Economia da Produção. Livro: Pindyck e Rubinfeld, cap 6 (8ed, Pearson Education, 2013) e Mankiw cap 13

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Transcrição:

Economia da Produção Livro: Pindyck e Rubinfeld, cap 6 (8ed, Pearson Education, 2013) e Mankiw cap 13

Tópicos para discussão Tecnologia de produção Produção com um insumo variável (trabalho) Produção com dois insumos variáveis Rendimentos de escala Slide 2

Introdução Abordaremos o lado da oferta de mercado. A teoria da empresa trata: Do modo pelo qual uma firma toma decisões de produção minimizadoras de custo Do modo pelo qual os custos de produção variam com o nível de produção De características da oferta de mercado De problemas das atividades produtivas em geral Slide 3

Tecnologia de produção O processo produtivo Combinação e transformação de insumos ou fatores de produção em produtos Tipos de insumos (fatores de produção) Trabalho Matérias-primas Capital Slide 4

Tecnologia de produção Função de produção Indica o maior nível de produção que uma firma pode atingir para cada possível combinação de insumos, dado o estado da tecnologia. Mostra o que é tecnicamente viável quando a firma opera de forma eficiente. Slide 5

Tecnologia de produção Slide 6

Tecnologia de produção No caso de dois insumos a função de produção é: q = F(K,L) >>> Ex: Cobb-Douglas - q = AL α K β q = Produto, K = Capital, L = Trabalho, A= Tech Essa função depende do estado da tecnologia Q = f(ração, pessoas, sementes, maquinas, etc) Slide 7

Tecnologia de produção Tecnologia é a maneira como os insumos são transformados em produto no processo produtivo Slide 8

Tecnologia de produção Tecnologia é a maneira como os insumos são transformados em produto no processo produtivo 1913 1915: Um modelo T a cada 24 segundos Slide 9

Tecnologia de produção Hyundai - Piracicaba 160 mil carros por ano Terceiro turno em Setembro 2013 Funciona das 0h59 às 6h05 700 empregos diretos 2550 empregos Segundo mais vendido no Brasil Slide 10

Tecnologia de produção Tecnologia é a maneira como os insumos são transformados em produto no processo produtivo Slide 11

1981 (26 anos) 1992

Tecnologia de produção Curto prazo versus longo prazo Curto prazo: Período de tempo no qual as quantidades de um ou mais insumos não podem ser modificadas. Tais insumos são denominados insumos fixos. Slide 13

Tecnologia de produção Curto prazo versus longo prazo Longo prazo Período de tempo necessário para tornar variáveis todos os insumos. Slide 14

Produção com um insumo variável (trabalho) Quantidade Quantidade Produto Produto Produto de trabalho (L) de capital (K) total (Q) médio marginal 0 10 0 --- --- 1 10 10 10 10 2 10 30 15 20 3 10 60 20 30 4 10 80 20 20 5 10 95 19 15 6 10 108 18 13 7 10 112 16 4 8 10 112 14 0 9 10 108 12-4 10 10 100 10-8 Slide 15

Produção com um insumo variável (trabalho) Observações: 1. À medida que aumenta o número de trabalhadores, o produto (q) aumenta, atinge um máximo e, então, decresce. Slide 16

Produção com um insumo variável (trabalho) Observações 2. O produto médio do trabalho (PM), ou produto por trabalhador, inicialmente aumenta e depois diminui. PM Produto Trabalho Q L Slide 17

Produção com um insumo variável (trabalho) Observações 3. O produto marginal do trabalho (PMg), ou produto de um trabalhador adicional, aumenta rapidamente no início, depois diminui e se torna negativo. PMgL Produto Trabalho Q L Slide 18

Produção com um insumo variável (trabalho) Quantidade Quantidade Produto Produto Produto de trabalho (L) de capital (K) total (Q) médio (L) marginal (L) 0 10 0 --- --- 1 10 10 10 10 2 10 30 15 20 3 10 60 20 30 4 10 80 20 20 5 10 95 19 15 6 10 108 18 13 7 10 112 16 4 8 10 112 14 0 9 10 108 12-4 10 10 100 10-8 Slide 19

Produção com um insumo variável (trabalho) Produção mensal 112 D C Produto total 60 A B Inclinações do PT A: inclinação da tangente = PMg (20) B: inclinação de OB = PM (20) C: inclinação de OC = PMg=PM 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Trabalho mensal Slide 20

