Estatuto da Cidade é a possibilidade da desapropriação motivada pela não utilização, edificação ou parcelamento do solo urbano pelo particular, mesmo após o decurso de cinco anos consecutivos de cobrança progressiva de IPTU, caso em que a indenização dar-se-á através de título da dívida pública; servidão administrativa: este instituto grava parte de um imóvel particular para que nela seja realizada determinada obra de interesse público ou dela necessite para fins de conservação de bem de utilidade pública. Caso se verifique efetivo prejuízo ao proprietário, dever-se-á indenizá-lo. limitações administrativas: estabelecidas através de leis que delimitam a extensão dos direitos de uso, fruição e disponibilidade do proprietário e tem seu escopo voltado a atender interesses difusos e não objetivos pontuais, tal como ocorre comumente na servidão administrativa; tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano: através de procedimento administrativo, poderá o Município limitar o exercício dos direitos inerentes à propriedade quando um determinado imóvel for objeto do interesse difuso de conservação ou preservação do patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico ou natural; instituição de unidades de conservação: os municípios poderão instituir determinadas áreas como Unidades de Conservação, nas modalidades de Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável, através de lei específica que deverá seguir as regras gerais presentes na Lei 9.985/2000; 252

instituição de zonas especiais de interesse social: ao definir os usos permitidos do solo urbano na lei de zoneamento, o Município poderá estabelecer condições diferenciadas para uma determinada porção do seu território no intuito de viabilizar acesso à moradia às comunidades mais carentes de recursos financeiros que se enquadrem em regras de uso menos restritivas, de acordo com suas possibilidades. Isto porque, por vezes, não é possível às classes menos abastadas enquadrarem-se às regras de urbanismo, quedando-os à ilegalidade de suas instalações; concessão de direito real de uso: permite ao proprietário do imóvel urbano ceder o direito de uso que detém em razão do seu direito de propriedade através de um contrato, para que nele seja executada alguma obra ou atividade de interesse social. Esta modalidade segue os termos do artigo 7º do Decreto-Lei 271/76; parcelamento, edificação ou utilização compulsórios: o Município poderá definir áreas no seu território onde o solo urbano não edificado, sub-utilizado ou não utilizado estará condicionado a condições e prazos para o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios por parte do proprietário, de acordo com as diretrizes do Plano Diretor Municipal da lei que regulamentar o instrumento; usucapião especial de imóvel urbano: forma de aquisição da propriedade urbana com área não superior a duzentos e cinqüenta metros quadrados, quando o possuidor direto ocupar imóvel urbano por cinco anos ininterruptamente e sem oposições, para fins de moradia sua e de sua família. Inova-se pela previsão da possibilidade de uma comunidade constituída e residente há pelo menos cinco anos em lote urbano com mais de duzentos e cinqüenta metros quadrados usucapir a área em que residem, quando não lhes for possível identificar a porção competente a cada possuidor; direito de superfície: forma contratual em que o proprietário concede a um terceiro o direito de utilizar o solo, o subsolo e/ou o espaço aéreo de seu terreno, de forma a atender as exigências urbanísticas. As edificações e benfeitorias realizadas no terreno, após o término do contrato passam ao proprietário do terreno, sem necessidade de indenização, salvo disposição contrária no contrato. 253

