So This is Democracy? 2013

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Transcrição:

82 So This is Democracy? 2013

In 2013, Namibia made history when it became the first African country to be ranked within the Top 20 of the Reporters Without Borders Press Freedom Index. The number 19 spot reminded Namibians of their contribution to the development and adoption of the Windhoek Declaration by African journalists in 1991, and the subsequent declaration of May 3 as World Press Freedom Day by the United Nations. A year later, Namibia dropped to number 22, but many do not seem very concerned. There seems to be general complacency among citizens and journalists when it comes to abuses of media freedom and freedom of expression. Namibia may rate highly on various international democracy indicators, but a lot of work needs to be done to develop and mobilise a mass of critically thinking, politically active citizens. An independent, analytical and pluralistic media sector is pivotal for its achievement. Violations against journalists and media freedom Namibians demonstrated this complacency when Namib Times Editor, Gareth Amos, was brutally attacked and arrested by police officers in March 2013 as he photographed them arresting his colleague for an outstanding traffic citation. According to Amos, after a few hours in a cell, police agreed not to lay charges against him if he did not press a charge against them, or publish a story of the incident, which he agreed to. It should be noted that taking pictures of an arrest is not an obstruction of justice, and offering to pay an outstanding fine for a colleague is not a bribe. The attack was not State-sanctioned, but an act of violence by individuals. However, government did not make any statement condemning the attack or publicly hold the officers accountable. While MISA Namibia understands Amos decision not to lay charges of assault against the police, because of Namibia s notoriously slow criminal justice system, it would like to encourage journalists and citizens to hold those who abuse their power accountable. The human rights of news sources were also violated after they exposed the corrupt and inhumane actions of the private sector and government. Elvid Mujazu was fired as Purity Manganese Mine s hostel supervisor for showing journalists the miners appalling living conditions. Mujazu was dismissed for insubordination, dishonesty and breach of trust. The Keetmanshoop Town Council, in a circular, warned staff against leaking privileged information to the media saying they risked being punished when discovered. It has become apparent that the media is now frequently fed with privileged information which effectively brings council into disrepute, wrote Acting Chief Executive Officer Hermanus Losper. Shortly before the issuing of the circular, employee Johannes Jansen was reportedly charged with leaking information to the media, among other things. The Ministry of Education also investigated the source of an article about Waapandula Primary School s food shortages while signed up under the National Schools Feeding Programme for more than a year. Deputy Director Vilho So This is Democracy? 2013 83

Namibia Shipuata reportedly confirmed that they were investigating why Waapandula told media about the food shortages at the school. He said he was disappointed in the school management for providing very sensitive information without approaching relevant authorities. Media regulation and laws A disturbing development in 2013 was the insertion of additional regulations to the Research, Science and Technology Act of 2004, which require government permission for all research. The Act defines research as the systematic investigation or analysis into, and study of, materials, sources and the physical universe in order to establish facts and knowledge and reach conclusions. It also demands that any organisation or individual conducting any activity that could be termed as research to apply to the government-appointed National Commission of Research, Science and Technology for permission. The proposed regulations state that every research project would require its own separate permission. Failure to gain permission before embarking on research could result in a N$20 000 fine or five years in jail and an indefinite ban on conducting further research in Namibia. This new regulation stifles freedom of expression, access to information, and academic freedom. If the broad definition is to be strictly applied, countless research professions will be phased out, not to mention the problems students will face in researching science, history or geography projects. The lack of an access to information law in Namibia once again allowed for the gross abuse of archaic laws that criminalise basic human rights. In September, the ACTION Coalition called on President Hifikepunye Pohamba to release the Fourth Delimitation Commission Report. The report not only contains recommendations made by the Commission, but also has the views expressed during public hearings and direct submissions. Government s decision to create additional constituencies, and split the Kavango Region into two, and rename several constituencies and regions, is presumably based on the report. Yet, the President has not released it, which is contrary to the values of transparency, accountability and democracy. The laws setting out the mandate of the Delimitation Commission, Section 104 of the Constitution and Section 5 of the Regional Councils Act, 1992 do not make reference to the manner in which the Commission s findings should be released. According to the Office of the President, the report falls under the terms of the Commissions Act 1947, which gives the President the responsibility to release reports produced by Presidential Commissions. On September 28, Right to Know Day, the Golden Padlock was awarded to the National Housing Enterprise (NHE), for lack of transparency and inaccessibility while the Golden Key was given to the Motor Vehicle Accident (MVA) Fund for being the country s most transparent public institution. The NHE was found to be the most secretive public institution as it scored lower than the Ministry of Safety and Security in terms of transparency and accessibility of information. Access to information Access to information can play a significant role in combating corruption, and advance the socio-economic rights, freedoms and responsibilities of citizens. A one-day training workshop for Government Information and Communication Officers on how to construc- 84 So This is Democracy? 2013

