REGULAÇÃO DO SETOR DE RODOVIAS

Documentos relacionados
O Papel do TCU na segurança jurídica dos contratos de concessão

Regulação e Concorrência em Concessões Rodoviárias no Brasil. Joisa Dutra

PRESTAÇÃO DE CONTAS 2016 SENADO FEDERAL

As Agências Reguladoras: seu papel entre o cliente e o prestador dos serviços

O Papel da ANEEL no Abastecimento de Energia Elétrica

AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO ANM

Audiência Pública de Fiscalização ENERGIPE. O Papel da ANEEL. 6 de outubro de 2004 Aracaju-SE. Eduardo Ellery Diretor

Programa Paulista de Concessões. Dr. Rodrigo José Oliveira Pinto de Campos Diretor de Assuntos Institucionais da ARTESP

A ANEEL e o Marco Regulatório do Brasil. Ivan Camargo Assessor da Diretoria

A Gestão nas Agências Reguladoras Fatos e Repercussões

POLÍTICA DE REGULAÇÃO DAS EMPRESAS ELETROBRAS. Política de Regulação das Empresas Eletrobras

Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática Senado Federal

Os Contratos e o Papel do Órgão Regulador

NOVEMBRO Adalberto Santos de Vasconcelos Secretário-Executivo Adjunto do PPI (61)

A ANM E AS DEMAIS AGÊNCIAS REGULADORAS

Resolução nº 4597, de 11 de fevereiro de 2015

Regulação e Agências Reguladoras no Contexto Brasileiro. Prof. Marcos Vinicius Pó

ESTRUTURA INSTITUCIONAL ANTT MAIO/2011

A busca do equilíbrio financeiro no segmento da distribuição

Regulação dos serviços de Saneamento Básico

TEMA Nº 3: AGÊNCIAS REGULADORAS NO DIREITO BRASILEIRO

Programa de Concessões de Rodovias Federais do Brasil

Formas institucionais da regulação Instrumentos regulatórios

Lei de criação da EPL

O PAPEL DA REGULAÇÃO NA EXCELÊNCIA DA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO XV ASSEMBLEIA DA ASSEMAE

PROGRAMA DE PARCERIAS DE INVESTIMENTOS (PPI)

Marco Regulatório e Estrutura Regulatória dos Transportes Terrestres Rodoviários

Formatos institucionais das agências Agencificação no mundo e no Brasil

O Controle das Concessões - O Caso das Rodovias. Palestrante: Benjamin Zymler

Visão. Ser uma Entidade Reguladora de Referência

PPP integral Regulação e fiscalização. Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões CMCP

NOVAS CONCESSÕES E A EXPANSÃO DA MALHA RODOVIÁRIA. 8º Encontro de Logística e Transportes

III CIDESPORT CONGRESSO INTERNACIONAL DE DESEMPENHO PORTUÁRIO. Florianópolis novembro 2016

A MEDIDA PROVISÓRIA 800/2017 REPROGRAMAÇÃO DE INVESTIMENTOS EM CONCESSÕES RODOVIÁRIAS FEDERAIS

A Importância do Arco Norte na Competitividade da Exportação Agropecuária ADALBERTO TOKARSKI Diretor

Investimento Privado e Concessões Aeroportuárias

Novas Concessões e a Expansão da Malha Rodoviária. FIESP - 8º Encontro de Logística e Transporte 07/05/2013

GOVERNANÇA NO SETOR ELÉTRICO

NOVA REGULAÇÃO PARA GERENCIAMENTO DAS PERDAS DE ENERGIA. Rio de Janeiro,25 de setembro 2006

A COMPETITIVIDADE DA LOGÍSTICA BRASILEIRA PALESTRA NA ABM WEEK SÃO PAULO (04/10/2017)

NOVO MARCO REGULATÓRIO PARA FERROVIAS

Ministério dos Transportes

Plano Mestre do Porto de Santos I Seminário sobre Planejamento Portuário na Baixada Santista. Santos-SP, 28 de março de 2017

