PLANO DE TRABALHO 2017

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Transcrição:

PLANO DE TRABALHO 2017 Aprovado pelo Conselho Deliberativo na sua 207ª reunião, em 14/12/2016.

APRESENTAÇÃO O objetivo deste documento é apresentar as ações e as atividades da Fundação de Seguridade Social - Ceres, durante o ano de 2017, em cumprimento à missão institucional de assegurar proteção previdenciária aos participantes e seus beneficiários. Consoante o disposto no Art. 57 do Estatuto da Fundação, a Diretoria Executiva deve submeter, ao Conselho Deliberativo, proposta do Plano de Trabalho (PAT) para o ano subsequente. Neste documento estão apresentadas as diretrizes do planejamento estratégico, as premissas a serem adotadas na gestão previdencial e dos investimentos e a proposta de gestão orçamentária para o ano de 2017. Para elaboração deste plano foram considerados importantes cenários e desafios para o futuro. Em termos de seguridade, o principal desafio é o aumento da expectativa de vida dos participantes e assistidos dos planos de benefícios, com fortes reflexos no passivo previdencial, em especial nos planos de Benefício Definido (BD). Nesse sentido para a sustentabilidade dos planos é importante explicitar as estratégias para manter o pagamento de aposentadorias e pensões em espaços cada vez maiores. Em termos de investimentos dos recursos garantidores dos planos, busca-se retornos compatíveis com os compromissos assumidos, compatibilizando-se as necessidades de rentabilidade e o fluxo financeiro com a distribuição temporal dos pagamentos dos benefícios previdenciários. Com investimentos em negócios sustentáveis e rentáveis, cujos ativos se perpetuem por longos períodos, visando um ajustamento equilibrado e realista entre necessidades atuariais e disponibilidades financeiras. O documento está estruturado em quatro capítulos, divididos em Planejamento Estratégico; Gestão Previdencial; Gestão dos Investimentos; e Gestão Orçamentária, além dos anexos, ações e metas previstas para 2017; e Orçamento Previdencial discriminado por Plano de Benefícios. No capítulo referente ao Planejamento Estratégico estão contextualizados as estratégias e ações propostas, detalhando-se aquelas a serem implementadas no ano de 2017 com foco em sustentabilidade institucional. No capítulo da Gestão Previdencial encontram-se as ações e premissas consideradas nas projeções sobre as receitas e as despesas previdenciárias. No capítulo sobre Gestão dos Investimentos estão sintetizadas as ações e os resultados esperados ao final de 2017, conforme a Política de Investimentos vigente para o exercício. Em função das suas especificidades, o texto completo do referido documento será apresentado ao Conselho Deliberativo a parte.

No capítulo de Gestão Orçamentária são apresentadas as ações administrativas que serão desenvolvidas em 2017 para cada plano de benefícios, com vistas a garantir o cumprimento dos compromissos estabelecidos tanto no Programa Previdencial, como na Política de Investimentos, incluindo-se as rotinas de gestão, a melhoria dos controles internos e gestão dos riscos, a capacitação dos dirigentes e empregados e as ações estratégicas que visam aprimorar as atividades programadas. As projeções referentes às receitas e despesas previdenciais, as fontes de financiamento e a alocação dos benefícios previdenciários foram efetuadas considerando os atuais planos de benefícios administrados pela Ceres. É oportuno esclarecer que o Plano de Trabalho é organizado considerando-se os diferentes planos de benefícios e as alterações advindas do Plano de Gestão Administrativa (PGA), definido na Resolução CGPC nº 29/2009. Para o ano de 2017, serão considerados 17 (dezessete) planos de benefícios.

SUMÁRIO 1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO... 1 2. GESTÃO PREVIDENCIAL... 6 2.1 PREMISSAS E CRITÉRIOS... 6 2.2 PREVISÃO DE APOSENTADORIAS... 7 2.3 FONTE DE RECEITAS... 7 2.3.1 FONTE DE RECEITA DOS ASSISTIDOS... 7 2.3.2 FONTE DE RECEITA DOS PARTICIPANTES... 8 2.3.3 FONTE DE RECEITA DOS PATROCINADORES... 9 3. GESTÃO DOS INVESTIMENTOS... 10 3.1 PROJEÇÕES DE RESULTADOS PARA 2017... 10 4. GESTÃO ORÇAMENTÁRIA... 13 4.1 ORÇAMENTO ADMINISTRATIVO... 13 4.1.1 VARIAÇÃO PERCENTUAL DOS VALORES ORÇAMENTÁRIOS ENTRE 2016 E 2017, POR GRUPO DE DESPESA... 14 4.1.2 ORÇAMENTO DA DESPESA ADMINISTRATIVA DOS PROGRAMAS PREVIDENCIAL E INVESTIMENTOS... 16 4.2 ORÇAMENTO PREVIDENCIAL... 18 4.2.1 RECEITAS PREVIDENCIAIS... 18 4.2.2 DESPESAS PREVIDENCIAIS... 19 4.3 ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS... 22 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 24 6. ANEXO 1 AÇÕES E METAS PREVISTAS PARA 2017... 26 7. ANEXO 2 ORÇAMENTO PREVIDENCIAL DISCRIMINADO POR PLANO DE BENEFÍCIO... 29

1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Na concepção deste plano anual de trabalho, foi considerado o referencial estabelecido no planejamento estratégico da Ceres e o cenário futuro da Previdência Social e da economia, bem como os objetivos de perenidade institucional e de sustentabilidade dos planos de benefícios administrados pela Ceres. Destaca-se neste contexto o esforço na busca de eficiência administrativa, mediante processo de Governança Corporativa e Gestão Baseada em Riscos. Na elaboração deste plano foram levados em consideração o cenário previdenciário, as tendências regulatórias da Previdência Complementar e o ambiente socioeconômico do País, bem como, as expectativas dos patrocinadores, das associações de participantes e de aposentados, dos sindicatos, dos órgãos reguladores e, ainda, as orientações dos Conselhos, Deliberativo e Fiscal. A primeira etapa do processo de planejamento refere-se ao pensamento estratégico e busca a definição da missão, visão e valores: Missão: Assegurar proteção previdenciária aos participantes e as suas famílias com qualidade, ética e transparência. Visão: Tornar-nos referência no segmento de Previdência Complementar Fechada. Valores: Ética, Comprometimento, Espírito de equipe, Empreendedorismo, Transparência e Profissionalismo. Para elaboração do Plano de Trabalho de 2017 foram mantidos os desafios apontados em 2016 e acrescentados outros, conforme citados a seguir: Longevidade crescente dos participantes; Educação Financeira e Previdenciária; Taxa de juro real; Solvência dos planos de benefícios; Baixo nível de crescimento da previdência complementar fechada; Segurança jurídica e judicialização; e Tecnologia da informação. Nesse contexto de desafios e perspectivas esse PAT 2017 foi elaborado buscando-se definir os indicadores de nível estratégico para o acompanhamento da gestão da Ceres de forma global. Os principais documentos orientadores foram: Manual de Governança Corporativa da Ceres; Política de Seguridade; e Política de Investimentos. 1