tively engage with the media, facilitated by MISA Namibia, highlighted government s misunderstanding, disinterest or disregard of/for the right to information. Some of the recommendations made by the participants were for a Communication Policy to be developed by the ICT Ministry, which would provide guidelines to government communicators on how to conduct external communication, in particular with the public. Other suggestions included making government communicators a part of their ministries management committees for frequent updates on developments within their ministries. Government has on several occasions said it intends on legislating access to information. The current legislative framework does not facilitate the right of citizens to access information. Whilst guaranteeing the right to freedom of expression, the Constitution does not expressly provide for the right to access to information. In addition, the legal environment is predominantly skewed in favour of promoting secrecy, with apartheid legislation, such as the Protection of Information Act 1982 still awaiting repeal. Namibia must give effect to the principles upon which the State was founded and its Constitution enacted, namely the principles of constitutionalism, the rule of law, and respect for human rights, and fulfil its international and regional obligations, as well as put in place measures to prevent corruption. Elections and the media On World Press Freedom Day, on May 3, Namibians were greeted by a headline in The Namibian which said, Govt wants to tighten grip on media, which was followed by a few days of shock and indignation in the media industry. Miscommunication between the Law Reform and Development Commission (LRDC) and the media fraternity also did not help matters. It eventually became clear that the LRDC wanted to consult on the possible equitable coverage of elections especially by State-controlled media. A consultation, hosted by the LRDC, was held where all political parties, both State-owned and private media, discussed the pros and cons of such a proposal. The media fraternity insisted that no regulation was required and that the Namibian Media Code of Ethics as well as individual media houses editorial policies were sufficient in guiding the coverage of elections. MISA Namibia emphasised that opposition parties did not necessarily have a problem with how much coverage they received on the State-controlled broadcaster, the Namibian Broadcasting Corporation (NBC), before the 2009 elections, but were mainly concerned with the limited free airtime they received for campaigning before the actual elections. Also, the NBC, is not legally obliged to provide political parties with free airtime, and it is accountable only to its board, the Minister of Information and Communication Technology, and through the Minister, accountable to Parliament. The NBC recently announced that all political parties will have to pay for airtime on the national broadcaster. This effectively means that opposition parties will be marginalised, since most of them are already struggling financially. At the consultation, the Editors Forum of Namibia (EFN), MISA Namibia and the Communications Regulatory Authority of Namibia (CRAN) agreed to consider reasonable amendments to the So This is Democracy? 2013 85