Produção com um insumo variável (trabalho) Produção mensal por trabalhador Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 30 Produto marginal Produto total 20 E Produto médio 10 0 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 Trabalho mensal Slide 21

Produção com um insumo variável (trabalho) Produção mensal por trabalhador Observações: Estágio 1: À esquerda de E: PMg > PM & PM crescente Estágio 2: À direita de E: PMg < PM & PM decrescente Estágio 3: PMg = 0 & PT máximo Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 30 20 E Produto marginal Produto médio 10 0 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 Trabalho mensal Slide 22

Produção com um insumo variável (trabalho) Lei dos rendimentos marginais decrescentes Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho é pequena, o PMg é grande em decorrência da maior especialização. Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho é grande, o PMg decresce em decorrência de ineficiências. Slide 23

Produção com um insumo variável (trabalho) Observações Quando PMg = 0, PT encontra-se no seu nível máximo Quando PMg > PMe, PMe é crescente Quando PMg < PMe, PMe é decrescente Quando PMg = PMe, PMe encontra-se no seu nível máximo Slide 24

Produção com um insumo variável (trabalho) Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes À medida que o uso de determinado insumo aumenta, chega-se a um ponto em que as quantidades adicionais de produto obtidas tornam-se menores (ou seja, o PMg diminui). Slide 25

Produção com um insumo variável (trabalho) Aumento da Produção Até aqui supomos uma tecnologia constante Nossa única possibilidade de aumentar a produção era aumentarmos o número de trabalhadores e otimizarmos com o número de máquinas que possuímos. Não abstraiam a ideia que 1 máquina = 1 trabalhador. Pode ser mais de 1 por máquina/trabalhador como é o caso do nosso exemplo. Nossa PT max era de 8 trabalhadores e 10 máquinas. Como pode isso??? Na prática, isso quer dizer que uma máquina ou mais de uma depende da outra como se fosse uma linha de produção. Slide 26

Produção com um insumo variável (trabalho) Aumento da Produção Agora que tal substituirmos as 10 máquinas velhas (que depreciaram, por exemplo) por 10 novas mais modernas e mantermos os mesmos 8 trabalhadores. Isso seria um outro meio de aumentar a produção no CP. Veja que ainda estou no curto prazo, o número de maquinas não mudou apenas troquei as menos produtivas por mais produtivas. O gráfico a seguir mostra esse exemplo Slide 27

Produção com um insumo variável (trabalho) Efeito dos avanços tecnológicos Produção por período 100 50 C B A O 3 O 2 O 1 A produtividade do trabalho pode aumentar à medida que ocorram melhoramentos tecnológicos, mesmo que cada processo produtivo seja caracterizado por rendimentos decrescentes do trabalho. Continuamos usando os 8 trabalhadores. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Trabalho por período Slide 28

Produção com um insumo variável (trabalho) Aumento da Produção Observem também que nos dois casos muitos trabalhadores em vez de ajudar podem atrapalhar e percebemos isso quando PMg do Trabalho=0 (de qualquer uma das três funções (O 1, O 2 ou O 3 ), consequentemente a produção vai diminuir. Por exemplo, imagine se todos estivessem recebendo o mesmo salário e sem troca de turno. O que está trabalhando não iria ficar muito contente e ver o colega sem trabalhar. Será que esse que está trabalhando iria se esforçar (mais eficiente) para ser mais produtivo?? Slide 29

Produção com um insumo variável (trabalho) Exemplo: Malthus e a crise de alimentos Malthus previu o alastramento da fome em larga escala, que decorreria dos rendimentos decrescentes da produção agrícola aliados ao crescimento populacional contínuo. Por que a previsão de Malthus revelouse incorreta? Slide 30

Produção com um insumo variável (trabalho) Malthus e a crise de alimentos Os dados mostram que o crescimento da produção excedeu o crescimento populacional. Malthus não levou em consideração os efeitos potenciais dos avanços tecnológicos, que permitiram o aumento da oferta de alimentos a taxas superiores ao crescimento da demanda. Slide 31

Produção com um insumo variável (trabalho) Malthus e a crise de alimentos As inovações tecnológicas resultaram em excessos de oferta e reduções de preços. Pergunta Por que existe fome no mundo, tendo em vista que há excedentes de alimentos? Slide 32

Produção com um insumo variável (trabalho) Malthus e a crise de alimentos Resposta Isso se deve ao custo de redistribuição dos alimentos entre as regiões produtivas e improdutivas e ao baixo nível de renda das regiões improdutivas. Modelos de Crescimento Econômico Slide 33