Neste PAT foram considerados os objetivos e metas voltados para o alcance da missão, a continuidade das ações iniciadas em 2016 e novas iniciativas previstas para 2017, conforme apresentado nos Quadros de 1 a 5. Quadro 1: Objetivo Estratégico - Manter o crescimento institucional Objetivo Estratégico Indicador Quando Medir Como Medir Meta Responsável Manter o crescimento institucional Índice de execução de ações estratégicas Semestral Ações estratégicas realizadas / Total de ações estratégicas previstas para o período X 100 Realização de 100% das ações das ações propostas para o ano de 2017 Diretoria Executiva e Equipe Fonte: Ceres Sexec, 2016. Principais iniciativas: Estabelecer novas estratégias para a adesão dos empregados não participantes dos planos de benefícios; Fortalecer a relação institucional com as patrocinadoras; Fortalecer a comunicação institucional; Promover a educação previdência e financeira dos participantes e assistidos; e Realizar estudos para avaliar a viabilidade de implementação de plano de benefícios instituído e/ou setorial. Quadro 2: Objetivo Estratégico - Assegurar sustentabilidade dos planos de benefícios Objetivo Estratégico Indicador Quando Medir Assegurar sustentabilidade dos planos de benefícios Índice de Solvência Trimestral Como Medir Equilíbrio Técnico Ajustado / Provisões Matemáticas + 1 Meta Responsável Obter índice de solvência de 100%, por plano de benefícios Diretoria Executiva e Equipe Fonte: Ceres Sexec, 2016. 2

Principais iniciativas: Promover a alteração dos regulamentos dos planos de benefícios, quando necessário; Otimizar a aplicação dos recursos tendo como referência os compromissos previdenciários; e Aplicar os recursos garantidores dos planos de benefícios de modo a obter, no mínimo, a rentabilidade equivalente à meta atuarial e ao índice de referência. Quadro 3: Objetivo Estratégico - Ter excelência da gestão Objetivo Estratégico Indicador Quando Medir Ter excelência da gestão Índice de execução das ações Semestral Como Medir Ações realizadas / Total de ações previstas para o período X 100 Meta Responsável Realização de 100% das ações das ações propostas para o ano de 2017 Diretoria Executiva e Equipe Fonte: Ceres Sexec, 2016. Principais iniciativas: Intensificar as parcerias estratégicas com as patrocinadoras; Fortalecer a comunicação interna e externa; Dar transparência sobre a gestão institucional, por meio de comunicação tempestiva e compreensível; Aprimorar e automatizar os processos de trabalho; Aperfeiçoar os mecanismos de controle internos e gestão de riscos; Aprimorar os instrumentos de avaliação das ações da Ceres; Promover uma adequada gestão de pessoas, com ênfase na produtividade, meritocracia e qualidade de vida; e Otimizar e racionalizar os custos de administração dos planos. 3

Quadro 4: Objetivo Estratégico - Aprimorar a satisfação dos participantes e assistidos Objetivo Estratégico Indicador Quando Medir Como Medir Meta Responsável Aprimorar a satisfação dos participantes e assistidos Índice de satisfação dos participantes e assistidos Bienal % de aprovação de pesquisa específica Manter o nível, acima de 85%, de satisfação dos participantes e assistidos Diretoria Executiva e Equipe Fonte: Ceres Sexec, 2016. Principais iniciativas: Realizar a pesquisa de satisfação junto aos participantes e assistidos; Divulgar informações objetivas, claras e oportunas; e Aprimorar a comunicação de modo a estimular a integração entre a Fundação e seus públicos interno e externo. Quadro 5: Objetivo Estratégico - Aumentar a eficiência institucional Objetivo Estratégico Indicador Quando Medir Aumentar a eficiência institucional Índice de mitigação de riscos Semestral Como Medir Planos de ação implementados/ Planos de ação previstos X 100 Meta Responsável Implementar 100% dos planos de ação previstos Diretoria Executiva e Equipe Fonte: Ceres Sexec, 2016. Principais iniciativas: Melhorar eficiência operacional, por meio da racionalização da estrutura, rotinas, métodos e processos de trabalho, além da utilização de recursos computacionais; Promover a gestão baseada em riscos; Aperfeiçoar qualitativamente o quadro de pessoal da Ceres; Acompanhar o andamento dos planos de ação dos projetos de melhoria, aferindo o cumprimento das metas estabelecidas. 4

A implementação das iniciativas previstas neste Plano envolverá toda a equipe da Fundação e contará com a interação entre os níveis hierárquicos de cada gerência. Desta forma, busca-se assegurar que os esforços de todos os níveis da Ceres estejam alinhados. Nesse sentido, o envolvimento do quadro de empregados, fator que revela o comprometimento e o engajamento para o alcance dos resultados esperados, vem fortalecer o entendimento que estamos no caminho correto, no propósito de dar uma resposta satisfatória aos patrocinadores, participantes e assistidos. No entanto, é válido e oportuno mais uma vez ressaltar a natureza flexível do Plano em pauta, o qual pode e deve ser revisto para ajustar-se às mudanças do ambiente no qual estamos inseridos e, assim, garantir maior efetividade nas ações. No Anexo 1, estão apresentadas as ações e respectivas metas, relacionadas com os objetivos estratégicos. 5

2. GESTÃO PREVIDENCIAL As ações desenvolvidas pela Ceres referentes à gestão previdencial são orientadas pelas estratégias organizacionais e pelo Comitê de Seguridade. Além de assegurar que as hipóteses adotadas nos estudos atuariais estejam aderentes ao perfil da massa de participantes e assistidos, existe a preocupação com a qualidade na prestação dos serviços e na adequação dos produtos. O acompanhamento permanente da consistência da base de dados compreende um esforço que demonstra o compromisso com a excelência da gestão. Os resultados esperados para 2017 estão apresentados no item Orçamento deste Plano de Trabalho. 2.1 PREMISSAS E CRITÉRIOS As projeções de receitas e despesas previdenciais foram realizadas com base nos critérios econômicos vigentes na época da elaboração do orçamento de 2017. a) Cadastro e Balancete: o cadastro utilizado nas projeções foi o de agosto/2016 e o Balancete foi o de setembro/2016; b) Inflação: o INPC foi estimado em 7,64% para 2016 e 4,96% para 2017; c) Reajuste salarial: os reajustes salariais apresentados no Quadro 1 foram utilizados nas projeções salariais. Os dados do Quadro 6 foram obtidos com base nas estimativas do INPC para 2016 e 2017 e nos períodos aquisitivos de cada data-base. Quadro 6: Reajuste Salarial Patrocinadoras Patrocinador mai/16 dez/16 mai/17 dez/17 Embrapa 8,28% 5,61% Ceres 8,11% 5,02% Epagri 9,83% 5,61% Emater - MG 9,83% 5,61% Epamig 5,61% Cidasc 9,83% 5,61% ABDI 5,61% Emater - DF 9,83% 5,61%. d) Reajuste dos benefícios: 6,94% para janeiro/2017 e 6,47% para fevereiro/2017, com base na previsão do INPC; e) Aposentáveis: foi utilizada as previsões de aposentadorias programadas, sendo que para os iminentes atuais, até dezembro de 2016, considerou-se que 50% iriam se aposentar em 2017, e os participantes que vão estar 6

