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Transcrição:

1- Introdução: Dando continuidade a divulgação da série histórica dos resultados do Mercado Brasileiro de Seguros, procedi aos levantamentos referentes aos números de jan a set-03 e jan a set-02, tendo como base às divulgações oficiais da SUSEP e da ANS. Como já comentado na divulgação anterior, os números se encontram totalizados e não consolidados tecnicamente. Além disso, foi aplicado o conceito de remuneração do capital de giro próprio do acionista, tendo como referencia a taxa de juros sem risco (TJR), no nosso caso o CDI. 2- Resultados: O Mercado Brasileiro de Seguros encerrou o período de jan a set-03 apresentando um Resultado Líquido de R$ 2,5 bilhões contra R$ 1,7 bilhão do ano anterior, um crescimento nominal de 48% ou real de 16% (descontando a inflação média do período IGPM). A taxa de retorno sobre o Patrimônio Líquido médio (influenciado por aportes de capital durante o exercício) foi equivalente a uma aplicação financeira com rentabilidade equivalente a 1,45% ao mês ou 18,86% ao ano. No ano passado, essa taxa de retorno se situava em 1,27% ao mês ou 16,32% ao ano. De fato o Mercado apresentou resultados superiores aos registrados no mesmo período do ano anterior. Esse desempenho pode ser atribuído, em sua totalidade, as taxas de juros praticadas em 2003 se comparadas com as de 2002. Para se ter uma idéia mais concreta o CDI acumulou no período em foco uma remuneração sem risco equivalente a 18,12% ou 1,87 % ao mês. Já no ano passado essa mesma remuneração foi equivalente a 13,51% ou 1,42% ao mês. Também observa uma relevante contribuição do Resultado de Coligadas e Controladas, onde o crescimento atingiu a 53% em termos nominais ou 20% em termos reais. Aqui temos os desempenhos das empresas de capitalização, previdência e outros investimentos. 1

O Resultado da Operação (onde se inclui o resultado financeiro) alcançou a cifra de R$ 422 milhões contra R$ 428 milhões do ano passado, um decréscimo nominal de 2% ou real de 23%. A rentabilidade sobre os prêmios ganhos + rendas e contribuições retidas foi de 1,9% contra 2,0% de jan a set-02. Já o Resultado do Patrimônio somou R$ 2,9 bilhões contra R$ 1,8 bilhão de jan a set-02, um crescimento nominal de 56% ou real de 22%. Aqui se destacam os Resultados de Coligadas e Controladas e a Remuneração do Capital do Acionista a taxa livre de risco. Apesar da rentabilidade média projetada para 2003 se aproximar dos resultados passados, média de 18,00% a 20,00% ao ano, o Mercado não conseguirá apresentar ganho real se descontada a tendência média do CDI. Ou seja, os resultados operacionais e de coligadas e controladas não apresentaram rentabilidades superiores à da taxa livre de risco (CDI). Mesmo assim, comparativamente com os demais setores da Economia, o Mercado ainda se encontra em uma posição menos desfavorável. O Prejuízo Industrial atingiu ao montante de R$ 1,7 bilhão contra R$ 1,1 bilhão de jan a set-02, um crescimento nominal de 62% ou real 26%. De sua estrutura vale destacar: i) Prêmios Líquidos Emitidos: Os prêmios líquidos emitidos somaram R$ 26,8 bilhões contra R$ 21,9 bilhões do ano passado, demonstrando um crescimento nominal de 23% ou real de (-) 4%. Desconsiderando os produtos não seguro Fundos de Investimento VGBL o crescimento nominal passa para 10% e o real para (-) 14%. Essa distorção está localizada na Bradesco Seguros, Itaú Seguros, Unibanco Seguros, Caixa Seguros, Real Seguros e outras seguradoras de origem bancária. Portanto o Mercado Bancário de Seguros se encontra distorcido no que se refere à participação sobre as vendas globais e, principalmente, nos crescimentos de vendas. Portanto, caso ocorram divulgações promocionais das empresas acima listadas é importante considerar essa distorção. 2

ii) Sinistralidade Retida: A sinistralidade retida representou 68,4% dos prêmios ganhos contra 66,5% do ano passado, determinando uma variação desfavorável de R$ 370 milhões. Afora o agravamento real das freqüências, o Mercado ainda não conseguiu reverter às ações das fraudes apesar dos investimentos efetuados pela FENASEG. Além disso, no caso dos serviços terceirizados, as seguradoras insistem em continuar pagando honorários ínfimos aos prestadores, fazendo com que a máxima : você finge que me paga e eu finjo que trabalho se mantenha. É matemático, basta fazer a conta. SINISTRALIDADE RETIDA 72,0% 70,0% 68,0% 66,0% 64,0% 62,0% 60,0% 58,0% 56,0% Como se observa, afora alguns ajustes de última hora, a sinistralidade de 2002 se apresenta inferior a de 2003 na maioria dos meses. A concentração se mantém nas carteiras de Automóveis, Vida em Grupo, Saúde e Incêndio. 3

iii) Comercialização: As Despesas com Comercialização, não incluídas as comissões de representações e plataformas (registradas em Outras Despesas Operacionais), alcançaram a 15,1% dos prêmios ganhos, ficando um pouco abaixo da registrada no período de jan a set-02 (15,6%). A tendência, devido à manutenção de altas taxas de sinistralidade e do avanço do canal bancário, é de termos níveis de comissionamento cada vez mais declinantes. iv) Margem de Contribuição de Seguros: A Margem de Contribuição da atividade de Seguros alcançou a cifra de R$ 2,2 bilhões, ficando ligeiramente acima da registrada no mesmo período do ano anterior. Ou seja, vendeu-se mais (22,5%), contudo com margens menores ou idênticas. Não houve alavancangem operacional. MARGENS DE CONTRIBUIÇÃO 16,0% 14,0% 12,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% OBS: percentuais sobre prêmios ganhos. 4