É alternativa para os casos de exigências de edificação e utilização compulsórias; direito de preempção: instituto que garante ao Município a possibilidade de estabelecer quais serão as áreas do seu território onde incidirá a preferência de aquisição do imóvel urbano de interesse público colocado à venda pelo proprietário particular, impondo a este a prévia comunicação ao Executivo Municipal de sua intenção de dispor do bem, a quem se deverá garantir igualdade de condições e preços em relação a terceiros; outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso: mediante contrapartida (que pode ser integralizada em dinheiro ou outros bens economicamente auferíveis), o proprietário de um imóvel poderá receber créditos de Potencial Construtivo adicionais, com o fim de utilizar o espaço urbano além dos índices de aproveitamento básico previstos para a área do Município em que se encontra. Também mediante uma contrapartida do proprietário, o Município poderá conceder-lhe a possibilidade de utilizar o solo urbano onde recaem seus direitos de forma diversa daquela prevista pela lei de zoneamento, uso e ocupação do solo municipal; operações urbanas consorciadas: em áreas previamente definidas em lei municipal, poderá o Poder Público coordenar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental provocadas por proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, para tanto autorizando a utilização de instrumentos como a transferência de potencial construtivo, a outorga onerosa do direito de construir e a alteração de uso do solo. Tais operações, ainda que de iniciativa privada, deverão atentar para os interesses coletivos e às funções sociais da cidade; transferência do direito de construir: o proprietário de um imóvel urbano gravado pelo relevante interesse social e restringido, pois, no uso, gozo e fruição livre de seu bem, mediante autorização do Poder Público Municipal poderá transferir o potencial construtivo existente no lote. O proprietário pode optar em não utilizar o potencial construtivo em outro imóvel seu, sendo que, neste caso, ser-lhe-á concedido um Certificado, do qual poderá alienar a terceiros; 254

estudo de impacto de vizinhança: a fim de assegurar o bem-estar e os interesses da coletividade, o Poder Público Municipal poderá delimitar os empreendimentos e atividades que dependerão do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança para a concessão das licenças de construção, ampliação e funcionamento, de competência municipal. É interessante observar que a introdução desses novos instrumentos na legislação municipal, obrigatoriamente, deverá estar prevista no Plano Diretor Municipal e posteriormente detalhada em legislação específica. O Plano Diretor Municipal deverá ser revisto, pelo menos, a cada dez anos, sendo que, do processo de revisão também deverá ser dada oportunidade para a participação das associações representativas dos diversos setores da comunidade, incorrendo em improbidade administrativa o prefeito que não o fizer ou impedir que se o faça. No nível estadual, a Constituição do Estado do Paraná, promulgada em 05 de Outubro de 1989, recepcionou o que fora preconizado pela Constituição Federal de 1988, delegando ao Município a execução da política de desenvolvimento urbano, com vistas ao pleno atendimento às garantias individuais do cidadão, realizando as funções sociais da cidade. A carta constitutiva do Estado do Paraná alude ao Plano Diretor Municipal como instrumento básico da política de desenvolvimento econômico e social e de expansão urbana, sendo que dele deverão constar: a) normas relativas ao desenvolvimento urbano; b) políticas de orientação da formulação de planos setoriais; critérios de parcelamento, uso e ocupação do solo e zoneamento, prevendo áreas destinadas a moradias populares, com garantias de acesso aos locais de trabalho, serviço e lazer; c) proteção ambiental; d) ordenação de usos, atividades e funções de interesse social. Fonte: Plano Diretor de São Miguel do Iguaçu 255

9.4 CARACTERIZAÇÃO DAS FINANÇAS MUNICIPAIS Tabela 85: Demonstrativo das Receitas Correntes segundo categoria econômica Exercício de 2007 CATEGORIAS Valor (R$1,00) Receita agropecuária 3.867,00 Receita de contribuições 805.229,29 Receita de serviços 48.475,00 Receita Patrimonial 203.501,47 Receita tributária 2.525.205,80 Receita de transferências correntes 20.458.378,43 Outras receitas correntes 867.035,22 TOTAL 24.911.692,21 Fonte: Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul / IPARDES 2007 Tabela 86: Demonstrativo da Receita segundo Categoria Econômica Exercício de 2007 CATEGORIAS Valor (R$1,00) Receitas Correntes 24.911.692,21 Receitas de Capital 1.782.346,79 Deduções da Receita corrente - 2.092.818,44 FUNDEB TOTAL 24.601.220,56 Fonte: Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul / IPARDES 2007 Nota: Total das receitas municipais é a soma das receitas correntes e de capital, menos as deduções. 256