elegíveis à aposentadoria programada em 2017, 50% também vão se aposentar em 2017; f) Sinistros: A probabilidade de ocorrência de invalidez e morte dos segurados está refletida nos valores das contribuições e dos benefícios estimados para ano de 2017. 2.2 PREVISÃO DE APOSENTADORIAS A previsão das aposentadorias programadas para 2017 estão apresentadas no Quadro 7. Nesta estatística não estão incluídas eventuais antecipações de aposentadoria. Quadro 7: Previsão de Aposentadorias Programadas Aposentadoria Embrapa Ceres Epagri Emater MG Epamig Total Iminente 1.132 5 71 254 166 1.628 Não Iminente 201 1 49 39 18 308 Total 1.333 6 120 293 184 1.936 Fonte: Ceres Gerat, 2016. Estão previstas 1.936 aposentadorias para 2017. Destas, 84% são de participantes iminentes, que cumpriram ou terão cumprido com os requisitos de idade e tempo de contribuição para obterem a suplementação de aposentadoria até 31/12/2016, e 16% que irão cumpri-los durante o ano de 2017. No entanto, para fins de valores orçados, consideraram-se as estimativas de probabilidade de aposentadoria previstas na alínea e do item 2.1. 2.3 FONTE DE RECEITAS As receitas correspondem às contribuições e joias dos participantes, assistidos e patrocinadores. 2.3.1 FONTE DE RECEITA DOS ASSISTIDOS A receita dos assistidos foi calculada com base nos percentuais de contribuição apresentados no Quadro 8, a seguir. 7

Quadro 8: Taxas de Contribuição dos Assistidos Patrocinadora Plano Concessão até 12/2002 Concessão após 12/2002 Com Abono Sem Abono Independe de Abono Embrapa Básico 8,28% 0,28% 8,28% FlexCeres - - 0,576% Embrater Básico 8,00% - 8,00% Ceres Epagri Emater MG Epamig Básico 8,00% - 8,00% FlexCeres - - 0,50% Básico 8,42% 0,42% 8,42% Saldado - - 8,00% FlexCeres - - 0,582% Básico 8,35% 0,35% 8,35% Saldado - - 8,00% FlexCeres - - 0,234% Básico 8,39% 0,39% 8,39% Saldado - - 8,00% FlexCeres - - 0,386% Cidasc FlexCeres - - 0,950% ABDI FlexCeres - - 0,478% Emater DF FlexCeres - - 0,432% Fonte: Ceres Gerat, 2016. 2.3.2 FONTE DE RECEITA DOS PARTICIPANTES Para o Plano Básico da Embrapa a receita dos participantes corresponde à contribuição calculada a partir de percentuais incidentes sobre bases distintas, de forma cumulativa (Quadro 9): a) Um percentual relativo à idade do participante na data da sua inscrição no plano, incidente sobre o salário-de-participação percentual geral (PG) mais; b) Um percentual fixo sobre o excedente positivo do salário-de-participação em relação à metade do teto de benefício do INSS percentual adicional (1º PA) e mais; c) Um percentual fixo sobre o excedente positivo do salário-de-participação em relação ao teto de benefício do INSS percentual adicional (2º PA). Quadro 9: Taxas de Contribuição dos Participantes Plano Embrapa Básico Percentual Geral (PG) Fonte: Ceres Gerat, 2016. 1º Percentual Adicional (PA) 2º Percentual Adicional (PA) 2,18% a 4,378% 2,91% 15,82% 8

Para os planos FlexCeres, as contribuições foram calculadas a partir de percentual escolhido pelo participante. 2.3.3 FONTE DE RECEITA DOS PATROCINADORES A contribuição patronal é calculada com base nas taxas de contribuição apresentadas no Quadro 10. No caso dos planos FlexCeres, a contribuição patronal é igual à contribuição normal escolhida pelos participantes. Quadro 10: Taxas de Contribuição dos Patrocinadores Plano Taxa Embrapa Básico 21,27% Embrapa FlexCeres 6,869% Ceres FlexCeres 4,782% Epagri FlexCeres 5,634% Emater MG FlexCeres 5,041% Epamig FlexCeres 4,213% Cidasc FlexCeres 6,039% ABDI FlexCeres 6,865% Emater DF FlexCeres 7,878% Fonte: Ceres Gerat, 2016. No caso específico dos planos básicos e saldados da Ceres, Epagri e Emater/MG e do plano básico da Epamig existe a previsão de pagamento de contribuição por parte do patrocinador, com base em Contrato. Para o plano saldado da Epamig existe a previsão de pagamento da parcela referente ao patrocinador baseado no Regulamento e respectivo plano de custeio. O pagamento mensal para 2017 foi estimado por meio de cálculo de uma prestação linear, tomando como base o método da Tabela Price e o saldo devedor registrado no Balancete de setembro de 2016, mas a prestação que será efetivamente cobrada, após aprovação do Conselho Deliberativo em reunião prevista para março de 2017, será aquela calculada com base no saldo do encerramento do exercício em dezembro de 2016. 9

3. GESTÃO DOS INVESTIMENTOS A Política de Investimentos é planejada com base em uma visão de curto, médio e longo prazos e cenários de referências, básico, otimista e pessimista, feitos por empresas terceirizadas qualificadas, de tal modo que eventuais choques na economia possam ser contemplados em cenários alternativos de stress. Pode ser alterada em função de mudanças no cenário macroeconômico e não incide sobre exercícios anteriores, tampouco sobre ativos adquiridos antes de sua vigência. Na sua execução procura-se compatibilizar as necessidades de rentabilidade e fluxo financeiro com a distribuição temporal dos fluxos de pagamento dos benefícios previdenciários, com investimentos em negócios sustentáveis e rentáveis cujos ativos se perpetuem por longos períodos, visando um ajustamento equilibrado e realista entre necessidades atuariais e disponibilidades financeiras. A base legal para a sua formulação é a Resolução CMN nº 3.792/2009 e suas atualizações, que dispõe sobre as diretrizes de aplicação dos recursos garantidores dos planos administrados por Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC). É elaborada anualmente, discutida nos Comitês Consultivos de Planos das Entidades patrocinadoras e aprovada no Comitê de Investimentos (CI). Após discussão e aprovação pela Diretoria Executiva, é apresentada, discutida e aprovada pelo Conselho Deliberativo. A Política é consistente com o conceito do homem prudente, com investimentos diversificados, com limites máximos e mínimos claramente definidos para cada segmento e cada modalidade de investimento, mais restritivos do que a legislação pertinente, com estratégias de alocação específicas para cada conjunto de planos de benefícios. Os administradores zelam por elevados padrões éticos, exercem suas funções com boa fé, lealdade e diligência e adotam práticas de gestão com base nos princípios de segurança, rentabilidade, solvência, liquidez e transparência, visando garantir o cumprimento do seu dever fiduciário em relação aos participantes dos planos de benefícios. Apresentam-se, a seguir, os resultados esperados ao final de 2017 sintetizando as premissas consideradas na projeção dos ativos e evidenciando os resultados por plano de benefícios. 3.1 PROJEÇÕES DE RESULTADOS PARA 2017 A projeção dos ativos dos planos de administrados para o final de 2017 tem por objetivo apresentar a evolução dos saldos das aplicações financeiras desses planos em seus diversos segmentos e sinalizar os resultados esperados para o crescimento e a 10