Namibia existing Code of Ethics to provide for the broadcasting sector in particular. Interference with editorial independence The media were under constant verbal attack from politicians, and even traditional leaders, during the year under review. A booklet by MICT singles out media bias as one of the key stumbling blocks hampering the success of the Nationhood and National Pride Campaign. The booklet accuses media of being insensitive and unsympathetic to the people s aspirations, often sensationalising news, resulting in unsupported negative publicity, which influences cultures and mindset(s). The Ministry of Health and Social Services (MoHSS) and they also had a tense relationship with the media during the year under review, especially since it was a year in which deaths related to poverty, exacerbated by the drought, occurred. The lack of effective communication emanated from the lack of capacity within the ministry to effectively speak with the media and the public. The MoHSS is one of the biggest ministries, yet it has only one person working in the communications department. Senior journalist Tonateni Shidhudhu who worked for government-owned English daily New Era, resigned because of what appeared to be pressure from the MoHSS to publish its information. An email from MoHSS Public Relations Officer Ester Paulus to the paper s management said, New Era is a government newspaper and this is the main platform that ministries have to ensure that correct information about government services is portrayed with minimal distortions. State of print media Government s control of State-owned media was apparent when the Chairperson of the New Era Publication Corporation (NEPC) board Ben Mulongeni revealed in media reports that he and ICT Minister Joël Kaapanda were at loggerheads over who the new CEO of New Era should be. Eventually, the Minister s preferred candidate, Audrin Mathe, was appointed. Mulongeni also served on the NamZim board, which is a partnership between the Namibian and Zimbabwean governments and publishes the Southern Times weekly. Mulongeni, a former Director General of the NBC from 1997 to 2002, no longer serves on any of these boards. The NEPC also launched the weekly Kundana newspaper, which publishes exclusively in the Oshiwambo language. The NEPC, in launching the paper, said, Oshiwambo comprises the biggest segment of the population, whose market includes parts of southern Angola. Media analysts noted the coincidence of the launch to cater for the ruling party s biggest support base, a year before the 2014 National and Presidential elections. State of broadcast media The year ended with an opinion piece published by the Swapo Party s weekly newspaper Namibia Today, written by Swapo Politburo member and former minister Helmut Angula. In his article, he questioned the aim of a popular weekly current affairs programme broadcast on NBC Television, The Week That Was. The programme featured media practitioners and social commentators reviewing the stories that made headlines that week. What purpose does this serve? Is the 86 So This is Democracy? 2013

public better informed or do they use this platform to cause confusion and doubt in the nation? Angula questioned. It is important to note that the programme s initial concept was similar to that of the BBC s Dateline London and enca s Justice Factor. It was aimed at providing media professionals the platform to analyse stories that made weekly headlines and how they affected citizens. But, Angula, who is Swapo s Secretary for Information and Publicity, suggested government representatives should be included on the panel to provide clarity on issues as the panel from the media fraternity were speculative. He asked the NBC to address the matter to avoid the abuse of government mechanisms and facilities by a few who seem to have misunderstood the purpose of freedom of speech in this country. His write-up was published in the December 20 edition while the NBC s last edition of the programme was televised on December 15. Other TV current affairs programmes such as Prime Minister s Question Time and Inside Politics were also taken off the air. NBC s official response was that the changes in programming were as a result of additional space that became available now that the NBC had migrated from analogue to digital. The stifling of freedom of expression on State-owned media always increases in the period before elections. The NBC s current affairs team is under constant supervision to avoid government criticism and often indulges in clever editing used to promote the ruling party. Victories for media freedom There were positive developments in the media industry in 2013. The country s first Braille newspaper, with New Era s content, was launched in November. Although there were concerns regarding the slant taken by New Era, the Braille Weekly, does provide access to information to a section of society that largely relies on broadcast media for information. It was, however, disappointing that the translation and printing costs were covered by the Namibia Federation for the Visually Impaired. A UNESCO funded Participation Programme Project, implemented by MISA Namibia, in partnership with the MICT titled Media and Information Literacy (MIL) Awareness and Sensitisation was implemented over a three-month period. The project was aimed at raising awareness on the right to access to information, and how information could be accessed through a diverse range of local and international media and information sources. Just as important was a public and/or a world citizenry that is media and information literate. Awareness on access to information was improved through the on-air Access to Information Campaign in partnership with community radio station Base FM, which culminated in the drafting of a Community Declaration on Access to Information. The community media sector also experienced growth through capacity building initiatives supported by MISA Namibia, UNESCO, and Deutsche Welle. The Youth Advocacy & Capacity Building Component, which consisted of the Youth Social Media Exchange (YSME), Grassroots Slam Poetry, and the Think B4 U LOL Youth Action Against Gender Based Violence, prioritised active youth So This is Democracy? 2013 87