Peculiaridades do setor elétrico brasileiro

AUDITORIA DE DESEMPENHO NAS INDÚSTRIAS EXTRATIVAS

Capítulo: 3 Fundamentos do Processo Tarifário do Setor Elétrico Brasileiro

A Regulação da Mobilidade Urbana. Mobilidade Urbana Desafios e Perspectivas para as Cidades Brasileiras Rio de Janeiro, 7 de novembro de 2014

Eng. Marcos Helano Fernandes Montenegro Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal - ADASA

O Estado regulador. Prof. Marcos Vinicius Pó. Regulação e Agências Reguladoras no Contexto Brasileiro

ARSESP e a Regulação dos. março 2014

Regulação do Setor Elétrico Brasileiro Contexto e Desafios Atuais

INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA Perspectivas e Desafios

PLANO NACIONAL DE DESESTATIZAÇÃO - SUCESSOS E DESAFIOS

51º Encontro Tele.Síntese. PLC 79/2016: Criação de Valor

61 RODOVIAS CONCEDIDAS 59 CONCESSIONÁRIAS ASSOCIADAS kms DE MALHA CONCEDIDA (9,6% DO TOTAL DE RODOVIAS PAVIMENTADAS)

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

CONTROLE JUDICIAL DOS ATOS NORMATIVOS DAS AGÊNCIAS REGULADORAS. Marcos Juruena Villela Souto

Agências reguladoras no Brasil

Acompanhamento pelo TCU dos processos de concessões de infraestrutura aeroportuária

A ESTRUTURA NORMATIVA E OS PADRÕES DE AUDITORIA DA INTOSAI

Saneamento Básico. José Bonifácio de Sousa Amaral Filho Diretor de Regulação Econômico-Financeira e Mercados FGV/IBRE 29 DE JUNHO DE 2017

O Legado da Crise Hídrica

- Novo RUE: Resolução nº 671/2016 (DOU 07/11/16) Facilidade de acesso ao espectro: maior ocupação do espectro e aumento do número de prestadoras

AVANÇOS E DESAFIOS AO SETOR PORTUÁRIO BRASILEIRO. DANIEL MACIEL Secretário de Infraestrutura Portuária

Fórum de Concessões Viex Américas

DNIT INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES NO PAÍS. Valter Casimiro Silveira - Diretor Geral do DNIT Março 2018

RESOLUÇÃO ARSAE-MG 78/2016, DE 29 DE JANEIRO DE 2016.

Direito Administrativo

Ciência Regulatória: a regulação como instrumento de fomento às pesquisas de novas tecnologias em saúde. Brasília, 22/06/2016

Painel Telebrasil Novo modelo: Migração para autorizações e Novas regras para o espectro

30ª REUNIÃO PLENÁRIA. Luis Henrique Teixeira Baldez Presidente Executivo. 07/06/2016 São Paulo

Projeto de Lei das Agências Reguladoras. Mário Menel - Presidente

Auditoria Operacional Avaliação da Atuação da Anatel na Qualidade da Telefonia Móvel Visão Geral do Relatório e seus achados

Objetivo do Trabalho Apresentar a opção metodológica adotada pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal ADASA p

Especialização em Governança e Controle da Regulação em Infraestrutura

SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO SETORIAL E PROPOSTA AÇÕES

Convênio de Cooperação Técnica BID/ABES. Divulgação do Curso de Capacitação em Regulação. São Paulo, 31 de Março de 2016

Novos Negócios e Serviços na Rede de Distribuição

SISTEMA DE CUSTOS REFERENCIAIS PARA O SETOR DE SANEAMENTO

ENASE 2017 O modelo setorial, o consumidor e o futuro setor elétrico A ótica do Regulador

Para mim é sempre uma honra vir ao Congresso Nacional, lugar que frequentei durante alguns anos como senador.