rentabilidade com base nas premissas do cenário básico e nos orçamentos previdencial e administrativo. Partindo dos valores realizados em agosto de 2016, foram aplicadas as premissas para a evolução dos ativos até dezembro de 2016. Posteriormente, sobre o ativo projetado para dezembro de 2016 foram aplicadas as premissas para o ano de 2017 referentes às expectativas de rentabilidade dos segmentos de aplicação e ao orçamento previdenciário e administrativo. No cenário básico para 2017, as premissas para os diversos segmentos que compõem a carteira de ativos foram as seguintes: a) Renda Fixa: rentabilidade anual ponderada pelos resultados estimados para a carteira própria e para os fundos exclusivos Eros e Tranquilidade, a saber: Fundo Exclusivo Eros: 11,71%; Fundo Exclusivo Tranquilidade: 12,26%; e Carteira Própria: 13,86%. Ao considerar a saída de recursos decorrente das despesas administrativas e da diferença entre receitas e despesas previdenciais, pagamento de tributos e a transferência de recursos entre segmentos, notadamente aqueles para integralizar cotas de fundos no segmento de Investimentos Estruturados, o crescimento do saldo da Renda Fixa será de 11,32% em 2017. b) Renda Variável: expectativa de retorno anual de 13,93%, resultante de uma valorização de 14,81% do IBrX 100 para 94% do segmento e, conservadoramente, da manutenção dos saldos aplicados nos fundos de investimentos em ações fechados, que representam 6% do segmento. Devido ao perfil de suas carteiras, há uma menor correlação desses fundos com o IBrX 100, o que justifica a projeção conservadora. c) Investimentos Estruturados: Investimentos em FIP e FMIEE (em período de investimentos): Tendo em vista que não se espera o desinvestimento desses fundos no decorrer de 2017, foi considerada uma desvalorização do saldo investido a uma taxa anual de 1,89%. Esta taxa corresponde à média das taxas de administração praticadas pelos FIP e FMIEE que fazem parte da carteira da Ceres. No decorrer de 2017 estima-se um aporte de R$ 3 milhões para atender a parcela remanescente dos compromissos de integralizações, os quais serão transferidos do segmento da Renda Fixa. Fundos Imobiliários: A expectativa de rentabilidade está atrelada ao fluxo de recebimento de rendimentos estimados. Para o fundo Água Branca, Hermes e Claritas Logística I, os rendimentos esperados para 2017 foram calculados com base 11

na média dos valores recebidos entre janeiro e agosto de 2016. Para o FII RB Capital Residencial II, a expectativa é de amortização de grande parcela de suas cotas, tendo em vista o seu vencimento esperado para 2017, podendo estender-se para 2018, em função do cenário econômico. d) Imóveis: projeção baseada na estimativa do fluxo de entrada de recursos, composto pelas receitas de aluguéis e participação em shoppings realizadas até o mês de agosto de 2016. Os valores de recebimento previstos em 2017 contemplam: Média das receitas mensais de participação em shoppings auferidas entre janeiro e agosto de 2016; Manutenção do valor referente às receitas mensais de aluguéis auferidas até agosto de 2016, repetindo os valores para 2017 e considerando o reajuste contratual. No mês do reajuste contratual, as receitas de aluguéis são corrigidas considerando as cláusulas contratuais e os valores corrigidos são mantidos para os meses remanescentes de 2017. A projeção do saldo do segmento para o final de 2017 reflete uma TIR esperada de 5,96% ao ano. Ao contemplar no cálculo da TIR, a situação hipotética do reinvestimento das receitas que são direcionadas para o segmento da renda fixa, a rentabilidade do segmento seria de 9,24% em 2017. e) Operações com Participantes Empréstimo Simples: A projeção reflete uma rentabilidade de 15,39% em 2017, reflexo da aplicação de juros de 1,2% ao mês sobre o saldo dos empréstimos. Financiamento Imobiliário: A projeção da rentabilidade para a carteira foi estabelecida em 13,76% ao ano, refletindo da evolução do saldo devedor, a qual considera uma ponderação das expectativas de retorno diferenciada por tipo de contratos. A ponderação dos retornos corresponde à variação do INPC acrescido de uma taxa de juro anual de 8% para 46% da carteira, variação do IGP- DI acrescido de uma taxa de juro anual de 8% para 44% da carteira e variação salarial para 10% da carteira. A partir da definição do cenário e das expectativas de retorno, os ativos foram projetados por segmento de aplicação e as receitas esperadas desses investimentos estão apresentados no Capítulo 4, especificamente no item relacionado ao Orçamento de Investimentos. 12

4. GESTÃO ORÇAMENTÁRIA Neste capítulo estão apresentadas as informações sobre os orçamentos administrativo, previdencial e de investimentos para o ano de 2017. 4.1 ORÇAMENTO ADMINISTRATIVO A proposta orçamentária da Ceres é construída com base no Regulamento do Plano de Gestão Administrativa - PGA e observando as diretrizes estabelecidas na Resolução CGPC Nº. 29/2009. O custeio administrativo, necessário para cobertura das despesas previdenciais, será equivalente à despesa administrativa orçada. A despesa administrativa, de 2017, está orçada em R$ 28,71 milhões, representando um acréscimo nominal de 14,80% em relação ao valor de 2016. As bases e premissas adotadas para a construção da proposta orçamentária de 2017 estão fundamentadas nos seguintes fatores: 1) Avaliação do comportamento orçamentário, no decorrer de 2016, dos itens que compõem a despesa administrativa, especialmente serviços de terceiros, mediante a incorporando da variação do INPC sobre os contratos indexados, o que ocorre na quase totalidade. 2) Custeio dos ações e projetos estratégicos, a exemplo do fortalecimento da Comunicação Institucional. 3) Implantação de nova solução integrada de sistemas corporativos ERP (Serel). 4) Previsão de pagamento de honorários advocatícios, relativo à defesa da Ceres referente ao reajuste de benefícios de 1994. 5) Apropriação do impacto decorrente do Acordo Coletivo de Trabalho sobre a folha de salários e encargos. Também está sendo considerada a manutenção da Política de Gestão de Pessoas que tem por objetivo melhor qualificar o quadro de pessoal e de proporcionar salários mais ajustados ao mercado de previdência privada, evitando a perda de empregados, situação que vinha sendo recorrente, mas que, neste momento, acha-se minimizada. No Quadro 11 são apresentados, por grupos de despesa, os valores do orçamento administrativo do ano de 2016 e a proposta para 2017. 13