Tabela 87: Estimativas de arrecadação e investimentos do Município de Laranjeiras do Sul, com a projeção de 5% a.a ANO Estimativa de arrecadação (R$) Estimativa de investimento (R$) 2009 31.000,000,00 3.724.300,00 2010 32.550.000,00 3.910.515,00 2011 34.177.500,00 4.106.040,75 2012 35.886.375,00 4.311.342,78 2013 37.680.693,75 4.526.909,92 2014 39.564.728,43 4.753.255,42 2015 41.542.964,85 4.990.918,19 2016 43.620.113,09 5.240.464,10 2017 45.801.118,74 5.502.487,30 2018 48.091.174,67 5.777.611,67 2019 50.495.733,34 6.066.492,25 Fonte: Secretaria de Administração e Finanças do Município de Laranjeiras do Sul PR/2009. 9.5 CONDICIONANTES, DEFICIÊNCIAS E POTENCIALIDADES Tabela 88: Aspectos Institucionais - condicionantes, deficiências e potencialidades no Município de Laranjeiras do Sul 2009 ASPECTOS CONDICIONANTES DEFICIÊNCIAS POTENCIALIDADES Estrutura Déficit no Plano Diretor funcional da atendimento Municipal em fase de Prefeitura; dos serviços à desenvolvimento Lei Federal população; Melhoria da Estatuto da Leis qualidade de vida Cidade; urbanísticas dos habitantes; Participação necessitando de Participação Institucionais Democrática; remodelação e Democrática através Lei de criação de dos diversos Responsabilid novas leis. Conselhos ade social Representativos dos segmentos sociais; Orçamento municipal. Fonte: Equipe Técnica ADEOP - 2009 257

10. RESULTADOS DA 10.1. SÍNTESE DOS CONDICIONANTES, DEFICIÊNCIAS E POTENCIALIDADES 10.1.1. Condicionantes Os Condicionantes são os elementos existentes ou projetados que não podem ou não devem ser alterados, devendo ser mantidos ou preservados pelo Plano Diretor Municipal. Podem ser de caráter espacial, funcional, Infraestrutural, ambiental, sócio-econômico, administrativo ou legal. Os cursos d água são condicionantes à ocupação, pois formam o sistema de drenagem das águas superficiais, que deve ser preservado através de faixas ciliares de vegetação em consonância com o Código Florestal. Tais faixas de preservação ao longo dos cursos d água asseguram o livre escoamento das águas em épocas de maior vazão, evitando as enchentes que conflitam com a ocupação urbana. A mata ciliar dos fundos de vale é uma forma de proteção dos taludes dos cursos d água, contribuindo também para a preservação da qualidade da água. (Fonte: Plano Diretor de São Miguel do Iguaçu/2004). As vias que compõem o sistema viário urbano (sede) e o uso e a ocupação atual do solo são condicionantes do desenvolvimento da cidade por suas características de eixos ordenadores do crescimento urbano e áreas consolidadas. 10.1.2. Deficiências As Deficiências são situações que significam problemas qualitativos e quantitativos no contexto municipal e que devem ser alterados, melhorados ou eliminados. Assim como as Condicionantes, as Deficiências também podem ser de caráter espacial, funcional, infraestrutural, ambiental, sócio-econômico, administrativo ou legal e podem ser: Áreas urbanas fragmentadas no Município sem a definição de suas áreas de expansão em consonância com as condicionantes ambientais; Presença de vazios urbanos da sede municipal, causando a ociosidade da infraestrutura; Carência de equipamento hoteleiro na sede municipal de apoio ao turismo; 258

