EM SITUAÇÃO DE RUA E EM CONTEXTOS DE VULNERABILIDADE

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Transcrição:

1 AMPLIANDO OPORTUNIDADES PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RUA E EM CONTEXTOS DE VULNERABILIDADE Projeto apoiado pela Fundação OAK A questão da população infantil, adolescente e jovem em situação de rua é um tema de pesquisa permanente nos 30 anos de atividade do CIESPI, sendo que nos últimos anos temos desenvolvido diversas iniciativas de pesquisa e ação com foco sobre os processos de construção, deliberação e implementação de políticas públicas para este grupo. O projeto vigente para essa área tem como prioridade auxiliar atores-chave a incidir sobre os órgãos competentes para a efetivação da política pública deliberada em 2009 pelo Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro (CMDCA/RJ), assim como agregar conhecimentos sobre crianças e adolescentes em contextos de vulnerabilidade. O projeto está orientado pelos seguintes objetivos: 1 Apoiar o trabalho de atores locais no processo de implementação da Política Municipal de Atendimento às Crianças e aos Adolescentes em Situação de Rua no Rio de Janeiro (Deliberação 763:2009 CMDCA/Rio); 2 Apoiar a mobilização e ações de atores nacionais no trabalho de construção de uma política nacional de atendimento à população infantil e adolescente em situação de rua; 3 Dar continuidade ao processo de participação no debate internacional, sobretudo via parceiros do Consortium for Street Children e da mobilização junto ao Comitê da ONU sobre os direitos da criança (UN Committee on the Rights of the Child) com o objetivo de fortalecer nossa atuação no Brasil e as prioridades de políticas em âmbito internacional; 4 Pesquisar, documentar e divulgar recomendações de políticas com foco sobre a população jovem feminina em situação de rua e a questão da maternidade; 5 Dar continuidade ao estudo e divulgação de dados qualitativos e quantitativos sobre a população em situação de rua, com o propósito de aprofundar o conhecimento sobre a questão e contribuir para prioridades de políticas destinadas a este grupo. Contribuir para a humanização da imagem dessas crianças

2 e desses adolescentes expostos a processos estigmatizantes, assim como buscar alternativas ao recolhimento compulsório e à institucionalização desses sujeitos de direitos violados. Principais ações desenvolvidas em 2016: Ações e mobilizações em âmbito municipal Revogação da Resolução SMAS nº20/2011 e Publicação da Resolução SMDS n 64/2016 Em 2016, o principal espaço de articulação entre atores locais engajados na defesa pela implementação da Política Municipal de Atendimento às Crianças e aos Adolescentes em Situação de Rua no Rio de Janeiro (Deliberação CMDCA/Rio763:2009) continuou localizado na esfera do poder legislativo municipal, via Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde existe o Grupo de Trabalho Criança e Adolescente no âmbito da Comissão Especial da População em Situação de Rua (Comissão Pop Rua). Depois de apresentada publicamente em 17/10/2015, no auditório da Câmara Municipal do Rio de janeiro, a proposta de adequação da Resolução SMAS nº20/2011 normativa municipal responsável por regulamentar o serviço de abordagem social à população em situação de rua - o GT seguiu ativo no acompanhamento desse processo com reuniões conjuntas com a Subsecretaria de Proteção Social de Média Complexidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social SMDS, sendo que a efetiva revogação da Resolução SMAS nº20/2011 só aconteceu em 13/04/2016, ocasião em que foi publicada uma normativa substituta, a Resolução SMDS n 64/2016. Este evento representa o ponto culminante do processo. Revogação da Resolução SMAS nº20/2011 e Publicação da Resolução SMDS n 64/2016 em 13/04/2016.

3 Debate sobre a regulamentação da profissão dos educadores sociais Durante o período de trabalho do GT, tratando dos temas da abordagem social e do acolhimento social ao qual são submetidos crianças e adolescentes em situação de rua, houve um desdobramento dessa pauta, que passou a incorporar também um debate sobre a realidade dos educadores sociais e suas formas de atuação hoje no Rio de Janeiro e no Brasil. O debate acerca da regulamentação da profissão dos educadores sociais no âmbito do GT Criança e Adolescente da Comissão Pop Rua da Câmara Municipal, surgiu a partir da demanda dos próprios educadores sociais atuantes nesta frente de trabalho. Para eles, a indefinição acerca das atribuições dos educadores sociais faz com que os mesmos exerçam várias funções sem qualquer tipo de reconhecimento profissional e social. A proposta inicial foi de que este debate fosse realizado a partir do Projeto de Lei nº 5346/2009, que tramita na Câmara dos Deputados do Rio de Janeiro, todavia, após a realização de cinco encontros, o GT considerou que sua atuação deveria se dar no sentido de instrumentalizar e apoiar os educadores sociais durante esse processo. Os educadores seguem realizando reuniões sobre a questão, embora enfrentem dificuldades de mobilizar a categoria que se divide entre setor governamental e não governamental. Debate entre educadores sociais, acerca da regulamentação da profissão, no âmbito do GT Criança e Adolescente da Comissão Pop Rua. Implementação da Política Municipal de Atendimento às Crianças e aos Adolescentes em Situação de Rua no Rio de Janeiro Sublinha-se também em 2016 a elaboração de propostas de emendas para o projeto de lei, em tramitação no legislativo municipal desde o final de 2015, que a partir do Decreto Federal visa construir a Política Municipal para a População em Situação de Rua. Assim como o decreto federal, a versão apresentada por esses atores não contempla os cuidados assistenciais relacionados às crianças e aos adolescentes. Por essa razão, o GT Criança e Adolescente