Namibia participation, and enhanced awareness on the various forms of media and their role in a democracy. Government, civil society, the media, children and the youth all actively participated in this project, which set a positive example of how partnerships between all sectors of society can have a greater, more sustainable impact. Democratic Media Holdings, Namibia Press Agency (NAMPA), and the NBC s Good Morning Namibia programme also partnered with the Namibia s 16 Days of Activism Against Gender Based Violence Campaign Coalition, which includes MISA Namibia, to raise awareness on violence against women and children, which has reached epidemic proportions in the country. 88 So This is Democracy? 2013

Namibia 2013 violations & victories The Keetmanshoop Town Council sends circular warning staff they may be punished if they leak privileged information to media. March Police assault editor of Namib Independent community newspaper, Gareth Amos, after he photographs them making an arrest. November Namibia s first Braille newspaper launched. MISA and partners launch On-Air Access to Information Campaign with community radio station Base FM and draft Community Declaration on Access to Information. May Government adds regulations to Research, Science and Technology Act of 2004, requiring government permission for all research. 15 December Namibian Broadcasting Corporation pulls three current affairs programmes off television after former Prime Minister Helmut Angula warns against the programmes.

Namíbia Em 2013 a Namíbia fez história ao se tornar o primeiro país Africano a ser classificado entre os Melhores 20 no Índice da Liberdade de Imprensa da organização Repórteres Sem Fronteiras. A posição número 19 na lista lembrou os namibianos da sua contribuição na elaboração e adopção da Declaração de Windhoek por jornalistas africanos em 1991, e a posterior declaração pela Organização das Nações Unidas do dia 3 de Maio como o Dia Mundial da Liberdade da Imprensa. Um ano mais tarde, a Namíbia caiu para o número 22, mas muitos não parecem demasiado preocupados. Parece haver uma complacência geral entre os cidadãos e jornalistas quando se trata de abuso da liberdade de imprensa e liberdade de expressão. A Namíbia pode estar bem classificada em vários indicadores internacionais da democracia, mas ainda tem muito trabalho pela frente para desenvolver e mobilizar uma massa de cidadãos politicamente activos e que pensam de forma crítica. Um sector da comunicação social independente, analítico e pluralista é fundamental para a realização deste objectivo. Violações contra jornalistas e a liberdade de imprensa Os Namibianos demonstraram essa complacência quando o Editor do jornal Namib Times, Gareth Amos, foi brutalmente agredido e preso por agentes da polícia em Março 2013, quando este os fotografou a prender o seu colega por causa de uma multa de trânsito por pagar. Segundo Amos, depois de algumas horas numa cela, a polícia concordou em não fazer uma acusação contra ele se ele não abrisse um caso contra eles ou publicasse uma notícia sobre o incidente, com que ele concordou. Note-se que tirar fotos de alguém a ser preso não constitui uma obstrução da justiça e oferecer-se a pagar uma multa por um colega não é um suborno. Não se trata de um ataque sancionado pelo Estado, mas sim de um acto de violência por parte de indivíduos. No entanto, o governo não fez qualquer declaração a condenar o ataque nem fez os agentes da polícia responderem pelo ocorrido. Embora o MISA Namíbia compreenda a decisão do Amos de não abrir um processo de agressão contra a polícia por causa do sistema de justiça criminal notoriamente lento da Namíbia, o MISA Namíbia gostaria mesmo assim de encorajar os jornalistas e os cidadãos a responsabilizarem aqueles que abusam do seu poder. Os direitos humanos relativos a fontes de informação também foram violados depois de acções corruptas e desumanas praticadas pelo sector privado e o Governo terem sido expostas. Elvid Mujazu foi demitido do seu cargo de supervisor da residência de trabalhadores da mina de manganês Purity por mostrar a jornalistas as terríveis condições de vida dos mineiros. Mujazu foi demitido por insubordinação, desonestidade e quebra de confiança. A Câmara Municipal de Keetmanshoop, numa circular, alertou os seus funcionários contra vazar informações privilegiadas à comunicação social, avisando que arriscavam ser punidos, caso descobertos. Tornou-se evidente que agora a comunicação social frequentemente recebe informações privilegiadas que efectivamente mancham o nome do conselho administrativo, escreveu o Presidente Executivo em exercício, Hermanus Losper. Pouco antes da emissão da circular, o funcionário Johannes Jansen teria sido acusado de 90 So This is Democracy? 2013