Inexistência dos 20% de reserva legal na maioria das propriedades rurais; Não atendimento às demais exigências do Código Florestal como a proteção de nascentes e topos de morros; Elevado índice de uso de agrotóxicos nas propriedades rurais; Falta de projeto de toda infraestrutura de turismo; Falta de padronização de calçadas; Mau uso da água; Arborização urbana. 10.1.3. Potencialidades Entendem-se como Potencialidades elementos, recursos ou vantagens que até então não foram aproveitados adequadamente e poderiam ser incorporados positivamente ao sistema urbano, sanando suas deficiências ou melhorando seu estado atual. Podem ser relacionadas: População de tradição cultural diversificada através de festas e gastronomia; Sede municipal com vazios urbanos, não necessitando a ocupação de novas áreas totalmente desprovidas de redes de infraestrutura; Solos férteis, confirmando uma vocação natural do Município, a agropecuária; Posição estratégica regional entre os municípios; Bacia Leiteira como opção sócio-econômica. 10.2. REUNIÕES COMUNITÁRIAS As reuniões comunitárias serviram de subsídios para auxiliar no processo de elaboração das diretrizes e propostas do Plano Diretor Municipal. Nos dias 10 e 11 de fevereiro de 2009 foram realizadas 09 Reuniões Comunitárias, sendo simultâneas com apresentação de dois técnicos da consultoria ADEOP, com as comunidades conforme cronograma a seguir. 259

Tabela 89: Cronograma das reuniões comunitárias Bairro Dia/data Hora Local Água Verde englobando os loteamentos Amaral, Bancários, Augusto, Sto. Antonio de Pádua Terça-feira 10 de fevereiro de 2009 09:30 Salao de Festas do Centro Comunitário da Igreja Santo Antonio e Conjunto Habitacional Sol Poente Presidente Vargas englobando os loteamentos Terça-feira 10 de fevereiro de 2009 09:30 Saguão da Escola Teotonio Vilela Presidente Vargas e São Pedro Jardim Panorama englobando os loteamentos Jardim Terça-feira 10 de fevereiro de 2009 13:30 Salão da Igreja Luterana Panorama e Nossa Senhora Aparecida Cristo Rei englobando os loteamentos Cristo Rei, Cordeiro, BNH, Terça-feira 10 de fevereiro de 2009 13:30 Salão de Festas da AABB Bom Jesus, São José, Santa Catarina e Vila Moss São Francisco (1) englobando os loteamentos São Francisco, Vila Martins, Terça-feira 10 de fevereiro de 2009 16:00 Pavilhão da Igreja São Francisco Vila Buava, Cunha, Santo Onofre, Vila Jardim São Francisco (2) englobando os loteamentos Jardim Santana, João Fernandes, Paz Terça-feira 10 de fevereiro de 2009 16:00 CAIC Salão de Reuniões da Escola 260

Nascente, Monte Castelo, Mineiro, N. Habitacional Laranjeiras 1, Vila São Miguel Industrial englobando os loteamentos São Jorge, Vila das Palmeiras, Jardim Iguaçu e Parque Industrial Nossa Senhora Aparecida englobando os loteamentos Vila Santo Antonio, Alto Alegre, Vista Alegre, Vila Jardim (parte 2) Centro englobando os loteamentos Vila Avelino Badotti, Vanda L. Babinski, Bee, Vila Eletrosul, Jabuticabal, Área Central Área de Expansão englobando a Vila Somensi Quarta-feira 11 de fevereiro de 2009 Quarta-feira 11 de fevereiro de 2009 Quarta-feira 11 de fevereiro de 2009 Quarta-feira 11 de fevereiro de 2009 09:30 Escola José Bonifácio 09:30 Salão da Igreja Nossa Senhora Aparecida 13:30 Auditório da Câmara Municipal de Vereadores 13:30 Residência de Morador Fonte: Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul - 2009 / ADEOP A realização das reuniões configurou uma iniciativa inédita para o planejamento Municipal, tratando-se de PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA de fato, onde a população participa da tomada de decisões relativas ao desenvolvimento do Município, através da externalização e sistematização de sua visão do desenvolvimento estratégico. A dinâmica utilizada nas reuniões foi através de uma adaptação da metodologia CDP adaptada conforme formulário onde se conhece a realidade do Município, identificam-se as práticas da população, obtêm-se a concepção do Município desejado para se chegar progressivamente a uma visão integrada e 261

estrutural das principais deficiências e potencialidades e desta forma, provocar ações transformadoras. Figura 59: Formulário - Deficiência Fonte:Equipe técnica ADEOP -2009 262

Figura 60: Formulário - Potencialidades Fonte: Equipe Técnica ADEOP 2009 263