Produção com um insumo variável (trabalho) Produtividade da mão-de-obra Produtividade média Produçãototal Quantidadede trabalho Slide 34

Produção com um insumo variável (trabalho) Padrão de vida e produtividade O aumento do consumo depende do aumento da produtividade. Determinantes da produtividade: Estoque de capital Mudança tecnológica Slide 35

Produção com um insumo variável (trabalho) Exemplo: Produtividade da mão-de-obra nos países desenvolvidos Estados Japão França Alemanha UK Unidos Produção real por trabalhador (2001) $75.575 $52.848 $62.461 $66.369 $52.499 Taxa de crescimento anual da produtividade da mão-de-obra (%) 1960-1973 2,29 7,86 4,70 3,98 2,84 1974-1982 0,22 2,29 1,73 2,28 1,53 1983-1991 1,54 2,64 1,50 2,07 1,57 1992-2001 2,00 1,19 0,86 2,10 1,98 Slide 36

Produção com um insumo variável (trabalho) Tendências da produtividade 1. A produtividade nos EUA tem crescido mais lentamente do que em outros países. 2. O crescimento da produtividade nos países desenvolvidos e em desenvolvimento como o Brasil tem declinado ou não aumenta. Slide 37

Produção com um insumo variável (trabalho) Explicações para o declínio no crescimento da produtividade 1. O crescimento do estoque de capital (máquinas) é o principal determinante do crescimento da produtividade. 2.Qualidade do trabalhador, outro tipo de capital igualmente importante. (Capital Humano) Slide 38

Produção com um insumo variável (trabalho) Explicações para o declínio no crescimento da produtividade 3) Esgotamento de recursos naturais Slide 39

Produção com dois insumos variáveis No curto prazo, trabalho é variável e capital é fixo. No longo prazo, trabalho e capital são variáveis. As isoquantas descrevem as possíveis combinações de trabalho e capital que geram a mesma (função) produção Slide 40

Produção com dois insumos variáveis Capital por mês 5 E Produção com dois insumos variáveis 4 Mapa de isoquantas 3 2 1 A B C q 1 = 55 1 2 3 4 5 D As isoquantas são dadas pela função de produção para níveis de produto iguais a 55, 75, e 90. q 2 = 75 q 3 = 90 Trabalho por mês Slide 41

Produção com dois insumos variáveis Premissas Um produtor de alimentos utiliza dois insumos Trabalho (L) & Capital (K) Slide 42

Produção com dois insumos variáveis Observações 1. Para qualquer nível de K, o produto aumenta quando L aumenta. 2. Para qualquer nível de L, o produto aumenta quando K aumenta. 3. Várias combinações de insumos podem produzir a mesma quantidade de produto. Capítulo 6 2006 by Pearson Education do Brasil Slide 43

Produção com dois insumos variáveis Isoquantas São curvas que representam todas as possíveis combinações de insumos que geram a mesma quantidade de produto Slide 44

Produção com dois insumos variáveis Capital por mês 5 E Produção com dois insumos variáveis 4 Mapa de isoquantas 3 2 1 A B C q 1 = 55 1 2 3 4 5 D As isoquantas são dadas pela função de produção para níveis de produto iguais a 55, 75, e 90. q 2 = 75 q 3 = 90 Trabalho por mês Slide 45

Produção com dois insumos variáveis (Exemplo de uma planilha de uma empresa ou de uma fazenda) Produção com dois insumos variáveis Trabalho Capital 1 2 3 4 5 1 20 40 55 65 75 2 40 60 75 85 90 3 55 75 90 100 105 4 65 85 100 110 115 5 75 90 105 115 120 Slide 46

Produção com dois insumos variáveis Flexibilidade do insumo As isoquantas mostram de que forma diferentes combinações de insumos podem ser usadas para produzir a mesma quantidade de produto. Essa informação permite ao produtor reagir eficientemente às mudanças nos mercados de insumos. Slide 47

Produção com dois insumos variáveis Capital por mês 5 4 E No longo prazo, ambos o capital e o trabalho variam e também apresentam rendimentos decrescentes, 3 A B C 2 1 1 2 3 4 5 D q 3 = 90 q 2 = 75 q 1 = 55 Trabalho por mês Slide 48