vazamento de informações para a comunicação social, entre outras coisas. O Ministério da Educação também investigou a origem de um artigo sobre a escassez de alimentos na escola primária de Waapandula, embora esta estivesse inscrita no âmbito do Programa Nacional para a Alimentação Escolar há mais de um ano. O Director adjunto, Vilho Shipuata, confirmou que estavam a investigar por que Waapandula falara à imprensa sobre a escassez de alimentos na escola. Disse ainda que estava decepcionado com a directoria da escola por facultarem informações muito sensíveis, sem antes consultar as autoridades competentes. Regulamentação e Leis da Comunicação Social Um acontecimento perturbador em 2013 foi a aprovação de normas adicionais acrescidas aos regulamentos da lei da Investigação, Ciência e Tecnologia de 2004, o que implica em agora ser necessário obter autorização do governo para toda a investigação. A lei define a investigação como sendo a investigação sistemática ou análise, ou estudo de materiais, fontes e o universo físico, a fim de apurar os factos e conhecimentos e chegar a conclusões. Exige também que qualquer organização ou indivíduo que pratique qualquer actividade que possa ser considerada como investigação solicite uma autorização à Comissão Nacional de Investigação, Ciência e Tecnologia, nomeada pelo governo. Os propostos regulamentos afirmam que qualquer projecto de investigação carece de autorização individual. Não obter a autorização antes de começar um trabalho de investigação pode resultar numa multa de N$20.000 ou cinco anos de prisão e o autor fica proibida por tempo indeterminado de realizar outros trabalhos de investigação na Namíbia. Este novo regulamento sufoca a liberdade de expressão, o acesso à informação e a liberdade académica. Se a definição ampla for rigorosamente aplicada, inúmeros postos de trabalho de investigação serão eliminados, isto para nada dizer sobre os problemas que os estudantes irão enfrentar para concluírem projectos de investigação em ciências, história ou geografia. A falta de uma lei de acesso à informação na Namíbia mais uma vez permitiu o abuso exagerado de leis arcaicas que criminalizam os direitos humanos básicos. Em Setembro, a Coligação AC- TION solicitou ao presidente Hifikepunye Pohamba que divulgasse o Quarto Relatório da Comissão de Delimitação. O relatório não só contém as recomendações feitas pela Comissão, mas também tem as opiniões expressas durante as audiências públicas e pedidos directos. A decisão do Governo de criar círculos eleitorais adicionais, dividir a Região do Kavango em duas, e renomear vários círculos eleitorais e regiões, é, presumivelmente, com base no relatório. No entanto, o presidente não divulgou o relatório como deveria ser, no interesse da transparência, responsabilidade e democracia. As leis que criaram o mandato da Comissão de Delimitação, a Artigo 104 da Constituição e o Artigo 5 da Lei Conselhos Regionais, não fazem referência à maneira como as conclusões da Comissão devem ser publicadas. De acordo com o Gabinete do Presidente, o relatório está ao abrigo da Lei das Comissões de 1947, que dá ao presidente a responsabilidade de publicar os relatórios produzidos pelas Comissões presidenciais. A 28 de Setembro, Dia do Direito de Saber, o Cadeado Dourado foi atribuído Português So This is Democracy? 2013 91