Quadro 11: Despesa Administrativa Autorizada (2016) e a Proposta Orçamentária para 2017 Detalhamento 2016 2017 Variação Relativa (%) R$ 1,00 Média Ponderada Pessoal - Salários, Encargos e Benefícios 17.185.397 19.278.126 12,18% 8,37% Serviços de Terceiros 3.698.750 4.448.097 20,26% 3,00% Despesas Gerais 2.146.461 2.769.735 29,04% 2,49% Despesas Tributárias - PIS, COFINS e TAFIC 1.716.618 1.986.438 15,72% 1,08% Depreciação/Amortizações 258.741 225.666-12,78% -0,13% Total 25.005.967 28.708.063 14,80% Fonte: Ceres Gerad, 2016. 4.1.1 VARIAÇÃO PERCENTUAL DOS VALORES ORÇAMENTÁRIOS ENTRE 2016 E 2017, POR GRUPO DE DESPESA As principais variações relativas ao orçamento administrativo para 2017, conforme os grupos de despesa, estão detalhadas adiante. 1) Pessoal Salários, Encargos, Benefícios: incremento de 12,18%, que corresponde a um aumento de R$ 2,09 milhões. O valor total proposto neste grupo de despesa para 2017 é de R$ 19,30 milhões. O aumento corresponde, basicamente à variação do INPC, ao crescimento vegetativo da folha de pagamento dos empregados e ao incremento relativo ao plano de saúde, devido ao reajuste contratual muito acima da inflação. 2) Serviços de Terceiros: a evolução desta despesa é de 20,26%, que corresponde a R$ 749 mil. O valor total anual deste grupo é de R$ 4,44 milhões. O aumento decorre do reajustamento de contratos e da inclusão dos projetos estratégicos, a exemplo da implantação de nova solução integrada de sistemas corporativos ERP (Serel), assim como da previsão de pagamento de honorários advocatícios, sobretudo relativo à defesa da Ceres referente ao reajuste de benefícios de 1994. 3) Despesas Gerais: neste grupo o acréscimo foi de 29%. O valor total anual do grupo é de R$ 2,77 milhões. A variação baseia-se no aumento, acima da inflação, de despesas a exemplo de água, luz, correspondências (ECT), publicação e divulgação (projeto de fortalecimento da Comunicação Institucional) e pagamento de tarifas relacionadas às consignações realizadas no sistema SIAPE, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 4) Depreciações e Amortizações: o valor deste grupo de despesa é de R$ 225 mil, com redução de 12,78%, em relação ao último ano. 14

5) PIS/COFINS/TAFIC: incremento é de 15,72% para fazer face a estes tributos, que correspondem a um acréscimo de R$ 269 mil. O valor total anual deste grupo é de R$ 1,98 milhão. Pelo critério previsto no Regulamento do Plano de Gestão Administrativa (PGA), obedecendo à Lei Complementar Nº 108/2001 e à Resolução CGPC Nº 29/2009, o limite anual de recursos destinados pelos planos de benefícios, para a cobertura das despesas administrativas da Ceres, observado o custeio pelo patrocinador, participantes e assistidos, será com base na Taxa de Administração, cujo teto corresponde ao percentual de 1% calculado sobre o montante dos recursos garantidores dos planos de benefícios. Com base nos valores projetados para os recursos garantidores dos planos de benefícios para 2017, que somam R$ 6,455 bilhões, o teto legal para a despesa administrativa da Ceres é de R$ 64,55 milhões. O valor do orçamento ora proposto, de R$ 28,70 milhões, corresponde a uma 0,44%, equivalente a 44% do teto determinado pela legislação. Esse valor representa uma redução de 0,02% da taxa de administração, em relação à taxa aprovada pelo Conselho Deliberativo para 2016, que foi de 0,46%. A legislação prevê, além da Taxa de Administração, um segundo parâmetro de referência que poderia ser estabelecido para limite da cobertura das despesas administrativas. Trata-se da Taxa de Carregamento, que corresponde ao valor resultante da aplicação do percentual de 9% sobre a soma das receitas e das despesas previdenciais projetadas para o ano de referência. Considerando que para o pagamento dos benefícios e da receita previdencial projetados para 2017 (fluxo previdencial), que somam R$ 699,7 milhões, o teto legal para a despesa administrativa da Ceres é de R$ 62,98 milhões. A apuração das Taxas de Administração e de Carregamento estão demonstradas no Quadro 12. Quadro 12:Taxa de Administração e de Carregamento Detalhamento 2016 2017 Variação % a) Despesa Administrativa Total 25.005.961 28.708.063 14,80% b) Recursos Garantidores dos Planos de Benefícios (Projetado) 5.436.078.478 6.455.189.160 18,75% c) Fluxo Previdencial (Receitas e Despesas Previdenciais) 631.061.520 699.750.590 10,88% Taxa de Administração (a) / (b) 0,46% 0,44% -3,32% Taxa de Carregamento (a) / (c) 3,96% 4,10% 3,54% Fonte: Ceres Gerad, 2016. 15

4.1.2 ORÇAMENTO DA DESPESA ADMINISTRATIVA DOS PROGRAMAS PREVIDENCIAL E INVESTIMENTOS O orçamento administrativo destina-se a suprir as necessidades operacionais da Ceres. Está dividido entre os programas de Gestão Administrativa Previdencial e de Investimento e mais os custos com os tributos PIS/COFINS/TAFIC. A distribuição da despesa está detalhada no Quadro 13, a seguir. Quadro 13: Distribuição da Despesa Total entre os Programas Previdencial e Investimentos para 2015 e 2016 e respectivas Fontes de Custeio R$ 1,00 Detalhamento 2016 2017 Variação % Despesa Administrativa do Programa Previdencial a) Despesa Administrativa do Programa Previdencial 12.950.590 14.867.906 14,80% b) Receita Previdencial 307.030.760 332.680.826 8,35% Taxa da Despesa Administrativa Previdencial (a) / (b) 4,22% 4,47% 5,95% Despesa Administrativa do Programa Investimentos c) Despesa Administrativa do Programa Investimentos 12.055.371 13.840.157 14,80% d) Receita de Investimentos 589.900.553 619.374.425 5,00% Taxa da Despesa Administrativa Investimentos (c) / (d) 2,04% 2,23% 9,34% Despesa Administrativa Total 25.005.961 28.708.063 14,80% Fonte: Ceres Gerad, 2016. No Quadro 14 é apresentada a distribuição da despesa administrativa de 2017 por plano e patrocinador. 16