v) Margem de Contribuição Previdência Privada: A Margem de Contribuição das operações de Previdência Privada dentro dos Balanços das Seguradoras, foi negativa em R$ 602,7 milhões contra uma perda de R$ 108,8 milhões em 2002, determinando um crescimento nominal de 453% ou real de 333%. A formação de provisões técnicas Provisão Matemática ainda responde pela perda, contudo não foram considerados os ganhos financeiros das provisões técnicas, razão pela qual a margem é deficitária. Lamentavelmente, a SUSEP não determinou que as demonstrações contábeis considerassem discriminadas todas as contas da atividade de seguros e de previdência. Caso tivesse feito essa exigência os números poderiam ser mais transparentes. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% -10,0% -20,0% -30,0% -40,0% OBS: percentual sobre Rendas e Contribuições Líquidas. 5

vi) Margem de Contribuição Total: A Margem Contribuição Combinada (Seguros + Previdência) foi de R$ 1,6 bilhão contra R$ 2,1 bilhões do ano passado, determinando um decréscimo nominal de 20% ou real de 38%. Com isso a sua participação sobre os prêmios ganhos + rendas retidas declinou de 10,3% no período de jan a set-02 para 7,4% no período em foco. MARGEM COMBINADA 14,0% 12,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% OBS: Percentuais sobre prêmios ganhos + rendas retidas. vii) Resultado Industrial: O Resultado Industrial foi deficitário em R$ 1,7 bilhão contra uma perda de R$ 1,1 bilhão de jan a set-02. A perda industrial foi equivalente a 7,7% dos prêmios ganhos + rendas retidas contra 5,3% do ano passado. 6

Os custos administrativos somaram R$ 3,3 bilhões contra R$ 3,1 bilhões do ano anterior, um crescimento inferior à inflação média do período. O índice Despesa / Prêmio se situou em 15,1% dos prêmios ganhos + rendas retidas contra 15,5% de jan a set-02. Um ligeiro ganho de escala. RESULTADO INDUSTRIAL 0,0% -2,0% -4,0% -6,0% -8,0% -10,0% -12,0% -14,0% -16,0% -18,0% -20,0% OBS: Percentuais sobre prêmios ganhos + rendas retidas. viii) Resultado Operacional: O Resultado Operacional (inclui o Resultado Financeiro da Operação) somou R$ 422 milhões contra R$ 428 milhões do ano anterior, demonstrando um decréscimo nominal de 1,5% ou real de 23,1%. A rentabilidade da operação alcançou a 1,9% dos prêmios ganhos + rendas retidas contra 2,1% de jan a set-02. Na verdade tivemos uma troca de posições, onde a piora do Resultado Industrial de 2003 foi absorvida pelo desempenho do Resultado Financeiro. As altas taxas de juros em 2003 foram decisivas para a manutenção do resultado operacional próximo do registrado no ano passado. 7

O Resultado Financeiro Grande Herói alcançou a cifra de R$ 2,1 bilhões contra R$ 1,5 bilhão do ano anterior, um crescimento nominal de 43% ou real de 12%. RESULTADO OPERACIONAL 12,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% -2,0% -4,0% É interessante observar o comportamento dos resultados no mês de Junho, onde as seguradoras encerram Balanço para apresentação ao grande público. Nesse período os resultados são sempre superiores aos do demais meses do ano. ix) Resultado do Patrimônio: O Resultado do Patrimônio atingiu a cifra de R$ 2,9 bilhões contra R$ 1,8 bilhão de jan a set-02, um crescimento nominal de 56% ou real de 22%. Aqui se destacam o Resultado de Coligadas e Controladas (não consolidado tecnicamente) com R$ 1,2 bilhão em 2003 e R$ 788 milhões em 2002 e a Remuneração do Capital de Giro do Acionista a taxa livre de Risco com R$ 1,6 bilhão em 2003 e R$ 998 milhões em 2002. 8

x) Resultado Líquido: O Resultado Líquido somou R$ 2,5 bilhões, sendo R$ 2,2 bilhões do Patrimônio (88%) e R$ 0,3 bilhão da Operação (12%). No ano anterior temos um global de R$ 1,7 bilhão com R$ 1,4 bilhão do Patrimônio (83%) e R$ 0,3 bilhão da Operação (17%). RESULTADO LÍQUIDO - 2003 400,0 350,0 300,0 250,0 200,0 150,0 100,0 50,0 0,0-50,0-100,0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET Operação Patrimônio RESULTADO LÍQUIDO - 2002 250,0 200,0 150,0 100,0 50,0 0,0-50,0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET -100,0 Operação Patrimônio 9

3- Conclusões: O Mercado Brasileiro de Seguros em função de sua forte ligação com o Mercado Financeiro não vem sofrendo perdas, mantendo uma rentabilidade próxima da taxa de juros livre de riscos e ainda auferindo ganhos marginais na operação de seguros. Entretanto, continua fazendo esforços para aumentar as vendas sem se preocupar com a qualidade das mesmas. Enquanto as taxas de juros praticadas pelo Mercado e pelo Governo se mantiverem elevadas os resultados serão mantidos. Preocupa o grande avanço das seguradoras bancárias, onde as planilhas de custos permitem maior maleabilidade na aceitação dos riscos. Há pouco mais uma tradicional seguradora foi absorvida por uma grande seguradora bancária Phênix Seguradora Grupo FIAT. Luiz Roberto Castiglione Membro da ANSP e do Instituto Roncaratti. 10