PROJETO DE LEI Nº 47/2016 Poder Executivo

Agenda Regulatória. Secretário Executivo da ANS. São Paulo, 05 de novembro de Debates GVSaúde João Luis Barroca

Atribuições da ANM: Compatibilização DNPM/ANM. Victor Hugo Froner Bicca Diretor-Geral do DNPM

Modelo de Monitoramento do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC

A REGULAÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS E O APROVEITAMENTO DO BIOGÁS Estado do Rio de Janeiro. Agosto

AGÊNCIA REGULADORA DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO DAS BACIAS DOS RIOS PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍ (ARES-PCJ)

A Política das Agências Reguladoras. Pedro Ivo Sebba Ramalho

SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES

Regulação e Antitruste no Setor Portuário frente às inovações da Lei n /13 Victor Oliveira Fernandes

NOTA TÉCNICA Nº : Nº 015/2017 : : E-12/ /2017

9h00-10h00 ABERTURA. SERGIO FRANKLIN QUINTELLA - Vice-Presidente da Fundação Getulio Vargas

PROGRAMA DE INVESTIMENTO EM LOGÍSTICA PIL II 2015

Fonte de dados de Infraestrutura de Transportes. Coleta, Análise e Divulgação de Dados dos Transportes Terrestres no Âmbito da ANTT

Missão. Visão. Objetivos Estratégicos (OE)

PORTOS E LOGÍSTICA (/NOTICIAS/PORTOS-E-LOGISTICA) Terça, 20 Setembro :28

PLANO DE SANEAMENTO E ESTRATÉGIA PARA A UNIVERSALIZAÇÃO. Companhia Riograndense de Saneamento - Corsan. Junho/2017

Concessões RODOVIAS FERROVIAS PORTOS AEROPORTOS

Regulação de Serviços de Água e Esgotos. Marisa de Oliveira Guimarães ABES São Paulo

Transcrição:

REGULAÇÃO DO SETOR DE RODOVIAS PERSPECTIVAS E DESAFIOS 9º CONGRESSO DE RODOVIAS E CONCESSÕES CBR&C JOISA DUTRA BRASILIA, 14 DE SETEMBRO DE 2015

ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO Princípios da regulação do setor de rodovias Por que regular? Mecanismos regulatórios A regulação setorial vigente Dimensões da Regulação Governança Regulatória Substância Regulatória Conclusões e Questões para Debate 2

FUTUROS INVESTIMENTOS - PIL II Planos de investimento em infraestrutura logística de 2015 R$ 66,1 bilhões em investimentos em rodovias Condições para garantir atratividade de investimentos privados Oferecer adequada rentabilidade ao projeto Desafios do cenário (macro)econômico e seus impactos sobre custo de capital das empresas Garantir estabilidade, previsibilidade e cumprimento das regras que sobre ele recairão. Uma adequada Regulação Econômica contribui para incentivar e viabilizar investimentos (privados) em setores de infraestrutura 3

A REGULAÇÃO SETORIAL VIGENTE Até meados de 1990 Programa de desestatização 1994 2015 A manutenção e a construção de novos empreendimentos rodoviários no Brasil eram atividades atribuídas aos governos nas esferas federal e estadual Programa Federal de Concessão de Rodovias (Procofe) em 1994 Programas estaduais, a exemplo dos estados do Rio Grande do Sul (1995), Paraná (1997) e São Paulo (1997). Dividido em três etapas ou rodadas Seleção dos concessionários através de competição (ou leilões de concessão) pela menor tarifa básica de pedágio Contratos com prazo fixo de 20 a 30 anos, com previsão de reajuste anual de pedágio e revisão tarifária para fins de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro 4