Quadro 14: Distribuição da Despesa Administrativa de 2017, por Plano e Patrocinador Patrocinadora Embrapa Plano Despesa Administrativa Previdencial Despesa Administrativa de Investimentos % R$ % R$ Básico 40,94% 6.086.459 65,22% 9.026.834 FlexCeres 23,98% 3.565.393 10,08% 1.394.808 Embrater Básico 0,34% 51.060 0,00% 0 Ceres Básico 0,27% 39.890 0,36% 49.879 FlexCeres 0,19% 28.721 0,13% 18.532 Básico 2,31% 343.854 1,75% 242.101 Epagri Saldado 5,49% 816.953 8,36% 1.157.392 FlexCeres 5,34% 794.614 3,30% 456.672 Básico 3,04% 451.558 2,76% 381.873 Emater MG Saldado 8,05% 1.197.506 3,43% 475.355 FlexCeres 1,73% 256.893 2,14% 296.615 Básico 1,10% 163.550 0,24% 33.789 Epamig Saldado 3,02% 449.165 1,24% 171.553 FlexCeres 0,77% 114.086 0,50% 69.564 Cidasc FlexCeres 1,88% 280.030 0,22% 30.693 ABDI FlexCeres 0,45% 66.218 0,13% 17.361 Emater DF FlexCeres 1,09% 161.955 0,12% 17.138 Total 100,00% 14.867.906 100,00% 13.840.157 Fonte: Ceres Gerat, 2016. A despesa administrativa previdencial foi rateada por plano com base na proporção do número total de participantes e assistidos. Para fins desse rateio, foram computados nos planos FlexCeres somente os participantes, que não fazem parte dos planos saldados. Com relação a despesa administrativa de investimentos, o rateio por plano tem como base, a proporção dos investimentos dos planos. O custeio para cobertura das despesas administrativas totais transferido dos planos de benefícios para o plano de gestão administrativa, até o dia 10 do mês de 17

referência, é apurado na mesma proporção e corresponde ao montante das despesas administrativas orçadas. 4.2 ORÇAMENTO PREVIDENCIAL O orçamento previdencial é formado pelas receitas previdenciais, isto é, aquelas provenientes das contribuições dos participantes, assistidos e dos patrocinadores, bem como pelas despesas previdenciais, correspondentes aos pagamentos dos benefícios aos assistidos dos planos de benefícios. 4.2.1 RECEITAS PREVIDENCIAIS A previsão das receitas para 2017 é de R$ 332,68 milhões (Quadro 15). Quadro 15: Previsão da Receita Previdenciária, discriminada por Cliente - R$ 1,00 Participantes Ativos Assistidos Subtotal Patrocinadores Total jan/17 9.297.705 1.917.214 11.214.919 13.584.966 24.799.885 fev/17 9.300.227 2.021.260 11.321.487 13.587.157 24.908.644 mar/17 9.300.040 2.021.253 11.321.293 13.586.887 24.908.180 abr/17 9.358.297 2.021.219 11.379.516 13.895.045 25.274.561 mai/17 9.616.519 2.031.401 11.647.920 14.132.874 25.780.794 jun/17 9.842.480 2.037.653 11.880.132 14.432.220 26.312.353 jul/17 9.842.317 2.037.652 11.879.969 14.431.977 26.311.946 ago/17 9.842.171 2.037.663 11.879.834 14.431.760 26.311.594 set/17 9.841.962 2.037.685 11.879.647 14.431.464 26.311.111 out/17 9.841.778 2.037.675 11.879.453 14.431.201 26.310.655 nov/17 9.841.578 2.037.700 11.879.278 14.430.918 26.310.196 dez/17 19.661.494 4.075.366 23.736.860 25.404.047 49.140.908 Total 125.586.568 26.313.742 151.900.309 180.780.517 332.680.826. Do orçamento total, 54,34% da receita previdenciária advirão das contribuições dos patrocinadores, 37,75% dos participantes e 7,91% dos assistidos. A previsão da receita previdenciária por patrocinador está apresentada no Quadro 16, a seguir. 18

Quadro 16: Previsão da Receita Previdenciária, discriminada por Patrocinador - R$1,00 Embrapa Embrater Ceres Epagri Emater-MG Epamig Cidasc ABDI Emater-DF Total jan/17 17.650.941 18.437 137.791 3.155.952 2.549.863 442.957 311.787 114.768 417.389 24.799.885 fev/17 17.722.294 19.630 138.101 3.173.405 2.561.887 444.412 311.773 119.708 417.433 24.908.644 mar/17 17.721.848 19.617 138.101 3.173.403 2.561.883 444.414 311.773 119.708 417.433 24.908.180 abr/17 17.779.814 19.617 139.325 3.363.132 2.670.685 453.072 311.773 119.709 417.433 25.274.561 mai/17 18.162.476 19.616 139.326 3.418.336 2.707.520 464.126 326.961 120.595 421.839 25.780.794 jun/17 18.651.928 19.615 140.733 3.442.326 2.718.589 467.714 329.014 120.595 421.839 26.312.353 jul/17 18.651.523 19.616 140.734 3.442.322 2.718.586 467.717 329.014 120.595 421.839 26.311.946 ago/17 18.651.186 19.613 140.733 3.442.313 2.718.580 467.721 329.014 120.595 421.839 26.311.594 set/17 18.650.714 19.621 140.733 3.442.305 2.718.566 467.723 329.014 120.595 421.839 26.311.111 out/17 18.650.263 19.621 140.733 3.442.300 2.718.562 467.727 329.014 120.595 421.839 26.310.655 nov/17 18.649.809 19.621 140.733 3.442.296 2.718.559 467.728 329.014 120.595 421.839 26.310.196 dez/17 37.298.696 39.237 217.487 5.268.710 3.840.805 733.075 658.028 241.191 843.679 49.140.908 Total 238.241.492 253.860 1.754.532 42.206.799 33.204.084 5.788.386 4.206.180 1.559.249 5.466.242 332.680.826 No Quadro 17 está apresentada a previsão de receita previdenciária por plano. Quadro 17: Previsão da Receita Previdenciária, discriminada por Plano - R$ 1,00 Patrocinador Plano BD Plano SD Plano CV Plano CD Total Embrapa 146.673.147 91.568.345 238.241.492 Embrater 253.860 253.860 Ceres 875.165 879.367 1.754.532 Epagri 20.291.968 2.750.981 19.163.850 42.206.799 Emater-MG 7.511.009 13.872.915 11.820.160 33.204.084 Epamig 1.722.641 490.012 3.575.732 5.788.386 Cidasc 4.206.180 4.206.180 ABDI 0 1.559.249 1.559.249 Emater-DF 5.466.242 5.466.242 Total 177.327.792 17.113.908 136.679.876 1.559.249 332.680.826 Verifica-se que, da receita total dos planos, 53,30% advêm dos planos de benefício definido, 41,08% dos planos de contribuição variável, 5,14% dos planos saldados e 0,47% do plano CD. 4.2.2 DESPESAS PREVIDENCIAIS As despesas previdenciais são basicamente de pagamentos de benefícios. A previsão para 2017 está estimada em R$ 364,07 milhões, (Quadro 18). 19