Produção com dois insumos variáveis Rendimentos marginais decrescentes Interpretação das isoquantas 2. Suponha que o nível de trabalho seja 3 (constante) e que o nível de capital aumente de 0 para 1, depois para 2 e finalmente para 3. Novamente, a produção aumenta a uma TAXA DECRESCENTE (55, 20, 15, 10, 5), devido aos rendimentos decrescentes do capital. Slide 49

Produção com dois insumos variáveis Produção com dois insumos variáveis Capital 1 2 3 4 5 Ex: Trabalho 1 20 40 55 65 75 2 40 60 75 85 90 90 75 = 15 3 55 75 90 100 105 100 90 = 10 4 65 85 100 110 115 105 100 = 5 5 75 90 105 115 120 O Produto cresce primeiramente a taxas crescentes e depois cresce a taxas decrescentes Slide 50

Produção com dois insumos variáveis Rendimentos marginais decrescentes Interpretação das isoquantas 1. Suponha que o nível de capital seja 3 (constante) e que o nível de trabalho aumente de 0 para 1, depois para 2 e finalmente para 3. Note que a produção aumenta a uma TAXA DECRESCENTE (55, 20, 15), o que ilustra a ocorrência de rendimentos decrescentes do trabalho no curto e longo prazos. Slide 51

Produção com dois insumos variáveis Produção com dois insumos variáveis Trabalho Capital 1 2 3 4 5 1 20 40 55 65 75 2 40 60 75 85 90 Ex: 3 55 75 90 100 105 4 65 85 100 110 115 5 75 90 105 115 120 Slide 52

Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos Os gerentes de uma fazenda/empresa desejam determinar a combinação de insumos a ser utilizada. Eles devem levar em consideração as possibilidades de substituição entre os insumos. Slide 53

Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos A inclinação de cada isoquanta indica a possibilidade de substituição entre dois insumos, dado um nível constante de produção. Slide 54

Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos A Taxa Marginal de Substituição Técnica (TMST) é dada por: Mede a redução em um insumo por unidade de acréscimo no outro, mas mantendo a produção constante TMST - TMST Variação no capital/variação no trabalho K L (dado um nível constante de q) Slide 55

Produção com dois insumos variáveis Horas Capital por dia 5 4 ΔK 2 Taxa marginal de substituição técnica As isoquantas têm inclinação negativa e são convexas. Trabalho ficando menos eficiente?? 3 2 ΔL 1 1 1 Sim ou não? A cada 1 hora a mais de trabalho, quantas horas máquina a menos eu preciso para manter o mesmo nível de q=75? 2/3 1 1 1/3 q 2 =75 1 1 2 3 4 5 Horas Trabalho por dia Slide 56

Produção com dois insumos variáveis (Reforço do conceito) Por simplicidade, assuma que você tem apenas 1 máquina e 1 trabalhador disponível na sua empresa. E principalmente, parte do que a máquina (ou linha de produção) faria sozinha, o trabalhador também poderia fazer. O gráfico anterior está nos dizendo que para produzir 75 peças, por exemplo, eu devo usar 5 horas de máquina/dia com 1 hora de trabalho/dia. (No ponto acima da curva da linha laranja) Isto quer dizer que a máquina estará trabalhando por 5 horas e o funcionário só por 1 hora. A máquina ficará trabalhando sozinha o resto do tempo. Se eu pedir que meu funcionário trabalhe 1 hora a mais, equivaleria em quanto menos horas disponíveis das 5 horas de máquina originais. TMST = 2. Ou seja, o acréscimo de1 hora a mais trabalhada do trabalhador, eu posso usar até 3 horas de máquina e não mais as 5 (Redução de 2h) (Olhem o gráfico).

Produção com dois insumos variáveis (Reforço do conceito) A custo de deixar a máquina trabalhando (energia e depreciação) é muito alto, vou usar mais mão-de-obra. Se estou fazendo esse ajuste (tradeoff) é porque o custo do trabalho é menor que o custo da máquina, já considerando todos os encargos trabalhistas, salários, férias etc.. Você continuará nesse cenário enquanto o custo do trabalhador for mais baixo e continuará produzindo as mesmas 75 peças. A medida que você vai caminhando ao longo da isoquanta para baixo, você estará atribuindo mais horas de trabalho e menos uso de horas máquina.

Produção com dois insumos variáveis (Reforço do conceito) O nosso ponto é mostrar que no fim da isoquanta proporcionalmente falando, máquinas seriam mais eficientes porque preciso de menos horas de máquinas por hora trabalhada para produzir a mesma quantidade. Note que nesse caso o trabalhador está se tornando menos produtivo. (houve aumento de horas) Para o empresário, se o custo de mão-de-obra for mais em conta que o gasto com energia, manutenção da máquina, ele estará indiferente. Não tem problema, o que ele quer é produzir 75 ao menor custo possível.

Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos Observações: 1. A TMST cai de 2 para 1/3 à medida que a quantidade de trabalho aumenta de 1 para 5 unidades. 2. Uma TMST decrescente decorre de rendimentos decrescentes e implica isoquantas convexas. Slide 60

Produção com dois insumos variáveis Outro exemplo Slide 61

Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos Observações: 3. TMST A variação na produção resultante de uma variação na quantidade de trabalho é dada por: ΔL Slide 62

Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos Observações: 3. TMST A variação na produção resultante de uma variação na quantidade de capital é dada por : ΔK Slide 63

Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos Observações: 3. TMST Se a quantidade de trabalho aumenta, mantendo-se a produção constante, temos: -( K/ L) TMST Slide 64

Produção com dois insumos variáveis Exemplo: Uma função de produção para Soja Os agricultores devem escolher entre técnicas de produção intensivas em capital ou intensivas em trabalho?? Exemplo: Imagine que você precisa tantas horas de maquinas e trabalhadores. Slide 65

Produção com dois insumos variáveis Isoquanta que descreve a produção de Soja Capital (horasmáquina por ano) 120 100 90 80 K -10 A L 260 B O ponto A é mais intensivo em capital, e o B é mais intensivo em trabalho. Produção = 3500 kg/ha 40 250 500 760 1000 Trabalho (horas por ano) Slide 66

Produção com dois insumos variáveis Isoquanta que descreve a produção de soja Observações: 1. Operando no ponto A L = 500 horas e K = 100 horas de máquina. Slide 67

Produção com dois insumos variáveis Isoquanta que descreve a produção de soja Observações: 2. Operando no ponto B L aumenta de 500 para 760 e K diminui de 100 para 90; TMST < 1: TMST - K L ( 10/ 260) 0,04 Substancialmente menor que 1 Slide 68

Produção com dois insumos variáveis Isoquanta que descreve a produção de soja Observações: 3. TMST = tradeoff entre um acréscimo de trabalho e uma diminuição no uso de máquinas. Para manter a produção em 3500, ele precisará (ou poderá usar) mais horas de trabalho, mas se o custo com salário aumentar muito, ele preferirá usar capital. Slide 69

Produção com dois insumos variáveis Isoquanta que descreve a produção de Soja Capital (horasmáquina por ano) 120 100 90 80 40 K -10 A L 260 250 500 760 1000 B O ponto A é mais intensivo em capital, e o B é mais intensivo em trabalho. Produção = 3500 kg/ha Atençao: Nesse caso, o fazendeiro terá que produzir a mesma coisa, mas com menos hora máquinas. Ele então fará com seus funcionários trabalhem mais manualmente no plantio, colheita etc. Se o custo do trabalho for baixo, nao importa, ele continua indiferente se quiser produzir a mesma coisa. Trabalho (horas por ano) Slide 70

Produção com dois insumos variáveis Isoquanta que descreve a produção de Soja Observações: 4. Precisará ou poderá?? Essa decisão vai depender do tradeoff (escolha) que existe qual insumo seria mais barato. Note que estamos na mesma linha da isoquanta, isto quer dizer que continuamos produzindo a mesma quantidade. Slide 71

Produção com dois insumos variáveis Isoquanta que descreve a produção de Soja Observações: Ex: Se o trabalho não for caro, o agricultor usará mais trabalho (exemplo: Índia, Brasil???). Voce trabalhará na parte mais baixa de isoquanta Ex: E nos Estados Unidos? E no Centro-Oeste com agricultura de alta precisão? A mão-deobra é cara?? Slide 72

Produção com dois insumos variáveis Exercício da lista: Explique o termo TMST e o que significa uma TMST = 4? É a quantidade pela qual um insumo pode ser reduzido enquanto o outro insumo é adicionado em 1 unidade, mantendo o mesmo nível do produto. Se TMST = 4 então um insumo pode ser reduzido em 4 unidades a partir do acréscimo do outro em 1 unidade, mantendo o mesmo nível de produto. Slide 73

Produção com dois insumos variáveis Funções de produção dois casos especiais Substitutos perfeitos Observações válidas no caso de insumos perfeitamente substituíveis: 1. A TMST é constante ao longo de toda a isoquanta. Capítulo 6 2006 by Pearson Education do Brasil Slide 74