CONCESSÕES RODOVIÁRIAS FEDERAIS Etapa do Procofe Período Trechos Km Tarifa Média Deságio Médio Concedidos Ponderada (R$) (*) 1ª Etapa 1995-2002 6 1.316 24% 10,4 2ª Etapa 2003-2010 8 3.305 43% 3,8 3ª Etapa 2011-2014 7 5.350 51% 3,5 Classificação Gestão Pública Gestão Concedida km % Total km % Total Ótimo 2.879 3,6 7.099 37,4 29,3 Bom 20.421 25,7 6.962 36,7 74,1 Regular 33.483 42,1 4.125 21,8 Ruim 16.052 20,2 70,7 657 3,5 25,9 Péssimo 6.680 8,4 117 0,6 Total 79.515 100,0 100,0 18.960 100 100,0 5

PRINCÍPIOS DA REGULAÇÃO DO SETOR DE RODOVIAS POR QUE REGULAR? Potencial expressivo de expropriação ou comportamento oportunista, inclusive de parte do governo, que acarreta renegociações dos contratos que podem ser custosas Objetivo do regulador: Criar condições e incentivos para uma adequada prestação de serviços, isto é, Buscar equilíbrio entre os objetivos de curto prazo (preços, tarifas e qualidade adequados) Assegurar retorno para os investidores compatível com os riscos enfrentados. Alocação de riscos adequada, para incentivar eficiência, sem onerar indevidamente o Concessionário 6

DIMENSÕES DA REGULAÇÃO Substância Regulatória Conjunto das regras e normas impostas aos agentes regulados Sistema de Regulação Governança Regulatória Qualidade do Processo Decisório 7

PROGRAMA INSTITUIÇÕES DO SETOR INFRAESTRUTURA (PROIF) GOVERNANÇA REGULATÓRIA PROIF DESENHO E IMPLEMENTAÇÃO POLÍTICAS PÚBLICAS GOVERNANÇA E GESTÃO DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS 9

DESIGNAÇÃO DOS DIRIGENTES DE AGÊNCIAS REGULADORAS Nomes indicados Versus Aprovação ANS ANP ANEEL ANTAQ ANATEL ANVISA ANAC ANTT ANA 0 5 10 15 20 25 30 35 Total de mansagens enviadas Aprovados 10

DESIGNAÇÃO DOS DIRIGENTES DE AGÊNCIAS REGULADORAS FEDERAIS O CASO DA ANTT 30 ANTT 25 20 15 10 5 0 Aprovados Rejeitados Mensagens retiradas pelo presidente Total de mansagens enviadas 11

ÍNDICE AGREGADO PRÉ-CONDIÇÕES PARA UMA BOA GOVERNANÇA NAS DIRETORIAS IPGD (Índice Agregado de Profissionalização Diretorias) 1 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.54 0.48 0.446 0.43 0.418 0.385 0.372 0.361 0.296 0.2 0.1 0 ANEEL ANP ANAC ANA ANS ANTAQ ANATEL ANTT ANVISA Versão 1: Formação + Despolitização 12

GOVERNANÇA REGULATÓRIA Fragilidades de governança regulatórias apontadas pelo TCU Vacância dos cargos: Documento Aponta a ANTT como agência caracterizada como uma das mais atingidas pelo processo de vacância na diretoria Nomeação de dirigentes para a autarquia pelo Poder Executivo ao invés de submissão ao Poder Legislativo compromete sua autonomia Fonte: TCU, Acórdão n o. 240 de 2015 O aprofundamento das concessões estaduais recomenda uma avaliação do processo regulatório na esfera estadual. Nesse contexto, está em curso no Centro de Regulação da FGV uma análise dos principais desafios enfrentados pelas agências reguladoras estaduais 13

A REGULAÇÃO SETORIAL VIGENTE GOVERNANÇA REGULATÓRIA Principais órgãos envolvidos na regulação de rodovias federais no Brasil Principais órgãos Ministério dos Transportes CONIT DNIT ANTT EPL TCU Resumo de sua função Papel de formulação, coordenação e supervisão das políticas nacionais de transporte; Promove a integração das políticas de transporte; Órgão executor da infraestrutura federal (não-concessionada); Órgão regulador das concessões; Atua no planejamento estratégico pela realização de estudos; Órgão externo de fiscalização e controle. Arcabouço complexo, composto por órgãos federais e estaduais, com competências sobrepostas e sem marco legal claro sobre os termos e limites dessa delegação interfederativa Este quadro está em conflito com o princípio fundamental da governança regulatória, que é a clareza na atribuição de funções 14

