CURSO: FORMAÇÃO DE PROFESSORES Profº.Ronilson de Souza Luiz Pós-doutor em Educação PUC/SP Bacharel e licenciado em letras pela USP. Blog: capronilson.wordpress.com profronilson@uol.com.br 1
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) dá normas gerais sobre a educação escolar no Brasil, seja pública ou particular, em todas as suas vertentes.
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por FINALIDADE o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; 7
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 9
VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extraescolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 11
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III - zelar pela aprendizagem dos alunos; 13
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. 15
São os que produzem literatura inteligente, os que escrevem com total confiança, os que utilizam a linguagem de forma surpreendente e incomum, os que me ajudam a entender a mim e ao mundo, os que conseguem aquilo que, segundo Henry James, deve conseguir a literatura: ligar o que cura com o que fere. 16
Vivendo, na rotina diária, relações de um poder simbólico, tais atores são envolvidos, em determinados momentos críticos, em disputas por cargos de poder e lutas por imposição de ideias, pelas quais mobilizam os recursos de que dispõem e veem cair o véu do poder simbólico, 17
que cede lugar ao embate, quase sempre desgastante. Estes momentos, apesar de muitas vezes representarem um alto custo para a Instituição e seus atores, são inerentes às relações de poder e fazem, inevitavelmente, avançar o universal, como afirma Bourdieu 18
Mas há também, na composição do tecido da vida social, o indiscutível poder das ideias e iniciativas, sobretudo quando estas captam - com acuidade intuitiva - o Kairós (momento oportuno) da história. 19
Treinar - dar treinamento e operar só assim se desenvolve técnicas, cria padrões e evita improvisações. Nadar, jogar xadrez e contar piadas. (José Mario Pires Azanha) 20
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Um grande mestre se qualifica pela originalidade do sistema de ideias que propõe, pelas inovações teóricas que apresenta, pelo aprimoramento conceitual que realiza; enfim, pelas novas interpretações do mundo que introduz. (trabalho individual e coletivo) 22
São tais indicativos que possibilitam a localização de um intelectual num patamar altamente seletivo, que poucos alcançam: o daqueles pensadores que contribuíram significativamente para a organização da cultura (nos termos de Gramsci) 23
O maior problema dos modelos excludentes nem sempre é o seu funcionamento, que pode até sofrer oposição, mas a imensa capacidade de se reproduzirem, perpetuando o que poderia ter sido diferente. Bertolt Brecht 24
Sociedade do cansaço A ação imunológico é definida como ataque e defesa. Pela defesa, afasta-se tudo que é estranho mesmo que não tenha nenhuma intenção hostil, mesmo que não represente nenhum perigo, o estranho é eliminado em virtude de sua alteridade. (cegueira de que falava José Saramago) 25
Baudrillard fala igualmente da obesidade de todas os sistemas atuais, do sistema de informação, do sistema de comunicação e do sistema de produção. 26
A sociedade disciplinar de Foucault, feita de hospital, asilos, presídios, quartéis e fábricas, não é mais a sociedade de hoje. 27
Em seu lugar, há muito tempos, entrou uma outra sociedade, a saber, uma sociedade de academias de fitness, prédios de escritórios, brancos, aeroportos, shopping centers e laboratórios de genética. 28
A sociedade do século XXI não é mais a sociedade disciplinar, mas uma sociedade de desempenho. Também seus habitantes não se chamam mais sujeitos da obediência, mas sujeitos de desempenhos e produção. São empresários de si mesmo. 29
A sociedade disciplinar ainda está dominada pelo não. Sua negatividade gera loucos e delinquentes. A sociedade do desempenho, ao contrário, produz depressivos e fracassados. 30
O homem depressivo é aquele animal laborans que explora a si mesmo e, quiçá deliberadamente, sem qualquer coação estranha. É agressor e vítima ao mesmo tempo. 31
A universidade, como instituição da esfera educacional, sofre de processo crônico de corrosão interna, deteriorandose continuamente e comprometendo sua própria eficácia, tornando-se pouco fecunda no atingimento de seus objetivos, consagrados pelas tradições e retirados pela teoria dominante. 32
As universidades públicas, o mais das vezes vitimadas pelos vícios esclerosantes do regime burocrático, mal domesticados pelos profissionais do setor, acabem de se fechando por si mesma, passando por um estado quase que vegetativo, sem força nem vitalidade. 33
Conclui Freud: A felicidade, no reduzido sentido em que a reconhecemos como possível, constitui um problema de economia da líbio do indivíduo. Não existe uma regra de ouro que se aplica em todos; todos homem tem de descobri por si mesmo de que modo específico ele pode ser salvo. 34
Somente a lembrança nos permite acreditar que somos e no que poderemos nos tornar e esse vir-a-ser somente pode se concretizar pela palavra (escrita ou falada) que tece e costura a relação entre o que se encontra unido e o disperso. (memorial acadêmico) 35
DESAFIOS PARA OS ALUNOS NOS ANOS INICIAIS DO SÉCULO XXI 36
Ser capaz de pensar escrever clara e efetivamente. Ser capaz de uma apreciação crítica sobre as formas de adquirir e aplicar conhecimentos, sobre o entendimento do universo, da sociedade e de si mesmo. 37
Ter um julgamento informado que o capacite a fazer escolhas criteriosas. Não ser ignorante sobre outras culturas e culturas de outros tempos. Alcançar conhecimento aprofundado em um campo de conhecimento. 38
Recriar, refundar e reinaugurar o conhecimento (mais rápido, mais econômico e mais simples) - nunca transmiti-lo; A escola como espaço sociocultural insubstituível; Cultura como resultado de guerras e jogos (esportes); 39
MUITO OBRIGADO Lembre-se: seja elegante sempre! Simples assim! 40