Namíbia à empresa National Housing Enterprise (NHE), por falta de transparência e inacessibilidade. A Chave de Ouro foi entregue ao Motor Vehicle Accident (MVA) Fund por ser a instituição pública mais transparente do país. A NHE ficou definida como a instituição pública mais secreta, visto que ficou classificada mais baixa do que o Ministério da Segurança e Protecção em termos de transparência e acessibilidade das informações. Acesso à Informação O acesso à informação pode desempenhar um papel significativo no combate à corrupção, e promover os direitos socioeconómicos, liberdades e responsabilidades dos cidadãos. Um seminário de formação de um dia para assessores de Informação e Comunicação do Governo sobre como lidar construtivamente com os órgãos da comunicação, facilitado pelo MISA Namíbia, realçou que o governo não entendia, não estava interessado ou menosprezava o direito à informação. Algumas das recomendações feitas pelos participantes visavam a introdução de uma política de comunicação a ser elaborada pelo Ministério das TIC, que facultaria directrizes para os assessores de informação do governo sobre como comunicar com entidades externas, em especial o público. Outras sugestões incluíram fazer dos assessores do governo parte das comissões de gestão dos ministérios a serem actualizados com frequência sobre os acontecimentos dentro de ministérios. O Governo já em várias ocasiões disse que pretendia legislar o acesso à informação. O actual quadro legislativo não facilita o direito dos cidadãos de acesso à informação. Embora garanta o direito à liberdade de expressão, a Constituição não prevê expressamente o direito de acesso à informação. Além disso, o ambiente jurídico é predominantemente enviesado a favor da promoção do segredo, ainda com legislação do tempo do apartheid, como por exemplo a Lei da Protecção da Informação de 1982, que continua à espera de ser revogada. A Namíbia tem de aplicar os princípios sobre os quais o Estado foi fundado e a sua Constituição promulgada, ou seja, os princípios de constitucionalismo, o Estado de Direito e o respeito pelos direitos humanos e cumprir as suas obrigações internacionais e regionais, bem como pôr em prática medidas para prevenir a corrupção. Eleições e a comunicação social No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a 3 de Maio, os namibianos foram confrontados com uma manchete do jornal The Namibian, que dizia: O Governo quer apertar o controlo da comunicação social, a que se seguiram uns dias de choque e indignação no sector da comunicação social. Falta de comunicação entre a Comissão de Elaboração e Reforma de Legislação (LRDC) e os profissionais da comunicação social também não ajudou a situação. Por fim tornou-se claro que a LRDC queria fazer uma consulta sobre a possível cobertura equitativa das eleições, especialmente pelos órgãos de comunicação do Estado. A consulta, organizada pela LRDC, foi realizada com a presença de todos os partidos políticos, e os órgãos de comunicação estatais e privadas, que discutiram os prós e contras da proposta. Os profissionais da comunicação social insistiram que nenhuma regulamentação era necessária e que o Código de Ética da Comunicação Social da Namíbia e as políticas editoriais individuais de cada órgão da comunicação social seriam suficientes para orientar a cobertura das eleições. O MISA Namíbia enfatizou que os partidos de oposição não têm necessaria- 92 So This is Democracy? 2013