Quadro 18: Despesas Previdenciais Totais R$ 1,00 Aposentadoria Programada Suplementação Pensão e Invalidez Auxílios Doença e Reclusão Sub Total Pecúlio Resgate Total jan/17 21.817.930 4.163.606 394.239 26.375.774 332.766 103.590 26.812.130 fev/17 22.984.308 4.434.446 407.861 27.826.565 334.779 103.590 28.264.933 mar/17 22.980.711 4.437.849 407.816 27.826.371 336.884 103.590 28.266.844 abr/17 22.976.960 4.441.746 407.811 27.826.517 338.806 103.590 28.268.913 mai/17 23.091.505 4.449.584 407.811 27.948.900 346.253 103.590 28.398.742 jun/17 23.161.729 4.454.642 407.811 28.024.182 356.905 103.590 28.484.676 jul/17 23.157.610 4.458.772 407.811 28.024.193 358.904 103.590 28.486.687 ago/17 23.153.625 4.462.917 407.811 28.024.352 360.720 103.590 28.488.662 set/17 23.149.634 4.467.183 407.811 28.024.627 363.105 103.590 28.491.322 out/17 23.145.350 4.471.293 407.811 28.024.454 365.139 103.590 28.493.183 nov/17 23.141.578 4.475.475 407.811 28.024.863 367.394 103.590 28.495.847 dez/17 46.275.457 8.917.718 407.811 55.600.985 413.249 103.590 56.117.824 Total 299.036.397 57.635.231 4.880.211 361.551.784 4.274.905 1.243.075 367.069.764. Do total das despesas previstas para 2016, 81,5% são destinados ao pagamento de aposentadorias programadas, 17% são para benefícios de risco de pensão, invalidez e auxílios e 1,5% é despesa de benefícios de pagamento único - pecúlio e resgate. A previsão orçamentária das despesas previdenciais mensais por patrocinador e por plano estão detalhadas nos Quadros 19 e 20, respectivamente. Quadro 19: Despesas Previdenciais, discriminada por Patrocinador R$ 1,00 Embrapa Embrater Ceres Epagri Emater-MG Epamig Cidasc ABDI Emater-DF Total jan/17 19.193.139 325.831 93.547 4.034.156 2.768.119 371.977 4.012 14.231 7.118 26.812.130 fev/17 20.176.648 346.933 99.123 4.287.156 2.936.500 392.670 4.027 14.469 7.407 28.264.933 mar/17 20.178.767 346.791 99.136 4.287.089 2.936.394 392.685 4.050 14.493 7.438 28.266.844 abr/17 20.181.068 346.690 99.138 4.287.046 2.936.218 392.704 4.079 14.509 7.460 28.268.913 mai/17 20.310.855 346.677 99.138 4.287.076 2.936.154 392.727 4.122 14.517 7.476 28.398.742 jun/17 20.396.903 346.530 99.184 4.286.978 2.936.063 392.743 4.251 14.530 7.495 28.484.676 jul/17 20.398.873 346.532 99.182 4.286.976 2.935.998 392.784 4.266 14.540 7.535 28.486.687 ago/17 20.401.072 346.470 99.177 4.286.902 2.935.825 392.813 4.299 14.552 7.555 28.488.662 set/17 20.403.927 346.483 99.185 4.286.800 2.935.616 392.836 4.332 14.562 7.583 28.491.322 out/17 20.405.789 346.497 99.185 4.286.787 2.935.509 392.874 4.354 14.565 7.622 28.493.183 nov/17 20.408.442 346.491 99.200 4.286.833 2.935.396 392.881 4.380 14.572 7.652 28.495.847 dez/17 40.151.024 688.624 197.196 8.539.036 5.740.596 764.065 5.897 18.690 12.696 56.117.824 Total 262.606.507 4.480.550 1.282.391 55.442.833 37.868.387 5.063.759 52.070 178.231 95.037 367.069.764. Do total das despesas previdenciais, os planos do patrocinador Embrapa consomem 73%, do patrocinador Epagri consomem 15% e da Emater-MG 9%. As despesas dos demais planos são de 3% do total. 20

Quadro 20: Despesas Previdenciais, por Plano de Benefício - R$ 1,00 Patrocinador Plano BD Plano SD Plano CV Plano CD Total Embrapa 258.435.081 4.171.426 262.606.507 Embrater 4.480.550 4.480.550 Ceres 1.071.033 211.358 1.282.391 Epagri 21.781.435 28.523.824 5.137.574 55.442.833 Emater-MG 21.796.145 12.712.730 3.359.512 37.868.387 Epamig 3.201.612 1.588.136 274.010 5.063.759 Cidasc 52.070 52.070 ABDI 178.231 178.231 Emater-DF 95.037 95.037 Total 310.765.856 42.824.689 13.300.988 178.231 367.069.764. Um percentual de 85% das despesas previstas refere-se aos planos de benefício definido, 12% aos planos saldados e 3% aos planos de contribuição variável. Quando se compara o total das receitas previdenciais (Quadro 17) com as despesas previdenciais (Quadro 20), verifica-se, que os pagamentos nos diferentes planos de benefícios serão superiores a arrecadação prevista em cerca de R$ 34,4 milhões (Quadro 21). Quadro 21: Diferença entre Receitas e Despesas Previdenciais, discriminada por Plano Patrocinador Plano BD Plano SD Plano CV Plano CD Total Embrapa -111.761.934 0 87.396.919 0-24.365.014 Embrater -4.226.689 0 0 0-4.226.689 Ceres -195.867 0 668.008 0 472.141 Epagri -1.489.467-25.772.843 14.026.276 0-13.236.034 Emater-MG -14.285.136 1.160.185 8.460.648 0-4.664.303 Epamig -1.478.971-1.098.123 3.301.722 0 724.627 Cidasc 0 0 4.154.110 0 4.154.110 ABDI 0 0 0 1.381.019 1.381.019 Emater-DF 0 0 5.371.205 0 5.371.205 Total -133.438.064-25.710.781 123.378.888 1.381.019-34.388.938. Os valores negativos, apresentados no Quadro acima, são de planos cujo pagamento de benefícios é maior do que a receita de contribuições, situação esperada em planos que atingem maturidade previdencial cuja fonte principal do pagamento dos benefícios é o patrimônio constituído. Em atendimento à Resolução CGPC nº 13/2004, a demonstração do Orçamento Previdencial por Plano de Benefício está apresentada no Anexo 2 deste documento. 21