Produção com dois insumos variáveis Funções de produção dois casos especiais Substitutos perfeitos Observações válidas no caso de insumos perfeitamente substituíveis : 2. O mesmo nível de produção pode ser obtido por meio de qualquer combinação de insumos (A, B, ou C) (exemplo: Fabricação de carros precisam mesmo de máquinas e trabalhadores???) Slide 75

Produção com dois insumos variáveis Capital por mês 5 A Isoquantas quando os insumos são substitutos perfeitos B Ex: Em A, podemos produzir 3 carros com bastante capital e com poucos trabalhadores. Em C, o oposto, e em B uma combinação dos dois. TMST = cte. Qual é a diferença com as curvas convexas??? TMST diminuia por causa da Lei de rendimentos marginas descrescentes 1 C q 1 =1 q 1 =2 q 1 =3 20 60 Trabalho por mês Slide 76

Produção com dois insumos variáveis Funções de produção dois casos especiais Função de produção de proporções fixas Observações válidas no caso de insumos que devem ser combinados em proporções fixas : 2. O aumento da produção requer necessariamente mais capital e trabalho (isto é, devemos nos mover de A para B e, então, para C). Slide 77

Produção com dois insumos variáveis Função de produção de proporções fixas Capital por mês C B K 1 q 1 =1 A q 2 =2 q 3 =3 Ex: Em A, para produzir 1 carro, nada adianta eu aumentar o numero de trabalhadores (a esquerda do ponto A) TMST = 0 L 1 L 2 Trabalho por mês Slide 78

Produção com dois insumos variáveis Funções de produção dois casos especiais Função de produção de proporções fixas Observações válidas no caso de insumos que devem ser combinados em proporções fixas: 1. Não é possível a substituição entre os insumos. Cada nível de produção requer uma quantidade específica de cada insumo (exemplo: Carros precisam de máquinas e trabalhadores???). Slide 79

Todas as funçoes que vimos também servem para explicar o consumo e sua decisão compra Quantidade Pé direito D 1 q 1 =1 A E 1 B E 2 C q 2 =2 q 3 =3 Pé esquerdo Ex: Em q=1, tenho um par de botinas (D1e E1). Compro um outro pé (só E2). Adianta alguma coisa? Melhora minha utilidade? Slide 80

Rendimentos de escala Medição da relação entre a escala (tamanho) de uma empresa e sua produção. 1. Rendimentos crescentes de escala: a produção cresce mais do que o dobro quando há duplicação dos insumos Produção maior associada a custo mais baixo (automóveis) Uma empresa é mais eficiente do que muitas empresas (utilidades) Linhas de produção Slide 81

Rendimentos de escala Medição da relação entre a escala (tamanho) de uma empresa e sua produção. 2. Rendimentos constantes de escala: a produção dobra quando há duplicação dos insumos O tamanho não afeta a produtividade Grande número de produtores Grande parte da indústria Slide 82

Rendimentos de escala Medição da relação entre a escala (tamanho) de uma empresa e sua produção. 3. Rendimentos decrescentes de escala: a produção aumenta menos que o dobro quando há duplicação dos insumos Eficiência decrescente à medida que aumenta o tamanho da empresa Redução da capacidade administrativa, falhas na comunicação entre diretores e empregados Slide 83

Rendimentos de escala Imagine que para produzir 50 unidades de produto, eu preciso de 5 máquinas e 5 trabalhadores. Se eu dobrar, 10 máquinas e 10 trabalhadores, e minha produção vai para 100, nesse momento minha produção (planta de fabrica ou fazenda) está apresentando rendimentos constantes de escala Se eu dobrar, 10 máquinas e 10 trabalhadores, e minha produção vai a < 100, minha produção nesse momento estará trabalhando ao nível de rendimentos decrescentes de escala. Se eu dobrar, 10 máquinas e 10 trabalhadores, e minha produção vai a > 100, minha produção nesse momento estará trabalhando ao nível de rendimentos crescentes de escala. (Situação preferida) Atenção: Não é e sim < (Bem diferente) Slide 84

Rendimentos de escala 10 maq 10 10 Inicio da produção Ex: 5 máq e 5 maq 5 5 5 trabalh adores 10 Se eu dobrar, minha produção aumenta em 100 5 10 Se eu dobrar, minha produção aumenta muito mais do que 100 5 10 Se eu dobrar, minha produção não chega a 100 Slide 85