mente um problema com a proporção de cobertura que receberam nas transmissões na emissora estatal, a Namibian Broadcasting Corporation (NBC), antes das eleições de 2009. A sua preocupação, no entanto, era principalmente com o pouco tempo de antena que lhe foi atribuído para fazer campanha antes das eleições propriamente ditas. Disse ainda que, além disso, por lei a NBC não estava obrigada a facultar aos partidos políticos tempo de antena gratuito, e que a emissora respondia apenas perante o seu conselho governativo, o ministro das Tecnologias de Informação e Comunicação, e através do Ministro, responsável perante a Assembleia Nacional. A NBC anunciou recentemente que todos os partidos políticos terão de pagar pelo tempo de antena na emissora nacional. Isto efectivamente significa que os partidos da oposição serão marginalizados, uma vez que a maioria deles enfrenta dificuldades financeiras. Durante a consulta, o Fórum dos Editores da Namíbia (EFN), o MISA Namíbia e a Autoridade Reguladora das Comunicações da Namíbia (CRAN) concordaram em considerar alterações razoáveis ao actual Código de Ética especificamente para levar em consideração o sector da radiodifusão. Interferência com a independência editorial Os órgãos de comunicação foram constantemente vítimas de ataques verbais dos políticos, e até mesmo dos chefes tradicionais durante o ano em análise. Um livreto publicado pelo MICT destaca a parcialidade da imprensa como um dos principais obstáculos que impedem o sucesso da Campanha para uma Consciência Nacional e Orgulho Nacional. O livreto acusa a comunicação social de ser insensível e não se incomodar com as aspirações do povo, muitas vezes renacionalizando as notícias, com o resultado de produzir publicidade negativa sem fundamento, o que influencia culturas e modos de pensar. O Ministério da Saúde e Serviços Sociais (MSSS) e a comunicação social também viveram uma relação tensa durante o ano em análise, especialmente porque foi um ano em que ocorrerem mortes relacionadas com a pobreza, agravada pela seca. A falta de comunicação eficaz foi o resultado da falta de capacidade dentro do ministério de comunicar com a comunicação social e o público. O MSSS é um dos maiores ministérios, mas tem apenas uma pessoa a trabalhar no departamento de comunicações. O Jornalista Tonateni Shidhudhu que antes trabalhou para o diário estatal de língua inglesa New Era, demitiu-se devido ao que parecia ser pressão do Ministério da Saúde para que este publicasse informação sobre o ministério. Um email do Director de Relações Públicas do MSSS, Ester Paulus, dirigido à direcção do jornal dizia:... levando em consideração que o New Era é um jornal do governo e é a principal plataforma que os ministérios têm para garantir que a informação correcta sobre os serviços públicos é apresentada com as mínimas distorções. Estado da Imprensa Controlo que o Governo exerce sobre a comunicação social estatal tornou-se nítido quando o Presidente do Concelho da New Era Publication Corporation (NEPC) Ben Mulongeni divulgou em reportagens na comunicação social que ele e o ministro das TIC, Joël Kaapanda, não concordavam na escolha do novo Presidente do Concelho do jornal New Era. Por fim, o candidato preferido do ministro, Audrin Mathe, foi nomeado. A NEPC também inaugurou o semanário Português So This is Democracy? 2013 93