DIMENSÕES DA REGULAÇÃO Substância Regulatória Conjunto das regras e normas impostas aos agentes regulados Sistema de Regulação Governança Regulatória Qualidade do Processo Decisório 15

A REGULAÇÃO SETORIAL VIGENTE SUBSTÂNCIA REGULATÓRIA Atribuição de contratos de concessão Leilões de concessão Variável de lance: proposta de (menor) tarifa do pedágio Vigência de prazo fixo, de 20 a 30 anos Plano de investimentos a ser pactuado junto à agência regulador, baseado em objetivos ou resultados Coleta e uso de informações pela Agência (i) acompanhamento das obras, (ii) monitoramento dos parâmetros de qualidade, e (iii) aspectos que atestem situação econômico-financeira Coleta e avaliação realizada regularmente para efeitos de fiscalização do contrato e para revisão tarifária periódica (quinquenal), Regulação do nível de preços (tarifas) Modelo de teto, que é estabelecido pelo lance no leilão de concessão, sujeito a reajuste e revisão Revisão ordinária anual e revisão extraordinária para a recomposição do equilíbrio decorrente de eventos pré-especificados que a concessionária não é responsável (previstos em contrato) Estrutura tarifária Relacionados com os desgastes físicos que cada categoria de veículo acarreta à rodovia: tipo de veículo, número de eixos e pela característica de rodagem Qualidade do serviço adequada Incorporados aos contratos mecanismos de penalidade na forma de desconto de reequilíbrio na tarifa 16

CONCLUSÕES A análise da experiência de vinte anos de concessões é fundamental para potencializar os efeitos dos processos futuros de atribuição. Em um ambiente em que coexistem a provisão pública e privada, a regulação é um instrumento fundamental para incentivar eficiência na prestação dos serviços Pesquisas reportadas pela Confederação Nacional dos Transportes evidenciam um nível de satisfação maior com a provisão privada de infraestrutura rodoviária relativamente à prestação por empresas públicas esses dados não autorizam descuido com o processo regulatório Avaliações realizadas recentemente pelo Tribunal de Contas da União e também estudos do Centro de Regulação e Infraestrutura da FGV CERI/FGV, atestam a necessidade de aperfeiçoar o processo decisório no âmbito da ANTT. No âmbito estadual os desafios não raro ganham contornos maiores e as experiências são mais heterogêneas. É importante também avançar na modelagem da concessão, o que pode ser alcançado por mecanismos que viabilizem um compartilhamento adequado dos riscos entre concessionário e poder público. 17

QUESTÕES PARA DEBATE (1/2) Autonomia Financeira A Agência enfrenta dificuldades em consequência de contingenciamento (expressivo) dos recursos da agência pela administração direta? Autonomia Decisória A Agência sofre intervenção política ou ingerência no processo de tomada de decisões da agência? Como essa interferência se manifesta? Transparência e Participação Qual é a percepção no âmbito da agência da capacidade de promover equilíbrio na participação de usuários e concessionários no processo decisório? Na sua visão da agência, segmentos da sociedade civil relevantes para o processo conseguem perceber seu papel e sua contribuição para uma adequada prestação dos serviços? 18

QUESTÕES PARA DEBATE (2/2) Tomada de Decisão e Recursos à Disposição do Regulador O quadro de servidores técnicos e concursados na agência é adequado para o exercício de suas competências? Qual é a efetiva capacidade do órgão regulador de dar cumprimento a suas decisões? A Agência enfrenta elevado nível de judicialização de suas decisões? São frequentes as renegociações de contratos? Com que frequência são elas iniciadas por pleito do concessionário? 19

Obrigada! Contato: Joisa.dutra@fgv.br 20