4.3 ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS Em 2017, a receita esperada de investimentos antes do fluxo previdencial e administrativo e do pagamento de tributos, será de R$ 682.471 mil. A maior contribuição provém das receitas da renda fixa, seguida pela renda variável. A receita referente aos investimentos em FIP e FMIEE refere-se à diferença entre os saldos projetados para dezembro de 2016 e dezembro de 2017, sensibilizada pelo efeito redutor do saldo investido em função do pagamento das despesas e pela transferência de recursos oriundos da Renda Fixa para atender os compromissos de integralização previstos. Os Fundos de Investimentos Imobiliários FII devem gerar receitas de R$ 9.813 mil, que somadas à diferença entre os saldos, no valor negativo de R$ 8.456 mil, totalizam R$ 1.356 mil. A redução do saldo investido decorre da amortização total do FII RB Capital Residencial II esperada para o decorrer de 2017. Os Imóveis devem gerar receitas de R$ 11.579 mil, entre aluguéis e participação em shopping centers. Considerando a depreciação anual de 2% da carteira de imóveis durante o ano, no valor de R$ 4.023 mil, o segmento irá gerar receitas de R$ 9.813 mil. As receitas dos Imóveis e dos FII são direcionadas para o segmento da Renda Fixa. Após considerar o pagamento de impostos, somando aos resultados líquidos das receitas e despesas previdenciais e administrativas, obtêm-se uma receita esperada líquida para 2017 no valor de R$ 619,4 milhões (Quadro 22). Quadro 22: Previsão das Receitas de Investimentos, discriminado por segmento R$ 1,00 Segmento Receita a) Renda Fixa 584.394.514 b) Renda Variável 72.756.785 c) Investimentos Estruturados 2.586.718 Fundos Invest.Participações (FIP) e Fundos Inves. Empresas Emergentes (FMIEE) 1.230.211 Fundos Imobiliários (FII)* 1.356.507 e) Imóveis* 11.153.811 d) Operações com Participantes 11.579.598 Receita antes do Fluxo Previdencial, Administrativo e Tributos 682.471.426 ( - ) Fluxo Previdencial 34.388.938 ( - ) Despesas Administrativas 26.721.624 ( - ) Impostos a Recolher (PIS, COFINS e TAFIC) 1.986.438 Receita após Fluxo Previdencial, Administrativo e Tributos 619.374.425 * Incluem as receitas desses investimentos e as diferenças entre os saldos investidos, considerando neste caso, as amortizações e depreciações. Fonte: Ceres Geinv, 2016. 22

A projeção do patrimônio dos investimentos dos planos de benefícios, para 2017, é o resultado das expectativas e dos efeitos das variáveis econômicas que incidem sobre a evolução dos saldos desses investimentos nos segmentos de aplicação. Espelha, mensalmente, o total dos recursos de todos os planos administrados pela Ceres nos seus respectivos segmentos de aplicação. Quadro 23: Projeção dos Investimentos para 2017 - R$ 1,00 Renda Fixa Renda Variável Segmento Investimentos Estruturados Imóveis Operações com Participantes Total jan/17 4.914.553 528.163 176.050 200.833 74.190 5.893.789 fev/17 4.958.989 533.933 175.435 200.495 75.070 5.943.922 mar/17 5.002.506 539.765 174.822 200.158 75.961 5.993.212 abr/17 5.046.436 545.662 174.213 199.821 76.862 6.042.994 mai/17 5.091.151 551.523 173.607 199.485 77.775 6.093.541 jun/17 5.136.668 557.649 173.003 199.150 78.698 6.145.168 jul/17 5.183.079 563.741 172.403 198.815 79.632 6.197.670 ago/17 5.229.936 569.899 171.805 198.480 80.578 6.250.698 set/17 5.277.239 576.124 171.210 198.146 81.534 6.304.253 out/17 5.324.996 58.518 170.619 197.813 82.503 5.834.449 nov/17 5.373.208 588.781 170.029 197.480 83.482 6.412.980 dez/17 5.421.877 595.212 169.443 197.148 84.474 6.468.154 Fonte: Ceres Geinv, 2016. 23

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Regime de Previdência Complementar vem ganhando importância no Brasil, tanto do ponto de vista social, aumentando a segurança do trabalhador e de sua família, quanto para o desenvolvimento econômico, ao proporcionar aumento da poupança interna Neste contexto, a Ceres, ao longo dos seus 36 anos, tem cumprido com sua missão, de assegurar proteção previdenciária com qualidade, ética e transparência aos seus participantes e assistidos. Conquistou uma imagem positiva no conjunto das entidades fechadas de previdência complementar no Brasil, desfruta de elevados índices de confiança junto aos seus membros e possui um corpo de funcionários comprometidos e qualificados. Contudo, numa sociedade globalizada, as transformações são constantes e rápidas. A sobrevivência das organizações depende de sua capacidade de antever as mudanças e desafios do ambiente externo, atuando de forma proativa e promovendo as adaptações requeridas para a sua perenidade. As metas e atividades propostas neste Plano de Trabalho de 2017, detalhadas nos Quadros de 1 a 5, estão direcionadas no sentido de aprimorar os processos zelando pela imagem positiva e pela credibilidade da Ceres junto às patrocinadoras e aos participantes e assistidos. Neste mister, merece destaque a ênfase a ser dada a gestão de seguridade, ao mapeamento dos processos e a gestão baseada em risco, em alinhamento com as orientações da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Em termos de gestão previdencial, a principal prioridade estará concentrada na busca do equilíbrio atuarial dos planos de benefícios, conforme especificado na Política de Seguridade. Este equilíbrio guarda estreita relação com a ampliação da base dos participantes, por meio de estratégias que possibilitem o aumento do nível de satisfação dos participantes e assistidos e maior adesão dos empregados. Nesse contexto, se insere o Programa de Educação Financeira e Previdenciária. A proposta de gestão dos investimentos dos recursos garantidores dos planos, conforme detalhado na Política de Investimentos para 2017, apresenta a evolução dos saldos das aplicações financeiras dos planos de benefícios em seus diversos segmentos e sinaliza os resultados esperados para o crescimento e a rentabilidade com base nas premissas do Cenário Básico e nos orçamentos previdencial e administrativo. A proposta de orçamento administrativo para 2017 foi organizada tendo como base o executado em 2016. A exemplo de anos anteriores, trata-se de uma proposta 24

austera e realista, procurando-se manter os níveis de desempenho da Fundação traduzidos pelas baixas taxas de carregamento e administração praticadas, quando comparadas com outras EFPC. A conscientização da importância do cumprimento do orçamento aprovado pelo Conselho Deliberativo é tarefa de todos, com o adequado e constante monitoramento de todos os custos, a fim de assegurar o atendimento aos limites definidos pelos Conselhos e pela Legislação. O principal fundamento que norteou a elaboração deste Plano de Trabalho é a busca da melhoria contínua dos produtos e serviços oferecidos pela Ceres, em todas as suas dimensões. E fazê-lo a partir de uma agenda transparente e organizada para a realização compartilhada entre dirigentes, empregados, participantes, assistidos patrocinadores e órgãos fiscalizadores. Em síntese, a execução das ações propostas neste Plano de Trabalho está alinhada com a Política de Seguridade e de investimentos e o pleno atingimento das metas constituem-se em desafio, cujo enfrentamento depende do esforço conjunto e do interesse de todos. 25