4 investiu no aprofundamento da relação e do debate entre esses grupos no interior da própria Comissão Pop Rua da Câmara Municipal. A partir das discussões realizadas foi possível construir uma proposta de substitutivo para o Projeto de Lei nº 1543/2015 incluindo diretrizes relacionadas aos direitos de crianças e adolescentes, e cujo trâmite no poder legislativo municipal será retomado no início de 2017. Reunião do GT Criança e Adolescente da Comissão Pop Rua na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Gravidez e Maternidade de Adolescentes e Jovens em Situação de Rua Um dos grandes destaques do ano foi o projeto Gravidez e Maternidade de Adolescentes e Jovens em Situação de Rua. O objetivo era ouvir as demandas de adolescentes e jovens mulheres com vivência de gravidez e/ou maternidade, que apresentam trajetórias de vida nas ruas e/ou em contextos de alta vulnerabilidade. A proposta era estimular a participação e protagonismo desses sujeitos no processo de sistematização e divulgação de informações, normas e serviços disponíveis para o atendimento dessa população. Dentre as ações realizadas, incluem-se: - O seminário interno Maternidade Adolescente e Jovem no Contexto das Ruas ; Convite para o seminário Maternidade Adolescente e Jovem no Contexto das Ruas.

5 - A publicação do boletim de pesquisa e política pública Gravidez na Adolescência e Maternidade no Contexto das Ruas"; http://ciespi.org.br/images/boletim/797/ciespi-boletim-2-2016- Gravidez_na_adolescencia.pdf - A produção do vídeo Tô grávida, e agora?, em parceria com a Associação Beneficente São Martinho. O vídeo Tô grávida, e agora? conquistou, no dia 15 de dezembro de 2016, o primeiro lugar no concurso audiovisual Posso Falar?, promovido pela Rede Rio Criança. Assista o vídeo https://www.youtube.com/watch?v=oxrwh2qv_nu Tô grávida, e agora?.

6 Ação e mobilização em âmbito nacional A equipe do CIESPI vem acompanhando, no cenário nacional, investimentos que visam alcançar o aprimoramento dos cuidados assistenciais que devem ser prestados a crianças e adolescentes em situação de rua. Após uma série de dificuldades que impediram a instituição de uma política específica a partir do plano de Subsídios para a elaboração de uma política nacional de atenção à criança e ao adolescente em situação de rua, no âmbito do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), tem-se tentado elaborar resoluções conjuntas entre o Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS e o Conselho Nacional de Saúde CNS. Por essa razão, o CNAS convidou Irene Rizzini (diretora-presidente do CIESPI/PUC-Rio) e Manoel Torquato (coordenador do Grupo de Trabalho Criança e Adolescente em Situação de Rua ) para aprofundar o conhecimento do CNAS neste tema em atividade realizada em 19/10/16. O saldo do encontro foi positivo e teve a aprovação de resolução que versa sobre a criação de abrigos específicos para crianças e adolescentes em situação de rua. Ação e mobilização em âmbito internacional Entre os dias 14 e 20 de março de 2016, meses antes dos jogos olímpicos e paraolímpicos, um momento em que o mundo todo se voltou para o Brasil, a cidade do Rio de Janeiro foi sede do Street Child Games. Nesta ocasião, 60 jovens de vários países, que conseguiram superar situações de vulnerabilidade, competiram em esportes olímpicos, celebrando o direito de todas as crianças de brincar e se expressar em um ambiente seguro. A equipe do CIESPI/PUC-Rio esteve presente na Assembleia Geral do Street Child Games, que aconteceu no dia 18/03/2016 no hotel Copacabana Palace. Esse evento foi o encerramento de um congresso de três dias onde os jovens discutiram os direitos das crianças e dos adolescentes em situação de rua e que contou a participação da coordenadora do CIESPI/PUC-Rio, Irene Rizzini em todo o processo. Essa consulta a adolescentes e jovens em situação de rua teve também o propósito de incluir suas vozes no documento Comentários Gerais das Nações Unidas (UN General Comments) com foco sobre a população infantil e adolescente em situação de rua, que será lançado em 2017.

7 Rio de Janeiro - Sede de esportes olímpicos com foco sobre a infância e a juventude. Perspectivas para 2017 A equipe do CIESPI seguirá trabalhando com esta temática com o objetivo de, através da escuta e da participação ativa de adolescentes e jovens grávidas, mães e pais que vivem em contextos de alta vulnerabilidade, pesquisa e ampla divulgação de informações e serviços destinados a esta população. Propõe, ainda, elaborar subsídios para a construção de ações propositivas que contribuam para melhor responder às suas necessidades e demandas. Equipe Coordenação Irene Rizzini Coordenação executiva Maria Cristina Bó Assistente de coordenação Claudia Mendes Pesquisa Juliana Maria Batistuta Teixeira Vale Renata Mena Brasil do Couto Consultoria internacional Malcolm Bush Designer Gabriel Leitão Projeto apoiado pela Fundação OAK