Namíbia Kundana, que publica exclusivamente na língua ovambo. No lançamento do jornal, a NEPC justificou a decisão, dizendo que o povo ovambo abrange o maior segmento da população, cujo mercado inclui partes do sul de Angola. Analistas da comunicação social chamaram a atenção à coincidência do lançamento, destinado a servir a maior base de apoio do partido no poder, um ano antes das eleições nacionais e presidenciais de 2014. Estado da Radiodifusão O ano terminou com um artigo de opinião publicado pelo semanário do Partido Swapo Namibia Today, escrito por um membro do bureau político da Swapo e antigo ministro, Helmut Angula. No artigo, Angula questionava o objectivo de um programa semanal popular de actualidades transmitido pela NBC Television, The Week That Was (a Semana Finda). O programa mostrava profissionais da comunicação social e comentaristas sociais a analisarem as principais notícias da semana. Qual é a finalidade disto? O público fica mais bem informado ou será que usam esta plataforma para causar confusão e dúvida entre o público?, perguntou Angula. É importante observar que o conceito inicial do programa era semelhante ao do da BBC Dateline London e Justice Factor do canal enca. A finalidade era proporcionar aos profissionais da comunicação social uma plataforma para analisarem as notícias de capa todas as semanas e como estas afectaram a vida dos cidadãos. Mas, Angula, que é secretário da Informação e Publicidade da SWAPO, sugeriu que representantes do governo deviam ser incluídos no painel para trazer clareza sobre as questões visto que o painel de profissionais da comunicação social se prestava a especulação. Angula pediu à NBC que resolvesse o assunto para evitar o abuso dos mecanismos e instalações governamentais por alguns que parecem não ter entendido o propósito da liberdade de expressão no país. A sua peça foi publicada na edição do dia 20 de Dezembro, cinco dias depois da última edição do programa da NBC ter sido transmitido, no dia 15 de Dezembro. Outros programas de actualidades, tais como Prime Minister s Question Time e Inside Politics foram também cancelados. A resposta oficial da NBC foi que as mudanças na programação eram devidas ao espaço adicional disponível agora que a NBC tinha migrado do analógico para o digital. Abafar a liberdade de expressão na comunicação social estatal sempre aumenta no período antes das eleições. A equipa responsável pelos programas de actualidades da NBC está sob supervisão constante para evitar críticas ao governo e muitas vezes capricha com uma redacção inteligente que visa promover o partido no poder. Vitórias da Liberdade de Imprensa Houve um desdobramento positivo no sector da comunicação social em 2013. O primeiro jornal em Braille do país foi lançado em Novembro, com o conteúdo do Nova Era. Embora houvesse preocupações em relação à parcialidade do New Era, o Braille Weekly, oferece acesso à informação a uma parte da sociedade que tem de depender em grande parte de emissoras para todo o tipo de informação. No entanto, foi decepcionante ficar a saber que os custos de tradução e impressão foram pagos pela Federação da Namíbia para os Deficientes Visuais (NFVI). 94 So This is Democracy? 2013

Um Projecto para o Programa de Participação financiado pela UNESCO, implementado pelo MISA Namíbia, em parceria com o MICT intitulado: A Comunicação Social e Literacia de Informação (MIL) Conscientização e Sensibilização foi implementado ao longo de um período de três meses. O projecto teve como objectivo a conscientização sobre o direito de acesso à informação, e de como gozar do acesso à informação através de uma variada gama de fontes da comunicação social e de informações locais e internacionais. As empresas Democratic Media Holdings, a Namibia Press Agency (NAMPA), e o programa the Good Morning Namibia da NBC também trabalharam em parceria com a Coligação para a Campanha de 16 Dias de Activismo Contra a Violência por Motivos de Género, que inclui o MISA Namíbia, para aumentar a conscientização sobre a violência contra mulheres e crianças, que atingiu proporções epidémicas no país. Português Conscientização sobre o acesso à informação foi melhorada graças à Campanha Acesso à Informação na Rádio, em parceria com a rádio comunitária Base FM, o que culminou com a elaboração de a Declaração da Comunidade sobre o Acesso à Informação. O sector da comunicação social comunitária também viveu um crescimento devido a iniciativas de capacitação apoiadas pelo MISA Namíbia, a UNES- CO, e a Deutsche Welle. O Componente de Activismo e Capacitação da Juventude, composto pelas organizações Youth Social Media Exchange (YSME), Grassroots Slam Poetry, e Think B4 U LOL Youth Action Against Gender Based Violence, priorizaram a participação activa da juventude e maior conscientização das várias formas da comunicação social e seu papel na democracia. O governo, a sociedade civil, a comunicação social, as crianças e os jovens, todos participaram activamente neste projecto, que deu um exemplo positivo de como as parcerias entre todos os sectores da sociedade podem ter um impacto maior e mais sustentável. So This is Democracy? 2013 95